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CURSO

DESCOMPLICANDO O
VB-MAPP: APLICAÇÃO
E INTERVENÇÃO

Material de Estudo

Professora Responsável:
Psicopedagoga Jéssica Cavalcante

www.institutoneuro.com.br
DESCOMPLICANDO O
VB-MAPP: APLICAÇÃO
E INTERVENÇÃO

Curso com carga horária de 450 horas.

Elaborado e ministrado por Jéssica Cavalcante.

Disponível em www.institutoneuro.com.br
A autora reserva-se no direito de
proibir o compartilhamento e distribuição
desse documento.
Protegido por direitos autorais.
Manuseio exclusivo dos alunos do curso,
vinculados no site do Instituto Neuro.

Todo o conteúdo apresentado nesse


documento foi baseado em livros
renomados e artigos científicos. Algumas
citações são feitas ao longo do documento,
outras estão apresentadas na seção de
Referências, no final do mesmo.
DESCOMPLICANDO O
VB-MAPP
• Baseado no trabalho de B. F Skinner (1957) sobre
comportamento verbal;
• Condensa os procedimentos e a metodologia de ensino da
Análise do Comportamento Aplicada (ABA) e a análise de
comportamento verbal de Skinner;
• AVALIAÇÃO COMPORTAMENTAL DA LINGUAGEM PARA
CRIANÇAS COM AUTISMO E OUTROS ATRASOS DE
LINGUAGEM.
O Instrumento VB-MAPP
• Instrumento cujo alvo é a primeira infância;
• Avaliação referenciada por critérios: o objetivo dos 170
marcos é posicionar cada criança em um ponto do
desenvolvimento e seguir o ensino a partir desse resultado;
• Os ítens da avaliação são definidos operacionalmente, mas
também exigem que o avaliador considere a função (e não
apenas a topografia) dos comportamentos avaliados.
Outros instrumentos
• Existem inúmeras escalas e baterias para a detecção precoce
(e também avaliação diagnóstica).
• Existem poucos instrumentos de AVALIAÇÃO
COMPORTAMENTAL com avaliação extremamente
detalhada.
• Nesse aspecto, o VB MAPP apresenta critérios de avaliação
do repertório da criança e há uma indicação dos
procedimentos necessários para medir cada marco.
• O VB-MAPP é formado por 05 componentes que, conjuntamente,
fornecem uma direção para a intervenção e um sistema de
rastreamento da aquisição das habilidades da criança.

• COMPONENTE 1: AVALIAÇÃO DE MARCOS


• COMPONENTE 2: AVALIAÇÃO DAS BARREIRAS
• COMPONENTE 3: AVALIAÇÃO DE TRANSIÇÃO
• COMPONENTE 4: ANÁLISE DE TAREFAS E HABILIDADES DE SUPORTE
• COMPONENTE 5: DIREÇÕES E METAS PARA O PROGRAMA DE ENSINO
INDIVIDUALIZADO
Avaliação de marcos

• Avalia uma amostra do repertório verbal da criança e de habilidades


relacionadas por meio de uma série de tarefas.

• 170 marcos elaborados a partir do desenvolvimento de crianças


típicas, divididos em três níveis (0 -18 meses; 18-30 meses e 30-48) e
organizados em 16 áreas.

• Cada marco indica o que se deve medir e como deve ser realizada
essa avaliação.
Avaliação das Barreiras de Aprendizagem (VB-MAPP -
Barriers Assessment) avalia a presença de 24 tipos de
comportamento que atrapalham ou até impedem o
aprendizado, como por exemplo, presença de
comportamentos agressivos, auto-estimulatórios e dificuldade
para alcançar generalização. A Avaliação das Barreiras
acontece simultaneamente com a Avaliação dos marcos.
São 16 áreas de habilidades avaliadas e
apresentadas em uma sequência de desenvolvimento de
três níveis:

• Nível 1 = 0-18m
• Nível 2 = 18-30m
• Nível 3 = 30-48 m (CORES DIFERENTES)

Em todos os Níveis cada uma das áreas é composta


por 05 tarefas/ítens de avaliação.
✓ Em cada Nível há um conjunto de
habilidades a serem verificadas.

