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Shultz - Shultz - História da Psicologia Moderna

Capítulo I

História da Psicologia
Filosofia grega
Psicologia como ciência
Diferença está no método de investigação
Veracidade dos registros históricos
Tradução (Freud ego/id)
Zeitgeist = ambiente intelectual e cultural ou espírito do período
Oportunidades
Economia
Guerras
Preconceitos étnico, racial e machismo
Teoria personalista
Teoria naturalista

Capítulo II

Mecanicismo
Doutrina
Naturais
Física
Química
Relógio
Determinismo
Atos
Passado
Reducionismo
Básicos
Complexas
Simples
Robô
Pessoas máquinas
Calculadora Charles Babbage
Ada Lovelace
Século XVII Empirismo
Observação
Experimentação
René Descartes
Problema mente-corpo
Unilateral
Mútua
Ato reflexo
Animais
Alma
Ideias derivadas inatas
Auguste Comte
Positivismo
Objetivamente observáveis
Materialismo
Física química matéria
John Locke
Mente adquiria
Conhecimento
experiência
sensação
reflexão
ideias simples e complexas
associação
mente como uma máquina
qualidades primárias existem no objeto
qualidades secundárias existem na percepção que temos do objeto
George Berkeley
mentalismo
conhecimento é função de um fenômeno mental e dependente da pessoa que o percebe ou vivencia
associação das sensações
David Hume
David Hartley
James Mill
John Stuart Mill

Capítulo III

Influência do observador humano


Influências da fisiologia
Alemanha
Hermann von Helmholtz
Ernst Weber
Gustav Theodor Fechner

Capítulo IV

Wilhelm Wundt 1832-1920


Tarefas múltiplas
Prestar atenção a apenas um estímulo, executar apenas uma tarefa mental
Mediu a mente
Fundador da Psicologia como disciplina acadêmica formal
Laboratório, revista
Criador Fechner – a psicologia é o resultado de uma longa sequência de esforços criativos
Psicologia cultural
Objeto de estudo era a consciência
Voluntarismo refere-se à força de vontade própria de organizar os conteúdos da mente em processos de
pensamentos superiores
Experiência mediata oferece informações sobre qualquer coisa; exceto sobre os elementos dessa
consciência; a experiência imediata é equilibrada pela interpretação (sensação e percepção)
Introspecção (percepção interna): autoanálise da mente para relatar e inspecionar pensamentos ou
sentimentos pessoais
Na percepção externa o objeto de estudo está no ambiente, na interna está dentro do sujeito

Metas da psicologia para Wund:


Analisar os processos conscientes, utilizando os seus elementos básicos
Descobrir como esses elementos eram sintetizados e organizados
Determinar as leis da conexão que regiam a organização dos elementos

Sensação e sentimento são as duas formas básicas de experiência


A sensação surge sempre que um orgão do sentido é estimulado e os impulsos resultantes atingem o
cérebro

A sensação e o sentimento são aspectos simultâneos de uma experiência imediata. O sentimento é o


complemento subjetivo da sensação, embora não se origine diretamente de órgão de sentido.

Teoria tridimensional do sentimento: explicação de Wundt para os estados do sentimento, baseada em


três dimensões: prazer/desprazer, tensão/relaxamento e excitação/depressão.
Esta teoria não vingou.

Apercepção: processo mental pelo qual os elementos são organizados. Segue o mesmo princípio da
Gestalt.

Wundt considerava a psicologia uma ciência puramente acadêmica e não se interessava em aplicá-la às
questões práticas. Daí o motivo de não ter feito sucesso na atmosfera pragmática dos EUA e na própria
Alemanha.

O método de introspecção era vulnerável. Cada pessoa percebe de uma forma, como saber qual a
correta? Wundt tinha visões equivocadas a respeito da WWI, o que fez pesquisadores se voltarem contra
seus estudos. A Gestalt na Alemanha, a Psicanálise na Áustria, o funcionalismo e o behaviorismo nos
EUA encobriam também Wundt.

Ebbinghaus
Pesquisou sobre a aprendizagem. Foi o primeiro trabalho a tratar de um problema que fosse
verdadeiramente psicológico e não fisiológico.
Sílabas sem sentido: sílabas apresentadas em séries aleatórias para estudar os processos da memória.

Franz Brentano – 1838-1917


Foi precursor intelectual da Gestalt e da psicologia humanista e compartilhou com Wundt a ideia de
transformar a psicologia em ciência
Era empirista
Psicologia do ato: sistema de psicologia de Brentano que se concentra mais nas atividades mentais (por
exemplo, no ato de ver) do que nos conteúdos mentais (por exemplo, no ato de ser visto).

Carl Stumpf 1848-1936


Fenomenologia: método de introspecção de Stumpf que examina a experiência tal como ela ocorreu,
sem tentar reduzi-la a seus componentes elementares. Também uma abordagem baseada em uma
descrição da experiência imediata conforme ela ocorre, e não analisada ou reduzida aos elementos.
Teoria da emoção, que tentava reduzir os sentimentos a sensações, ideias importantes para as teorias
cognitivas contemporâneas da emoção.

Oswald Külpe – 1862-1915


Külpe a principio concordava com Wundt, mas depois convenceu-se que era possivel estudar processos
mentais superiores, como o pensamente, afinal, Ebbinghaus estava estudando a memória.
Introspecção experimental sistemática: método de introspecção de Külpe que utilizava relatos
retrospectivos de processos cognitivos das pessoas, após terem completado uma tarefa experimental.
Envolvia dados subjetivos, os quais Wundt se opunha.
A abordagem de Külpe objetivava diretamente a investigação sobre o que acontecia na mente do
indivíduo durante a experiência consciente. Suas metas eram expandir o conceito de Wundt sobre o
objeto de estudo da psicologia para englobar os processos mentais superiores e aprimorar o método de
introspecção.
Pensamento sem imagem: a ideia de Külpe de que o significado pode ocorrer sem qualquer
componente sensorial ou imagético.
Contrariamente, Wundt afirmava que toda experiência é composta de sensações e imagens, e tentava
reduzir a experiêncai consciente a essas partes componentes.

