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DIMENSIONAMENTO DE REDUTOR COM ENGRENAGENS CILÍNDRICAS HELICOIDAIS


A maior parte das informações contidas neste trabalho foram obtidas nas vídeo aulas do prof. Dr. William Maluf
Para ser mais didático vamos para o método de cálculo acompanhando o seguinte exemplo:
Dimensionar um redutor com engrenagens cilíndricas e dentes helicoidais acionado por um motofreio para um
sistema de elevação de carga.
Redutor com 2 pontas de eixos de saída acionando os eixos dos tambores através de eixos tubulares
Material das engrenagens: Aço ABNT1045 laminado e normalizado. Tensão de flexão = 210N/mm².
Ângulo de pressão do denteado = 20°
Dados:
Capacidade de elevação: m = 1000kg
Velocidade de elevação requerida: 8m/min = 0,13m/s
Acessório auxiliar: moitão com 1 polia

Potência necessária para elevação


𝑚 ∗ 𝑔 ∗ 𝑣 1000𝑘𝑔 ∗ 9,8𝑚/𝑠² ∗ 0,13𝑚/𝑠
𝑃= = = 1,34𝑘𝑊
1000 ∗ 𝜂 1000 ∗ 0,95
 = rendimento aproximado do conjunto motorredutor e moitão com uma polia

Rotação no eixo de saída do redutor


Cálculo considerando o uso de moitão com 1 polia
𝑣∗2 8𝑚/𝑚𝑖𝑛 ∗ 2
𝑛2 = = = 33,9𝑟𝑝𝑚
𝜋 ∗ 𝐷𝑒 𝜋 ∗ 0,150𝑚

Cálculo do diâmetro efetivo do conjunto tambor + cabo


𝐷𝑒 = 𝐷𝑡 + 𝐷𝑐 ∗ 𝑞
Dt = Diâmetro do tambor
Dc = Diâmetro do cabo
q = Quantidade de voltas do cabo em torno do tambor
Relação de transmissão do redutor com motofreio de 4 polos
𝑛1 1720𝑟𝑝𝑚
𝑖= = = 50,7 → 𝑟𝑒𝑑𝑢𝑡𝑜𝑟 𝑐𝑜𝑚 3 𝑐𝑜𝑛𝑗𝑢𝑛𝑡𝑜𝑠 𝑑𝑒 𝑒𝑛𝑔𝑟𝑒𝑛𝑎𝑔𝑒𝑛𝑠
𝑛2 33,9𝑟𝑝𝑚

Relação de transmissão do redutor com motofreio de 6 polos


𝑛1 1160𝑟𝑝𝑚
𝑖= = = 34,2 → 𝑟𝑒𝑑𝑢𝑡𝑜𝑟 𝑐𝑜𝑚 2 𝑐𝑜𝑛𝑗𝑢𝑛𝑡𝑜𝑠 𝑑𝑒 𝑒𝑛𝑔𝑟𝑒𝑛𝑎𝑔𝑒𝑛𝑠
𝑛2 33,9𝑟𝑝𝑚

Sabendo que, na prática, os fabricantes de redutores admitem a redução máxima de 1:45 para redutor de 2 estágios,
vamos selecionar um motofreio de 6 polos no catálogo da WEG

Cálculo do módulo do par de engrenagens do primeiro estágio.


Motor de 1160 rpm e redução próxima de √34,2 = 5,9
1160
= 196𝑟𝑝𝑚
5,9

Fórmula para cálculo aproximado do módulo (mm)

3 𝑃
𝑚𝑎 = 520 ( √ )
𝜆 ∗ 𝑍1 ∗ 𝑛1 ∗ 𝜎𝑓
𝑃 = potência em kW
𝑛1 = rotações por minuto do pinhão
λ = relação entre largura do dente (b) e módulo (m)
- engrenagens de ferro fundido – 6
- engrenagens de dentes fresados – 10
- engrenagens com dentes fresados e alinhamento perfeito dos mancais -14
𝑏
𝜆 = = 14
𝑚
𝑍1 = número de dentes do pinhão do primeiro estágio.
mínimo 18 dentes para engrenagens de qualidade com ângulo de pressão  20°
mínimo 24 dentes para engrenagens de baixa qualidade.

𝜎𝑓 = tensão de flexão do material – MPa = 210N/mm²


3 𝑃 3 1,5𝑘𝑊
𝑚𝑎 = 520 ( √ ) = 520 ∗ ( √ ) = 1,5𝑚𝑚
𝜆 ∗ 𝑍1 ∗ 𝑛1 ∗ 𝜎𝑓 14 ∗ 18 ∗ 1160𝑟𝑝𝑚 ∗ 210𝑁/𝑚𝑚²

Módulos normalizados de acordo com a norma DIN 780 – 1:1977 e ISO 54:1966

Módulo normal selecionado (𝑚𝑛 = 𝑚 = módulo da ferramenta de corte) = 1,5mm


Ângulo de pressão e ângulo de hélice. Aulas do professor Dr. William Maluf
𝛽 = ângulo de hélice. Mínimo 8°; máximo 30°
- ângulo de hélice arbitrado 𝛽 = 28°
𝛼𝑛 = 𝛼 = ângulo de pressão normal. 14,5°; 20°; 25°
𝛼𝑛 = ângulo de pressão normal selecionado = 20°
Cálculo do ângulo de pressão transversal
tan(𝛼𝑛 ) tan(20°)
𝛼𝑡 = 𝑡𝑎𝑛−1 ∗ [ ] = 𝑡𝑎𝑛−1 ∗ [ ] = 22,4°
cos(𝛽) cos(28°)
Módulo transversal
𝑚𝑛 1,5
𝑚𝑡 = = = 1,70𝑚𝑚
cos (𝛽) cos (28°)
Passo normal e passo transversal
𝑝𝑛 = 𝑚𝑛 ∗ 𝜋
𝑚𝑛 ∗ 𝜋
𝑝𝑡 =
cos (𝛽)
Cálculo do número mínimo de dentes do pinhão para evitar interferência
Para par de engrenagens com relação 1:1
2 ∗ 𝐾 ∗ cos (𝛽)
𝑍𝑚𝑖𝑛 = ∗ (1 + √1 + 3𝑠𝑒𝑛²(𝛼𝑡 ))
3 ∗ 𝑠𝑒𝑛²𝛼𝑡

