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Sumário

Apresentação..............................................................................................05
1. Unidade I................................................................................................07
2. Unidade II..............................................................................................11
3. Unidade III.............................................................................................19
Referências.................................................................................................41
Apresentação

O primeiro parágrafo nunca é recuado. Só a partir dos demais parágrafos é que


você pode digitar um [tab] para criar o espaço.
Deixe para elaborar a apresentação por último assim você poderá
sistematizar melhor as ideias. A apresentação deve ter de 4 a 6 parágrafos. Aborde
os seguintes tópicos: apresente um cenário da profissão e do mercado ao qual está
relacionado o conteúdo desta apostila.
Descreva em linhas gerais o que será abordado e a importância de utilizá-
la no desenvolvimento das competências profissionais.
Informe as vantagens de usar esta apostila e também de pesquisar outras
fontes. Como o material está organizado, a quem se destina. Convide o estudante
leitor a aproveitar o máximo do material.
Unidade I

Processos de Trabalho do Motorista de Veículo de


Turismo
A Condução de Veículos de Turismo

Nesta unidade você vai estudar para desenvolver as seguintes competências:


 Competência relacionada ao Subtema 1.1
 Competência relacionada ao Subtema 1.2
 Competência relacionada ao Subtema 1.3
 Competência relacionada ao Subtema 1.4

“(Senhoras e Senhores) Bom dia / boa tarde / boa noite/ Meu


nome é ________________________________________.
Sou o Motorista que os conduzirá nesta viagem. Gostaria de
pedir que todos coloquem os cintos de segurança, que estão
sobre cada poltrona. Observem que há várias saídas de
segurança com identificação nas janelas. Muito obrigado(a)
pela atenção e desejo a todos uma excelente viagem.”

1.1 Fundamentação básica para condução de veículo de


turismo

Quando nos referimos a veículo utilizado em turismo, devemos considerar que


haverá sempre a presença do profissional guia de turismo junto, ao menos que o
próprio motorista também seja guia de turismo o que o classificaria moto-guia.
O motorista de veículos de turismo ocupa-se, principalmente, do
transporte de turistas em veículos rodoviários, tipo ônibus, vans e automóveis em
ambiente urbano, rodoviário e rural. Realiza suas atividades em conformidade
com os procedimentos de qualidade, higiene e etiqueta social proporcionando a
satisfação do cliente durante o atendimento. Pode trabalhar como autônomo ou
com vínculo empregatício, prestando serviços para empresas privadas,
instituições públicas e organizações sociais. Atua em agências de receptivo,
aeroportos, hotéis e pousadas, shoppings e postos de informação localizados em
diferentes pontos do estado.

Insira a imagem ou foto. Faça referência a ela no texto usando sua


identificação, no exemplo Figura 1.1 ou Fig. 1.1. O primeiro número
refere-se à unidade, o segundo é a sequência da imagem.
Exemplo: Figura 3.5 significa que é a 5ª imagem da unidade 3.
Toda imagem deve ter legenda.
Figura 1.1 - Legenda

Pensando no assunto...
Insira pontos de reflexão para que o estudante possa relacionar o
texto a uma situação prática. Uma técnica é fazer uma pergunta para
que ele reflita sobre uma experiência pense em uma situação do
cotidiano. Máximo 4 linhas.

O profissional deverá ter as seguintes atribuições para ser considerado um bom


profissional:
 Executar a condução de forma agradável e respeitosa;
 Demonstrar confiança no trabalho;
 Demonstrar conhecimento do assunto;
 Utiliza técnicas de direção defensiva para conduzir de forma segura o
veículo utilizado.
 Ter o Guia de Turismo como parceiro, apoiando e seguindo suas
orientações.

1.2 Regulamentação Turística

O motorista de veículo de turismo, além de atender às exigências do Código de


Trânsito Brasileiro, deve ser capaz de:

a) inspecionar e adequar o veículo para receber o turista – o que pode


incluir fazer check up do veículo; verificar ferramenta, documento, rádio, tv,
vídeo, microfone, ar condicionado, equipamentos de segurança, pneu,
aparência, arrumação e limpeza; testar as instalações elétrica, mecânica e
sanitária; arejar e arrumar de acordo com a programação e demanda do turista;
detectar e sanear odores, ruído excessivo e a presença de insetos;

b) cuidar da apresentação pessoal e postura profissional – o que pode


incluir garantir um condicionamento físico apropriado; controlar alimentação,
bebida e período de repouso; cuidar do uniforme, aparência e higiene pessoal;
manter limite de relacionamento afetivo durante a atividade; lidar com
situações constrangedoras; usar linguagem e tratamento apropriados; cuidar da
imagem da agência e transportadora; demonstrar profissionalismo no trato de
ocorrências e quebra de compromisso;

c) dirigir o veículo em percurso turístico – o que pode incluir dominar


roteiros e vias de acesso principais e alternativas; alterar roteiro de acordo com
a condição climática, acesso, segurança e horário; redefinir trajeto, ponto de
parada e de estacionamento do veículo; interpretar a sinalização turística;
d) operar equipamentos – o que pode incluir operar ar condicionado, painel
de controle, motor, rádio, CD, TV, DVD, microfone, equipamento de limpeza e
higienização;

e) assegurar o bem-estar do turista – o que pode incluir dimensionar


deslocamento e parada; indicar local de alimentação, compras e banho;
recomendar comportamentos e cuidados especiais; amenizar o desgaste físico e
emocional do turista; assegurar a tranqüilidade do turista em caso de
anormalidade; ajudar o turista a subir e descer do veículo; apoiar turista com
necessidade especial, criança e idoso;

f) maximizar a segurança e a privacidade do turista – o que pode incluir


impedir o acesso de pessoa estranha; orientar sobre riscos; observar o tipo de
bagagem; comunicar à administração anormalidade de comportamento e de uso
do veículo; manter sigilo sobre hábitos e intimidade do turista;

g) cuidar de documentos, controle e registros – o que pode incluir manter em


ordem a pasta de documentação do veículo e da viagem contendo relação de
passageiros, registro do veículo e seguro, certificado de inspeção regulamentar
e dedetização; fiscalizar o serviço de abastecimento; controlar a
quilometragem; controlar consumo de combustível e material; registrar
ocorrência e anormalidade; controlar a entrada e saída de turista e bagagem;

h) apoiar o guia de turismo – o que pode incluir prover o guia de informações


sobre o atrativo turístico ou estabelecimento; recomendar local turístico,
restaurante, pontos de compra; auxiliar na contagem dos turistas; controlar
horário; etiquetar bagagem; executar serviço de bordo em transporte especial;

i) reparar falhas – o que pode incluir identificar defeito; trocar lâmpada e


fusível; reduzir ruído de porta e janela; trocar pneu e correia; bloquear entrada
de ar e vazamento de ar e óleo; eliminar odor do wc; verificar e liberar roda
aquecida;

j) atuar em emergência – o que pode incluir utilizar medida adequada em


caso de embriaguez, torção, fratura e ataque epiléptico; providenciar socorro ou
remoção; identificar alternativa; controlar o comportamento dos tripulantes e
turistas em caso de acidente; socorrer veículo; comunicar ao órgão responsável
a anormalidade observada;

k) evitar impacto ambiental – o que pode incluir orientar o turista em relação


aos cuidados com o lixo e seu descarte; coletar o lixo e descartar em local
apropriado; respeitar as leis ambientais ao conduzir o veículo.

Fonte: Norma Nacional para Motorista de Veículo de turismo, SEBRAE 2001

Insira a imagem ou foto. Faça referência a ela no texto usando sua


identificação, no exemplo Figura 1.2 ou Fig. 1.2. O primeiro número
refere-se à unidade, o segundo é a sequência da imagem.
Exemplo: Figura 3.5 significa que é a 5ª imagem da unidade 3.
Toda imagem deve ter legenda.
Figura 1.2 - Legenda

Atenção!
É utilizado para alertar o estudante sobre algo importante. Pode ser
usado também para apresentar um conceito ou definição. Máximo 4
linhas.

Fique
Sabendo
1.3 Subtema Glossário - digite
o termo técnico
a ser esclarecido
Copie e cole
próximo do
Desenvolva o texto. Use frases afirmativas e ordem direta (sujeito -> verbo -> termo a ser
utilizado.
predicado). Cada frase deve ter no máximo 3 linhas. Cada parágrafo de 5 a 8
linhas, no máximo. Se tiver termos técnicos, explique no glossário.
Os quadros são utilizados para informações textuais conforme exemplo do
Quadro 1. A legenda fica na parte inferior.

Título do quadro
texto Nonono
texto Nonono
texto Nonono
Quadro 1 – Legenda.

Você sabia?
É utilizado para apresentar uma curiosidade ou dar alguma dica
sobre o assunto. Máximo 4 linhas.

1.4 Guia de Turismo

É considerado Guia de Turismo o profissional que, devidamente cadastrado no


Ministério do Turismo, exerça as atividades de acompanhamento, orientação e
transmissão de informações a pessoas ou grupos, em visitas, excursões urbanas,
municipais, estaduais, interestaduais, internacionais ou especializadas.
Na atividade turística brasileira é a única profissão que possui
reconhecimento e regulamentação do Ministério do Turismo, ou seja, exige
formação específica e pode ser praticada apenas por pessoas que tenham realizado
cursos direcionados e possuam cadastro neste Ministério. Decreto nº 946, de
01/10/1993.
A maioria dos turistas, bem como grande parte da bibliografia encontrada
no mercado, não faz distinção entre os termos “guia de turismo” e “guia
turístico”, chegando a apontá-los como sinônimos. É importante, portanto, fazer
uma diferenciação de nomenclatura.
Guia turístico e um manual de informações turísticas ou, ainda, a
publicação destinada à promoção e à divulgação do turismo de um lugar. É,
portanto, um objeto, um livro, um catálogo ou uma publicação. Em contrapartida,
guia de turismo é o profissional, a pessoa que, além de prestar informações
necessárias, também acompanhará o turista e irá orientá-lo durante a viagem.
De acordo com o Ministério do Turismo (Lei nº 8.623/93 e Decreto nº
946/93, os guias de turismo estão classificado, atualmente, como: guia regional,
guia de excursão nacional, guia de excursão internacional e guia especializado em
atrativos naturais ou culturais.
O guia de turismo regional atua em determinado estado, como no caso
do Ceará, executando as atividades de recepção, traslado, acompanhamento,
prestação de informações e assistência a turistas, em itinerários ou roteiros locais
ou intermunicipais dentro da própria unidade da federação, para visitas a seus
atrativos turísticos. Ex: O guia faz a recepção de um grupo de São Paulo que
desembarcou no Aeroporto de Fortaleza, acompanhamento até o hotel e
posteriormente acompanhamento a visitas com City tour, passeios às praias e
outras que poderão ser ofertadas. O guia regional também é conhecido como guia
local ou receptivo.
O guia de turismo de excursão nacional, também conhecido como guia
acompanhante, tem atribuições muito similares ao guia regional. No entanto, esse
tipo de guias está autorizado a acompanhar grupos para fora de seu estado de
origem, por todo o território nacional e pela América do Sul. Ao chegar a uma
localidade turística onde haverá visitação, o guia acompanhante deve contratar o
serviço de guias locais para a realização dos passeios. Caso o guia acompanhante
queira atuar como guia local, apenas poderá fazê-lo se este tiver feito capacitação
e cadastramento como profissional na localidade visitada. Caso contrário, estará
irregular. Ex: O guia conduz um grupo de Fortaleza a Recife, de ônibus (tour
rodoviário) ou de avião (tour aéreo) e lá contrata os serviços de um guia local para
os passeios.
As atividades do guia de turismo de excursão internacional são
idênticas às realizadas pelo guia nacional, porém esse tipo de profissional está
autorizado a acompanhar grupos a países dos cinco continentes. Ao chegar a uma
localidade turística, o guia internacional deverá contratar os serviços de um guia
local, principalmente devido a diversidade e quantidade de informações existentes
nesse tipo de viagem.
Fora estes tipos de guia de turismo, temos os guias especializados em
atrativos naturais ou culturais. Este profissional ainda não existe no estado do
Ceará. O que temos são condutores de turistas ou de visitantes, que geralmente
são moradores da localidade. Ex: condutores do Parque Nacional de Ubajara, que
apesar de portarem um crachá escrito guia de turismo, eles não tem a formação
específica deste profissional.
É importante que haja um bom relacionamento entre os guias de turismo e
os motoristas e vice-versa. Estes profissionais devem exercer bem suas funções e
podem se ajudar em todo o percurso da viagem, seja contando os passageiros, seja
ajudando no embarque e mesmo nas orientações de segurança e serviços no
veículo.

As tabelas são representações numéricas, conforme mostra a Tabela 1.1-


Exemplo. É permitido colocar linhas verticais na parte interna, mas não na parte
externa.

Tabela 1.1 – Exemplo


texto 00,0 00,0 0.000,00 0.000,00
texto 00,0 00,0 0.000,00 0.000,00
texto 00,0 00,0 0.000,00 0.000,00
Fonte: Elaboração do autor.

Hora da Prática
Dê orientações sobre como as atividades devem ser desenvolvidas -
ambiente pedagógico ou no laboratório. Máximo 4 linhas. Se não
tiver prática pode eliminar.

1. Enunciado
2. Enunciado
3. Enunciado

Atividades
??? imagem? Teste seus conhecimentos. Realize os exercícios para verificar como
foi a sua aprendizagem.

1. Enunciado 1
2. Enunciado 2
3. Enunciado 3
4. Enunciado 4

1.5. Para Saber Mais


Sobre salas virtuais. Consulte:
 AulaVox – Negócios e Educação. Disponível em
http://www.aulavox.com/produto.htm.
 Universia – Sala de Aula Virtual. Disponível em http://salasvirtuais.universia.com.br/.

1.6. Referências
ALMEIDA, Maria Elizabeth Bianconcini. Educação a distância na internet: abordagens e
contribuições dos ambientes digitais de aprendizagem. 2003. Disponível em:
http://www.scielo.br/pdf/ep/v29n2/a10v29n2.pdf. Acesso: 1/8/07.
ALMEIDA, Fernando José et al. Educação a Distância: Formação de Professores em Ambientes
Virtuais e Colaborativos de Aprendizagem. São Paulo, Projeto NAVE, 2001. IN: MACHADO,
Liliana Dias; MACHADO, Elian de Castro. O papel da tutoria em ambientes de EAD.
Disponível em http://www.abed.org.br/congresso2004/por/pdf/022-TC-A2.pdf. Acesso: 13/8/07.

APOSTILA DO CURSO DE MOTORISTA DE VEÍCULO DE


TURISMO
MODULO I - Fundamentação básica para condução de veículo de turismo

Módulo II – O Condutor de veículo de turismo

Unidade I – Condução de Veículos de Turismo


CÓDIGO DE TRÂNSITO BRASILEIRO

Unidade II – Ações Administrativas

MAPAS RODOVIÁRIOS

TÉCNICAS DE CÁLCULO DE DISTÂNCIA E TEMPO DE PERCURSO

TÉCNICAS DE PLANEJAMENTO A CURTO PRAZO EM PERCURSO

ÓRGÃOS RESPONSÁVEIS E OS PROCEDIMENTOS PARA EVITAR


IMPACTO AMBIENTAL

ROTEIROS TURÍSTICOS

LOCAIS TURÍSTICOS

EQUIPAMENTOS TURÍSTICOS

Unidade 3 – Processos Decisórios

FORMAS DE CONTROLE DE TURISTAS

BAGAGENS DE BORDO

PARA ONDE ESTOU INDO

A numeração das rodovias (Estaduais e Federais) serve para orientar quanto à


direção que você está seguindo.

Começando com 0 (ZERO): todas têm início na capital (do estado ou país).
Ex.: CE-040 – Rodovia estadual.

Começando com 1 (UM): têm a maior parte do percurso no sentido NORTE-


SUL. Ex: BR-116 – Rodovia Federal.

Começando com 2 (DOIS): têm a maior parte do percurso no sentido LESTE-


OESTE. Ex: BR-222 – Rodovia Federal.

Começando com 3 (TRÊS): têm a maior parte do percurso no sentido


DIAGONAL. Ex: CE-356 – Rodovia Estadual.
Começando com 4 (QUATRO): rodovias de pequena extensão que servem de
ligação entre rodovias maiores. Ex: CE-453. Rodovia Estadual.

As letras “BR” antes dos números indicam qualquer Rodovia Federal. Ex: BR-
116 (liga Fortaleza ao sul do Brasil).

As letras “CE” antes dos números indicam qualquer Rodovia Estadual do


Ceará. Ex: CE-040 (liga Fortaleza à cidade de Aracati)

Além desses, o estado do Ceará utiliza também numeração iniciada por 5


(CINCO): são vias com extensão inferior a 10 (DEZ) quilômetros, que servem
de acesso a localidades de intensa movimentação como a capital, praias, serras
etc. Ex: CE-501 – acesso do Aeroporto Internacional Pinto Martins ao restante
da cidade de Fortaleza.

Informações Turísticas

CEARÁ - LITORAL

O litoral cearense tem 573 km de extensão, sendo 24 km na cidade de


Fortaleza. O restante da costa é dividido em Litoral Leste, conhecido como
Costa do Sol Nascente e Litoral Oeste conhecido como Costa do Sol Poente.

Praias de Fortaleza (de oeste para leste):


Barra do Ceará: Caracteriza-se pela desembocadura do Rio Ceará. Local do
marco inicial da colonização do Ceará (1604). A ponte que liga Fortaleza ao
município de Caucaia veio facilitar o fluxo ao litoral oeste do estado. É uma
praia popular, descaracterizada pelo excesso de barracas onde são servidas
comidas e bebidas, construídas sem padronização. Dispõe de pólo de lazer que
requer reparos.

Arpoador / Goiabeiras : Praias que pertencem a uma área pobre de Fortaleza


formada por vários bairros e conhecida como Pirambu. Não há condições de
balneabilidade devido às casas e casebres muito próximos à praia e poluição.

Jacarecanga: Conhecida como Praia da Leste Oeste, por estar na região


daquela avenida, cujo nome oficial é Av. Pres. Castelo Branco. Apesar da
presença de um centro de tratamento de esgoto, é comum a presença de
freqüentadores.

Formosa: Praia utilizada no começo do século passado pelos fortalezenses.


Restringe-se hoje a um pequeno trecho ao lado do Hotel Marina Park, que
tomou a maior parte daquela praia na construção de uma Marina. É a praia
mais próxima ao Centro da Cidade.

Iracema: Uma das praias de ocupação mais antiga da Cidade. Dezenas de


bares famosos fazem desta praia o reduto da intelectualidade fortalezense e
uma das áreas mais agitadas da noite da capital. Pouco sobrou da praia após a
construção do Porto do Mucuripe na década de 50. O mar tornou-se mais
revolto e houve a necessidade de colocação de blocos de rochas para evitar a
erosão. Inicia-se na região de estaleiros e vai até a Estátua de Iracema nova.

Meireles: Oferece belo conjunto visual, formado pelo movimentado calçadão,


bares, barracas, coqueiros e imponentes edifícios da orla. No final da tarde e à
noite, transforma-se em ponto de caminhadas, ciclismo, manifestações
culturais, compras (feira de artesanato) e passeios informais. Ao longo de seus
4 quilômetros de extensão, recebe vários nomes específicos, referentes a clubes
da orla (Ideal, Diários, Náutico) ou outros aspectos como a Volta da Jurema,
local com anfiteatro, quadras esportivas, pistas de skate e patinação. Estende-se
entre as estátuas nova e velha de Iracema.

Mucuripe: Praia com grande movimentação de jangadas. É o principal núcleo


de pescadores de Fortaleza, razão pela qual boa parte de seu trecho recebe o
nome de Porto das Jangadas. De lá partem também os barcos lagosteiros e de
passeio marítimo. Prossegue até a região do Cais do Porto. Há também grande
concentração de restaurantes famosos por suas peixadas.

Futuro: Extensa faixa de praia que se estende até a desembocadura do rio


Cocó. Mar aberto, com ondas constantes e propícias ao banho. Em toda a sua
extensão predomina a existência de barracas, em sua maioria, bem estruturadas
e que nas noites de quinta-feira, algumas oferecem shows e música ao vivo.

Sabiaguaba: Faixa de praia tranqüila, preferida pelos adeptos da pescaria,


localizada entre os rios Cocó e Pacoti, composta de manguezais, dunas e rochas
de praia.

CEARÁ - LITORAL LESTE

Também conhecida como "Costa do Sol Nascente", o acesso às praias deste


litoral é feito à partir de Fortaleza pela rodovia federal BR 116 e a rodovia
estadual CE 040 (mais viável). Para acesso às regiões de Aracati e Icapuí, é
necessário prosseguir pela BR 304. Neste litoral estão os seguintes municípios:

AQUIRAZ - 25 km de Fortaleza:
Área: 470 km2.
Região Metropolitana de Fortaleza.
Cidade criada no século XVII, foi oficialmente a primeira capital do Ceará.
Oferece várias atrações turísticas como construções que datam do século
XVIII. Suas praias Porto das Dunas: praia de padrão internacional.
Destacam-se as casas de veraneio e de moradores, muitas luxuosas, e o
complexo turístico Beach Park, considerado o maior parque aquático da
América Latina. Prainha é o ponto de partida do roteiro das rendas e
artesanato. Possui várias opções de restaurantes em barracas de praia onde são
servidos pratos tradicionais, principalmente a peixada. Outro destaque é um
parque aquático recém inaugurado. Iguape é uma praia cercada de dunas.
Destaca-se a intensa movimentação de jangadas e também um centro de
artesanato onde o principal produto encontrado é a renda de bilros. No Barro
Preto a atração é a área de camping bem equipada com suporte de restaurante e
área de lazer.