Capítulo V

Edward Bradford Titchener 1867-1927


Estruturalismo
Embora professasse ser fiel seguidor de Wundt, suas abordagens eram completamente diferentes.
O seu enfoque estava nos elementos propriamente ditos. A principal tarefa da psicologia consistia na
descoberta da natureza das experiências conscientes elementares – a determinação da estrutura da
consciência mediante a análise das suas partes componentes.
O objeto de estudo da psicologia é a experiência consciente como dependente do indivíduo que a
vivencia.
Erro de estímulo: confusão entre o processo mental que está sendo estudado e o estímulo ou objeto que
está sendo observado.
A consciência é a soma das experiências existentes em determinado momento. A mente é a soma das
experiências acumuladas ao longo do tempo. A consciência e a mente são semelhantes, apenas com a
diferença de que a consciência envolve os processos mentais que ocorrem em determinado momento, e
a mente, o total desses processos.
A psicologia como uma ciência pura, não deve se propor a curar mentes doentias nem a reformar a
sociedade.
Empregava a introspecção, ou auto-observação, com base em observadores rigorosamente treinados
para descrever os elementos no seu estado consciente, em vez de relatar o estímulo observado ou
conhecido, utilizando apenas nomes conhecidos. Utilizou a mesma técnica de Külpe, a introspecção
experimental sistemática.
Dava ênfase às partes, enquanto Wundt ao todo.
Três propostas básicas para a psicologia:
Reduzir os processos conscientes aos seus componentes mais simples
Determinar as leis de associação desses elementos da consciência.
Conectar os elementos às suas condições fisiológicas.
Titchener definiu três estados elementares da consciência: o estado da sensação, o da imagem e os
estados afetivos.
Qualidade, intensidade, duração e nitidez.
Ao final de sua vida, mudou o termo de psicologia estrutural para psicologia existencial e passou a um
estudo fenomenológico. Morreu antes de concluir essa mudança, que não foi incorporada ao seu método
conhecido.
O estruturalismo morreu com Titchener. O fato de ter se mantido por tanto tempo deve-se exclusivamente
à admiração por sua personalidade dominadora.
A introspecção era criticada como método de se obter dados válidos. A mente não seria capaz de
observar a si mesma e, ao mesmo tempo, vivenciar uma experiência consciente, como a ira, por exemplo.
Também produzia resultados diferentes, de pessoa para pessoa, ou até da mesma pessoa em momentos
diferentes. Também a descoberta da inconsciência trouxe mais críticas, afinal, não há como observar
conscientemente algo inconsciente.
O sistema de Titchener também foi acusado de artificial e estéril na tentativa de analisar os processos
conscientes a partir dos elementos básicos. Ia contra o principio da Gestalt, que desceu a lenha no
estruturalismo.
Apesar das críticas, o método de introspecção é utilizado até hoje, embora diferente do utilizado por
Titchener.

Capítulo VI

Funcionalismo
Funções da consciência ou da mente, e como ela é usada para se adaptar ao seu ambiente.
Protesto contra a psicologia experimental de Wundt e a estrutural de Titchener, que não tinham extensão
prática.
Estas teorias ocorreram praticamente ao mesmo tempo.

Charles Darwin 1809-1892


A ideia de evolução não era algo novo. Desde século V A.C.
Erasmus Darwin dizia que todo ser evoluiu de um filamento de Deus e que as mudanças nas formas
animais ocorriam de acordo com as leis naturais que fazem com que as espécies continuamente se
adaptem às mudanças em seu ambiente.
Jean-Baptiste Lamarck formulou a teoria comportamentalista da evolução, que enfatiza a modificação das
características físicas do animal mediante o esforço de adaptação ao ambiente. Essas modificações eram
herdadas por gerações sucessivas.
Darwin esperou 22 anos para apresentar sua teoria, com dados científicos irrefutáveis, pois temia ser
condenado por heresia.
Wallace, um jovem naturalista, desenvolveu uma teoria idêntica da evolução, e pediu a opinião de Darwin.
Esse foi um dos motivos que levaram Darwin a publicar sua obra. Wallace não demonstrou sentir pesar, e
até ficou feliz por ter seu trabalho apresentado em conjunto com o de Darwin.
Sobrevivência do mais apto.
A partir do fato evidente da variação entre os membros individuais de uma espécie, Darwin deduziu ser
essa variabilidade espontânea transmitida de uma geração a outra. Na natureza, o processo de seleção
natural resulta na sobrevivência dos organismos mais bem adaptados ao seu ambiente e na eliminação
dos demais. A batalha pela sobrevivência é constante e as formas de vida sobreviventes são as que se
adaptam ou se ajustam com êxito às circunstâncias ambientais que forem expostas.

Os seres vivos que sobrevivem à batalha e atingem a maturidade tendem a transmitir aos seus
descendentes as mesmas habilidades e vantagens que lhes permitiram prosperar. Além disso, como a
variação é uma das leis gerais da hereditariedade, a prole também apresenta variações; alguns
descendentes acabam tendo suas boas qualidades mais desenvolvidas que as dos pais. As qualidades
tendem a sobreviver e, ao longo de várias gerações, ocorrem mudanças que podem ser bastante
significativas a ponto de produzirem diferenças observadas hoje entre as espécies.

O ele perdido.
Um peixe no processo de evolução para se tornar um animal terrestre.
Encontrado em 2006.

Influência na psicologia:
O enfoque na psicologia animal, que formou a base da psicologia comparativa.
A ênfase nas funções e não na estrutura da consciência.
A aceitação da metodologia e dos dados de diversas áreas.
O enfoque na descrição e mensuração das diferenças individuais.

Francis Galton 1822-1911

Herança mental
Galton procurou demonstrar que a grandeza ou a genialidade individuais ocorriam com tanta frequência
dentro de famílias que a mera explicação da influência ambiental não era suficiente. Um homem notável
teria filhos notáveis.
Testes mentais: testes de habilidade motora e capacidade sensorial; os testes de inteligência usam
medições mais complexas de habilidade mental.
Associação de ideias
Imagens mentais

Psicologia Animal

Capítulo VII
Funcionalismo

Herbert Spencer 1820-1903


Neurótico
Darwinismo social – aplicação da teoria da evolução da natureza humana e da sociedade
Qualquer auxílio do Estado interfere no processo evolutivo natural.
Esta ideia teve fama nos EUA, formou e incrementou o Zeitgeist
Os americanos eram voltados ao prático, útil e funcional.
Filosofia sintética (combinada): ideia de Spencer que o conhecimento e a experiência podem ser
aplicados em termos evolutivos
A forma atual da mente é resultado dos esforços passados e contínuos na adaptação a diversos
ambiente. Ele enfatizava a natureza adaptável dos processos nervosos e mentais e afirmava que uma
complexidade crescente de experiência – e assim de comportamento – faz parte do processo normal da
evolução. O organismo precisa se adaptar ao ambiente se desejar sobreviver.

