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CORRECÇÃO DA FICHA DE EXERCÍCIOS SOBRE FALÁCIAS

1. Identifique as falácias cometidas e justifique a sua resposta. (5x12=60)

a) Falácia da petição de princípio (petitio principii) porque recorre-se ao que se quer provar
para provar o que está em questão. A conclusão “nudez pública é imoral” e a premissa “a
nudez pública é uma ofensa evidente” expressam a mesma proposição, embora por
intermédio de frases diferentes.

b) Falácia da Derrapagem ou Bola de Neve porque a conclusão resulta de uma série de


consequências cujo encadeamento é muito improvável, pois põe quem começa a jogar bingo a
roubar.

c) Falácia da Falsa Dicotomia porque é dado um número muito limitado de opções, ou seja,
põem-se as coisas em termos de fumar ou engordar, quando há outras alternativas,
nomeadamente a de “fazer exercício físico”.

d) Argumento contra o homem (ad hominem) porque ataca-se a pessoa que apresentou o
argumento, neste caso a sua condição social ou as suas motivações para defender uma
determinada ideia (as touradas devem acabar) , em vez de atacar o argumento.

e) Petição de princípio porque se considerada provado o que se quer provar, ou seja,


estabelecer a pena de morte significa que se reconhece o direito legal de tirar a vida a alguém.
Portanto, argumentar "Não há direito de tirar a vida a ninguém" é provar a conclusão tendo
como premissa essa mesma conclusão

f) A premissa e a conclusão dizem o mesmo por palavras diferentes. Com efeito, dizer que a
pena de morte é "justificável" tem o mesmo sentido que dizer que é "legítimo e apropriado"
aplicá-la. Trata-se de uma "petição de princípio". Aqui, assume-se a conclusão que se pretende
demonstrar, enunciando-a sob forma subtilmente diferente na premissa.

g) Falácia da derrapagem porque a conclusão resulta de uma série de consequências cujo


encadeamento é muito improvável, isto é, para se mostrar que uma proposição é inaceitável,
extrai-se uma série de consequências inaceitáveis da proposição em questão..É evidente que
as leis sobre o controlo de armas não visam acabar com a caça nem instaurar um Estado
policial que atrofie a liberdade dos cidadãos. Há uma grande diferença entre controlar a
proliferação de armas e oprimir os cidadãos. Quem argumenta que a situação deslizará
inevitavelmente para esse extremo está a ser falacioso, como se não houvesse meio-termo. Se
seguíssemos a lógica deste pseudo-argumento, quem bebe um copo não parará no segundo e
embebedar-se-á; quem come uma batata frita comerá todo o pacote; quem comece a fumar
será sempre um fumador. Ora, na maior parte dos casos, paramos a meio do "declive
ardiloso", não descemos a encosta na sua totalidade.

h) Apelo à ignorância (argumentum ad ignorantiam) porque argumenta-se que uma


proposição é falsa (Deus não existe) porque não foi provado que é verdadeira (Deus existe).

i) Petição de princípio. Segundo o dicionário, ser “famoso” é ser “bem conhecido”.


j) Ad Hominem , pois está implícito que os defensores da tese atacada são pessoas sem
«razão».

k) Derrapagem ou bola de neve. O raciocínio vai-se afastando do sentido original e


começa a derivar até conduzir a uma conclusão despropositada.

l) Boneco de palha. Argumento que consiste em atribuir a outrem uma opinião fictícia
ou em deturpar as suas afirmações de modo a terem outro significado

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