CASCAVEL - 53 km de Fortaleza:
Área: 822 km2.
Cidade tradicional pela feira de São Bento, onde são comercializados produtos
em cerâmica, cipó, madeira e renda. Suas praias são: Balbino, Caponga,
Águas Belas e Barra Nova. Caponga é a praia mais procurada. O verde do
mar combina com o coqueiral, dando uma sensação de algo muito belo e
diferente. Possui uma boa infra-estrutura de hospedagem e lazer.

BEBERIBE - 85 km de Fortaleza:
Área: 1.617 km2.
Cidade pequena, porém agradável. Tem se destacado na época do carnaval com
uma procura cada vez maior. Suas praias mais conhecidas são: Morro Branco
e das Fontes. Mas conta ainda com: Tracuá, Diogo, Uruaú, Quixaba,
Piquiri, Moita Verde, Canto Verde, Tapuio e Parajuru.
Morro Branco diferencia-se das outras praias pela grande extensão de dunas e
barreiras com areias coloridas. Sempre muito movimentada a praia dispõe de
infra-estrutura hoteleira. Lá os turistas são guiados por crianças nativas que
além de mostrar suas belezas naturais, falam sobre as histórias do local como a
filmagem da novela Final Feliz em 1982. A 4 km dali fica a praia das Fontes.
Muito bonita por suas fontes naturais de águas doces e cristalinas. Conta com
boa infra-estrutura hoteleira, se destacando o Hotel Praia das Fontes.

FORTIM - 130 km de Fortaleza:


Área: 296 km2.
O destaque é a desembocadura do rio Jaguaribe, maior rio do Ceará. Suas
praias são pouco conhecidas: Pontal do Maceió, Canto da Inveja e Barrinha.
O rio Jaguaribe com seu mangue exuberante favorece a prática do turismo
ecológico.

ARACATI - 150 km de Fortaleza:


Área: 1.132 km2.
Um dos locais de grande movimento em períodos de carnaval. São atrações
históricas: a Igreja Matriz, iniciada no século XVIII e concluída no século
XIX; Casa de Câmara e Cadeia, Sobrado do Barão de Aracati, onde funciona o
Museu Jaguaribano. O artesanato típico apresenta produtos, em labirinto,
palhas e cipós. Suas praias são: Cumbe, Canoa Quebrada, Majorlândia,
Pedrinhas, Quixaba, Lagoa do Mato, Fontainha e Retirinho.
Canoa Quebrada conhecida internacionalmente, conserva ainda muito do
primitivismo, com o povoado instalado sobre as falésias, contrastando com
modernas edificações que abrigam pousadas e hotéis de excelente infra-
estrutura. Majorlândia fica vizinho à Canoa Quebrada. Destacam-se o seu
carnaval muito animado; o surgimento da arte de desenhos com areia colorida
em garrafas e taças à mais ou menos 50 anos atras e as esculturas feitas nas
falésias. Entre as duas praias, a cidade turística Porto Canoa, que está em
constante expansão, local sofisticado em harmonia com o rústico da região.
ICAPUÍ - 200 km de Fortaleza:
Área: 406 km2.
De grande beleza, ainda guarda aquele toque primitivo de grande parte do
litoral. Mar aberto, dunas e coqueiral exuberante fascinam a todos que lá
chegam. É importante produtor de petróleo e sal marinho do estado. Destaca-se
também a exploração do coco, com exportação do produto e seus derivados. É
comum a presença de descendentes de holandeses. O litoral de Icapuí conta
com praias de nomes estranhos: Tremembé, Requenguela, Melancias,
Arrombado, Peroba, Ibicuitaba. Ainda destacam-se as praias de Redonda,
Manibu, Barreiras, Peixe Gordo e Ponta Grossa. Esta última pode ser vista
ao longe da praia de Canoa Quebrada. De perto é um belo espetáculo da
natureza.

CEARÁ - LITORAL OESTE

O acesso às praias desse litoral é feito a partir de Fortaleza pelas rodovias


federal BR 222 e estaduais CE 090 e CE 085. Este litoral é conhecido como
"Costa do Sol Poente" e nele estão os seguintes municípios:

CAUCAIA - 8 km de Fortaleza:
Região Metropolitana de Fortaleza.
Área: 1.293 km2.
Destacam-se neste município as praias de Icaraí e Cumbuco, onde há o maior
fluxo turístico. No Cumbuco encontramos restaurantes dos mais simples, no
vilarejo, até os mais sofisticados. Também é possível fazer passeios como:
bugue, jangada (que vai até um quilômetro e meio mar adentro). Lagoas
completam o lazer e o descanço em Cumbuco: Parnamirim, Banana,
Cristalinas.
Também fazem parte de Caucaia as praias de Iparana, onde está a colônia de
férias do SESC, Pacheco e Tabuba.

SÃO GONÇALO DO AMARANTE - 60 km de Fortaleza:


Área: 782 km2.
Região Metropolitana de Fortaleza.
Suas praias principais são: Pecém e Taíba. Pecém é pontilhada de dunas,
lagoas de água doce e coqueirais ao longo da costa. O asfalto torna fácil o
acesso e é fácil encontrar pequenas pousadas e casas de veraneio. Nesta praia
está sendo construído o mais novo porto do Ceará. Taíba também com acesso
fácil, tem como atração as grutas formadas pela erosão marinha . É considerada
excelente para a prática do surfe.

PARACURU - 90 km de Fortaleza:
Área: 208 km2.
É uma das poucas cidades além, de Fortaleza, que possui litoral dentro da área
urbana. O carnaval já foi o mais animado do litoral, mas hoje concorre com
outras localidades. É muito procurada para a prática de esportes náuticos e
mantém um movimentado calendário com campeonatos náuticos, regatas de
jangadas e outros eventos. Ondas compridas e altas favorecem a prática do
surfe. Piriquara, Baixo Grande, Canto do Pará e Pedra Redonda são praias
também pertencentes ao município de Paracuru.

PARAIPABA - 100 km de Fortaleza:


Área: 320 km2.
O destaque é a praia da Lagoinha. Em forma de baía, com vasto coqueiral e
bicas de água doce. A atração é a duna que já foi capa da Revista Viagem e
Turismo e hoje é um dos principais cartões postais do Ceará. Próximo à praia
está a lagoa das Almécegas, com águas limpas, ideal para banho. Totalmente
asfaltada até a entrada do povoado de Lagoinha, a rodovia passa por uma área
irrigada, o vale do Curu Paraipaba.

TRAIRI - 120 km de Fortaleza:


Área: 756 km2.
São 13 quilômetros de litoral que formam as praias de Emboaca, Mundaú,
Guajiru e Flecheiras. A praia de Mundaú deslumbra o visitante com a beleza
agreste do litoral - de um lado o espetáculo selvagem do mar batendo na areia e
do outro as imensas dunas características do lugar. Flecheiras é um simples e
simpático povoado de pescadores que já conta com boas pousadas e hotéis.
Mar propício ao banho, com vasto coqueiral bem próximo.

ITAPIPOCA - 125 km de Fortaleza:


Área: 1.782 km2.
As belas e selvagens praias de Itapipoca são: Baleia, Pracianos, Inferno e
Marinheiros. Sua maior beleza está no primitivismo do local, o convívio
simples com os pescadores, que em sua maioria em casas de taipa, erguidas
entre dunas e os coqueiros, sabem receber muito bem os visitantes.

AMONTADA - 154 km de Fortaleza:


Área: 682 km2.
Suas praia são: Pedra Comprida, Jiqui, Icaraí e Moitas. O fluxo turístico
para essas praia ainda é insignificante.

ACARAÚ - 252 km de Fortaleza:


Área: 992 km2.
Município de belas praias e considerado o maior exportados de pescado. Suas
praias são Espraiado, Ilha dos Patos, Camburão, Ilha dos Coqueiros,
Imburanas, Curral Velho, Arpoeiras, Cacimbas, Croa Grande, Monteiro e
Aranaú.

ITAREMA - 265 km de Fortaleza:


Área: 1.008 km2.
Apesar de vir primeiro do que Acaraú na ordem do litoral, o acesso é feito a
partir daquela praia, tornando-a mais distante.
Tem em suas praias um grande potencial turístico, são elas: Patos, Tapera,
Torrões, Almofala, Porto Branco, Guajiriu, Volta do Rio e Ostras. Sendo
que a mais conhecida é Almofala, praia de grande fascínio. A grande atração é
a Igreja de Nossa Senhora da Conceição. Construída na primeira metade do
século XVIII, que ficou soterrada durante quase 40 anos por uma duna de
areias móveis.
JIJOCA DE JERICOACOARA - 287 km de Fortaleza:
Área: 209 km2.
É o município que mais atrai os turistas que chegam ao Ceará, por possuir uma
das praias mais belas do país, que é Jericoacoara. O município ainda tem as
praias de Morgado, Caraúbas, Tabuleiro, Bangüê, Carrapateiras,
Barrinha, Mangue Alto, Formosa, Rancho do Peixe, Desterro, Riacho
Doce, Preá e Mangue Seco.
Jericoacoara é uma praia tombada pelo patrimônio nacional como área de
preservação ambiental. É um local onde se misturam aspectos do sertão e do
litoral. Antes de chegar, a beleza já deu sinal, e ao chegar muita gente costuma
definir com um simples "não existe". O acesso é muito difícil, e são
necessários pelo menos dois dias, para desfrutar da beleza que o lugar oferece.
As principais atrações são a duna do por-do-sol e a pedra furada, com acesso
pela praia somente com a maré baixa.

CAMOCIM - 347 km de Fortaleza:


Área: 1.147 km2.
Cidade de grande importância econômica para o estado, devido à pesca da
lagosta. São atrativos a foz do rio Coreaú e o Lago Seco. Suas praias são
Maceió, Barrinha, Chavier, Remédio, Lagoa Salgada, Praia Nova,
Curimã, Arrombado e Tatajuba. Esta pode ser visitada a partir de
Jericoacoara.

BARROQUINHA - 380 km de Fortaleza:


Área: 357 km2. Município criado em 1988. Limita-se com o estado do Piauí e
tem como principal atrativo a praia de Bitupitá, ainda pouco explorada.

CEARÁ - SERRA E SERTÃO

Saindo de Fortaleza, as rodovias que dão acesso às cidades do interior são: BR


116, BR 222 e BR 020. A partir daí, inúmeras rodovias federais e estaduais
cortam o estado, interligando todos os municípios cearenses:

AS REGIÕES SERRANAS:

CHAPADA DA IBIAPABA

Municípios em destaque:

TIANGUÁ - 315 km de Fortaleza:


Área: 854 km2. Altitude: 795m.
Os atrativos turísticos de Tianguá são a Cachoeira de São Gonçalo a 3 km da
área urbana; Cascata, na subida da Serra, às margens da BR 222 e Cana Verde
com cachoeira, monólitos, furnas, locais de banho, bicas e mirantes a 16 km da
área urbana.
Atrativos históricos: Catedral , Convento dos Frades e Praça dos Eucaliptos
(Virgílio Távora).
Atrativos culturais: Artesanato (cerâmica, renda, bordado, couro e palha),
produção de aguardente artesanal, folclore (quadrilhas, reisados e bumba-meu-
boi).

VIÇOSA DO CEARÁ - 350 km de Fortaleza:


Área: 1.283 km2. Altitude: 840m.
Situada numa das regiões mais favoráveis do estado, encravada na parte
setentrional da Ibiapaba. Sua temperatura varia de 16 a 27 graus centígrados.
Os atrativos turísticos de Viçosa são: o Morro do Céu, com 320m de altitude;
a Pedra de Itagurussu, uma rocha de 100 metros de largura por 10 de
profundidade, onde há uma fonte de água cristalina.
Atrativos históricos: Arquitetura antiga de casa e sobrados; Igreja de N.
Senhora da Assunção; Casa de Clóvis Beviláqua; Praça Clóvis Beviláqua ou
da Matriz com a estátua do jurista; Praça General Tibúrcio; Teatro Pedro II;
Câmara Municipal.

UBAJARA - 329 km de Fortaleza:


Área: 385 km2.
A Floresta Nacional de Ubajara com 563 hectares, está encravada na
Serra da Ibiapaba, e é uma das mais fascinantes atrações turísticas do estado. A
região da Serra apresenta temperatura média de 22 graus centígrados, o que
permita a vegetação densa e exuberante.
O principal atrativo do município de Ubajara é a Gruta. Está situada a 535
metros de altitude, no meio de encostas e chapadões. Ela é composta de
formações rochosas milenares, reproduzindo formas de objetos e desenhos. O
acesso à Gruta é feito pelo teleférico, que transporta até 15 pessoas, num trajeto
de 2 a 3 minutos de duração. O Parque Nacional de Ubajara foi criado em
1959. Outros atrativos: a Bica do Cafundó, o Balneário do Boi Morto, a
Cachoeira do Frade e o Açude Jaburu.
Atrativos históricos: Monumento ao Senhor da Canoa; Igreja de Nossa
Senhora da Saúde; Biblioteca Nacional; Igreja de São José (Matriz).

GUARACIABA DO NORTE - 315 km de Fortaleza:


Área: 365 km2.
O principal atrativo natural é a Cachoeira dos Morrinhos, uma queda d'água
natural que cai de uma altura de 8 metros.
O principal atrativo histórico é a Igreja Matriz de Nossa Senhora dos
Prazeres. Templo centenário com imagem secular da Santa. Há uma lâmpada
do santíssimo toda de prata e colunas do altar em estilo grego.

IPU (288 km de Fortaleza):


Área: 403 km2.
O atrativo natural do município é a Bica do Ipu. É uma queda d'água formada
pelo riacho Ipuçaba. Desprende-se de uma altura de 180m formando um "véu
de noiva".
Seus atrativos históricos são: Capela de São Sebastião e a Estação Antiga da
Rede Ferroviária.
MACIÇO DE BATURITÉ

Municípios em destaque:

GUARAMIRANGA - 92 km de Fortaleza:
Área: 95 km2.
Possui paisagem rica, vegetação colorida por flores silvestres, riachos com
águas cristalinas, além de uma temperatura que não ultrapassa os 20 graus
centígrados. A uma altitude de 865 m , tem a 18 km dali o Pico Alto, uma das
maiores elevações geográficas do Nordeste.
Seus atrativos históricos são: Igreja Matriz; Igreja da Gruta; Convento dos
Capuchinhos / Convento N. Senhora de Lurdes; Sítio Guaramiranga;
Biblioteca Pública Municipal; Biblioteca Áurea de Matos Brito; Capela de
Nossa Senhora de Lurdes; Igreja de N. Senhora da Conceição.

BATURITÉ - 83 km de Fortaleza:
Área: 262 km2.
O município está servido de atrativos naturais, culturais e monumentos
históricos. O Pelourinho, na Praça da Matriz é o principal marco da fundação
da cidade, que data de 1764. Baturité orgulha-se de ter sido a terceira cidade a
libertar os escravos antes da Abolição no Brasil.
Atrativos históricos: Museu Comendador Ananias Arruda (benfeitor da
cidade); Antiga Escola Apostólica dos Jesuítas (edificação histórica de
Baturité, hoje transformada em casa de repouso, localizada no alto da serra,
lembra um castelo medieval perdido na floresta); Prédio da Cultura, onde foi
decretada a Abolição da Escravatura em 1884; Igreja da Matriz, de estilo
barroco, construída no século XVIII.

O SERTÃO:

O Sertão abrange a maior parte do estado do Ceará. Seu potencial turístico é


imenso, porém, pouco explorado. A seguir alguns dos principais municípios
desta região:

Municípios em destaque:

SOBRAL - 224 km de Fortaleza:


Área: 1.729 km2.
Grande cidade do Norte cearense, Tem como atrativos naturais: Lagoa
Fazenda, Bosque, dois hortos florestais e a serra da Meruoca.
Os atrativos históricos são: Museu Dom José; Arco do Triunfo, construído em
homenagem a Nossa Senhora de Fátima quando em sua peregrinação no Brasil
(sua passagem em Sobral deu-se em 1953); Igreja de N. S. da Conceição de
Caiçara; Igreja do Menino Deus; Teatro Municipal São João; Igreja de N. S.
das Dores; Casa onde nasceu Domingos Olímpio; Casa da Câmara e Cadeia.
Recentemente teve seu Centro Histórico tombado pelo IPHAN e recebeu um
museu em comemoração ao eclipse solar ocorrido em 1919, que comprovou a
teoria da relatividade, defendida pelo cientista alemão Albert Einstein.

QUIXADÁ - 160 km de Fortaleza:


Área: 1.798 km2.
Suas maiores atrações turísticas são: Açude do Cedro, situado a 6 km do
Centro da Cidade. Construído a mando de Dom Pedro II, com a finalidade de
reduzir os efeitos da seca de 1887 e das estiagens posteriores. Tem capacidade
para 126 milhões de metros cúbicos, sendo um dos maiores reservatórios
d'água do Ceará; Pedra da Galinha Choca; Pedra do Cruzeiro; Pedra
Faladeira; Serra do Estevão. Também são atrativos os conjuntos de
monólitos espalhados por toda a cidade.
Atrativos históricos: Igreja Matriz Jesus Maria José, em arte portuguesa;
Capela de N. S. da Conceição, na Serra do Estevão, construída com traços
barrocos em 1903; Casa de Repouso São José, construída em 1903 na Serra do
Estevão; Mosteiro de Santa Cruz, da mesma época; Chalé da Pedra, edificada
sobre uma pedra; Museu Histórico de Quixadá; Estação Ferroviária de
Quixadá, centenária.
Outro atrativo, que tem levado muitas pessoas à Quixadá é o Santuário de
Nossa Senhora Rainha do Sertão, na Serra do Urucum, com Igreja, restaurante,
hospedagem e estacionamento. De lá tem-se uma vista panorâmica da cidade e
da vastidão do Sertão.

QUIXERAMOBIM - 200 km de Fortaleza:


Área: 3.579 km2.
Um dos seus principais atrativos é a Barragem do Açude de Quixeramobim,
que fica próximo à sede do município e oferece aos visitantes condições de
banho, prática de esportes e pesca.
Tem como atrativos naturais: os sítios arqueológicos; o Horto Florestal; a
Serra de Santa Maria.
Seus atrativos históricos são: Igreja de N. S. do Rosário, do final do século
XVII; Igreja de Santo Antônio, século XIX em estilo barroco; Casa de
Câmara e Cadeia, construída entre 1818 e 1832, tombada pelo IPHAN; Museu
de Quixeramobim, com peças de civilizações antigas como da cultura fenícia e
indígena da região, além de elementos religiosos e fósseis de animais pré-
históricos.

CANINDÉ - 113 km de Fortaleza:


Área: 2.883 km2.
Seu principal atrativo é a devoção à São Francisco, com constantes romarias
por todo o ano e culminando na primeira semana de outubro, quando se dá a
festa do Santo Padroeiro.
Atrativo histórico: Basílica de São Francisco, obra iniciada em 1775 e
concluída em 1796. Reconstruída posteriormente e inaugurada em 1915.

ORÓS - 400 km de Fortaleza:


Área: 528 km2.
É para a grandeza do açude de Orós que se encontram permanentemente
voltadas as atenções dos turistas. Com seus três bilhões de metros cúbicos, o
Orós não apenas assegura a fertilidade de toda a área a que se estende, mas
também uma grande produção de pescado, capaz de abastecer toda a região
Centro/Sul do estado, além de permitir amplas formas de lazer, através da
utilização de equipamentos náuticos.
O Açude do Orós, que já foi o maior reservatório de água do mundo, foi
encomendado pelo presidente Juscelino Kubistchek e hoje fornece água para o
rio Jaguaribe, o que o tornou um rio perene.

O CARIRI:

Destacam-se nessa região que fica ao sul do Ceará, limitando-se com o estado
de Pernambuco, três municípios: Juazeiro do Norte, uma cidade mística pela
devoção ao Padre Cícero; Crato, centro cultural e social da região e Barbalha,
com destaque para a agricultura.

CRATO - 516 km de Fortaleza:


Área: 1.026 km2.
São atrativos históricos de Crato: O Museu Histórico José de Figueiredo
Filho. Seu acervo conta com mobiliários, armas, indumentárias, objetos de
religiosidade, apetrechos indígenas e outros; O Museu de Arte Vicente Leite;
O Museu de História Natural da URCA (Universidade Regional do Cariri); O
Museu de Fósseis; O Instituto Cultural do Cariri; A Igreja São Vicente de
Paula; A Igreja da Sé; A Capela e Colégio Santa Teresa; O Seminário do
Crato e a Igreja de São Francisco.
Pela sua localização, nas encostas da Serra do Araripe, a cidade oferece locais
de grande beleza natural: Nascente; Clube Recreativo Granjeiro; Itaitera
Clube e Serrano Atlético. São clubes com piscinas e fontes de água cristalina,
tendo como cenário a Chapada do Araripe e sua vegetação exuberante.