✓ Algumas estão presentes em todos os 3


níveis e outras em apenas um ou dois
deles.
• Determinar o nível operante de cada habilidade (nível
corrente de cada habilidade da criança)

• Mando: Pedir por reforçadores desejados. Pedir para por


sapatos, pois você quer seus sapatos para sair de casa.
Mandos podem também ser emitidos para remover ítens ou
atividades indesejáveis.

• Tato: Nomear ou identificar objetos, ações, eventos, etc.


Dizer “sapatos”, pois você vê seus sapatos.
• Intraverbal: Responder perguntas ou conversar
quando as suas palavras são controladas por outras
palavras. Dizer, “sapatos”, pois alguém disse, “o que
você usa nos seus pés?”

• Responder de Ouvinte : Seguir instruções ou


atender ao mando dos outros. Pegar os sapatos de
alguém quando alguém solicita, “pegue os sapatos”.
Responder de ouvinte por Função, Característica
ou Classe

Uma questão das palavras faladas consiste no fato de que as


pessoas, frequentemente, falam de coisas e atividades sem as nomear
de forma específica.
Muitos aspectos das instruções do dia a dia envolvem a descrição
de coisas e atividades por suas funções, por suas características ou por
suas classes.
Parte das habilidades de ouvinte de uma criança inclui a
capacidade de responder não verbalmente (mostrar, pegar) aos objetos
e atividades descritos sem que sejam especificamente nomeados.
Habilidades de Percepção Visual e de
Emparelhamento com o Modelo (Visual
Performance and Matching-to-Sample -VP-MTS)

Materiais: tarefas como quebra-cabeças, desenhos, padrões,


sequências e emparelhamento como modelo.

Inúmeras habilidades estão relacionadas direta ou


indiretamente com habilidades de discriminação visual.

O objetivo dessa parte da avaliação é identificar a consistência


das habilidades visoperceptivas da criança quando aplicadas à
uma série de tarefas, sobretudo, as tarefas de
emparelhamento como modelo.
BRINCADEIRA INDEPENDENTE
Brincadeira independente envolve engajamento espontâneo em
comportamentos que são automaticamente reforçadores. O
comportamento deve ser divertido por si mesmo, prazeroso e recreativo
para a criança. Por exemplo, uma criança pode estar sozinha e
movimentar carrinhos para dentro de uma garagem de brinquedo, ou
no caso de uma criança mais velha, construir um edifício com Legos.
A brincadeira independente modela uma série de habilidades
importantes (coordenação entre os olhos e as mãos, brincadeira de
causa e efeito, discriminação visual) e ensina à criança como ter tempo
livre produtivo.
Rotinas de Sala de Aula e Habilidades de Grupo

• Rotinas de sala de aula ajudam a estabelecer um


grande número de habilidades importantes:
- imitar os colegas (entrar na fila quando as outras
crianças também o fazem),
- seguir instruções de grupo (“todo mundo na fila”),
- aprender habilidades de auto cuidado (usar um
guardanapo),
- reduzir a dependência de dicas e,
- dirigir a criança pelos espaços da escola.
• Avaliação das habilidades ecóicas iniciais e vocalização
espontânea
• Essa parte da avaliação contém diretrizes para a progressão
dos sons contidos na fala (combinação de palavras e de
palavras e frases) que são aprendidos por crianças de
desenvolvimento típico
Balbucios
Desenvolvimento do repertório ecóico
• Habilidades pré-acadêmicas (leitura, escrita e
matemática)
• Exemplos:
• Reconhecer o próprio nome escrito;
• Copiar letras e números;
• As primeiras habilidades matemáticas podem
envolver mensurar, contar, identificar números
específicos, tatear números, combinar quantidades
dos itens com seus respectivos números, etc.
Estrutura Linguística

Uma medida importante do desenvolvimento da


linguagem é a aquisição de palavras, frases e orações
mais complexas.
Há várias formas para mensurar o aparecimento
desses habilidades: articulação verbal, tamanho do
vocabulário, sintaxe apropriada, uso correto de
modificadores verbais e nominais (adjetivos,
preposições, advérbios) etc..
Como pontuar
VB-MAPP deve ser administrado uma vez por ano ou
por semestre.