Para par de engrenagens com relação diferente de 1:1


2 ∗ 𝐾 ∗ cos (𝛽)
𝑍𝑚𝑖𝑛 = ∗ (𝑚 + √𝑚 2 + (1 + 2 ∗ 𝑚 )𝑠𝑒𝑛²(𝛼𝑡 ))
(1 + 2 ∗ 𝑚 ) ∗ 𝑠𝑒𝑛²𝛼𝑡
2 ∗ 1 ∗ cos (28°)
𝑍𝑚𝑖𝑛 = ∗ (1,5 + √1,52 + (1 + 2 ∗ 1,5)𝑠𝑒𝑛2 (22,4°)) = 13,5 𝑑𝑒𝑛𝑡𝑒𝑠
(1 + 2 ∗ 1,5) ∗ 𝑠𝑒𝑛2 (22,4°)
K = 1 para engrenagens normais. K = 0,8 para dentes com adendo curto (0,8 ∗ 𝑚)
𝑍1 = número de dentes arbitrado = 15 dentes
Para 𝑍1 < 𝑍𝑚𝑖𝑛 , é recomendado fazer correção de perfil dos dentes das engrenagens (página seguinte)

Diâmetro primitivo do pinhão


𝑚𝑛 1,5
𝐷1 = ∗ 𝑍1 = ∗ 15 = 25,48𝑚𝑚
𝑐𝑜𝑠𝛽 𝑐𝑜𝑠28°
Número de dentes aproximado da coroa. O ideal é que os números de dentes do pinhão e da coroa sejam primos
entre si
𝑛1 1160
𝑍2 = 𝑍1 ∗ = 15 ∗ = 88,8 𝑑𝑒𝑛𝑡𝑒𝑠
𝑛2 196
- número de dentes arbitrado: 89 dentes

Diâmetro primitivo da coroa


𝑚𝑛 1,5
𝐷2 = ∗ 𝑍2 = ∗ 89 = 151,2𝑚𝑚
cos (𝛽) cos (28°)

Distância entre centros


𝐷1 + 𝐷2 𝑚𝑛 ∗ (𝑍1 + 𝑍2 ) 1,5 ∗ (15 + 89)
𝐶= = = = 88,34𝑚𝑚
2 2 ∗ cos (𝛽) 2 ∗ cos (28°)
Para aumentar significativamente o valor da distância entre centros, refaça os cálculos anteriores aumentando o
valor do módulo.
Para ajustar o valor para o próximo número inteiro, proveja no momento da usinagem dos dentes das engrenagens,
o afastamento da ferramenta de corte (e consequente mudança no perfil dos dentes) conforme matéria a seguir
Quando o número de dentes do pinhão for menor do que o calculado (𝒁𝟏 < 𝒁𝒎𝒊𝒏 ), pode-se provocar interferência no
engrenamento. Então deve ser feita a correção do perfil dos dentes com o deslocamento negativo da ferramenta de
corte causando adelgaçamento no dente do pinhão. Link de acesso à vídeo aula

Circunferência ou diâmetro de base 𝑑𝑏 = 𝑑𝑝 ∗ cos (𝛼𝑡 ). A evolvente do perfil do dente começa no círculo de base.

Correção de perfil
Mini curso de engrenagens ZF
É uma modificação que pode ser feita no perfil do dente na fase do projeto ou remover material durante a usinagem
dos dentes.
Perfil com deslocamento positivo Perfil com deslocamento negativo

Figuras e texto extraído do mini


Deve ser evitado por diminuir a resistência
curso de engrenagens da ZF
do pé do dente na flexão
Deslocamento de perfil negativo enfraquece a resistência do pé do dente principalmente com baixo número de
dentes porque com a aproximação da ferramenta de corte, a espessura do dente diminui. Também aumenta o vão
entre os dentes
Deslocamento de perfil positivo excessivo, exige maior número de dentes dificultando grandes reduções para um
único par de engrenagens considerando a mesma distância entre centros dos eixos.
Na correção positiva com o afastamento da ferramenta de corte, a espessura do dente e o adendo aumentam
enquanto o vão entre os dentes diminui. Em consequencia do aumento do adendo, o topo do dente fica mais
aguçado não podendo ser inferior a 0,4 ∗ 𝑚𝑛 . Esse fator limita a correção positiva.
Se forem feitas correções positivas nos dentes do pinhão e da coroa, a distância entre centros terá que ser
aumentada no valor da soma dos deslocamentos para não haver folga excessiva no engrenamento.
Para não alterar a distância entre centros, deverão ser feitas correções contrárias nas engrenagens, porém com a
mesma magnitude do coeficiente de deslocamento 𝑥.
Exemplo: Para um pinhão com coeficiente positivo de deslocamento 𝑥 = 0,6 , uma coroa com coeficiente negativo
de deslocamento 𝑥 = −0,6.
Comparação entre os deslocamentos de perfil positivo e perfil negativo

Para deslocamento negativo, o coeficiente de deslocamento da ferramenta de corte será determinado pela fórmula
𝑍𝑚𝑖𝑛 − 𝑍1
𝑥=
𝑍𝑚𝑖𝑛
Cálculo do valor de deslocamento negativo da ferramenta de corte
𝑣𝑛 = 𝑥 ∗ 𝑚𝑛

Deslocamento positivo proporciona pequeno aumento na distância entre centros dos eixos sem comprometer a
precisão do engrenamento

Cálculo do valor do deslocamento positivo da ferramenta de corte para ajuste da distância entre centros
𝐶𝑎 − 𝐶 89𝑚𝑚 − 88,34𝑚𝑚
𝑣𝑝 = = = 0,33𝑚𝑚
2 2
𝐶𝑎 = distância entre centros arbitrada para número inteiro maior e mais próximo
Os coeficientes de deslocamento da ferramenta de corte para o pinhão e a coroa, será determinado pela fórmula
𝑣𝑝 0,33𝑚𝑚
𝑥1 = 𝑥2 = = = 0,22𝑚𝑚
𝑚𝑛 1,5𝑚𝑚
𝑥1 = coeficiente de deslocamento da ferramenta de corte no pinhão
𝑥2 = coeficiente de deslocamento da ferramenta de corte na coroa

Cálculo da distância entre centros real (corrigida) 𝐶 ′


𝐶 ′ = 𝐶 + 𝑚𝑛 ∗ (𝑥1 + 𝑥2 ) = 88,34𝑚𝑚 + 1,5𝑚𝑚 ∗ (0,22 + 0,22) = 89𝑚𝑚

Verificação da razão de contato (grau de recobrimento)

Ângulo de pressão
𝛼𝑡′ =ângulo de pressão corrigido em função do deslocamento da ferramenta de corte
𝐶 ∗ cos (𝛼𝑡 ) 88,34 ∗ cos (22,4)
𝛼𝑡′ = 𝑐𝑜𝑠 −1 [ ′
] = 𝑐𝑜𝑠 −1 [ ] = 23,4°
𝐶 89