JUAZEIRO DO NORTE (do Padre Cícero) - 528 km de Fortaleza:


Área: 219 km2.
Antigo Tabuleiro Grande e mais tarde, Juazeiro por causa dos juás, frutos de
espinho comuns naquela região.
Por seu aspecto religioso que dá um colorido especial a todos os movimentos
da cidade, Juazeiro do Norte atrai durante todo o ano milhares de visitantes e
está estruturada para recebe-los.
A maior atração da cidade é o Horto, onde no seu topo, a 400 metros de
altitude, encontra-se a estátua de Padre Cícero, com altura de 33 metros
(incluindo o pedestal).
Os romeiros, que procuram Juazeiro do Norte, percorrem uma trajetória que já
é conhecida por "Caminho do Romeiro". Nela, os pontos principais de
visitação são os seguintes: 1. Praça Padre Cícero; 2. Casa onde Padre
Cícero nasceu e faleceu; 3. Matriz de N. S. das Dores; 4. Terminal Turístico;
5. Horto, que além da estátua, encontra-se o Casarão de Meditação e Oração
do Padre Cícero; 6. Via Sacra; 7. Capela de N. S. do Socorro, onde está o
túmulo do Padre Cícero; 8. Trincheiras da Guerra de 1914; 9. Santo
Sepulcro; 10. Joelho de N. Senhora; 11. Túmulo do Beato José Lourenço; 12.
Túmulo do Romeiro desconhecido; 13. Casa dos Milagres com Memorial
Padre Cícero; 14. Basílica de Jesus; 15. Basílica de São Francisco - Passeio
das Almas; 16. Centro de Cultura Popular Mestre Noza.
Recentemente foi entregue à população e aos visitantes o Museu do Padre
Cícero, com imagens em tamanho real do Padre em momentos emocionantes
como a passagem em que a hóstia vira sangue na boca da beata e o Padre
repousando em sua cama.
No dia 24 de março é comemorado o aniversário do Padre Cícero, mas é no dia
1o de novembro, dia de todos os Santos, que a cidade recebe mais peregrinos,
provenientes de todo o Brasil.

BARBALHA - 538 km de Fortaleza:


Área: 497 km2.
Sua maior atração é o Balneário Caldas que fica a 10 km do Centro da
Cidade. É o resultado de cinco fontes naturais que brotam no sopé da Serra do
Araripe. Abrange 4.500 hectares de área.
Na cidade as maiores atrações são os grandes casarões que são sua marca e
beleza: A Casa de Câmara e Cadeia; O Engenho Tupinambá e o Casarão
Hotel, com suas belas varandas.
Outro atrativo é a festa do Pau da Bandeira, realizada em honra de Santo
Antônio, padroeiro da cidade, no mês de junho.

Os Órgãos Oficiais de Turismo

O Ministério do Turismo – O Embratur – A Setur/CE – a Setfor

O Ministério do Turismo tem como desafio implementar um modelo de


gestão pública descentralizada e participativa, estabelecendo canais de
interlocução com as Unidades da Federação, a iniciativa privada e o terceiro
setor. A estrutura montada para a coordenação dos programas e projetos pelo
Ministério do Turismo, como por exemplo, o Programa de Regionalização do
Turismo envolve instâncias de nível Nacional – Ministério do Turismo e
Conselho Nacional de Turismo; Estadual – órgão estadual de turismo
(SETUR/CE) e Fórum Estadual de Turismo e Municipal – órgão Municipal de
Turismo (SETFOR) e colegiado local (conselho, fórum etc.)

ÓRGÃO FEDERAL - MINISTÉRIO DO TURISMO

O Ministério do Turismo foi instituído com a missão de promover o


desenvolvimento do turismo sustentável, como agente de transformação, fonte
de riqueza econômica e desenvolvimento social, por meio da qualidade e
competitividade dos produtos turísticos, da ampliação e melhoria de sua infra-
estrutura e da promoção comercial do produto turístico brasileiro no mercado
nacional e no exterior.
A estrutura interna do Ministério é composta pó órgãos de assistência
direta e imediata ao Ministro, além dos seguintes órgãos:

Secretaria Nacional de Políticas de Turismo


A ela compete formular, elaborar, avaliar e monitorar a Política
Nacional do turismo, de acordo com as diretrizes propostas pelo Conselho
Nacional de turismo, bem como articular as relações institucionais e
internacionais necessárias para a condução dessa política.

Secretaria Nacional de Programas de Desenvolvimento do Turismo


Compete realizar ações de estímulo às iniciativas públicas e privadas de
fomento, de promoção de investimentos em articulação com os PRODETUR,
bem como apoiar e promover a produção e comercialização de produtos
associados ao turismo e a qualificação dos serviços.

Instituto Brasileiro de Turismo – EMBRATUR


A Embratur é a autarquia especial do Ministério do Turismo
responsável pela execução da Política Nacional de Turismo no que diz respeito
a promoção, marketing e apoio à comercialização dos destinos, serviços e
produtos turísticos brasileiros no mercado internacional.
Trabalha pela geração de desenvolvimento social e econômico para o
País, por meio da ampliação do fluxo turístico internacional nos destinos
nacionais. Para tanto, tem o ‘Plano Aquarela – Marketing Turístico
Internacional do Brasil’ como orientador de seus programas de ação.
Teve sua atribuição direcionada exclusivamente para a promoção
internacional a partir de 2003, com a criação do Ministério do Turismo.

ÓRGÃO ESTADUAL – Secretaria do Turismo do Ceará - SETUR

A Secretaria do Turismo do Ceará foi criada em junho 1995 com a


missão de fortalecer o Estado como destino turístico nacional e internacional,
de forma sustentável, com foco na geração de emprego e renda, na inclusão
social e na melhoria de vida do cearense.
A Setur procura desenvolver o turismo em harmonia com o crescimento
econômico, a preservação ambiental, a responsabilidade social e o
fortalecimento da identidade e dos valores culturais. Para tanto, a secretaria
desenvolve ações de capacitação e qualificação dos segmentos envolvidos na
cadeia produtiva do setor. O órgão tem consolidado parcerias com setores
públicos e privados, captando negócios e investimentos para o
desenvolvimento da infra-estrutura e o crescimento sócio-econômico. O Estado
desenvolve, ainda, ações de marketing em parceria com o trade turístico e
operadoras nos mercados nacional e internacional.

À Secretaria do Turismo compete:


 Planejar coordenar, executar, fiscalizar, promover, informar, integrar e
supervisionar as atividades pertinentes ao turismo, fomentar o seu
desenvolvimento através de investimentos locais, nacionais e
estrangeiros;
 Realizar a capacitação e qualificação do segmento envolvido com o
turismo;
 Implantar as políticas do Governo no setor;
 Estimular o turismo de negócios, serviços e o ecoturismo;
 Em parceria com as Secretarias da Justiça e Cidadania e da Segurança
Pública e Defesa Social a elaboração e implementação de política
específica para combate permanente ao turismo sexual;
 Exercer outras atribuições necessárias ao cumprimento de suas
finalidades, nos termos do Regulamento.

ÓRGÃO MUNICIPAL – Secretaria de Turismo de Fortaleza – SETFOR

A cidade de Fortaleza, em sua gestão pública do turismo, conta desde o final de


2005, com uma Secretaria de Turismo, num grande desafio, de se implantar,
planejar e agir para transformar o turismo na capital cearense, contribuindo
para a melhoria da qualidade de vida urbana, da prestação de serviços públicos
e da oferta de produtos, de forma a impulsionar a sustentabilidade da atividade
turística do Município.
Endereço: Rua Leonardo Mota, 2700
Telefone: 85 - 3105.1535 / 3105.1518
Secretaria de Turismo de Fortaleza (SETFOR)

DICAS DE SEGURANÇA NA ESTRADA

Quando estiver fora do perímetro urbano e tiver que parar na estrada, coloque o
TRIÂNGULO SINALIZADOR a cerca de 30 metros do veículo.
Coloque também galhos de árvores ou outros objetos no prolongamento da via
que chamem a atenção dos veículos em trânsito pelo local.

DICAS DE TRÂNSITO

Os condutores de veículos automotores devem sempre portar os originais de


suas carteiras de habilitação ou permissão para dirigir; não é permitido
conduzir veículos portando somente cópias.

Distâncias entre Fortaleza e as principais praias do Ceará. *

Almofala (Itarema/Litoral Oeste) - 248,70 km


Aracati  (Aracati/Litoral Leste) - 148,30 km
Aranaú (Cruz/Litoral Oeste) - 273,10 km
Baleia (Itapipoca/Litoral Oeste) - 173,20 km
Camocim (Camocim/Litoral Oeste) - 379,90 km
Canoa Quebrada (Aracati/Litoral Leste) - 157,30 km
Caponga (Cascavel/Litoral Leste) - 80,30 km
Cofeco (Aquiraz/Litoral Leste) - 24,00 km
Cumbuco (Caucaia/Litoral Oeste) - 29,30 km
Emboaca (Trairi/Litoral Oeste) - 137,30 km
Flexeiras (Trairi/Litoral Oeste) - 137,30 km
Guajiru (Trairi/Litoral Oeste) - 143,30 km
Icapuí (Icapuí/Litoral Leste) - 202,30 km
Icaraí (Caucaia/Litoral Oeste) - 22,40 km
Iguape (Aquiraz/Litoral Leste) - 49,30 km
Iparana (Caucaia/Litoral Oeste) - 22,50 km
Jericoacoara (Jijoca/Litoral Oeste) - 314,50 km
Lagoinha (Paraipaba/Litoral Oeste) - 106,00 km
Maceió (Camocim/Litoral Oeste) - 139,30 km
Majorlandia (Aracati/Litoral Leste) - 157,30 km
Moitas-Icaraí (Amontada/Litoral Oeste) - 233,00 km
Morro Branco (Beberibe/Litoral Leste) - 89,30 km
Mundaú (Trairi/Litoral Oeste) - 145,30 km
Paracuru (Paracuru/Litoral Oeste) - 89,90 km
Pecém (São Gonçalo do Amarante/Litoral Oeste) - 52,30 km
Porto das Dunas (Aquiraz/Litoral Leste) - 31,00 km
Praia das Fontes (Beberibe/Litoral Leste) - 89,30 km
Prainha (Aquiraz/Litoral Leste) - 36,20 km
Quixaba (Aracati/Litoral Leste) - 160,30 km
Taiba (São Gonçalo do Amarante/Litoral Oeste) - 67,90 km

*Menor distância pavimentada usando rodovias federais, estaduais ou


municipais.
Distância baseada ligando centro a centro de cada município.

Fonte: Departamento de Edificações, Rodovias e Transporte - DERT.

Distância de Fortaleza para as capitais do Nordeste.*

Alagoas (Maceió) - 1075 km


Aracajú (Sergipe) - 1183 km
João Pessoa (Paraíba) - 688 km
Natal (Rio Grande do Norte) - 537 km
Recife (Pernambuco) - 800 km
Salvador (Bahia) - 1389 km
São Luís (Maranhão) - 1070 km
Teresina (Piauí) - 634 km
 

Distância de Fortaleza para as capitais do Norte.

Belém (Pará) - 1610 km


Boa Vista (Roraima) - 6548 km
Macapá (Amapá) - 1451 km *
Manaus (Amazonas) - 5763 km
Palmas (Tocantins) - 2035 km
Porto Velho (Rondônia) - 4865 km
Rio Branco (Acre) - 5396 km

Distância de Fortaleza para as capitais do Centro-Oeste.

Brasília (Distrito Federal) - 2378 km


Campo Grande (Mato Grosso do Sul) - 3407 km
Cuiabá (Mato Grosso) - 3406 km
Goiânia (Goiás) - 2482 km

Distância de Fortaleza para as capitais do Sudeste

Belo Horizonte (Minas Gerais) - 2528 km                                          


Rio de Janeiro (Rio de Janeiro) - 2805 km                                         
São Paulo (São Paulo) - 3127 km                                          
Vitória (Espírito Santo) - 2397 km                                           

Distância de Fortaleza para as capitais do Sul.


Curitiba (Paraná) - 3541 km
Florianópolis (Santa Catarina) - 3838 km
Porto Alegre (Rio Grande do Sul) - 4242 km

* Distâncias Aéreas

Fonte: Departamento Nacional de Infra-Estrutura de Transportes - DNIT.  


Menor distância pavimentada usando rodovias federais, estaduais ou
municipais.
Distância baseada ligando centro a centro de cada capital.

CAPÍTULO III
DAS NORMAS GERAIS DE CIRCULAÇÃO E CONDUTA

Art. 26. Os usuários das vias terrestres devem:

I - abster-se de todo ato que possa constituir perigo ou obstáculo para o trânsito
de veículos, de pessoas ou de animais, ou ainda causar danos a propriedades
públicas ou privadas;

II - abster-se de obstruir o trânsito ou torná-lo perigoso, atirando, depositando


ou abandonando na via objetos ou substâncias, ou nela criando qualquer outro
obstáculo.

Art. 27. Antes de colocar o veículo em circulação nas vias públicas, o condutor
deverá verificar a existência e as boas condições de funcionamento dos
equipamentos de uso obrigatório, bem como assegurar-se da existência de
combustível suficiente para chegar ao local de destino.

Art. 28. O condutor deverá, a todo momento, ter domínio de seu veículo,
dirigindo-o com atenção e cuidados indispensáveis à segurança do trânsito.

Art. 29. O trânsito de veículos nas vias terrestres abertas à circulação obedecerá
às seguintes normas:
I - a circulação far-se-á pelo lado direito da via, admitindo-se as exceções
devidamente sinalizadas;

II - o condutor deverá guardar distância de segurança lateral e frontal entre o


seu e os demais veículos, bem como em relação ao bordo da pista,
considerando-se, no momento, a velocidade e as condições do local, da
circulação, do veículo e as condições climáticas;

III - quando veículos, transitando por fluxos que se cruzem, se aproximarem de


local não sinalizado, terá preferência de passagem:

a) no caso de apenas um fluxo ser proveniente de rodovia, aquele que estiver


circulando por ela;

b) no caso de rotatória, aquele que estiver circulando por ela;

c) nos demais casos, o que vier pela direita do condutor;

IV - quando uma pista de rolamento comportar várias faixas de circulação no


mesmo sentido, são as da direita destinadas ao deslocamento dos veículos mais
lentos e de maior porte, quando não houver faixa especial a eles destinada, e as
da esquerda, destinadas à ultrapassagem e ao deslocamento dos veículos de
maior velocidade;

V - o trânsito de veículos sobre passeios, calçadas e nos acostamentos, só


poderá ocorrer para que se adentre ou se saia dos imóveis ou áreas especiais de
estacionamento;

VI - os veículos precedidos de batedores terão prioridade de passagem,


respeitadas as demais normas de circulação;

VII - os veículos destinados a socorro de incêndio e salvamento, os de polícia,


os de fiscalização e operação de trânsito e as ambulâncias, além de prioridade
de trânsito, gozam de livre circulação, estacionamento e parada, quando em
serviço de urgência e devidamente identificados por dispositivos
regulamentares de alarme sonoro e iluminação vermelha intermitente,
observadas as seguintes disposições:

a) quando os dispositivos estiverem acionados, indicando a proximidade dos


veículos, todos os condutores deverão deixar livre a passagem pela faixa da
esquerda, indo para a direita da via e parando, se necessário;

b) os pedestres, ao ouvir o alarme sonoro, deverão aguardar no passeio, só


atravessando a via quando o veículo já tiver passado pelo local;

c) o uso de dispositivos de alarme sonoro e de iluminação vermelha


intermitente só poderá ocorrer quando da efetiva prestação de serviço de
urgência;
d) a prioridade de passagem na via e no cruzamento deverá se dar com
velocidade reduzida e com os devidos cuidados de segurança, obedecidas as
demais normas deste Código;

VIII - os veículos prestadores de serviços de utilidade pública, quando em


atendimento na via, gozam de livre parada e estacionamento no local da
prestação de serviço, desde que devidamente sinalizados, devendo estar
identificados na forma estabelecida pelo CONTRAN;

IX - a ultrapassagem de outro veículo em movimento deverá ser feita pela


esquerda, obedecida a sinalização regulamentar e as demais normas
estabelecidas neste Código, exceto quando o veículo a ser ultrapassado estiver
sinalizando o propósito de entrar à esquerda;

X - todo condutor deverá, antes de efetuar uma ultrapassagem, certificar-se de


que:

a) nenhum condutor que venha atrás haja começado uma manobra para
ultrapassá-lo;

b) quem o precede na mesma faixa de trânsito não haja indicado o propósito de


ultrapassar um terceiro;

c) a faixa de trânsito que vai tomar esteja livre numa extensão suficiente para
que sua manobra não ponha em perigo ou obstrua o trânsito que venha em
sentido contrário;

XI - todo condutor ao efetuar a ultrapassagem deverá:

a) indicar com antecedência a manobra pretendida, acionando a luz indicadora


de direção do veículo ou por meio de gesto convencional de braço;

b) afastar-se do usuário ou usuários aos quais ultrapassa, de tal forma que deixe
livre uma distância lateral de segurança;

c) retomar, após a efetivação da manobra, a faixa de trânsito de origem,


acionando a luz indicadora de direção do veículo ou fazendo gesto
convencional de braço, adotando os cuidados necessários para não pôr em
perigo ou obstruir o trânsito dos veículos que ultrapassou;

XII - os veículos que se deslocam sobre trilhos terão preferência de passagem


sobre os demais, respeitadas as normas de circulação.

§ 1º As normas de ultrapassagem previstas nas alíneas a e b do inciso X e a e b


do inciso XI aplicam-se à transposição de faixas, que pode ser realizada tanto
pela faixa da esquerda como pela da direita.

§ 2º Respeitadas as normas de circulação e conduta estabelecidas neste artigo,


em ordem decrescente, os veículos de maior porte serão sempre responsáveis
pela segurança dos menores, os motorizados pelos não motorizados e, juntos,
pela incolumidade dos pedestres.

Art. 30. Todo condutor, ao perceber que outro que o segue tem o propósito de
ultrapassá-lo, deverá:

I - se estiver circulando pela faixa da esquerda, deslocar-se para a faixa da


direita, sem acelerar a marcha;

II - se estiver circulando pelas demais faixas, manter-se naquela na qual está


circulando, sem acelerar a marcha.

Parágrafo único. Os veículos mais lentos, quando em fila, deverão manter


distância suficiente entre si para permitir que veículos que os ultrapassem
possam se intercalar na fila com segurança.

Art. 31. O condutor que tenha o propósito de ultrapassar um veículo de


transporte coletivo que esteja parado, efetuando embarque ou desembarque de
passageiros, deverá reduzir a velocidade, dirigindo com atenção redobrada ou
parar o veículo com vistas à segurança dos pedestres.

Art. 32. O condutor não poderá ultrapassar veículos em vias com duplo sentido
de direção e pista única, nos trechos em curvas e em aclives sem visibilidade
suficiente, nas passagens de nível, nas pontes e viadutos e nas travessias de
pedestres, exceto quando houver sinalização permitindo a ultrapassagem.

Art. 33. Nas interseções e suas proximidades, o condutor não poderá efetuar
ultrapassagem.

Art. 34. O condutor que queira executar uma manobra deverá certificar-se de
que pode executá-la sem perigo para os demais usuários da via que o seguem,
precedem ou vão cruzar com ele, considerando sua posição, sua direção e sua
velocidade.

Art. 35. Antes de iniciar qualquer manobra que implique um deslocamento


lateral, o condutor deverá indicar seu propósito de forma clara e com a devida
antecedência, por meio da luz indicadora de direção de seu veículo, ou fazendo
gesto convencional de braço.

Parágrafo único. Entende-se por deslocamento lateral a transposição de faixas,


movimentos de conversão à direita, à esquerda e retornos.

Art. 36. O condutor que for ingressar numa via, procedente de um lote lindeiro
a essa via, deverá dar preferência aos veículos e pedestres que por ela estejam
transitando.
Art. 37. Nas vias providas de acostamento, a conversão à esquerda e a operação
de retorno deverão ser feitas nos locais apropriados e, onde estes não existirem,
o condutor deverá aguardar no acostamento, à direita, para cruzar a pista com
segurança.

Art. 38. Antes de entrar à direita ou à esquerda, em outra via ou em lotes


lindeiros, o condutor deverá:

I - ao sair da via pelo lado direito, aproximar-se o máximo possível do bordo


direito da pista e executar sua manobra no menor espaço possível;

II - ao sair da via pelo lado esquerdo, aproximar-se o máximo possível de seu


eixo ou da linha divisória da pista, quando houver, caso se trate de uma pista
com circulação nos dois sentidos, ou do bordo esquerdo, tratando-se de uma
pista de um só sentido.

