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SEG16DEZ
Segunda-feira
16 de Dezembro de 2019
Ano 44 • N.º 15842

Kz 45,00
Director: VÍCTOR SILVA
Director-Adjunto: CAETANO JÚNIOR
www.jornaldeangola.co.ao

SEBASTIÃO GASPAR MARTINS, PRESIDENTE DO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO

As privatizações não vão

CONTREIRAS PIPA | EDIÇÕES NOVEMBRO

deixar a Sonangol despida

Na primeira grande entrevista à
media angolana, Sebastião Gaspar
Martins, presidente do Conselho
de Administração da Sonangol,
assegura que o processo de pri-
vatizações em curso não vai dei-
xar a petrolífera estatal despida.
Revela detalhes desconhecidos
do Programa de Regeneração, como
é o facto de não prever despedimentos
e, também, da alienação de activos
imobiliários em Portugal. Explica a
inevitabilidade de um aumento dos
preços dos combustíveis, ainda que
gradual, a negociação de empréstimo
de 1,5 mil milhões de dólares no mer-
cado internacional e o insucesso do
ataque cibernético que em Junho per-
turbou a actividade da companhia.
Discorda, completamente, do falso
argumento segundo o qual é mais
barato pagar uma refinaria fora do
país do que construir internamente.
ENTREVISTA • 2 | 3 | 4

DR

COM A MORTE DE ZÉ KAFALA

NESTA EDIÇÃO
Desfecho inesperado
ÂNGELO FEIJÓ
O indivíduo no seio
de um ciclo da trova
do grupo
OPINIÃO • 7 angolana
MINEA CULTURA • 29

Ministro desmente venda

de energia à vizinha RDC
ÚLTIMA • 32 MÉDICO-CIRURGIÃO RENATO PALMA

Apneia do sono tem tratamento em Angola

VIANA
Tribunal ordena penhora
do condomínio
“Ginga Isabel”
SOCIEDADE • 26 SOCIEDADE • 26

“PERSONA NON GRATA” VIGAS DA PURIFICAÇÃO | EDIÇÕES NOVEMBRO

Expulso o chefe da Missão ANTIGOS COMBATENTES CABO VERDE

das Nações Unidas no Mali
GIRABOLA
Detectados pagamentos PAICV
1º de Agosto continua líder
ÁFRICA • 12

GUINÉ-BISSAU
CNE garante condições
irregulares de pensões DESPORTO • 31
promete
O ministro dos Anti- de cidadãos sem pro-
para ida à segunda volta
ÁFRICA • 12 gos Combatentes e cessos individuais mais luta
Veteranos da Pátria, constituídos a bene-
TÍTULO INÉDITO João Ernesto dos
Santos “Liberdade”,
ficiar indevidamente
do pagamento de
à corrupção
admitiu a existência pensões. POLÍTICA • 5 A candidata única à lide-
rança do Partido Africano
para a Independência de
TRÂNSITO EM LUANDA Cabo Verde (PAICV) pro-
meteu uma “luta autêntica”
Polícia retira expressões ao enriquecimento ilícito.
“Não poderemos ter o desen-
avulsas em vidros de táxis volvimento que pretende-
mos se não fizermos um
Holanda é campeã A Polícia de Trânsito anunciou que inicia, combate firme, forte e deter-
mundial de andebol hoje, em Luanda, uma operação para retirar minado à corrupção”, con-
DESPORTO • 30 expressões estampadas em vidros de viaturas siderou Janira Hopffer
que exercem o serviço de táxi. SOCIEDADE • 26 Almada. ÁFRICA • 12
2 ENTREVISTA
“Programa de Privatizações
não visa nem vai deixar
a Sonangol despida”
Nesta primeira grande entrevista a um órgão nacional, Sebastião Gaspar Martins revela detalhes
desconhecidos do Programa de Regeneração, como é o facto de não prever despedimentos e, também, da
alienação de activos imobiliários em Portugal. Explica a inevitabilidade de um aumento dos preços dos
combustíveis, ainda que gradual, a negociação de empréstimo de 1,5 mil milhões de dólares no mercado
internacional e o insucesso do ataque cibernético que em Junho perturbou a actividade da companhia
Cristóvão Neto
O Executivo tomou a decisão
de retirar a função de conces-
sionária da Sonangol. É uma
enorme alteração: qual éo
caminho estratégico que a
empresa vai seguir?
Esta questão vai ao encontro
daquilo que tem sido o objec-
tivo da Sonangol, porque
s e n d o u m a e m p re sa d o
Estado, adequa-se também
às decisões institucionais.
A Comissão Interministerial
de Acompanhamento do
Reajustamento da Organi-
zação do Sector Petrolífero,
depois de formada, em
Setembro de 2018, aprovou
a separação da função de
concessionária da Sonangol.
Quer dizer que, nos próximos
dez anos, como empresa
virada para o sector de explo-
ração, produção, distribuição
e refinação de petróleo bruto,
vai ter de dedicar-se exclu-
sivamente a esta actividade:
vai deixar de ser gestora de
concessões petrolíferas (que
era uma função que tinha
na altura em que estava
também ligada ao papel de
concessionária) e vai dedi-
car-se, fundamentalmente,
a tornar-se numa empresa
focada na rentabilidade dos
seus activos e na cadeia de
valor, que é a do upstream
(de exploração, desenvol-
vimento, produção), mids-
tream (refinação) e
downstream (distribuição
e logística).
Quais são os momentos tác-
ticos dessa estratégia?
Em 2018, definimos a nossa
visão para 2027: “tornar a
Sonangol numa empresa de
referência do sector petro-
lífero no continente africano,
comprometida com a sus-
tentabilidade”. A estratégia
definida passa pela reestru-
turação da empresa, incre-
mento da actividade de
exploração e produção de
petróleo bruto e gás natural,
assim como pelo crescimento
da nossa produção operada.
Adicionalmente, a nossa
estratégia prevê aumentar a
capacidade interna de pro-
dução de refinados e asse-
gurar a eficiêbcia da cadeia
PRESIDENTE DO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO
logística de combustíveis.
Não menos importante, esta-
mos também empenhados
na optimização do capital
humano e tecnológico para
o desenvolvimento da pro-
dutividade da empresa.
A perda da função de conces-
sionária e as privatizações
retiram posições sólidas da
companhia: com que novos
investimentos se vai preencher
esse vazio?
A perda da função de con-
cessionária não retira à
Sonangol a condição de ser
uma empresa rentável. Antes
pelo contrário, agora (e isto
foi definido na nossa estra-
tégia de desenvolvimento)
vai-se tornar numa empresa
muito mais virada para o seu
objecto social, porque, até
ao momento, esteve envol-
vida num conjunto de tarefas,
incluindo algumas fora da
sua actividade core, que a
desviavam do objectivo de
ser uma empresa rentável,
competitiva e comprometida
com a sustentabilidade. A
visão 2027 implica que a
Sonangol tenha de se requa-
lificar e realizar-se do ponto
de vista financeiro, levando
a cabo um amplo programa
de saneamento financeiro;
vai ter de se tornar capacitada
nas áreas da sua actividade
core, com base num aumento
da exploração e produção,
com uma participação bas-
tante considerável da nossa
subsidiária para a produção,
a Sonangol Pesquisa & Pro-
dução. Nós apontamos para
uma meta de chegarmos
acima dos 10 por cento.
Actualmente, estamos com
níveis de participação muito
reduzidos, embora a nível
dos interesses participativos,
juntando as áreas de opera-
ção, com as áreas em que
somos parceiros, estejamos
numa percentagem da pro-
dução total de Angola acima
dos 17 por cento. Nós hoje
produzimos, em termos de
interesses participativos,
cerca de 235 mil barris de
petróleo por dia. Com o
aumento do nosso papel na
actividade operadora, pre-
tendemos tornar a empresa
num “player” como qualquer
uma das empresas que opera
“A perda da função
da concessionária
não retira da
Sonangol
a condição de ser
uma empresa
rentável. Antes pelo
contrário: agora,
vai-se tornar numa
empresa muito
mais virada para
o seu objecto
social”
em Angola e das quais tam-
bém somos parceiros. Acre-
d i ta m o s q u e a sa í d a d a
posição de concessionária
constitui uma boa oportu-
nidade para estarmos con-
c e n t ra d o s n a g e s tã o d e
negócios nucleares, para
melhor os rentabilizar, e que
a alienação de activos não
O significado da construção de refinarias
A construção de refinarias é
contestada com o argumento
segundo o qual é mais barato
pagar uma refinaria fora do
país do que construir inter-
namente: quer comentar?
Discordo completamente por
uma questão muito simples:
o que é que nós queremos fazer
deste país? Queremos ter os
nossos trabalhadores a ficarem
de mão estendida, à espera
que alguém traga produtos
vindos de fora, ou eles empre-
gados ao longo da cadeia de
valor, a trabalharem nas nossas
refinarias, a serem formados
e aprenderem a refinar petróleo,
a operarem as nossas instala-
ções, que é o que nós estamos
a fazer e é um custo intangível
neste momento? Eu preferia
nucleares vem complementar
o foco na cadeia primária de
valor, porque, ao longo dos
anos, por força das circuns-
tâncias, a Sonangol dispersou
investimentos, tornando a
sua gestão muito mais com-
plexa e menos eficiente: esta-
mos no sector imobiliário,
no desenvolvimento da acti-
vidade industrial na Zona
Económica Especial Luanda-
Bengo e muitos mais sectores
de actividade. As alienações
terão como contrapartida o
aumento da liquidez finan-
ceira, com a possibilidade de
investimento nas actividades
nucleares da empresa e dimi-
nuição da dívida financeira,
que no final do exercício eco-
nómico de 2018 ascendia a
4,5 mil milhões de dólares.
A implementação do Pro-
grama de Privatizações não
visa, nem vai deixar a Sonan-
gol “despida”.
Qual é o encaixe estimado
para a privatização dos activos
da Sonangol?
Não lhe quero dizer antes de
termos uma avaliação cor-
recta, mas digo que, prece-
demos o processo de
alienação e uma avaliação
dos activos e, só depois disso,
ter os jovens empregados a
desenvolverem-se tecnica-
mente, a trabalharem nas nos-
sas instalações, do que
mandarmos crude para fora e
comprarmos os refinados no
exterior ou mesmo transferir
o valor para fora do nosso país,
quando o valor pode ser desen-
volvido e criado internamente.
Não tenho dúvida nenhuma
que as refinarias vão suprir as
dificuldades que temos para
abastecer o nosso mercado. A
refinaria a ser construída em
Cabinda é de capitais maiori-
tariamente privados. Cabe a
estes propor a modalidade de
construção (de raiz ou deslo-
calização). Em abono da ver-
dade, está na mesa a proposta
de uma refinaria de raiz, de
com um preço de referência,
é que vamos para o mercado.
A título de exemplo, agora,
em Portugal, fizemos a alie-
nação de dois activos imo-
biliários, o primeiro dos quais
(edifício da Avenida da Repú-
blica, em Lisboa) está já num
processo bem avançado,
depois de termos conseguido
uma avaliação desse imóvel
à volta dos 13 milhões de
euros. Havia um outro activo,
que deveríamos também
alienar, que é um edifício
em relação ao qual, nesta
altura, depois de termos feito
a nossa avaliação e termos
visto o resultado inicial das
respostas, suspendemos,
voltamos ao mercado e,
agora, estamos com estima-
tivas de resultados mais den-
tro da nossa expectativa sobre
o valor daquele activo imo-
biliário. Uma estimativa do
global, neste momento vai-
me ser difícil dizer, mas digo-
lhe apenas que, à medida
que formos fazendo a ava-
liação dos activos, vamos
saber se estamos ou não a ir
ao encontro daquilo que é a
nossa expectativa e o que o
mercado oferece. O que que-
remos destes activos é que
eles sirvam para reforçar a
modo faseado. Quanto à refi-
naria do Lobito, o fundamento
é diferente. Por um lado já
foram feitos grandes investi-
mento (terminal marítimo,
estradas para transporte do
material pesado) e outras esta-
ras. Por outro, é a refinaria de
maior interesse estratégico
para o Estado.
Porque é que a construção
da refinaria do Lobito foi inter-
rompida? Foi apenas por falta
de liquidez ou havia proble-
mas a nível da qualidade do
projecto e do seu custo?
A questão da qualidade não
se coloca. O processo atraves-
sou um momento que todos
temos de aceitar, que o país
todo também atravessou: difi-
Segunda-feira
16 de Dezembro de 2019
nossa capacidade financeira
e que não sejam apenas usa-
dos para outros fins que não
ajudem a tornar a empresa
mais rentável, competitiva
e robusta.
Quanto é que a Sonangol deixa
de receber com o abandono
do papel de concessionária?
A Sonangol recebia um fee
(taxa) de 7,00 por cento pelo
exercício do papel de con-
cessionária em nome do
Estado, mas continua a deter
activos valiosos e reservas
petrolíferas que conferem uma
posição sólida no mercado,
mantendo os seus investi-
mento s na s conce ss õ e s
culdades financeiras. Tendo
em conta o volume de inves-
timentos envolvidos, a obra
foi suspensa, a exemplo do
que fazem todas as grandes
empresas quando o investi-
mento está a limitar a capaci-
dade de investir noutras áreas.
Mas o projecto não foi inter-
rompido com uma paralisação.
O que se fez foi suspender. Hoje,
nós temos condições para reto-
marmos e estamos a fazê-lo.
Vamos prosseguir e partimos
do princípio que, talvez depois
de 2025 (porque é uma refinaria
de uma dimensão considerável),
possamos ter o início do pro-
cessamento e refinação naquela
parte do país, que é também
de um desenvolvimento indus-
trial considerável.
ENTREVISTA Segunda-feira
16 de Dezembro de 2019
petrolíferas angolanas ons-
hore e offshore e vai conti-
nuar a investir no negócio
principal, os investimentos
nos blocos 3/05 e 4/05, para
aumentar a produção ope-
rada. Os investimentos na
construção de refinarias para
inverter o quadro da impor-
tação de combustíveis e no
Terminal Oceânico da Barra
do Dande, para garantir capa-
cidade de armazenagem de
combustível em terra, são
alguns exemplos.
O que há de verdade no que
se diz ser a falência técnica
da Sonangol?
A condição económico-finan-
ceira da companhia continua
viável e estamos confiantes
que continuaremos a ter resul-
tados positivos em 2019 e nos
anos posteriores.
Qual é o valor do capital social
da Sonangol?
Ainda há pouco tempo fize-
mos a aprovação das nossas
contas de 2018: o valor do
capital social da Sonangol
está acima de 12 mil milhões
de dólares ou um bilião de
kwanzas, o que significa
que temos robustez finan-
ceira suficiente para con-
duzir os destinos da
empre sa , além de q ue
temos, neste momento, con-
vénios financeiros que nos
permitem ir ao mercado
internacional em busca de
financiamento, uma cober-
tura total que dá confiança
e credibilidade suficiente
aos investidores e aos bancos
com os quais temos tido rela-
ções. Só a partir de 2020 é
que vamos ao mercado e
temos a garantia de obter
financiamento da ordem dos
1.500 milhões de dólares.
Pode detalhar um pouco mais
esta operação?
A ida ao mercado é uma ope-
ração que nós fazemos anual-
mente e, sempre, com o
objectivo de fazer face às
necessidades das nossas ope-
rações petrolíferas, em parte,
para suprir necessidades no
segmento de “upstream”.
Neste momento, com excep-
ção do Bloco 15 e do Bloco 17,
estamos em quase todas as
concessões que têm produção
e vamos estar, também, nos
blocos que têm exploração.
Estas áreas exigem que nós,
na qualidade de parceiros e
operadores, tenhamos que
fazer face às despesas. Então,
vamos, para além da nossa
capacidade financeira e de
fazer o que a maior parte das
empresas do sector fazem,
vamos ao mercado fazendo
recurso àquelas necessidades
que temos do ponto de vista
financeiro, mas, sobretudo,
com base na nossa capacidade
de reembolsar a dívida. É
desta forma que fazemos um
apelo e um encontro regular
com as instituições financei-
ras, mostramos as nossas
demonstrações financeiras,
apresentamos os nossos
balanços e os nossos convé-
nios que têm de cumprir com
determinado tipo de requi-
sitos, que é dar garantia sufi-
ciente à instituição financeira
que nos vai emprestar fundos
de que nós, sem necessidade
de usar o petróleo bruto como
garantia, com as receitas da
nossa actividade e com o nosso
balanço, conseguimos honrar
os nossos compromissos.
“Damos garantia
suficiente
à instituição
que nos vai
emprestar fundos
de que, com
o nosso balanço,
conseguimos
honrar os nossos
compromissos”
Quais são os bancos envolvi-
dos e quais os termos desse
financiamento?
São vários bancos: neste
momento temos contactos
com o Standard Chartered,
que lidera um sindicato de
bancos. Os termos e as con-
dições do financiamento
ainda estão a ser negociados,
mas sabemos que terá uma
maturidade de cinco anos.
Esse empréstimo pode-se
reflectir na capacidade de
endividamento do Estado?
Há um aspecto que também
temos de considerar: nós
somos parceiros do Estado
e, nessa qualidade, temos
de conjugar as nossas neces-
sidades em receitas ou em
financiamento com as recei-
tas do Estado e temos con-
s egu i d o e n c o nt ra r u m
“modus-vivendi” que nos
permite conciliar as nossas
necessidades com as do
Estado, de forma a que nós,
como empresa pública, pos-
samos realizar e honrar os
nossos compromissos junto
das concessões petrolíferas
e fazer o nosso serviço de
importação de derivados. É
sabido que importamos cerca
80 por cento dos derivados
e ainda somos o superinten-
dente logístico e, nesta con-
dição, temos, também, a
responsabilidade de manter
o mercado alimentado e com
produtos para suportar as
necessidades do país. É aí
que, com recurso às nossas
receitas, em boa parte saídas
da actividade que mais rende
neste país, que é a actividade
do “upstream”, juntando às
necessidades financeiras que
vamos buscar ao mercado,
fazemos a cobertura dessas
necessidades que envolvem,
por um lado, as concessões
petrolíferas e, por outro,
honrar as necessidades de
importação de combustíveis
de que o país precisa. É assim
que actuamos.
Que medidas têm sido toma-
das para reforçar a prestação
de contas e os mecanismos
de transparência?
No domínio da prestação de
contas, se for agora mesmo
ao nosso site, vai encontrar
as nossas contas publicadas.
Ninguém tem o acesso impe-
dido. No que toca à trans-
parência, temos um processo
que permite, através de con-
curso público, seleccionar
as empresas que demons-
trem capacidade técnica e
financeira, criamos e apro-
vamos muito recentemente
o Código de Ética que é
CONTREIRAS PIPA | EDIÇÕES NOVEMBRO
suportado por um programa
de educação para todos os
quadros que trabalham com
processos sensíveis, que são
os da contratação, assim
como aprovamos um pro-
cedimento de contratação
que apura melhor o processo
de selecção de prestadores
de serviços. Este código per-
mite que qualquer funcio-
nário, ao aperceber-se de
uma prática menos correcta
de um colega, está livre de
denunciar e não ser preju-
dicado por isso. Hoje, redu-
zimos ao mínimo as práticas
que causam dolo à empresa
e estamos prestes a chegar
ao ponto em que se poderá
dizer que a Sonangol con-
duz-se apenas por boas prá-
t i c a s . Pa ra a l é m d i s s o ,
trabalhamos de acordo com
a Lei da Contratação Pública,
que rege os processos de atri-
buição de empreitadas ou
de compra de bens e serviços.
Os nossos parceiros também
são orientados, nas suas ope-
rações, pelo rigor da con-
formidade legal e é dessa
forma que estabelecemos
negócios. Não somos 100 por
cento perfeitos, mas sabemos
que não estamos mal, esta-
mos bem.
O ataque cibernético que a
Sonangol sofreu no mês de
Junho deste ano foi bem-
sucedido?
Todas as grandes organiza-
ções estão submetidas a esse
tipo de acções e a Sonangol
não foge a essa regra, porque
os hackers hoje estão no
mundo inteiro e a Sonangol
não escapou. Felizmente,
aconteceu numa altura em
que estávamos a iniciar o
3
PERFIL
SEBASTIÃO PAI
QUERIDO GASPAR
MARTINS
Data de Nascimento
4 de Agosto de 1956
Naturalidade
Luanda
Estado Civil
Casado e pai
de três filhos
Formação Académica
Licenciado em
Engenharia de Minas,
opção Petróleos
Experiência
Profissional
Quadro da Sonangol
desde 1978. Antes de
ser nomeado PCA foi,
entre outros,
administrador
executivo, presidente
da Comissão
Executiva da
Sonangol P&P, do
Conselho de
Administração da
Somoil e director-
geral da Sonangol
P&P
Hobbies
Caminhar, ler, passar
tempo com a família
nosso Programa de Regene-
ração e, como resultado, pre-
paramo-nos ainda mais para
evitar que ataques do género
nos possam prejudicar. Digo-
lhe que o resultado do ataque
não foi aquele que se pudesse
imaginar, pelo contrário.
Hoje estamos a funcionar
normalmente, com medidas
de precaução muito maiores
e estamos a evitar que isso
volte a acontecer ou que nos
possa causar danos que
impeçam o funcionamento
da Sonangol como tal. Resu-
mindo, sem querer, ajuda-
ram-nos a ser ainda mais
fortes. Vai ser muito mais
difícil fazerem-nos um ata-
que se o pretenderem fazer.
Como é que a Sonangol reagiu
ao ataque, que medidas inter-
nas foram tomadas?
Reagimos do ponto de vista
da preparação do nosso pes-
soal e criamos uma espécie
de polícia informática. Hoje,
nós, se pretendermos saber
quem está a tentar penetrar
de forma indevida na nossa
rede, conseguimos. Por outro
lado, temos as protecções
todas para impedir que isso
aconteça, que a ameaça seja
interna ou externa. Em suma,
temos medidas de protecção
e desenvolvimento tecno-
lógico bastante avançadas
para prevenir danos.
Disse que o ataque não foi
bem-sucedido?
Não, não foi. O único que
aconteceu foi impedir que
nós funcionássemos natu-
ralmente durante duas sema-
nas, talvez um pouco mais,
mas, depois disso, a empresa
retomou o sistema normal.
4 ENTREVISTA
AUMENTO DOS PREÇOS DOS COMBUSTÍVEIS
“Se acontecesse em 2020
para nós seria um ganho”
Quando chegou à presidência
da Sonangol apresentou a ele-
vação dos preços dos combus-
tíveis como uma necessidade.
Mantém essa posição?
É uma necessidade. Estamos
a importar produtos refinados
com custos situados acima
das receitas obtidas com a
venda no nosso mercado.
Quer dizer que, actualmente,
compramos produtos refi-
nados ao preço do mercado
internacional e vendemos
aqui a um valor que é equi-
valente a uma taxa de câmbio
que, na altura em que se viu
a necessidade de rever os
preços pela última vez, era
o equivalente a 155 kwanzas
por dólar. A taxa é hoje de
474 ou 475 kwanzas. Temos
de pegar nas receitas que
fazemos com a venda de pro-
dutos refinados a um preço
situado extremamente abaixo
daquele a que vamos buscar
no mercado internacional e
isso implica, só aí (porque
os preços não se fazem com
base naquilo que são as nos-
sas necessidades, mas com
base nos parâmetros do mer-
cado internacional), uma
diferença de três a quatro
vezes entre o preço a que
compramos e o preço a que
vendemos aqui. Eu diria,
tendo o dólar como referên-
cia, que nós vendemos a 30
cêntimos de dólar, quando
os preços no mercado inter-
nacional estão a 1,20 ou 1,30
dólares. Quando fazemos
esse alerta para a necessidade
de se reverem os preços,
temos em conta que também
somos uma empresa com
responsabilidade social. Mais
uma vez, somos parceiros
do Estado e, nessa qualidade,
também estamos atentos
àquilo que podem ser as
reacções e os efeitos sociais
que o aumento pode acar-
retar. Então, trabalhamos
com o Estado, nesse caso
concreto, com o Ministério
das Finanças e o Ministério
dos Recursos Minerais e
Petróleos, no sentido de
encontrarmos o melhor
momento e o melhor equi-
Regeneração não prevê despedimentos
Como é que o Programa de
Regeneração coloca a ques-
tão da força de trabalho?
O Programa de Regeneração
tem o capital humano no
centro. Isto é um dado adqui-
rido: nós não vamos desen-
volver um programa que vise
a melhoria da nossa eficiên-
cia, sem também termos em
consideração o quadro de
pessoal, o nosso capital
humano, que é o nosso prin-
cipal activo. Nós vamos
desenvolver (o programa
está bem avançado nisso) a
líbrio para o preço servir
tanto o s intere ss e s da
Sonangol, como os do
Estado como um todo.
A abordagem de um aumento
isolado dos preços é mesmo
necessária para a Sonangol,
antes de se tentar retirar da
companhia o papel de supe-
rintendente logístico para
mitigar os custos decorrentes
dessa posição?
Foi o que nós defendemos
depois de termos feito uma
visita de benchmarking, de
comparação a várias áreas
de África: fomos a Moçam-
bique, África do Sul, Quénia
e mais um ou dois países,
para ver de que modo o mer-
possibilidade de realocar o
nosso capital humano, refor-
mas antecipadas bem pro-
gramadas, fazer com que o
nosso quadro de pessoal seja
mais valorizado. Ainda há
tempos, num programa de
reformados que tivemos,
desenvolvemos com o Stan-
dard Bank uma iniciativa
bastante interessante, que
foi a do empreendedorismo,
em que alguns quadros, após
a sua reforma, são subme-
tidos a um programa de for-
mação para a sua iniciativa
KINDALA MANUEL | EDIÇÕES NOVEMBRO
cado de distribuição e comer-
cialização de combustíveis
estava a ser controlado. Acha-
mos este momento, uma
altura que vai permitir que
entrem outros intervenientes
neste mercado e que haja
uma liberalização com base
em entidade com capacidade
financeira e tecnológica, cri-
térios que o Instituto de Regu-
l a ç ã o d e D e r i va d o s d o
Petróleo decidir e no Decreto
Presidencial 208/19 (que
permitiu a aprovação do pro-
cesso de liberalização).
O Governo assumiu uma dívida
de 10 mil milhões de dólares
da Sonangol em 2017. O con-
forto derivado dessa decisão
inicial empreendedora e é
isso que nós vamos continuar
a fazer com quase todos. Os
que não se integrarem na
nossa actividade “core”,
vamos procurar fazer com
que possam ter algo com
que se ocupar. O que nós
também vamos fazer é mini-
mizar o efeito na redução do
quadro de pessoal, de forma
a que o trabalhador, se não
servir numa área, seja colo-
cado noutra, implementar
programas de formação e
de empreendedorismo para
não dá margem para que a com-
panhia consiga amparar as per-
das decorrentes dos preços dos
combustíveis?
Esses 10 mil milhões de dóla-
res foram atribuídos pelo
Estado, em 2017, como forma
de aumento do capital da
Sonangol e para suprir um
conjunto de necessidades
que nós tínhamos na altura.
A principal tinha a ver com
a resposta que nós tínhamos
para honrar os nossos com-
promissos nas concessões
petrolíferas, onde há aquilo
que é chamado o pedido
mensal de fundos, em que
nós, em função da nossa
percentagem, temos de hon-
rar e, ao não fazê-lo, as dívi-
das vão-se acumulando, e
chegamos, certas vezes, a
perder o direito a carrega-
mentos de petróleo. Naquela
altura, no meio disso tudo,
havia um conjunto de atra-
sados. Então, esses 10 mil
milhões foram praticamente
usados para honrar os com-
promissos em pedidos de
fundos e amortizar dívidas
atrasadas que já existiam,
em que a Sonangol tinha de
fazer fé e face para não correr
o risco de ter algumas difi-
culdades de carácter finan-
ceiro. Felizmente, esses
fundos foram disponibili-
zados e nós conseguimos
superar essa situação.
Não lhe parece legítimo que,
depois dessa ajuda, o Governo
espere da Sonangol alguma
retribuição, solicitando que
aguente a situação dos preços?
Na questão do aumento dos
preços, o Governo tem as
suas razões e nós, na qua-
l i d a d e d e p a rc e i ro s d o
Estado, também temos de
compreender. Mas se olhar
para o que é hoje o mercado,
caso não aumentem os pre-
ços, o que vai acontecer é,
parcialmente, um estímulo
ao mercado negro. Grande
parte do nosso combustível
é levado a passar pelas fron-
teiras, porque a diferença é
abismal e é necessário refrear
esta apetência. Agora, tem
de se ver o momento e em
que magnitude o aumento
deve ser feito. O Governo,
em concertação connosco,
tem estado a ver o melhor
momento: é provável que
aconteça nos próximos tem-
pos, mas não posso prever a
altura. Se acontecesse em
2020, para nós seria já um
ganho. O aumento pode ser
paulatino, não é necessário
fazer tudo de uma vez.
O primeiro trimestre de 2020
pode ser considerado, como
aqueles que se quiserem
dedicar a outras áreas, mas,
como disse, não estão pre-
vistos despedimentos.
Refere-se a um programa
de reforma antecipada?
É uma reforma antecipada
em que, de comum acordo,
a entidade empregadora e
o trabalhador, depois de ava-
liar bem os prós e os contras,
assinamos algo de benéfico
para ele desenvolver a sua
actividade com base numa
compensação.
Segunda-feira
16 de Dezembro de 2019
diz, “o melhor momento” para
o aumento?
Não lhe posso confirmar,
mas se me perguntar se 2020
seria bom, eu diria que sim.
A Sonangol tem uma proposta
de aumento dos preços?
Ainda é necessária uma con-
certação, de modo a que o
impacto desse aumento
também não seja reflectido
de forma drástica no poder
de compra da população. O
Governo, a seu momento e
na altura devida, vai saber
sugerir a melhor percenta-
gem e é aí que nós gosta-
ríamos que, em conjunto,
encontrássemos o ponto de
equilíbrio. É isso que nós
definimos: que, em con-
junto, encontremos o ponto
de equilíbrio.
“O Governo,
em concertação
connosco, tem
estado a ver
o melhor momento:
é provável que
aconteça nos
próximos tempos,
mas não posso
prever a altura”
Os enormes prejuízos a nível
da distribuição e logística de
que há relato estão relacionados
com a ausência de subsídios
estatais e ao preço fixo ou há
outros motivos, como desvios
e a perda de eficiência?
Há vários motivos, mas o
principal é a diferença da taxa
de câmbio adoptada para cal-
cular o preço. Não digo que
não temos algumas deficiên-
cias que podem minorar a
nossa eficiência, mas o peso
da diferença da taxa de câm-
bio no que deixamos de
ganhar é enorme. Agora, é
preciso que trabalhemos para
elevar a nossa eficiência. Esta-
mos a fazê-lo no âmbito do
nosso Programa de Regene-
ração, para tornar a empresa
mais ágil, rentável, livre de
“pesos mortos”, entre os quais
estão as actividades que nos
desviam da actividade prin-
cipal (por isso mesmo esta-
mos a trabalhar no processo
de alienação de activos que
não estejam a contribuir para
a nossa rentabilidade) e,
quando isso acontecer, a
Sonangol será capaz de supe-
rar as ineficiências.
Qual é o modelo de comercia-
lização de combustíveis que a
Sonangol defende para o país?
Um modelo em que haja
liberalização total, em que,
cada entidade com interesse
e com capacidade técnica e
financeira para entrar para
o mercado (claro que sob
supervisão do Instituto Regu-
lador de Derivados do Petró-
leo), entre, e a Sonangol fique
na qualidade de maior
empresa do Estado e, talvez,
a que vai cobrir a maior parte
das necessidades de deriva-
dos do país.
POLÍTICA
16 de Dezembro de 2019
ANTIGOS COMBATENTES
Detectados pensionistas
sem processos individuais
Ministro afirma que durante a primeira etapa da prova de
vida foi possível constatar as irregularidades no sector
João Ernesto dos Santos “Liberdade” empenhado na reorganização do sistema de pensões
O ministro dos Antigos Com-
batentes e Veteranos da Pátria,
João Ernesto dos Santos
“Liberdade”, admitiu a exis-
tência de pensionistas com
processos incompletos e outros
sem processos, a receberem
pensões indevidamente.
O governante, que falava
no II Conselho Consultivo
do Ministério dos Antigos
Combatentes e Veteranos da
Pátria, realizado na sexta-
feira, em Cacuaco, referiu
q ue durante a primeira
etapa do recadastramento
e prova de vida dos pen-
sionistas foi possível cons-
tatar as irregularidades
existentes no sector.
A prova de vida permitiu
verificar a existência de pen-
sionistas com processos indi-
viduais incompletos e de
outros que, mesmo sem pro-
Ex-militares recebem moagens e britadeiras
Equipamentos foram entregues pela direcção do IRSEM
Um grupo de cinquenta ex-
militares das extintas FAPLA
(Forças Armadas Populares de
Libertação de Angola) que inte-
gram dez associações, no
Cuanza-Sul, beneficiaram de
dez moagens e igual número
de britadeiras, no quadro do
Programa do Governo de reforço
à reintegração dos ex-militares,
que decorre desde 2014.
Os meios foram entregues
Segunda-feira
cessos individuais consti-
tuídos, estão inseridos no
sistema, beneficiando inde-
vidamente do pagamento
de pensões.
A prova de vida
permitiu verificar
a existência de
pensionistas com
processos
individuais
incompletos e de
outros que, mesmo
sem processos
individuais
constituídos, estão
inseridos no
sistema
A primeira fase do pro-
cesso de recadastramento e
prova de vida decorreu no
FERNANDO CAMILO | EDIÇÕES NOVEMBRO
pelo Instituto de Reintegração
Sócio-Profissional dos Ex-Mili-
tares (IRSEM), através da
empresa fornecedora, Wakas-
songue, criando dez unidades
de produção.
Além dos cinquenta bene-
ficiários directos, o projecto
tem 250 beneficiários indirectos,
entre descendentes dos ex-
militares e membros das comu-
nidades em que estão inseridos.
KINDALA MANUEL | EDIÇÕES NOVEMBRO
mês de Setembro nas pro-
víncias do Cuanza-Norte,
Lunda-Norte, Lunda-Sul,
Malanje e Moxico.
Durante o encontro, os
participantes avaliaram o
desempenho de 2019, rea-
preciaram a proposta da Polí-
tica Nacional do Antigo
Combatente e do Veterano
da Pátria e abordaram o pro-
cesso de cadastramento e
prova de vida.
O Plano de Actividades
para 2020, alinhado ao Plano
Nacional de Desenvolvimento
2018-2022, assim como a
apresentação da Base de
Dados do Sistema Nacional
de Recenseamento e Controlo
estiveram igualmente em
análise. O Executivo está
empenhado em reoganizar
o sistema de pensões dos
Antigos Combatentes.
O chefe do Serviço Provin-
cial do IRSEM, Francisco José
Domingos, disse que os meios
entregues visam reforçar a
capacidade de geração de
renda por parte dos ex-mili-
tares. Explicou que as moagens
têm capacidade de moer 1.500
quilogramas de milho por hora
e estão certificadas pelo mer-
cado industrial.
“Os meios entregues são
de qualidade e vão responder
à demanda, por isso pedimos
que os beneficiários cuidem
dos mesmos para que durem
mais tempo”, frisou.
A directora do Gabinete
Provincial da Acção Social,
Família e Igualdade de Género,
Maria da Conceição Neto, con-
siderou que o Executivo con-
tinua a trabalhar para apoiar
os ex-militares, que muito
deram para a conquista da
Independência e na defesa da
integridade territorial.
Casimiro José | Sumbe
COOPERAÇÃO
Ministro
da Defesa
efectua visita
a Portugal
O ministro da Defesa Nacio-
nal, Salviano de Jesus Se-
queira “Kianda”, efectua,
desde ontem, uma visita ofi-
cial de cinco dias a Portugal,
a convite do homólogo João
Gomes Cravinho, no quadro
das relações de amizade e
cooperação no domínio da
Defesa entre os dois países.
Uma nota de imprensa do
Ministério da Defesa Nacio-
nal, que não adianta o pro-
grama da vi sita nem o s
assuntos a serem discutidos,
informa que a delegação
angolana integra generais,
altos funcionários do Minis-
tério e das Forças Armadas.
Em Maio, o ministro da
Defesa de Portugal efectuou
uma visita de três dias a
Angola, destinada a encon-
tros políticos, reforço da co-
operação e à XIX Reunião
de Ministros da Defesa da
CPLP (Comunidade dos Paí-
ses de Língua Portuguesa).
As relações de cooperação
na área da Defesa entre Angola
e Portugal remontam à década
de 90, com a assinatura do
Acordo de Cooperação no
D omínio da D efe sa , em
Luanda, a 3 de Outubro de
1996. Com base neste acordo,
os dois países têm desen-
volvido programas-quadro,
instrumentos bilaterais de
carácter indicativo e flexí-
vel, constituídos por pro-
jectos concretos a executar
no terreno. O último pro-
grama-quadro 2018-2021 foi
assinado a 17 de Maio de 2018.
COLIGAÇÃO
CASA-CE trabalha
na reestruturação
da organização
feminina
Maximiano Filipe | Benguela
A nova secretária provincial
de Benguela da Mulher Patrió-
tica de Angola, organização
feminina da CASA-CE, Idalina
Manuel, garantiu que pretende
trabalhar na reestruturação
da organização e desenvolver
acções de mobilização porta
- a-porta para o engrande-
cimento da coligação.
Falando após ser eleita
para o cargo , durante a
assembleia provincial rea-
lizada na sexta-feira, Idalina
Manuel indicou que vai tra-
balhar com as instituições
do Estado, com particula-
ridade para o gabinete pro-
vincial da Acção, Família e
Igualdade do Género, para
o combate à violência
doméstica e exploração
sexual de menores.
O secretário provincial da
CASA-CE, Zeferino Kuvingua,
apelou às mulheres da coli-
gação a desenvolver acções
de fiscalização dos actos do
Executivo, como forma de
contribuírem no processo de
mitigação da degradação
social de muitas famílias.
BENGUELA
Casos de intolerância
política controlados
O comandante provincial
da Polícia Nacional em Ben-
guela, comissário Aristófanes
dos Santos, afirmou, no
sábado, que os casos de into-
lerância política na província
“estão controlados”, sobre-
tudo nos municípios ante-
riormente considerados
“vermelhos”, como Bocoio,
Balombo, Cubal e Ganda.
Falando no final de um
encontro de cortesia com o
novo secretário da UNITA
e m B e ng u e l a , J e re m i a s
Kaunda Abílio, Aristófanes
dos Santos disse que a Polícia,
enquanto força de segurança
apartidária, vai continuar a
garantir a ordem e tranqui-
lidade públicas.
Segundo a Angop, Aris-
tófanes dos Santos manifes-
tou abertura no que toca à
cooperação com as várias
instituições da sociedade,
indicando que “a Polícia é
uma força republicana”.
Os municípios do Balombo,
Bocoio, Cubal e Ganda regis-
taram, nos últimos anos, casos
de intolerância política envol-
vendo, sobretudo, militantes
da UNITA e do MPLA.
Jeremias Kaunda Abílio
referiu que os partidos polí-
ticos são agentes preventivos
de conflitos, daí a cooperação
com os agentes do Estado
ser fundamental.
PRIMEIRO SECRETÁRIO DO MPLA NO NAMIBE
Archer Mangueira exige
mudança de mentalidade
João Upale | Moçâmedes
O novo primeiro secretário
do MPLA no Namibe, Archer
Mangueira, afirmou que está
apostado em colocar a pro-
víncia na rota do desenvol-
vimento e apelou aos
militantes a mudarem de
mentalidade, primando por
boas práticas.
Ao intervir no final da 10ª
Conferência Provincial
Extraordinária do MPLA, que
o elegeu, Archer Mangueira
falou da situação de pobreza,
adiantando que a mesma
não se ultrapassa somente
com a caridade, mas com
acções concretas que satis-
façam e melhorem a quali-
dade de vida das pessoas.
O político, nomeado
recentemente para o cargo
de governador do Namibe,
depois de exonerado das
Finanças, apelou à juventude
a apostar no empreendedo-
1º secretário do MPLA pede aposta no empreendedorismo
5
O político apontou, como
prioridades do seu mandato,
aproximar o partido dos cida-
dãos, actualizar os programas
locais, de modo a atrair um
maior número de eleitores
para a conquista do poder.
Estiveram presentes no
encontro o secretário-geral
da UNITA, Álvaro Chikwa-
manga, deputados do refe-
rido partido e membros do
Conselho Consultivo do
Comando Provincial da Polí-
cia Nacional.
Jeremias Kaunda Abílio
substitui Alberto Ngalanela no
cargo de secretário provincial
da UNITA e foi apresentado
aos militantes na sexta-feira,
na cidade de Benguela.
Comunidades pacíficas
O secretário da UNITA no
Huambo, Alcino Kuvalela,
encorajou, no sábado, na
Caála, os jovens a serem mais
disciplinados e regrados para
a construção de comunidades
pacíficas, evitando acções
anti-sociais que comprome-
tem uma boa convivência.
Falando no acto de encer-
ramento do ano político da
UNITA, o político apelou aos
jovens a guiarem-se pelos
bons princípios morais, sen-
tido de responsabilidade e
a empenhar-se na formação
académica e profissional.
rismo, mesmo que comece
pelas coisas pequenas.
Pediu o apoio dos mili-
tantes na mobilização de
novos membros, agindo com
base na ética, visando a pre-
paração das eleições autár-
quicas, assumindo as rédeas
para a vitória, em 2020.
“Vamos vencer as eleições
autárquicas, porque somos
o MPLA”, disse, confiante.
O membro do grupo de
acompanhamento do Comité
Central para a província, Amaro
Cacoma Nguengo, apelou aos
jovens do partido a promove-
ram acções sociais, comple-
mentando a implementação
das políticas públicas.
O secretário do partido
cessante, Carlos Cruz, pediu
aos militantes para conti-
nuarem a apoiar o substituto
em todas as tarefas, de forma
a preparar condignamente
o partido para as eleições
autárquicas e ganhá-las.
RAFAEL TATI | EDIÇÕES NOVEMBRO
6 OPINIÃO Segunda-feira
16 de Dezembro de 2019

