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Aula Reabilitação de Disfagias
Aula Reabilitação de Disfagias
DISFAGIAS OROFARINGEAS
FGA. KARINA RAMILO DE JESUS
- trigêmeo (V)
- facial (VII)
- glossofaríngeo (IX)
- vago (X)
- acessório espinhal (XI)
- hipoglosso (XII)
FASES DA DEGLUTIÇÃO
• Preparatória Oral
• Fase Oral propriamente dita
• Fase Faríngea
• Fase Esofágica*
FASE PREPARATÓRIA ORAL
• É a fase mais curta, onde ocorre a elevação da laringe, reversão da epiglote, adução ou
fechamento glótico e relaxamento do esfincter esofagiano superior para entrada do
alimento no esôfago, entrando na 3ª fase da deglutição, totalmente involuntária.
• O estimulo sensorial da deglutição é proveniente da faringe e transmitido até o tronco
cerebral através dos IX e X pares cranianos, onde é gerado um impulso motor eferente
através dos mesmos pares cranianos.
• O estímulo gerado simultaneamente através dos nervos glossofaríngeo e do ramo
interno do nervo laríngeo superior (ramo do X) é muito mais efetivo do que se gerado
isoladamente.
FASE ESOFÁGICA
Tosse Engasgos
Alterações
Desmame
na de via
deglutição alternativa
FONOTERAPIA
Identificar +
causa da ALTA
Definir os disfagia
fatores de risco Utilizar de
para disfagia e medidas
o risco
aspirativo
terapêuticas
com eficácia
Avaliação
estrutural e
funcional
Avaliação
de
seguimento
O SUCESSO NÃO DEPENDE APENAS DE UM
PROFISSIONAL!
FONO
T.O. NUTRI
FARMAC. FISIO
Paciente
Disfágico
PSICO ENFER.
SERV.
ODONTO
SOC.
Prognóstico e
Avaliação Diagnóstico
Reabilitação
Idade
Possibilidades de Tratamento
Escolaridade
Abordagens
Sexo
Patologia Base
Local e Extensão da Lesão Prognóstico
Alimentos preferidos Participação da Familia e Paciente
Padrão de aceitação de dieta no processo terapêutico
anterior
BENEFICIOS DA INTERVENÇÃO
FONOAUDIOLÓGICA
• Manobras posturais;
• Manobras para proteção da via aérea
• Manipulação de alimentos
• Orientações práticas.
• Exercícios funcionais de deglutição
• Terapia direta e indireta
(GONÇALVES e VIDIGAL, 1999, FURIA, 2003; SILVA, 2004; SMITH HAMMOND E GOLDSTEIN, 2006; ABDULAMSSIH, et.al, 2009).
Tratamento
-Patologia -UTI
-Histórico prévio
-Geral -Se existe cuidador
-Hospital -Nutricional -Quem é
-Sequelas
-Necessidades especiais -Clínica -Psicológico -O que sabe
-Mental/Cognitivo -Familia x Home Care
-Tipos de TTO -Domicilio
ATENDIMENTO PCTE-FAMILIA
• Lembrar que o paciente e família
devem ser igualmente atendidos.
• As principais preocupações são:
• Prognóstico
• Necessidade e consequências do uso de
sonda
• Aspectos relativos à alimentação,
nutrição e sentimentos de impotência
frente ao problema.
• Além do orgânico, escuta para a queixa,
demanda e angustias, com linguagem
adequada.
• São aspectos tão importantes quanto o
uso da técnica específica empregada na
reabilitação do paciente.
• NÃO BASTA APENAS A TÉCNICA!
ORIENTAÇÕES:
• POSICIONAMENTO DO PACIENTE
• AMBIENTE DA REFEIÇÃO
• TEMPO DA REFEIÇÃO
• APRESENTAÇÃO DO ALIMENTO
• HIGIENE ORAL
(PADOVANI, 2007)
DADOS IMPORTANTES!!!
• Hipotonia de OFA’s
• Dificuldades de ejeção do bolo
• Dificuldades de mastigação
• Mobilidade de Língua
• Lesões de trigêmeo, facial, hipoglosso.
• Dificuldades de controle e pressão intraoral
TERAPIA FASE ORAL
• A EJEÇÃO É DADA POR UMA PRESSÃO DA LINGUA, EXERCIDA EM PONTA, E ESTIMULADA POR ESSA PRESSÃO EM
PONTA DE LINGUA VAI EXERCER UMA CONTRAÇÃO LONGITUDINAL QUE EJETA O BOLO EM DIREÇÃO A FARINGE.
• NECKLINE
• Quais são os indícios de dificuldade de ejeção? VOZ MOLHADA DEGLUTIÇÃO MULTIPLAS, TOSSE OU ENGASGOS
DEPOIS QUE ENGOLIU, SINAIS DE QUE A DEGLUTIÇÃO NÃO FOI COMPLETA.
• Exercícios para sialorréia – ETTG antes da higiene oral.
• Exercícios com iogurte e canudo grosso - vai diminuindo o calibre - vai trabalhar vedamento labial e pressão
intra oral - sugar volume pequeno, faz contração de bochechas rotação de língua no vestíbulo abaixa cabeça e
engole com esforço
Gerenciamento
Encaminhamentos Fonoaudiológico
Fonoaudiólogo
Triagem e Educações
Avaliações continuadas
FONOTERAPIA PARA DISFAGIA
Terapia Indireta
Terapia
Estimulação Deglutição
Direta
Indicação:
Pacientes que apresentam aspiração em
diversas consistências e volumes;
Pacientes que apresentam trânsito oral
lentificado.