Parágrafo único. Durante a manobra de mudança de direção, o condutor deverá


ceder passagem aos pedestres e ciclistas, aos veículos que transitem em sentido
contrário pela pista da via da qual vai sair, respeitadas as normas de preferência
de passagem.

Art. 39. Nas vias urbanas, a operação de retorno deverá ser feita nos locais para
isto determinados, quer por meio de sinalização, quer pela existência de locais
apropriados, ou, ainda, em outros locais que ofereçam condições de segurança
e fluidez, observadas as características da via, do veículo, das condições
meteorológicas e da movimentação de pedestres e ciclistas.
Transporte de Turistas - Categoria
reage a limite de tempo de rodagem
[04/12/2008] - Fonte: Diário do Nordeste/Cidade
Operadores de turismo entraram com um mandado de segurança alegando
que limitação é inconstitucional

Os operadores que atuam no transporte de turistas na Avenida Beira-Mar se


dizem impedidos de exercer sua profissão. Tudo por conta do decreto estadual
26.103/2001, que diz que o veículo não pode ter mais de cinco anos para
ingressar na atividade e que 50% da frota deve ser trocada nesse mesmo prazo.

Por meio do Núcleo de Ações Coletivas (NAC) da Defensoria Pública do


Estado do Ceará, a associação que representa a categoria impetrou, anteontem,
um mandado de segurança coletivo para que os operadores de turismo possam
continuar atuando.

O mandado também tem pedido de liminar para impedir sanções, como multas
e apreensões de veículos, por parte do Departamento Estadual de Trânsito
(Detran-CE). Em julho, o Ministério Público Federal estabeleceu um prazo de
cinco meses para que os operadores se enquadrassem na legislação estadual. O
prazo expirou no último domingo.

De acordo com o defensor público Thiago Tozzi, a determinação é


inconstitucional por dois motivos. Primeiro porque os operadores de transporte
de turistas devem obedecer às leis federais do Código de Trânsito Brasileiro
(CTB) e ser fiscalizados pela Empresa Brasileira de Turismo (Embratur). ‘‘A
Embratur já realiza fiscalizações anuais nessas vans para verificar as condições
de segurança e manutenção do veículo’’, explica o defensor.

O segundo motivo é que a Constituição diz que compete apenas à União


estabelecer as condições para o exercício das profissões. ‘‘Esse tipo de
restrição viola o livre exercício da profissão. Além disso, isso não garante que
o transporte será mais seguro, pois o importante são as condições de
manutenção do veículo’’.

Já o presidente da Associação dos Operadores de Turismo da Avenida Beira-


Mar, Ricardo Barrocas Soares, disse que os operadores não têm condições de
fazer a renovação da frota num período tão curto.

‘‘Ao contrário de outras categorias, como os taxistas, não há qualquer isenção


de impostos para a compra de novas vans. E o importante é a manutenção,
nossos veículos são vistoriados todo ano. O interesse é nosso, porque se houver
problema os clientes se afastam’’, enfatiza.

O procurador jurídico do Detran-CE, Igor Ponte, disse que o órgão é


responsável por todo o transporte rodoviário e que o fato dos operadores de
turismo serem submetidos à Embratur não exclui a competência do Detran.
‘‘Os hotéis também são submetidos à Embratur, mas nem por isso a Vigilância
Sanitária deixa de atuar caso haja alguma irregularidade’’.

Ele disse ainda que a exigência de cinco anos de uso é apenas para que o
operador entre no Sistema de Transporte por Fretamento. ‘‘Fizemos um acordo
para que, em cinco meses, eles pudessem se adaptar. E agora temos que pensar
na qualidade para o usuário’’.

Karoline Viana
Especial para Cidade

www.transitobrasil.com.br
Certo ou Errado?

Atirar lixo na via

“Jogar lixo na via é infração de trânsito? Você acha correto atirar do veículo
lixo na via?? O que diz a legislação de trânsito?” Leia mais …

A foto não mente e serve para


mostrar a ação reprovável do
condutor do veículo que atira
do seu veículo lixo no leito da
via. Com auxílio dos
internautas a coluna CERTO
OU ERRADO mostra situações
que servem como momento de
reflexão mostrando a verdade
nua e crua de nossas vias. Por isso o Trânsito Brasil atento e com auxílio dos
colaboradores mostra algumas realidades, através de fotos, o qual submetemos
para reflexão, então responda para você mesmo: A conduta vista está certa ou
errada?

Você acha correto atirar do veículo lixo na via? Muito embora difícil de ser
flagrada jogar lixo na via é de certa forma comum, são latas de refrigerantes e
de cervejas, papel, ponta de cigarro e outros entulhos que são espalhados na
via. A foto enviada pelo internauta Adolfo de Rondônia mostra um condutor de
veículo jogando um saco de lixo na via pública. A conduta não é correta, pois
poderá atingir outro veículo ou pessoas e ocasionar acidente de trânsito além de
poluir o meio ambiente.

O que diz a legislação de trânsito?


1. O Código de Trânsito Brasileiro, em seu artigo 26, Inciso II. Diz que:

“Abster-se de obstruir o trânsito ou torná-lo perigoso, atirando, depositando ou


abandonando na via objetos ou substâncias, ou nela criando qualquer outro
obstáculo”.

2- O artigo 172 do CTB prevê como infração de natureza média atirar do


veículo objetos ou substâncias, vejamos:

“Atirar do veículo ou abandonar na via objetos ou substâncias:


Infração - média;
Penalidade – multa..” (Art. 172 do CTB).

Se você não desejar perder quatro pontos na sua habitação e nem pagar uma
multa de R$85,13 (oitenta e cinco reais e treze centavos), acondicione o lixo
acumulado no veículo colocando em um local apropriado que é a lixeira.

Vale a pena arriscar tanto?


Que tal fazer colocar o lixo no lixo e não nas calçadas e nos leitos das vias? É
bom para o bolso, para o meio ambiente e para a vida.

Quer participar desta coluna? Envie para wilson@transitobrasil.com.br fotos


com um breve histórico (Local, data/hora e um resumo do fato).

Autor: Wilson de Barros Santos. Autor do livro A B C da municipalização do


trânsito, Advogado militante na região do Recife, Bacharel em Ciências
Econômicas e Tecnólogo em Trânsito: Educação, Gestão e Legislação. Cursos
de pós-graduação Lato Sensu em Direito Processual Civil (2003) e Direito
Civil (2003) pela Universidade Luterana do Brasil (ULBRA). Ten Cel Reserva
da PMRO. Especialista em Trânsito pela Polícia Militar de São Paulo – SP
(1990) e pela Polícia Militar do Distrito Federal (1997).
wilson@transitobrasil.com.br.

“Prezado internauta:
Este artigo expressa o pensamento do autor. Caso você discorde, queira
acrescentar ou complementar, ou ainda discorrer dando outro enfoque escreva
um artigo com o mesmo título acrescentando a expressão 'Segunda visão'.
Participe o trânsito é feito por pessoas e o Trânsito Brasil também”.

Falta de combustível

Porto Velho - Sexta-feira, 12/03/2010


“A falta de combustível é infração de trânsito? Este comportamento causa
transtorno no trânsito? Antes de colocar o veículo em circulação …” Leia mais

A foto não mente e serve, nesta


coluna Certo ou Errado, como
momento de reflexão
mostrando a verdade nua e crua
de nossas vias. Por isso o
Trânsito Brasil atento e com
auxílio dos colaboradores
mostra algumas realidades,
através de fotos, o qual
submetemos para reflexão,
então responda para você mesmo: A conduta vista está certa ou errada?

A foto mostra um veículo sendo abastecido depois de ter causado transtorno na


via pública por falta de combustível Algumas vezes por falta de planejamento,
de dinheiro ou até esquecimento alguns condutores ficam sem combustível na
via acarretando aborrecimentos para demais condutores. É correto?

O que diz a legislação de trânsito?


1. O Código de Trânsito Brasileiro, em seu artigo 26. Diz que:

“Antes de colocar o veículo em circulação nas vias públicas, o condutor deverá


verificar a existência e as boas condições de funcionamento dos equipamentos
de uso obrigatório, bem como assegurar-se da existência de combustível
suficiente para chegar ao local de destino”.

2- O artigo 180 do CTB prevê como infração de natureza média deixar o


veículo imobilizado na via por falta de combustível, independentemente de
estar ou não atrapalhando o trânsito, vejamos:

“Ter seu veículo imobilizado na via por falta de combustível: Infração - média;
Penalidade - multa; Medida administrativa - remoção do veículo.” (Art. 180 do
CTB).

Se você não desejar perder quatro pontos na sua habitação e nem pagar uma
multa de R$85,13 (oitenta e cinco reais e treze centavos). faça o planejamento
de seus deslocamentos. Coloque o combustível no seu veículo.

Vale a pena arriscar tanto?


Que tal fazer o planejamento de seus deslocamentos colocando o combustível
necessário? É bom para o bolso e para a vida.

Quer participar desta coluna? Envie para wilson@transitobrasil.com.br fotos


com um breve histórico (Local, data/hora e um resumo do fato).
Autor: Wilson de Barros Santos. Autor do livro A B C da municipalização do
trânsito, Advogado, Bacharel em Ciências Econômicas e Tecnólogo em
Trânsito: Educação, Gestão e Legislação. Cursos de pós-graduação Lato Sensu
em Direito Processual Civil (2003) e Direito Civil (2003) pela Universidade
Luterana do Brasil (ULBRA). Ten Cel Reserva da PMRO. Especialista em
Trânsito pela Polícia Militar de São Paulo – SP (1990) e pela Polícia Militar do
Distrito Federal (1997). wilson@transitobrasil.com.br.

“Prezado internauta:
Este artigo expressa o pensamento do autor. Caso você discorde, queira
acrescentar ou complementar, ou ainda discorrer dando outro enfoque escreva
um artigo com o mesmo título acrescentando a expressão 'Segunda visão'.
Participe o trânsito é feito por pessoas e o Trânsito Brasil também”.

Estacionar nas calçadas

Porto Velho - Sexta-feira, 12/03/2010

“Estacionar o veículo na calçada e sair para resolver seus problemas atrapalha a


circulação dos pedestres. É perigoso para os pedestres e você comete infração
de trânsito. Será?” Leia mais ...

Na edição de hoje a coluna


CERTO OU ERRADO mostra
foto de um veículo estacionado
na calçada (inclusive passeio).
Por onde circularão os
pedestres?

O que diz a lei?


O Código de Trânsito
Brasileiro especifica que “Art.
48. Nas paradas, operações de carga ou descarga e nos
ESTACIONAMENTOS, o veículo deverá ser posicionado no sentido do fluxo,
paralelo ao bordo da pista de rolamento e junto à guia da calçada (meio-fio),
admitidas as exceções devidamente sinalizadas.”.(grifamos)
No Anexo I do CTB define “CALÇADA - parte da via, normalmente
segregada e em nível diferente, NÃO DESTINADA À CIRCULAÇÃO DE
VEÍCULOS, reservada ao trânsito de pedestres e, quando possível, à
implantação de mobiliário urbano, sinalização, vegetação e outros fins”, define
ainda “PASSEIO - PARTE DA CALÇADA ou da pista de rolamento, neste
último caso, separada por pintura ou elemento físico separador, livre de
interferências, destinada à circulação exclusiva de pedestres e,
excepcionalmente, de ciclistas”.

Pelo que verificamos a calçada não é local para nenhum veículo estacionar.
Além disso, quando a calçada ou passeio estiver com um veículo atrapalha a
circulação dos pedestres. Por onde eles irão passar? Na pista de rolamento
aumentando o risco de acidente. Por isso que os passeios devem ficar livres de
obstáculos para a passagem dos pedestres e as calçadas podem ser colocadas
mobiliário urbano, sinalização, etc.

Dependendo da posição que o veiculo estacione pode caracterizar: :Art. 181.


Estacionar o veículo: (...)
IV - em desacordo com as posições estabelecidas neste Código: Infração -
média; Penalidade - multa; Medida administrativa - remoção do veículo; (...)
VIII - no PASSEIO ou sobre faixa destinada a pedestre, sobre ciclovia ou
ciclofaixa, bem como nas ilhas, refúgios, ao lado ou sobre canteiros centrais,
divisores de pista de rolamento, marcas de canalização, gramados ou jardim
público: Infração - grave; Penalidade - multa; Medida administrativa - remoção
do veículo” (grifamos)

Além de ter seu veículo removido para o depósito do órgão responsável, vai
pagar multa, taxa de remoção e perder pontos preciosos na habilitação.

Vale a pena arriscar tanto?


A foto mostra uma situação corriqueira, onde condutores estacionam na
calçada ou passeio. Além de exporem os pedestres a perigo de ser atropelado.
O condutor deve estacionar seu veículo de forma correta sem atrapalhar a vida
de ninguém. É bom para o bolso e para a vida.

Quer participar desta coluna? Envie para wilson@transitobrasil.com.br fotos


com um breve histórico (Local, data/hora e um resumo do fato).

Autor: Wilson de Barros Santos. Autor do livro A B C da municipalização do


trânsito, Advogado, Bacharel em Ciências Econômicas e Tecnólogo em
Trânsito: Educação, Gestão e Legislação. Cursos de pós-graduação Lato Sensu
em Direito Processual Civil (2003) e Direito Civil (2003) pela Universidade
Luterana do Brasil (ULBRA). Ten Cel Reserva da PMRO. Especialista em
Trânsito pela Polícia Militar de São Paulo – SP (1990) e pela Polícia Militar do
Distrito Federal (1997). wilson@transitobrasil.com.br.

“Prezado internauta:
Este artigo expressa o pensamento do autor. Caso você discorde, queira
acrescentar ou complementar, ou ainda discorrer dando outro enfoque escreva
um artigo com o mesmo título acrescentando a expressão 'Segunda visão'.
Participe o trânsito é feito por pessoas e o Trânsito Brasil também”.

Embarque perigoso

Porto Velho - Sexta-feira, 12/03/2010

“Parar o veículo afastado da calçada para o embarque de passageiro além de


perigoso é infração de trânsito. Será?” Leia mais ...

Na edição de hoje a coluna


CERTO OU ERRADO mostra
foto de um veículo parado no
meio da pista de rolamento para o embarque de um passageiro.

O que diz a lei?


O Código de Trânsito Brasileiro considera infração de trânsito parar o veículo
em distância de cinqüenta centímetros acima, considerando como infração de
natureza leve ou média, conforme a distância. São duas possibilidades em áreas
urbanas, vejamos:
a) A infração de natureza leve é quando o veículo para “afastado da guia da
calçada (meio-fio) de cinqüenta centímetros a um metro”, conforme inciso II
do artigo 182 do CTB, sujeitando o infrator a uma multa no valor de R$ 53,20
(cinqüenta e três reais e vinte centavos) e três pontos no documento de
habilitação;
b) A infração de natureza média é quando o veículo para “afastado da guia da
calçada (meio-fio) a mais de um metro”, conforme inciso II do artigo 182 do
CTB, sujeitando o infrator a uma multa no valor de R$ 85,13 (oitenta e cinco
reais e treze centavos) e quatro pontos no documento de habilitação;

Vale a pena arriscar tanto?


A foto mostra uma situação corriqueira, onde alguns condutores param em
qualquer local para que haja o embarque ou desembarque de passageiros. Além
de expor o passageiro a perigo de ser atropelado. O condutor ao parar seu
veículo deve se aproximar junto à guia da calçada. É bom para o bolso e para a
vida.

Quer participar desta coluna? Envie para wilson@transitobrasil.com.br fotos


com um breve histórico (Local, data/hora e um resumo do fato).

Autor: Wilson de Barros Santos. Advogado, Bacharel em Ciências Econômicas


e graduando em Trânsito: Educação, Gestão e Legislação. Cursos de pós-
graduação Lato Sensu em Direito Processual Civil (2003) e Direito Civil
(2003) pela Universidade Luterana do Brasil (ULBRA). Ten Cel Reserva da
PMRO. Especialista em Trânsito pela Polícia Militar de São Paulo – SP (1990)
e pela Polícia Militar do Distrito Federal (1997). wilson@transitobrasil.com.br.

“Prezado internauta:
Este artigo expressa o pensamento do autor. Caso você discorde, queira
acrescentar ou complementar, ou ainda discorrer dando outro enfoque escreva
um artigo com o mesmo título acrescentando a expressão 'Segunda visão'.
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Parar sobre faixa de pedestre

Porto Velho - Sexta-feira, 12/03/2010

“Muito embora seja uma infração corriqueira, entendemos, que se deve haver
uma repressão de forma enérgica pelo agente de trânsito.” Leia mais...
Na edição de hoje a coluna
CERTO OU ERRADO mostra
foto de um veículo parado na
faixa do pedestre na mudança
do semáforo para o vermelho

O condutor ao parar seu


veículo sobre a faixa demonstra
claramente a falta de respeito
ao pedestre, que tem este
espaço reservado para a sua travessia na via com segurança.

Para caracterizar a infração se faz necessário que o veículo fique imobilizado


por qualquer tempo sobre a faixa de pedestre na ocasião da mudança de
sinalização luminosa.

Os condutores ao pararem seus veículos nas faixas de pedestres, dificultam a


travessia do pedestre e/ou os obrigam a sair de um local seguro para travessia a
se expor, com risco de atropelamento. É correto? Com certeza não.

Concluímos alertando aos condutores que parar o veículo sobre é uma clara
demonstração de irresponsabilidade e egoísmo, pois vai colocar os pedestres
em risco os obrigando a sair do local seguro de travessia para um local de risco.

O que diz a lei?


O Código de Trânsito Brasileiro, em seu artigo 183 considera infração de
natureza média parar o veículo sobre a faixa de pedestres na mudança de sinal
luminoso, vejamos o artigo:

" Art. 183. Parar o veículo sobre a faixa de pedestres na mudança de sinal
luminoso:
Infração - média;
Penalidade - multa.”

Se o local não tiver semáforo pode caracterizar o artigo 182, inciso VI do CTB,
vejamos:

“Art. 182. Parar o veículo:


(...)
VI do CTB “VI - no passeio ou sobre FAIXA DESTINADA A PEDESTRES,
nas ilhas, refúgios, canteiros centrais e divisores de pista de rolamento e marcas
de canalização:
Infração - leve;
Penalidade - multa;”!

Vale a pena arriscar tanto?


Os condutores devem lembrar que não podem parar com o veículo em cima da
faixa de pedestre. É bom para o bolso e para a vida.
Quer participar desta coluna? Envie para wilson@transitobrasil.com.br fotos
com um breve histórico (Local, data/hora e um resumo do fato).

Autor: Wilson de Barros Santos. Advogado, Bacharel em Ciências Econômicas


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graduação Lato Sensu em Direito Processual Civil (2003) e Direito Civil
(2003) pela Universidade Luterana do Brasil (ULBRA). Ten Cel Reserva da
PMRO. Especialista em Trânsito pela Polícia Militar de São Paulo – SP (1990)
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Sentido oposto

Porto Velho - Sexta-feira, 12/03/2010

“Conduzir veículo no sentido oposto ao fluxo dos demais veículos é perigoso e


ilegal, ppois além de ser uma infração de trânsito pode provocar acidentes.”
Leia mais ...

Na edição de hoje a coluna


CERTO OU ERRADO mostra
foto de um veículo trafegando
em sentido oposto do fluxo dos
demais veículos da via.

Conduzir veículo no sentido


oposto ao fluxo dos demais
veículos além de ser
considerado uma infração de
trânsito é perigoso pois pode haver acidente de graves repercussões aos
condutores e passageiros. O condutor deve dirigir com todos os cuidados para
evitar a se envolver em acidentes de trânsito, devendo respeitar a sinalização
existente.

Concluímos alertando os condutores que a dirigir pela contramão é uma ação


perigosa. O condutor deve evitar transitar em sentido oposto, pois o que está
em risco não é apenas uma multa de trânsito, mas sim a sua própria vida e dos
demais condutores da via..

O que diz a lei?


O Código de Trânsito Brasileiro, em seu artigo 186, inciso II considera
infração de natureza gravíssima transitar vias com sinalização de
regulamentação de sentido único de circulação, vejamos o artigo:
" Art. 186. Transitar pela contramão de direção em::
(...)
II - vias com sinalização de regulamentação de sentido único de circulação:
Infração - gravíssima;
Penalidade - multa.”

Vale a pena arriscar tanto?


Os condutores devem lembrar que não podem trafegar com o veículo no
sentido oposto. É bom para o bolso e para a vida.

Quer participar desta coluna? Envie para wilson@transitobrasil.com.br fotos


com um breve histórico (Local, data/hora e um resumo do fato).

Autor: Wilson de Barros Santos. Advogado, Bacharel em Ciências Econômicas


e graduando em Trânsito: Educação, Gestão e Legislação. Cursos de pós-
graduação Lato Sensu em Direito Processual Civil (2003) e Direito Civil
(2003) pela Universidade Luterana do Brasil (ULBRA). Ten Cel Reserva da
PMRO. Especialista em Trânsito pela Polícia Militar de São Paulo – SP (1990)
e pela Polícia Militar do Distrito Federal (1997). wilson@transitobrasil.com.br.