EDITORIAL
IMAGEM DO DIA
A avaliação do nosso ensino
Transporte de mercadorias numa rua de Luanda, sem respeito pelas
regras estabelecidas, situação que é frequente na capital do país
EDIÇÕES NOVEMBRO

e as universidades e escolas superiores

Ninguém tem dúvida de que o desenvolvimento do sector do Ensino é decisivo para
atingirmos no país elevados níveis de qualidade de vida. Um sector de ensino de qualidade
é gerador de bons quadros que, por via do conhecimento, podem potenciar vários domínios
da vida nacional, com benefícios para todos os cidadãos.
O país deu nos últimos dez anos um grande salto em termos quantitativos ao nível do
ensino, com o aumento considerável da população estudantil, do ensino básico ao superior.
Temos entretanto de trabalhar muito ao nível da qualidade do ensino, devendo-se avançar
para o processo de introdução de novos modelos e de novas dinâmicas, capazes de superar
as inúmeras deficiências de que ainda padece aquele sector.
O país tem académicos que querem contribuir com as suas ideias para o melhoramento
do nosso ensino e vale a pena ouvi-los, já que há mudanças que devem ser feitas depois
de se ponderar uma série de questões, para não cometermos os mesmos erros.
Há opinião generalizada de que muita coisa deve mudar no nosso ensino. Importa
entretanto que se passe à acção, começando por exemplo por se avaliar o que realmente
se faz em todos os níveis de ensino, em todas as vertentes.
Fazer reformas implica conhecer bem a realidade actual, a fim de se fazerem
boas opções. A avaliação correcta das situações poderá fazer com que se encontrem
soluções acertadas.
Uma atenção especial deverá ser dada ao ensino de base, onde encontramos professores
que precisam de adquirir mais competências para poderem preparar convenientemente
os alunos para outros níveis de ensino.
Sem um ensino básico sólido, dificilmente teremos bons alunos no ensino médio e
superior, e continuaremos a assistir a casos de estudantes que nas faculdades, públicas e
privadas, não sabem ler e escrever correctamente.
Que a instituição ou instituições que velam pela qualidade do nosso ensino façam diag-
nósticos e procurem os remédios necessários para resolvermos os problemas graves que
ainda temos no nosso ensino. As nossas escolas não devem continuar a formar quadros
que apenas sabem exibir diplomas, tendo inúmeras deficiências em termos de conhecimentos.
O país gasta ainda muito dinheiro com a contratação de quadros estrangeiros , para re-
solverem muitos dos nossos problemas. Se tivermos um ensino de qualidade, o país
poderá poupar muitos milhões de dólares com a contratação de um elevado número de
técnicos estrangeiros.
Relativamente ao ensino superior, é necessário que se faça uma profunda avaliação de
desempenho que abranja universidades e escolas superiores públicas e privadas, para se
saber, por exemplo, se todos esses estabelecimentos estão em condições de ministrar com
qualidade todos os cursos que ministram. Há países com instituições especializadas em
avaliação do desempenho de universidades e escolas superiores , as quais chegam mesmo,
em muitos casos, a recomendar o encerramento de estabelecimentos que não garantam
uma boa formação para os alunos.
Mas não basta que se façam no nosso país avaliações do desempenho das nossas uni-
versidades e escolas superiores. É necessário que depois destas avaliações haja consequências,
no sentido de se corrigir que anda mal há muitos anos e que é preciso travar definitivamente.
Que os interesses do país estejam neste processo de avaliação de desempenho e de
eventual tomada de decisões acima de interesses individuais ou de grupo.

CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO
Víctor Silva (presidente)
PROPRIEDADE
Edições Novembro, E.P. CARTAS DOS LEITORES
ADMINISTRADORES EXECUTIVOS
Caetano Pedro da Conceição Júnior SEDE:
José Alberto Domingos
Rui André Marques Upalavela Rua Rainha Ginga, 12-26
Caixa Postal 1312 - Luanda
Luena Kassonde Ross Guinapo
Redacção: 222 020 174 Deputados e municípios erros, ao nível da fiscalização gola (LEA) volte a cumprir o
ADMINISTRADORES NÃO EXECUTIVOS Telefone geral (PBX): 222 333 344
Filomeno Jorge Manaças Fax: 222 336 073 Gostava que os deputados da das obras, e temos de novamente seu papel, para que as obras no
Mateus Francisco João dos Santos Júnior Telegramas: Proangola
Assembleia Nacional visitassem voltar a gastar dinheiro para país sejam bem executadas.
com frequência os municípios, fazer as mesmas obras. O LEA já foi no passado uma
para se inteirarem dos proble- Mas já não vale a pena chorar- instituição muito respeitada, pe-
mas das populações. mos sobre o leite derramado. lo excelente trabalho que fazia.
DIRECTOR: Edna Cauxeiro (subeditora), Sei que há deputados que se Vamos para a frente. Espero que Que o LEA e os seus quadros se-
Víctor Silva Ferraz Neto (subeditor) e Pereira Dinis
DIRECTOR-ADJUNTO:
preocupam em saber como vi- os dinheiros que vão ser dispo- jam de novo valorizados.
Caetano Júnior
EDIÇÕES ESPECIAIS: vem as populações, e têm dado nibilizados no quadro do PIIM GERVÁSIO ANTÓNIO
DIRECTOR EXECUTIVO: Adalberto Ceita, André dos Anjos, Domingos dos Santos,
Guilhermino Alberto Leonel Kassana e Yara Simão informações sobre as condições (Plano Integrado de Intervenção Bairro Prenda
EDITOR EXECUTIVO: FOTOGRAFIA:
de vida dos cidadãos. Era bom nos Municípios) venham final-
Diogo Paixão Kindala Manuel (editor-chefe), que os membros do Governo to- mente resolver muitos problemas
José Cola (editor),
SUB-EDITOR EXECUTIVO:
Cândido Bessa Dombele Bernardo, Domingos Cadência, Eduardo Pedro, João Gomes, massem sempre nota do que es- das circunscrições municipais.
Maria Augusta, Miqueias Machangongo, Mota Ambrósio, Paulo Mulaza, Kindala
Manuel, Santos Pedro, Agostinho Narciso, Vigas da Purificação, Contreira Pipas ses deputados verificam em vá- Que a fiscalização seja desta
GRANDE REPÓRTER: rias regiões do país. vez eficiente e que seja feita por Festas na rua
Luísa Rogério CORRESPONDENTES PROVINCIAIS:
Adão Diogo (Lunda-Sul), Devia, quanto a mim, serem ro- gente competente, honesta e pa- Há agora uma moda que está
Alberto Coelho (Cabinda),
EDITORIAS:
POLÍTICA: João Mavinga (Zaire), tineiras as visitas dos deputados triota. Que os oportunistas que pegando e que consiste na obs-
Vladimir Prata (Namibe),
Santos Vilola (editor-chefe),
Fonseca Bengui (subeditor) e Bernardino Manje (subeditor) Esídoro Natalício (Cuanza-Norte), aos bairros, principalmente gostam de ganhar dinheiro por trução de ruas, para se realiza-
Luís Pedro (Cuanza-Sul),
Adelina Inácio, João Dias, Edna Dala,
Garrido Fragoso e Gabriel Bunga Noé Jamba (Bengo), àquelas zonas com problemas via de actos ilícitos sejam im- rem festas, impedindo a circu-
Francisco Curinhingana (Malanje)
Fernando Cunha (Huambo), gravíssimos de saneamento bá- pedidos de qualquer forma de lação de pessoas e de viaturas.
OPINIÃO: João Constantino (Bié),
Ambrósio Clemente (editor-chefe), Faustino Henrique (subeditor) José Chaves (Andulo), sico e de falta de água e energia. estarem ligados à execução de Apelo à nossa polícia para que
Jaime Azulay (Benguela),
SOCIEDADE:
Nhuca Júnior (editor), Jesus Silva (Lobito), A propósito da falta de água, obras públicas. nos diferentes bairros de Luanda
Estanislau Costa (Huíla),
Alberto Pegado (editor),
José Meireles (editor), Joaquim Aguiar (Lunda-Norte), não consigo entender até hoje Que não se insista em pôr na impeça este tipo de prática.
Silvino Paulo (Uíge),
Rodrigues Cambala, André da Costa, Kilssia Ferreira, Manuela Gomes,
Augusto Cuteta, Alexa Sonhi, César André, César Esteves, Edivaldo Cristóvão, Lourenço Manuel (Cuando Cubango), por que razão num mesmo bair- fiscalização pessoas que no pas- Além de obstruírem as vias ro-
Carla Bumba e Mazarino da Cunha Quinito Kanhamei (Cunene),
Samuel António (Moxico),
ro, umas pessoas têm água po- sado cometeram actos que não doviárias, essas festas geram
REGIÕES:
Sérgio Chivaca (editor-chefe), tável e outras não. iam ao encontro da defesa do poluição sonora.
Béu Pombal (subeditor), PAGINAÇÃO E ARTE:
Filipe Eduardo Salvador Escórcio (Editor), Soares Neto, Eugénia Victor, Augusta Lucéu, Tomás Cruz, Tenho vizinhos no meu bairro interesse público. Há pessoas que não conseguem
Noé Pungue, Evaristo Sacupalica, João Augusto, Josefa Abreu, Maria Messele,
ECONOMIA:
Cristóvão Neto (editor-chefe),
Alberto Bumba, Inês Quingando, Margarida Zilungo, Maria da Silva, António Saldanha, que não têm água há muitos E não é difícil saber quem são dormir porque alguém entende
Henrique Faztudo, António Quipuna, Raúl Geremias, Ana Paula Dias , Isabel Fragão,
Armando Estrela (subeditor),
Ana Paulo, Kátia Ramos, Madalena José, Natacha Roberto e Victorino Joaquim
Manuel Cassinda, Francisco da Silva, Rui Jacinto, Bruno Bernardo, Luquemba Pedro anos e moram a alguns metros as pessoas que no passado pre- que deve por exemplo come-
MUNDO: CARTOON E ILUSTRAÇÃO: da minha casa. O que terá acon- judicaram o Estado. Que o La- morar o seu aniversário na via
Bernardino Fançony (editor-chefe), António Canepa Armando Pululo e Casemiro Pedro
tecido quando se montaram as boratório de Engenharia de An- pública. Numa cidade deve ha-
DESPORTO:
Amândio Clemente (editor-chefe), canalização para o abasteci- ver ordem.
Anaximandro Magalhães (subeditor), António Cristóvão, COPY DESK:
Armindo Pereira, Teresa Luís, Vivaldo Eduardo, Rui Ramos, Arlindo Soares e Esperança Vieira Dias mento de água. ESCREVA-NOS Ninguém deve fazer o que quiser.
António de Brito e Honorato Silva Cartas recebidas na
O Jornal de Angola
Quem fiscalizou as obras? Quan- Quem quiser organizar grandes
CULTURA: Rua Rainha Ginga, 12-26
António Bequengue (editor-chefe), Adriano Melo (subeditor), utiliza os serviços da ANGOP, AFP, Reuters, EFE e Prensa Latina do as obras foram entregues, Caixa Postal 1312 - Luanda festas que arrende um salão e
Francisco Pedro (subeditor), Amilda dos Santos, Manuel Albano,
Mário Cohen e Roque Silva
PUBLICIDADE: houve o cuidado de se certificar ou por e-mail: leve para lá os seus convidados.
GENTE E FIM-DE-SEMANA:
António Cruz (editor-chefe),
(+244) 937 550 262 se elas estavam bem feitas? PEDRO CONCEIÇÃO
(+244) 949 770 006 e-mail: publicidade@jornaldeangola.com escrevaconnoscoJA@gmail.com Samba
Isaquiel Cori (editor) Sei que se cometeram muitos
OPINIÃO Segunda-feira
16 de Dezembro de 2019 7
PONTO DE VISTA ANÁLISE

