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GRANDE L MAÇÔNICA DO ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL

L SIMBÓLICA SÓLUS Nº 196

“Rito Escocês Antigo e Aceito”

TRABALHO REFERENTE A PRIMEIRA

INSTRUÇÃO NO GRAU DE APRENDIZ MAÇOM

O PAINEL DA L DE APRENDIZ MAÇOM

Irmão SANDRO ALEX MACHADO DOS SANTOS

Or:. Porto Alegre, 23 de outubro de 2021.


À G.·. D.·. G.·. A.·. D.·. U.·.

AUG.·. E RESP.·. L.·. SIMB.·. SÓLUS Nº 196

Rito Escocês Antigo e Aceito

F.·.

S.·. U.·.
V.·. M.·.

IR.·. 1º VIG.·.

IR.·. 2º.·. VIG.·.

MM.·.II.·.

MM.·.

CComp.·.

AAp.·.

MEUS IIR.·.

O PAINEL DA L DE APRENDIZ MAÇOM

Dando continuidade ao processo de aprendizado ao grau de Aprendiz


Maçom com as graças e iluminação do G.·. A.·. D.·. U.·., passo a descrever o que
compreendi na primeira instrução do Grau de Aprendiz Maçom do Rito Escocês
Antigo e Aceito, recebida nesta L.·. em 18 de novembro de 2016.

O painel da L.·. é um quadro que representa os símbolos, alegorias e


ensinamentos que devem nortear cada irmão maçom no seu respectivo grau.
Representa o caminho que o Aprendiz deve trilhar, para atingir, através do trabalho
e observação, o próprio domínio, pois o único desejo que se deve ter é o de
Progredir na Grande Obra, que iniciou quando adentrou o Templo.

A FORMA DA L.·. é de um quadrilongo, com comprimento do Oriente ao


Ocidente, largura do Norte ao Sul, profundidade da superfície ao centro da Terra e
com altura da Terra ao Céu. Estas medidas e extensões imensas simbolizam a
universalidade da M.·. bem como da grandiosidade dos serviços que cada irmão
maçom deve desempenhar, sempre regidos pela prudência. A L.·. orienta-se da
mesma forma como o “caminhar solar”, ou seja, do oriente (nascente) até o ocidente
(poente).

O DELTA LUMINOSO está no Oriente, de onde se emana toda a luz.


Representa a tríade divina: no campo físico, a criação; no campo astral, o Princípio
Criador; e, no plano espiritual, o Deus, o Grande Arquiteto do Universo. Interpretado
também como o Pai, o Filho e o Espírito Santo. A presença, a permanência e a
vigilância divina sobre todos.

O OLHO é o símbolo da transcendência. O OLHO ESQUERDO está voltado


para o passado; O OLHO DIREITO para o futuro. Ao se tomar o OLHO ESQUERDO
como símbolo, isso significa que, embora procurando o futuro, não se pode
esquecer-se de voltar à atenção para o passado, pois dele vem os ensinamentos
que evitarão a repetição de erros e que pavimentarão a estrada para o futuro.

O SOL é o símbolo do elemento vital ativo. Detentor de luz própria e que


está diretamente ligado com a fecundidade. Simbolicamente, o Sol ensina a Prática
do Bem, através do espargir de Luz, Calor e Conforto, até onde atingem seus raios
vivificantes.

As ESTRELAS nos remetem ao infinito, a doutrina mística e a divindade do


universo. E o caminho para atingi-la é simbolizado pela ESCADA DE JACÓ,
denominação que a M.·. conserva como Guardiã das Antigas Tradições e, que no
painel, é representado pelos três degraus, os quais podem significar os três graus
simbólicos (aprendiz, companheiro e mestre maçons), ou também a trilogia virtuosa
que deve sempre estar presente no coração de cada maçom (fé, esperança e
caridade), e/ou, podendo significar ainda, os três planos existenciais do homem
(físico mental e espiritual).

Há DUAS GRANDES COLUNAS no pórtico, elas são de origem egípcia


com motivos de flores de lótus e folhas de papiro, com romãs nos capitéis.
A COLUNA B, ou COLUNA DO NORTE, que acomoda os Aprendizes, os
quais por estarem ainda na forma de uma verdadeira pedra bruta, necessitam
receber ensinamentos do primeiro vigilante e adquirir conhecimentos para aprimorar
sua personalidade (“desbaste”).

A COLUNA J, ou COLUNA DO SUL, que é aquela onde se encontram os


Companheiros, que recebem instruções do segundo vigilante, que já desbastaram a
pedra bruta e encontram-se no estágio de aperfeiçoar-se e de auxiliar os
Aprendizes”.