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Este artigo expressa o pensamento do autor. Caso você discorde, queira
acrescentar ou complementar, ou ainda discorrer dando outro enfoque escreva
um artigo com o mesmo título acrescentando a expressão 'Segunda visão'.
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Carro velho

Porto Velho - Sexta-feira, 12/03/2010

“Conduzir veículo em mau estado de conservação e segurança na via pública é


um perigo. O condutor deve cuidar bem do seu veículo para que ele não seja
um gerador de acidente de trânsito.” Leia mais ...

Na edição de hoje a coluna


CERTO OU ERRADO mostra
foto de um veículo sem a
mínima condição de trafegar
em via pública, faltando parte
do pára-choque traseiro, além
de outras falhas que não
resistiria a uma simples
inspeção pelo agente de
trânsito.

O condutor pode trafegar com um veículo nestas condições? Todo veículo só


poderá transitar na via pública quando atender os requisitos e condições de
segurança e, tudo indica, a foto mostra um veículo sem a mínima condição de
trafegar na via pública.
Dirigir pelas nossas vias com veículo velho não é proibido, o que o CTB proíbe
é veículo em mau estado de conservação e segurança, pois estes são, em
potencial, causadores de alguns acidentes de trânsito.

O que diz a lei?


O Código de Trânsito Brasileiro, em seu artigo 230, inciso XVIII considera
infração de natureza grave conduzir veículo em mau estado de conservação e
segurança, vejamos o artigo:

" Art. 230. Conduzir o veículo:

(...)

XVIII- em mau estado de conservação, comprometendo a segurança, ou


reprovado a avaliação de inspeção de segurança ..;

(...)

Infração - grave;
Penalidade – multa;
Medida Administrativa: Retenção do veículo para regularização”

Vale a pena arriscar tanto?


Os condutores devem lembrar que não podem trafegar com veículo em mau
estado de conservação e segurança. Cuidar do veículo é dever dos
proprietários, devendo o estado e funcionamento dos equipamentos de
segurança. É bom para o bolso e para a vida.

Quer participar desta coluna? Envie para wilson@transitobrasil.com.br fotos


com um breve histórico (Local, data/hora e um resumo do fato).

Autor: Wilson de Barros Santos. Advogado, Bacharel em Ciências Econômicas


e graduando em Trânsito: Educação, Gestão e Legislação. Cursos de pós-
graduação Lato Sensu em Direito Processual Civil (2003) e Direito Civil
(2003) pela Universidade Luterana do Brasil (ULBRA). Ten Cel Reserva da
PMRO. Especialista em Trânsito pela Polícia Militar de São Paulo – SP (1990)
e pela Polícia Militar do Distrito Federal (1997). wilson@transitobrasil.com.br.

“Prezado internauta:
Este artigo expressa o pensamento do autor. Caso você discorde, queira
acrescentar ou complementar, ou ainda discorrer dando outro enfoque escreva
um artigo com o mesmo título acrescentando a expressão 'Segunda visão'.
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Calçado inadequado

Porto Velho - Sexta-feira, 12/03/2010


“Pilotar motocicleta ou qualquer outro veículo com calçados que não se fixe
aos pés é ilegal? É perigoso? Submetemos para reflexão: A conduta vista está
certa ou errada?” Leia mais ...

Na edição de hoje a coluna


CERTO OU ERRADO mostra
foto de um motociclista
utilizando uma sandália na
direção veicular. Será que é
permitido este tipo de calçado
na direção? Com certeza não.
Todo condutor deveria saber
que não pode usar calçado tipo
sandália ou chinelo que não
esteja firmemente preso aos pés, pois estes tipos de calçados podem se soltar
ou até prender ao pedal do freio ou acelerador, podendo ser causa de acidente.

O que diz a lei?


O Código de Trânsito Brasileiro, em seu artigo 252, inciso IV considera
infração dirigir o veículo usando calçado que não se firme nos pés ou que
comprometa a utilização dos pedais, sendo uma infração média, com
penalidade de multa, no valor de R$ 85,13 (oitenta e cinco reais e treze
centavos), vejamos;

" Art. 252. Dirigir o veículo:


(...)
IV - usando calçado que não se firme nos pés ou que comprometa a utilização
dos pedais;
(...)
Infração - média;
Penalidade - multa.”

Vale a pena arriscar tanto?


Os condutores devem lembrar que não podem conduzir veículo utilizando
calçado que não se firme nos pés, pois além de ser uma conduta que pode
ocasionar acidente é ilegal com penalidade de multa. É bom para o bolso e para
a vida.

Quer participar desta coluna? Envie para wilson@transitobrasil.com.br fotos


com um breve histórico (Local, data/hora e um resumo do fato).

Autor: Wilson de Barros Santos. Advogado, Bacharel em Ciências Econômicas


e graduando em Trânsito: Educação, Gestão e Legislação. Cursos de pós-
graduação Lato Sensu em Direito Processual Civil (2003) e Direito Civil
(2003) pela Universidade Luterana do Brasil (ULBRA). Ten Cel Reserva da
PMRO. Especialista em Trânsito pela Polícia Militar de São Paulo – SP (1990)
e pela Polícia Militar do Distrito Federal (1997). wilson@transitobrasil.com.br.

“Prezado internauta:
Este artigo expressa o pensamento do autor. Caso você discorde, queira
acrescentar ou complementar, ou ainda discorrer dando outro enfoque escreva
um artigo com o mesmo título acrescentando a expressão 'Segunda visão'.
Participe o trânsito é feito por pessoas e o Trânsito Brasil também”.

Animal solto na via

Porto Velho - Sexta-feira, 12/03/2010

A foto não mente, nesta coluna serve como momento de reflexão mostrando a
verdade nua e crua de nossas vias

Na edição de hoje a coluna


CERTO OU ERRADO mostra
foto com cavalos soltos na via
sem que houvesse nenhuma
pessoa conduzindo ou
controlando os animais, pondo,
desta forma, risco para os
demais usuários da via, em
especial para aqueles que
trafegam logo do veículo. É
correto?

O que diz a lei?


1. O Código de Trânsito Brasileiro, em seu artigo 53, diz que:

"Os animais isolados ou em grupos só podem circular nas vias quando


conduzidos por um guia ...”

2- se um animal é causador de um acidente de trânsito em decorrência de


inobservância de norma legal que estipula regras para a sua circulação, o seu
proprietário pode ser responsabilizado, vejamos o que diz o Código Civil,
vejamos:

“O dono , ou detentor, do animal ressarcirá o dano por este causado, se não


provar culpa da vítima ou força maior” (art. 936 CC)

Vale a pena arriscar tanto?


Que os proprietários de animais adotar as medidas de segurança para sua
condução na via sem perigo para os demais usuários da via? É bom para o
bolso e para a vida.

Quer participar desta coluna? Envie para wilson@transitobrasil.com.br fotos


com um breve histórico (Local, data/hora e um resumo do fato).

Autor: Wilson de Barros Santos. Advogado, Bacharel em Ciências Econômicas


e graduando em Trânsito: Educação, Gestão e Legislação. Cursos de pós-
graduação Lato Sensu em Direito Processual Civil (2003) e Direito Civil
(2003) pela Universidade Luterana do Brasil (ULBRA). Ten Cel Reserva da
PMRO. Especialista em Trânsito pela Polícia Militar de São Paulo – SP (1990)
e pela Polícia Militar do Distrito Federal (1997). wilson@transitobrasil.com.br.

“Prezado internauta:
Este artigo expressa o pensamento do autor. Caso você discorde, queira
acrescentar ou complementar, ou ainda discorrer dando outro enfoque escreva
um artigo com o mesmo título acrescentando a expressão 'Segunda visão'.
Participe o trânsito é feito por pessoas e o Trânsito Brasil também”.

Uso de celular no trânsito

Porto Velho - Sexta-feira, 12/03/2010

“A imagem desta edição mostra um condutor dirigindo e segurando o telefone


celular ao mesmo tempo. Todos sabem que não podem mas alguns
desobedecem”.

As fotos não mentem, mostram


que alguns condutores têm o
vício de utilizar o aparelho
celular durante a direção do
veículo. Até parece "status"
dirigir o veículo com uma das
mãos e utilizar, ao mesmo
tempo, o aparelho de telefone
celular. Dirigir veículo nessas
condições, além de
PERIGOSO, é ILEGAL.

PERIGOSO para a coletividade e para o próprio condutor, que perde parte dos
movimentos, pois ele utilizará apenas uma das mãos para segurar o aparelho
celular e a outra mão ficará no volante, podendo se envolver ou causar
acidentes de trânsito.

ILEGAL, pois é vedada a condução veicular com apenas uma das mãos ao
volante, "...exceto quando deva fazer sinais regulamentares de braço, mudar a
marcha do veículo, ou acionar equipamentos e acessórios do veículo" (art. 252,
V, CTB), e, diga-se de passagem, celular não é equipamento ou acessório do
veículo, sendo considerada uma infração de natureza média, com penalidade de
multa de R$ 85,13 (oitenta e cinco reais e treze centavos), estando, ainda o
infrator sujeito a perder 4 (quatro) pontos no documento de habilitação.

Lembre-se sempre: Usar o aparelho celular durante a direção veicular. além do


risco de acidente, o condutor comete infração de trânsito

Vale a pena arriscar tanto?


Que tal parar o veículo em local seguro e atender o celular? É bom para o
bolso, para sua segurança e para a vida.
Quer participar desta coluna? Envie para wilson@transitobrasil.com.br fotos
com um breve histórico (Local, data/hora e um resumo do fato).

Autor: Wilson de Barros Santos. Advogado, Bacharel em Ciências Econômicas


e graduando em Trânsito: Educação, Gestão e Legislação. Cursos de pós-
graduação Lato Sensu em Direito Processual Civil (2003) e Direito Civil
(2003) pela Universidade Luterana do Brasil (ULBRA). Ten Cel Reserva da
PMRO. Especialista em Trânsito pela Polícia Militar de São Paulo – SP (1990)
e pela Polícia Militar do Distrito Federal (1997). wilson@transitobrasil.com.br.

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Este artigo expressa o pensamento do autor. Caso você discorde, queira
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Leia os artigos relacionados:


Uso do telefone celular durante a direção veicular
Celular e direção veicular: ligação perigosa

Uso do cinto de segurança

Porto Velho - Sexta-feira, 12/03/2010

“A Coluna Certo ou Errado, já possui uma série de fotos com flagrantes


desrespeito das normas de trânsito”

Tentar contestar uma imagem é


muito difícil, principalmente
quando esta imagem demonstra
o cometimento de infração de
trânsito.

No Trânsito Brasil dizemos


com certeza que as fotos não
mentem mostram a verdade
nua e crua de nossas vias.

Todos os condutores da via sabem ou deveriam saber que o uso do cinto é


obrigatório, tanto para condutor como para o passageiro. O internauta pode
pensar, "que isto é bobagem pois todo condutor sabe que tem obrigação de usar
o cinto de segurança". Todos sabem, mas nem todos usam e, a maioria dos
condutores, permite que passageiros que estão sob sua responsabilidade não
utilizem o cinto.

O Código de Trânsito Brasileiro, em seu artigo 65, assim se expressa "É


obrigatório o uso do cinto de segurança para condutor e passageiros em todas
as vias do território nacional, salvo em situações regulamentadas pelo
CONTRAN".

É uma medida simples, porém, hábil a diminuir a quantidade de mortes no


trânsito.

Muitos condutores esquecem que os passageiros que estão no banco traseiro de


veículos devem usar o cinto de segurança.

O condutor que deixar de utilizar o cinto de segurança ou permitir que o


passageiro não utilize o referido cinto, comete uma infração de natureza grave,
com penalidade de multa R$ 127,69 (cento e vinte e sete reais e sessenta e nove
centavos), tendo como medida administrativa a retenção do veículo até a
colocação do cinto pelo infrator.

Lembrando ainda que o uso do cinto de segurança pode ser desconfortável,


mas com certeza em caso de acidente poderá diminuir as conseqüências das
lesões ou até mesmo salvar a vida.

Vale a pena arriscar tanto? Que tal parar e só conduzir veículo e/ou transportar
o passageiro utilizando o cinto de segurança?
É bom para o bolso e para a vida.

Quer participar desta coluna? Envie para wilson@transitobrasil.com.br fotos


com um breve histórico (Local, data/hora e um resumo do fato).

Autor: Wilson de Barros Santos. Advogado, Bacharel em Ciências Econômicas


e graduando em Trânsito: Educação, Gestão e Legislação. Cursos de pós-
graduação Lato Sensu em Direito Processual Civil (2003) e Direito Civil
(2003) pela Universidade Luterana do Brasil (ULBRA). Ten Cel Reserva da
PMRO. Especialista em Trânsito pela Polícia Militar de São Paulo – SP (1990)
e pela Polícia Militar do Distrito Federal (1997). wilson@transitobrasil.com.br.

“Prezado internauta:
Este artigo expressa o pensamento do autor. Caso você discorde, queira
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Direção Segura
MANTENHA DISTÂNCIA - PARTE 2

Porto Velho - Sexta-feira, 12/03/2010

“Para ocorrer um acidente, basta que o motorista do veículo da frente faça uma
freada mais brusca” Leia mais...

Quando acontece uma colisão traseira, é comum o


motorista que bate no veículo da frente procurar
alguma razão para se isentar da responsabilidade pelo acidente.
No entanto, bater no veículo da frente raramente é justificável.

Embora os fatores falta de atenção e velocidade incompatível possam ser as


causas nesse tipo de colisão, o que mais determina para a ocorrência das
colisões traseiras é a falta de uma distância segura entre os veículos.

Não manter distância apropriada é um dos erros mais comuns no trânsito.


Pouquíssimos são os motoristas que mantém uma distância de segurança
correta na maior parte do tempo.
A maioria fica perto demais do veículo da frente.
Mesmo que os motoristas sejam atentos e tenham bons reflexos, sempre estarão
em situação de risco de colisão.

Para ocorrer um acidente, basta que o motorista do veículo da frente faça uma
freada mais brusca.

“E qual seria a distância segura entre os veículos de uma forma técnica?“

Esta distância pode ser praticada aplicando-se uma regra simples e eficiente,
amplamente divulgada em cursos sobre segurança no trânsito:
A regra dos 2 segundos.

Na presente análise temos dois carros idênticos na mesma faixa de rolamento e


em velocidades iguais.
(Para ônibus, caminhões e motos será analisado na parte 3 deste artigo).

Esta regra é aplicável somente quando são boas as condições da via, do tempo,
do veículo e do motorista.

“Observe o veículo à sua frente e marque um ponto fixo como referência na


via:
Uma árvore, uma placa, um poste, etc.
Quando o veículo da frente passar pelo ponto marcado, comece a contar
pausadamente:

- cinqüenta e um, cinqüenta e dois.

O tempo decorrido correspondente ao pronunciamento dessas palavras é


praticamente igual a 2 (dois) segundos.
Ao terminar de contar você não deverá ter ultrapassado o ponto de referência.
Caso o tenha, significa que está muito perto do veículo da frente.
Ajuste então a velocidade para manter a distância de segurança”.

Esta regra parte do princípio que levamos quase 1 segundo para reagir diante
de um acontecimento e o outro 1 segundo (2 no total) para obtermos uma
margem de segurança, ou seja, não ficarmos no limite e termos tempo para
frear, desviar, sinalizar para outros, enfim enfrentar uma situação inesperada de
forma tranqüila.

Quando um veículo segue a nossa frente e algo inesperado ocorre, em


praticamente 100 % dos casos o motorista da frente pisará no freio primeiro e
aquele que não estiver mantendo distância adequada terá grande probabilidade
de se acidentar ou passar um grande susto caso esteja na mesma faixa de
rolamento.
Isto porque precisamos começar a frear, antes do ponto no qual o motorista da
frente começou a frear.

Se frearmos antes deste ponto teremos condições de evitar uma colisão, mas se
frearmos depois provavelmente não.
No entanto, para a aplicação prática da regra dos 2 segundos é preciso treino e
interesse em manter distância, já que em alguns momentos, principalmente em
fluxo intenso, outros motoristas entrarão no espaço que mantemos do veículo
da frente.
Aí então devemos fazer pequenos ajustes (aliviar o pé do acelerador) para
voltar a manter uma distância segura em relação ao veículo da frente.

Para melhor visualizarmos o espaço percorrido por um veículo em função da


velocidade vejamos a tabela que segue:

Veloc....... Veloc. ..................Distância


Km/h........equivalente...........de Segur.
.................m/s....................em metros
............................................Regra 2 seg.
10................2,77.....................5,55
18................5.........................10
20................5,55.....................11,11
25................6,94.....................13,38
30................8,33.....................16,67
36................10........................20
40................11,11....................22,22
60................16,67....................33,34
72................20.........................40,00
80................22,22 ...................44,44
90................25.........................50
100..............27,77.....................55,55
108..............30..........................60
120..............33,33.....................66,66
Obs: m/s = Km/h dividido por 3,6
Observando a tabela, verificamos que a distância aproximada que devemos
manter do veículo da frente aumenta conforme aumentamos a velocidade,
porém em qualquer das velocidades mantém-se os mesmos 2 segundos como
referência.

A 40 Km/h teremos 2 s x 11 m/s = 22 m em relação ao veículo da frente.


A 60 Km/h teremos 2 s x 16,6 m/s = 33 m em relação ao veículo da frente.
A 80 Km/h teremos 2 s x 22 m/s = 44 m em relação ao veículo da frente.
A 100 Km/h teremos 2 s x 27,7 m/s = 55 m em relação ao veículo da frente.

Num primeiro momento, a tendência é pensar que estas distâncias são


exageradas. Entretanto, os fatos mostram que estas distâncias são necessárias
para que o motorista consiga agir a tempo diante de um imprevisto.

Quantas e quantas vezes já não ouvimos de motoristas envolvidos em colisão


traseira:
- “Tentei desviar, mas não deu tempo”.
- “Quando percebi que o veículo da frente estava parando, já estava muito
próximo”.
- “Pisei com tudo, mas não foi possível evitar a batida”.

Um dos maiores erros que a maioria dos motoristas comete é manter poucos
metros do veículo da frente seja qual for a velocidade.
Na emergência, no inesperado, quem não mantém distância não tem espaço
para frear de modo gradativo e seguro.

Como exemplo, analisemos dois veículos em uma mesma faixa de rolamento e


ambos a uma velocidade de 80 Km/h (22,2 m/s).
Nesta velocidade, 2 segundos representam aproximadamente 44 m de distância
do veículo detrás em relação ao veículo da frente.
Esta é a distância de segurança mínima que nos permitirá uma ação segura caso
haja uma freada brusca por parte do veículo à frente.

Supondo que o veículo da frente faça uma freada de emergência, o motorista


detrás só reagirá quase 1 segundo após este fato, sendo que neste intervalo de
tempo o seu veículo se deslocará 22 metros sem o motorista ter feito nada
(frear/desviar).
No entanto, ao seguir a regra ele ainda terá o outro 1 segundo (22 m) para fazer
algo (frear/desviar) antes do ponto no qual o veículo da frente começou a frear.
Essa é a parte mais importante:
Devemos pisar no freio em um ponto anterior àquele que o veículo da frente
começou o processo de frenagem.

Se começarmos a frear após o ponto no qual o motorista da frente começou a


sua frenagem, estaremos em apuros:
Não teremos espaço para realizar uma frenagem e uma colisão será provável.

Tecnicamente, com 1 segundo de distância em relação ao veículo da frente


ainda seria possível evitar uma colisão traseira, porém sem margem de
segurança.
Neste caso o motorista do veículo detrás começa a frear no mesmo ponto no
qual o motorista do veículo da frente começou o processo de frenagem.
Isto significa agir no limite, portanto não recomendável.

Na tabela acima podemos ver para cada velocidade a sua correspondência com
a distância de segurança pela regra dos 2 segundos e também a mínima
distância admissível para agir no limite (segunda coluna), O QUE
CORRESPONDE A VELOCIDADE EM METROS POR SEGUNDO.

A regra dos 2 segundos é uma referência para uma distância mínima de


segurança.
Mais segundos devem ser mantidos quando as condições não são favoráveis:
Chuva, neblina, pista ruim, período noturno, veículos colados ao nosso, etc.

No caso do motorista colado ao nosso (ou vários) devemos manter muito mais
segundos de distância justamente para compensar a inobservância à regra por
parte dos “colados“ e podermos fazer uma freada gradativa em uma
emergência.

Seguindo este raciocínio, se tivermos um carro colado atrás deveremos manter


4 (quatro) segundos (2 s para o nosso veículo e mais 2 s para compensar o
outro que está colado).

Agindo assim, ainda estimulamos para que o motorista detrás ultrapasse o


nosso veículo.

Infelizmente, o que vemos no dia a dia é que são poucos os motoristas que
mantém distância de segurança apropriada.

Em um primeiro momento pode parecer impraticável a aplicação desta regra no


trânsito dos grandes centros urbanos.
Isto é um equívoco.

A regra pode ser aplicada na maior parte do tempo em que dirigimos.


Isto quer dizer quase 100% do tempo.

Para mantê-la é necessário acreditar na sua importância, treinar de modo


sistemático, fazendo correções e ajustes nas próprias atitudes até adquirir esse
comportamento de forma habitual.