Ângelo Feijó |* CITAÇÕES Eduardo Magalhães |*

“Não é pelo prazer das

pessoas que vou começar

Abraço e perdão
a chamar nomes a João
Lourenço. Mas se João
Lourenço entregar um

O indivíduo no seio do grupo em cada canto

bem público à filha , serei
o primeiro a criticá-lo”
Rafael Marques ,
Activista cívico e jornalista
O abraço e o perdão seguem o seu caminho por toda Angola. O
Nunca é demais repetir que o ser humano é es- grupos, assumidos apenas, por alguns dos seus “Temos de reconhecer que começou como uma acção do Presidente da República,
sencialmente bio-psico-social. Desde a sua nas- integrantes. Ou seja, o grupo pode potenciar, que está a haver João Lourenço, através do Despacho Presidencial nº 73/19 de
cença, ele desenvolve-se, nos domínios biológico, se não se tomar as medidas pertinentes, a re- 16 de Maio que abriu espaço para que representantes dos
psíquico e social, graças a sua inserção nos múl- dução da responsabilidade individual.
mudanças. Enquanto partidos políticos com assento parlamentar, igrejas reconhecidas
tiplos grupos sociais, sem os quais não estaria Aqui nos remetemos ao princípio de Vilfredo cidadãos, temos no país, associações sócio- profissionais e cívicas, fundações,
integrado na sociedade como um todo. Pareto, segundo o qual, 80 por cento dos re- o dever de agarrar artistas, fazedores de cultura e outras individualidades convidadas
Contudo, não obstante a necessidade objec- sultados são obtidos a partir de 20 por cento as oportunidades e não só, ganha corpo e se espalha por todas as províncias.
tiva do individuo pertencer a um grupo, muitos dos seus esforços, o que aplicado aos grupos, e maximizá-las, A comissão para a implementação do Plano de Reconciliação
problemas, sobre a relação entre eles foram diríamos que 80 por cento dos resultados des- porque a liberdade em Memória das Vítimas dos Conflitos Políticos em Angola,
aflorados, ao longo dos séculos, por diferentes tes são conseguidos por 20 por cento dos seus se conquista” chamemos apenas de “Abra-
cientistas. Aqui, tão-somente se pretende refletir membros. O desafio deverá reduzir o hiato çar e Perdoar”, está a levar
Idem
de maneira resumida, sobre al- desta percentagem, tanto Assim, estão criadas agora a mensagem da har-
guns desses possíveis proble-
mas e conflitos entre o indiví-
Os grupos sociais quanto possível.
Não obstante as limita- as condições para que
monia nacional, reaproxi-
mação dos angolanos, re-
duo e o grupo e salientar as formulam-se objectivos, ções que os grupos possam “O que mais nos
preocupa são o gesto, que pode parecer construção da nação e da
possíveis soluções, sobretudo ter, hoje mais do que antes, coesão a todo o país. E as-
nos chamados grupos formais. tarefas, princípios e aconselha-se a criação de os despedimentos, distante numa reportagem sim deve ser, cada vez mais
Geral e consensualmente, o
grupo é definido como aquele
regras, os quais, em equipas multidisciplinares
(que são verdadeiros grupos)
as compensações
que os antigos
de TV ou num artigo de próximo das pessoas.
Perdoar os episódios
conjunto de duas ou mais pes- tese, os indivíduos para a resolução de proble- trabalhadores recebem jornal, materialize-se em dolorosos de violência po-
soas, que baseados em certas
normas, princípios e interesses
devem concordar. mas ou projectos específicos,
porque elas permitem maior
e o que a Lei Geral cada uma das províncias, lítica ocorridos no passado
e abrir o peito para um abra-
do Trabalho prevê
comuns, se interagem durante Contudo, os indivíduos aproximação entre os inter- não é satisfatório nos municípios, nos bairros ço são atitudes pessoais. O
um período relativamente lon-
go, desenvolvendo certas ac- que naturalmente são venientes que dominam vá-
rios aspectos do mesmo pro-
para o trabalhador, e centralidades. movimento e incentivo para
que isso aconteça pode ter
tividades para o alcance de diferentes quanto a blema, maior celeridade e
principalmente para
aquele que já
Que as pessoas se iniciativa do Estado por cau-
objectivos comuns. Por exem-
plo, as pessoas aglomeradas características sócio
melhor coordenação e inte-
gração das acções de cada trabalhou mais aproximem. E vejam sa das suas responsabilida-
des políticas e tem o apoio
num comício não constituem
psicológicas, motivações, um. Aliás, no nosso país as- de 15 anos que sempre no outro um cidadão, e envolvimento das entida-
pagou as suas
necessariamente um grupo, sistimos, ao longo dos anos, um ser humano, digno des nacionais e internacio-
pois poderão não partilhar experiências a criação pelo Governo de contribuições
de perdão e abraço.
nais, como os representan-
normas, princípios e interes- várias Comissões interminis- à Segurança Social” tes diplomáticos da UA, UE,
ses, nem interagem regular- e conhecimentos, teriais(equipas) para resolver Manuel Viage, E que esta imagem seja EUA e ONU e outras perso-
mente. Bom exemplo de um
grupo, é aquele conjunto de
às vezes, revelam determinado assunto.
Porém, mais importante
Secretário-Geral da União Nacional
dos Trabalhadores Angolanos - reproduzida de Cabinda
nalidades. Mas o acto final
se dá entre duas pessoas
dois ou pouco mais colabo- interesses e atitudes do que criar estas equipas, Confederação Sindical
ao Cunene, para a completa que se reconciliam, se har-
radores de uma empresa, que
sendo de departamentos di-
que podem prejudicar parece-nos ser garantir a
sua coordenação, eficiên- “Todos os objectivos
monizam e marcam este
paz e harmonia em Angola momento simbólico de per-
ferentes, se constituíram em ou favorecer o grupo cia, eficácia, coesão e o estratégicos da dão e paz espiritual com
equipa de trabalho para, num compromisso de todos um abraço.
prazo determinado, desen- como um conjunto com os objectivos e resul-
corporação têm uma
grande influência Recapitulando, o movimento “Abraçar e Perdoar” tomou
volver em conjunto uma ac- tados. Ou seja, para que os forma por uma comissão criada em 16 de Maio último. O nome
tividade para o alcance de grupos, particularmente os na vida política , é claro: Plano de Reconciliação em Memória das Vítimas de Con-
certo propósito. formais, cumpram a função económica e social flitos Políticos de Angola. O período marcado: a Guerra Civil,
Os grupos podem ser classificados, sob di- para a qual foram criados deve: Ter uma coor- do país” entre 11 de Novembro de 1975 e 4 de Abril de 2002.
versos critérios, como por exemplo, quanto ao denação efectiva que congregue a contribuição Paulo de Almeida, Os princípios também são evidentes e inequívocos. Assim,
número (grandes, médios, pequenos), quanto de cada um e crie sinergias; motive; elimine Comandante -Geral da Política qualquer acção ou abordagem do Plano nunca terão objectivos
a maneira como se constituem (formais e infor- os factores que possam minar a sua coesão; Nacional de dividir a sociedade, criando novas feridas ou reabrir as que
mais), quanto aos objectivos que perseguem aclare os objectivos; distribua com clareza as já estão cicatrizadas. É o Princípio da Reconciliação.
(político, económico, desportivo, comunitários, competências e atribuições de cada integrante; “A nossa preocupação Os eventos de que resultaram vítimas em qualquer das suas
etc) e outros. assegure comunicação perceptível e fluida; em- é saber quantos somos, formas de manifestação, devem ser abordados na perspectiva
Passando para as relações entre o indivíduo preenda reuniões produtivas; esclareça as onde estamos e como dos contextos históricos em que os mesmos ocorreram. Esta
grupo, cabe referir, desde já, que o individuo regras do seu funcionamento e especifique estamos, para abordagem deve ser relativizada, sem supervalorização. Princípio
com todas as suas características, não desapa- prazos para o cumprimento de tarefas, etc. En- da Historicidade.
rece, não elimina o seu eu no grupo. Ele pode fim, é preponderante que se garanta o afasta-
podermos vencer
Perdão e nunca vingança. É o objectivo de toda a abordagem
exercer influência sobre o grupo e este sobre mento da competição maligna e que as acções os desafios que e da reparação de danos. Da componente jurídica, as leis de am-
ele. Os grupos sociais formulam-se objectivos, de uns cooperem e se complementem com as se avizinham” nistia entretanto aprovadas já perdoaram legalmente os crimes
tarefas, princípios e regras, os quais, em tese, dos outros para a obtenção de resultados, como Mário Pinto de Andrade, eventualmente cometidos, estando assim a componente jurídi-
os indivíduos devem concordar. Contudo, os in- se faz numa boa equipa de futebol. Secretário do MPLA para os Assuntos co-legal e ou judicial do perdão resolvida. Princípio do Perdão.
divíduos que naturalmente são diferentes quanto Políticos e Eleitorais É óbvio, mas precisa ser sublinhado, que as abordagens as-
a características sócio psicológicas, motivações, * Licenciado em Ciências Sociais sentam em factos reais e não em juízos de valor. E repete-se que
experiências e conhecimentos, às vezes, revelam e em Gestão de Empresa os cidadãos são iguais em direitos e obrigações e não podem
interesses e atitudes que podem prejudicar ou “A Comissão ser discriminados pelo seu passado. São assim os princípios da
EDIÇÕES NOVEMBRO
favorecer o grupo como um conjunto. Pode Política reitera Verdade Material e da Cidadania e Estado de Direito.
acontecer, dependendo do carácter de cada a profunda A balizar o Plano estão as directivas da “Política da União
um, que o indivíduo não se predisponha a con- preocupação Africana sobre aJustiça de Transição”. A isso se chama Prin-
tribuir com todas as suas competências porque pelos ataques cípios Internacionais.
o seu nome se dilui ou fica no anonimato en- Uma nota importante nesta ocasião, é sobre o consenso alar-
quanto integrante do grupo. De qualquer forma, protagonizados gado que representa hoje o Plano de Reconciliação em Memória
o ideal é que os indivíduos se identifiquem, em por malfeitores em às Vítimas dos conflitos políticos em Angola. Já não é só do
grande medida, com o interesse, com as normas alguns pontos da Estado. É um património da sociedade no seu todo.
e valores grupais. província de Cabo Assim, estão criadas as condições para que o gesto, que
Outras vezes, pode acontecer que uma diver- Delgado (Moçambique pode parecer distante numa reportagem de TV ou num artigo
gência interpessoal entre dois integrantes do e na região centro, de jornal, materialize-se em cada uma das províncias, nos mu-
grupo o faça desmoronar ou baixar a sua efi- causando a perda nicípios, nos bairros e centralidades.
ciência. Também, sabe-se que, por diversas ra- de preciosas vidas Que as pessoas se aproximem. E vejam no outro um cidadão,
zões, os integrantes do grupo, não têm o mesmo humanas e a destruição um ser humano, digno de perdão e abraço. E que esta imagem
nível de desempenho e de motivação. Por exem- seja reproduzida de Cabinda ao Cunene, para a completa paz e
de bens das populações”
plo, poderá existir indivíduos que se escondem Comunicado da Comissão Política
harmonia em Angola.
no grupo sem nada ou pouco fazerem em prol (Bureau Político) da Frelimo , que se * Director Nacional de Comunicação Institucional.
do grupo. Não serão poucos os trabalhos em reuniu na última sexta-feira A sua opinião não engaja o MCS
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REPÚBLICA DE ANGOLA
EMPRESA PORTUÁRIA DE LUANDA, E. P.
ANÚNCIO DE CONCURSO PÚBLICO N.º 2/2019

A Empresa Portuária de Luanda, E.P. vem tornar público, nos termos do disposto no n.° 1 do artigo 69.° e do Anexo VI, da Lei n.° 9/ 16, de 16 de Junho, Lei dos Contratos Públicos, que está aberto o Concurso Público para concessão
do serviço público de gestão e exploração do Terminal Multiuso do Porto de Luanda.
1.Dados da Entidade Pública Contratante (EPL): Cinquenta Mil TEUs). No caso de associação de empresas, este critério terá de ser cumprido por um dos elemen-
tos que tenha uma participação accionista mínima de 25% nessa associação.
1.1. Designação: Empresa Portuária de Luanda, E. P. (EPL) 3.2. Não são admissíveis propostas variantes.
1.2. Endereço: Largo 04 de Fevereiro 3.3. É exigida a caução provisória, no montante em Akz, equivalente a USD 250.000,00 (Duzentos e Cinquenta Mil
1.3.Localidade: Luanda Dólares Americanos)
1.4. Província: Luanda
1.5. Telefone: +244 935698404 4.Critério de adjudicação
1.6. Correio electrónico: concurso.multiuso@portoluanda.co.ao O critério de adjudicação é o da proposta economicamente mais vantajosa, tendo em conta os factores enuncia-
1.7.Endereço internet (URL): www.portoluanda.co.ao dos nas peças do procedimento.
1.8. Tipo de entidade contratante e suas principais actividades:
A EPL é uma empresa pública dotada de personalidade jurídica, com autonomia administrativa, financeira e patri- 5.Processo
monial. Tem como principais atribuições os poderes de administração, gestão e autoridade nas zonas marítimas e 5.1. Condições para obtenção das peças do procedimento em Akz
terrestres sob sua jurisdição, a promoção, ordenamento e regulamentação do Porto de Luanda, a coordenação e 5.1.1. Data de início da recepção de pedidos das peças do procedimento ou para aceder aos documentos:
fiscalização das actividades na sua área de jurisdição, promovendo as obras, organizando os serviços e estipu- Data: 17.12.2019 Hora:09h00
lando taxas e tarifas, políticas e regras gerais, tendo em vista a exploração económica do Porto e a correcta utili- 5.1.2. Preço e condições de obtenção das peças do procedimento:
zação dos bens do domínio público, com salvaguarda do meio ambiente, marítimo e terrestre. Preço: USD75.000,00, com a apresentação de comprovativo de pagamento
1.9. A EPL está a contratar por conta própria. 5.1.3. As peças do concurso poderão ser levantadas na sala de reuniões da Administração B, na sede da EPL,
2.Informações relativas ao contrato: bem como acedidas por via electrónica, pelo website: www.portoluanda.co.ao
2.1. Designação dada ao contrato pela EPL: Contrato de concessão do serviço público de gestão e exploração do 5.2. Prazo para apresentação das propostas:
Terminal Multiuso do Porto de Luanda. Data: 30.03.2020 Hora: 17h00
2. 2. Tipo de contrato: Concessão de serviços públicos.
2.3. Local da realização da prestação dos serviços: Terminal Multiuso, Porto de Luanda, Angola 5.3. Valor da caução definitiva equivalente em kwanzas a: USD 6.000.000,00.
2.4. O concurso implica a celebração de um contrato público. 5.4. Modo de Apresentação da Candidatura e dos Documentos de Habilitação
2.5. O concurso está aberto à participação de entidades estrangeiras. 5.4.1.Os Concorrentes deverão apresentar as propostas em dois invólucros opacos fechados e lacrados, dirigidos
2.6. Breve descrição das prestações objecto do contrato: À COMISSÃO DE AVALIAÇÃO DAS CONCESSÕES, em cujo rosto se deve escrever “Proposta”, com a aposição
a) Gestão e exploração do Terminal Multiuso do Porto de Luanda, em regime de gestão de Porto Senhorio (Lan- do título “Documentação Geral” no primeiro, e o título “Proposta Técnico-Financeira” no segundo. Em ambos se in-
dlordPort); dicará a designação do concurso e a denominação social do concorrente, e deverão ser assinados pela pessoa
b) Elaboração de Planos de Exploração e de organização do terminal, contendo o ordenamento e a organização que o representa.
funcional da área da concessão, e as normas referentes às exigências ambientais, de higiene e de segurança; 5.4.2. É obrigatória a submissão do duplicado de cada um dos documentos que constituem a proposta, e da en-
c) Construção, reparação e conservação do estabelecimento afecto à Concessão; trega, juntamente com os referidos documentos, de uma pendrive que contenha todos os elementos da proposta.
d) Instalação e/ ou substituição dos equipamentos necessários à execução do contrato; 5.5. Não serão consideradas propostas apresentadas depois de terminado o prazo.
e) Garantir a viabilidade económica do Terminal, em cumprimento das normas do Contrato e das peças do con- 5.6. Todas as propostas serão abertas em Acto Público, a ser realizado no dia 31 de Março de 2020, às 09h00, na
curso. sede da EPC.
2.7. Prazo de execução do contrato: 20 anos, a partir de 01 de Julho de 2020. 6.Informações Complementares
3. Informações relativas aos concorrentes e às propostas: 6.1. Endereço e ponto de contacto onde podem ser obtidas as informações adicionais, as peças do procedimento
3.1. Os concorrentes devem reunir as seguintes condições, cumulativamente: e enviadas as propostas:
a) Apresentar capital próprio realizado não inferior ao equivalente em kwanzas a USD 25 milhões (Vinte e Cinco 6.1.1. Designação oficial: Empresa Portuária de Luanda
Milhões de Dólares Americanos). 6.1.2. Endereço: Largo 04 de Fevereiro, Luanda, Angola
b) Apresentar um volume de negócios médio anual dos últimos 3 exercícios fiscais não inferior ao equivalente a 6.1.3. Localidade: Luanda
USD 100 milhões (Cem Milhões de Dólares Americanos). 6.1.4. Província: Luanda
c) Apresentar um activo líquido não inferior ao equivalente em kwanzas a USD 100 milhões (Cem Milhões de Dó- 6.1.5 Telefone: +244 935698404
lares Americanos). 6.1.6. Correio electrónico: concurso.multiuso@portoluanda.co.ao
d) No caso de associação de empresas, os requisitos referidos nas alíneas anteriores deverão corresponder aos 6.1.7. Endereço internet (URL): www.portoluanda.co.ao
respectivo sindicadores ponderados pela respectiva participação de cada empresa na associação.
e) Capacidade técnica - As empresas concorrentes deverão ter, directamente ou através de subsidiárias, uma par- Luanda, aos 16 de Dezembro de 2019.
ticipação não inferior a 25 % em pelo menos 3 operações de concessão de terminais portuários, nos últimos 3
anos, sendo que em pelo menos uma dessas operações tenham uma participação não inferior a 50%, com uma P/Empresa Portuária de Luanda, E.P
quantidade média anual de movimentação durante os últimos 3 anos não inferior a 250.000 TEUs (Duzentos e (501.720)

