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670 D AV I D L . N E L S O N & M I C H A E L M .

COX

Glucagon Adenilil-
❶ -ciclase

Receptor
Gs

ATP cAMP

Transportador
de ácidos
❺ ❹ graxos
CGI CGI PKA
ATGL
CGI ❸
P Lipase
P sensível a
P
❻ P
hormônio
b oxidação, ciclo
Perilipina P do ácido cítrico,
cadeia respiratória
HSL
Triacilglicerol ❼ P
P

Diacilglicerol ATP
HSL CO2
Gotícula de lipídeo ➒
Albumina
Monoacilglicerol Ácidos graxos sérica

➑ Adipócito Miócito
MGL

Corrente sanguínea

FIGURA 173 Mobilização dos triacilgliceróis armazenados no tecido rilada se associa com a lipase sensível a hormônios fosforilada, permitindo o
adiposo. Quando os baixos níveis de glicose no sangue ativam a liberação acesso à superfície da gotícula lipídica, onde ➐ ela hidrolisa os diacilgliceróis
de glucagon, ➊ o hormônio se liga ao seu receptor na membrana do adi- em monoacilgliceróis. Uma terceira lipase, a monoacilglicerol lipase (MGL, de
pócito e assim ➋ estimula a adenilil-ciclase, via uma proteína G, a produzir monoacylglycerol lipase) ➑ hidrolisa os monoacilgliceróis. ➒ Os ácidos graxos
cAMP. Isso ativa a PKA, que fosforila ➌ a lipase sensível a hormônio (HSL, de saem do adipócito, se ligam à albumina sérica no sangue e são transporta-
hormone-sensitive lipase) e ➍ as moléculas de perilipina na superfície da go- dos no sangue; eles são liberados da albumina e ➓ entram em um miócito
tícula lipídica. A fosforilação da perilipina causa a ➎ dissociação da proteína por meio de um transportador específico de ácidos graxos. 11 No miócito, os
CGI da perilipina. A CGI então se associa com a enzima triacilglicerol lipase no ácidos graxos são oxidados a CO2, e a energia da oxidação é conservada em
adipócito (ATGL, de adipose triacylglycerol lipase), ativando-a. A triacilglicerol ATP, que abastece a contração muscular e outros tipos de metabolismo que
lipase ativada ➏ converte triacilgliceróis em diacilgliceróis. A perilipina fosfo- necessitam de energia no miócito.

pela glicerol-cinase (Figura 17-4), e o glicerol-3-fosfato condrial externa, as acil-CoA-sintetases, que catalisam a
resultante é oxidado a di-hidroxiacetona fosfato. A enzima reação geral
glicolítica triose-fosfato-isomerase converte esse composto
Ácido graxo 1 CoA 1 ATP ∆ acil-CoA graxo 1 AMP 1 PPi
em gliceraldeído-3-fosfato, que é oxidado na glicólise.
Assim, as acil-CoA-sintetases catalisam a formação de uma
Os ácidos graxos são ativados e transportados para ligação tioéster entre o grupo carboxil do ácido graxo e o
grupo tiol da coenzima A para produzir um acil-CoA gra-
dentro das mitocôndrias xo, acoplado à clivagem do ATP em AMP e PPi. (Lembre-
As enzimas da oxidação de ácidos graxos nas células ani- -se da descrição dessa reação no Capítulo 13, para ilustrar
mais estão localizadas na matriz mitocondrial, como de- como a energia livre liberada pela clivagem das ligações
monstrado em 1948 por Eugene P. Kennedy e Albert Leh- fosfoanidrido do ATP pode ser acoplada à formação de um
ninger. Os ácidos graxos com comprimento de cadeia de 12 composto de alta energia; p. 524.) A reação ocorre em dois
carbonos ou menos entram na mitocôndria sem a ajuda de passos e envolve um intermediário acil-graxo-adenilato
transportadores de membrana. Aqueles com 14 carbonos (Figura 17-5).
ou mais, que constituem a maioria dos ácidos graxos livres As acil-graxos-CoA, como a acetil-CoA, são compostos
obtidos na dieta ou liberados do tecido adiposo, não conse- de alta energia; a sua hidrólise a ácidos graxos livres e CoA
guem passar livremente através das membranas mitocon- tem uma grande variação negativa de energia livre padrão
driais – primeiro eles precisam passar pelas três reações (DG9° 5 231 kJ/mol). A formação de uma acil-CoA graxo
enzimáticas do ciclo da carnitina. A primeira reação é torna-se favorável pela hidrólise de duas ligações de alta
catalisada por uma família de isoenzimas (isoenzimas dife- energia do ATP; o pirofosfato formado na reação de ativa-
rentes, específicas para ácidos graxos de cadeia carbonada ção é imediatamente hidrolisado pela pirofosfatase inorgâ-
curta, intermediária ou longa) presente na membrana mito- nica (lado esquerdo da Figura 17-5), que puxa a reação de

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