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RESENHA CRÍTICA

William Pereira Matos 1

1 REFERÊNCIA

CONTE, Antonio Lázaro. Qualidade de vida no trabalho. Revista FAE


business, v. 7, p. 32-34, 2003.

2 CONTEXTO DE PUBLICAÇÃO

O autor do presente artigo analisado, a saber, Antônio Lázaro Conte, possui


graduação em Engenharia de Produção pelo Centro Universitário da FEI (1986),
especialização em Engenharia Econômica pelo FAE Centro Universitário (1993),
além de mestrado em Administração pela Universidade Federal de Santa Catarina
(2000) (contando também com estudos complementares de inglês nos Estados
Unidos e de gestão, bem como extensa experiência profissional).
Além de atuar na área de pesquisa acadêmica, atualmente é pró-reitor
acadêmico dos cursos presenciais do Centro Universitário Internacional. Na área de
pesquisa acadêmica, produziu artigos no campo da Administração e Gestão
Empresarial.
O periódico no qual foi realizada a publicação trata-se da Revista FAE
Business (mais recentemente chamado Caderno de Iniciação Científica – FAE
Business School), de ISSN n° 1679-9828, classificado na Qualis Periódicos como C.
Estas, contudo, são informações recentes do periódico, enquanto a publicação do
artigo presente data do ano de 2003.

Acadêmico do 3º ano do Curso de Letras Português/Inglês – Licenciatura e 1° ano do Curso de


1

Administração do Centro Universitário UNINGÁ. E-mail: willmvpmatos@gmail.com.


RESENHA CRÍTICA

3 RESUMO

O intuito do artigo é apresentar, de maneira breve e concisa, o conceito de


Qualidade de Vida no Trabalho (QVT), podendo contar com sua história
abreviadamente e permitindo-se realizar um pequeno desenvolvimento da ideia.
Como pontapé inicial, o autor afirma que a preocupação com QVT se justifica
pelo fato de que “passamos em ambiente de trabalho mais de 8 horas por dia,
durante 35 anos de nossas vidas” (CONTE, 2003, p. 1), algo que, pelo fato de o
trabalho acabar se tornando a parte principal da vida de muitos, acaba causando
distúrbio em suas vidas pessoais, por meio dos problemas no ambiente de trabalho
que passam a interferir na vida pessoal dos trabalhadores.
O conceito de QVT passa a receber atenção através de análises de
desenvolvimento empresarial que consideram o fator humano da organização, e
chega-se à conclusão de que o bem-estar geral dos funcionários de uma empresa
pode ser um grande fator ao determinar sua produtividade e longevidade; chega-se
então a definir a Qualidade de Vida no Trabalho como um programa dinâmico de
facilitação e satisfação das necessidades dos funcionários dentro da empresa,
considerando aspectos físicos, psicológicos e até mesmo tecnológicos e visando seu
maior envolvimento e satisfação com o próprio trabalho e, consequentemente, maior
produção. A ideia corrente é que, com o aumento da qualidade de vida no trabalho,
é provável que se obtenha maior qualidade de vida pessoal, familiar e social
também, pois apesar de serem esferas diferentes da vida, todas elas podem
interferir uma na outra.
O autor também cita diversas fontes para sustentar sua tese, como Kaplan e
Norton, Feigenbaunn, Fernandes e, finalmente, Campos e Walton, o primeiro
trazendo a premissa de que “somente se melhora o que se pode medir” para o
campo do QVT e o segundo propondo oito categorias de avaliação para se
determinar o nível da qualidade de vida no trabalho.
O artigo termina, então, com uma conclusão do autor que, estabalecendo as
expectativas dos funcionários em relação à empresa (que resume-se basicamente
RESENHA CRÍTICA

na implantação de um bom QVT, incorporando a participação e envolvimento dos


funcionários no processo), reitera que elas devem ser reconciliadas com os
interesses da empresa, a saber, elevar a produtividade e a qualidade dos produtos e
serviços. Termina então apontando a harmonia que há entre os indicadores de QVT
e o conceito de “empresa feliz” dado por Matos (1996): oferecer condições
motivacionais à plenitude da realização humana, um clima que estimula a
participação e criatividade, canais abertos de comunicação e expressão, delegação
de autoridade, trabalho em equipe, incentivos à liderança, reconhecimento de
esforços empreendedores e de obtenção de resultados.

4 APRECIAÇÃO CRÍTICA DO RESENHISTA

A obra em questão propõe-se a ser uma espécie de breve introdução ao


conceito de QVT, algo que faz perfeitamente, apontando a importância do tema,
introduzindo as ideias principais e indicando fontes às quais pode-se recorrer em
busca de aprofundamento no assunto.
Com estas considerações, é seguro dizer que não há muito que se modificar
no artigo, visto que realiza exatamente o que se propõe a realizar, isto é, ser uma
introdução clara e concisa, bem informativa e ao mesmo tempo rápida e eficiente.
Uma obra deste tipo poderia (e talvez até deveria) facilmente ser indicada a
qualquer pessoa que busque uma introdução concisa no conceito de Qualidade de
Vida no Trabalho, e não seria uma surpresa se fosse recomendada a todo
estudande de áreas como a da Administração Empresarial e a administradores e
empresários já experientes que se vêem pressionados pelas exigências do mercado
e se encontram em necessidade de desenvolver esta área; visando o intuito de
familiarizar seus leitores com o tema, os grupos acima mencionados são certamente
àqueles a quem esta obra é mais diretamente dirigida.

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