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UNIVERSIDADE ESTADUAL DO RIO GRANDE DO SUL

ENGENHARIA DE BIOPROCESSOS E BIOTECNOLOGIA


DISCIPLINA: BIOTECNOLOGIA DE FÁRMACOS –
PROFª Drª FRANCINE F. TRAMONTINA
ACADÊMICA: LIVIA FRATICELLI NEVES
ATIVIDADE- RESUMO DA AULA 18/08/2020 / DOENÇAS AUTOIMUNES

Aula - Doenças autoimunes

Ocorre quando as células de defesa atacam as próprias células e órgãos do corpo ocasionando em
destruição do tecido normal e inflamação. A doença autoimune tem fatores genéticos, regulação
do sistema imune, fatores ambientais que desencadeiam este fator. É considerada a 3º causa de
morbilidade nos países. Muitas doenças são autoimunes, conforme mostra a listagem nos slides da
aula.

De todas as doenças a artrite reumatoide é a que mais representa e tem mais relevância em pessoas.
Seguido da psoríase, doença de crohns, diabete tipo I.

Normalmente há uma forma de selecionar as células do sistema imune de acordo com os tipos de
moléculas que elas reconhecem. Normalmente algumas células que passam por este processo de
tolerância acabam chegando na circulação e acabam provocando a autoimunidade fisiológica. No
entanto, quando temos autoanticorpos e células reativas que permanecem no organismo, acabam
causando danos tecidual ou algum órgão especifico. Na questão da genética, existem vários genes
com mutações específicas. Sobre questões ambientais que favorecem as doenças autoimunes são
considerados os microrganismos, nutrição, microbiota (microrganismos que vivem no corpo),
fatores xenobióticos (fumo, medicamentos, metais pesados, raios ultra-violeta), apoptose
exacerbada, e estresse psicológico acaba desenvolvendo também alguma doença autoimune.
Ressaltando que as mulheres são as que mais desenvolvem estes tipos de doenças autoimunes. A
etiologia ainda não é conhecida, porém, alguns fatores são considerados relevantes como, antígeno
sequestrado, escape de clones celulares auto-reativos, reatividade cruzada com antígenos,
modificação de antígenos próprios, reatividade cruzada a antígenos próprios, desregulação de
citocinas e expressão inapropriada de MHC e função supressora sub-ótima.

A artrite reumatoide é uma doença crônica, com presença de edema, rigidez e perda de função.
Existem vários tipos de artrite. Diferentes formas de tratamento com biofármacos inibidores do
TNFalfa.
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DISCIPLINA: BIOTECNOLOGIA DE FÁRMACOS –
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ACADÊMICA: LIVIA FRATICELLI NEVES
ATIVIDADE- RESUMO DA AULA 18/08/2020 / DOENÇAS AUTOIMUNES

• Etanercept, é um medicamento recombinante humano, utilizado pela medicina no


tratamento da artrite reumatóide, artrite psoriásica, espondilite anquilosante e psoríase. É
uma molécula de tamanho consideravel: 150.000 unidades de Massa atômica, que se liga
ao TNF α diminuindo sua ação envolvida em muitas doenças auto-imunes.

• Infliximab (Remicade), é um anticorpo quimérico (IgG1) humano (70%) e região variável


anti-Hu murinho. Ele liga-se ao TNFα circulante e transmembranar e bloqueia a sua ligação
aos receptores, e também está associado a lise celular e tem efeito apoptótico.

• Adalimumab (Humira) é um medicamento usado como inibidor do fator de necrose


tumoral, obtido da imunoglobulina humana. É um anticorpo monoclonal unicamente
humano, diferendo de outros anti-TNFs quiméricos.

• Certolizumab, tem a forma peguilhada, fragmento Fab humanizado do


Ac monoclonal anti-TNF peguilhado.

• Golimumab, um Anti TNF humano forma complexos estáveis com TNFα, impedindo a
sua interação com os seus receptores. A ligação do Golimumab ao TNFα humano
neutraliza a sua função biológica e reduz o processo inflamatório

• Anakinra: O Anakinra é um antagonista, não glicosilado, do receptor celular humano da


interleucina 1 (IL1). É produzido em células de Escherichia Coli por tecnologia de ADN
recombinante.

• Abatacept, é medicamento um modulador da co-estimulação, que atua sobre a célula T,


responsável pela cascata do processo inflamatório na membrana sinovial, que ocasiona a
erosão óssea.

• Tocilizumab, é um anticorpo monoclonal humanizado que atua bloqueando os receptores


de interleucina 6, uma substância responsável pela maioria das manifestações clínicas da
artrite reumatoide.
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Lúpus é uma doença autoimune crônica, caraterizada por uma desregulação do sistema
imunológico que leva à produção de um grupo amplo e heterogêneo de autoanticorpos. Tem como
característica sua resposta imune contra antígenos nucleares endógenos, inflamação sistêmica que
afeta diversos órgãos- incluindo a pele, as articulações, o tecido que reveste os pulmões (pleura),
o coração (pericárdio), o sistema nervoso central e os rins. Seu tratamento farmacológico é usado
AINES (naproxeno, ibuprofeno), antimaláricos (cloroquina, hidroxicloroquina),
imunossupressores (azatioprina, a ciclofosfamida, o micofenolato mofetil e o metotrexato) e
corticosteróides (prednisona), Belimumab é um anticorpo monoclonal recombinante totalmente
humano IgG e é o primeiro tratamento biológico aprovado para esta indicação (LES).

Psoríase é uma doença caraterizada por um crescimento e diferenciação excessivos dos


queratinócitos, levando a uma inflamação, espessamento, e descamação da Pele. . Forma placas
secas, avermelhadas com escamas prateadas ou esbranquiçadas. Essas placas coçam e, algumas
vezes, doem, podendo atingir todas as partes do corpo, inclusive genitais. Em casos graves, a Pele
em torno das articulações pode rachar e sangrar. Seu mecanismo de ação da doença não é
totalmente conhecido, porém os fatores genéticos podem contribuir de 39 a 91%. Para
tratamento com fármacos:

• Secucinumab é um anticorpo monoclonal produzido em células de Ovário do Hamster


Chinês direcionado para a interleucina 17A envolvida no processo inflamatório da doença,
sendo que este ao se ligar a esta, bloqueia a sua ação reduzindo a atividade do sistema
imunológico e consequentemente os sintomas da doença.

• Ustecinumab é um anticorpo monoclonal que inibe a diferenciação dos linfócitos T a TH1


e TH17- células preponderantes na patogénese da psoríase- através da sua ligação à porção
p40 das citocinas IL-12 e IL-23.

Outros fármacos utilizados: Adalimumab, Infliximab, Etanercept, Brodalumab.


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