✓Há três possibilidades para pontuar cada habilidade: 0, ½,


ou 1.
✓Pontue a resposta com base nas instruções específicas de
cada nível.
Há dois passos para transferir os dados da criança para
outras seções da avaliação.

1. Primeiramente, some todos os pontos adquiridos em uma


área de habilidade, por exemplo “3 ½” para tato) e escreva
essa pontuação no espaço assinalado como “pontuação total”
no topo de cada área .
2. Depois disso, some as pontuações de todas as área e em
cada nível, e transfira a pontuação total para a seção
apropriada do formulário.
✓ A cada nova administração do VB MAPP uma outra cor
deve ser utilizada para registrar as novas aquisições da
criança.

✓ Se a criança receber 1 preencha com cor todo o espaço; se


ela receber ½, preencha a primeira metade do espaço e
deixe a metade de cima embranco; se ela receber 0, deixe
todo o espaço em branco.

✓ Se a criança não responder a 3 marcos consecutivos, é


razoável interromper a avaliação.
✓ Se um marco estiver muito fácil, você pode passar para
outro.
✓ Se for mais trabalhoso, um cuidado adicional deve ser
empregado (habilidades fragmentadas).
✓ Cuidado com o uso de dicas e ajudas!!!! Exceto se a tarefa
solicitar.
✓ Não pontuar na dúvida.
Formas de testagem

• T = TESTE FORMAL
• O = OBSERVAÇÃO
• O/T = OBSERVAÇÃO ou TESTE
• OC = OBSERVAÇÃO CRONOMETRADA
• Teste Formal (T): consiste em mostrar uma tarefa para a criança e
registrar suas respostas.
• Por exemplo, TATO ( Nível 1-Marco 5) avalia “a criança é capaz de
emitir tato para 10 itens”. Dessa forma, o teste formal deve consistir na
apresentação de cada ítem e do registro das respostas corretas. A
meta é determinar diretamente se a criança consegue executar a
habilidade exigida ou não.
• Observação (O): consiste em verificar se uma habilidade acontece em
situações ambientais variadas sem a apresentação formal de alguma
orientação por parte do avaliador (não há limite de tempo para esse
registro).
• Teste formal ou observação (O/T): nesse caso o avaliador pode obter
os dados relevantes através do teste formal ou da observação direta da
criança.
• Observação Cronometrada (OC): a resposta alvo deve ocorrer em um
período de tempo determinado
Podemos ainda pontuar aproximações.

Por exemplo, ao mostrarmos a figura de um


livro, a criança diz “ivro”. O tato está
funcionalmente correto, mas formalmente
pobre.
Teste de Responder de Ouvinte

Materiais = mesmos que os do Tato. A forma da resposta da


criança é que é diferente.
Cuidado com o uso de dicas desnecessárias (olhar para o ítem
correto, indicar com a cabeça ou mão sem perceber).
Testar seguir orientações em diferentes situações (na mesa,
brincando). Registre se a criança compreende o que foi falado.
Arranjos de figuras e objetos diferentes ( 4, 6, 8 , 10 itens).
Teste de PV e MTS

• Materiais = encaixes, blocos, figuras com padrões, objetos e figuras


idênticos e similares.

• As instruções devem ser do tipo “ponha junto”.