Ao consolidar esta postura o motorista rapidamente percebe que fica muito


mais fácil e seguro executar várias manobras no trânsito, pois manter distância
é um diferencial:
Possibilita ao motorista tomar suas ações sem sustos ou freadas bruscas, além
de proporcionar boa visibilidade, fator essencial para uma direção segura e
tranqüila!

PS: Na parte 3 deste artigo serão feitas considerações sobre a distância de


segurança em diversas situações no trânsito e na parte final a análise de
argumentos que alguns motoristas utilizam para questionar a aplicação prática
da regra dos 2 segundos.

Autor: Luiz Ernesto de Azeredo - Engenheiro e especialista em direção


defensiva
atua na área de projetos e programação de semáforos em Campinas-SP.
leazeredo@uol.com.br

RESPEITE OS DIREITOS AUTORAIS, caso haja interesse em publicar este


artigo, seja na mídia impressa ou na Internet, entre em contato com o autor.

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OS DESENHOS COM O PERSONAGEM PATETA

Porto Velho - Sexta-feira, 12/03/2010

"Os autores das histórias tiveram inspiração fora do comum e as abordagens


dos temas são muito sutis e condizentes com a realidade do trânsito nas ruas e
rodovias". Leia mais ...

A trilogia de desenhos animados dos Estúdios Walt


Disney com o personagem Pateta representando alguns
tipos de motoristas que encontramos diariamente, pode ser considerada uma
das melhores obras sobre prevenção de acidentes de trânsito.
Estes 3 fantásticos desenhos, contribuição importantíssima para a formação de
motoristas mais prudentes, apresentam regras práticas para um trânsito seguro
de modo atrativo e envolvente, proporcionando ao telespectador a sensação de
estar vivenciando a cena mostrada.

Os autores das histórias tiveram inspiração fora do comum e as abordagens dos


temas são muito sutis e condizentes com a realidade do trânsito nas ruas e
rodovias.
Cabe ressaltar que os desenhos já têm mais de 40 anos.

Segue abaixo um breve resumo das obras, bem como citações e alguns
comentários a respeito:

Desenho 1 : MOTOR MANIA (1950) – autores : Dick Kinney e Milt Schaffer -


comportamento no trânsito – mostra a transformação de personalidade que uma
pessoa pode sofrer ao passar do papel de pedestre para o de motorista.
O sujeito calmo, educado e que “ NÃO É CAPAZ DE PISAR NUMA
FORMIGA ”
(sr. Andante) pode transformar-se no motorista cruel e diabólico (sr. Volante)
ao dirigir um veículo.
Com apenas 5 minutos de duração, ilustra várias cenas que sempre ocorrem,
tais como :
- O motorista dono da rua, pois dirige impedindo a passagem dos outros.
- O desrespeito ‘a sinalização, tal qual na cena de acesso ‘a rodovia, motoristas
dirigindo
loucamente (apesar da sinalização informar para dirigir devagar ) e o
protagonista devido
a sua própria impaciência, ignora a preferência dos que estão na rodovia, os
quais não
estão nem aí para ele.
- A impaciência diante dos semáforos e a largada dos veículos ao estilo de uma
corrida ao
abrir o sinal.
Cabe destaque ao pedestre, o qual além de ser “ um alvo “ na mira dos Srs.
Volantes , é também vítima até no seu território : a calçada.

Desenho 2 : FOBIA DE ESTRADA (1965) (15 minutos)


autor : William R. Bosché – tipos de motoristas.
Inicia informando como foi o processo de surgimento das rodovias e aponta
que as mesmas ” possuem alguns problemas específicos e por isso são
necessárias certas REGRAS PRÁTICAS E DE CORTESIA para a mútua
proteção dos motoristas “, e finaliza:

“ Qualquer indivíduo que não as respeitar, é uma ameaça para todos “.

Latinizando o nome do motorista que o personagem Pateta representa, este


desenho aborda o comportamento inadequado em rodovias.
São apresentadas algumas cenas mostrando o procedimento errado do
motorista e em seguida como agir corretamente diante da mesma situação.
Em relação ‘a aprendizagem, esta é uma das melhores técnicas, pois ao se
mostrar o errado e posteriormente o correto, temos referências concretas de
como agir diante de diversas situações.

Os tipos de motoristas :

- MOTORAMUS TIMIDICUS - É o inseguro.

Enfoca basicamente o motorista que dirige devagar demais e seu péssimo


posicionamento na via.

“ Ele está convencido que as pessoas não deveriam correr tanto “.


“ Se ele for pela faixa da direita e não for devagar demais, não vai causar
muitos problemas.
Mas freqüentemente ele fica vagueando entre uma faixa e outra “.

“ Inseguro e supercauteloso, têm dificuldades de adaptação em rodovias “.

Exemplo disso é retratado na cena de acesso ‘a rodovia.


O Sr. Timidicus segue na faixa de aceleração e em vez de se encaixar na
rodovia, combinando a sua velocidade com os demais, acaba por parar e
confundir os motoristas que o seguem.

- MOTORAMUS AFOBATUS - É o apressado.

Você já está na velocidade máxima permitida e atrás de seu veículo está este
personagem, claro que colado e desesperadamente querendo que você abra
caminho.
Alguns exageram e piscam farol alto, buzinam ou ligam a seta de modo
insistente.
Como exemplificado no desenho, ao se ver incapaz de passar um veículo, “ vai
batendo de pára-choque em pára-choque seja qual for a velocidade ou então
ficam ziguezagueando e cortando a frente dos outros “, surpreendendo-os.
É um grande causador de colisão traseira .
A questão da distância de segurança entre automóveis na mesma faixa de
rolamento é abordada com um exemplo muito bem estruturado, com destaque
para a questão do tempo de reação dos motoristas diante de um perigo e do
espaço necessário para a frenagem e a parada completa dos veículos.
Infelizmente, muitos motoristas batem ou levam batida de colisão traseira por
falta de um conhecimento técnico sobre distâncias de segurança.

- DISPLICENTUS MÁXIMUS - É o distraído.

Falta a este tipo, algo essencial : ATENÇÃO AO ATO DE DIRIGIR.

“ ... é completamente desatento a qualquer aviso, placa ou sinal, por isso, só vê


a sua saída quase depois de perdê-la e aí tem que mudar de faixa
rapidamente ... “

Alguns deslizes destes motoristas ao dirigirem :

- Comer um lanche.
- Consultar mapas
- Tomar o seu cafezinho.
- Fazer a barba.

Versão comum atualmente – falar ao telefone celular.

O texto final do desenho sobre os 3 tipos acima é pura prevenção de acidentes :


“ Fuja deles, se puder. ( dica do narrador – Obs: fique afastado )
E tome cuidado para não se tornar um deles ! “ (fala do Pateta )
Desenho 3 : OS PROBLEMAS DO PATETA NA ESTRADA (1965) (15
minutos)
autor : William R. Bosché – condições adversas.

Este desenho é a continuação do desenho Fobia de Estrada e em linhas gerais


aborda a importância da manutenção do automóvel (motor - pneus - freios -
direção - suspensão e iluminação), assim como a condição mental e física do
motorista.
Inicialmente é feito um comentário a respeito dos problemas específicos das
rodovias :
Esses problemas geralmente são criados pelos próprios motoristas, pois eles
desobedecem as regras de trânsito.
Em seguida mostra o precário estado de conservação de um automóvel, pois o
seu dono
( IDIOTIMUS ÚLTIMUS ) não dá a mínima para a sua manutenção :

“ O Sr. Idiotimus não tem olhado o estado dos pneus desde que comprou o
carro, logo, é claro, eles estão em frangalhos ! “

“ Ele não tem verificado o estado do motor “

“ Se o carro anda, ele simplesmente dirige sem maiores preocupações “

Em outra cena, o motorista tinha abastecido o veículo com apenas 2 litros de


combustível, pois “ isso deve me levar até lá “, o carro começa a falhar após
percorrer alguns quilômetros, e o motorista ainda tem a coragem de soltar a
frase :

“ Droga de mostrador, deve estar quebrado ! “

Colocando assim a culpa no mostrador de combustível que indica tanque vazio.

Muitas pessoas, por não analisarem corretamente os fatos, colocam a culpa em


objetos !
No caso acima, é feita uma abordagem especial sobre como sinalizar um
veículo avariado.
O ponto alto do desenho é enfatizar a importância do PLANEJAMENTO ao se
fazer um deslocamento, quer para atravessar as ruas da cidade, quer para fazer
uma viagem mais longa.
Assim deve-se atentar não somente ‘as condições do veículo, mas também ‘as
condições do motorista :
DESCANSADO, SEM ÁLCOOL, ALERTA e no caso de viagens mais longas,
paradas para a recuperação de um bom estado físico e mental, bem como saber
com antecedência para onde ir, onde entrar e sair nas rodovias, evitando assim
dúvidas e trajetos equivocados.

O maior mérito desta série de desenhos é mostrar que evitar acidentes, depende
predominantemente do COMPORTAMENTO DO MOTORISTA.
A série é uma aula valiosa sobre como SOBREVIVER NO TRÂNSITO.
Seguro estará o motorista que aprender a lição !

Obs: as citações entre aspas fazem parte dos textos dos desenhos.

Autor: Luiz Ernesto de Azeredo – Engenheiro e especialista em direção


defensiva atua na área de projetos e programação de semáforos em Campinas-
SP. leazeredo@uol.com.br

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FALTA DE CORTESIA

Porto Velho - Sexta-feira, 12/03/2010

“Vamos considerar também que os motoristas podem visualizar com boa


antecedência a aproximação do veículo da outra via”. Leia mais ....

“ ... eu estava na via preferencial e de repente, levei


uma fechada do veículo que
vinha pela via secundária .
Foi impossível evitar a batida.
A culpa foi do outro motorista.
Eu estou certo, pois eu estava na preferencial. ”

É muito provável que você já ouviu um relato como este.


Vejamos outras respostas dadas por motoristas envolvidos em acidentes,
quando indagados através da famosa pergunta: O que aconteceu ?

* Ele entrou direto na preferencial.


* Ele cortou a minha frente.
* Ele invadiu a minha faixa.

Para efeito da análise em questão,

(1) é o veículo do motorista na via preferencial.


(2) é o veículo do motorista na via secundária.
Vamos considerar também que os motoristas podem visualizar com boa
antecedência a aproximação do veículo da outra via.
Como referência para o caso acima, consideraremos as pistas de aceleração
( via secundária geralmente com uma faixa de rolamento, sendo esta paralela
ou pouco oblíqua em relação a via preferencial ), as quais proporcionam um
acesso gradativo e adequado a um grande número de avenidas, vias expressas e
rodovias ( vias preferenciais ).
É interessante observar que na maior parte dos casos, o motorista que “ está
certo ” (1), muito pouco ou nada faz para amenizar ou eliminar a situação de
conflito e assim evitar a possibilidade de acidente.
Ele é adepto do argumento “ eu passo primeiro, pois a preferência é minha. ”
Fazendo uma análise sobre as causas do acidente acima, veremos que o que
realmente ocorreu, é “ um pouco diferente ” da versão do motorista do veículo
(1).

Atitude do motorista (1)

O motorista do veículo (1) vem pela via preferencial.


Ele percebe o veículo (2) mas não dá importância, pois para o motorista (1)
quem deve dar a preferência é o motorista do veículo (2).
Muitas vezes, o motorista do veículo (1) tem todas as condições favoráveis
para facilitar a entrada do veículo (2) na via preferencial, mas isso acaba não
ocorrendo pois (1) tem o seguinte pensamento :

“ AQUI VOCÊ NÃO ENTRA! “


Este pensamento não é relatado pelo motorista (1).

Atitude do motorista (2)


O motorista do veículo (2), por sua vez, ACHA que (1) permitirá o seu acesso
na via preferencial, já que existe espaço para tal ocorrer.

As ATITUDES EGOÍSTAS e os “ ACHISMOS “ dos motoristas aumentam


muito os riscos de acidentes de trânsito.
Mesmo quando o desfecho não resulta em acidente, invariavelmente ocorre
uma freada mais brusca, um desvio repentino, um buzinaço, um xingamento,
enfim um desfecho estressante que poderia ser facilmente evitado com atitudes
preventivas.

Vamos ver o que os motoristas podem fazer numa situação como a relatada :
O motorista do veículo (1) percebe o veículo (2) e dá muita importância ao
fato, pois (2) poderá disputar o mesmo espaço com (1), e causar problemas.
O motorista (1) tira o pé do acelerador, para facilitar o acesso do veículo (2).
O veículo (2) entra na via preferencial, com o motorista do veículo (1)
seguindo atrás, pois este último fez pequenos ajustes para isto ser possível.
É claro que tudo é uma questão de momento, de agir da maneira que seja mais
adequada para a situação.
O motorista do veículo (1) pode ainda adotar outras ações tais como, sair para
outra faixa de rolamento se adequado for ( via de mão única com 2 ou mais
faixas de rolamento) ; acelerar um pouco caso seja mais conveniente do que
tirar o pé do acelerador e assim ficar à frente de (2); um toque na buzina como
sinal de alerta caso os dois veículos estejam próximos demais na confluência;
pisar no freio se necessário for.
Concomitantemente, o motorista do veículo (2) pode fazer também pequenos
ajustes, reduzindo ou aumentando a velocidade, para se encaixar no trânsito.
Um ponto de grande importância ao identificarmos situações de risco, é
agirmos o quanto antes para neutralizá-las.
Muitos motoristas que “ estão certos “ se envolvem ridiculamente em acidentes
perfeitamente evitáveis, pois deixam de fazer tudo que estava ao seu alcance
para evitá-lo.
Por outro lado, motoristas precavidos sabem que abrir mão da sua própria
preferência é um recurso valioso, pois de nada adianta “ estar certo “ e se
envolver em acidentes.
Eles sabem que uma atitude bem simples ( e muito ignorada ) resolve grande
parte dos conflitos no trânsito:

CORTESIA.

Autor: Luiz Ernesto de Azeredo – Engenheiro e especialista em direção


defensiva atua na área de projetos e programação de semáforos em Campinas-
SP. leazeredo@uol.com.br

RESPEITE OS DIREITOS AUTORAIS, caso haja interesse em publicar este


artigo, seja na mídia impressa ou na Internet, entre em contato com o autor.

MANTENHA DISTÂNCIA - PARTE 1

Porto Velho - Sexta-feira, 12/03/2010

“Quando dirigimos com margens de segurança, mantendo distância, temos


ESPAÇO para corrigirmos eventuais erros ...” Leia mais ...

Uma das colisões mais freqüentes no trânsito é a


colisão traseira.
Por alguma razão, o motorista do veículo da frente diminui a velocidade e o
motorista do veículo detrás não consegue frear a tempo, vindo então a colidir
com o veículo da frente.
E aí pouco adianta apresentar desculpas ou culpar o motorista da frente.
Normalmente, na quase totalidade dos casos, podemos afirmar que o motorista
detrás é o maior responsável por este tipo de acidente.
Se o motorista da frente reduz a velocidade de seu veículo, o motorista detrás
tem por obrigação fazer o mesmo, evitando assim uma colisão.

Três fatores principais, isolados ou simultâneos, contribuem para estas


ocorrências:
- Falta de atenção
- Velocidade incompatível
- Não manter distância de segurança

1. Falta de atenção: Usar telefone celular, mexer no toca fitas, fumar, procurar
algo no porta-luvas, etc ... são fatores que distraem o motorista por vários
segundos, mas mesmo assim muitos motoristas ainda cometem estas ações
inseguras .
Para dirigir de forma segura, atenção no trânsito é requisito fundamental.

2. Velocidade incompatível : trafegar como se fosse um piloto de corrida é uma


das maneiras mais precisas para se envolver em colisão com os veículos a
frente, pois como a todo momento é necessário realizar freadas ou desvios de
trajetória já que os veículos são rapidamente alcançados, é fácil perceber que
este tipo de comportamento é um fator gerador de acidentes.

3. Não manter distância de segurança :

Tão importante quanto ter atenção e velocidade compatível é o motorista


manter uma distância segura em relação ao veículo da frente.
Porém, a grande maioria dos motoristas desconhece qual a distância apropriada
para se manter em relação ao veículo a frente, e por desconhecê-la como
poderão aplicá-la ?
A análise técnica sobre a distância de segurança será feita na parte 2 deste
artigo.
Assim, o que vemos no trânsito são motoristas dirigindo seus veículos
COLADOS ao veículo da frente, sendo necessário apenas uma freada mais
brusca do motorista do veículo da frente para que isto resulte em uma colisão.
Entretanto não é preciso “ se envolver em acidente “ para ficarmos atentos a
questão.
Algumas ocorrências indicam que o motorista não mantém uma distância de
segurança adequada em relação ao veículo da frente :

- Frear bruscamente .
- Frear bruscamente quando o motorista da frente pára no amarelo do semáforo
.
- Passageiro ao lado “ freia o veículo “ antes ( bem antes ) que o motorista .
- Desviar bruscamente para não colidir com o veículo ‘a frente .
- Cair em buracos ( o da frente não cai, pois visualiza-o ) .
- Passar no sinal vermelho atrás de um ônibus ou caminhão .
- Sair para a contra-mão para ver se é possível ultrapassar ( isso deve ser feito
antes de mudar de faixa ) .

É claro que vez ou outra um motorista pode passar por uma situação acima,
mas se isto é repetitivo, algo não está correto.
Este motorista é um candidato em potencial para as estatísticas de acidentes.
A maior parte dos motoristas acredita que possuem ótimos reflexos para
escapar de situações de emergência.
No entanto, esses “ ótimos reflexos “ que os motoristas julgam possuir, podem
não ser
suficientes para livrá-lo de uma colisão se o motorista da frente frear de modo
repentino.

Um teste muito interessante comprova isto.


Para fazê-lo, convide um amigo para participar.
Pegue então uma nota de dinheiro em bom estado, e em pé, de frente para o seu
amigo, segure-a na altura do peito e um pouco afastado do mesmo com o dedo
indicador e o polegar de uma das mãos.
Você deve segurar a nota por uma das extremidades de modo a mantê-la na
posição vertical.
Agora pergunte ao seu amigo, com qual das duas mãos ele tem maior
habilidade.
Com a mão escolhida, ele deve manter o dedo indicador e o polegar afastados
cerca de 5 centímetros um do outro ( posicionados no formato de pinça ) de
forma que a nota que você segura fique eqüidistante entre o indicador e o
polegar de seu amigo, como se estivesse preparado para segurá-la.
Peça que este posicionamento fique na parte inferior da nota.
Avise-o que no momento que você soltar a nota, ele deverá tentar segurá-la
com estes 2 dedos antes que a mesma passe por completo entre os mesmos.
Peça-lhe para ficar bastante atento.
Então, inesperadamente solte a nota.
O que aconteceu?
Em praticamente 100 % das tentativas, seu amigo não conseguirá segurar a
nota.
Inverta os papéis, e teste a sua reação.
Na melhor das hipóteses, o mais ágil dos homens segurará a nota numa posição
diferente daquela que você largou.
Diante de um acontecimento no trânsito agimos de modo parecido.
Primeiro percebemos o fato, e só depois de algum tempo reagimos e tomamos
uma atitude.
Entretanto esta reação no trânsito é mais demorada, visto que não estamos o
tempo todo “ esperando por surpresas“.
A maior parte dos acidentes de colisão traseira tem origem em uma situação
inesperada.
Quando dirigimos com margens de segurança, mantendo distância, temos
ESPAÇO para corrigirmos eventuais erros (próprios e dos outros ) e assim boas
condições para agirmos sempre com tranqüilidade.
Caso contrário, teremos muitos sustos pelo caminho.
Nesses casos, não se envolver em acidente será sempre uma questão de sorte!

Luiz Ernesto de Azeredo – Engenheiro e especialista em direção defensiva atua


na área de projetos e programação de semáforos em Campinas-SP.

leazeredo@uol.com.br

DIREÇÃO SEGURA: QUESTÃO DE ATITUDE

Porto Velho - Sexta-feira, 12/03/2010

“Analise um acidente e você constatará, salvo raras exceções, que uma infração
de trânsito foi cometida, quer por um, quer por dois ou mais envolvidos”. Leia
mais ...
Quando um motorista está dirigindo, ele pode observar
muitos fatos:
- os veículos que estão à sua frente.
- os veículos em sentido contrário.
- o carro que se aproxima do cruzamento.
- a distância que mantém do veículo à frente.
- os veículos que estão atrás do seu.
- outros acontecimentos.

De acordo com o que está ocorrendo, o motorista pode tomar atitudes que
tornam muito mais segura e econômica a condução de um veículo.

E para isto, é necessário saber observar, “ ver o que está ocorrendo ” e então
agir.
Quase a totalidade dos acidentes de trânsito acontecem por causa dos erros que
os motoristas e pedestres cometem.

Analise um acidente e você constatará, salvo raras exceções, que uma infração
de trânsito foi cometida, quer por um, quer por dois ou mais envolvidos.