REPUBLIC OF ANGOLA
LUANDA PORT COMPANY, E.P
NOTICE OF PUBLIC TENDER NO. 2/2019

Empresa Portuária de Luanda, E.P (hereinafter also referred to as EPL), pursuant to the provisions of article 69, 1, and Appendix VI of Law no. 9/16 of 16 June, Public Procurement Law, announces the concessiontender for the
management and operation of its Multipurpose Terminal.
1. Contracting Entity (EPL): TEUs (Two Hundred Fifty Thousand TEUs) during the last 3 years. In case of aassociation of companies, this criterion
1.1. Title: Empresa Portuária de Luanda, E.P (EPL) must be met by one of the elements having a minimum shareholding of 25% in that association association of com-
1.2. Address: Largo 04 de Fevereiro panies.
1.3. Location: Luanda 3.2. Variant proposals are not admissible.
1.4. Province: Luanda 3.3. Provisional security deposit of US $ 250,000.00 (Two hundred and fifty thousand US dollars) is required.
1.5. Telephone:+244935698404
1.6. E-mail: concurso.multiuso@portoluanda.co.ao 4. Award criterion
1.7.Website: www.portoluanda.co.ao The terminal concession award will be granted tothe most economically and environmentally advantageous proposal,
1.8. Type of contracting entity and main activities: taking into account the factors set out in the procedure files.
EPL is a public company with legal personality, administrative, financial and patrimonial autonomy. Its main duties
and functions are within its powers of administration, management and authority in maritime and land areas under its 5. Procedure
jurisdiction, the promotion, planning and regulation of Porto de Luanda, the coordination and supervision of activities 5.1. Conditions for obtaining the tendering procedurespackage:
in its area of jurisdiction, promoting the works, organizing the services and stipulating rates and tariffs, policies and 5.1.1. Starting date for receiving requests for the tendering procedures package or for accessing the relevant
general rules, with a view to the economic operation of the Port and the correct use of public domain assets, safe- documents:
guarding the environment. Date: 12.17.2019 Time: 09h00
1.9. EPL is contracting on its own. 5.1.2. Price and conditions for obtaining procedure files:
Price: USD 75.000,00 Conditions Proof of payment
2. Contract information: 5.1.3. The tendering procedures package can be collected at Porto de Luanda, meeting room
2.1. The designationgiven to the contract by EPL: Concession contract for the public management and operating ser- B, 1stFloor, as well as accessed on website www.portoluanda.co.ao.
vice of Porto de Luanda’sPort Multipurpose Terminal. 5.2. Deadline for receipt of bids:
2. 2. Type of contract: Concession of public services. Date: 03.30.2020 Time: 17h00
2.3. Location of provision of services: Multipurpose Terminal, Port of Luanda, Angola 5.3. Definitive security deposit amount: USD 6,000,000.00.
2.4. The tender involves the conclusion of a public contract. 5.4. Procedure for submission of tender Applications and Qualifying Documents
2.5. The tender is open to foreign entities. 5.4.1 Tenderers must submit their proposals in two closed and sealed opaque envelopes, addressed to the Conces-
2.6. Brief description of the services covered by the contract: sion Evaluation Committee, written “Proposal” on top, with the title “General Documentation” on the first, and the title
“Technical-Financial Proposal” on the second. Both will indicate the title of the tendering and the company’s name,
a) Management and operation of Porto de Luanda’s Multipurpose Terminal, underLandlord Port management model and must be signed by the person representing the said company.
/ Landlord Administrative Model; 5.4.2. It is mandatory to submit ina duplicate of each of the documents that make up the proposal, and a USB flash
b) Preparation of theTerminal Exploration and Organization Plans, containing the planning and functional organization drive /USB memory stickcontaining all the elements of the proposal must also be delivered along with those docu-
of the concession area, and the rules regarding environmental, hygiene and safety and security requirements; ments.
c) Construction, repair and conservation of the facilities/assets assigned to the Concession; 5.5. Proposals submitted after the deadline will not be considered.
d) Installation and / or replacement of equipment required to perform the contract; 5.6. It will only be accepted proposals submitted by Tenderers that have acquired the tendering procedures package.
e) Ensuring the economic viability of the Terminal, in compliance with the rules of the Contract and the tender docu- 5.7. All proposals will be opened in a Public Act, to be held on March 31, 2020, at 09h00, at EPL.
mentation. 6. Additional Information
2.7. Period of performance of the contract: 20 years from 1 July 2020. 6.1. Address and contact point from which additional information can be obtained and, tendering proposals may be
sent to:
3. Information concerning tenderers and proposals: 6.1.1. Official designation: Empresa Portuária de Luanda
3.1. The Tenderers must meet the following cumulative conditions: 6.1.2. Address: Largo 04 de Fevereiro, Luanda, Angola
a) Must provide proven information on paid-up equity of not less than the equivalent of USD 25 million (Twenty Five 6.1.3. Locality: Luanda
Million US Dollars). 6.1.4. Province: Luanda
b) Must provide proven track record of an average annual turnover of not less than the equivalent of USD 100 million 6.1.5 Telephone: +244 935698404
(One Hundred Million US Dollars) in the last 3 fiscal years. 6.1.6. E-mail: multiuso@portoluanda.co.ao
c) Must provide proven information on a net asset of at least USD 100 million (One Hundred Million US Dollars). 6.1.7. Website: www.portoluanda.co.ao
d) In case of aassociation of companies, the requirements referred to in the preceding paragraphs shall correspond
to the respective indicators weighted by the respective participation of each company in the association. Luanda, 16 th December 2019.
e) Technical capacity - Competitor companies shall have, either directly or through subsidiaries, a participation of not
less than 25% in at least 3 port terminal concession operations over the last 3 years, with at least one of these ope- Empresa Portuária de Luanda, E.P.
rations having a participations of at least 50%, with an average annual handling amounting not less than 250,000 (501.720a)
ECONOMIA
TROCAS COMERCIAIS
Comércio transfronteiriço
resiste à crise económica
Entre Janeiro de 2017 e Junho de 2019, foram arrecadados
nos postos fronteiriços 47,8 mil milhões de kwanzas
Só no Posto Fronteiriço da Santa Clara foram arrecadados 42,4 mil milhões de kwanzas em quase três anos
As transacções transfron-
teiriças, apesar da crise
financeira que assola o país
desde 2014, mantêm-se
e s táve i s , c o m l ig e i ro
aumento nas receitas em
alguns postos fronteiriços.
Dados compilados pela
Angop indicam que, entre
Janeiro de 2017 e Junho de
2019, foram arrecadados nos
postos fronteiriços 47,8 mil
milhões de kwanzas. Nos
últimos três anos, o posto
Segunda-feira
16 de Dezembro de 2019
fronteiriço de Santa Clara,
que liga Angola à Namíbia,
p or via da província do
Cunene, registou o maior
volume de trocas comerciais,
com receitas calculadas em
42, 4 mil milhões de kwanzas.
A cifra corresponde a cerca
de 88,7 por cento do total do
valor arrecadado. De acordo
com números da Adminis-
tração Geral Tributária local,
no Cunene, só em 2017, o
pagamento de impostos pela
VIGAS DA PURIFICAÇÃO | EDIÇÕES NOVEMBRO
transacção de mercadorias
em Santa Clara rendeu 17,3
mil milhões de kwanzas.
Os dados disponíveis indi-
cam que até Junho deste ano
foram arrecadados, naquele
posto fronteiriço, 8,1 mil
milhões de kwanzas.
Apesar da estratégia do
Governo estar virada para o
aumento das exportações, a
fim de se alavancar a econo-
mia nacional, as importações
ainda sobressaem.
(501.709a)
De Janeiro de 2017 a Junho
deste ano, foram arrecadados
com as importações o equi-
valente a 399,8 milhões de
dólares. Os impostos com as
exportações renderam ao
Estado 19.471.993,06.
A partir do posto fronteiriço
de Santa Clara entraram maio-
ritariamente, nos últimos três
anos, bens alimentares, ves-
tuário, ração animal, material
de telecomunicações, bem
como mercadorias para o sec-
tor mineiro.
Além da Namíbia, estes
produtos foram importados
da África do Sul, do Dubai
(Emirados Árabes Unidos)
e Japão . E nt re ta nto , d e
Angola saíram materiais dos
sectores mineiro e petrolí-
fero, além de bebidas e
material de construção.
Receitas no Luvo crescem
À semelhança de Santa Clara,
as receitas no posto fronteiriço
do Luvo também se mantêm
estáveis. De Janeiro de 2017
a Junho de 2019, o posto adua-
neiro, um dos mais agitados
na extensa fronteira entre
Angola e República Demo-
crática do Congo, “encaixou”
mil milhões e 854 milhões
de Kwanzas.
O montante resulta da
movimentação de mais de
mil e 300 toneladas de mer-
cadorias. A maior fatia desta
receita foi alcançada de Janeiro
a Novembro deste ano, com
AKZ mil milhões e 300 mil,
mais 746 milhões em relação
a 2018. A entrada em vigor,
em Agosto de 2019, da Nova
Pauta Aduaneira, é apontada
pelas autoridades locais como
estando na base do aumento
significativo das receitas no
Posto do Luvo, localizado na
província do Zaire. Além dos
bens da cesta básica, os cal-
çados e as bebidas figuraram
entre os produtos mais expor-
tados para a RDC. Do país
vizinho chegam cosméticos,
plásticos e as sucatas de alu-
mínio, taxados na ordem dos
20 a 30 por cento.
No Posto Aduaneiro do
Luvo, localizado a 60 quiló-
metros a norte da cidade de
Mbanza Kongo, circulam em
média 150 camiões por
semana, carregados de mer-
cadorias diversas.
Quanto às transgressões,
f o ra m c o n fi s c a d o s 1 0 0
milhões de kwanzas e 40 mil
dólares, nas mãos de cidadãos
nacionais e estrangeiros que
pretendiam transpor a fron-
teira em direcção à RDC.
Desde a década de 1980
que o posto fronteiriço do
Luvo, com dez técnicos, tem
servido de local de trocas
comerciais entre cidadãos
de Angola e da RDC, por via
do mercado transfronteiriço,
com maior intensidade aos
fins-de-semana em ambos
os lados da fronteira, de
forma alternada.
Fronteiras do Leste
As transacções comerciais na
fronteira do Leste de Angola
com a RDC, a partir da Lunda-
Norte, também acompanham
esta tendência de crescimento.
Os dados revelam que de
Janeiro a Novembro deste ano
verificou-se aumento de
receitas fiscais em quase 100
por cento, em relação aos dois
anos anteriores.
As importações e expor-
11
tações nos postos fronteiriços
da província da Lunda-Norte
renderam ao Estado angolano
402.590.916,11 kwanzas.
O montante ultrapassa a
previsão de 206 milhões, 776
mil, 59 kwanzas e 61 cêntimos,
até ao final do ano.
Supera também, quase
pelo dobro, os 211 milhões,
529 mil, 155 kwanzas e 18
cêntimos, arrecadados em
2018, assim como os 30
milhões e 700 mil de 2017.
O chefe da Sétima Região
Aduaneira, Camilo Alberto
Savith, explicou que as trocas
comerciais registaram-se
nos postos de Chissanda,
Furi, Itanda, Tchicolondo,
Marco 2 8 e Canzar . Na
balança das transacções, a
diversidade e o volume de
produtos exportados é supe-
rior às importações, pois de
Angola saíram para a RDC o
açúcar, farinha de trigo e de
milho, sal, água mineral, óleo
vegetal, materiais de cons-
trução, bebidas alcoólicas,
refrigerantes e pescado.
No s e n t i d o i nve rs o ,
entraram para Angola ape-
nas produtos do campo
como a mandioca, óleo de
palma e amendoim.
A província da Lunda-
Norte confina-se com a RDC,
numa extensão fronteiriça de
770 quilómetros, dos quais
650 terrestre e 120 fluvial.
Até à conclusão desta
matéria, a Angop procurou,
sem sucesso, obter dados
relativos aos demais postos
fronteiriços, pelo que os
números são ilustrativos de
apenas três postos aduaneiros,
o que deixa a ideia de receitas
ainda maiores.
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12 ÁFRICA
OPOSIÇÃO EM CABO VERDE
PAICV promete mais
acção contra corrupção
Janira Almada, candidata única à liderança do maior partido da
oposição em Cabo Verde, critica o Governo e promete uma luta
autêntica contra a corrupção e o enriquecimento ilícito
A candidata única à liderança
do Partido Africano da Inde-
pendência de Cabo Verde
(PAICV) disse, no fim-de-
semana, que a luta contra a
corrupção já é uma “neces-
sidade” no país e prometeu
uma “luta autêntica” também
ao enriquecimento ilícito.
“Não poderemos ter o
desenvolvimento que pre-
tendemos se não fizermos um
combate firme, forte e deter-
minado à corrupção”, con-
siderou Janira Hopffer Almada,
que falava na cidade da Praia,
durante um pequeno-almoço
com jornalistas para apre-
sentação das linhas gerais da
sua Moção de Estratégia e
Orientação Política Nacional
para a eleição, marcada para
o dia 22.
Candidata a um terceiro
mandato à frente do PAICV,
cargo que ocupa desde 2014,
Janira Almada disse que se
deve questionar se o Governo
existente no país está a ajudar
no combate à corrupção e
na luta pela transparência.
A política entende que é
chegado o momento de se
alargar o âmbito das per-
sonalidades que devem
apresentar declaração de
rendimento, os bens e patri-
mónios ao Tribunal Consti-
tucional, mais concretamente
para os altos dirigentes da
Administração Pública.
Ainda assim, Janira Almada
considerou que apenas o alar-
gamento não é suficiente e
propõe, também, que três
anos depois da cessação de
funções os ex-titulares de
cargos políticos e os ex-diri-
gentes da Administração
Pública apresentem as suas
declarações ao TC.
“É nossa perspectiva que
também o TC, para além de
informar o Ministério Público
das situações que suscitem
dúvidas, informe a autoridade
tributária para efeitos de fis-
calidade”, propõe a candidata
a presidente do PAICV, suge-
rindo ainda que seja agravada
a taxa especial aplicada às
situações de acréscimo patri-
monial injustificado.
“Vemos a olho nu situa-
ções de enriquecimento, sem
que se conheçam as fontes
de rendimento em Cabo
Verde e não podemos con-
tinuar a fingir que é normal.
Não é normal”, protestou a
dirigente partidária, para
quem é preciso enfrentar
Hopffer pediu um
“debate salutar” em
torno de ideias,
bem como a união
do partido em torno
de causas e não de
pessoas, para que o
PAICV seja uma
“alternativa
credível” à
governação de Cabo
Verde
essa questão.
Durante a apresentação,
Janira Hopffer Almada fez
uma “avaliação crítica” da
situação do país, governado
p e l o Mov i m e n to p a ra a
Democracia (MpD) há quase
quatro anos.
Após o retrato da diplo-
macia, segurança, trans-
portes, educação, ensino
superior, agricultura, saúde,
economia, entre outras
áreas, a candidata disse que
a orientação do seu partido
vai no sentido de uma visão
estratégica para a construção
de um Cabo Verde para todos,
com crescimento inclusivo
e que permita o desenvol-
vimento sustentável.
Liderança mais abragente
A candidata única notou que
o presidente do partido é
sempre um potencial can-
didato à chefia do Governo,
pelo que questionou se não
é chegado o momento de a
notoriedade dessa liderança
ser aferida também a nível
da sociedade civil.
DR
Janira Hopffer é única
candidata às eleições de
22 de Dezembro para a
liderança do PAICV
Ainda a nível da organi-
zação partidária, Janira
Almada entende que é pre-
ciso melhorar a articulação
existente a nível do grupo
parlamentar do PAICV e pro-
põe uma regulamentação do
artigo 109º dos estatutos,
relativamente ao “compro-
misso de honra” entre os
titulares de cargos políticos
propostos pelo PAICV.
Esse mesmo artigo define
que os candidatos às eleições
devem colocar o cargo à
disposição caso se recusa-
rem a submeter-se à dis-
ciplina de voto em matérias
consideradas essenciais,
salvo questões de consciên-
cia, ou deixarem de per-
tencer ao PAICV.
Janira Hopffer Almada
não fez nenhuma referência
concreta a nomes mas em
Novembro de 2018 dois
deputados do PAICV viabi-
lizaram a proposta de regio-
nalização apresentada pelo
Governo, facto que o maior
partido da oposição lamentou
e repudiou na altura.
Por isso, considerou que
esse artigo precisa ser regu-
lamentado, “para que sejam
claros os princípios, as cau-
sas e os pontos de referência
que devem ser assumidos
e defendidos por todos”,
ainda antes das eleições,
para haver “lealdade” entre
o deputado, o grupo parla-
mentar e o partido.
A única candidata lem-
brou que, desde que assumiu
a liderança do partido pela
primeira vez, em 2014, sofre
de ataques, mas que não
ficou fragilizada por isso, por
entender que todas as lide-
ranças têm de ter capacidade
para naturalizar as críticas.
Janira Hopffer apresenta-
se como candidata única,
depois da desistêncioa, no
princípio do mês, do candidato
José Sanches, alegadamente
por não reunir condições sufi-
cientes para enfrentar nas
urnas a actual líder do PAICV.
SOMÁLIA
Mais nove
mortos em
ataque armado
em Mogadíscio
Pelo menos nove pessoas
morreram, na madrugada de
ontem, num novo ataque do
grupo somali al-Shabab con-
tra uma base militar no Norte
de Mogadíscio, disseram fon-
tes militares, noticiou a Efe.
Este é o segundo atentado na
capital somali em três dias.
Entre as vítimas há soldados
e civis, segundo um chefe
militar que chegou ao local
como reforço após o ataque,
citado pela agência Efe. Este
incidente aconteceu dias
depois do atentado realizado
pelo mesmo grupo contra
um hotel da capital, ao lado
do Palácio presidencial, no
qual morreram cinco pessoas.
Mogadíscio tem sido alvo
deste grupo, que se filiou, em
2012, na organização al-
Qaeda, que controla parte do
Centro e Sul da Somália, onde
pretende instaurar um Estado
islâmico ultraconservador.
PRESIDENCIAIS NA GUINÉ-BISSAU
Reunidas condições logísticas
e materiais para a segunda volta
O presidente da Comissão
Nacional de Eleições (CNE)
da Guiné-Bissau, José Pedro
Sambú, garantiu, no fim-de-
semana, que estão reunidas
as condições logísticas e mate-
riais para realizar a segunda
volta das presidenciais no
país, marcadas para o dia 29,
noticiou ontem a Lusa.
“Estão reunidas as con-
dições logísticas e materiais
necessárias para a realização
de eleições no dia 29”, afir-
mou José Pedro Sambú.
O p re s i d e n te d a C N E
falava no aeroporto inter-
nacional Osvaldo Vieira, em
Bissau, momentos depois
de receber o material elei-
toral para a segunda volta
das presidenciais, incluindo
915 mil boletins de voto pro-
venientes de Portugal.
S egundo Jo s é Pe dro
Sambú, os materiais recebidos
vão ser distribuídos, nos pró-
ximos dias, pelas comissões
regionais de eleições e diás-
pora para a “constituição de
“kits” eleitorais para cada
mesa da assembleia de voto”.
O embaixador de Portugal
em Bissau, António Alves de
Carvalho, disse que a entrega
do material à CNE traduz a
“última fase de apoio de Por-
tugal ao ciclo eleitoral, que
decorreu na Guiné-Bissau
ao longo do ano de 2019”.
“Posso aqui também anun-
ciar que, para além do con-
tributo traduzido no material
que foi chegando sucessiva-
mente a Bissau ao longo deste
último ano, Portugal vai con-
tribuir excepcionalmente para
o fundo de apoio ao ciclo elei-
toral na Guiné-Bissau com
100 mil euros” para ajudar a
viabilizar e concluir o processo
MALI
Governo expulsa
chefe da Missão da ONU
O Governo maliano deu 24
horas ao chefe da Missão
Multidimensional Integrada
das Nações Unidas para a
Estabilização do Mali
(Minusma), em Kidal, para
abandonar o país como “per-
sona non grata”, noticiou,
ontem, a Panapress.
S egundo o mini stro
maliano dos Negócios Estran-
geiros e Cooperação Interna-
cional, Tiéblé Dramé, a decisão
seguiu-se a declarações feitas
pelo diplomata francês Chis-
tophe Sivillon, chefe da
Minusma, em Kidal, Norte
do país, durante um congresso
do Movimento Nacional para
a Libertação do Azawad
(MNLA), um dos grupos
armados que assinaram o
Acordo de Paz e Reconciliação
do Mali, no termo do processo
de Argel. Num comunicado,
o Governo maliano lembra
que, durante as conversações
que precederam esta decisão
e em conformidade com as
que envolveu toda a comu-
nidade internacional.
Além dos boletins de voto,
a CNE da Guiné-Bissau rece-
beu de Portugal 13 mil actas
constitutivas, 13 mil actas de
apuramento, 19.600 actas sín-
tese, 13 mil folhas de descarga
de votos por candidato, 13 mil
folhas de descarga de votos
por sexo, 13 mil listas próprias
de votantes e 19.600 minutas
de protesto e reclamações.
Mais de 760 mil eleitores
guineenses são chamados,
no próximo dia 29, às urnas,
para escolher o próximo Pre-
sidente da Guiné-Bissau entre
Umaro Sissoco Embaló, can-
didato apoiado pelo Madem-
G15 (líder da oposição), e
Domingos Simões Pereira, do
Partido Africano para a Inde-
pendência da Guiné e Cabo
Verde (PAIGC, no poder).
Primeiro-Ministro
considera demissão
O Primeiro-Ministro gui-
neense, Aristides Gomes,
disse, sábado, que se demite
Presidente da CNE garante haver condições para as eleições
Segunda-feira
16 de Dezembro de 2019
resoluções pertinentes do
Conselho de Segurança da
ONU, os responsáveis da
Minusma reafirmaram o com-
promisso da Missão com a
soberania, a unidade e a inte-
gridade territorial do Mali.
O Governo maliano presta
homenagem ao sacrifício
das forças de manutenção
da paz tombadas em solo
maliano, acrescenta o comu-
nicado, que saúda e incentiva
o pessoal da ONU, no Mali,
empenhado na execução do
mandato conferido pelo Con-
selho de Segurança.
No discurso proferido no
congresso do MNLA, em 30
de Novembro último, Chis-
tophe Sivillon teria utilizado
expressões que chocaram a
opinião pública maliana,
como “queridos convidados
vindos do Mali”.
Tais expressões foram
consideradas “tendenciosas
porque sugeriram que Kidal
não faz parte do Mali”.
caso o candidato Domingos
Simões Pereira não vença a
segunda volta das eleições
presidenciais.
Segundo a Lusa, o Pri-
meiro-Ministro falava aos
jornalistas no aeroporto inter-
nacional de Bissau, depois de
ter participado na Turquia na
conferência da Organização
da Cooperação Islâmica.
O PAIGC venceu as legis-
lativas de 10 de Março sem
maioria, mas fez um acordo
de incidência parlamentar
com vários partidos, o que
lhe permitiu passar no Par-
lamento e formar o Governo.
Aristides Gomes foi nomeado
Primeiro-Ministro, depois de
o Presidente cessante ter recu-
sado, por duas vezes, para o
cargo o nome de Domingos
Simões Pereira.
No final de Outubro, o
Primeiro-Ministro denun-
ciou uma tentativa de golpe
de Estado e o alegado envol-
vimento do candidato
Umaro Sissoco Embaló, que
recusou as acusações.
DR
MUNDO Segunda-feira
16 de Dezembro de 2019 13
REINO UNIDO
OLHAR O MUNDO Breves
Ferreira Fernandes |*
SEIS INDIANOS
MORREM EM
MANIFESTAÇÕES CONTRA
LEI DA NACIONALIDADE
Corbyn pede desculpa
Seis pessoas morreram
desde o início das
manifestações no Nordeste pela derrota eleitoral
Um adeus europeu da Índia contra a lei que
facilita a obtenção de
nacionalidade indiana por
refugiados desde que não
Depois da derrota sofrida nas eleições da semana passada,
no Reino Unido, o líder trabalhista anunciou demissão
Referendo extraordinário, o da semana passada no Reino Unido. sejam muçulmanos, DR
Desde logo, pela esperteza de Boris Johnson, que quando viu segundo um novo balanço
um referendo, a cheirar a referendo e parecer referendo, cha- divulgado pelas
mou-lhe referendo. E foi disso, exclusivamente do referendo, autoridades.
que Boris falou durante a campanha: “Let's get “Brexit” done” Em certas zonas a Internet
( e m p o r t u g u ê s , “ I s t o é s o b r e o “ B r e x i t ”, c a ra g o s !” ) . foi cortada e foi imposto
Então, Boris ia a um debate e respondia simples ao que o outro um recolher obrigatório
complicava sobre as inundações, daqui a uns anos, ocasionadas para tentar acabar com a
pela subida das águas do Tamisa. Dizia o nosso Boris: “Let's get contestação, mas cerca de
“Brexit” done.” Espantava-se o outro: “Mas eu estou a falar do Tamisa cinco mil pessoas ainda
e do clima!” E Boris insistia: “Em Janeiro o “Brexit” está feito.” manifestaram-se, ontem,
Também os jornalistas tentavam distraí-lo e falavam-lhe na maior cidade do Estado
do estado do Serviço Nacional de Saúde britânico (NHS, na de Assam, Guwahati.
sigla inglesa) e queriam mostrar-lhe a foto de um garoto a A nova lei facilita a
ser tratado no chão de um hospital. Boris, claro, não aceitou atribuição da cidadania
ver a imagem. Para Boris o assunto já se esgotara no indiana a refugiados do
p r e c e d e n t e e i n a c a b a d o “ B r e x i t ” (J u n h o d e 2 0 1 6 ) . Afeganistão, Bangladesh e
Há três anos, a sua campanha pôs autocarros londrinos a do Paquistão, com a
passear-se com aliciantes frases, embora inventadas. Diziam condição de que não sejam
elas que sair da União Europeia poupava 350 milhões de libras muçulmanos.
por semana em contribuições para Bruxelas e tudo isso, com A alteração modifica a Lei
o Brexit, iria para o NHS. No fim da campanha, e com ela ganha, da Cidadania de 1955 para
os chefes do “adeusinho UE!” (Boris Johnson e Nigel Farage) permitir que imigrantes
admitiram que não seria bem assim. E os factos (três anos de hindus, sikh, budistas,
factos) demonstraram que o sair da Europa não seria parto jainistas, parses e cristãos
sem dor... Não interessa, o que contou era ter-se chegado ao originários do Afeganistão, Jeremy Corbyn, líder do Partido Trabalhista britânico, assume abertamente derrota nas eleições
p r é - “ B r e x i t ”, e m 2 0 1 6 . Bastava confirmá-lo em 2019. Bangladesh e Paquistão
Tivemos, então, Boris Johnson na actual campanha pelo refe- que tenham ido para o país
rendo, sendo claro. O tal referendo que se via, cheirava, parecia antes de 2015, possam O líder do Partido Trabalhista gresso que escolha o seu Corbyn disse ainda estar
- e era um referendo. Se fosse um desafio de boxe, Boris saltaria obter a cidadania indiana. britânico, Jeremy Corbyn, sucessor na liderança. disposto a recuperar a con-
para o ringue de sapatilhas, calções brilhantes, luvas e tronco Em Assam, quatro pessoas pediu, ontem, desculpa aos Numa carta aberta, fiança dos eleitores traba-
nu. Mas era um referendo e Boris limitou-se a imitar Cassius Clay morreram no hospital eleitores pela derrota nas publicada pelos jornais lhistas que, em redutos
a dizer frases certeiras e demolidoras: “Let's get “Brexit” done.” depois de terem sido eleições de quinta-feira, “Sunday Mirror” e “The tradicionais como o Norte
No seu canto, anacrónico, a pensar nos pais que apoiaram atingidas por disparos. em que perderam 59 assen- Observer”, o líder social- da Inglaterra e a região de
o bom lado da Guerra Civil de Espanha, a pensar em si próprio tos, em grande parte para democrata pediu, ontem, Gales, optaram por Boris
que apoiou o mau lado do IRA, com saudades de causas os conservadores. desculpas e assumiu a res- Johnson por desejarem sair
perdidas, umas certas outras nem tanto, mas todas passadas, NÚMERO DE MORTES Ao conseguir apenas 203 ponsabilidade de o partido da União Europeia.
Jeremy Corbyn só se interessou em escamotear do “Brexit”. CAUSADAS PELO SISMO lugares no Parlamento, o “não ter atingido” a aspi- “Vamos aprender as lições
As suas causas perdidas, as boas e as nem tanto, tinham um ponto SOBE PARA QUATRO número mais baixo desde ração de chegar ao Governo. dessa derrota, principal-
comum: nenhuma fora pela Europa. Ora, desde que a esquerda NAS FILIPINAS 1935, Corbyn anunciou que “O resultado foi um golpe mente ouvindo os eleitores
inventara as férias pagas, nas Frentes Populares de 1936, nada fora O sismo registado ontem iria renunciar no próximo para todos aqueles que pre- trabalhistas que perdemos
inventado mais importante, política e socialmente, do que a Europa na ilha de Mindanao, no Sul ano, tempo necessário para cisam desesperadamente de ao longo da vida nas comu-
inventada pela Europa. Ao Corbyn das causas escapara-lhe a Europa. das Filipinas, provocou, se iniciar “um período de uma mudança real no nosso nidades da classe trabalha-
Isso amargura qualquer um. E a amargura nos radicais falhados não pelo menos, quatro mortes, reflexão” e realizar um con- país”, escreveu. dora do Reino Unido”, disse.
poucas vezes os leva ao papel de melhores cúmplices do adversário. segundo dados das
Durante a campanha do referendo que agora acabou, Jeremy autoridades locais e das
Corbyn actuou como se estivesse numas eleições gerais. Fugia ao forças de protecção civil. A BRASIL
essencial, ao “Brexit”. Fugia ao assunto mais urgente e importante primeira morte confirmada
para a Europa, para o Reino Unido e para a Inglaterra. Agiu desviando foi a de uma menina de seis
as atenções, quando o grande combate é pela Europa.
Há 80 anos, Corbyn subiria para um caixote de orador, erguia
o punho e cantava A Internacional, frente ao Parlamento inglês,
naquele dia de 1940 em que o discurso de Churchill salvou a
Europa. O assunto, então, juntava um continente contra a barbárie,
anos na cidade de
Matanao, província de
Davao do Sul, que não
conseguiu sair de casa
antes que esta caísse, disse
Presidente acusado
e Corbyn não teria percebido... Agora, não percebeu mesmo.