Evolução contínua das máquinas


A teoria da evolução aplicada ao maquinário em geral

William James 1842-1910


O precursor da psicologia funcional
A psicologia não tem como meta a descoberta dos elementos da experiência, mas o estudo sobre
a adaptação dos seres humanos ao seu meio ambiente. A função da nossa consciência é guiar-nos aos
fins necessários para a sobrevivência. James também enfatizava os aspectos não racionais da natureza
humana. As pessoas eram criaturas dotadas de emoção e paixão, assim como de pensamento e razão.
A psicologia é a ciência da vida mental, abrangendo tanto os seus fenômenos como as suas
condições. Fenômenos queria dizer que o objeto de estudo devia ser buscado na experiência imediata; e
“condições” dizia respeito à importância do corpo, em especial o cérebro.
Fluxo de consciência: ideia de James de que a consciência é um processo de fluxo contínuo e
qualquer tentativa de reduzi-la a elementos pode distorcê-la.
James utilizava a introspecção como método, embora reconhecesse suas limitações. Fez uso
também do método experimental. Para complementar estes, também utilizou o método comparativo.
Pragmatismo: doutrina que valida as ideias medidas por suas consequências práticas.
James dizia, contrariando a ideia da época, que as ações físicas precediam as emoções.
Eu de três partes: eu material se referia a tudo que chamamos pessoal, ao corpo, família, modo
de se vestir, etc. Eu social ao reconhecimento que obtemos de outras pessoas. Eu espiritual ao nosso ser
subjetivo.
Todo criatura viva é um “pacote de hábitos”.
-
Hipótese da variabilidade: noção de que o homem demonstra maior gama de variação físico e
mental do que a mulher; as habilidades das mulheres são consideradas mais medianas.

Teoria da Recapitulação: ideia de Hall de que o desenvolvimento psicológico da criança repete a


história da raça humana.

A fundação do funcionalismo
Os estudiosos dessa linha não estavam interessados em criar uma escola de pensamento. Apenas
se opunham à psicologia experimental de Wundt e ao estruturalismo de Titchener. Havia algumas
diferenças entre as “psicologias funcionais”, mas todas se dedicavam ao estudo das funções da
consciência. Paradoxalmente, foi Titchener que pela primeira vez citou o funcionalismo como sistema de
conhecimento, numa crítica em defesa ao seu próprio sistema.

John Dewey 1859-1952


O artigo de Dewey sobre o arco reflexo foi ponto de partida da psicologia funcional.
Dewey alegava não ser possível reduzir o comportamento ou a experiência consciente aos seus
elementos componentes, como afirmavam Wundt e Titchener.
Arco reflexo: conexão entre estímulos sensoriais e respostas motoras.
A percepção e o movimento (os estímulo e a resposta) devem ser vistos como uma unidade e não
como uma composição de sensações e respostas individuais.
O objeto de estudo mais adequado para a psicologia seria a análise do organismo inteiro e o seu
funcionamento no ambiente.
Dewey jamais chamou sua psicologia de funcionalismo.

James Rowland Angell 1869-1949


Moldou o movimento funcionalista, transformando-o em uma escola de pensamento utilitária.
Dizia que o objetivo da psicologia era estudar de que modo a mente auxilia o organismo a se
adaptar ao seu ambiente.
A psicologia funcional é a psicologia da operação mental, ao contrário do estruturalismo, que é a
psicologia dos elementos mentais. A tarefa do funcionalismo é descobrir o modus operandi do processo
mental, as suas realizações e as condições sob as quais ele ocorre.
A psicologia funcional é a psicologia das utilidades fundamentais da consciência. Desse modo, a
consciência é vista como instrumento utilitário, já que faz a mediação entre as necessidades do
organismo e as condições do ambiente.
A psicologia funcional é a psicologia das relações psicofísicas (as relações mente-corpo) e dedica-
se ao estudo de todas as relações entre o organismo e seu ambiente. O funcionalismo não faz distinções
entre mente e corpo, e os considera pertencentes à mesma classe a admite a facilidade de transferência
entre eles.

Harvey A. Carr 1873-1954


A escola funcionalista de Chicago promoveu a transferência do estudo exclusivo da mente e da
consciência subjetiva para o estudo do comportamento objetivo e patente. Criaram uma ponte entre a
psicologia estruturalista e a psicologia comportamental de Watson, que viria a ser a subsequente proposta
revolucionária.

Robert Session Woodworth 1869-1962


Psicologia dinâmica: sistema de psicologia de Woodworth, que se dedica aos fatores causais e
às motivações que influenciam os sentimentos e o comportamento.

A aplicação prática da psicologia nos problemas reais é uma contribuição do funcionalismo.

Capítulo VIII
Psicologia Aplicada
Nos EUA, o funcionalismo era aplicado ao mundo real, e não apenas em laboratórios.

James McKeen Cattell 1860-1944


Cunhou o termo “Testes mentais”.

Testes mentais: testes de habilidade motora e capacidade sensorial; os testes de inteligência


usam medições mais complexas de habilidade mental.

Alfred Binet
Idade mental: idade na qual as crianças podem realizar certas tarefas típicas da idade.

Quociente de inteligência (QI): número que representa a inteligência de uma pessoa obtido com
a multiplicação da idade mental por 100 e com a divisão do resultado pela idade cronológica.

Lightner Witmer 1867-1956


Abriu a primeira clínica de psicologia do mundo. Entretanto, não lidava com psicoterapia, que
detestava, e sim com problemas escolares.
Seus seguidores abrangeram o campo da psicologia clínica.

Walte Dill Scott 1869-1955


A primeira pessoa a aplicar a psicologia à seleção pessoal, à administração e à publicidade.
Assim como Witmer, não é muito conhecido pois não formulou teoria, nem teve muitos discípulos.
Seu trabalho era voltado mais à situações específicas.