Em grande parte dos casos de acidentes de trânsito, além do culpado de fato,


temos o motorista que “ estava certo ”, que mesmo tendo visto o erro do outro
motorista, não fez nada para resolver a situação, pois julgava que estava certo,
no seu direito e assim ridiculamente se envolve no acidente.

Assim, para resolvermos as situações pelas quais passamos no trânsito,


precisamos identificar o motorista que fará isto: nós mesmos.

“ Se você não faz parte da solução, então você faz parte do problema ”

Um exemplo de motorista que faz parte do problema é aquele que dificulta as


coisas.
Se ele está sendo ultrapassado, em vez de facilitar para o outro motorista,
tirando um pouco o pé do acelerador, tornando o tempo da ultrapassagem
menor, faz o que não se deve fazer: aumentar a velocidade.

E muitas vezes quando em sentido contrário se aproxima outro veículo.


É fácil perceber porque ocorrem as colisões frontais nestas condições.
Se alguém faz algo errado que prejudique você, aja para solucionar o problema.
A solução está em suas mãos, pois raramente quem está errado toma uma ação
sensata.
Dirigir de modo seguro é questão de atitude.

Luiz Ernesto de Azeredo – Engenheiro e especialista em direção defensiva atua


na área de projetos e programação de semáforos em Campinas-SP.

O Motorista e o Semáforo: A Atitude Segura Diante do Sinal de Trânsito -


Parte 1
Porto Velho - Sexta-feira, 12/03/2010

"Isto mostra que não adianta somente estar certo, pois sempre que existir um
motorista fazendo algo errado, alguém poderá ser prejudicado". Leia mais ...

Experimente observar um cruzamento sinalizado e


você constatará que quando o sinal fecha, 1, 2 ou mais
veículos passam no vermelho!

A maior parte dos motoristas que passam no sinal vermelho assim o fazem
porque tem atitudes equivocadas diante do semáforo :
- Imprudência: relacionado ao excesso de velocidade e pressa de chegar ao
destino.
- Distração: a falta de atenção do motorista.
- Indução: o motorista da frente passa no vermelho e o detrás também, pois este
último pensa que o sinal está aberto.
- Intenção: o motorista intencionalmente passa no vermelho.

Ao mesmo tempo que um motorista passa no vermelho, o motorista da outra


rua avança com o veículo quando o sinal fica verde, sem ao menos olhar para
os lados!
Este motorista que passa no verde recém aberto, confia piamente no sinal!
Por atitudes como estas, a razão de tantos acidentes diariamente diante de
semáforos.
Os acidentes em semáforos ocorrem em quase sua totalidade nas mudanças de
sinal, ora quando fecha, ora quando abre pois neste momento são
desrespeitadas as regras do trânsito seguro.

Isto mostra que não adianta somente estar certo, pois sempre que existir um
motorista fazendo algo errado, alguém poderá ser prejudicado.

Vejamos então, algumas atitudes seguras diante do semáforo.

Se você é o motorista que está parado diante do semáforo, aguardando o verde,


você pode:

1. Reconhecer o risco : alguns motoristas sempre passam no vermelho.


2. Saber o que fazer : olhar para os lados e dominar a situação.
3. Agir em segurança : quando o sinal ficar verde para você, só avançar se for
seguro.

Existe também um motivo que explica o porquê de tanto motorista passar no


vermelho :
A falta de um método para dirigir.
Quem dirige sem método, ora passa no verde, ora passa no vermelho !
Passar no verde fica sendo questão de sorte !
E quando passa no vermelho, não procura saber porque isto aconteceu.
Por outro lado, o motorista prudente age basicamente do seguinte modo :
- Dirige em velocidade compatível com o local e com a situação.
- Mantém distância de segurança em relação ao veículo à frente.

Esta maneira de proceder permite ao motorista uma atitude mais segura diante
do sinal de trânsito.
Entretanto, convém estarmos cientes que por mais cuidado que tenha o
motorista, às vezes pode ocorrer dele passar um semáforo com o sinal
vermelho, em função de algum erro cometido.
É importante que este motorista sempre reflita a respeito, para evitar cometer o
mesmo erro.
Afinal, o sinal vermelho não tem o poder de parar um veículo.
O motorista tem !

Luiz Ernesto de Azeredo – Engenheiro e especialista em direção defensiva atua


na área de projetos e programação de semáforos em Campinas-SP.
leazeredo@uol.com.br

Atitude do motorista

Porto Velho - Sexta-feira, 12/03/2010

"Não vamos nos iludir que arrumando ruas e rodovias os números irão
despencar! O que se constata de fato, salvo raras exceções, é o mau
comportamento ao volante"

Há alguns anos quando eu cursava engenharia, um dos


professores do curso contou que em determinado
período muitos funcionários de sua empresa estavam se envolvendo demais em
acidentes de trânsito.

Em reunião para tratar do assunto, alguns achavam que as causas principais dos
acidentes seriam tanto as condições dos veículos da empresa como as
condições das ruas e rodovias.
Já que não podiam consertar as ruas e rodovias, foi sugerido:
“ Vamos trocar nossos veículos “

Então esse professor disse:


" Mas os veículos estão bons, é preciso trocar os motoristas ! “
Acredito que para resolver a questão dos acidentes no Brasil, cabe o
comentário do professor : “ É preciso trocar os motoristas ! “

Se inúmeros estudos apontam que em torno de 90 % dos acidentes, a causa


determinante para a sua ocorrência é o erro humano, para diminuir os acidentes
nesta proporção, devemos reduzir os erros dos motoristas e pedestres!

Não vamos nos iludir que arrumando ruas e rodovias os números irão
despencar!
O que se constata de fato, salvo raras exceções, é o mau comportamento ao
volante
- a infração de trânsito - o fator determinante para a ocorrência de acidentes.

Um exemplo em passado recente foi a reforma da Rodovia Presidente Dutra


(BR-116), onde a mesma passou por melhorias e mesmo assim os acidentes
aumentaram devido a imprudência dos motoristas, que passaram a dirigir em
alta velocidade.

Exemplo vivenciado constantemente aos domingos a noite pelo autor deste


texto, ocorre na - já duplicada - Rodovia Fernão Dias (BR-381), entre as
cidades de Cambuí-MG e Atibaia-SP (cerca de 85 Km). O que se vê é um
festival de barbaridades – atitudes que vão contra os princípios de uma direção
segura.
Motoristas que parecem estar em pistas de corrida – dirigindo seus objetos do
desejo acima (muito acima) dos limites de velocidade, além é claro, de não
manterem DISTÂNCIA DE SEGURANÇA em relação ao veículo da frente,
isto sem falar da falta de cortesia da quase totalidade dos mesmos.

Não é exclusividade desta rodovia – é um comportamento que está


disseminado nas demais rodovias e ruas do Brasil.

Com freqüência me deparo com acidentes, muitos deles graves.


O que poderíamos esperar senão acidentes e mais acidentes?
É necessário haver cada vez mais uma fiscalização rigorosa e punitiva – quem
sabe em um futuro próximo possamos ter um monitoramento sobre a
velocidade média de cada veículo e assim conter as imprudências e os
acidentes com os camicases ao volante.

Entretanto, existem os bons exemplos!


Tive a satisfação de vivenciar um deles em novembro de 2005 no trecho São
Paulo/ Carangola-MG / São Paulo (ida/volta cerca de 1.400 Km) em ônibus de
conhecida empresa de transporte rodoviário de passageiros.
No total 8 motoristas se revezaram.
Parece inacreditável, mas não senti NENHUMA FREADA BRUSCA em todo
percurso de ida e volta.
Somente arrancadas e freadas gradativas, ou seja, conforto – resultado do
profissionalismo desses motoristas.
NENHUMA ULTRAPASSAGEM PERIGOSA ou imprudência de outro tipo,
o que significa segurança ao passageiro que deste modo não fica tenso, mas
sim seguro que a viagem não será feita com o pescoço na forca.
Isto é resultado de treinamento e também de controle da frota por parte da
empresa.

Agora fico imaginando a maioria dos motoristas no Brasil sem treinamento ou


formação adequada, podemos colocá-lo na melhor e mais moderna rodovia,
com um veículo em ótimo estado e os acidentes continuarão ocorrendo.

As políticas para a redução de acidentes de trânsito devem ser mais


direcionadas nas atitudes dos motoristas, pois são elas as causas principais das
tragédias do trânsito urbano e rodoviário.
Algumas empresas já perceberam isso, e inteligentemente investem no
treinamento dos seus motoristas e funcionários.
Mas em pleno século XXI muitos motoristas não perceberam, pois ainda estão
“dormindo“. Precisam “acordar“, MUDAR DE ATITUDE e passar a dirigir de
modo responsável.
Aí sim o trânsito brasileiro terá cada vez menos acidentes.

Luiz Ernesto de Azeredo – Engenheiro e especialista em direção defensiva atua


na área de projetos e programação de semáforos em Campinas-SP.
leazeredo@uol.com.br

Reflexões Jurídicas

O FECHAMENTO DA VIA PÚBLICA E AS RESPONSABILIDADES


DOS ÓRGÃOS DE TRÂNSITO

Porto Velho - Sexta-feira, 12/03/2010

"Portanto, havendo a necessidade de bloqueios e desvios do trânsito, pode o


órgão responsável realizar o fechamento da via pública, levando-se em
consideração, além das circunstâncias específicas de cada caso...". Leia mais ...

É comum nos depararmos com situações de


fechamento das vias públicas, tanto pelo poder
público, como regra, quanto pela própria comunidade, como exceção,
decorrentes de obras, eventos, comemorações etc. Importa-nos, neste estudo,
verificar a legalidade destas situações, bem como as responsabilidades dos
órgãos de trânsito.

Inicialmente, ressalta-se que o planejamento, projeto, regulamentação e


operação do trânsito são atividades de competência, nas vias rurais, dos órgãos
e entidades executivos rodoviários da União, dos Estados, do Distrito Federal e
dos Municípios e, nas vias urbanas, dos órgãos e entidades executivos de
trânsito municipais, nos termos dos artigos 21, inciso II e 24, inciso II, do
Código de Trânsito Brasileiro (CTB).

Portanto, havendo a necessidade de bloqueios e desvios do trânsito, pode o


órgão responsável realizar o fechamento da via pública, levando-se em
consideração, além das circunstâncias específicas de cada caso, a finalidade de
preservação do interesse público.

Importante esclarecer àqueles que se socorrem do direito de ir e vir para


questionar as limitações impostas pelo órgão público que o artigo 5º, inciso
XV, da Constituição Federal (CF/88) estabelece que “é livre a locomoção no
território nacional em tempo de paz, podendo qualquer pessoa, nos termos da
lei, nele entrar, permanecer ou dele sair com seus bens”, ou seja, o texto
constitucional admite restrições, nos termos da lei.

Como ato administrativo, adotado pela Administração pública, é de se registrar


que o bloqueio do trânsito possui determinados atributos, conforme a melhor
doutrina de Direito Administrativo, dos quais destacamos a coercibilidade e a
auto-executoriedade, que se traduzem, respectivamente, na obrigatoriedade de
aceitação pelos administrados e na desnecessidade de intervenção do Poder
Judiciário para sua validade.

Prova disso é que o artigo 209 do CTB estabelece, como infração de trânsito de
natureza grave, sujeita à penalidade de multa, a transposição, sem autorização,
de bloqueio viário, com ou sem sinalização ou dispositivos auxiliares.

Feitas estas considerações iniciais, quanto à legalidade do fechamento da via


pública, realizado pelo órgão de trânsito com circunscrição sobre a via,
vejamos os aspectos que circundam a questão, em especial no que se refere às
obrigações dos órgãos de trânsito e dos responsáveis pelas obras ou eventos
motivadores do bloqueio da via.

Dispõe o artigo 95 do CTB:


Art. 95 - Nenhuma obra ou evento que possa perturbar ou interromper a livre
circulação de veículos e pedestres, ou colocar em risco sua segurança, será
iniciada sem permissão prévia do órgão ou entidade de trânsito com
circunscrição sobre a via.
§ 1º - A obrigação de sinalizar é do responsável pela execução ou manutenção
da obra ou do evento.
§ 2º - Salvo em casos de emergência, a autoridade de trânsito com
circunscrição sobre a via avisará a comunidade, por intermédio dos meios de
comunicação social, com quarenta e oito horas de antecedência, de qualquer
interdição da via, indicando-se os caminhos alternativos a serem utilizados.
§ 3º - A inobservância do disposto neste artigo será punida com multa que
varia entre cinqüenta e trezentas UFIR, independentemente das cominações
cíveis e penais cabíveis.
§ 4º - Ao servidor público responsável pela inobservância de qualquer das
normas previstas neste e nos arts. 93 e 94, a autoridade de trânsito aplicará
multa diária na base de cinqüenta por cento do dia de vencimento ou
remuneração devida enquanto permanecer a irregularidade.

Da disposição acima, destacamos as quatro etapas estabelecidas para a


realização de obras e eventos na via pública:

1ª. Prévia permissão.


O artigo 5º, inciso XVI, da CF/88 reza que “todos podem reunir-se
pacificamente, sem armas, em locais abertos ao público, independentemente de
autorização, desde que não frustrem outra reunião anteriormente convocada
para o mesmo local, sendo apenas exigido prévio aviso à autoridade
competente”. Assim, a prévia permissão a que se refere ao artigo 95 do CTB
não pode constituir condição para a aprovação do direito de reunião,
consagrado constitucionalmente, mas se faz necessária para que a
Administração pública avalie cada situação, preparando-se para garantir à
coletividade o direito ao trânsito em condições seguras, dever dos órgãos de
trânsito, nos termos do § 2º do artigo 1º do CTB.

Neste aspecto, vejam que o artigo 95 se aplica apenas aos casos em que ocorrer
perturbação ou interrupção da livre circulação de veículos e pedestres, ou
colocar em risco a segurança, devendo-se, portanto, avaliar se aquele direito de
reunião está sendo exercido de forma pacífica, nos termos estabelecidos pelo
dispositivo constitucional.

A participação dos órgãos de trânsito na realização da obra ou evento,


conforme o artigo 95, não se restringe apenas à permissão, já que os seus
parágrafos, a seguir explicados, estabelecem outras obrigações, como a
prestação de informações à comunidade, a fiscalização da obediência à
regulamentação estabelecida e, até mesmo, a implantação da sinalização (como
obrigação residual), já que o responsável pela obra ou evento, via de regra, não
possui os mecanismos hábeis para a sinalização, como cones, cavaletes,
tapumes etc.

Cabe considerar que não há a previsão expressa de cobrança de taxa pelos


serviços prestados pelo órgão de trânsito, no fechamento da via pública,
diferentemente do que ocorre com o artigo 67 do CTB, que trata de provas ou
competições esportivas, nos seguintes termos:
“Art. 67 - As provas ou competições desportivas, inclusive seus ensaios, em
via aberta à circulação, só poderão ser realizadas mediante prévia permissão da
autoridade de trânsito com circunscrição sobre a via e dependerão de:
...
IV - prévio recolhimento do valor correspondente aos custos operacionais em
que o órgão ou entidade permissionária incorrerá”.

Não obstante, verificando-se nossa Carta magna, no que concerne à instituição


de tributos (gênero no qual se insere a espécie taxa), é possível instituir
legalmente a cobrança de taxa pela prestação desse tipo de serviço,
discriminando-se, na lei de criação, os critérios para delimitação, valoração e
forma de cobrança, o que já vem sendo adotado em alguns municípios
brasileiros, baseando-se nos artigos 30, 145 e 156 da CF/88:
Art. 30. Compete aos Municípios:
...
III - instituir e arrecadar os tributos de sua competência, bem como aplicar suas
rendas, sem prejuízo da obrigatoriedade de prestar contas e publicar balancetes
nos prazos fixados em lei;

Art. 145. A União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios poderão


instituir os seguintes tributos:
...
II - taxas, em razão do exercício do poder de polícia ou pela utilização, efetiva
ou potencial, de serviços públicos específicos e divisíveis, prestados ao
contribuinte ou postos a sua disposição;
Art. 156. Compete aos Municípios instituir impostos sobre:
...
III - serviços de qualquer natureza, não compreendidos no art. 155, II,
definidos em lei complementar. (Redação dada pela Emenda Constitucional n.
3, de 18.3.1993)

2ª. Sinalização do local.


Dispõe o § 1º do artigo 95 que a obrigação de sinalizar é do responsável pela
execução e manutenção da obra ou evento; entretanto, deve-se observar o
disposto no artigo 80 do CTB, que restringe a implantação apenas da
sinalização regularmente prevista, vedando-se a utilização de qualquer outra.

Assim, é de se consultar o Anexo II do CTB (alterado pela Resolução do


CONTRAN nº 160/04), que, em seu item 3.7, trata dos dispositivos de uso
temporário, conceituando-os da seguinte forma:
“São elementos fixos ou móveis diversos, utilizados em situações especiais e
temporárias, como operações de trânsito, obras e situações de emergência ou
perigo, com o objetivo de alertar os condutores, bloquear e/ou canalizar o
trânsito, proteger pedestres, trabalhadores, equipamentos etc.”

Tais dispositivos, antes identificados nas cores amarela e preta, e atualmente


nas cores laranja e branca (conforme nova configuração, estabelecida pela
Resolução 160/04, que deve ser implantada, obrigatoriamente, até 30/06/07, de
acordo com a prorrogação de prazo dada pela Deliberação do CONTRAN nº
50/06), são os seguintes: cones, cilindros, balizadores móveis, tambores, fitas
zebradas, cavaletes (articulados e desmontáveis), barreiras (fixas, móveis,
cancelas e plásticas), tapumes, gradis, elementos luminosos complementares e
faixas.

Com exceção das empresas especializadas que freqüentemente realizam obras


ou eventos ou daquelas situações que não demandam tanta sinalização, é fato
que o responsável pela obra ou evento não terá disponível facilmente a
sinalização de trânsito regularmente estabelecida, acima tratada. Ademais, a
implantação do sistema de sinalização constitui atribuição de competência do
órgão de trânsito, conforme os artigos 21, III; 24, III e § 1º do artigo 90 do
CTB, premissas a partir das quais podemos concluir pela responsabilidade
subsidiária do órgão de trânsito, que, nos termos anteriormente explanados,
poderá cobrar pelos custos operacionais da implantação da sinalização.

3ª. Informação à comunidade.


A informação à comunidade, com antecedência mínima de 48 horas, a respeito
do fechamento da via pública, somente não se exigirá nos casos de emergência,
em que o bloqueio tenha ocorrido excepcionalmente, por situações
extremamente pontuais.

Veja-se que, além da informação quanto ao fechamento da via, é obrigatória a


indicação dos caminhos alternativos.

Os meios de comunicação social, mencionados no § 2º do artigo 95, são


aqueles que, efetivamente, cumpram com o seu papel de informação, devendo
o órgão de trânsito avaliar qual é a forma mais eficiente para atingir a
comunidade usuária das vias em que se operou o bloqueio de trânsito,
podendo-se utilizar os meios escritos (jornal, revista, panfletos), sonoros
(radiodifusão, propaganda por alto-falante), ou audiovisuais (divulgação em
canais televisivos regionais).

Vale destacar que, entre os meios de comunicação social, encontramos também


as faixas de pano, que, a bem da verdade, constituem, como já exposto, tipos
de dispositivos de uso temporários de sinalização.

Por ser postura extremamente comum, aproveitamos para ressaltar a proibição


de propagandas em toda e qualquer sinalização de trânsito, incluindo-se as
faixas de pano, nos termos do artigo 82 do CTB:

Art. 82 - É proibido afixar sobre a sinalização de trânsito e respectivos


suportes, ou junto a ambos, qualquer tipo de publicidade, inscrições, legendas e
símbolos que não se relacionem com a mensagem da sinalização.

4ª. Fiscalização do cumprimento do artigo 95.


Verificadas as três etapas anteriores, chegamos à fiscalização do cumprimento
de tais disposições, ou seja, quais são as conseqüências para o fechamento
irregular das vias públicas, seja por não estar autorizado, não sinalizado ou não
informado à comunidade.

Daqui, temos dois desdobramentos: a aplicação de penalidade ao responsável


pela irregularidade e a punição ao servidor do órgão de trânsito que inobservou
o preconizado na lei.
A competência para a fiscalização do artigo 95, aplicação de penalidades e
arrecadação de multas é dos órgãos e entidades executivos rodoviários da
União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, no âmbito de sua
circunscrição, nas rodovias, e dos órgãos e entidades executivos de trânsito dos
Municípios, nas vias urbanas.

Por se tratar de imposição de penalidade, entendemos como aplicável o


processo administrativo de trânsito, excluindo-se o atinente à elaboração do
auto de infração, notificação da autuação e defesa da autuação, pois tais etapas
se referem apenas à ocorrência de infrações de trânsito, que não é o caso.
Assim, na aplicação de penalidade por inobservância ao artigo 95, deve a
autoridade de trânsito expedir a notificação de penalidade, nos termos do artigo
282 do CTB.

Quanto ao valor da multa, embora o artigo 95 traga como referência a UFIR,


quantificando-a entre 50 e 300 unidades, a exemplo do que hoje ocorre com as
multas por infrações de trânsito deve-se grafar o seu valor em reais, tendo em
vista a extinção da UFIR em 26/10/00, com a Medida provisória nº 1.973-67, e
considerando o seu último valor de vigência, que era de 1,0641; portanto, a
multa deve variar entre R$ 53,20 e R$ 319,23.