As TRÊS ROMÃS maduras e entreabertas postas no cume de cada uma


das colunas representam a união e a fraternidade que une todos os irmãos. Todas
as sementes estão justapostas intrinsecamente a formar um todo (a própria romã),
ou seja, são os laços fraternais de cada um dos irmãos que constituem a M.·..

As TRÊS JANELAS simbolizam as três posições do Sol [Oriente


(nascimento), Meio-Dia e Ocidente (significa o acaso). Nenhuma janela se abre para
o Norte e as três são trançadas por uma rede de arame, a fim de demonstrar que se
deixa passar a luz para iluminar o Templo, mas o que está dentro não deve sair e o
que se está fora não deve entrar. Pois os augustos mistérios e a verdadeira
simbologia só devem ser de conhecimento dos irmãos maçons.

No interior de um Templo existem, também, ORNAMENTOS,


PARAMENTOS e JOIAS.
Os ORNAMENTOS são o PAVIMENTO MOSAICO, a CORDA DE OITENTA
E UM (81) NÓS e a ORLA DENTADA (ORLA DENTEADA).

O PAVIMENTO MOSAICO simboliza a dualidade existente no mundo, o


branco e o preto, o Yin e o Yang, o bom e o mau, a materialidade e a espiritualidade,
verdadeiras dicotomias que devem ser toleradas por todos nós maçons. Significa,
outrossim (igualmente), que tais adversidades são unidas pela mesma argamassa,
demonstrando que, apesar das divergências, devemos viver na mais perfeita
harmonia e fraternidade.
A CORDA DE OITENTA E UM NÓS representa a plena união e o amor
fraternal existente entre os irmãos maçons de todo o mundo. 81 é o quadrado de 9,
que, por sua vez, é o quadrado de 3, que é número perfeito e cheio de mística.
Remonta também à Cadeia de União.
O nó central dessa corda, ou seja, o quadragésimo primeiro (41), deve estar
sobre o trono do venerável, acima do dossel – se ele for baixo ou, abaixo dele e
acima do Delta – se o dossel for alto, tendo de cada lado, quarenta (40) nós, que se
estende pelo Norte e pelo Sul; os extremos da corda terminam em ambos os lados
da porta ocidental de entrada, em duas borlas, representando a Justiça (ou
equidade) e a Prudência (ou Moderação).
O nó central representa o número “um” que é a unidade indivisível, o
SÍMBOLO DE DEUS, princípio e fundamento do Universo; é um número sagrado.

A ORLA DENTADA deve ser interpretada como Princípio de Atração


Universal do Amor, com seus múltiplos dentes representando os Planetas
Gravitando em torno do Sol e, também, significando, por seus Ensinamentos e
Conceitos de Moral: a reunião de todos os maçons em L.·. e a propagação do amor,
da igualdade, da fraternidade e da solidariedade para o meio social em que cada um
vive a fim de se atingir, uma sociedade justa e perfeita.

Os Paramentos da L.·. são constituídos pelo LIVRO DA LEI, COMPASSO e


ESQUADRO.

O LIVRO DA LEI é a Lei Suprema e Divina, o Código Ético-Moral, a


Filosofia que cada um segue, o sinônimo da Fé que está presente em cada um de
nós.

O COMPASSO e o ESQUADRO simbolizam juntos a justiça e a retidão que


todos os maçons devem levar em consideração nas suas ações e decisões. As
pontas do Compasso ocultas sob o Esquadro, no grau de aprendiz, determinam que
não lhe é permitido o seu uso, antes que tenha concluído o desbaste total da pedra
bruta.
As Jóias da L.·. dividem-se em três móveis (Esquadro, Nível e Prumo) e em
três fixas (Prancheta da L.·., Pedra Bruta e Pedra Polida ou CÚBICA).

As três primeiras representam as “grandes colunas” que sustentam a L.·.,


onde:

O Esquadro, símbolo maior da Fraternidade, simboliza a retidão a que o


homem deve sujeitar suas ações e a Virtude que deve retificar os corações. É
representado, pelo Venerável Mestre (COLUNA JÔNICA – sabedoria), que é aquele
que ilumina e orienta todos os demais irmãos, fonte da criação.

O Nível, símbolo da Igualdade e base do Direito Natural, não pode implicar


no nivelamento dos valores, mas sim lembrando o dever de serem consideradas as
coisas com a mesma e igualitária serenidade, é representado pelo 1º Vigilante
(COLUNA DÓRICA – Força), responsável pela coluna do Norte, pela manutenção e
sustentação do que foi criado e pela perfeita igualdade entre todos que deve reinar
na L.·., pelos Princípios de Equidade e da Justiça.

