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BENEFICIAMENTO CASEIRO DA CASTANHA DE CAJU

As recomendações a seguir são indicadas para o beneficiamento de


castanha de caju em pequenas quantidades quando a produção local é insuficiente
para o processamento com autoclavagem e corte em máquina manual. O processo
que consiste no tratamento prévio da castanha pelo calor é utilizado na Índia
Ocidental, na África e em algumas Regiões do Nordeste brasileiro.
Colocar cerca de 40 quilos de castanhas por batelada, em chapas de metal,
e levar ao fogo por aproximadamente oito minutos, para provocar a extração de parte
do Liquido da Casca da Castanha (LCC), tornando a casca friável e quebradiça
simultaneamente.

Em seguida, as castanhas são postas para resfriamento em temperatura


ambiente, cobrindo-as com uma camada de pó de madeira para absorver o excesso
do LCC liberado no processo anterior.
Após resfriadas, as castanhas são postas em bancadas para o corte
manual que consiste na quebra da casca, utilizando um pedaço de madeira de
formato cilíndrico e aplicando uma força suficiente para a abertura das bandas da
casca, tendo o cuidado de não danificar as amêndoas.
A operação seguinte é a secagem da amêndoa feita ao sol em bandejas,
por um tempo de até dez horas, dependendo das condições do clima da região. Pode
também ser utilizada estufa (forno em alvenaria) onde as amêndoas são colocadas
em bandejas perfuradas sobrepostas. Neste caso, é importante observar o rígido
controle da temperatura que não deve exceder a 60 graus. O tempo recomendado em
média é de seis horas.
Realizada esta operação, retira-se manualmente a película que envolve a
amêndoa, utilizando-se um rolo cilíndrico rotativo com superfície de atrito, canivete ou
facas apropriadas.
Após a retirada da película as amêndoas são selecionadas por cor, tamanho e
integridade (inteiras, bandas, pedaços, etc.).

A etapa seguinte consiste na fritura das amêndoas que pode ser realizada
em fritadeiras convencional de batata frita. Coloca-se cerca de um quilo da amêndoa
(no cesto apropriado), em óleo aquecido por cerca de quatro minutos, tomando-se o
cuidado para não revolver em camadas. Após fritas, se for o caso, as amêndoas são
colocadas sobre uma mesa para serem salgadas com 2 a 4 gramas de sal de cozinha
por quilo de amêndoa frita. Para a embalagem recomenda-se sacos plásticos
transparentes ou sacos polipropileno de baixa densidade com capacidade de 50 a
200 gramas de acordo com a necessidade do mercado.

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Francisco Fábio de Assis Paiva
Pesquisador da Embrapa Agroindústria Tropical
Fone 85299.1810
Email: fabbio@cnpat.embrapa.br

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