Os estudos de Hawthorne
Esses estudos ultrapassaram o limite da seleção e da colocação de pessoal, abordadando
problemas mais complexos das relaçãs humanas, como a motivação, e o moral.
Pesquisas constataram que os aspectos sociais e psicológicos eram muito mais importantes do
que as condições físicas.

Hugo Münsterberg 1863-1913


Utilizou a psicologia em diversas áreas, entre elas, a clínica, forense e organizacional.
A psicologia aplicada virou uma mania nacional, sendo utilizada em diversos contextos e sua
imagem ficou associada à felicidade em geral e resolução dos mais variados problemas.
Na decáda de 30, com a depressão econômica, foi acusada de não resolver tudo a que se
propunha.
No periodo da WWII, a psicologia teve sua imagem reerguida.

Capítulo IX

Behaviorismo: as influências anteriores


Watson buscava uma psicologia científica que lidasse exclusivamente com os atos
comportamentais observáveis e passíveis de descrição objetiva, por exemplo, em termos de estímulo e
resposta. Rejeitava qualquer termo ou conceito mentalista. Principais conceitos de Watson para formar
seu sistema de psicologia behaviorista: a tradição filosófica objetivista e mecanicista; a psicologai animal;
e a psicologia funcional.

Jacques Leb 1859/1924

Tropismo: movimento forçado involuntário


Ele acreditava na reação direta e automática do animal a um estímulo. Desse modo. Afirmava ser a
reação comportamental forçada pelo estímulo, não cabendo qualquer explicação em termos de definição
consciente do animal.
Memória associativa: associação entre estímulo e resposta, usada para provar a existência da
consciência nos animais.

Edward Lee Thorndike 1874-1949


Conexismo: abordagem de Thorndike à aprendizagem, com base nas conexões entre as
associações e as respostas.
Embora houvesse desenvolvido sua teoria seguindo um referencial mais objetivo, utilizava
conceitos mentalistas.

Aprendizagem por tentativa-e-erro: aprendizagem baseada na repetição das tendências de


resposta que levam ao êxito.

Lei do efeito: os atos que produzem satisfação em determinada situação tornam-se associados a
ela; quando a situação ocorre novamente, os atos tendem a se repetir.

Lei do exercício: quanto mais um ato é realizado em uma dada situação, mais forte se torna a
associação entre ato e situação.

Ivan Petrovitch Pavlov 1849-1936

Reflexo condicionado: reflexo condicional ou dependente na formação de uma associação ou


ligação entre o estímulo e a resposta.
Reflexo inato ou não condicionado: reação natural do corpo e não envolvia aprendizagem.

Reforço: o que aumenta a probabilidade de uma resposta.


Pavlov demonstrou que os processos mentais superiores dos animais observados eram passíveis
de descrição em termos fisiológicos, sem qualquer referência à consciência.

Wladimir M Bekhterev 1857-1927


Reflexos associados: reflexos provocados não apenas por estímulos não-condicionados, como
também por estímulos que foram associados aos originais.

O funcionalismo teve influência no behaviorismo, de modo que proporcionou mais objetividade no


estudo, tirando o foco da consciência e de outros processos mentais para o comportamento observável.

Capítulo X

John B. Watson 1878-1958


Fundador da escola de pensamento. O behaviorismo teve outros precursores.
Tem como objetivo a previsão e o controle do comportamento.
Objeto de estudo era o comportamento que fosse passível de observação.
Métodos de investigação de Watson:
- a observação, com e sem o uso de instrumentos,
- métodos de teste,
- o método de relato verbal, e
- o método do reflexo condicionado.

O relato verbal foi acusado de introspecção, método ao qual Watson se opunha. Como justificativa,
disse que falar, tanto abertamente quanto para nós mesmos (pensar) era um comportamento observável.
Esse método teve seu uso restringido para situações em que pudessem ser verificados. Os relatos
verbais não-identificáveis, como o pensamento sem imagens e os relatos dos estados de sentimento,
seriam descartados.
Watson mantinha a tradição atomística e mecanicista estabelecida pelos empiristas britânicos e
adotada pelos psicólogos estruturalistas.
Reduzir todo comportamento em unidades de estímulo-resposta (E-R).
Devia envidar esforços para compreender o comportamento humano na sua totalidade.
Watson chamava as respostas mais complexas de atos. O estímulo também pode ser simples ou
complexo.
Watson a princípio aceitava o instinto. Depois disse que o que chamamos de instinto era um
comportamento condicionado socialmente.
Também negava qualquer tipo de talento, temperamento ou capacidade herdado. Tudo era
condicionado.
Via as emoções como simples respostas fisiológicas a estímulos específicos.
No início, ficara fascinado com vários conceitos de Freud, mas acabou descartando a psicanálise,
chamando-a de “macumba”.
Karl Lashley 1890-1958

Lei da ação da massa: a eficácia da aprendizagem é uma função da massa total do tecido cerebral.
Equipotencialidade: ideia de que uma parte do córtex cereberal é essencialmente igual à outra em
relação à sua contribuição na aprendizagem.

Capítulo XI

Operacionismo: doutrina que afirma ser possível definir o conceito físico com precisão ao conjunto
de operações ou procedimentos que o determinam.
Um conceito físico equivale ao conjunto de operações ou de procedimentos que o determinam.
Muitos psicólogos acreditavam que esse conceito seria muito útil nos seus trabalhos e estavam ansiodos
para utilizá-lo.

Edward Chase Tolman 1886-1959


Precursor da psicologia cognitiva contemporânea.
Behaviorismo intencional: sistema de Tolman, que combina o estudo objetivo do comportamento
com a ponderação da intenção ou a orientação do propósito no comportamento.
Toda ação visava a um objetivo. O comportamento está “impregnado” de intenção e visa atingir um
objetivo ou aprendar a forma de alcançar a meta. A intencionalidade é explicada a partir de conceitos
behavioristas.
Relacionou cinco variáveis independentes como as causas do comportamento: o estímulo
ambiental, os impulsos fisiológicos, a hereditariedade, o treinamento prévio e a idade.
O comportamento seria a variável dependente.
Variáveis intervenientes: fatores não observáveis inseridos no organismo, que são determinantes
reais do comportamento.

Clark Leonard Hull 1884-1952

Influência do mecanicismo.
Método hipotético-dedutivo: método estabelecido por Hull para definir postulados pelos quais se
podem obter conclusões testáveis por meio de experiências.