Cálculo dos ângulos de ação


𝑍1 ∗ cos (𝛼𝑡 ) ∗ cos (𝛼𝑡′ )
𝑃𝑖𝑛ℎã𝑜: 𝑎𝑎1 = 𝑐𝑜𝑠 −1 [ ]
(𝑍1 + 𝑍2 ) ∗ 𝑐𝑜𝑠(𝛼𝑡 ) − 𝑍2 ∗ 𝑐𝑜𝑠 (𝛼𝑡′ ) + 2 ∗ (1 − 𝑥2 ) ∗ 𝑐𝑜 𝑠(𝛼𝑡′ ) ∗ cos (β)
15 ∗ cos (22,4) ∗ cos (23,4)
𝑎𝑎1 = 𝑐𝑜𝑠 −1 [ ] = 36°
(15 + 89) ∗ 𝑐𝑜𝑠(22,4) − 89 ∗ 𝑐𝑜𝑠(23,4) + 2 ∗ (1 − 0,22) ∗ 𝑐𝑜𝑠(23,4) ∗ cos (28°)
𝑍2 ∗ 𝑐𝑜𝑠(𝛼𝑡 ) ∗ 𝑐𝑜𝑠 (𝛼𝑡′ )
𝐶𝑜𝑟𝑜𝑎: 𝑎𝑎2 = 𝑐𝑜𝑠 −1 [ ]
(𝑍1 + 𝑍2 ) ∗ 𝑐𝑜𝑠(𝛼𝑡 ) − 𝑍1 ∗ 𝑐𝑜𝑠 (𝛼𝑡′ ) + 2 ∗ (1 − 𝑥1 ) ∗ 𝑐𝑜 𝑠(𝛼𝑡′ ) ∗ cos (β)
49 ∗ cos (22,4) ∗ cos (23,4)
𝑎𝑎2 = 𝑐𝑜𝑠 −1 [ ] = 25,5°
(30 + 105) ∗ 𝑐𝑜𝑠(22,4) − 30 ∗ 𝑐𝑜𝑠(23,4) + 2 ∗ (1 − 0,22) ∗ 𝑐𝑜 𝑠(23,4) ∗ cos (28°)

Número médio de dentes em contato


𝑍1 𝑍2
𝜀𝑡 = ∗ (𝑡𝑎𝑛𝛼𝑎1 − 𝑡𝑎𝑛𝛼𝑡′ ) + ∗ (𝑡𝑎𝑛𝛼𝑎2 − 𝑡𝑎𝑛𝛼𝑡′ ) =
2∗𝜋 2∗𝜋
15 89
𝜀𝑡 = ∗ (𝑡𝑎𝑛36 − 𝑡𝑎𝑛23,4) + ∗ (𝑡𝑎𝑛25,5 − 𝑡𝑎𝑛23,4) = 1,32
2∗𝜋 2∗𝜋
Desenho no AutoCad
Engrenagens pré-definidas
Cálculo das forças atuantes no pé do dente do pinhão.
Torque no eixo do pinhão Vídeo-aula
9550 ∗ 𝑃 9550 ∗ 1,5𝑘𝑊
𝑇1 = = = 12,35𝑁𝑚
𝑛1 1160𝑟𝑝𝑚
Força tangencial nos dentes do pinhão e reação na coroa
2 ∗ 𝑇1 2 ∗ 12,35𝑁𝑚
𝐹𝑡 = = = 969,2𝑁
𝐷1 0,02548𝑚
Força radial e axial
tan(𝛼𝑛 ) tan(20°)
𝐹𝑟 = 𝐹𝑡 ∗ = 969,2𝑁 ∗ = 399,5𝑁
cos(𝛽) cos(28°)
𝐹𝑎 = 𝐹𝑡 ∗ tan(𝛽) = 969,2𝑁 ∗ tan(28°) = 515,3𝑁
A composição dessas forças irá incidir sobre os eixos das
engrenagens e seus rolamentos de apoio

𝐹𝑛 = √𝐹𝑡2 + 𝐹𝑟2 + 𝐹𝑎2 = √969,2² + 399,5² + 515,3² = 1168,15𝑁

Cálculo da tensão atuante no pé do dente do pinhão.


De acordo com a equação de Lewis com fatores da norma AGMA
𝐹𝑡 ∗𝐾𝐹 ∗𝐾𝜀 ∗𝐾𝑠 ∗𝐾𝑣 ∗𝐾𝛽
𝜎=
𝑏∗𝑚
A força tangencial 𝐹𝑡 se desloca sobre as superfícies de contato dos dentes na reta tangente aos círculos de base

b = Largura máxima do dente


𝑏 = 0,2 ∗ 𝐷2 = 0,2 ∗ 151 = 30,2𝑚𝑚

Fator de forma de Lewis 𝑲𝑭


Se necessário, interpole as curvas
A curva C, deve ser usada quando não há
deslocamento do perfil
x = coeficiente de deslocamento do perfil = 0,22
𝑥 = 0,22 → 0,25 → 𝑐𝑢𝑟𝑣𝑎 𝐷
𝑍 = 𝑛ú𝑚𝑒𝑟𝑜 𝑑𝑒 𝑑𝑒𝑛𝑡𝑒𝑠 𝑑𝑜 𝑝𝑖𝑛ℎã𝑜 = 15 𝑑𝑒𝑛𝑡𝑒𝑠
𝐾𝐹 = 3,0
Fator de engrenamento 𝐾𝜀
0,75 0,75
𝐾𝜀 = 0,25 + = 0,25 + = 0,74
𝜀𝑡 1,52

Fator de serviço 𝐾𝑠

Fator dinâmico ou fator de velocidade de Shigley 𝐾𝑣


𝜋 ∗ 𝐷1 ∗ 𝑛1 𝜋 ∗ 25,48𝑚𝑚 ∗ 1160𝑟𝑝𝑚
𝑣= = = 1,55𝑚/𝑠
60 ∗ 1000 60 ∗ 1000
𝑄𝑣 =Qualidade da transmissão = 7
2 2
𝐵 = 0,25(12 − 𝑄𝑣 )3 = 0,25 ∗ (12 − 7)3 = 0,731
𝐴 = 50 + 56 ∗ (1 − 𝐵)
𝐴 = 50 + 56 ∗ (1 − 0,731) = 65
𝐵 0,731
𝐴 + √200 ∗ 𝑣 65 + √200 ∗ 1,55𝑚/𝑠
𝐾𝑣 = ( ) == ( )
𝐴 65
𝐾𝑣 = 1,19