*Colunista do jornal Diário de Notícias

um autarca da localidade,
Vincent Fernández.
Outras três pessoas
morreram na localidade de
DR Padada, também na
mesma província, ao ruir
um mercado de três
andares que deixou
JAIMAGENS/FOTÓGRAFO
encurraladas dezenas de
pessoas, segundo
informação do gabinete de
Protecção contra
Incêndios, que participa
nos trabalhos de resgate.
O terramoto foi registado
ontem às 14 h11 locais e o
seu epicentro localizou-se a
nove quilómetros a oeste
de Matanao e a seis a
noroeste de Padada, com
uma profundidade de cerca
de 30 quilómetros,
segundo o Instituto Filipino
de Vulcanologia e
Sismologia. O Instituto
calibrou a magnitude do
sismo em 6,9, ainda que o
Serviço Geológico dos
Estados Unidos, que regista
a actividade sísmica em
todo o mundo, o tenha
situado em 6,8.
de ataques à media
A presidente do sindicato
nacional de jornalistas e um
professor que pesquisa os
"medias" brasileiros defen-
deram que o Presidente do
Brasil, Jair Bolsonaro, pro-
move uma política de ataques
à liberdade de expressão.
Maria José Braga, presi-
dente da Federação Nacio-
nal dos Jornalistas (Fenaj)
do Brasil, avaliou que em
pouco mais de 11 meses de
Governo, Bolsonaro pro-
moveu ataques sistemáticos
à liberdade de expressão e
de imprensa ao promover
medidas como críticas direc-
tas a repórteres e órgãos de
Comunicação Social, extin-
ção da obrigatoriedade de
registo para exercer a pro-
fissão de jornalista.
As restrições visaram
órgãos em particular como
o jornal “Folha de S.Paulo”,
publicação impressa, proi-
bido de participar em lici-
tações públicas.“O Governo
Bolsonaro mostra-se hostil
à liberdade de expressão e
de imprensa e tem demons-
trado esta hostilidade com
div e rs o s m e i o s , n ão s ó
pelos ataques verbais que
faz aos jornalistas, mas
também pelas tentativas
d e d e s a c re d i t a ç ã o d o s
medias. Há no Brasil o prin-
cípio con stitucional da
liberdade de imprensa, mas
o Governo tenta impor-se
contra e ste princípio
usando o seu poder”, disse
Maria José Braga.
Um estudo divulgado na
semana passada pela Fenaj
i n d i c o u q u e o C h e fe d e
Estado brasileiro terá rea-
lizado pelo menos 111 ata-
ques públicos contra
profissionais da Comuni-
cação Social em entrevistas
e publicações nas redes
sociais no ano de 2019.
A Fenaj também referiu
que estes ataques seriam
uma forma de o “Presidente
incitar os seguidores a não
confiarem no trabalho jor-
nalístico da maioria dos
órgãos e dos profissionais,
principalmente quando
divulgam notícias críticas”.
Rogério Christofoletti,
professor da Universidade
Federal de Santa Catarina
(UFSC) e um dos coordena-
dores do Observatório da
Ética Jornalística, disse acre-
ditar que há em curso no
Brasil a implantação de uma
agenda “anti-jornalística”.
“Estou convencido que
faz parte das relações que o
Presidente do Brasil tem com
a sociedade uma busca de
inimigos claros e evidentes.
Ele escolheu a imprensa
como um desses inimigos e,
para jogar com o seu público,
faz críticas e acusações, pro-
movendo uma campanha
anti-jornalística”, declarou.
14 Segunda-feira
16 de Dezembro de 2019

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conhecimento Magistério Pri-
mário iMnE, Urgente. Telefone:
929370971. (3485)
A ACK GAMES, S.A. comunica à funcionária VICTÓRIA DOS
SANTOS SENGUENE que se encontra em situação de abandono
de trabalho, pelo facto de estar ausente do seu local de trabalho
há mais de dez (10) dias úteis, sem qualquer justificação para o
efeito.
Nos termos do disposto no artigo 229.º n.º 4, da Lei Geral do Tra-
balho, a indicada funcionária dispõe de cinco (5) dias úteis a contar
da data da publicação do presente anúncio para justificar, docu-
mentalmente, a sua ausência e a impossibilidade de ter cumprido
a obrigação de informar e justificar a ausência nos prazos previstos
no artigo 144.º do mesmo diploma legal.
A não justificação atempada valerá como rescisão do Contrato de
Trabalho com a ACK GAMES, S.A. sem justa causa e sem aviso
prévio, com as inerentes consequências legais.
Luanda, aos 12 de Dezembro de 2019
A Direcção de Recursos Humanos
(3.516)
REPÚBLICA DE ANGOLA
SERVIÇO DE INVESTIGAÇÃO CRIMINAL
DIRECÇÃO DE INVESTIGAÇÃO DE ACIDENTES
O Serviço de Investigação Criminal solicita a comparência, nas horas
normais de expediente, dos cidadãos EURICO PEDRO DANIEL, sol-
teiro, filho de Daniel Muamenua e de Teresa Tuambua, natural da Huíla,
e, MÁRIO AUGUSTO, solteiro, filho de Bernardo Ndovala e de Emília
Adriano, natural do Cuito, devendo para o efeito, contactarem o senhor
Investigador Criminal, JOSÉ KULEMBE.
DIRECÇÃO DE INVESTIGAÇÃO CRIMINAL/SIC, em Luanda, aos
13 de Dezembro de 2019.
O DIRECTOR NACIONAL INTERINO
MIGUEL PEDRO
INTENDENTE
(700.122)
ABANDONO DE TRABALHO
A Empresa TAYMAR COMERCIAL, LDA. comunica à tra-
balhadora ANTONICA JAMBA SÉRGIO, que será decla-
rada culpada na situação de abandono de trabalho,
conforme al.c) do n.º 2 do art. 229.º da Lei Geral do Traba-
lho, se não fizer provas das razões da ausência e a impos-
siblidade de cumprir a obrigação de informar e justicar à
entidade empregadora, conforme o art.144.º da Lei Geral
do Trabalho, nos próximos três dias subsequentes, a contar
da data da publicação deste anúncio, sob pena de conside-
rarmos ABANDONO DE TRABALHO, findo prazo estabe-
lecido.
Taymar em Luanda, aos 12 de Dezembro de 2019.
A Direcção dos Recursos Humanos
Márcia Quitumbo
(3.515)
Segunda-feira
16 de Dezembro de 2019 15
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(501.416)

(501.710)
16 Segunda-feira
16 de Dezembro de 2019

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(700.091b)
Segunda-feira
16 de Dezembro de 2019 17
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(501.525)

(501.626a)
18 NECROLOGIA Segunda-feira
16 de Dezembro de 2019

FALECEU FALECEU FALECEU MISSA

FILOMENA CONCEIÇÃO
DA SILVA VICENTE DE CARVALHO

Abel Filipe Moreira de Carvalho, Mauro de Carvalho, Ricardo de

VICTOR FRANCISCO
DA SILVA LEMOS
Abel da Conceição Francisco, Esperança
Francisco da Silva Lemos, Emília Francisco
da Silva Lemos, Conceição Francisco da
Silva Lemos, Domingos F. da Silva Lemos
e Ana Bela Francisco (irmãos) comunicam
o falecimento do seu irmão, VICTOR
FRANCISCO DA SILVA LEMOS, ocorrido
dia 14/12/2019, por doença. O funeral
realiza-se dia 18/12/2019, no cemitério
de Benfica, às 10h00. (3.583a)
FALECEU
VICTOR FRANCISCO
DA SILVA LEMOS
Joana Pedro Fortunato (mãe) cumpre o
doloroso dever de comunicar o falecimento
do seu filho, VICTOR FRANCISCO DA SILVA
LEMOS, ocorrido dia 14/12/2019, por doença.
O funeral realiza-se dia 18/12/2019, no
cemitério de Benfica, às 10h00. (3.583)
FALECEU
Carvalho, Pedro de Carvalho, Sara de Carvalho Duarte, Juelma
de Carvalho, Liudmila de Carvalho e Waldir Duarte comunicam
aos demais familiares e amigos, que será rezada a Missa em
memória da sua esposa, mãe e sogra, FILOMENA CONCEIÇÃO
VICTOR FRANCISCO DA SILVA VICENTE DE CARVALHO, na Paróquia Santíssimo
DA SILVA LEMOS Redentor do Kilamba, hoje, dia 16/12/2019, pelas 18h30,
agradecendo, desde já, a todos que queiram participar do referido
Inês de Fátima Coelho da Silva Lemos, acto. Descanse em paz. (3.502b)
Abel da Conceição da Costa Lemos e
Nelson da Conceição Lemos (filhos)
cumprem o doloroso dever de comunicar CONDOLÊNCIAS
o falecimento do seu pai, VICTOR FRAN-
CISCO DA SILVA LEMOS, ocorrido dia
14/12/2019, por doença. O funeral rea-
SERMÃO DOMINGOS BIRI
liza-se dia 18/12/2019, no cemitério de
Benfica, às 10h00. (3.583b) O Instituto Angolano das Comunicações - INACOM cumpre o
doloroso dever de comunicar o falecimento do seu funcionário,
SERMÃO DOMINGOS BIRI, ocorrido no dia 12 de Dezembro de
2019. Neste momento de dor e consternação, o Conselho de
FALECEU Administração e o colectivo de trabalhadores apresentam à
família enlutada os profundos sentimentos de pesar. (3.508)

VICTOR FRANCISCO
DA SILVA LEMOS
Maria Manuel da Conceição e Maria Fran-
cisco Arsénio cumprem o doloroso dever
de comunicar o falecimento do seu ente
querido, VICTOR FRANCISCO DA SILVA
LEMOS, ocorrido dia 14/12/2019, por
do ença . O funeral realiza - s e dia
18/12/2019, no cemitério de Benfica, às
10h00. (3583c)
ANTÓNIA SILVESTRE
DA CONCEIÇÃO
As famílias: Silvestre e Tomás comunicam
o falecimento de sua querida, ANTÓNIA
SILVESTRE DA CONCEIÇÃO, ocorrido
dia 13/12/19, por doença. O funeral rea-
liza-se dia 17/12/2019, no cemitério de
Sant'Ana, às 10h00. (3.581)
FALECEU
JOYCE ANA LEMOS
FERREIRA MUMDOMBE
A família Ferreira cumpre o doloroso
dever de comunicar o passamento físico
da suae querida, JOYCE ANA LEMOS
FERREIRA MUMDOMBE , ocorrido em
Portugal, no dia 12/12/2019, de forma
súbita. O funeral será realizado no dia
18/12/2019, partindo o cortejo fúnebre
do velório da Centralidade do KK -5000,
ás 8h30, para o cemitério do Benfica.
(3.572)
RECORDAÇÃO
PALMIRA MARIA DA SILVA NETO
“Mãe Palmira”
Querida esposa, a tua ausência dói na alma. Num dia como hoje,
te separaste de nós. A tua ausência é notória, mas a tua presença
continua nos nossos corações. As pessoas que amamos, não
morrem, continuam nos nossos corações. Eterna recordação do
teu esposo Luís Neto, teus filhos, netos, bisnetos, noras e sobrinhos.
Mandaremos rezar Missa por descanso da tua alma, hoje, segunda-
feira, 16/12/2019, na Paróquia da Sagrada Família, 18h30. Descanso
em paz à tua alma. (2.446)

FALECEU FALECEU FALECEU FALECEU

FRANCISCO ALBERTO
As famílias Alberto e Dala Francisco
cumprem o doloroso dever de comunicar
o falecimento, sábado, 14/12/019, do seu
ente querido FRANCISCO ALBERTO. O
funeral realiza-se em data a anunciar.

JOYCE ANA LEMOS
FERREIRA MUMDOMBE
Laurentino Mumdombe, filhos, irmãos,
tios, cunhados e amigos cumprem o dolo-
roso dever de comunicar o passamento
físico de JOYCE ANA LEMOS FERREIRA
MUMDOMBE , ocorrido em Portugal, no
dia 12/12/2019, de forma súbita. O funeral
será realizado no dia 18/12/2019, com
partida do cortejo fúnebre do Velório da
Centralidade do KK -5000, às 8h30, para
o cemitério de Benfica. (3.572a)
MISSA
CONDOLÊNCIAS
VERIC MAKENGO
Foi com profunda dor e consternação,
que o colectivo de colaboradores tomou
conhecimento do passamento físico de
seu colega, VERIC MAKENGO, ocorrido
dia 11/12/19. Neste momento de dor e
luto endereça à família enlutada os mais
profundos sentimnto de pesar. (3.568a)
VERIC MAKENGO
A Direcção da 5S-Segurança Privada
cumpre o doloroso dever de comunicar
o falecimento de seu colaborador, VERIC
MAKENGO, ocorrido dia 11/12/2019. O
funeral realiza-se hoje, às 10h00,dia
16/12/2019, segunda-feira, saindo o
préstito de sua residência, no Rocha
Pinto, às 8h00, para o cemitério de
Camama, . (3.568)
CONDOLÊNCIAS
JOSÉ MARIA DE CARVALHO
Alda Maria de Carvalho, Maria José Santana,
João Carlos, Lurdes Vieira Dias, Sandro, Carlos
Walter, Kurt, Ana Cristina , Yuri Jorge, Jurema,
Clara Ivone de Carvalho (filhos), Gabriel Diniz
de Almeida (irmão), Ismael Filipe (afilhado),
AnaMaria(sobrinha)comunicamofalecimento
deJOSÉ MARIA DE CARVALHO, ocorrido no
dia 12/12/2019, por doença. O funeral rea-
liza-se hoje, dia 16/12/201, às 10h00, partindo
cortejo fúnebre do Comando do Corpo de
Bombeiros,paraocemitériodeSantaAna.(3.549)
FALECEU
PEDRO LUCAS VIEGAS
Luzia Cabral (esposa), Simão Cabral Viegas,
Carlos Cabral, Justino Cabral Viegas, Lucas
Cabral Viegas, Nelson Cabral Viegas e
Graciana Cabral Viegas, irmãos, tios,
sobrinhos e demais familiares comunicam
o falecimento de PEDRO LUCAS VIEIGAS,
ocorrido no dia 13/12/2019, por doença.
O funeral realiza-se terça-feira, dia
17/12/2019, no cemitério do Benfica, às
10h00. (3.575)
FALECEU

RECORDAÇÃO

HUGO ARTUR DA SILVA JOSÉ MILAGRE DE DEUS CORREIA

JUDITH VITAL LOPES DIAS
Manuel de Jesus Vital Dias, Júlio Vital
Dias e Humberto Nogueira Vital Dias
Júnior e demais familiares comunicam
que será rezada Missa de 30.º Dia, em
memória de sua mãe, JUDITH VITAL
LOPES DIAS, na terça-feira, dia 17 /12/2019,
pelas 18h00, na Igreja de Nossa Senhora
de Fátima. Agradecem, desde já, a todos
que se dignarem em participar. (3.561)
MARIA FELISBERTO
“Avozinha”
Mãezinha, 5 anos são passados desde a
tua partida, apesar que já não estás entre
nós, temos-te sempre presente, obrigado
por tudo que fizeste por nós teus filhos.
Juca, que a tua alma descanse em paz.
(3.582)
CARLOS MBUYA
“Charles”
A Comissão de Reestruturação dos “Jovens
do Prenda” vem, com o profundo sen-
timento de pesar, comunicar aos seus
fãs e público em geral o falecimento do
seu viola-solo CARLOS MBUYA (Charles),
ocorrido no dia 14/12/2019, por doença,
e apresenta à família enlutada os sentidos
pêsames. O funeral realizar-se-á em
data a anunciar oportunamente. (3.596)
Raimundo José e Aida da Silva José (pais),
esposa, irmãos e filhos comunicam o
falecimento de HUGO ARTUR DA SILVA
JOSÉ, ocorrido no dia 13/12/2019, por
doença. O funeral realiza-se hoje,
segunda-feira, 16/12/2019, às 11h00, no
cemitério de Benfica, antecedido do
velório na Sala de Velórios do cemitério
com o mesmo nome que começa a partir
das 8h00. (3.574)
GARCIA DA SILVA “Teté”
Salvador Escórcio da Silva (esposo),
Leonídio C. Escórcio da Silva “Leo”, Márcio
C. Escórcio da Silva, Eliane C. Escórcio da
Silva “Eliane” e Ruth C. Escórcio da Silva
(filhos), Maria da Conceição Correia (mãe),
Pedro Garcia, Benedito Garcia, Mário Garcia,
Maria Correia Garcia (irmãos), tios, sobrinhos,
e amigos, comunicam o falecemimento
de MILAGRE DE DEUS CORREIA GARCIA
DA SILVA, ocorrido no dia 14 /12/2019,
vítima de doença. O funeral realizar-se-
à em data a anunciar . (3.535R)

SERVIÇO NECROLÓGICO: DIAS ÚTEIS DAS 9H ÀS 18H, SÁBADOS, DOMINGOS E FERIADOS DAS 8H ÀS 14H
Segunda-feira
16 de Dezembro de 2019 19
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Luanda, 12 de Dezembro de 2019

Assunto: Mudança de Endereço

Estimado (a) Cliente

a Agência Viana Park terá nova morada;

No âmbito da optimização da Rede de Agência ATLANTICO, informamos que a partir do dia 23 de Dezembro de 2019

Zona industrial de Viana, Estrada de Viana- Calumbo, Imóvel N.º 5 Quarteirão 1, Prédio Urbano R/C E Piso 1 ( Porta
à Esquerda)

ao Cliente ATLANTICO Directo:

Para mais informações poderá deslocar-se ao balcão mais próximo ou contactar-nos através da nossa linha de apoio

923 168 168

226 460 460

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Agradecemos desde já, a sua compreensão

Saberemos honrar o nosso compromisso.

Full option X70S: Preço Promocional 13.300,000kz

Ainda oferecemos: Pisa pé + tapetes + duas vezes de manutenção normal (Tudo isto depois da promoção, custará 520.000kz) só nos 10primeiros clientes.
Básico X70c Preço Promocional 10.300.000kz
Ainda oferecemos: caniço +sensores+tapetes+duas vezes de manutenção normal (Tudo isto depois da promoção, custará 420.000kz) só nos 10primeiros clientes.
Básico X70 Oferecemos também: Sensores + luz led + Tapetes +Duas vezes de manutenção normal (Tudo isto depois da promoção, custará 350.000kz) só nos
11-30 primeiros clientes.
Observação: Fazemos entrega das coisas por encomenda
Data da Promoção: De 1-12-2019 à 30-12-2019.
(2551)
20 Segunda-feira
16 de Dezembro de 2019

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NECYCRÉDITO – SOCIEDADE DE MICROCRÉDITO, S.A.

CERTIFICAÇÃO LEGAL DE CONTAS

INTRODUÇÃO
1. Examinámos as Demonstrações Financeiras da NECYCRÉDITO – SO-
CIEDADE DE MICROCRÉDITO, S.A. as quais compreendem o Balanço
em 31 de Dezembro de 2018, que evidencia um total de Kz. 569.783.501,
e um total de capital próprio positivo de Kz. 21.478.858, incluindo um re-
sultado líquido positivo de Kz. 136.566.775, a demonstração de resultados
do exercício, e as demonstrações de fluxo de caixa do exercício findo na-
quela data, e os correspondentes anexos.

RESPONSABILIDADES
2. É da responsabilidade do Conselho de Administração a preparação
das demonstrações financeiras que apresentem de forma verdadeira e
apropriada a posição financeira da Empresa, o resultado das suas ope-
rações e os fluxos de caixa, bem como adopção de políticas e critérios
contabilísticos adequados e a manutenção de um sistema de controlo
interno apropriado.
3. A nossa responsabilidade consiste em expressar uma opinião profis-
sional e independente, baseada no nosso exame daquelas demonstra-
ções financeiras.

OPINIÃO COM RESERVAS

8. Em nossa opinião, excepto quanto ao efeito da matéria descrita no

parágrafo 7 acima as referidas demonstrações financeiras apresentam
(900.018b)
de forma verdadeira e apropriada, em todos os aspectos materialmente
relevantes, a posição financeira da NECYCRÉDITO – SOCIEDADE DE
MICROCRÉDITO, S.A. em 31 de Dezembro de 2018, o resultado das
suas operações findo naquela data, em conformidade com os princípios
contabilísticos definidos pelo Plano de Contas das Instituições
Financeiras e pelas normas internacionalmente aceites.

9. Ênfase.
Verificamos que a empresa evidencia um capital social, no montante de
Kz.10.000.000, pelo que recomendamos que seja feito aumento de capital
por parte dos accionistas para cumprir com os requisitos da entidade re-
guladora (BNA).

Luanda, 30 de Maio de 2019.

Dra. Winni Augosto, toc n.º 20150125 OCPCA

Em Representação da
Audichec - Auditoria Financeira e Consultoria de Gestão, Lda
(CONTINUA NA PÁGINA 21)

REPÚBLICA DE ANGOLA
TRIBUNAL PROVNCIAL DE LUANDA
SALA DE FAMÍLIA 3.ª SECÇÃO

EDITAL
A DOUTORA EULÁLIA BRANCA QIÚMA LOPES MARTINS, JUÍZA DE DIREITO DO TRIBUNAL
PROVINCIAL DE LUANDA-SALA DE FAMÍLIA, TERCEIRA SECÇÃO

FAZ SABER QUE, NA ACÇÃO DE REGULAÇÃO DO EXERCÍCIO DA AUTORIDADE PATERNAL,

processo n.º 1253/16-B, em que é requerente, a Digna Curadora de Menores, em representação do
menor Roberto Carlos Maurício Rocha , nascido aos 28 de Outubro de 2005, e requerido Manuel
Duarte Rocha, residente em parte incerta, é este citado para estar presente na Audiência de
Conferência de Pais, a ter lugar no dia 15 de Abril de 2020, pelas 8h30 min, neste Tribunal,
sito na Urbanização da Nova Vida, Rua 53, Edifício João Alves Monteiro, 1.º Andar, porta 44,
para lhe ser entregue.
(3564)

A JUÍZA DE DIREITO, A ESCRIVÃ DE DIREITO,

(501.727) Drª JOANA PATRÍCIA ALBERTO C. GONÇALVES EVITA MARIA FORTUNATO A. RODRIGUES
Segunda-feira
16 de Dezembro de 2019 21
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(3437)
22
QUARTA REGIÃO TRIBUTÁRIA
REPARTIÇÃO FISCAL DE BENGUELA
EDITAL N.º 52
A Repartição Fiscal de Benguela, no estrito cumprimento do disposto no n.º 5 do artigo 93.º do Código
Geral Tributário, faz saber que foi notificado, do Projecto de Relatório da Inspecção Tributária Interna,
o contribuinte AMELIA NDUVA CASSINDA – FARMACIA JOALD, titular do NIF 2111095710, do Im-
posto Industrial e do Imposto do Selo, referente ao exercício económico de 2014, acrescido das res-
pectivas multas e juros, no montante de AKZ 21.538.522,00 (Vinte e Um Milhões, Quinhentos e
Trinta e Oito Mil, Quinhentos e Vinte e Dois Kwanzas).
Com efeito, correm éditos de trinta (30) dias, contados da data da publicação do presente anún-
cio, para no prazo de 15 (quinze) dias, findo o prazo dos éditos, corridos e improrrogáveis, a
contar da data da recepção desta, poderá, querendo, exercer o direito de audição prévia, por
escrito ou presencialmente.
Optando pela primeira forma, o documento que concretize o direito de audição deve ser enviado para
a Repartição Fiscal de Benguela, sita na rua Travessa Basílio Teles n.ºs 19, 21 e 23 fazendo menção
aos elementos constantes da nossa referência e o vosso pronunciamento sobre rúbricas e questões
anexas e juntar, pela via física ou em suporte digital, toda a documentação pertinente.
Caso pretenda pronunciar-se presencialmente, deverá comparecer dentro daquele prazo, nesta
Repartição Fiscal, para efeitos de ser lavrado o termo de declarações, conforme resulta do n.º 1 do
artigo 77º do CGT. Mais se informa que, caso opte por esta modalidade, deverá fazer-se acompanhar
de documento de identificação e, se aplicável, prova da capacidade para representar o contribuinte.
Repartição Fiscal de Benguela, 28 de Outuro de 2019.
O Chefe da Repartição
SERAFIM CIPRIANO
QUARTA REGIÃO TRIBUTÁRIA
REPARTIÇÃO FISCAL DE BENGUELA
EDITAL N.º 54
A Repartição Fiscal de Benguela, no estrito cumprimento do disposto no n.º 5 do artigo 93.º do Código
Geral Tributário, faz saber que foi notificado, do Relatório da Inspecção Tributária Interna, o contribuinte
STORE INTERNACIONAL, LIMITADA, titular do NIF 5111048731, do Imposto Industrial e do Imposto
à Aplicação de Capitais, referente ao exercício económico de 2015, acrescido das respectivas multas e
juros, no montante de AKZ 6.978.103,00 (Seis Milhões, Novecentos e Setenta e Oito Mil, Cento e
Três Kwanzas).
Com efeito, correm éditos de trinta (30) dias, contados da data da publicação do presente anúncio, para
no prazo de 15 (quinze) dias, findo o prazo dos éditos, efectuar o pagamento da totalidade da dívida,
ou querendo dentro do mesmo prazo, requerer o pagamento em prestações nos termos do artigo 136.º
do Código Geral Tributário (CGT) ou ainda deduzir reclamação sem efeito suspensivo, conforme resulta
do artigo 127.º do CGT.
Mais se informa, findo o prazo de 15 dias sem que haja pagamento ou prestação de garantia idónea,
proceder-se-á à instauração do processo de execução fiscal.
Repartição Fiscal de Benguela, 28 de Outubro de 2019.
O Chefe da Repartição
SERAFIM CIPRIANO
SERVIÇO REGIONAL TRIBUTÁRIO DA QUARTA REGIÃO
REPARTIÇÃO FISCAL DE BENGUELA
EDITAL N.º 56
A Repartição Fiscal de Benguela, no estrito cumprimento do disposto no n.º 5 do artigo 93.º do Código
Geral Tributário, faz saber que foi notificado, do Projecto de Relatório da Inspecção Tributária Interna,
o contribuinte FLEXITECTO, LIMITADA, titular do NIF 5111043225, do Imposto Industrial, referente
ao exercício económico de 2015, acrescido das respectivas multas e juros, no montante de AKZ
4.604.089,00 (Quatro Milhões, Seiscentos e Quatro Mil e Oitenta e Nove Kwanzas).
Com efeito, correm éditos de trinta (30) dias, contados da data da publicação do presente anún-
cio, para no prazo de 15 (quinze) dias, findo o prazo dos éditos corridos e improrrogáveis, a con-
tar da data da publicação desta, poderá, querendo, exercer o direito de audição prévia, por escrito
ou presencialmente.
Optando pela primeira forma, o documento que concretize o direito de audição deve ser enviado para
a Repartição Fiscal de Benguela, sita na rua Travessa Basílio Teles n.ºs 19, 21 e 23 fazendo menção
aos elementos constantes da nossa referência e o vosso pronunciamento sobre rúbricas e questões
anexas e juntar, pela via física ou em suporte digital, toda a documentação pertinente.
Caso pretenda pronunciar-se presencialmente, deverá comparecer dentro daquele prazo, nesta
Repartição Fiscal, para efeitos de ser lavrado o termo de declarações, conforme resulta do n.º 1 do
artigo 77.º do CGT.
Mais se informa que, caso opte por esta modalidade, deverá fazer-se acompanhar de documento de
identificação e, se aplicável, prova da capacidade para representar o contribuinte.
Repartição Fiscal de Benguela, 28 de Outubrode 2019.
O Chefe da Repartição
SERAFIM CIPRIANO
Segunda-feira
16 de Dezembro de 2019
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QUARTA REGIÃO TRIBUTÁRIA
REPARTIÇÃO FISCAL DE BENGUELA
EDITAL N.º 53
A Repartição Fiscal de Benguela, no estrito cumprimento do disposto no n.º 5 do artigo 93.º do Código
Geral Tributário, faz saber que foi notificado, do Projecto de Relatório da Inspecção Tributária Interna,
o contribuinte AMELIA NDUVA CASSINDA – FARMACIA JOALD, titular do NIF 2111095710, do Im-
posto sobre os Rendimentos de Trabalho, referente aos exercícios económicos de 2015 e 2016, acres-
cido das respectivas multas e juros, no montante de AKZ 492.961,00 (Quatrocentos e Noventa e
Dois Mil, Novecentos e Sessenta e Um Kwanzas).
Com efeito, correm éditos de trinta (30) dias, contados da data da publicação do presente anúncio,
para no prazo de 15 (quinze) dias, findo o prazo dos éditos, efectuar o pagamento da totalidade da dí-
vida, ou querendo dentro do mesmo prazo, requerer o pagamento em prestações nos termos do artigo
136.º do Código Geral Tributário (CGT) ou ainda deduzir reclamação sem efeito suspensivo, conforme
resulta do artigo 127.º do CGT.
Mais se informa, findo o prazo de 15 dias sem que haja pagamento ou prestação de garantia idónea,
proceder-se-á à instauração do processo de execução fiscal.
Repartição Fiscal de Benguela, 28 de Outubrode 2019.
O Chefe da Repartição
SERAFIM CIPRIANO
SERVIÇO REGIONAL TRIBUTÁRIO DA QUARTA REGIÃO
REPARTIÇÃO FISCAL DE BENGUELA
EDITAL N.º 55
A Repartição Fiscal de Benguela, no estrito cumprimento do disposto no n.º 5 do artigo 93.º do Có-
digo Geral Tributário, faz saber que foi notificado, na Notificação de Liquidação, o contribuinte FLE-
XITECTO, LIMITADA, titular do NIF 5111043225, do Imposto Industrial e o Imposto Industrial -
Retenção, referente ao exercício económico de 2014, acrescido das respectivas multas e juros, no
montante de AKZ 5.371.169,00 (Cinco Milhões, Trezentos e Setenta e Um Mil, Cento e Sessenta
e Nove Kwanzas).
Com efeito, correm éditos de trinta (30) dias, contados da data da publicação do presente anúncio,
para no prazo de 15 (quinze) dias, findo o prazo dos éditos, efectuar o pagamento da totalidade da dí-
vida, ou querendo dentro do mesmo prazo, requerer o pagamento em prestações nos termos do artigo
136.º do Código Geral Tributário (CGT) ou ainda deduzir reclamação sem efeito suspensivo, conforme
resulta do artigo 127.º do CGT.
A não regularização da situação fiscal no prazo estabelecido dará lugar à cobrança coerciva da dívida
nos termos do n.º 3 do artigo 135.º do Código Geral Tributário, conjugado com o artigo 3.º do Código
das Execuções Fiscais.
Repartição Fiscal de Benguela, 28 de Outubro de 2019.
O Chefe da Repartição
SERAFIM CIPRIANO
QUARTA REGIÃO TRIBUTÁRIA
REPARTIÇÃO FISCAL DE BENGUELA
EDITAL N.º 57
A Repartição Fiscal de Benguela, no estrito cumprimento do disposto no n.º 5 do artigo 93.º do Código
Geral Tributário, faz saber que foi notificado, do Relatório da Inspecção Tributária Interna, o contri-
buinte CURTO TÊXTEIS LAR, LIMITADA, titular do NIF 5111046771, do Imposto Industrial e do Im-
posto à Aplicação de Capitais, referente ao exercício económico de 2016, acrescido das respectivas
multas e juros, no montante de AKZ 7.331.187,00 (Sete Milhões, Trezentos e Trinta e Um Mil,
Cento e Oitenta e Sete Kwanzas).
Com efeito, correm éditos de trinta (30) dias, contados da data da publicação do presente anúncio,
para no prazo de 15 (quinze) dias, findo o prazo dos éditos, efectuar o pagamento da totalidade da
dívida, ou querendo dentro do mesmo prazo, requerer o pagamento em prestações nos termos do
artigo 136.º do Código Geral Tributário (CGT) ou ainda deduzir reclamação sem efeito suspensivo,
conforme resulta do artigo 127.º do CGT.
A não regularização da situação fiscal no prazo estabelecido dará lugar à cobrança coerciva da dívida
nos termos do n.º 3 do artigo 135.º do Código Geral Tributário, conjugado com o artigo 3.º do Código
das Execuções Fiscais.
Repartição Fiscal de Benguela, 24 de Outubro de 2019.
O Chefe da Repartição
SERAFIM CIPRIANO (3577)
Segunda-feira
16 de Dezembro de 2019 23
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(501.680)
24 Segunda-feira
16 de Dezembro de 2019