O impulso era definido como o estímulo provocado por um estado de necessidade do organismo
que impulsiona ou ativa um comportamento. A redução ou a satisfação de um impulso era a única base
para o reforço.

Lei do reforço primário: quando uma relação estímulo-resposta é seguida pela redução de uma
necessidade corporal, aumenta a probabilidade de que o mesmo estímulo provoque a mesma resposta
em ocasiões subsequentes.
Força do hábito: a força da conexão estímulo-resposta, que é uma função do número de reforços.

B.F. Skinner 1904-1990


A vida é produto da história de reforços.
O behaviorismo de Skinner dedica-se ao estudo das respostas. Ele se preocupava em descrever e
não em explicar o comportamento. A sua pesquisa tratava apenas de comportamento observável, e ele
acreditava que a tarefa da investigação científica era estabelecer as relações funcionais entre as
condições de estímulos controlados pelo pesquisador e as respostas subsequentes do organismo.

Skinner não duvidava da existência das condições mentais ou fisiológicas internas, apenas não
aceitava a sua validade no estudo científico do comportamento.

Condicionamento respondente (pavloviano): um estímulo conhecido é pareado com outro


estímulo sob condições de reforço.
Condicionamento operante: situação de aprendizagem que envolve o comportamento emitido por
um organismo em vez de eliciado por um estímulo detectável.
O comportamento operante opera no ambiente do organismo, o respondente não.

Lei da aquisição: a força de um comportamento operante aumenta quando, em seguida, recebe


um estímulo reforçador.
Esquema de reforço: condições que envolvem diferentes razões ou intervalos de tempo entre
reforços.

Método de aproximação sucessiva ou modelagem: o organismo é reforçado à medida que seu


comportamento ocorra em fases sucessivas ou consecutivas para se aproximar do comportamento final
desejado.

Modificação de comportamento: uso de reforço positivo para controlar ou modificar o


comportamento individual ou coletivo. A punição não faz parte desse método.
O reforço positivo é mais eficaz do que a punição para alterar o comportamento.
Críticas em relação ao comportamento institivo dos animais. Também em relação ao apredizado da
língua pelas crianças, que não aprenderiam por conta dos reforços dos pais, mas sim por uma
capacidade inata.

Albert Bandura 1925


A teoria social cognitiva de Bandura é uma forma de bahaviorismo menos radical que a de Skinner
e reflete o espírito dos tempos, o impacto do renovado interesse da psicologia nos fatores cognitivos.
Reforço vicário: noção de Bandura de que o aprendizado pode ocorrer por observação dos
comportamentos de outras pessoas e das consequências deles decorrentes e não apenas
experimentando o reforço diretamente.
Bandura acredita não existir uma ligação direta entre estímulo e resposta, ou entre comportamento
e reforço, como afirmava Skinner. Para ele, há um mecanismo interposto entre o estímulo e a resposta,
que nada mais é do que o processo cognitivo do indivíduo.
Para Bandura, não é o esquema de reforço em si que produz efeito na mudança do
comportamento de uma pessoa, mas o que ela pensa desse esquema. A aprendizagem ocorre não pelo
reforço direto, mas por meio de “modelos”, observando o comportamento de outras pessoas e nele
fundamentando os próprios padrões. Para Skinner, o controlador do reforço regula o comportamento.
Para Bandura, o controlador do modelo social regula o comportamento.

Autoeficácia: a percepção que o indivíduo tem de sua autoestima e a competência para lidar com
os problemas da vida.

Julian Rotter 1916


Desenvolveu uma forma de behaviorismo que, como Bandura, faz referências às experiências
subjetivas internas.
Acreditava que os indivíduos se percebem como seres conscientes capazes de mudar as próprias
vidas, e que o comportamento é determinado pelo estímulo e pelo esforço que oferece – no entanto, a
influência relativa desse dois fatores é intermediada pelos processos cognitivos. Rotter esboçou quatro
princípios regentes dos resultados comportamentais:
- o indivíduo cria expectativas em relação às consequências ou aos resultados do seu
comportamento com base na quantidade e no tipo de reforço que recebe.
- ele calcula a probabilidade de determinado comportamento conduzir a um reforço específico e o
ajusta apropriadamente.
- atribui valores diferentes para os diversos reforços e avalia o seu valor relativo nas variadas
situações.
- como cada indivíduo apresenta um comportamento exclusivo e único no ambiente psicológico, o
mesmo reforço pode adquirir diferentes valores para diversas pessoas.
Desse modo, para Rotter, os valores e as expectativas subjetivas, que consistem em estados
cognitivos internos, determinam os efeitos das diferentes experiências externas (estímulos e reforços
externos diferentes) sobre o indivíduo.

Locus de controle: ideia de Rotter sobre a origem de reforço. O locus de controle interno é a
crença de que o reforço depende de comportamento da pessoa; locus de controle externo. De que ele
depende de forças externas.

Behaviorismo metodológico: faz referência aos processos cognitivos internos como parte do
objeto de estudo da psicologia.
Behasviorismo radical: a psicologia deve se dedicar ao estudo do comportamento público e do
estímulo ambiental, e não dos estados internos presumidos.

Capítulo XII

Fenomenologia: abordagem do conhecimento com base em uma descrição imparcial da


experiência conforme ela ocorre, e não analisada ou reduzida a elementes. Teve certa influência na
formação da Gestalt.

Max Werthermeir 1880-1943

Fenômeno phi: ilusão de que dois focos de luz piscante estão em movimente de um lugar para
outro.
Este fenômeno existe assim como é percebido e não pode ser reduzido em um elemento mais
simples.

Kurt Koffka 1886-1941


Wolfgang Köhler 1887-1967

Constância perceptual: qualidade de integridade ou plenitude da experiência perceptual que não se


altera mesmo com a mudança dos elementos sensoriais.

A percepção é um todo, uma Gestalt, e qualquer tentativa de analisá-la ou reduzi-la em elementos


a destruirá.