Fator de ângulo de hélice para engrenagens com dentes helicoidais 𝐾𝛽


𝛽 28
𝐾𝛽 = 1 − = 1− = 0,77
120° 120
𝐹𝑡 ∗ 𝐾𝐹 ∗ 𝐾𝜀 ∗ 𝐾𝑠 ∗ 𝐾𝑣 ∗ 𝐾𝛽
𝜎=
𝑏∗𝑚
969,2𝑁 ∗ 3,0 ∗ 0,74 ∗ 1,25 ∗ 1,19 ∗ 0,77
𝜎= = 71,6𝑁/𝑚𝑚²
25 ∗ 1,5

𝜎𝑓 210𝑀𝑃𝑎
𝜎< → 71,6𝑀𝑃𝑎 <
𝑆𝑓 2,9
𝑆𝑓 = coeficiente de segurança à flexão

Cálculo da tensão limite de resistência à fadiga do material considerando a flexão no pé do dente


𝑆𝑛 = Limite corrigido de resistência à fadiga por flexão a 10^6 ciclos (ensaio de Moore)
𝑆𝑛 = 𝑆𝑛′ ∗ 𝐶𝐺 ∗ 𝐶𝑆 ∗ 𝐾𝑟 ∗ 𝐾𝑡
𝑆𝑛′ = (limite da resistência à fadiga na flexão)
0,5∗ 𝑆𝑢 - para aços 𝑆𝑢 <1400MPa.
𝑆𝑢 = 𝜎𝑟
𝜎𝑟 = Tensão de ruptura do material = 560MPa

𝑆𝑛′ = 0,5∗ 𝑆𝑢 = 0,5 ∗ 560𝑀𝑃𝑎 = 280𝑀𝑃𝑎

𝑀𝑃𝑎 = 𝑁/𝑚𝑚²

Fatores de correção
CG = coeficiente relativo ao tamanho do dente. Quanto maior, mais sujeito à quebra por fadiga
1 para módulos menores ou iguais a 5mm
0,85 para módulos maiores
CG (módulo 1,5) = 1

CS = fator relativo ao acabamento superficial = 0,84


Valor máximo = 1

𝐶𝑠 = 𝐴 ∗ 𝜎𝑟𝑏
𝐶𝑠 = 4,51 ∗ 560−0,265 = 0,84

𝜎𝑟 = tensão de ruptura do material

Fator de confiabilidade 𝐾𝑟 . Para segurança máxima, selecione o valor menor

𝐾𝑟 = Fator confiabilidade admitido = 0,89

𝐾𝑡 = Fator temperatura. Só é levado em consideração temperatura ambiente acima de 70°C.


Temperatura interna de funcionamento do redutor acima de 120°C, haverá necessidade de lubrificação do
engrenamento com óleos que resistam a maiores temperaturas.
Para temperatura ambiente acima de 70°C
345
𝐾𝑡 =
275 + 𝑇°(𝐶)
𝐾𝑡 = 1

Concluindo

280𝑁
𝑆𝑛 = 𝑆𝑛′ ∗ 𝐶𝐺 ∗ 𝐶𝑆 ∗ 𝐾𝑟 ∗ 𝐾𝑡 = ∗ 1,0 ∗ 0,84 ∗ 0,89 ∗ 1,0 = 209,3𝑁/𝑚𝑚²
𝑚𝑚 2

OK. Tensão atuante no pé do dente menor do que resistência à fadiga corrigida do material
𝜎 < 𝑆𝑛 = 71,6𝑀𝑃𝑎 < 209,3𝑀𝑃𝑎

Fator de segurança
𝑆𝑛 209,3
= = 2,9
𝜎 71,6

Verificação do desgaste na superfície de contato entre os dentes. Durabilidade.


Conforme aulas do prof. Dr. William Maluf - FEI
Simplificação da fórmula de Shigley proposta pelo Prof. Dr. William Maluf

Na fórmula acima, 𝒀𝑺 (𝑲𝒔 ) é o fator de sobrecarga ou de serviço 𝑲𝑶 na fórmula de Shigley

1
𝐹𝑡 ∗ 𝐾𝑣 ∗ 𝐾𝑠 ∗ 𝐾𝛽 2 𝜎𝐻
𝜎𝑐 = 𝑍𝐸 ∗ ( ) <
𝐷1 ∗ 𝑏 ∗ 𝐼 𝑆𝐻
𝜎𝑐 = Tensão de contato
1 1
𝑍𝐸 = = = 186,5
√ (1 − 𝜈12 ) (1 − 𝜈22 ) √ (1 − 0,29²) (1 − 0,29²)
𝜋 ∗ {[ 𝐸 ]+[ ]} 𝜋 ∗ {[ 200000 ] + [ 200000 ]}
1 𝐸2

𝑖 ∗ 𝑠𝑒𝑛𝛼𝑡′ ∗ 𝑐𝑜𝑠𝛼𝑡′ 5,9 ∗ 𝑠𝑒𝑛23,4° ∗ 𝑐𝑜𝑠23,4°


𝐼= = = 0,17
2 ∗ (𝑖 + 1) 2 ∗ (5,9 + 1)

1 1
𝐹𝑡 ∗ 𝐾𝑣 ∗ 𝐾𝑠 ∗ 𝐾𝛽 2 969,21 ∗ 1,19 ∗ 1,25 ∗ 0,77 2
𝜎𝑐 = 𝑍𝐸 ∗ ( ) = 186,5 ( ) = 539𝑁/𝑚𝑚²
𝐷1 ∗ 𝑏 ∗ 𝐼 25,48 ∗ 30 ∗ 0,17

E = módulo de elasticidade dos materiais do pinhão de da coroa. 200000N/mm² para aços


𝜈 = coeficiente de Poisson. 0,29 para aços
Os valores de K são os mesmos apresentados anteriormente
Nota: O valor resultante não poderá ultrapassar os valores da tabela na página 3 (σH ) ou poderá ocorrer pitting
(cavitação – transferência de material do dente do pinhão para os dentes da engrenagem).
𝜎𝐻 620𝑀𝑃𝑎
𝜎𝑐 < → 539𝑀𝑃𝑎 <
𝑛𝐻 𝑛𝐻
Fator de segurança
𝜎𝐻 620𝑀𝑃𝑎
𝑛𝐻 = = = 1,15
𝜎𝑐 539𝑀𝑃𝑎
𝑛𝐻 = coeficiente de segurança adequado a utilização do equipamento
Nota: Valor abaixo da tensão de Hertz (𝜎𝐻 - tabela na página 3) com baixo fator de segurança

Cálculo do par de engrenagens do segundo estágio


Há uma perda de potência abaixo de 1% em relação ao eixo de entrada devido aos atritos de rolamento. A potência
diminuiria de 1,5kW para 1,485kW. Para dimensionamento mínimo dos elementos, não levaremos em consideração.