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(700.120)
Segunda-feira
16 de Dezembro de 2019 25
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REPÚBLICA DE ANGOLA
MINISTÉRIO DAS FINANÇAS
SECRETARIA-GERAL

Anúncio de Prorrogação do Prazo do Concurso Público

n.º 12/SG/MINFIN/19
O Ministério das Finanças vem, tornar público, nos termos do disposto no nº. 3 do art.º
67.º do artigo 69º, do Anexo VI da Lei n.º 9/16, de 16 de Junho - Lei dos Contratos Públi-
cos, que Foi Prorrogado por mais trinta (30) dias de calendário, contados a partir do dia
13/12/2019, no âmbito do Concurso Público para Formação e Execução de um Acordo
Quadro para Aquisição de Serviços de Agenciamento de Viagens e Frete de Aeronaves
para o Ministério das Finanças, de acordo com os seguintes Lotes:

Lote 1- Serviços de Agenciamento de Viagens, Reservas de Alojamento e Rent-a-car.

Lote 2 - Serviços de Frete de Aeronaves.

1. Dados da Entidade Pública Contratante (EPC):

1.1 Designação (UO / OD): Ministério das Finanças (Secretaria – Geral);
1.2 Endereço: Largo da Mutamba;
1.3 Localidade: Distrito Urbano das Ingombota;
1.4 Província: Luanda;
1.5 Telefone: +244929066405.
1.6 Correio electrónico / Endereço internet: Ucp.sg@minfin.gov.ao
1.7 Tipo de Entidade Contratante e suas principais actividades:
1.7.1 Promover a gestão racional dos recursos financeiros e patrimoniais públicos e o
equilíbrio interno e externo das contas públicas, bem como a inspecção-geral e fiscaliza-
ção das finanças públicas.
1.7.2 Propor a formulação, conduzir, executar e avaliar a política financeira do Estado.
1.8 A EPC está a contratar por conta de outras entidades? Não.

2. Objecto do Contrato ou da Aquisição dos Serviços

2.1 Designação dada ao Contrato pela Entidade Contratante: Contrato Público de Apro-
visionamento para prestação de Serviços de Agenciamento de Viagens e Frete de Aero-
naves para o MINFIN.
2.2 Tipo de Contrato: Prestação de Serviços de Agenciamento de Viagens e Frete de
Aeronaves.
2.3 O concurso implica a celebração de um Contrato Público de Aprovisionamento.
2.4 O concurso está aberto à participação de entidades públicas e privadas.
2.5 Breve descrição do contrato ou dos serviços:
2.6 Acordo-Quadro para prestação de “Serviços de Agenciamento de Viagens em território
nacional e internacional e Prestação de Serviço para Frete de Aeronaves
2.7 Duração do contrato ou prazo para a sua execução: 24 (Vinte e Quatro) meses.

3. Informações relativas ao Contrato de cada serviço

3.1 - Acordo Quadro dividido nos seguintes lotes:
3.2 - Prestação de Serviços de Agenciamento de Viagens, Reservas de Alojamento e
Rent-a-car;
3.3 -Prestação de Serviços para o Frete de Aeronaves em Território Nacional e Interna-
cional.

4. Critério de Adjudicação
4.1 O critério de adjudicação é o da proposta economicamente mais vantajosa, tendo em
conta os factores enunciados nas peças de procedimento.

5. Informações relativas aos concorrentes e às propostas

5.1 – Os documentos de habilitação devem ser apresentados nos termos do art. 58.º, da
Lei n.º 9/16, de 16 de Junho.
5.2 – Não é permitida admissão de propostas variantes.
5.3 – É exigida a canção definitiva.

6. Valor Estimado do Contrato: 325.054.246,49 (Trezentos e Vinte e Cinco Milhões e

Cinquenta e Quatro Mil, Duzentos e Quarenta e Seis kwanzas e Quarenta e Nove Cên-
timos).
6.1. Lote 1: 225.054,246,49 (Duzentos e Vinte e cinco Milhões, Cinquenta e quatro Mil,
Duzentos e Quarenta e seis Kwanzas e Quarenta e Nove cêntimos.

6.2. Lote 2: 100.000.000,00 (Cem Milhões de Kwanzas).

7. Processo
7.1- O processo do Concurso e demais elementos complementares encontram-se dispo-
níveis na Secretaria Geral do Ministério das Finanças (Departamento de Contratação Pú-
blica), sito no 5.º do Edifício Sede do Minfin, Largo da Mutamba, Luanda, República de
Angola, onde pode ser consultado, até ao termo do prazo fixado para a apresentação
das propostas em dias úteis no período das 9:00 às 15:30 horas.

7.2- Os concorrentes poderão obter cópia das peças do concurso, desde que solicitados
na Secretaria Geral do Ministério das Finanças (Departamento de Contratação Pública),
mediante o comprovativo do pagamento do preço do Caderno de Encargos e das res-
tantes Peças no valor de Akz 55.000,00 (Cinquenta e Cinco Mil Kwanzas) por cada
lotea liquidar na Conta Única do Tesouro (CUT), nas Repartições Fiscais.
7.3 – Prazo para entrega das propostas: 12 de Janeiro de 2020.
7.5- O valor da caução definitiva: 4% do preço global da Proposta.

SECRETARIA-GERAL DO MINISTÉRIO DAS FINANÇAS, em Luanda, aos 10 de

Dezembro de 2019.

O Secretário Geral
Neto Joaquim
(501.614) (501.715)
26 SOCIEDADE
PROBLEMA RESPIRATÓRIO
Os doentes de apneia fazem, durante o sono, uma pausa respiratória de mais ou menos dez segundos
Especialistas tratam a apneia
do sono nos hospitais do país
Os pacientes de apneia do sono podem adquirir a CPAP sem precisarem de se
deslocar ao exterior do país, garantiu o médico especialista Renato Palma
Rodrigues Cambala
O médico cirurgião Renato
Palma assegurou ontem,
em Luanda, que o país tem
especialistas em serviços
de otorrinolaringologia,
pneumologia, psicologia
clínica e psiquiatria capazes
de tratar pacientes com
apneia do sono.
Em declarações ao Jornal
de Angola, o médico disse
que a doença não causa
recaídas aos pacientes, mas
algum cansaço durante o
dia devido ao fraco registo
de sono à noite.
Ao definir a apneia como
um transtorno do ritmo res-
piratório, que acomete o
ritmo do sono, mormente
no período nocturno,
Renato Palma explicou que
ela ocorre quando as pes-
soas apresentam algumas
pau sa s re spiratória s ,
durante o sono, devido a
factores orgânicos (anató-
micos) e psicológicos (sis-
tema nervoso central).
As pessoas susceptíveis
de apanhar a doença são
principalmente adultas,
sedentárias, corpulentas,
obesas e com uma circun-
ferência cervical de mais
de 45 centímetros, pescoço
bastante curto, cabeça arre-
dondada e com um aumento
das vísceras abdominais.
D.CADÊNCIA | EDIÇÕES NOVEMBRO | ARQUIVO
Médico Renato Palma diz que
a doença não causa recaída
Os pacientes de AVC,
hipertensos, epilépticos,
indivíduos com trabalho for-
çado e utilizadores de drogas
são, igualmente, susceptíveis
de ter apneia do sono.
O médico acrescentou
que este transtorno acomete
mais indivíduos do sexo
masculino, sobretudo na
média idade, entre os 40 e
os 55 anos.
Os doentes de apneia
fazem, durante o sono, uma
pausa respiratória de mais ou
menos dez segundos. Depois
de despertarem, retomam o
ritmo respiratório, porque,
muitas vezes, se observa a
queda da língua.
Renato Palma avançou
que os pacientes diabéticos,
por terem muitas vezes
compressão diafragmática,
podem apresentar paragem
respiratória durante o sono.
Os doentes de apneia do
sono revelam-se sonolen-
tos, no período diurno.
Na maior parte das vezes,
além de se apresentarem
visivelmente cansados no
local de trabalho e com fraca
produção, têm dificuldades
de prestar atenção e de
transmitir conhecimentos,
no caso dos professores, por
falta de repouso à noite.
“Não é aconselhável que
esses pacientes trabalhem
com máquinas e conduzam
durante o dia”, indicou o
cirurgião, salientando que
o paciente deve consultar
especialistas para ser ava-
liado e decidir-se o melhor
enfoque da sua patologia.
Renato Palma afirmou
que, caso o médico otorri-
nolaringologista determine
a existência de um trans-
torno anatómico e um
aumento da amigdalite na
região nasal e bocal, que
interfere com o fluxo normal
do ar para dentro, o paciente
pode merecer uma inter-
venção cirúrgica.
O tratamento baseia-se
em dois pilares, nomeada-
mente o higiénico dietético,
q u e v i sa a c o n s e l h a r o s
doentes a fazerem exercícios
físicos, caso sejam obesos,
e para aqueles com baixo
peso terem uma alimenta-
ção adequada. Como
DOMBELE BERNARDO | EDIÇÕES NOVEMBRO
medida profilática, os uti-
lizadores de drogas são
persuadidos a abandonar
tal prática.
O segundo pilar de tra-
tamento, que surge nos
casos de pacientes com difi-
culdade respiratória por
obstrução, é necessária uma
i nte r ve n ção c i r ú rg i ca
mínima, que pode ser feita
nos hospitais de Angola.
“As consequências máxi-
mas da apneia do sono rela-
cionam-se com a difi-
culdade respiratória, que
causa uma diminuição do
oxigénio a nível do cérebro”,
explicou Renato Palma.
Alguns pacientes, em
função do diagnóstico, são
prescritos a usarem uma
máquina de nome CPAP,
que ajuda a manter a pressão
positiva nas vias respirató-
rias, funcionando como um
gatilho. O paciente dorme
com este equipamento e
sempre que registar alguma
pausa, manda um jacto de
ar para abrir as vias respi-
ratórias. Em seguida, o indi-
víduo retoma o seu ciclo
respiratório normal. “São
equipamentos à venda no
mercado. Não precisamos
de ir à China, pois com a
globalização tudo podemos
encontrar na Internet ou
podemos pedir a pessoas
que comprem no exterior
do país”, disse o médico.
DECISÃO DO TRIBUNAL
Penhorado condomínio
“Ginga Isabel” em Viana
O Tribunal Provincial de
Luanda procedeu à penhora
do condomínio Ginga Isabel,
no bairro Sapú, município
de Viana, na sequência de
uma queixa do Banco Mil-
l e n n i u m At l â n t i c o p o r
incumprimento da Genea
Administração, Incorpora-
ções e Participações, Limi-
No passado dia 3, o Tribunal decidiu pela penhora do imóvel
OPERAÇÃO COMEÇA HOJE
Polícia retira expressões
avulsas em vidros de táxis
A Polícia Nacional inicia
hoje, em Luanda, uma ope-
ração que visa a retirada
de expressões avulsas, com
vários dizeres, em vidros
de viaturas que exercem o
serviço de táxi, anunciou,
ontem, em Luanda, o
comandante da Unidade
de Trânsito.
O superintendente
Manuel Albano, que falava
à margem de uma palestra
sobre “Sinistralidade rodo-
viária”, realizada na sede
da Igreja do Nosso Senhor
Je su s Cri sto no Mundo ,
Tocoísta, explicou que a
medida surge para prevenir
acidentes, uma vez que a
escrita nos vidros acaba por
dificultar a visibilidade do
condutor e, também, retira
o ângulo central da via.
Manuel Albano lembrou
que em encontros com a
associação de taxistas, a Polí-
cia reiteradas vezes orientou
a retirada dos dísticos de
forma espontânea, mas, infe-
lizmente, tal medida não foi
acatada e, por isso, foi ven-
cido o período de moratória.
Ontem, milhares de fiéis
da Igreja do Nosso Senhor
Jesus Cristo no Mundo, vulgo
Tocoístas, foram sensibili-
zados para prevenirem aci-
dentes de viação nesta fase
do ano em que há uma
intensa circulação de via-
turas e de peões.
O comandante da Uni-
dade de Trânsito de Luanda
elucidou os fiéis, durante
a palestra, acerca da esta-
tística da sinistralidade
ro d ov i á r i a q u e , n o s e u
entender, não é animadora,
tendo em conta o registo
de 500 acidentes de viação,
Segunda-feira
16 de Dezembro de 2019
tada – Sucursal Angola, do
pagamento do equivalente
em kwanzas a 31.150.448.26
dólares.
Segundo o edital, datado
de três deste mês, a acção
corre os seus trâmites na Sala
do Cível e Administrativo,
1ª Secção, cujo processo é o
número 2132/18.
DR
de Agosto a Outubro, que
resultaram em mais de 200
mortos e 450 feridos.
Manuel Albano acres-
centou que houve mais de
250 atropelamentos que
resultaram em mais de 100
mortos, situação que,
segundo o oficial, se pre-
tende inverter, com a sen-
sibilização dos fiéis.
Manuel Albano explicou
que a Unidade de Trânsito
tem realizado várias pales-
tras em igrejas, a fim de
sensibilizar os fiéis para
acatarem as regras básicas
de prevenção de acidentes
nesta época festiva.
Os fiéis compromete-
ram-se a levar a mensagem
da prevenção rodoviária
junto de outros membros
das famílias, para reduzir
as mortes por acidentes nas
estradas nacionais.
A parceria entre a Uni-
dade de Trânsito e as igrejas
visa sensibilizar os crentes
de várias denominações
religiosas para se preveni-
rem dos acidentes neste
período festivo.
EDIÇÕES NOVEMBRO
Comandante Manuel Albano
durante a palestra
SOCIEDADE Segunda-feira
16 de Dezembro de 2019
ONDJIVA/CUAMATO
Troço facilita
acesso à Zona
Económica
O troço da Estrada Nacional
372, que liga Ondjiva a Cua-
mato, no Cunene, vai con-
tribuir para o desenvolvimento
agro-pecuário e industrial da
província, com realce para a
localidade da Zona Económica
Especial de Calueque, garantiu
o ministro da Construção e
Obras Públicas, Manuel Tava-
res de Almeida.
Inaugurado na quinta-
feira, pelo ministro da Cons-
trução e Obras Públicas, o
troço, com uma extensão de
68 quilómetros, está enqua-
drado no Programa de Rea-
bilitação e Melhoramento de
Infra-estruturas Rodoviárias.
DOMINGOS CALUCIPA | EDIÇÕES NOVEMBRO
Melhoria da via dá conforto aos
automobilistas e passageiros
O troço Ondjiva/Cuamato,
que recebeu asfalto pela pri-
meira vez, possui duas faixas
de rodagem com 3,5 metros
cada, 153 passagens hidráu-
licas e sinais horizontais e
verticais, cujas obras dura-
ram 24 meses e custaram
9.690.000 kwanzas.
Manuel Tavares de Almeida
reconheceu a qualidade da
obra, que dá dignidade e con-
forto aos automobilistas e
passageiros e atribuiu o mérito
a todos os que estiveram
envolvidos no projecto.
S e g u n d o o m i n i s t ro ,
trata-se da 13ª inauguração
deste ano, o que demonstra
o empenho do Governo na
reocupação e melhora-
mento das vias para o bem
das comunidades.
Para o ministro, as obras
não têm sido cumpridas nos
prazos previstos devido a
vários constrangimentos
de ordem financeira que o
país atravessa, mas o impor-
tante é fazer os trabalhos
com qualidade.
Garantiu que o sector que
dirige vai envidar esforços
no sentido de encontrar
recursos para a reabilitação
da segunda fase do troço
Cuamato/ Naulila e, pos-
teriormente, à Calueque,
por ser um eixo importante
para a economia da pro-
víncia do Cunene.
A aposta do Ministério da
Construção e Obras Públicas,
sublinhou, reside na quali-
dade da obra para garantir
a mobilidade aos cidadãos,
sem sobressaltos.
O governador do Cunene,
Vigílio Tyova, disse tratar-
se do troço que liga uma zona
potencialmente agrícola e
vai facilitar a vida dos agri-
cultores no transporte de
mercadorias do campo para
a cidade e vice-versa.
Elautério Silipuleni | Ondjiva
INCLUSÃO DE MALANJE
Momento em que os novos advogados recebiam as cédulas
Serviço de advocacia
tem cobertura nacional
O mercado de advocacia está
agora representado em todo
o país, contrariamente ao
passado, com a inclusão, há
dias, da província de Malanje,
garantiu ao Jornal de Angola
o bastonário da classe, Luís
Paulo Monteiro.
Ao intervir na cerimónia
de entrega de cédulas defi-
nitivas a dois advogados de
Malanje e 15 outros das demais
províncias na condição de
estagiários, realizada na sexta-
feira, o bastonário da Ordem
dos Advogados de Angola
(OAA) disse que, apesar desta
cobertura nacional, a classe
ainda não está bem servida
nestas regiões, mesmo com
domicílio de mais oito, entre
advogados e estagiários.
De acordo com Luís Paulo
Monteiro, com o ingresso de
mai s de 1 7 advogado s
naquela região, antes caren-
ciadas, as populações e as
empresas estarão melhor
servidas na defesa dos seus
direitos e interesses.
Os próximos desafios,
assegurou o bastonário, têm
a ver com a realização do
exame nacional de acesso à
advocacia, afastando o actual
modelo na Ordem, que con-
siste na avaliação da quali-
PERISCÓPIO
Estranhos comerciantes
Luciano Rocha
O comércio em Luanda, na
generalidade, não destoa
da própria cidade, na desor-
ganização prevalecente,
com proprietários de esta-
belecimentos dos vários
ramos que o compõem a
parecer interessados em
tudo menos em vender.
Nem nesta época festiva
para uns, não tanto para
outros, mas, apesar de tudo,
de loas ao consumismo,
comerciantes há que viram
as costas à possibilidade de
vender, arrecadar mais uns
cobres, ao ponto de encer-
rarem estabelecimentos
para passarem a “quadra
festiva” fora do país. E não
são apenas estrangeiros a
fazê-lo, também angolanos,
o que significa, à primeira
vista, que o negócio lhes
corre bem, pois as viagens
DR
dade dos candidatos a advo-
gados, num estágio de 18
meses, prorrogáveis por igual
período, complementado
por um curso de agregação
de três anos.
Lembrou que o exame
nacional será feito antes da
inscrição para aferir as com-
petências dos candidatos a
advogado estagiário e anun-
ciou, para Abril de 2020, a
realização da primeira prova.
O bastonário manifestou-
se, por outro lado, preocupado
com os membros que não
pagam quotas, o que obrigou,
este ano, a suspensão de mais
de 300 advogados por falta
de pagamento de prestações
no período de um ano.
Por exemplo, disse que um
advogado paga mensalmente
uma quota de 10 mil kwanzas,
enquanto que o estagiário
desembolsa 1.250. Recordou
que o incumprimento tem
como consequências a sus-
pensão e can- celamento da
inscrição, perda do direito a
voto e ser eleito para os órgãos
da Ordem.
Entre outras atribuições,
a OAA colabora na admi-
nistração da Justiça e pugna
pela defesa do Estado Demo-
crático de Direito.
estão pela “hora da morte”
e o preço da moeda estran-
geira também.
Este procedimento de
certos empresários, quer
de artigos de mercearia,
pronto-a-vestir ou da res-
tauração, para mencionar
apenas estes exemplos, é
mais uma originalidade de
Luanda que, convém lem-
brar, volta e meia, é capital
de um país chamado Angola.
Lá fora, até em cidades bem
mais pequenas, os comer-
ciantes têm os estabeleci-
mentos abertos até onde a
lei permite e alguns, se os
deixassem, funcionavam
sem fechar. Que a crise não
é exclusivo nosso e quem,
noutras paragens, começa
a l iv ra r - s e d e l a n ã o a
esquece, nem o ditado a
“miar-lhe” ao ouvido que
“gato escaldado, de água
fria tem medo”.
VÁRIOS VENDEDORES FORAM TRANSFERIDOS
Mercado do Sequele põe
fim à venda desorganizada
Foram removidos mais de 100 tendas e alguns contentores,
em cujos espaços havia serviços informáticos e outros
Um ângulo do novo espaço comercial, com área de estacionamento e descarga de produtos
Roque Silva
O espaço de estacionamento
de viaturas e descargas de
produtos e também de circu-
lação de vendedores e clientes
no mercado do Sequele está
desobstruído desde segunda-
feira, na sequência da remoção
de tendas e contentores, onde
eram praticados negócios de
natureza diversa.
A remoção é resultante de
uma decisão da Administração
do Distrito Urbano do Sequele
e foi feita com o objectivo de
recuperar “o bom ambiente”
quatro anos depois da abertura
do mercado.
No total, foram removidos
mais de 100 tendas e alguns
contentores, em cujos espaços
havia serviços informáticos,
de alfaiataria, reprografia e de
aplicação de extensões de
cabelo, venda de material
didáctico, roupa usada, bebidas
e refeições, salões de beleza,
armazém, lojas de vestuário,
cosméticos e lubrificantes.
Os proprietários das tendas
e dos contentores que criavam
transtornos ao estaciona-
mento de viaturas, à descarga
de produtos e à circulação de
vendedores e clientes foram
transferidos para um mercado
privado aberto no bairro
Mayé-Mayé. A transferência
irritou os vendedores afec-
tados pela medida, de acordo
com alguns proprietários
abordados pelo Jornal de
Angola, por falta de condições
básicas no mercado do Mayé-
Mayé e por afectar as vendas,
se houver fraco movimento.
A medida de remoção e
transferência das tendas e dos
contentores é ainda resultante
de reclamações apresentadas
por moradores da cidade do
Sequele à Administração do
Distrito Urbano do Sequele
devido aos embaraços cau-
sados e à venda desordenada
à volta do mercado.
O director do Mercado do
Sequele disse, ontem, ao
Jornal de Angola, que o pro-
cesso de transferência visou,
sobretudo, “eliminar o exce-
dente de vendedores, que
muitas vezes produziam
mu ito l i xo m a s n ão l h e
davam o devido tratamento”.
Jorge da Silva explicou que
se pretende, com a medida,
colocar o mercado a funcionar
com normalidade, apenas
com a venda de produtos
diversos no seu interior.
“A ideia é recuperar o bom
ambiente no mercado e facilitar
o estacionamento de viaturas
e a descarga de produtos, que
eram feitos de forma cons-
trangedora”, acentuou o direc-
tor do Mercado do Sequele.
O Serviço de Fiscalização
do Distrito Urbano do Sequele
usou, no processo de remoção
e transferência, três camiões,
um dos quais de remoção e
transporte de contentores, e
10 homens para a transpor-
tação e arrumação do mate-
rial no novo mercado.
Um dos responsáveis do
Serviço de Fiscalização, que
preferiu não se identificar,
declarou que a transferência
decorreu sem constrangi-
mentos, devido a uma cam-
panha de sensibilização
realizada há dois meses.
O novo mercado está a cinco
quilómetros da cidade do
Sequele e ainda não dispõe de
energia eléctrica, de água potá-
vel, de lavabos e banheiros.
Muitas reclamações
Uma proprietária de um salão
de cabeleireiro considerou
que foram “atirados” para
um local sem condições, um
desabafo reforçado por um
empreendedor na área das
Tecnologias de Informação e
Comunicação, para quem a
existência de energia eléctrica
é condição primordial para a
manutenção do negócio.
“Sem energia eléctrica é
impossível manter o negócio”,
27
DR
afirmou o empreendedor que,
tal como a proprietária do
salão de cabeleireiro, preferiu
não se identificar. A falta de
água no novo mercado vai
comprometer o trabalho dos
salões de beleza, lamentou
Ana Antunes, uma funcionária
de um salão de beleza, que
disse estar preocupada com
a possibilidade de ela e as cole-
gas ficarem desempregadas.
O alfaiate Cardoso Manuel
considerou que houve desor-
ganização no processo de trans-
ferência por alguns colegas de
profissão terem tido prejuízos,
em decorrência da danificação
de máquinas de costura, devido
à má arrumação nos camiões
que as transportaram. O sexa-
genário Cardoso Manuel recla-
mou do facto de os alfaiates
terem sido os últimos a receber
lugares no novo mercado.
Moradores aplaudem
Petra Diogo, uma moradora,
afirmou que a presença de
tendas no mercado da cidade
do Sequele promovia a pro-
miscuidade e o consumo exa-
gerado de bebidas alcoólicas.
A ideia de Petra Diogo é
comungada por Carlos Miguel,
também morador, que disse
concordar com a medida, “por-
que muitos alunos de ambos
os sexos ‘matavam’ aulas e
ficavam nas barracas a beber”.
Um morador do edifício
que está junto ao Mercado do
Sequele aplaudiu a medida da
Administração do Distrito,
reconhecendo haver agora
mais tranquilidade.
“Já vivemos momentos de
muita preocupação, porque,
entre nós, havia um sentimento
de alerta, porque o ambiente
desagradável que havia no
mercado estava à vista dos
alunos e doentes que frequen-
tam as escolas e o Centro
Médico de Saúde de Referência
localizados junto ao mercado”,
salientou o morador, que tam-
bém falou sob anonimato.
28 Segunda-feira
16 de Dezembro de 2019