O Prumo, simbolizando a Retidão, deve presidir a conduta de todos os


integrantes fora da L.·., pois essa postura permite a vida plena de Graça e Beleza. O
prumo, que por tradição também é denominado Perpendicular, ainda representa a
Irrestrita e Total Liberdade do homem, é representado pelo 2º Vigilante (COLUNA
CORÍNTIA – Beleza), que dirige os irmãos da coluna do Sul, adornando todas as
suas ações e primando pela justiça social.

Quanto às três joias fixas:

A PRANCHETA DA L.·. significa o local onde o Mestre faz suas anotações


das tarefas e obras a serem realizadas. Simbolicamente, traduz que o Aprendiz deve
sempre pautar-se pelos ensinamentos contidos na Prancheta que foram
perpassados pelos Mestres.

A PEDRA BRUTA é o estado inicial em que se encontra o Aprendiz, ainda


com pouca luz, com poucos conhecimentos e providos de inúmeras imperfeições.
Este irmão deve observar e colocar em prática a doutrina passada pelos Mestres
Maçons, a fim de que se atinja o pleno aprimoramento intelectual, moral e espiritual.

A PEDRA POLIDA ou CÚBICA é o resultado do esquadrejamento da Pedra


Bruta, por meio do malho (ativo, força, perseverança) e do cinzel (passivo,
inteligência, prudência), representando o aperfeiçoamento da personalidade e do
espírito do maçom.
Como qualquer criança recém-nascida, o Aprendiz é tomado por uma
intensa curiosidade por tudo que está a sua volta, o significado dos símbolos, a
linguagem, a postura. Queremos beber a taça em um único gole, toda de uma só
vez... E nossos Mestres, com a paciência e misericórdia de atenciosos pais,
procuram amorosamente nos ensinar a postura correta de nosso corpo para facilitar
os primeiros trabalhos de desbastamento da pedra bruta.

Ser um aprendiz ativo e inteligente que desprenda todos os esforços para


progredir iluminadamente no caminho da Verdade e da Virtude, compreender
efetivamente o significado dos símbolos e cerimônias que constituem a fórmula
iniciática deste grau realizando e pondo em prática a Doutrina, é muito melhor que
sair prematuramente dele, ou desprezá-lo sem tê-lo compreendido, não devemos ter
demasiada pressa na ascensão a graus superiores.

A condição e o estado de aprendiz referem-se, de forma precisa, à nossa


capacidade de apreender; somos aprendizes enquanto nos tornamos receptivos,
abrindo-nos interiormente e colocando todo o esforço necessário para aproveitarmos
construtivamente todas as experiências da vida e os ensinamentos que de algum
modo recebemos.

Estas qualidades caracterizam o Aprendiz e o distinguem do profano. No


profano, prevalecem a inércia e a passividade, e, se existe um desejo de progresso,
uma aspiração superior, encontram-se como que sepultados ou sufocados pela
materialidade da vida, que converte os homens em escravos completos de seus
vícios, de suas necessidades e de suas paixões.

Por derradeiro, as características de um Maçom devem ser a Virtude, a


Honra e a Bondade, que embora banidas de outras sociedades, devem sempre
compor nossos corações.
Agradecendo ao G.'.A.'.D.'.U.'., demonstro minha alegria e satisfação de
estar frequentando essa respeitável Loja terminando com um velho ditado de
Marinho Guzman que diz , "junte-se aos bons que serás um deles"
Or.·. de Porto Alegre, 23 de outubro de 2021.
Ir.·. Sandro Alex Machado dos Santos - Aprendiz Maçom
Que o G.·. A.·. D.·. U.·. a todos Ilumine e Guarde
Referências Bibliográficas

– http://hiranmelo.blogspot.com.br/2017/03/o-painel-da-L-de-aprendiz-
macom.html.
– D’Elia Junior Raymundo; M.·.: 100 Instruções de Aprendiz /
Raymundo D’Elia Junior – São Paulo: Madras, 2012. – Páginas: 82 à 86.
– Castellani, José – Consultório Maçônico VII e VIII – 1ª Edição / José
Castellani. Londrina: Editora Maçônica – “A TROLHA”, 2002.
– Castellani, José – Liturgia e Ritualística do Grau de Aprendiz Maçom – 2ª
Edição / José Castellani. São Paulo: “A GAZETA MAÇÔNICA”, 1998.
– Aslan, Nicola – Comentários ao Ritual de Aprendiz – 2ª Edição / Nicola
Aslan. Londrina: Editora Maçônica – “A TROLHA”, 2003.

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IRMÃO SANDRO ALEX APRENDIZ MAÇOM

APROVO
EM .......... / ......... / ..........

Ir:. 1º Vig:.

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