• …”onde vai” ou entregar o ítem e ver se a criança coloca no lugar
correto.
• Cuidado para não identificar os ítens por seus nomes!!!! (por
exemplo, ponha quadrado com quadrado). Senão testamos se a
criança sabe ou reconhece o que é quadrado e não a habilidade de
colocar coisas parecidas/similares agrupadas.
Teste de imitação

• Materiais = lista de comportamentos a serem imitados


(levantar o braço, pular, bater palmas, colocar chapéu,
mandar beijo, pentear o cabelo)
• O Avaliador demonstra o movimento e a criança repete.
Pode ser testado durante momentos de brincadeira,
observado na escola, no parque e etc…. Por exemplo, os
amigos da classe saem correndo….. a criança alvo olha e
corre também.
As barreiras e pontuação
✓Avalia a presença de 24 tipos
de comportamentos que
frequentemente atrapalham ou
impedem o aprendizado.
✓A Avaliação das Barreiras deve
acontecer simultaneamente
com a Avaliação dos Marcos.
Escala de 0 a 4

• 0 = sem problema
• 1 = problemas ocasionais
• 2 = problemas moderados
• 3 = problemas persistentes
• 4 = problemas severos
• Pontuação baixa é um ótimo sinal
✓ 1-2 = barreiras pouco significativas. Provável que
nenhum plano de intervenção formal seja necessário.
✓ 3-5 = barreiras presentes.
Plano formal é necessário como parte da intervenção.
Para algumas crianças é fundamental que o
plano de trabalho concentre-se inicialmente na
remoção das barreiras.
As barreiras mais frequentes são problemas de
comportamento e falta de controle instrucional.
AVALIAÇÃO DE TRANSIÇÃO (VB-MAPP Transition
Assessment)
Contém 18 áreas que conjuntamente contribuem para
avaliar se a criança está apresentando um progresso
significativo que permita a continuidade do seu
ensino em um ambiente menos restritivo e mais
convencional (regular) de aprendizado.

Compreende um resumo das pontuações de outras


áreas do VB-MAPP.
18 Áreas da Avaliação de Transição

• Desempenho geral na Avaliação de Marcos


• Desempenho geral na Avaliação de Barreiras
• Presença de comportamentos negativos e falta de controle
instrucional
• Pontuação Rotinas de Classe e Habilidades de Grupo
• Pontuação Habilidades Sociais e de Brincar
• Trabalho independente em tarefas acadêmicas
• Generalização das Habilidades
• Variedade de itens e eventos que funcionam como reforçadores
• Taxa de aquisição de novas habilidades
• Retenção/manutenção de novas habilidades
• Aprendizado em ambiente natural
• Demonstra transferência entre os operantes verbais sem treino

Adaptação a mudanças
• Comportamento espontâneo
• Brincadeira independente e habilidades de tempo livre
• Habilidades de auto cuidado em geral
• Habilidades de toalete
• Habilidades de alimentação
Pontuação – Avaliação de
Transição
• Escala de 1 a 5.
• Desejável pontuação alta.
• Pontuações 1 e 2 – criança necessita suporte máximo e de
ambientes com suporte constante.
• Pontuações 3 e 4 – criança necessita suporte moderado.
Provável em classes regulares com suporte.
• Pontuação 5 = suporte mínimo necessário. Provável em
classes com crianças típicas.
ANÁLISE DE TAREFAS E HABILIDADES DE SUPORTE
(Task Analysis and Suporting Skills)

Divide a aquisição de uma


determinada habilidade mais complexa
(definida na Avaliação de Marcos) em
outras etapas, de forma que a criança
consiga adquirir a habilidade em sua
totalidade.
A Análise de Tarefas contém uma ampla série de
componentes auxiliares para áreas alvo identificadas
depois que a Avaliação dos Marcos é efetuada.
A seção Análise de Tarefas e Habilidades de
Suporte está organizada de acordo com os três níveis
de desenvolvimento da Avaliação de Marcos, inclusive
respeitando o código de cores para facilitar o
casamento entre os componentes.
Direções e Metas para o Programa de
Ensino Individualizado
(VB-MAPP Placement and IEP Goals)

