Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
Manuel Alegre
Algumas obras: Praça da Canção, 1965; O Canto e as Armas, 1967; Um Barco para
Ítaca, 1971; Coisa Amar – Coisas do Mar, 1976; Atlântico, 1981; Com que Pena – Vinte
Poemas para Camões, 1992; Sonetos do Obscuro Quê, 1993; As Naus de Verde Pinho,
1996; Alentejo e Ninguém, 1996; Senhora das Tempestades, 1998; Doze Naus, 2007;
Nada Está Escrito, 2012; Bairro Ocidental, 2015.
1. praça pública das antigas cidades gregas, semelhante ao fórum romano. 2. Tópico temático; 3. Relativa ao som, fonética.
O Poeta
Ele aprendeu o preço exato da canção.
Seus pulsos estão abertos e a vossa boca bebeu
o sangue puro de uma vida.
Que mais quereis de um homem?
5 Vós não podeis roubar-lhe esse luar na alma.
Vós não podeis mais nada. É um homem a cantar
um homem que sorriu aos tambores noturnos
dos vossos cárceres depois cantou
de pé no seu poema.
fotocopiável
Manuel Alegre 57
Leitura | Compreensão
Interpreta a repetição da expressão “Vós não podeis” (vv. 5, 6, 13, 23 e 30), conside-
3
rando a oposição que se estabelece entre o “ele” (v. 1) e os outros.
3.1. Apresenta uma leitura do verso “Vós não podeis despir um homem que está
OEXP12PC © Porto Editora
As Palavras
Palavras tantas vezes perseguidas
Leitura | Compreensão
Gramática
Leitura | Compreensão
Aponta duas circunstâncias referidas no texto ilustrativas de que “este por certo
2
não é tempo de poesia” (v. 4).
ALEGRE, Manuel, 2000. “Atlântico”. In Obra Poética. 2.ª ed. Lisboa: Dom Quixote (pp. 435-439) (1.ª ed.: 1999)
Leitura | Compreensão
OEXP12PC © Porto Editora
D. Sebastião
Haverá sempre um porto por achar
Leitura | Compreensão
Poemarma
Que o poema tenha rodas motores alavancas
que seja máquina espetáculo cinema.
Que diga à estátua: sai do caminho que atravancas.
Que seja um autocarro em forma de poema.
b lo co i n fo r m at i vo pp. 312-313
Manuel Alegre 65
A Foice e a Pena
Com outra que não pena arma trabalhas.
Se é minha a pena é tua a foice. Mas
se acaso são diferentes nossas armas
as penas são as mesmas e as batalhas.
o trabalho lhe tenha tirado a vontade, pois só desse modo, “juntando a foice à pena”,
poderá ultrapassar a sua “dor” (v. 13), que será denunciada por aqueles que, como ele,
podem, através da sua “pena” (v. 14), falar da “foice” (v. 14) e de quem com ela trabalha.
fotocopiável
OEXP12PC-05