Rotação no eixo pinhão do segundo estágio (a mesma da coroa do primeiro estágio) =196 rpm
Torque no eixo
9550 ∗ 𝑃 9550 ∗ 1,5𝑘𝑊
𝑇𝑒𝑠𝑡á𝑔𝑖𝑜 2 = = = 73𝑁𝑚
𝑛 196𝑟𝑝𝑚
Rotação na engrenagem do segundo estágio = rotação de saída do redutor = 33,9 rpm

Redução
196𝑟𝑝𝑚
𝑖= = 5,8
33,9𝑟𝑝𝑚
Cálculo aproximado do módulo (mm)

3 𝑃 3 1,5𝑘𝑊
𝑚𝑎 = 520 ( √ ) = 520 ∗ ( √ ) = 2,73𝑚𝑚
𝜆 ∗ 𝑍1 ∗ 𝑛1 ∗ 𝜎𝑓 14 ∗ 18 ∗ 196𝑟𝑝𝑚 ∗ 210𝑁/𝑚𝑚²

Módulos normalizados de acordo com a norma DIN 780 – 1:1977 e ISO 54:1966
Módulo selecionado = 2,75mm
𝛽 = ângulo de hélice arbitrado = 28°
𝛼𝑛 = ângulo de pressão normal selecionado = 20°

Como as fórmulas dos cálculos são as mesmas do primeiro estágio, vamos usar o programa do Excel para os
resultados.
Pré projeto do redutor

DIMENSIONAMENTO DOS EIXOS


Cálculo do diâmetro mínimo do eixo pinhão conforme critério da ASME
Conforme vídeo-aulas do prof. Dr. William Maluf
0,5 𝐾𝐹𝐹 = fator de concentração de tensão
32 ∗ 𝑠
3 𝐾𝐹𝐹 ∗ 𝑀 2 3 𝐾𝑇𝑇 ∗ 𝑇 2
𝑑𝑎𝑠𝑚𝑒 =√ ∗ [( ) + ∗( ) ] 𝐾𝑇𝑇 = 1 para metal
𝜋 𝑆𝑛 4 𝜎𝑒
M = momento fletor 𝑆𝑛 = limite de resistência à fadiga

T = momento de torção 𝜎𝑒 = tensão de escoamento


Características técnicas do material do eixo: Aço 1045
Tensão de escoamento fy = 𝜎𝑒 = 310𝑁/𝑚𝑚²
Tensão de ruptura fu = 𝜎𝑟 = 560𝑁/𝑚𝑚²
𝑆𝑛 = Limite corrigido de resistência à fadiga por flexão a 10^6 ciclos (ensaio de Moore)

𝑆𝑛 = 𝑆𝑐𝑝 ∗ 𝐶𝑐𝑎𝑟 ∗ 𝐶𝑐𝑜𝑛𝑓 ∗ 𝐶𝑠𝑢𝑝 ∗ 𝑐𝑡𝑎𝑚 ∗ 𝐶𝑡𝑒𝑚𝑝 ∗ 𝐶𝑑𝑖𝑣

𝑆𝑐𝑝 = limite da resistência à fadiga em carga combinada


𝑆𝑐𝑝 = 0,5∗ 𝜎𝑟 = 0,5 ∗ 560 = 280𝑁/𝑚𝑚²

Coeficiente de carga 𝐶𝑐𝑎𝑟 = 1 para engrenagens Coeficiente de confiança. O mesmo 𝐾𝑟 = 𝐶𝑐𝑜𝑛𝑓 = 0,89

Coeficiente de acabamento superficial 𝐶𝑠𝑢𝑝


𝐶𝑠𝑢𝑝 = 𝐴 ∗ 𝜎𝑟𝑏
𝐶𝑠𝑢𝑝 = 4,51 ∗ 560−0,265 = 0,84

𝜎𝑟 = tensão de ruptura do material

Coeficiente relativo ao tamanho. 𝑐𝑡𝑎𝑚


𝐶𝑡𝑎𝑚 = 1,189 ∗ 𝑑 −0,097

d = diâmetro pré calculado do eixo. Considerando serviço normal


4 32 ∗ 𝑇(𝑁𝑚𝑚) 4 32 ∗ 12349 G = módulo de elasticidade transversal
𝑑= √ = √ = 17,3𝑚𝑚 𝐸
𝜋 ∗ 𝐺 ∗ 1,75 ∗ 10−5 𝜋 ∗ 81000 ∗ 1,75 ∗ 10−5 𝐺= = 81000𝑀𝑃𝑎
2 ∗ (1 + 𝑣)
E = módulo de elasticidade longitudinal =
𝐶𝑡𝑎𝑚 = 1,189 ∗ 17,3−0,097 = 0,9
200000MPa
v= coeficiente de Poisson = 0,29 para aços
Coeficiente de temperatura. Só considerar temperatura ambiente
acima de 450°C para metais
𝐶𝑡𝑒𝑚𝑝 = 1

Coeficiente relativo aos choques na máquina acionada 𝐶𝑑𝑖𝑣


1 1
𝐶𝑑𝑖𝑣 = = = 0,67
𝑆 1,5

Concluindo
𝑆𝑛 = 𝑆𝑐𝑝 ∗ 𝐶𝑐𝑎𝑟 ∗ 𝐶𝑐𝑜𝑛𝑓 ∗ 𝐶𝑠𝑢𝑝 ∗ 𝑐𝑡𝑎𝑚 ∗ 𝐶𝑡𝑒𝑚𝑝 ∗ 𝐶𝑑𝑖𝑣

𝑆𝑛 = 280𝑀𝑃𝑎 ∗ 1,0 ∗ 0,89 ∗ 0,84 ∗ 0,9 ∗ 1 ∗ 0,67 = 126𝑁/𝑚𝑚²

Cálculo do momento fletor


Análise das forças no dimensionamento do eixo Vídeo-aula

Torque no eixo do pinhão


9550 ∗ 𝑃 9550 ∗ 1,5𝑘𝑊 ∗ 1000
𝑇= = = 12350𝑁𝑚𝑚
𝑛1 1160𝑟𝑝𝑚

Força tangencial nos dentes do pinhão


2 ∗ 𝑇 2 ∗ 12350𝑁𝑚𝑚
𝐹𝑡 = = = 969,3𝑁
𝐷1 25,48𝑚𝑚
Força radial
tan(𝛼𝑛 ) tan(20°)
𝐹𝑟 = 𝐹𝑡 ∗ = 969,3𝑁 ∗ = 399,5𝑁
cos(𝛽) cos(28°)
Força axial
𝐹𝑎 = 𝐹𝑡 ∗ tan(𝛽) = 969,3𝑁 ∗ tan(28°) = 515,4𝑁

A componente dessas forças irá incidir sobre os eixos desse par de engrenagens e seus rolamentos de apoio