✓ Apresenta as sugestões para a


elaboração do Plano de Ensino
Individualizado (PEI) da criança.
Pontuação para VBMAPP

✓ Respostas corretas devem ser reforçadas com um esquema de


reforçamento adequado à cada criança.
✓ Respostas próximas ao comportamento alvo podem ser registradas
como corretas em muitas circunstâncias e devem ser anotadas na parte
destinada às observações e comentários do Protocolo de Registro.
✓ Por exemplo, ao testar o repertório de tato, a criança pode dizer:
“ivro”, quando olha para o livro. O tato é funcionalmente correto, mas
formalmente pobre.
✓ Tarefas que estão muito além do nível de habilidade da criança,
como emitir tatos de pronomes para uma criança que emite apenas
tatos para poucos substantivos, não precisam ser testadas.
Ambiente e tempo
A avaliação pode ser conduzida na sala de aula, em casa, na
comunidade e sem limite de tempo para que a criança complete a avaliação
(com exceção das observações cronometradas). Entretanto, alguns ambientes
podem ser mais convenientes para determinar o nível de habilidade da
criança.

✓Por exemplo, um parquinho pode não ser indicado para avaliar a habilidade
de “emparelhar com o modelo”, mas muito propício para testar “brincadeira
independe e social”.

✓O tempo total da avaliação depende do nível geral da criança, de sua


cooperação e do conjunto de materiais.
Materiais para todos os níveis

✓ Cronômetro para marcar o tempo das respostas;


✓ Lápis e folha de registro para registrar e contar as
respostas;
✓ Reforços apropriados para a criança (e.g., itens
comestíveis preferidos, bolhas de sabão, varinha
mágica, microfone, objetos sonoros).
Livros ilustrados
✓Legos, encaixes, blocos, quebra cabeça;
✓Cartões com imagens ou fotos para os tatos, responder de
ouvinte, emparelhar com o modelo, pares de itens ou figuras
idênticas;
✓Conjunto de itens semelhantes, mas não idênticos;
✓Adereços para brincadeiras de faz-de-conta e sociais (e.g.,
conjunto de chá, comida de mentira, bonecas, chapéu de
bombeiro, véu de princesa, caixas de papelão).
Cartões com sequências para contar pequenas histórias:
✓Cartões com letras do alfabeto e números;
✓Itens e figuras que funcionam como exemplos de adjetivos
e medidas (e.g., leve e pesado, limpo e sujo, quente e frio,
molhado e seco, grande e pequeno, comprido e curto);
✓Materiais de desenho e escrita (e.g., giz de cera, papel de
dobradura, livro de colorir, papel, tesoura, cola, fitas, itens
para colagem, lápis, caneta, papel).
Como conduzir a prática
Antes de começar a avaliação a família da criança deve
completar um questionário contendo informações sobre os
itens reforçadores para a criança.
❖ Estabeleça vínculo com a criança (dê tempo para a
criança sentir-se a vontade com você pareando-se com
atividades divertidas e a entrega de reforçadores.
❖ Mantenha o controle dos itens testados e dos
reforçadores.
❖ Reforce respostas corretas.
Sorria no momento em que elogia a criança. Dê
a ela um motivo para olhar para você.
❖ Ao testar o repertório inicial de mando, siga a
motivação (OM) da criança;
❖ Utilize materiais específicos ao gênero e idade da
criança;
❖ Mostre um nível apropriado de entusiasmo.
Conceda tempo para pequenos intervalos e no
momento do intervalo não permita que a criança brinque com
os itens mais reforçadores;
❖ Reconheça e responda apropriadamente aos gestos e
vocalizações espontâneos;
❖ Intercale tarefas conhecidas com outras mais
desafiadoras
❖ Evite dicas em excesso quando a avaliação é conduzida.
Isso mascara o verdadeiro nível operacional da criança.
Possíveis reforçadores das crianças