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CABINDA SHIPPING SERVICES, LDA, Socie-

dade com sede em Cabinda, Rua das AAA e
escritórios em Luanda, NIF n.º 5417055883,
registada na Conservatória de Registo da Co-
marca de Cabinda, sob o número 2009.2103

A CABINDA SHIPPING SERVICES, LDA – “CABSHIP”

Empresa Angolana de Prestação de Serviços Integrados Marítimos e Logística pretende recrutar profissionais An-
golanos com qualificação (Pessoal Formado ou Especializado), para o preenchimento das seguintes vagas:
CONSELHEIRO SÉRNIOR DE OPERAÇÕES DE GRUA – Refª COG2019
• 15 anos de experiência como Operador de Grua (obrigatório)
• 5 anos mínimo como formador em Operação de Grua (obrigatório)
• 15 anos de experiência no sector Petrolífero (obrigatório)
• Domínio do Inglês
• Nacionalidade angolana (preferencial)
• Capacidade de adaptação em ambiente multicultural
• Disponibilidade para Viagem ou Transferência dentro e fora de Angola.
CONSELHEIRO SÉNIOR DE LOGÍSITICA MARÍTIMA – Refª CLM2019
• 15 anos de experiência naval (preferencial)
•Experiência em operações portuárias (obrigatório)
• 10 anos de experiência em posições de liderança (obrigatório)
• Domínio do Inglês
• Nacionalidade angolana (preferencial)
• Capacidade de adaptação em ambiente multicultural
• Disponibilidade para Viagem ou Transferência dentro e fora de Angola.
As Candidaturas deverão ser enviadas com o respectivo Curriculum Vitae, indicando a referência da posição em
que se candidata, até a data de 31-12-2019, para o seguinte endereço de e-mail: recrutamento@cabship.co.ao
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CLAMOR DA TERRA-SOCIEDADE DE COMÉRCIO

GERAL-EXPORTAÇÃO E IMPORTAÇÃO LDA
Contribuinte n.º 000165929ME032

ANÚNCIO DE COMPARÊNCIA
ABANDONO DE TRABALHO
A CLAMOR DA TERRA – SOC. DE COMÉRCIO GERAL-
A Direcção da Empresa Bioprev Prestação de Serviços, EXPOT. E IMPORT-LDA, em Angola, comunica o Sócio
Lda., vem pela presente comunicar que o Sr. António Ca- PAULO PANZO QUILOZO VICENTE, que será declarado
bral César, nascido aos 26/6/1977, portador do B.I. n.º culpado na situação de abandono da Empresa, por se
002705979HA036, foi chamado verbalmente a compare- manter ausente da Empresa e no País por um período su-
cer na sede da empresa, no passado dia 2 de Dezembro perior há mais de 26 anos com paradeiro incerto, sem
de 2019, para justificar a ausência. apresentação de um justificativo à Empresa do motivo de
Na referida data não se fez presente, dando continuação sua ausência.
à mesma.
Desta feita, informamos ao Sr. António Cabral César, que Nesses termos, somos a informar, que o mesmo deve
tal acto é representado como abandono de trabalho, pelo comparecer e provar documentalmente nos 15 dias úteis
facto de se manter ausente há mais de dez (10) dias con- seguintes contados da data da publicação deste anúncio,
secutivos, desde 22/11/2019 até à data actual, sem infor- as razões de sua ausência prolongada.
mar ao empregador do motivo de ausência, sob pena nos
termos do Art. 229.º da Lei Geral do Trabalho, desvincu- Luanda, aos 11 de Dezembro de 2019.
lando assim a relação entre a entidade Empregadora e o
Empregado. Sócio Gerente
(3.449)
VICENTE ALBINO PAULO (3.407)
(3.451)

MONTEPIO GERAL DE ANGOLA

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A Empresa AANCO INDUSTRIAL LDA., sita na 4.ª
Nos termos do n.º 3 do art.º 47.º dos Estatutos, convoco a ATÉ AO DIA 20 DE DEZEMBRO DE 2019.
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reunião ordinária da Assembleia-Geral Eleitoral deste Mon-
VIVER NO PATRIOTA OU ARREDORES cimento do público, que está aberta a candidatura
tepio Geral de Angola para o dia 7 de Fevereiro de 2020,
pelas 19h30, na sede desta associação, sita no Largo Rai- CONTACTO: 930891761 para o preenchimento da seguinte vaga:
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ORDEM DE TRABALHO Requisitos:
Ponto único: - Eleição dos Corpos Gerentes para o biénio • Ter Nacionalidade Angolana (será factor preferen-
2020/2021. cial)
• Excelente habilidade de comunicação oral e escrita.
Nota: Nos termos das alíneas a) e b) do Art.º 78.º conjuga- • Ser Licenciado.
GRANITOS, MÁRMORE E OUTROS
dos com os artigos 79.º e 80.º dos Estatutos, a apresenta-
BANCADAS DE COZINHA - SOLEIRAS As candidaturas devem ser enviadas no segunite en-
ção das candidaturas deverá ser feita à Mesa da
ESCADARIAS - REVESTIMENTO DE PAREDES
Assembleia-Geral até ao dia 17 de Janeiro de 2020. dereço: Aancoindustrial.candidaturas@gmail.com
LADRILHOS - PEDRA NATURAL - COMPAC - CALÇADAS
CAMPAS - JAZIGOS - LÁPIDES - GRAVAÇÕES
Luanda, 5 de Dezembro de 2019. CHURRASQUEIRAS – FORNOS Luanda, aos 11 de Dezembro de 2019.

Presidente da Mesa da Assembleia-Geral ENDEREÇO: Estrada de Viana, Km 25

Tel. (+244) 946 600 163 – 938422420 Email: O DIRECTOR GERAL
Carlos Alberto Moreira Bastos LEE BYUNG JUN
(3.355) ladystonegeral@gmail.com (3.414)
CULTURA
16 de Dezembro de 2019
Desfecho inesperado de um ciclo
da moderna trova angolana
Com o desaparecimento dos irmãos Kafala, termina um ciclo marcado pela tipologia de um canto de pendor
cultural e interventivo com origens nos preceitos da liturgia religiosa e dos festivais da canção política
Jomo Fortunato
Ligada à história social da
música de intervenção e com
ela identificada, a trova ango-
lana conheceu um rápido
desenvolvimento e divulga-
ção depois da independência
de Angola, em 1975. Con-
substanciada na sátira ou no
aplauso a um ideal político,
ela absorveu nítidas influên-
cias dos trovadores cubanos
da chamada “Nueva trova”,
representada, fundamental-
mente, por Leo Brawer, Sílvio
Rodrigues e Pablo Milanês.
O conceito de trovador
embora se tenha distanciado,
nos tempos modernos, da
remota acepção medieval,
designação dos antigos poetas
provençais, em França, que
cultivaram a poesia lírica e
dos poetas peninsulares
daquele tempo que os imi-
taram, ele conserva ainda a
carga semântica que lhe está
na origem.
A economia de meios,
caracterizada pelo uso da
voz e do violão, a eclosão da
liberdade e o exercício do
canto livre, enquanto mani-
festação popular de regozijo
e motivação à criação, con-
tribuíram para a larga difusão
e cultivo da trova angolana,
estimulada depois pelos
novos tempos de emanci-
pação política, com o advento
da independência de Angola.
O pai de José Kafala cantava,
foi pastor e regente de coro da
Igreja Protestante, colocado
nos Dembos, hoje província
do Bengo. Daí que a expres-
sividade da voz de José Kafala
tenha a sua sustentação nos
preceitos mais tradicionais da
liturgia religiosa.
Militante de uma temática
textual de feição marcada-
mente humanista e social,
José Kafala evocava nas suas
canções a dor, o sofrimento,
a conflitualidade étnica e
amorosa e a eterna esperança
de um mundo melhor.
José Kafala venceu, em
1984, o Primeiro Festival de
Artistas Amadores das Forças
Armadas, com o tema “Ngui
mbalundo” e, em 1985, arre-
batou o primeiro lugar do Top
dos Mais Queridos da RNA,
Rádio Nacional de Angola,
com a canção “Ó Kudizola
Kueto”, gravada depois com
o “Amandla”, a banda musi-
cal do ANC, “African National
Congress”, da África do Sul.
Enquanto duo, a flauta e
o violão foram dois comple-
mentos de um outro instru-
mento, a voz, que foi
explorada até à exaustão com
o seu irmão Moisés Kafala,
num exercício notável de con-
tra-canto que os colocou no
ponto mais alto da vocalização
Segunda-feira
da trova angolana. A história
da trova angolana regista os
nomes de Manuel Curado, Trio
Percussor, formado por Ladis-
lau Ventura, Massangano e
Júlio Quental, Mário Rui, Mário
Silva, José Fixe, Waldemar
Bastos, Beto Gourgel, Duo Mis-
sosso, de Filipe Mukenga e
José Agostinho, Afonso Gon-
çalves e, naturalmente, os
Irmãos Kafala.
Filho de Móises Domingos
Kafala e de Doroteia de Cam-
pos, José de Campos, Zé Kafala,
nasceu na província do Bengo,
município de Nambuangongo,
sanzala de Mukiama, no dia
11 de Fevereiro de 1960.
Festivais
José Kafala participou no
Festival de Música da CPLP,
no dia 20 de Maio de 2002,
num concerto comemorativo
da independência de Timor-
Leste e da entrada como
oitavo país da comunidade
lusófona. O Festival congre-
gou importantes cantores e
compositores da Comunidade
dos Países de Língua Portu-
guesa e teve uma audiência
de 200 mil pessoas na capital
timorense. A internaciona-
lização de José Kafala come-
çou a ganhar forma, tendo
visitado a Inglaterra, no Fes-
tival Womad, a Escócia,
França, no Festival Atlântica,
Alemanha, Brasil, integrados
no Festival de Artes Negras,
Cuba, Canadá, Zimbabwe,
Namíbia, África do Sul, Sué-
cia, Costa do Marfim, Congo
Brazzaville, Bélgica, Holanda,
Finlândia, Itália, Espanha e
Estados Unidos.
Diploma
José Kafala foi agraciado com
o Diploma de Mérito, uma
distinção honrosa do Minis-
tério da Cultura, no dia 11
d e J a n e i ro d e 2 0 0 8 , n o
âmbito das comemorações
Ministério destaca contributo do músico na cultura angolana
O Ministério da Cultura des-
tacou, sábado, em Luanda, o
contributo do músico José
Kafala na afirmação, promoção
e preservação da identidade
cultural angolana.
Numa mensagem de con-
dolências pela morte do artista,
ocorrida na noite de sexta-
feira, no Hospital Militar, por
doença, o departamento minis-
terial realça que, além da sua
reconhecida carreira artística
nacional e internacional, como
trovador e integrante do duo
Irmãos Kafala, José Kafala tor-
nou-se um importante símbolo
da cultura nacional.
“Pelo seu repertório, entre
as quais canções musicadas
MORREU JOSÉ KAFALA
Trova angolana perdeu um dos impulsionadores que evocava nas canções a dor e o sofrimento
do 8 de Janeiro, Dia Nacional
da Cultura. O Diploma, um
reconhecimento público às
pessoas singulares, colec-
tivas e instituições que, rei-
teradamente, contribuem
para preservação e divul-
gação da cultura nacional,
foi outorgado ao cantor e
compositor José Kafala,
por ser um dos mais repre-
sentativos trovadores do
pós-indepedência e as
suas canções, inspiradas
nos livros “Sagrada Espe-
rança” e “Renúncia Impos-
sível” de Agostinho Neto,
terem contribuído para a
unidade nacional.
Discografia
O CD “Ngola”, 1988, foi o
primeiro álbum do duo, pro-
duzido pelo Movimento
Internacional Contra o Apar-
theid, com as canções
“Ngola”, que dá título ao
disco, “O’Lomgembia”,
“Paira no Tempo”, Ngui Kin-
guilo”, “África”, “Vissolela”,
com base na poesia do primeiro
Presidente de Angola, António
Agostinho Neto, o músico é
uma referência no mercado
nacional”, refere a mensagem.
Música de intervenção
O MPLA considerou,
sábado, em Luanda, o
músico José Kafala uma
referência marcante da
música de intervenção.
Numa mensagem de con-
dolências, citada pela Angop
teve acesso, pela morte do
artista, o MPLA adianta que
a sua obra ocupa, por mérito
próprio, lugar cativo na his-
tória da música angolana. O
partido no poder considera
“Nvunda Yeto”, “Lemba”,
“Ó Kudizola Kueto” e “Papá”.
José Kafala gravou em 1986,
nos Estúdios da RNA, Rádio
Nacional de Angola, a canção
“Renúncia Impossível”,
baseado num texto poético
de inspiração niilista do poeta
Agostinho Neto, um tema
que acabou por ser regra-
vado, depois, com a flauta
de Moisés Kafala e veio a
integrar o CD “Salipo”, 1995,
adeus, em umbundo, gra-
vado em Boston. “Salipo”
teve a produção da editora
M.B. Record’s, dirigida pelo
cantor cab o - verdiano
Ramiro Mendes.
“Salipo” foi depois ree-
ditado pela editora francesa
“Harmonia Mundi” e tem
tido, até à actualidade, uma
ressonância positiva, junto
do público estrangeiro, com
as canções “Ndenda la
suku”,“Crucifixo”, “Ho
Muno”, “Malamba mamy”,
“Kalumba”, “Vutuka”,“Le
Timba Liamome”, “Salipo”,
que a música e a cultura
angolanas ficam mais pobres,
restando o consolo da pere-
nidade da sua obra, que irá
inspirar os angolanos de
todas as gerações.
“Um dos mais destacados
integrantes da Brigada Man-
guxi, José Kafala foi uma
referência marcante da
música de intervenção, tendo
conquistado diversos pré-
mios, com realce para o Top
dos Mais Queridos da RNA
e o Festival da Canção Polí-
tica, organizado pela JMPLA”,
lê-se na mensagem.
Com o irmão, Moisés
Kafala, acrescenta, formou
os Kafala Brothers, duo que
SANTOS PEDRO | EDIÇÕES NOVEMBRO
“Benguela”,“Amor Sus-
penso”, “Nguxi”, “Renúncia
Impossível” e “Catito”.
Crítica
Apartir de 1985, José Kafala
grangeou um singular pres-
tígio do público e viajou por
vários países. Portugal, Bul-
gária e Alemanha foram os
principais destinos, onde
obteve inúmeros aplausos
junto da crítica musical local,
das quais destacamos uma
apreciação da jornalista búl-
gara Buchaskova. As revistas
“Le Monde de la Musique”,
“Africultures”, “L’Affiche”
(le magazine d’autres musi-
ques), “Continental” (l’Afri-
que em marche)e “Reportoire
e Actualités des Religions”
publicaram textos críticos
favoráveis à qualidade da
música dos Irmãos Kafala.
No dia 14 de Abril de 1987,
Dia da Juventude Angolana,
aconteceu o reencontro do
duo, depois de dois anos
de separação por motivos
teve um papel importante
na internacionalização da
música angolana. José Kafala
conquistou, em 1984, a título
individual, o I Festival dos
Artistas Amadores das Forças
Armadas. Em 1985, a dupla
venceu o Top dos Mais Que-
ridos, com o tema “Ó Kudi-
zola Kueto”. José Kafala foi
agraciado com o Diploma
de Mérito, pelo Ministério
da Cultura, em 2008, no
âmbito do Dia Nacional da
Cultura. Gravou o CD a solo
“Bálsamo”, 2004, que sucedeu
aos discos anteriores “Ngola”,
1988, e “Salipo” (1995), gra-
vados na companhia do
irmão Moisés.
29
profissionais, que brindou
o facto com um espectáculo
de gala, realizada no cine
Karl Marx, ocasião em que
interpretou a canção
“Ngola”, tendo sido aplau-
dido de forma apoteótica.
Declínio
Embora sem o impacto dos
discos anteriores, constatação
que na altura denotava o declí-
nio do duo com o irmão, Moí-
ses, surgiu, em 2004, o
derradeiro CD, “Bálsamo”,
com as canções “Ofeka yetu,
“Crucifixo, “Um abraço”,
“Amor”, “Suspenso”,
“Renúncia impossível”, regra-
vado , “ Voz de Sangue ” e
“Kalunga”, canções inter-
pretadas em português, kim-
bundu, umbundu e chokwe.
Uma conflitualidade irre-
conciliável separou o grupo,
depois da gravação do CD
“Bálsamo”, em 2004.
Morte
Moisés Kafala morreu, vítima
de doença, no dia 1 de Setem-
bro de 2016 num hospital da
República da Namíbia, onde
se encontrava em tratamento
médico de uma doença que
padecia há alguns anos.
Curiosamente, a notícia foi
divulgada pelo irmão José
Kafala, numa comunicação
à imprensa com o seguinte
teor: “Infelizmente, o Moisés
deixou-nos hoje, por volta
das 15 horas, numa unidade
médica da Namíbia, onde se
tinha deslocado para tratar
problemas ligados às cordas
vocais”. Até à data da sua
morte, Moisés Kafala exer-
cia a função de director pro-
vincial da Cultura do Bengo.
José Kafala morreu no pas-
sado dia 13 de Dezembro
de 2019, igualmente por
doença, terminando um
ciclo prestigiado da
moderna trova angolana.
PAULINO DAMIÃO | EDIÇÕES SNOVEMBRO
José Kafala é uma referência
da música de intervenção
30 DESPORTO
CONQUISTA HISTÓRICA EM FEMININO
Holanda campeã inédita
do Mundial de andebol
Triunfo frente às espanholas permite às comandadas de Emmanuel
Mayonnade marcar presença nos Jogos de Tóquio'2020, no Japão
Teresa Luís
Um livre dos sete metros,
cobrado pela lateral esquerda
Lois Abbing, permitiu a
Holanda conquistar ontem,
de forma inédita, o título
do Campeonato do Mundo
sénior feminino de ande-
bol, mercê do triunfo tan-
gencial, por 30-29, diante
da Espanha.
Com a vitória suada, as
holandesas inscreveram um
novo capítulo nos anais da
modalidade e qualificaram-
se directamente para os Jogos
Olímpicos de Tóquio'2020.
A partida disputada no Pavi-
lhão Park Dome, em Kuma-
moto, Japão, foi decidida nos
detalhes, pois holandesas e
espanholas protagonizaram
um “duelo” de titãs.
A 20 segundos do apito
final, quase todas as previ-
sões apontavam para pro-
longamento, em função do
equilíbrio. A falta da pivô
espanhola Ainhoa Serrador
e a consequente expulsão,
por cartão vermelho, foi o
bálsamo necessário para
as comandadas de Emma-
nuel Mayonnade.
O combinado espanhol
entrou melhor no jogo, mais
esclarecido a defender e a
atacar. Jogados cinco minu-
tos, vencia por 6-2, com dois
contra-ataques executados
pela lateral esquerda Ale-
xandrina Cabral.
Mayonnade solicitou des-
conto de tempo e reorientou
o grupo. Na sequência, o
conjunto holandês reorga-
nizou-se e aos 16 minutos
o placar registou empate a
nove golos.
Compatriotas de Clarence Seedorf fizeram ontem a festa no Pavilhão Park Dome no Japão
influentes Danick Snelder,
Kelly Dulfer e Lois Abbingh
fez a formação da península
CAMPEONATO DO MUNDO ibérica ficar onze minutos
SÉNIOR FEMININO sem marcar.
DE ANDEBOL
Final foi disputada
A seguir, as defesas
suplantaram os ataques,
tendo ambas ficado sem
no Pavilhão Park Dome
30
marcar durante cinco minu-
tos. Ao alternarem o sistema
defensivo 6-0, para o 5-1, as
golos espanholas voltaram a liderar,
marcados pela 10-9. Mas com melhores
Holanda combinações ofensivas, as
holandesas venciam 16-13,
60% ao intervalo.
índice Na segunda parte, a
de aproveitamento Holanda manteve-se fiel ao
do ataque holandês 6-0, Estavana Polman, Lois
Abbing e Danick Snelder
29 comandaram a artilharia
tentos da ofensiva. A Espanha apostou
selecção rigorosamente no 5-1, com
espanhola marcação impiedosa sobre
a central Estavana Polman.
57% Nerea Abaurrea, Marta
de eficácia Lopez, Alicia Foja e Ale-
da Espanha xandrina Barbosa estiveram
em evidência, ao desequi-
7 librarem várias vezes a
golos defesa contrária. Ao cabo
apontadospor dos 40 minutos, 22-17, favo-
Alexandrina rável às holandesas, três
Barbosa minutos depois, a selecção
espanhola reduziu para dois
9 golos, 21-23.
tentos de Com uma recta final elec-
Estavana trizante, registou-se alguma
Polman precipitação nas acções ofen-
sivas e, aos 59 minutos, igual-
In c o n fo r m ad o c o m a dade a 29 golos. As oponentes
situação, Carlos Arza tam- falharam um ataque cada.
bém chamou as suas pupilas, Insatisfeita, a pivô Ainhoa
por terem falhado quatro Serrador tentou roubar a
ataques consecutivos. Até bola, mas cometeu uma falta
em situação de superioridade grave que culminou com a
numérica, a Espanha teve vitória da Holanda. A Rússia
dificuldades em visar a baliza
defendida por Tess Wester.
O b l o c o m o ntad o p e l a s
conquistou a medalha de
bronze ao derrotar, por 33-
28, a Noruega.
IHF.INFO
DISTINÇÕES
Estavana Polman
foi eleita MVP
do campeonato
A central holandesa Esta-
vana Polman foi eleita Joga-
dora Mais Valiosa (MVP) do
24º Campeonato do Mundo
sénior feminino de andebol,
cujo encerramento aconte-
ceu ontem, no Pavilhão Park
Dome, na cidade japonesa
de Kumamoto.
Lois Abbingh (lateral
esquerda) também de nacio-
nalidade holandesa foi a
melhor marcadora, com 71
golos. Em 12 jogos, a inter-
nacional da “laranja mecâ-
nica” produziu uma média
de 5,9 tentos, por partida.
Tess Wester (guarda-redes)
Holanda, Camilla Herrem
(ponta esquerda) Noruega,
Jovanka Radicevic (ponta
direita) Montenegro, Linn
Blohm (pivô) Suécia, Alexan-
drina Cabral Barbosa (lateral
esquerda) Espanha, Anna
Vyakhireva (lateral direita)
Rússia e Estavana Polman
(central) Holanda formaram
o "sete" ideal da competição.
E m 1 6 d i a s d e p r o va
foram disputados 96 jogos,
feitos oito mil 832 remates,
cinco mil e 59 golos mar-
cados. Na linha dos seis
metros marcaram-se mil
381 tentos, 956 na linha dos
nove e 779 dos sete metros.
DR
A Holanda marcou 298
tentos, a Rússia 288, e a
Noruega totalizou 281. A
França, campeã destronada,
foi uma das surpresas da prova,
pois terminou no 13º posto da
tabela classificativa. A Espanha
surpreendeu pela positiva e
melhorou oito lugares, em
relação à edição de 2017.
Eis a classificação: Holanda,
Espanha, Rússia, Noruega,
Montenegro, Sérvia, Suécia
Alemanha, Dinamarca, Japão,
Coreia do Sul, Roménia,
França, Hungria, Angola,
Argentina, Brasil, Senegal,
Eslovénia, Congo Democrá-
tico, Cuba, Cazaquistão, China
e Austrália.
Depois do Japão, em 2021
a Espanha acolhe a 25ª edição
do Mundial, a disputar-se
entre os dias 2 e 19 de Dezem-
bro, com a participação inédita
de 32 selecções. A mascote
denominada “Lola” e o logó-
tipo foram lançados, em
Kumamoto, com o slogan “Ela
adora o andebol”.
Segundo o site da IHF, a
escolha do lince como mas-
cote está relacionada com
velocidade, desenvoltura e
carácter, características que
as atletas representam na
quadra. Por outro lado, o lince
é uma espécie em vias de
extinção. Deste modo, a Espa-
nha pretende chamar a aten-
ção para a importância da
sua preservação.
Teresa Luís
BASQUETEBOL FEMININO
Percentagens comprometeram os objectivos das polícias
Total de ressaltos dita
derrota do Interclube
Anaximandro Magalhães
A diferença no total de res-
saltos, 57 do Ferroviário de
Maputo (Moçambique), contra
40 do Interclube, foi um dos
aspectos determinantes para
a equipa angolana ter perdido,
por 90-91, pelo segundo ano
consecutivo, e diante do
mesmo adversário, a final da
Taça dos Clubes Campeões
africanos sénior feminino de
basquetebol.
O Inter capturou 29 bolas
nos ressaltos defensivos e 11
ofensivos. Por sua vez, o Fer-
roviário, comandado por Car-
los Aik, conseguiu 38 na sua
área de jurisdição e 19 na con-
trária. A última bola capturada
pelos "ares" pelas compa-
triotas de Lourdes Mutola,
após lançamento triplo de Ita-
lee Lucas, quando restavam
nove segundos para o final da
partida, foi fundamental para
a conquista.
Outro pormenor que pesou
para a derrota da equipa da
Polícia, às ordens de Apolinário
TÉNIS DE CAMPO
Eduardo Morais é
campeão nacional
Pedro Futa
O atleta de Luanda Eduardo
Morais sagrou-se campeão
nacional em ténis de campo,
ao vencer ontem na final
Fernando André, por dois
sets a um, em prova que
decorreu no Centro Cultural
Paz Flor.
O equilíbrio foi a nota
dominante, o campeão da
época passada Fernando
André venceu o primeiro set
por 6-4, mas Eduardo Morais
“Erikson”, numa tarde de
inspiração, igualou a partida
ao vencer o segundo set por
6-2, e fez a reviravolta no ter-
ceiro set, por 6-1.
Em femininos, Níria
Calunga, do Kikuxi Vilas Club,
derrotou a colega de equipa
Gabriela Martins, por 2-1, a
melhor de três sets e tornou-
se na mais nova campeã
nacional, apenas com 16 anos.
Em declarações à imprensa,
Eduardo Morais mostrou-se
regozijado com a conquista
do título e prometeu trabalhar
para provas internacionais.
Segunda-feira
16 de Dezembro de 2019
WIWSPORT.COM
Paquete, foram as baixas per-
centagens, nos lançamentos
de dois e três pontos. No pri-
meiro sector, o conjunto dos
bombeiros em 50 tentativas
marcou apenas 16, 36 por
cento, contra 55/22, 40 por
cento das moçambicanas.
Na zona dos seis metros e
setenta e cinco, em 25 arre-
messos as comandadas de
Paquete marcaram 10, 40 por
cento, contra 22/10, 45 por
cento da equipa do Índico. Os
24 lançamentos convertidos
dos 30 a que teve direito, per-
fazendo 80 por cento, foi o
único item dominado pelo
Inter, pois em 25 o opositor
fez 17, 68 por cento.
Apolinário Paquete fez
alinhar na partida decisiva
e marcaram: Joana António,
Italee Lucas (31), Merciana
Fernandes, Rosemira Daniel,
Elsa Eduardo, Astou Traore
(18), Astrida Vicente, Feli-
zarda Jorge (11), Angelina
Golome (1), Jéssica Malagi,
Nadir Manuel (5) e Robyn
Parks (24).
“Estou feliz pela conquista
do título nacional. Foi uma
prova difícil porque o adver-
sário é experiente e treinamos
juntos. Consegui aproveitar
bem os erros devido ao can-
saço dele no segundo set,
agora vou me preparar para
o Zonal, em Janeiro, na Namí-
bia”, disse.
Eduardo Morais pediu
maior incentivo da parte da
Federação Angolana de Ténis
de Campo.
“Peço à Federação mais
incentivo, para que haja mais
participação dos atletas, eu
pelo menos ganhei uma bolsa
de estudo para a Universidade
de Barton Communitx Col-
lege, nos Estados Unidos. Mas
a Embaixada recusou-me o
visto, espero pelo apoio das
entidades para resolverem a
situação”, frisou.
Já a campeã nacional Níria
Calunga disse que foi uma
prova difícil e não esperava
vencer a partida face às qua-
lidades positivas da adversária
e teve que implementar a tác-
tica da consistência.
DESPORTO Segunda-feira
16 de Dezembro de 2019
Breves
ALEKSANDER CEFERIN
QUER MUDANÇA NO
PROTOCOLO DO VAR
Aleksander Ceferin,
presidente da UEFA,
mostrou-se a favor de se
proceder a alterações no
protocolo da aplicação
do video-árbitro nas
situações de mão na bola
dentro da área e também
nos foras de jogo.
"Não é correcto que
um jogador possa estar
em fora de jogo porque
tem um pé maior do que
o adversário", disse o
esloveno, citado pelo AS.
Também as situações
de penálti merecerão,
no entender de Ceferin,
uma avaliação diferente
e o dirigente da UEFA
pede para que o VAR
apenas seja utilizado
em situações "óbvias,
claras e propositadas".
A próxima reunião do
International Board
acontecerá no fim
do mês de Fevereiro,
na Irlanda, e a UEFA
tentará que a FIFA
se junte à sua causa.
JORGE JESUS ACREDITA
NA CONQUISTA DE MAIS
UM TROFÉU ESTE ANO
O Flamengo chegou a Doha
depois da viagem de 14
horas do Rio de Janeiro.
O treino previsto foi
cancelado e a equipa
rumou para o Estádio onde
se decidiu qual o
adversário nas meias-
finais: o Al Hilal venceu
o Esperance de Tunis,
por 1-0.
Atento, Jorge Jesus
aproveitou para começar a
dar indicações tácticas
sobre a antiga equipa
- foi possível vê-lo
a explicar situação
de jogo a Willian Arão.
DR
Antes, à chegada ao Qatar,
o treinador português falou
ao site da FIFA.
"Falam de possível
confronto com o Liverpool
mas precisamos de
concentração para o
primeiro jogo. Não me
interessa nada além disso.
Temos equipa para
conquistar mais uma taça,
mas precisamos de foco e
trabalho. Foi assim que
vencemos a Libertadores e o
Brasileirão", salientou.
ALTERNÂNCIA NO GIRABOLA
Campeão desfaz liderança
por um dia do arqui-rival
1º de Agosto derrota Académica do Lobito com “hat-trick” de Ary
antes da viagem quarta-feira ao terreno do Sporting de Cabinda
Ary Papel esteve em tarde inspirada e fez um “hat-trick” à semelhança do avançado do rival
Honorato Silva
Com autoridade, mas sem
necessidade de forçar o
ritmo do jogo, o 1º de Agosto
desfez a liderança, por um
dia, do arqui-rival Petro de
Luanda, ao derrotar a Aca-
démica do Lobito, por 3-0,
ontem no Estádio Nacional
11 de Novembro, para a con-
clusão da 13ª jornada do
Girabola, em tarde de gala
de Ary Papel, que assinou
um “hat-trick”.
Os fantasmas da tímida
campanha africana, aden-
sados pela derrota (0-2) na
deslocação ao reduto do
Zamalek do Egipto, afastaram
os adeptos dos tetra-cam-
peões. A equipa lançada de
início pelo bósnio Dragan
Jovic foi ao encontro das crí-
ticas que apontavam para
alterações pontuais, sobre-
tudo na baliza.
Neblu voltou à titulari-
dade, face à saída de Tony
Cabaça, guarda-redes que
tem dado sinais de certa
saturação. A ausência de
Macaia, por lesão, propor-
cionou a entrada de Mário
Balbúrdia, jovem criativo
cuja inactividade tem sido
muito questionada, en-
quanto Ibukun, expulso no
Cairo, nem no banco de
suplentes apareceu.
A toada cadenciada adop-
tada pelos rubro e negros,
com posse e circulação da
bola, condicionou a abor-
dagem dos estudantes às
ordens de Águas da Silva.
O futebol envolvente,
que tem sustentado a pre-
sença da equipa lobitanga
na parte alta da tabela clas-
sificativa, foi neutralizado
com relativa facilidade.
Mário e Buá assumiram
a definição dos balanços
ofensivos do 1º de Agosto. A
dupla de médios marcava a
cadência das acções de ata-
que, a solicitar o envolvi-
mento de Zito Luvumbo,
Natael e Isaac, nos corredores
laterais, ao passo que Ary e
Atouba faziam movimentos
interiores, nas costas de Lio-
nel Yombi, a principal refe-
rência de área.
Bastaram cinco minutos
para o surgimento do pri-
meiro golo, depois de Natael
ganhar a linha do fundo e
assistir Ary, que tirou as
medidas à baliza, escolheu
o canto e rematou distante
do alcance de Carlitos, subs-
tituto de Nsesani, guarda-
redes titular indisponível
por estar ao serviço da Selec-
ção de Sub-20, no torneio
da Cosafa.
O quadro de desvantagem
afectou a organização da
Académica, regressada ao
jogo apenas depois dos 20
minutos, período em que
conseguiu levar a bola ao
terço defensivo dos militares.
B o b ó e o c a p i t ã o D a ny
Masunguna afastavam o
combativo Odilon da baliza
de Neblu.
A toada de equilíbrio deu
algum interesse ao desafio,
o suficiente para afastar a
ideia de passeio competitivo
dos detentores do título,
preocupados com a reabili-
tação da imagem, face ao
“apagão” registado nas duas
j ornada s di sputada s no
Grupo A da Liga dos Clubes
Campeões Africanos.
Domínio compensado
No regresso dos balneários,
o 1º de Agosto chamou nova-
mente a si o controlo e domí-
nio dos acontecimentos,
atitude compensada pelos
dois golos marcados por Ary,
aos 64 e 75 minutos. De pé
quente, o avançado esteve
VIGAS DA PURIFICAÇÃO | EDIÇÕES NOVEMBRO
perto do quarto tento, registo
frustrado por Carlitos, com
defesas de grande aparato.
Catraio, Nelson e Mabu-
lulu foram lançados para
refrescar a equipa e reforçar
o equilíbrio no meio campo,
bem como o poder de ataque.
Águas da Silva, que perdeu
Libero por lesão, ainda no
primeiro tempo, fez ajustes
pontuais com o propósito de
manter os seus pupilos foca-
dos no jogo e, deste modo,
ev i ta r u m a d e r ro ta p o r
números avultados.
A 13ª jornada teve no
sábado a vitória do Petro de
Luanda sobre o Recreativo
do Libolo, por 3-0. Nas outras
partidas foram registados os
desfechos Bravos do Maquis
- Sporting de Cabinda (1-0),
Interclube - Williet de Ben-
guela (0-0), Cuando Cubango
FC - Progresso Sambizanga
(3-0), Recreativo da Caála
- Desportivo da Huíla (1-0),
Santa Rita - Sagrada Espe-
rança (0-0) e 1º de Maio -
Ferrovia (1-1).
Para a conclusão da 14ª
ronda, o 1º de Agosto, líder
da competição com 33 pon-
tos, desloca-se quarta-feira
à casa do Sporting de
Cabinda. O Petro de Luanda,
segundo, com 32, vai ao ter-
reno da Académica do Lobito,
que espera evitar nova chuva
de golos diante de um can-
didato ao título.
Militares e petrolíferos
completam , no final de
semana, a série de três jogos
consecutivos, antes de entra-
rem em cena na terceira
ronda das Afrotaças. A for-
mação do Rio Seco recebe o
TP Mazembe, no dia 27, e os
homens do Catetão visitam,
um dia depois, o Wydad de
Casablanca de Marrocos,
equipa orientada pelo sérvio
Zoran Maki.
FUTEBOL SUB-20
Zine Salvador foi o melhor
marcador da Taça Cosafa
O avançado da Selecção
Nacional Sub-20 de futebol
Zine Salvador, conquistou,
ao marcar seis golos, o troféu
Bola de Ouro, atribuído ao
melhor marcador da Taça
Cosafa, cuja prova decorreu
de 4 a 14 do corrente, na cidade
de Lusaka, Zâmbia.
A seguir ao jogador do 1º
de Agosto ficou o zambiano
Francisco Mwepu, com cinco
tentos. A terceira posição foi
conquistada por Gladilson,
do Petro de Luanda, com três.
O guarda-redes Nsesani,
do 1º de Agosto emprestado
esta época à Académica do
Lobito, venceu o prémio
Luvas de Ouro. A selecção
do Madagáscar ganhou o pré-
mio "Fair Play".
Patrick Gondwe, da Zâm-
bia, foi considerado o melhor
jogador, o que lhe valeu a pos-
sibilidade de fazer testes no
Club Deportivo Numancia,
da II Divisão Espanhola.
O combinado angolano
está desde ontem em Luanda,
proveniente da capital zam-
VISANDO O AFRICANO DAS NAÇÕES
Selecção de futsal começa
a trabalhar hoje na Cidadela
António Cristóvão
A Selecção Nacional de futsal
sénior masculina dá início
hoje, a partir das 18h00, aos
trabalhos de preparação no
Pavilhão Anexo da Cidadela,
em Luanda, visando o Cam-
peonato Africano das Nações
(CAN), a disputar-se de 28
de Janeiro a 7 de Fevereiro,
na cidade de Laâyoune, Mar-
rocos. Antes, jogadores e
equipa técnica reúnem-se
com a direcção da Federação
Angolana de Futebol de Salão
(Fafusa), na Cidadela.
Para o africano, o treinador
da Selecção Nacional, Ben-
vindo Inácio, que substituiu
no cargo Libânio Lopes,
divulgou a convocatória na
semana passada.
Eis a lista: guarda-redes
Chico, Neblú e Gomito, os
fixos são Leo, Edilau Ramos,
Man Tó e Mano Sele, alas
Caluanda Inácio, Nuno, Jó
Marrés e Nono, Bebucho
Gonga, Dias Cassiano e Bebu-
cho Eduardo, pivot's Prado
da Silva e Fábio Fernandes.
No africano, o "cinco" nacio-
nal está no Grupo B, ao lado
Atletas da Selecção de Futsal preparam o Africano das Nações
31
biana. Sábado, os Palaquinhas
golearam o Madagáscar, por
5-1, na discussão pelo último
lugar do pódio.
Edson Mandelé e Zine Sal-
vador, ambos do 1º de Agosto,
bisaram pelo combinado
angolano, sendo que Pika, do
Petro de Luanda, fez o outro
golo. Já Arnaud marcou o tento
de honra dos malgaxes.
Na quinta-feira, Angola
perdeu com a Zâmbia, por 0-
3, no Estádio Nkoloma, em
jogo referente às meias-finais.
Na primeira fase, a selec-
ção ocupou a primeira posi-
ção invicta no Grupo C, com
nove pontos, seguido da
similar de e-Swatini (ex
Swazilândia), com seis,
Moçambique foi terceiro
com três e Ilhas Seychelles,
quarta com zero.
A Zâmbia, sagrou-se ven-
cedora do torneio da África Aus-
tral, após vencer por 3-0, na
final a África do Sul. Os golos
foram apontados por Munalula
(40' e 84' minutos) e Francisco
Mwepu (45').
de Moçambique, Guiné Cona-
cri e Egipto, no A estão África
do Sul, Marrocos, Líbia e
Guiné Equatorial.
Na estreia, a selecção
Nacional defronta Moçam-
bique, no Pavilhão de Laâ-
youne. Na segunda jornada
o jogo é frente ao Egipto, e
no encerramento, contra a
Guiné Conacri.
Os dois primeiros classi-
ficados de cada um dos gru-
p o s a p u ra m - s e p a ra a s
meias-finais do CAN, e os
três primeiros para o Cam-
peonato do Mundo, a decor-
rer entre S etembro ou
Outubro, na Letónia.
Esta é a terceira participação
de Angola na fase final do afri-
cano, depois da estreia em
2008, na Líbia, sob a batuta
do técnico Shéu Cahalo, da
Radiodifusão Nacional de
Angola (RNA).
Na última edição, dispu-
tada em 2016, na África do
Sul, a Selecção Nacional,
orientada pelo técnico Libâ-
nio Lopes, ocupou sem pon-
tos a quarta e última posição
da série, onde pontificaram
Marrocos, Egipto e Líbia.
AGOSTINHO NARCISO EDIÇÕES NOVEMBRO