Alteração de mobilidade, sensibilidade e Frequência de realização:
tonicidade de estruturas; 3 a 6 vezes ao dia por três
Diminuição da elevação laríngea. minutos com repetição de
(MORAES & ALVES, 2012; FURKIM & MATTANA, 2010)
15 a 30 vezes.
( ABBUD, KATAYMA, 2012)
EXERCÍCIOS - TERAPIA INDIRETA
o Beijo estalado
o Exteriorização de língua+ CA
o Pontos cardeais
o Pressão no palato;
o Resistência com espátula
o Emissão do KA- KA- KA
o Manobra de Massako
o Emissão da vogal i
o Bico/sorriso
o Técnica de sons plosivos
o Técnica de esforço/ empuxo
EXERCÍCIOS - TERAPIA RESPIRATORIA
EXERCÍCIOS DE MUDANÇA DE PADRÃO
RESPIRATÓRIA
• Inspirando em 4 segundos, segurando o ar por 4 segundos e no
momento da expiração solte o ar fazendo a contagem em voz alta:
INSPIRE - SEGURE - SOLTE dizendo: um, dois, três - INSPIRE - SEGURE -
SOLTE dizendo: janeiro, fevereiro, março, abril; .... INSPIRE - SEGURE -
SOLTE dizendo: janeiro, fevereiro, março, abril, maio, junho, julho,
agosto, setembro, outubro, novembro e dezembro.
EXERCÍCIOS DE MUDANÇA DE PADRÃO
RESPIRATÓRIA
• Inspirando em 4 segundos, segurando o ar por 4 segundos e no
momento da expiração solte o ar, emitindo voz alta: SSSSSSSSSS
• Inspirando em 4 segundos, segurando o ar por 4 segundos e no
momento da expiração solte o ar, emitindo voz alta: ZZZZZZZZ
EXERCÍCIOS DE DIRECIONAMENTO DE
FLUXO ÁEREO
• Sopro longo (10x)
• Sopro Curto (10x)
• Bolha na água (10x)
• F S CH aaaaa (10x)
MOBILIDADE DE PPVV e PROTEÇÃO DE VAS
• PA TA CA ROTAÇÃO DE CABEÇA
• Vibração
• I agudo e U grave- Piuiiiii
• LÍNGUA PARA FORA E CA
• Pala r alha nha
• FA SA CHA ZA GA CHA
• NA LA RA
• PA LA RA NHA CA ENGOLE
PROTEÇÃO DAS VIAS AÉREAS
“beijos” fortes
protrusão de língua
emitir “Ri Ri Ri” e deglutir
(ESCOURA, 1998)
MOBILIDADE LARÍNGEA
Abaixar laringe:
• Sugar canudo com ponta dobrada
• Puxar a base da língua para trás
• Bocejar
• Emitir /u/ com língua retraída
Elevar laringe
• Emitir /i/
• Protruir a língua exageradamente
• Manter pressão intra-oral (inflar bochecha e segurar);
• Inflar a bochecha e engolir;
(ESCOURA, 1998)
Dicas: para mobilidade hio-laríngea
• EXERCÍCIOS :
– Fortalecimento de musculatura supra hioidea
– Força e Resistência (repetições)
• EXERCÍCIOS VOCAIS:
– Agudos
– Hiperagudos
• MANOBRAS
– Mendelsohn
-Masako
DICAS: PRESSÃO AÉREA SUB-GLÓTICA
• EXERCÍCIOS VOCAIS
– Favorecimento de Adução
– Direcionamento de Fluxo Aéreo
– -Amplitude do trato vocal
TERAPIA DIRETA
(ESCOURA, 1998)
TERAPIA DIRETA
MASAKO:
Objetivo: melhorar a ejeção do bolo e auxiliar na limpeza
de resíduos da faringe, pois ativa os músculos
constritores.
Fisiologia: interpor a língua entre os dentes e engolir.
TOSSE VOLUNTÁRIA:
Objetivo: expulsar os resíduos alimentares ou
salivares depositados antes ou em nível glótico
Fisiologia: a pressão de ar auxilia na saída de
resíduos da penetração laríngea.
DEGLUTIÇÃO SUPRAGLÓTICA:
Objetivo: proteger as vias aéreas
Fisiologia: maximiza a coaptação das pregas vocais
DEGLUTIÇÃO SUPERSUPRAGLÓTICA:
Objetivo: proteger as vias aéreas
Fisiologia: maximiza a coaptação das pregas vocais e das pregas ariepiglóticas
• Treina o que na adaptação foi bem e aos poucos vai retirando a pista
sensorial.
• Através do inputs neuronais - retirando os estímulos ate chegar em
agua
LEMBRE-SE!!
• Blue-dye-test
• Blue-dye-test modificado
• O início da terapia direta deve ser feito
sempre com uso do corante para
segurança do paciente.
• Adequação de OFA’s
• Direcionamento de fluxo aéreo
• Coaptação glótica
• Proteção de vias áreas
• Elevação laríngea;
FREQUÊNCIA E DURAÇÃO DA FONOTERAPÌA
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