1. Categoria espelhos, luzes brilhantes, objetos brilhantes, objetos que rodopiam, etc…
2. Categoria de tipos diferentes de sons como música, brinquedos sonoros, sirenes,
palmas, pessoas cantando etc…
3. Categoria de tipos de cheiros: flores, café, árvores, etc…
4. Categoria de tipos de comidas/bebidas
5. Categoria de tipos de estimulações físicas: cócegas, dançar, balançar, patins, etc…
6.Categoria temperaturas: coisas geladas, quentes.
7.Categoria atenção: abraços, beijos, elogios verbais, tapinhas nas costas, etc…
8.Categoria tipo de brinquedos: quebra-cabeça, livros, brinquedos de montar,
bonecos, etc…
9.Outras atividades/coisas que a criança gosta.
A criança do nível 1
Desenvolver os requisitos básicos: mandos, ecóicos,
imitação motora, ouvinte, tatos, VP e MTS.
✓Habilidades de brincar e sociais também são relevantes e
devem ganhar destaque na intervenção.
✓Provável que o formato de ensino exija treino com mais
tentativas arranjadas de forma estruturada (nível de ajuda,
esvanecimento das dicas, uso abundante das OMs,
reforçadores potentes).
✓Não descartar as estratégias NET ( ensino ambiente natural).
Nível 1 – precisa aprender
✓ Mandos livres de dicas ecóicas ou imitativas;
✓ Mandos conduzem aos ítens preferidos;
✓ Comportamentos negativos não irão funcionar
como mandos;
✓ Ensinar que os SDs ( Estímulos Discriminativos)
podem ser visuais, auditivos, tátéis;
✓ Adquirir controle instrucional.
O profissional precisa
✓Ser uma fonte associada com a entrega de ítens
reforçadores;
✓Atentar para os motivadores da criança, quando eles são
poderosos (local, pessoas, momento);
✓Ter lista de motivadores potenciais e reforçadores
relacionados;
✓Selecionar primeiras palavras para ensinar (relacionadas aos
itens preferidos, de fácil consumo/ uso; que podem ser
entregues imediatamente, fáceis de serem utilizados no
cotidiano da criança).
Uso de dicas ecóicas e esvanecimento das dicas:
✓ Planejamento de generalização de estímulos;
✓ (palavra ocorre em diferentes ambientes, pessoas -
ambientes calmos, barulhentos, voz alta, voz baixa, materiais
diferentes);
✓ Treino de tato deve ser iniciado o mais breve possível,
mas se a criança não apresentar mandos, o foco inicial deve
ser na sua aquisição;
✓ A seleção dos alvos iniciais é fundamental (familiares e
fáceis de serem encontrados no dia a dia da criança).
✓ É ótimo utilizar de brincadeiras e de situações
mais naturalísticas para ensinar imitações. Porém, se o
repertório imitativo for muito fraco, um ensino
estruturado deve ser iniciado;
✓ Habilidades visuais e emparelhamento com o
modelo são fundamentais nessa etapa para o
desenvolvimento de habilidades de rastreamento e
discriminações de ouvinte.
As metas
Emitir 10 mandos diferentes sem dicas ecóica e
o ítem desejado pode estar presente. Dicas do tipo “o
que você quer” podem estar presentes.
Emitir uma média de pelo menos 50 mandos
por dia.
Tatear 50 itens.
Tatear 10 ações.
Identificar como ouvinte 50 ítens em conjuntos
de 08.
Atender cerva de 20 instruções específicas.
Imitar 25 ações de 2 passos.
Parear 100 ítens não idênticos em conjuntos de 10.
Ecoar 50 combinações de palavras com duas sílabas.
Imitar o comportamento motor dos colegas (e.g., na
escola) em 10 ações diferentes.
Brincar de forma independente e funcional por 05 min.
Fazer pedidos (mandos) para os colegas 5vezes por dia.
A criança do nível 2
✓Embora pontuar no Nível 2 seja mais avançado e a criança apresente
habilidades de linguagem mais sólidas, são ainda aprendizes iniciais.
✓Objetivos gerais
i. Ampliar o repertorio de mando, tato, LD (ensinando mais nomes,
verbos, adjetivos);
ii. Começar o treino LRFFC;
iii. Começar o treino intraverbal;
iv. Desenvolver interação social e verbal com colegas;
v. Desenvolvimento de habilidades de grupo;
vi. Aprendizado em ambientes menos restritivos.
Metas