𝐹𝑛 = √𝐹𝑡2 + 𝐹𝑟2 + 𝐹𝑎2 = √969,3² + 399,5² + 515,4² = 1168,3𝑁


carga deslocada do centro dos rolamentos de apoio

diagrama do momento
fletor

𝐹𝑛 ∗ 𝐴 ∗ 𝐵 1168,3𝑁 ∗ 35 ∗ 101
𝑀= = = 30367𝑁𝑚𝑚
𝐿 136
𝐾𝐹𝐹 = Fator de concentração de tensões. Para denteado no próprio eixo, use o gráfico para chavetas e diâmetro pré
calculado na página anterior. d = 17,3 → 𝐾𝐹𝐹 = 1,6

Fator de concentração de tensões em torção. Para metais 𝐾𝑇𝑇 = 1

0,5
32 ∗ 𝑠
3 𝐾𝐹𝐹 ∗ 𝑀 2 3 𝐾𝑇𝑇 ∗ 𝑇 2
𝑑𝑎𝑠𝑚𝑒 =√ ∗ [( ) + ∗( ) ]
𝜋 𝑆𝑛 4 𝜎𝑒
0,5
32 ∗ 1,7
3 1,6 ∗ 30367 2 3 1 ∗ 12349 2
𝑑𝑎𝑠𝑚𝑒 =√ ∗ [( ) + ∗( ) ] = 18𝑚𝑚
𝜋 126 4 310
OK. Diâmetro menor do eixo pinhão = 20,8mm
Seleção dos rolamentos para o eixo pinhão

Reações nos mancais 𝐹𝑛 ∗ 𝐵


𝑅1 =
𝑅1 ≠ 𝑅2 𝐿
𝑅1 + 𝑅2 = 𝐹𝑛 1168,3𝑁 ∗ 101
𝑅1 = = 867,6𝑁
𝑅1 ∗ 𝐿 − 𝐹𝑛 ∗ 𝐵 = 0 136
𝑅1 ∗ 𝐿 = 𝐹𝑛 ∗ 𝐵 𝑅2 = 𝐹𝑛 − 𝑅1
𝑅2 = 1168,3 − 867,6 = 300,3𝑁

Vida desejada para o rolamento: 10000hs. → fh = 2,75


Rpm no eixo: 1160rpm → fr = 0,31 rolamento de esferas
𝑅2 ∗ 𝑓ℎ 867,6𝑁 ∗ 2,75
𝐶= = = 7697,3𝑁
𝑓𝑟 0,31

Dimensões SKF 63 22 Dados do encosto Dados de cálculo


Retentor borracha nitrílica 22 x 40 x7

Dimensões gerais do eixo pinhão de entrada do redutor Detalhe A conforme


norma DIN 509 – tipo F

Verificando a resistência da chaveta da ponta de eixo


Conforme norma DIN 6885, para eixo de 20 mm – Chaveta 6 x 6mm
Material da chaveta: Aço SAE1045.
Tensão admissível de compressão 130N/mm²
Força tangencial exercida sobre a chaveta
Ponta de eixo do redutor
9550 ∗ 𝑃 2 9550 ∗ 1,5𝑘𝑊 ∗ 2
𝐹𝑡 = ∗ = = 1235𝑁
𝑛1 𝑑 1160𝑟𝑝𝑚 ∗ 0,020𝑚

Verificando resistência da chaveta pela tensão de compressão (esmagamento)


𝐹𝑡 1235𝑁
𝜎= = = 14,7𝑁/𝑚𝑚²
𝑡2 ∗ 𝐸 2.8𝑚𝑚 ∗ 30𝑚𝑚
𝑂𝐾 − 𝜎 < 𝜎𝑎𝑑𝑚
Dimensionamento do eixo intermediário
Será mantido o mesmo material.
Torque no eixo
9550 ∗ 𝑃 ∗ 1000 9550 ∗ 1,5𝑘𝑊 ∗ 1000
𝑇= = = 73086,7𝑁𝑚𝑚
𝑛 196𝑟𝑝𝑚

Limite corrigido de resistência à fadiga do material. Mesmo método de cálculo. Alguns coeficientes tem outro valor
Coeficiente relativo ao tamanho. 𝑐𝑡𝑎𝑚
𝐶𝑡𝑎𝑚 = 1,189 ∗ 𝑑 −0,097

d = diâmetro pré calculado do eixo. Considerando serviço normal


4 32 ∗ 𝑇(𝑁𝑚𝑚) 4 32 ∗ 73086,7 G = módulo de elasticidade transversal
𝑑=√ −5
=√ = 32𝑚𝑚 𝐸
𝜋 ∗ 𝐺 ∗ 1,75 ∗ 10 𝜋 ∗ 81000 ∗ 1,75 ∗ 10−5 𝐺= = 81000𝑀𝑃𝑎
2 ∗ (1 + 𝑣)
E = módulo de elasticidade longitudinal =
𝐶𝑡𝑎𝑚 = 1,189 ∗ 32−0,097 = 0,86
200000MPa
v= coeficiente de Poisson = 0,29 para aços

𝑆𝑛 = 𝑆𝑐𝑝 ∗ 𝐶𝑐𝑎𝑟 ∗ 𝐶𝑐𝑜𝑛𝑓 ∗ 𝐶𝑠𝑢𝑝 ∗ 𝑐𝑡𝑎𝑚 ∗ 𝐶𝑡𝑒𝑚𝑝 ∗ 𝐶𝑑𝑖𝑣


𝑆𝑛 = 280𝑀𝑃𝑎 ∗ 1,0 ∗ 0,89 ∗ 0,84 ∗ 0,86 ∗ 1 ∗ 0,67 = 120,6𝑁/𝑚𝑚²
Esforços sobre o eixo intermediário
As forças que atuam nos dentes da coroa montada neste eixo são as mesmas transmitidas pelo pinhão de entrada
Força tangencial 𝐹𝑡 = 969,3𝑁
Força radial 𝐹𝑟 = 399,5𝑁
Força axial 𝐹𝑎 = 515,4𝑁
A componente dessas forças irá incidir sobre este eixo e seus rolamentos de apoio 𝐹𝑛1 = 1168,3𝑁
Momento fletor causado neste eixo
𝐹𝑛1 ∗ 𝐴 ∗ 𝐵 1168,3 ∗ 35 ∗ 101
𝑀1 = = = 30367,2𝑁𝑚𝑚
𝐿 136
Força tangencial nos dentes do pinhão deste eixo
2 ∗ 𝑇 2 ∗ 73086,7𝑁𝑚𝑚
𝐹𝑡 = = = 3128,7𝑁
𝐷1 46,72𝑚𝑚
Força radial e axial
tan(𝛼𝑛 ) tan(20°)
𝐹𝑟 = 𝐹𝑡 ∗ = 3128,7𝑁 ∗ = 1289,7𝑁
cos(𝛽) cos(28°)
𝐹𝑎 = 𝐹𝑡 ∗ tan(𝛽) = 3128,7𝑁 ∗ tan(28°) = 1663,6𝑁
A componente dessas forças irá incidir sobre o eixo e seus rolamentos de Diagrama dos momentos fletores
apoio