Princípios de organização perceptual:

Proximidade: as partes bem próximas umas das outras no tempo e no espaço parecem unidas e
tendem a ser percebidas juntas.
Continuidade: há uma tendência de a nossa percepção seguir uma direção para conectar os
elementos de modo que eles pareçam contínuos ou fluir em uma direção específica.
Semelhança: as partes similares tendem a ser vistas juntas, formando um grupo.
Preenchimento: há uma tendência da nossa percepção em completar figuras incompletas, de
preencher lacunas.
Simplicidade: há uma tendência de vermos a figura como tendo boa qualidade sob as condições
de estímulos; a psicologia da Gestalt chama essa característica de Prägnanz ou boa forma. Uma boa
Gestalt é simétrica, simples e estável, e não pode ser mais simples nem mais organizada.
Figura/fundo: há uma tendência de organizar as percepções do objeto (a figura) sendo visto e do
fundo (a base) sobre o qual ele aparece. A figura parece mais substancial e também a destacar-se do
fundo.

Esses princípios de organização não dependem dos processos mentais superiores nem de
experiências passadas, pois estão nos próprios estímulos. Werthemeir chamou-os de fatores periféricos,
reconhecendo também que os fatores centrais dentro do organismo influenciam a percepção. Por
exemplo, sabe-se que os processos mentais superiores de familiariedade e de atitude afetam a
percepção. No entanto, em geral, os psicólogos da Gestalt concentram-se mais nos fatores periféricos da
organização perceptual do que nos efeitos da aprendizagem ou da experiência.

Para Köhler, a resolução de um problema estava relacionada com a reestruturação do campo


visual.

Insight: compreensão ou percepção imediata.


Köhler dizia que não havia condicionamento, apenas um entendimento da situação.

Isomorfismo: doutrina que afirma existir uma correspondência entre a experiência psicológica ou
consciente e a experiência cerebral latente.
Kurt Lewin 1890-1947

Teoria do campo: sistema de Lewin que aplica o conceito de campos de força para explicar o
comportamento de um indivíduo com base no seu campo de influências sociais.

Espaço vital: espécie de campo psicológico onde ocorrem todos os acontecimentos do passado,
do presente e do futuro. Do ponto de vista psicológico, cada um desses fatos determina algum tipo de
comportamento em uma situação específica. Dessa forma, o espaço vital consiste na necessidade de as
pessoas interagirem com o ambiente psicológico.
Lewin propôs a existência de um estado básico de balanço ou equilíbrio entre o indivíduo e o
ambiente. Qualquer perturbação desse equilíbrio provoca uma tensão que, por sua vez, conduz a alguma
ação em um esforço de aliviar a tensão e restabelecer o equilíbrio. Assim, para explicar a motivação
humana, Lewin acreditava que o comportamento envolve um círculo de estados de tensão ou estados de
necessidade seguidos de atividade e alívio.
Efeito de Zeigarnik: tendência de se lembrar mais facilmente das tarefas não completadas do que
das completadas.

Capítulo XIII

Quando a psicanálise surgiu formalmente, em 1895, não existiam nem o behaviorismo e nem a
Gestalt. A psicanálise não foi (e não é) uma escola de pensamento diretamente comparável com as aqui
estudadas até o momento.
Desde o início, a psicanálise distinguia-se do pensamento psicológico geral tanto em relação aos
objetivos como no tocante aos métodos e ao objeto de estudo. A psicanálise possui como objeto de
estudo a psicopatologia – ou o comportamente anormal – em parte negligenciada pelas demais escolas
de pensamento, e adota como principal método a observação clínica, e não a experimentação controlada
de laboratório. E ainda trata do inconsciente, tópico praticamente ignorado por outros sistemas de
pensamento.

As três principais fontes de influência no movimento psicanalítico foram as relexões filosóficas a


respeito do fenômeno psicológico inconsciente; as primeiras ideias sobre a psicopatologia; e a teoria da
evolução.
Freud reconhecia que outros escritores e filósofos antes dele abordaram profundamente esse
tema, mas alegava ser ele o descobridor da forma científica para o estudo do inconsciente.

As ideias de Freud sobre o inconsciente e sobre a sexualidade já estavam presentes em outros


trabalhos acadêmicos e também na cultura popular. A sociedade da época não era tão puritana quanto se
imagina.

Catarse: processo de redução ou eliminação de um complexo, transferindo-o para o consciente


permitindo, assim, a sua expressão.
Estudado pelo tio da noiva de Freud, um ano antes de ele se formar em medicina.
Mesmo o seu interesse sobre os sonhos já eram objeto de estudo de outros estudiosos.
Sua genialidade consiste, também, em unir essas tramas e formar um constructo geral.
Sigmund Freud 1856-1939

Transferência: processo pelo qual um paciente responde ao terapeuta como se ele fosse uma
pessoa importante (como o pai ou a mãe) em sua vida.

O relato de Breuer acerca do caso de Anna O. foi importante para o desenvolvimento da


psicanálise por ter apresentado a Freud o método catártico, a chamada cura por meio da conversa, que
mais tarde viria a figurar com destaque em seus trabalhos.

Freud abandonou a hipnose, insastifeito com a técnica.


Livre associação: técnica psicoterápica em que o paciente diz o que lhe vem à mente.
Na expressão original em alemão, Freud quer dizer intrusão ou invasão.

A princípio, Freud disse que a natureza dos distúrbios provinha de traumas de cunho sexual
ocorridos na infância. O público e os críticos se opunham a tal ideia. Um ano depois, Freud disse que
seus pacientes relatavam fantasias, e não fatos reais, o que não diminuia a gravidade, para os pacientes,
do que era relatado, pois o tinham como reais.

Análise do sonho: técnica psicoterápica que envolve a interpretação dos sonhos para revelar os
conflitos inconscientes.

Atos falhos: atos de esquecimento ou lapsos de fala que refletem motivos inconscientes ou
ansiedade.
Resistência: bloqueio ou recusa em revelar lembranças dolorosas durante uma sessão de livre
associação.
Repressão: processo de barrar ideias inaceitáveis, memórias ou desejos do inconsciente,
deixando-os operar livremente no inconsciente.

Instinto: para Freud, as representações mentais dos estímulos internos (como a fome) que
motivam a personalidade e o comportamento.
A tradução adequada do que Freud queria dizer seria impulso ou força propulsora.

A forma de energia por meio da qual se manifestam os instintos de vida chama-se libido.
Libido: para Freud, a energia psíquica que direciona o indivíduo na busca de pensamentos e
comportamentos prazerosos.