SEG16DEZ
ALTO
BNA
Compra coerciva de dólares
A notícia de que o Banco Na-
cional de Angola (BNA) reali-
zou uma compra coerciva de
mais de 80 milhões de dólares
a quatro bancos é positiva e,
ao mesmo tempo, gera preo-
cupação. A parte boa é que a
medida mostra que, afinal, o
BNA continua a afinar os me-
canismos de supervisão e que
não compactua com as “ma-
nobras” de alguns bancos de-
sestabilizadores. A parte má
(e é para os bancos) é a insis-
tência em irregularidades para
tirar proveito. Se a Lei estabe-
lece que os bancos não podem
guardar para si mais de 5 por
cento de moeda externa, por
que estes teimam em não ven-
der o excedente aos clientes?
Já agora, seria bom que os
bancos infractores tivessem
os nomes revelados para o
cliente poder ajuizar.
BAIXO
Críticos de ouvir falar
Confundir leituras
Começa a ser preocupante a
forma recorrente como alguns
críticos e até formadores de
opinião “confundem” leituras
de um órgão de informação
com outro e, por esta via, pas-
sam mensagens distorcidas
à sociedade. Um bom exem-
plo, foi o que ocorreu, na se-
mana passada, quando indi-
víduos, tidos como dos prin-
cipais analistas da “praça”,
insistiram em atribuir a um
jornal português uma notícia
exclusiva do Jornal de Angola,
referente ao bloqueio das con-
tas da ex-ministra das Pescas,
marido e filhos. O que mais
preocupa é que se trata de
pessoas letradas, apresenta-
das como grandes formado-
res de opinião, mas que, está
mais do que visto, mal leram
o que estava estampado no
jornal ou recolheram infor-
mações equivocadas e, no ou-
vir dizer, emitem opiniões dis-
torcidas e precipitadas, como
se de verdade absoluta se tra-
tasse. Ou então preferem, de-
liberadamente, afastar o Jor-
nal de Angola deste ar fresco
de mudanças em curso no
país, negando-lhe a autoria
de matérias relevantes.
DECISÕES SOBRE O CLIMA ABAIXO DO ESPERADO
Nações Unidas decepcionadas TAAG inaugura hoje
com os resultados da cimeira a rota Luanda-Lagos
Secretário-Geral das Nações Unidas afirma que a comunidade internacional perdeu uma oportunidade
O Secretário-Geral das
Nações Unidas (ONU),
António Guterres, está
“decepcionado com os
resultados” da cimeira
sobre o clima (COP25),
mas apelou aos países
que continuem a lutar
contra a crise climática
sem se “renderem”.
“A comunidade inter-
nacional perdeu uma
oportunidade importante
para mostrar uma maior
ambição na mitigação e
adaptação para enfrentar
a crise climática”, lamen-
tou António Guterres, no
final da cimeira da ONU
sobre o clima, que ontem
terminou em Madrid, dois
dias depois do previsto.
No encontro, os países
conseguiram chegar a
acordo quanto à urgência
para conter as alterações
climáticas, mas não houve
consenso quanto aos pon-
tos essenciais. Por exem-
plo, as regras dos mercados
internacionais de carbono
foi um dos assuntos adiado
para o próximo ano. “Não
devemos render-nos”,
apelou o Secretário-Geral
da Organização das Nações
Unidas, numa declaração
escrita citada pela agência
de notícias espanhola EFE.
António Guterres des-
tacou estar “mais do que
decidido” que 2020 será
“o ano em que todos os
países se comprometem
a fazer o que a ciência” diz:
é necessário ser neutro em
carbono até 2050 e a “não
ir além dos 1,5 graus de
aumento da temperatura
do Planeta”.
A 25ª cimeira do clima,
a maior de toda a história,
começou a 2 de Dezem-
bro e deveria ter termi-
nado na sexta-feira, mas
apenas ontem os traba-
lhos foram encerrados,
c o m a a p r o va ç ã o d o
documento “Chile-
Madrid, Hora de Agir”.
A regulação dos mer-
cados de carbono foi um
dos temas mais debati-
dos durante a COP25 e,
i n i c i a l m e nte , e stava
incluído no documento
final, mas decidiu-se
debatê-lo em separado.
O novo acordo, que
pede um aumento da
ambição dos compro-
missos de luta contra as
alterações climáticas,
apresenta várias medidas
que têm como objectivo
apoiar os países mais
vulneráveis. São dadas
dire ctrize s ao Fundo
Verde do Clima para des-
tinar recursos para per-
das e danos dos países
mais vulneráveis aos
fenómenos climáticos,
assim como é pedido aos
d e s e nvo lvi d o s q u e
apoiem financeiramente
os mais frágeis.
Além disso, cria-se a
“Rede Santiago”, que
permite canalizar assis-
tência técnica de orga-
nizações e especialistas
DR
a esses mesmos países
mais vulneráveis.
Na COP25 foram mobi-
lizados 89 milhões de
dólares (80 milhões de
euros) provenientes de
diversos países para o
Fundo de Adaptação e
mais de 80 países anun-
ciaram que apresentarão
em 2020 compromissos
de luta contra as alterações
climáticas mais ambicio-
sos do que os actuais.
Números preocupantes
O número de multina-
cionais comprometidas
com a neutralidade car-
bónica (não produzir mais
emissões de gases com
efeito estufa do que aque-
las que tem capacidade
de fazer desaparecer) em
2050 passou de 90, na
cimeira de Nova Iorque,
em Setembro, para 117 na
cimeira de Madrid.
O número de grandes
cidades comprometidas
com a neutralidade pas-
sou de uma centena, na
cimeira de Nova Iorque,
para 398, na COP25. O
número de países com-
prometidos com a neu-
t ra l i d a d e c a r b ó n i c a
passou de 66 para 73.
O acordo final da
COP25 estabelece que os
países terão de apresen-
tar, em 2020, compro-
missos mais ambiciosos
para reduzir as emissões
e enfrentar a emergência
climática.
NOVA ROTA DA COMPANHIA DE BANDEIRA
Hélder Jeremias
A TAAG (Linhas Aéreas de
Angola) começa a voar hoje
para a cidade de Lagos (capi-
tal económica da Nigéria),
com a visão de impulsionar
as trocas comerciais, atra-
vés do aumento do movi-
mento de cidadãos de
ambos os países.
De acordo com a direc-
ção da TAAG, numa pri-
meira fase, será efectuado
apenas um voo semanal,
devendo o número de fre-
quências ser aumentado
em função da taxa de ocu-
pação. A escala para Lagos
pode, também, ser uma
alternativa para pessoas
que tenham o destino
final em países vizinhos,
como o Quénia, Camarões
e a região do Magrebe.
Além de passageiros
angolanos e nigerianos
segue, também, na aero-
n ave i n aug u ra l , u m a
equipa de altos funcio-
nários da companhia, que
vão proceder à abertura
das novas instalações da
TAAG. Considerados os
maiores produtores e
importadores de petróleo
Companhia de bandeira começa a voar para a capital nigeriana
NÓQUI LIGADO À REDE NACIONAL
MINEA desmente alegada
venda de energia à RDC
O Ministério da Energia
e Águas (MINEA) afastou,
ontem, a hipótese de que
Angola venha a exportar
energia eléctrica para a
vizinha República Demo-
crática do Congo (RDC).
Num comunicado expe-
dido pelo Gabinete de
Comunicação Institucio-
nal e Imprensa (GCII), o
Ministério desmente,
assim, uma notícia da
agência ANGOP, publicada
na última quarta-feira, a
este propósito.
Segundo a notícia, o
ministro da Energia e Águas,
João Baptista Borges, teria
anunciado essa intenção,
em Nóqui, no mesmo dia
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no continente, Angola e
a Nig é r i a tê m e s ta d o
envolvidas num exercício
de diplomacia paralela no
âmbito da cooperação
bilateral, na medida em
que o peso das duas eco-
nomias em África e a
localização geográfica em
que cada uma das nações
está inserida é vista como
um factor estratégico no
plano do desenvolvi-
mento continental.
Com isso, os beneficiá-
rios poderão aproveitar as
dezenas de ligações pos-
síveis para a África Austral,
em particular, assim como
para a América Latina,
através do hub de Luanda
(Aeroporto Internacional
4 de Fevereiro) e dos voos
directos da TAAG para
estes destinos.
Com excepção do inau-
gural, os voos serão ope-
rados às segundas, quartas
e sextas-feiras, com o DT-
564, partindo de Luanda às
11h30 e chegada a Lagos às
14h30. Já os regressos estão
previstos para os mesmos
dias da semana, nos DT565,
que sairão às 15h30 para
chegarem às 18h30.
DR
em que inaugurou a subes-
tação eléctrica daquele
município fronteiriço com
a RDC, o que não corres-
ponde à realidade.
Verdade é que, com a
entrada em funciona-
mento desta infra-estru-
tura, a província do Zaire
passa a ser a primeira no
país que tem a totalidade
dos seus seis municípios
interligados no sistema
eléctrico público nacional,
deixando, igualmente, de
depender da energia com-
prada à vizinha República
Democrática do Congo. A
subestação eléctrica do
Nóqui tem capacidade para
10 megawatts.