𝐹𝑛2 = √𝐹𝑡2 + 𝐹𝑟2 + 𝐹𝑎2 = √3128,7² + 1289,7² + 1663,6² = 3770,9𝑁

Momento fletor causado pela transmissão de força ao eixo de saída do


redutor
𝐹𝑛2 ∗ 𝐶 ∗ 𝐷 3770,9𝑁 ∗ 88 ∗ 48
𝑀2 = = = 117119,2𝑁𝑚𝑚
𝐿 136

Momento fletor resultante


𝑀 = 𝑀1 − 𝑀2 = −86752𝑁𝑚𝑚

Diâmetro mínimo do eixo


0,5
332 ∗ 𝑠 𝐾𝐹𝐹 ∗ 𝑀 2 3 𝐾𝑇𝑇 ∗ 𝑇 2
𝑑𝑎𝑠𝑚𝑒 = √ ∗ [( ) + ∗( ) ]
𝜋 𝑆𝑛 4 𝜎𝑒
𝐾𝐹𝐹 = Fator de concentração de tensões. Para denteado no próprio eixo, use o gráfico
para chavetas e diâmetro pré calculado. d = 32mm → 𝐾𝐹𝐹 = 1,82

O diâmetro calculado deve ter valor menor do que o menor diâmetro do pinhão
Coeficiente de concentração de tensões em torção. Para metais 𝐾𝑇𝑇 = 1

0,5
332 ∗ 1,7 1,82 ∗ 86752 2 3 1 ∗ 73086,7 2
𝑑𝑎𝑠𝑚𝑒 = √ ∗ [( ) + ∗( ) ] = 27,2𝑚𝑚
𝜋 120,6 4 310

Reação sobre os mancais

𝐹𝑛1 ∗ 𝐵 + 𝐹𝑛2 ∗ 𝐷 1408,1 ∗ 101 + 3770,9 ∗ 48


𝑅1 = = = 2376,6𝑁
𝐿 136

𝐹𝑛1 ∗ 𝐴 + 𝐹𝑛2 ∗ 𝐶 1408,1 ∗ 35 + 3770,9 ∗ 88


𝑅2 = = = 2802,4𝑁
𝐿 136

Seleção dos rolamentos


Vida desejada para o rolamento: 10000hs. → fh = 2,75
Rpm no eixo: 196rpm → fr = 0,55 rolamento de esferas
𝑅2 ∗ 𝑓ℎ 2802,4𝑁 ∗ 2,75
𝐶= = = 14012𝑁
𝑓𝑟 0,55
Dimensões SKF 6206 Dados do encosto Dados de cálculo

Dimensões gerais do eixo intermediário Detalhe A conforme


norma DIN 509 – tipo F

Verificando a resistência da chaveta de ligação da engrenagem com o eixo


Conforme norma DIN 6885, para eixo de 36 mm – Chaveta 10 x 8mm
Material da chaveta: Aço SAE1045.
Tensão admissível de compressão 130N/mm²
Força tangencial exercida sobre a chaveta
9550 ∗ 𝑃 ∗ 1000 2 9550 ∗ 1,5𝑘𝑊 ∗ 2
𝐹𝑡 = ∗ = = 4060𝑁
𝑛 𝑑 196𝑟𝑝𝑚 ∗ 0,036𝑚

Tensão de compressão ou esmagamento


𝐹𝑡 3846,7𝑁
𝜎= = = 41𝑁/𝑚𝑚²
𝑡2 ∗ 𝐸 3,3𝑚𝑚 ∗ 30𝑚𝑚
𝑂𝐾 − 𝜎 < 𝜎𝑎𝑑𝑚
Dimensionamento do eixo de saída
Será mantido o mesmo material.
Torque no eixo
9550 ∗ 𝑃 ∗ 1000 9550 ∗ 1,5𝑘𝑊 ∗ 1000
𝑇= = = 421323,5𝑁𝑚𝑚
𝑛 34𝑟𝑝𝑚

Limite corrigido de resistência à fadiga do material. Mesmo método de cálculo. Alguns coeficientes mudam o valor

d = diâmetro pré calculado do eixo. Considerando serviço normal


4 32 ∗ 𝑇(𝑁𝑚𝑚 ) 4 32 ∗ 421323,5
𝑑= √ −5
=√ = 41,7𝑚𝑚
𝜋 ∗ 𝐺 ∗ 1,75 ∗ 10 𝜋 ∗ 81000 ∗ 1,75 ∗ 10−5
Coeficiente relativo ao tamanho. 𝑐𝑡𝑎𝑚
G = módulo de elasticidade transversal
𝐶𝑡𝑎𝑚 = 1,189 ∗ 𝑑 −0,097 = 1,189 ∗ 41,7−0,097 = 0,83
𝐺 = 81000𝑀𝑃𝑎
𝑆𝑛 = 𝑆𝑐𝑝 ∗ 𝐶𝑐𝑎𝑟 ∗ 𝐶𝑐𝑜𝑛𝑓 ∗ 𝐶𝑠𝑢𝑝 ∗ 𝑐𝑡𝑎𝑚 ∗ 𝐶𝑡𝑒𝑚𝑝 ∗ 𝐶𝑑𝑖𝑣

𝑆𝑛 = 280𝑀𝑃𝑎 ∗ 1,0 ∗ 0,89 ∗ 0,84 ∗ 0,83 ∗ 1 ∗ 0,67 = 116,4𝑁/𝑚𝑚²

Esforços sobre o eixo de saída

As forças que atuam nos dentes da coroa são as mesmas transmitidas pelo pinhão do eixo intermediário
Força tangencial - 𝐹𝑡 = 3128,7𝑁
Força radial - 𝐹𝑟 = 1289,7𝑁
Força axial - 𝐹𝑎 = 1663,6𝑁
A componente dessas forças irá incidir sobre o eixo e seus rolamentos de apoio