O instinto de morte consiste em uma força destrutiva que pode se direcionar para o interior, na
forma de masoquismo ou suicídio, ou para o exterior, por meio da agressão ou ódio. À medida que
amadurecia, Freud convencia-se da agressão como um motivador tão forte quanto o sexo para o
comportamento humano.
Id: fonte de energia psíquica e o aspecto da personalidade relacionada aos instintos. Opera de
acordo com o princípio do prazer, preocupado em reduzir a tensão mediante a busca do prazer e evitando
a dor.

Ego: aspecto racional da personalidade responsável pelo controle dos instintos.

Superego: aspecto moral da personalidade, produto da internalização dos valores e padrões


recebidos dos pais e da sociedade.
O comportamento infantil é controlado inicialmente pelas ações dos pais; no entanto, uma vez
formado o superego, o comportamento é determinado pelo autocontrole. Nesse ponto, a pessoa
administra as próprias recompensas ou punições.
Ao contrário do ego, que tenta adiar a satisfação do id para os momentos e lugares adequados, o
superego tenta inibir a completa satisfação do id.
O resultado inevitável, quando o ego se torna severamente estressado, é o desenvolvimento da
ansiedade.

A ansiedada funciona como um alerta das ameças contra o ego. Três tipos de ansiedade.
A ansiedade objetiva surge do medo dos perigos reais.
A ansiedade neurótica surge diante do reconhecimento dos perigos potenciais inerentes à
satisfação dos instintos do id. Não se trata dos instintos propriamente ditos, mas do temor à provável
punição em consequência de algum comportamento indiscriminado dominado pelo id. Em outras
palavras, a ansiedade neurótica é o medo da punição por expressar os desejos impulsivos.
A ansiedade moral surge do medo da consciência. Quando realizamos, ou mesmo pensamos em
realizar, algum ato contrário aos valores morais da nossa consciência, é bem provável sentirmos culpa ou
vergonha.
A ansiedade provoca tensão, motivando o indivíduo a tomar alguma atitude para reduzi-la.

Mecanismos de defesa: comportamentos que representam negações inconscientes ou distorções


da realidade, mas que são adotados para proteger o ego contra a ansiedade.

Negação: a negação da existência de uma ameaça ou de algum acontecimento traumático.


Deslocamento: a transferência dos impulsos do id de uma ameaça ou de um objeto não-
disponível para um objeto disponível.
Projeção: a atribuição de um impulso perturbador a outra pessoa.
Racionaliazação: a reinterpretação do comportamento para torná-lo mais aceitável e menos
ameaçador.
Formação de reação: a expressão de um impulso do id, que é o oposto do que impulsiona a
pessoa.
Regressão: o retorno a um período anterior, menos frustrante da vida, acompanhado da exibição
de um comportamento dependente e infantil desse período mais seguro.
Repressão: a negação da existência de um fator provocador da ansiedade, ou seja, a eliminação
voluntária de algumas lembranças ou percepções da consciência que provoquem desconforto.
Sublimação: a alteração ou deslocamento dos impulsos do id desviando a energia instintiva para
os comportamentos socialmente aceitáveis.
Estágios psicossexuais: na teoria psicanalítica, os estágios de desenvolvimento infantil centrados
nas zonas erógenas.

O estágio oral vai do nascimento até o segundo ano de vida.


O estágio anal dos 2 até os 4 anos.
O fálico ocorre por volta dos 4 anos. Nesse estágio se dá o complexo de Édipo.
Complexo de Édipo: aos 4 ou 5 anos, o desejo inconsciente do menino pela mãe e de substituir
ou destruir o pai.
Normalmente, as crianças superam o complexo de Édipo identificando-se com os pais do mesmo
sexo. Também acabam substituindo a paixão sexual pelos pais do sexo oposto por uma espécie de
afeição mais aceita socialmente.

Após, ocorre um perído de latência, dos 5 aos 12 anos, até o início da puberdade, quando começa
o estágio genital. Nesse período, o comportamento heterossexual torna-se importante, e o indivíduo
começa a preparar-se para o casamento e a paternindade ou maternidade.

Críticas à psicanálise

As condições sob as quais Freud coletava os dados careciam de controle, e não eram
sistemáticas. Ele não fazia a transcrição verbal das palavras de cada paciente, mas trabalhava com
anotações realizadas horas depois da sessão.
Enquanto resgatava as palavras do paciente, Freud pode tê-las reinterpretado, guiado pelo desejo
de encontrar material de apoio.
Freud pode haver inferido, e não efetivamente ouvido, as histórias de sedução sexual na infância
com base na sua avaliação dos sintomas do paciente. Outros críticos argumentam que Freud pode ter
usado da sugestão, ou de procedimentos mais coercitivos, para extrair ou implantar essas lembranças,
sendo que, na realidade, nenhum ato de sedução ocorrera.
A pesquisa de Freud baseou-se em uma amostragem pequena e não representativa de pessoas,
limitada a ele mesmo e àqueles que optaram por fazer psicanálise com ele. A maioria desses pacientes
era formada por mulheres jovens, solteiras, de boa escolaridade, classe alta.
Foram constatadas discrepâncias entre as anotações de Freud das sessões de terapia e os casos
publicados supostamente com base naqueles registros.
Mesmo que algum registro preciso, palavra por palavra, das sessões de terapia fosse mantido,
nem sempre seria possível determinar a precisão dos pacientes.
Alguns criticaram Freud por desenvolver uma teoria da personalidade baseada em pessoas
neuróticas, ignorando os traços emocionais dos indíviduos saudáveis.

Capítulo XIV

Os neofreudianos e Psicologia do Ego


A psicologia do ego incluia a noção de maior independência do ego em relação ao id, ou seja, ele
era dotado de energia própria, e não derivada deste, e com funções separadas das do id. Os analistas
neofreudianos também sugeriam a isenção do ego em relação ao conflito produzido pela pressão dos
impulsos do id em busca da satisfação.
Outra alteração introduzida pelos neofreudianos foi a redução da ênfase na influência das forças
biológicas sobre a personalidade. Ao contrário, mais ênfase foi dada ao impacto das forças psicológicas e
sociais. Os neofreudianos também minimizaram a importância da sexualidade infantil e do complexo de
Édipo, sugerindo que o desenvolvimento da personalidade era determinado principalmente pelas forças
psicossociais e não pelas psicossexuais.