1. Pedir por cerca de 50 ítens ausentes diferentes, utilizando a dica “Do


que você precisa?”;
2. Emitir mandos para outras pessoas realizam ações ( corre, me pega,
vem aqui, quero colo...);
3. Tatear 250 itens;
4. Ouvinte de 250;
5. Tatear e ouvinte para 25 ações;
6. Tatear e ouvinte para 200 componentes nome-verbo ( ver TV, tomar
banho, pegar a bola, tomar suco).
7. Selecionar 10 cores e formas em conjuntos com outras cores e
formas;
8. Parear 200 itens não idênticos, conjuntos de 10, com ítens similares
no conjunto;
9. Selecionar 200 ítens/figuras na forma de preencher lacunas conjuntos
de 10 por função e classe (Você dorme na....., A comida é....... Você
escreve com.....);
10. Responder 200 intraverbais (preencher lacunas e perguntas com
quem, o quê, qual);
11. Brincar de forma independente e funcional (do tipo andar de bike,
chutar bola, escalar brinquedos em parque) por 10min;
12. Atentar aos colegas ou professor (em formato de grupo) por cerca
de 50% em um período de 10min.
A criança do nível 3
✓Crianças de Nível 3 já mostram uma base mais
sólida das habilidades de linguagem e isso permite
avançar para outras mais avançadas, sociais e
acadêmicas;
✓Por volta dos 30 meses as crianças típicas já
adquiriram, em geral, centenas de mandos, tatos e
ouvintes e aprendem muito rapidamente novas
palavras.
✓ Os mandos já são espontâneos e as
habilidades de imitação bem estabelecidas;
✓ Habilidades VP-MTS são mais complexas e
abstratas, colaborando para as tarefas
acadêmicas;
✓ Intraverbais aumentando rapidamente e
colaborando para ampliar as interações sociais.
O profissional precisa
✓ Continuar expandindo o repertorio de mando,
tato, LD (ensinando mais nomes, verbos, adjetivos);
✓ Expandir o tamanho das sentenças (uso de
pronomes, advérbios, preposições);
✓ Refinar o comportamento vocal (concordância,
tempos verbais, singular e plural);
✓ Usar de forma cada vez mais funcional as
habilidades verbais nas situações sociais.
✓Aumentar a conversa (habilidades
intraverbais sobre assuntos do cotidiano);
✓Brincadeiras com os pares mais
complexos;
✓Aprendizado consistente em formato e
grupo;
✓Atividades acadêmicas.
Metas

1. Emitir mandos 50 vezes ou mais por dias utilizando perguntas com


quem, qual, o que ( que horas vamos? Quem vai me levar?);
2. Tatear aspectos específicos do ambiente para pelo menos 25 itens
diferentes ( O que é isso? O que você faz com isso? Onde você encontra
isso);
3. Seguir 25 padrões com 3 partes;
4. Secionar 500 coisas por função e classe em conjuntos de 10, para 100
ítens diferentes;
5. Responder duas perguntas sobre uma história curta, para 50 histórias
diferentes.
6. Brincar com os pares por 10 min;
7. Trocar turnos com os pares e sem dicas, 10 vezes por dia;
8. Interação recíproca com o par 15 vezes por dia ( 4 trocas verbais);
9. Copiar letras maiúsculas e minúsculas (todas);
10. Identificas 25 palavras;
11. Parear quantidade e numero e número e quantidade (1-10);
12. Ficar por 20 min em grupo e sem apresentar comportamento
negativo, responder 10 questões intraverbais.

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