𝐹𝑛 = √𝐹𝑡2 + 𝐹𝑟2 + 𝐹𝑎2 = √3128,7² + 1289,7² + 1663,6² = 3770,9𝑁

Momento fletor
Diagrama do momento
fletor
𝐹𝑛 ∗ 𝐴 ∗ 𝐵 3770,9 ∗ 88 ∗ 48
𝑀= = = 117119,2𝑁𝑚𝑚
𝐿 136
Diâmetro mínimo do eixo
0,5
332 ∗ 𝑠 𝐾𝐹𝐹 ∗ 𝑀 2 3 𝐾𝑇𝑇 ∗ 𝑇 2
𝑑𝑎𝑠𝑚𝑒 = √ ∗ [( ) + ∗( ) ]
𝜋 𝑆𝑛 4 𝜎𝑒
𝐾𝐹𝐹 = Fator de concentração de tensões. Eixo chavetado diâmetro pré calculado. d = 41,7mm → 𝐾𝐹𝐹 = 1,83

0,5
332 ∗ 1,7 1,83 ∗ 117119,2 2 3 1 ∗ 421323,5 2
𝑑𝑎𝑠𝑚𝑒 = √ ∗ [( ) + ∗( ) ] = 32,1𝑚𝑚
𝜋 116,4 4 310

Coeficiente de concentração de tensões em torção. Para metais 𝐾𝑇𝑇 = 1

Reação sobre os mancais


𝐹𝑛 ∗ 𝐵 3770,9𝑁 ∗ 48𝑚𝑚
𝑅1 = = = 1331𝑁
𝐿 136𝑚𝑚
𝐹𝑛 ∗ 𝐴 3770,9𝑁 ∗ 88𝑚𝑚
𝑅2 = = = 2440𝑁
𝐿 136𝑚𝑚

A carga irá exercer uma força adicional sobre o rolamento

Cálculo da força de tração no cabo de cada tambor. O moitão com uma polia divide o peso por 2
1000𝑘𝑔 ∗ 9,8 9800𝑁
𝐹= = = 2450𝑁
2∗2 4
Reação no rolamento devido à força vertical exercida pela carga considerando sua menor distância do redutor
𝐹 ∗ 232 2450𝑁 ∗ 232
𝑅2𝑐 = = = 314𝑁
(232 + 1580) (232 + 1580)

Carga total máxima sobre o rolamento


𝑅𝑚𝑎𝑥 = 2440 + 314 = 2754𝑁

Seleção dos rolamentos


Vida desejada para o rolamento: 10000hs. → fh = 2,75. Rpm no eixo: 34rpm → fr = 0,55 rolamento de esferas

𝑅2 ∗ 𝑓ℎ 2754𝑁 ∗ 2,75
𝐶= = = 7574𝑁
𝑓𝑟 1

Dimensões SKF 6207 Dados do encosto Dados de cálculo

Retentores borracha nitrílica 35 x 52 x 7


Dimensões gerais do eixo de saída Detalhe A conforme
norma DIN 509 – tipo F

Verificando a resistência da chaveta de ligação da engrenagem com o eixo


Conforme norma DIN 6885, para eixo de 42 mm – Chaveta 12 x 8mm
Material da chaveta: Aço SAE1045.
Tensão admissível de compressão 130N/mm²
Força tangencial exercida sobre a chaveta
9550 ∗ 𝑃 2 9550 ∗ 1,5𝑘𝑊 ∗ 2
𝐹𝑡 = ∗ = = 20063𝑁
𝑛2 𝑑 34𝑟𝑝𝑚 ∗ 0,042𝑚

Tensão de compressão ou esmagamento


𝐹𝑡 20063𝑁
𝜎= = = 110,5𝑁/𝑚𝑚²
𝑡2 ∗ 𝐸 3,3𝑚𝑚 ∗ 55𝑚𝑚
𝑂𝐾 − 𝜎 < 𝜎𝑎𝑑𝑚
Dimensões externas

Seleção dos eixos tubulares de ligação com o tambor

Cálculo da força de tração no cabo de cada tambor. O moitão com uma polia divide o peso por 2
1000𝑘𝑔 ∗ 9,8 9800𝑁
𝐹= = = 2450𝑁
2∗2 4

Torque em cada semi eixo


𝐷𝑒 0,150𝑚
𝑇=𝐹∗ = 2450𝑁 ∗ = 183,7𝑁𝑚
2 2

Arbitrando por eixo tubular diâmetro externo 60,33mm, diâmetro interno 49,25mm e comprimento 1500mm.
Peso por metro = 7,5kg. Peso de cada eixo = 7,5 x 9,8m/s² x 1,5m = 110N.

Verificando o ângulo de torção que deve ser limitado a 0,35 graus por metro.

Momento de inércia polar


𝜋 ∗ (𝐷4 − 𝑑4 ) 𝜋 ∗ (60,334 − 49,254 )
𝐽= = = 722971𝑚𝑚 4 → 722,9𝑚 4
32 32
Ângulo de torção
𝑇 ∗ 𝐿 ∗ 180° 183,7𝑁𝑚 ∗ 1,5𝑚 ∗ 180°
𝛼= = = 0,28°
𝐽∗𝐺∗𝜋 722,9𝑚 4 ∗ 75𝑁/𝑚² ∗ 𝜋
G = módulo de elasticidade transversal para eixos de aço = 75 GPa = 75N/m²
L = comprimento do eixo tubular
Informações sobre o perfil do dente conforme ZF

Deslocamento do perfil
Formato do dente em função do coeficiente de deslocamento do perfil (x)
Ângulo de pressão 20°; adendum = 1m; dedendum = 1,25m; raio = 0,25m

Deslocamento de perfil negativo enfraquece a resistência do pé do dente principalmente com baixo número de
dentes.
Deslocamento de perfil positivo excessivo, exige maior número de dentes dificultando grandes reduções para um
único par de engrenagens considerando a mesma distância entre centros dos eixos.
Ângulo de pressão
A seleção de maior ângulo de pressão favorece a resistência do pé do dente, mas há limites.
CARACTERÍSTICAS DE ALGUNS MATERIAIS
Resistência do aço SAE 4340 temperado e revenido conforme catálogo da Villares (abaixo)
Nota no catálogo: Os limites de fadiga são determinados em ensaios em que se submetem os corpos de prova a um
número muito elevado de ciclos de carga de intensidade variada, até atingir-se uma tensão que o material suporta
indefinidamente. Na falta desses dados, usam-se, para os aços, fórmulas empíricas que relacionam os limites de
fadiga com o limite de resistência. A experiência tem mostrado que esses valores se aproximam dentro de
aproximadamente 20% dos limites de fadiga determinados em ensaios dinâmicos. Entretanto, a aplicação dessas
fórmulas pressupõe superfície polida, beneficiamento perfeito, estrutura metalográfica uniforme em toda a seção,
ausência de corrosão, etc.
Constituintes estruturais de equilíbrio dos aços
José Luiz Fevereiro
Outubro 2021

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