As teorias das relações entre os objetos


Freud usava a palavra “objeto” para se referir a qualquer pessoa, objeto ou atividade com
capacidade para satisfazer ao instinto.
As teorias dos objetos concentram-se nas relações interpessoais entre esses objetos, enquanto a
de Freud enfocava mais os impulsos instintivos propriamente ditos. Assim, os teóricos das relações entre
os objetos dão ênfase às influências sociais e ambientais sobre a personalidade, principalmente na
interação entre mãe e filho. Eles também acreditavam que, em virtude da natureza dessas relações, a
formação da personalidade na infância ocorria mais cedo do que Freud afirmava.
Os adeptos da teoria dos objetos afirmam que as questões mais cruciais no desenvolvimento da
personalidade envolvem o aumento da capacidade e da necessidade da criança, com o passar do tempo,
de libertar-se do objeto primário (a mãe) a fim de estabelecer uma firme noção de si mesma e
desenvolver relações com outros objetos (pessoas).

Melanie Klein 1882-1960


A teoria dos objetos de Klein concentrava-se na ligação emocional intensa entre mãe e filho,
principalmente durante os seis primeiros meses de vida do bebê. Descreveu a ligação entre o bebê e a
mãe em termos sociais e cognitivos, e não em termos sexuais. Na visão de Klein, o seio materno seria o
primeiro objeto parcial para o bebê, que o julgaria como bom ou não, dependendo da satisfação do
instinto do id. Dessa forma, o bebê percebe o seu ambiente, definido e representado com base nesse
objeto parcial bom ou ruim, como satisfatório ou hostil. À medida que se expande o universo do bebê, ele
se relaciona com objetos completos (a mãe como pessoa, por exemplo) e não com objetos parciais, e
define aqueles objetos completos do mesmo modo que definui o seio, ou seja, satisfatórios ou hostis. A
interação social inicial entre a mãe e o bebê é generalizada a todos os objetos (pessoas) da vida da
criança e assim a formação da personalidade do adulto baseia-se na natureza da relação dos primeiros
seis meses de vida.

Carl Gustav Jung 1875-1961

Psicologia analítica: teoria da personalidade de Jung

Inconsciente pessoal: local em que se armazena o que em algum momento foi consciente, mas
que foi esquecido. O insconsciente pessoal não é muito profundo e os incidentes ali armazanados podem
ser facilmente trazidos para o nível consciente.

Inconsciente coletivo: nível mais profundo da psique que contém as experiências das espécies
humanas e pré-humanas.
Arquétipos: tendências herdadas contidas no inconsciente coletivo, que levam o indivíduo a
comportar-se de forma semelhante aos ancestrais que passaram por situações similares.
Os arquétipos que ocorrem com mais frequência são:
A persona seria a máscara que o indivíduo usa quando está em contato com outra pessoa, para
representá-lo na forma como ele deseja parecer aos olhos da sociedade. Assim, a persona pode não
corresponder à verdadeira personalidade do indivíduo. A noção de persona é semelhante ao conceito
sociológico do desempenho de papel, em que a pessoa atua de forma como crê que as outras esperam
que ela atue nas diferentes situações.
Os arquétipos da anima e do animus refletem a noção de que cada indivíduo exibe algumas
características do sexo oposto. A anima refere-se às características femininas presentes no homem, e o
animus denota as características masculinas observadas na mulher. Assim como os demais arquétipos, a
anima e o animus surgem do passado primitivo das espécies humanas, quando o homem e a mulher
adotavam as tendências emocionais e comportamentos do sexo oposto.
O arquétipo da sombra, o nosso self mais sombrio, consiste na parte animalesca da
personalidade. Para Jung, esse arquétipo é herdado das formas inferiores de vida. A sombra contém as
atividades e os desejos imorais, violentos e inaceitáveis. No entanto, a sombra possui também um lado
positivo, responsável pela espontaneidade, pela criatividade, pelo insight e pela emoção profunda,
características necessárias para o total desenvolvimento humano.
Para Jung, o principal arquétipo é o self. Integrando e equilibrando todos os aspectos do
inconsciente, o self proporciona unidade e estabilidade à personalidade. Ocorre apenas na meia-dade,
dos 30 aos 40 anos.

Alfred Adler 1870-1937

Psicologia individual: teoria de Adler sobre a personalidade, que incorpora fatores tanto sociais
como biológicos.
Interesse social: conceito de Adler sobre o potencial inato de cooperação com as pessoas a fim
de atingir as metas pessoais e sociais.

Complexo de inferioridade: condição que o indivíduo desenvolve quando é incapaz de


compensar os sentimentos normais de inferioridade.

Karen Horney 1885-1952

Ansiedade básica: definição de Horney para solidão invasiva e impotência, sentimentos que dão
origem à neurose.

Abraham Maslow 1908-1970

Autorrealização: desenvolvimento pleno das habilidades de um indivíduo e realização de seu


potencial.
As necessidades propostas por Maslow, na ordem de prioridade de satisfação, são as fisiológicas;
de segurança, ordem e estabilidade; de pertinência e de amor; de estima de si e dos outros; e de
autorrealização.

Carl Rogers 1902-1987

Terapia centrada na pessoa.


Atenção positiva: amor incondicional da mãe pelo bebê.

A maior força motivadora da personalidade é o impulso para a realização do self. Embora essa
ânsia pela autorrealização seja inata, pode ser incentivada ou reprimida por experiências da infância e por
aprendizagem.

Psicologia Positiva
Foco nos aspectos positivos dos seres humanos.

Capítulo XV

Psicologia Cognitiva

George Miller 1920


Ulric Neisser 1928
Pai da psicologia cognitiva.
Neisser definia a cognição como os provessos pelos quais a informação sensorial recebida é
transformada, reduzida, elaborada, armazenada, recuperada e usada. Cognição está envolvida em tudo
que o se humano é capaz de realizar. Assim, a psicologia cognitiva está relacionada com a sensação, a
percepção, a formação de imagens, a memória, a solução de problemas, o pensamento e as demais
atividades mentais relacionadas.

Noção da mente como tendo seu funcionamente semelhente ao computador.

Não mais um simples depositário de ímpeto e do impulso, o inconsciente parece desempenhar


importante papel na solução de problemas, no teste de hipóteses e na criatividade.

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