A determinação do valor exato da multa depende da análise das circunstâncias


de cada caso, havendo liberdade de escolha pela autoridade de trânsito, no
exercício do seu poder discricionário, levando-se em consideração os critérios
de conveniência e oportunidade e, no caso de pagamento até o vencimento,
deve ser concedido o desconto de 20 %, nos termos do artigo 284 do CTB.

As demais disposições do processo administrativo de trânsito são, igualmente,


aplicáveis ao presente caso, como recurso em primeira e segunda instâncias.

A aplicação da penalidade de multa não isenta os responsáveis pela


irregularidade das cominações cíveis e penais cabíveis, como prevê a parte
final do § 3º do artigo 95, disposição de certa forma redundante, já que toda
ação ou omissão contrárias à lei têm como possíveis conseqüências as punições
nas três esferas (administrativa, cível e penal), conclusão consubstanciada na
chamada tríplice responsabilidade.

Ainda na esfera administrativa, podemos relacionar duas infrações de trânsito


que poderão estar presentes no fechamento irregular da via pública, a saber:
Art. 245 - Utilizar a via para depósito de mercadorias, materiais ou
equipamentos, sem autorização do órgão ou entidade de trânsito com
circunscrição sobre a via:
Infração - grave.
Penalidade - multa.
Medida administrativa - remoção da mercadoria ou do material.
Parágrafo único - A penalidade e a medida administrativa incidirão sobre a
pessoa física ou jurídica responsável.

Art. 253 - Bloquear a via com veículo:


Infração - gravíssima.
Penalidade - multa e apreensão do veículo.
Medida administrativa - remoção do veículo.

Enquanto que no caso do artigo 253, a fiscalização pode ser realizada


normalmente, encontramos um certo óbice para a aplicação da penalidade
estabelecida no artigo 245, já que inexiste, atualmente, na sistemática de
processamento das penalidades de trânsito, uma fórmula capaz de apenar
diretamente as pessoas físicas ou jurídicas, pois a multa, via de regra, é
vinculada a uma placa de identificação de veículo.

Entretanto, a exemplo do que ocorre com a aplicação da multa pelo artigo 95,
resolvida a dificuldade técnica atual, nada impede que a autoridade de trânsito
expeça a notificação da autuação em nome da pessoa física ou jurídica
responsável.

As cominações cíveis cabíveis ao presente caso referem-se às eventuais


indenizações devidas àqueles que, se sentindo ofendidos com a irregularidade
constatada, ajuizarem a competente ação judicial para a reparação de danos.

No tocante às cominações penais, não há um tipo penal específico para o


presente caso, podendo, conforme cada situação, configurar crimes próprios
das condutas que cercarem a irregularidade praticada.
O outro desdobramento da fiscalização do artigo 95 é representado pelo dever
de vigilância, inerente à Administração pública, em relação ao servidor do
órgão e entidade de trânsito responsável pelo cumprimento das disposições
legais aqui tratadas, estabelecendo o § 4º do artigo 95 que a autoridade de
trânsito deve aplicar ao funcionário desidioso multa diária na base de 50 % do
dia de vencimento ou remuneração devida, enquanto permanecer a
irregularidade.

Tal disposição é questionável do ponto de vista jurídico, em especial por dois


motivos: primeiro, porque não há, necessariamente, entre autoridade de trânsito
e o servidor responsável uma subordinação hierárquica, necessária para a
aplicação de punições decorrentes do exercício do poder hierárquico de que
goza a Administração pública; segundo, muito mais importante, porque o
desconto de remuneração previsto, sem o devido processo legal e sem a
garantia do contraditório e da ampla defesa, contraria os direitos fundamentais
estabelecidos nos incisos LIV e LV do artigo 5º da CF/88.

Concluindo:
O fechamento da via pública pelo órgão de trânsito ou rodoviário, com
circunscrição sobre ela, é legalmente admitido, quando observadas as
disposições do artigo 95 do CTB, e considerando-se os princípios da
Administração pública, entre eles o da finalidade, que se relaciona com o
interesse público.

As responsabilidades dos órgãos de trânsito estão consubstanciadas em quatro


etapas: prévia permissão para a realização da obra ou evento, implantação da
sinalização de trânsito; informação à comunidade quanto à interdição (exceto
em casos de emergência) e fiscalização do cumprimento das etapas anteriores,
com a aplicação de penalidades aos infratores (sendo recomendável, entretanto,
não incidir na diminuição do vencimento do servidor público, por ser medida
de duvidosa inconstitucionalidade).

Por último, lembramos do disposto no § 3º do artigo 1º do CTB, que contempla


a responsabilidade objetiva dos órgãos e entidades do Sistema Nacional de
Trânsito, por AÇÃO, OMISSÃO ou ERRO na execução de serviços que
garantam o exercício do direito ao trânsito seguro, o que evidencia a
necessidade de obediência aos preceitos ora tratados.

São Paulo, 19 de julho de 2006.

JULYVER MODESTO DE ARAUJO, 1º Tenente da Polícia Militar do Estado


de São Paulo, Conselheiro do CETRAN/SP, Coordenador e Professor de cursos
na área de trânsito, Bacharel em Direito, Pós-graduando em Direito público
pela Escola Superior do Ministério Público e Autor de livros e artigos sobre
legislação de trânsito, além do blog Código de Trânsito Brasileiro Comentado
(http://ctbcomentado.blogspot.com).

NOVAS REGRAS PARA A FISCALIZAÇÃO DE VELOCIDADE


Porto Velho - Sexta-feira, 12/03/2010

“A data de vigência da lei constitui outro aspecto que merece discussão,


considerando-se que não há vacatio legis, ou seja, período entre a publicação
da lei e sua entrada em vigor”. Leia mais ...

No dia 26/07/06, foi publicada no Diário Oficial da


União a Lei nº 11.334/06, que alterou o artigo 218 da
Lei nº 9.503/97 (Código de Trânsito Brasileiro), estabelecendo novos critérios
para a fiscalização de velocidade nas vias públicas.

Assim dispunha o artigo 218 anteriormente a sua alteração:


Art. 218. Transitar em velocidade superior à máxima permitida para o local,
medida por instrumento ou equipamento hábil:
I – em rodovias, vias de trânsito rápido e vias arteriais:
a) quando a velocidade for superior à máxima em até vinte por cento:
Infração – grave.
Penalidade – multa.
b) quando a velocidade for superior à máxima em mais de vinte por cento:
Infração – gravíssima.
Penalidade – multa (três vezes) e suspensão do direito de dirigir.
II – demais vias:
a) quando a velocidade for superior à máxima em até cinqüenta por cento:
Infração – grave.
Penalidade – multa.
b) quando a velocidade for superior à máxima em mais de cinqüenta por cento:
Infração – gravíssima.
Penalidade – multa (três vezes) e suspensão do direito de dirigir.
Medida administrativa – recolhimento do documento de habilitação.

Com a Lei nº 11.334/06, o artigo 218 do CTB passou a ter a seguinte redação:
Art. 218. Transitar em velocidade superior à máxima permitida para o local,
medida por instrumento ou equipamento hábil, em rodovias, vias de trânsito
rápido, vias arteriais e demais vias:
I – quando a velocidade for superior à máxima em até 20% (vinte por cento):
Infração – média;
Penalidade – multa;
II – quando a velocidade for superior à máxima em mais de 20% (vinte por
cento) até 50% (cinqüenta por cento):
Infração – grave;
Penalidade – multa;
III – quando a velocidade for superior à máxima em mais de 50% (cinqüenta
por cento):
Infração – gravíssima;
Penalidade – multa [3 (três) vezes], suspensão imediata do direito de dirigir e
apreensão do documento de habilitação.

A primeira crítica quanto à técnica legislativa fica por conta da redação do


caput do artigo 218, que começa enumerando as vias às quais se aplica o
dispositivo, para, ao final, alcançar todas as vias, não havendo necessidade,
portanto de enumeração, bastando ter encerrado o período na palavra “hábil”.

Não obstante tal impropriedade, é de se ressaltar a mudança positiva, em se


estabelecer as mesmas regras para a fiscalização de velocidade, independente
do tipo de via em que o condutor se encontra. Isto porque, apesar da
classificação das vias públicas estar prevista no artigo 60 do CTB, bem como
seus conceitos estarem delineados no Anexo I, não é tarefa das mais fáceis
estabelecer, em determinadas situações, se uma via é arterial ou coletora, por
exemplo.

Esta dificuldade acarretava um sério desdobramento, pois se o órgão de trânsito


classificasse a via como arterial (em vez de coletora), a mudança de infração
grave para gravíssima (com valor da multa multiplicado por três) ocorreria aos
20% de excesso e não aos 50%.

Além disso, como o § 2º do artigo 61 do CTB autoriza que o órgão ou entidade


de trânsito ou rodoviário com circunscrição sobre a via regulamente, por meio
de sinalização, velocidades superiores ou inferiores aos estabelecidos no
próprio Código (§ 1º daquele artigo), a redação anterior do artigo 218
propiciava um tratamento diferenciado para o excesso de velocidade, ou seja,
para um limite de velocidade de 40 km/h, estando o condutor em uma via
coletora, por exemplo, a infração seria mais gravosa (incidindo também a
suspensão do direito de dirigir), apenas após os 60 km/h (equivalentes a 50%
de excesso e desconsiderando-se o erro máximo admissível do equipamento
medidor); enquanto que se ele estivesse em uma rodovia, tal mudança ocorreria
já aos 48 km/h (equivalente a 20%). Diante dessa comparação, é de se verificar
que a lei punia com mais rigor um veículo a 50 km/h, em uma rodovia, do que
em frente a uma escola (se ambos os locais estivessem com um limite de 40
km/h).

Diante destas incongruências proporcionadas pela lei, que só foram percebidas


na prática da fiscalização eletrônica de velocidade, o tratamento igualitário
para o excesso de velocidade representou um avanço mais justo para a punição
dos eventuais infratores.

Quanto ao escalonamento de gravidade das infrações, proposto pela lei sob


análise, entendo inadequado classificar como infração média o excesso de
velocidade, ainda que até 20% acima do limite, posto que o abrandamento da
fiscalização está na contramão do que se pretendeu nos últimos anos, coibindo-
se um dos maiores causadores de acidentes de trânsito, que é, justamente, o
excesso de velocidade.

Assim, vejo que o melhor seria estabelecer a gradação, a partir da infração de


natureza grave, ou seja, para o inciso I, infração grave; para o II, gravíssima e
para o III, gravíssima vezes 3.

Outra necessária crítica às mudanças impostas recai sobre as penalidades


estabelecidas no inciso III do artigo 218, tendo em vista que o artigo 256 do
CTB, que relaciona as penalidades a serem aplicadas em decorrência das
infrações de trânsito não contempla as penalidades de suspensão IMEDIATA
do direito de dirigir, nem tampouco de APREENSÃO do documento de
habilitação.

Além da dissonância do texto legal, outras considerações são imprescindíveis,


já que a maneira como foi proposta dá a entender que, ao ser flagrado em
excesso de velocidade, acima de 50% do limite estabelecido, o condutor teria
imediatamente recolhido seu documento de habilitação e, dali por diante, não
poderia continuar dirigindo veículo automotor, o que não ocorrerá pelas razões
a seguir expostas:
A suspensão do direito de dirigir não pode ser imediata, primeiro porque, por
se tratar de penalidade, nos termos do artigo 256, deve ser aplicada,
exclusivamente, pela autoridade de trânsito (neste caso, dirigente máximo do
órgão ou entidade executivo de trânsito estadual, ou pessoa por ele
expressamente credenciada) e não pelo seu agente, o que, por si só,
descaracterizaria o imediatismo imaginado pelo legislador; segundo, porque o
artigo 265 do CTB (que não foi alterado pela Lei nº 11.334/06) estabelece que
“As penalidades de suspensão do direito de dirigir e de cassação do documento
de habilitação serão aplicadas por decisão fundamentada da autoridade de
trânsito competente, em processo administrativo, assegurado ao infrator amplo
direito de defesa” e, ainda que o Código de Trânsito fosse omisso quanto ao
necessário processo de suspensão, há que se atentar ao dispositivo
constitucional consagrado no artigo 5º, inciso LV, da CF/88 (“aos litigantes,
em processo judicial ou administrativo, e aos acusados em geral são
assegurados o contraditório e ampla defesa, com os meios e recursos a ela
inerentes”).

Quanto à “apreensão” do documento de habilitação, além de utilizar a


expressão equivocada, já que o artigo 269 do CTB faz menção ao
“recolhimento” e não à “apreensão”, colocou o legislador tal providência como
se fosse classificada como penalidade, quando, na verdade, trata-se de medida
administrativa, o que possui reflexo prático em sua aplicação, já que, da leitura
dos artigos 256 e 269 do Código, depreende-se que, enquanto as penalidades
são aplicadas apenas pela autoridade de trânsito, as medidas administrativas é
que podem ser aplicadas pela autoridade e seus agentes, na esfera de suas
competências.

Não obstante tais comentários, registre-se que, nos termos propostos pela atual
legislação, os casos de suspensão do direito de dirigir por excesso de
velocidade serão bem menos constantes que os atuais, sendo quase inaplicáveis
nas vias com limites maiores de velocidade, pois, em uma rodovia, com limite
estabelecido de 120 km/h, por exemplo, o condutor somente estará sujeito à
suspensão após os 180 km/h (sem contar o erro máximo admissível do
equipamento, que é adotado como tolerância na aplicação da penalidade).

A data de vigência da lei constitui outro aspecto que merece discussão,


considerando-se que não há vacatio legis, ou seja, período entre a publicação
da lei e sua entrada em vigor, já que o artigo 2º da Lei nº 11.334 prevê a sua
validade a partir da publicação, que ocorreu em 26/07/06. Assim, há que se
analisar a aplicabilidade ou não das novas regras para as infrações de
velocidade cometidas ou notificadas antes da data em questão.

Sobre o assunto, minha opinião, contrária ao entendimento de outros que já se


posicionaram a respeito, é a de que não se aplica, a todos os casos, a
retroatividade da lei em benefício do infrator, já que o dispositivo
constitucional que versa sobre o assunto prevê que “a lei PENAL não
retroagirá, salvo para beneficiar o RÉU (grifei)” (artigo 5º, inciso XL, da
CF/88) e, no caso sob análise, não se trata de lei penal (muito embora a multa
tenha caráter de sanção), bem como não é possível entender o infrator de
trânsito como réu (expressão aplicável no Direito Penal e, ainda assim, àquele
que se encontra na fase processual do crime que lhe é imputado).

No Direito administrativo (ramo do Direito público do qual se extraem os


princípios básicos aplicáveis à legislação de trânsito), é certo que vige o
princípio da legalidade estrita, segundo o qual o administrador deve restrita
obediência ao texto de lei vigente à época em que o ato administrativo foi
executado, sendo vedado à lei prejudicar o ato jurídico perfeito, conforme
artigo 5º, inciso XXXVI, da CF/88 e artigo 6º do Decreto-lei nº 4.657/42 (Lei
de introdução ao Código Civil).

Importante, neste aspecto, diferenciar o processo penal do processo


administrativo, pois, enquanto naquele, o juiz, efetivamente, é quem aplica a
sentença diante de um caso concreto, podendo, via de conseqüência, aplicar
uma pena mais branda, se a atual lei estabelecer a punição mais benéfica para
aquela conduta analisada (ainda que tenha sido praticada em data anterior à
vigência da lei), no processo administrativo de trânsito, a aplicação da
penalidade se dá no momento em que a autoridade de trânsito expede a sua
devida notificação (nos termos do artigo 282 do CTB), não havendo a
possibilidade, em sede de recurso administrativo, de se alterar a punição
legalmente imposta pela autoridade competente; ou seja, os julgadores de
recursos administrativos de trânsito, seja em primeira ou segunda instâncias,
não podem alterar a penalidade recorrida, mas devem apenas verificar se as
formalidades legais foram obedecidas e se as alegações de mérito justificam ou
demonstram o não cometimento da infração de trânsito impugnada.

Feitas tais considerações, vejamos o que dispõe o § 1º do artigo 6º da Lei de


introdução ao Código Civil, segundo o qual ato jurídico perfeito é aquele já
consumado segundo a lei vigente ao tempo em que se efetuou. Analisando-se a
aplicação das penalidades de multa e suspensão do direito de dirigir, previstas
no artigo 218, e sob o contexto legal apresentado, é de se concluir que a
consumação de tal ato jurídico se dá com a efetiva aplicação da penalidade, isto
é, com a expedição de notificação ao infrator.

Desta forma, entendemos que para as infrações cometidas antes de 26/07/06,


mas para as quais ainda não tenham sido aplicadas as correspondentes
penalidades, deve a autoridade de trânsito, na esfera de suas competências,
aplicar as penas conforme a redação atual do artigo 218, ainda que o auto de
infração e a eventual notificação da autuação tenham registrado o dispositivo
anterior do CTB. Neste caso, aplica-se a retroatividade da lei para fatos
ocorridos antes de sua vigência, tendo em vista que o ato jurídico de aplicação
da penalidade ainda não se encontrava plenamente consumado.

Por outro lado, e seguindo a mesma linha de raciocínio, não é possível alterar,
em sede de recurso, PENALIDADES APLICADAS em data anterior à Lei nº
11.334/06, seja de multa ou de suspensão do direito de dirigir.

Este entendimento foi apresentado em reunião do Conselho Estadual de


Trânsito de São Paulo, no último dia 28/07/06, resultando na edição do
Comunicado CETRAN/SP nº 04/06, publicado no Diário Oficial do Estado nº
143, de 29/07/06, nos seguintes termos:

COMUNICADO CETRAN/SP Nº 04/06

O Conselho Estadual de Trânsito de São Paulo, no exercício de suas


atribuições, em especial as estabelecidas nos incisos I e II do artigo 14 do
Código de Trânsito Brasileiro,
CONSIDERANDO a edição da Lei nº 11.334/06, que alterou o artigo 218 da
Lei nº 9.503/97 (Código de Trânsito Brasileiro) e entrou em vigor na data de
sua publicação (26/07/06);
CONSIDERANDO a necessidade de padronizar os procedimentos para
aplicação das penalidades por infrações de trânsito de excesso de velocidade,
nos termos da redação atual do artigo 218;
CONSIDERANDO que a lei não prejudicará o direito adquirido, o ato jurídico
perfeito e a coisa julgada, conforme prevê o artigo 5º, XXXVI, da Constituição
Federal e o artigo 6º do Decreto-lei nº 4.657/42 (Lei de Introdução ao Código
Civil) e,
CONSIDERANDO que as penalidades aplicadas em razão do artigo 218, na
sua redação anterior, até a data de sua alteração, constituem atos jurídicos
perfeitos, não havendo que se falar em retroatividade da lei para mudança da
penalidade já imposta.
CONSIDERANDO o que ficou decidido nesta Sessão Extraordinária,
comunica aos órgãos e entidades executivos de trânsito e rodoviários as
seguintes orientações:

Artigo 1º. As penalidades de multa e suspensão do direito de dirigir aplicadas


ATÉ O DIA 25/07/06, INCLUSIVE, com base na redação anterior do artigo
218 do CTB, cujas notificações de penalidades já tenham sido expedidas,
devem ser mantidas para todos os efeitos, não se aplicando a alteração
legislativa.

Artigo 2º. As infrações de trânsito por excesso de velocidade cometidas EM


DATA ANTERIOR A 26/07/06 e para as quais ainda não tenham sido emitidas
as correspondentes notificações das penalidades (independente da emissão das
notificações das autuações), devem ser apenadas conforme a atual redação do
artigo 218, pois, ao aplicar a penalidade cabível, nos termos do artigo 281, não
poderá a autoridade de trânsito basear-se em artigo de lei já alterado.

Artigo 3º. Para as infrações de trânsito por excesso de velocidade cometidas A


PARTIR DE 26/07/06, INCLUSIVE, o auto de infração, a notificação da
autuação e a notificação da penalidade devem conter, como tipificação da
infração, a indicação dos atuais dispositivos legais, bem como as
correspondentes descrições, dividindo-se o artigo 218 em incisos I, II e III e
não mais incisos I, “a” e “b” e II, “a” e “b”.

Artigo 4º. Até que o Conselho Nacional de Trânsito - CONTRAN estabeleça


novos códigos de enquadramento, bem como revise a tabela de valores
referenciais de velocidade, para fins de aplicação das penalidades, prevista na
Resolução do CONTRAN nº 146/03, devem os órgãos e entidades executivos
de trânsito e rodoviários adotar os seguintes procedimentos:
§ 1º. Ao tipificar a infração, mencionar apenas o artigo do CTB, acompanhado
da descrição da infração, obedecendo-se ao disposto no artigo 280, inciso I, do
CTB;
§ 2º. Adotar nova tabela de valores referenciais, nos mesmos moldes
determinados pela Resolução do CONTRAN nº 146/03, mas atendendo-se ao
atual escalonamento previsto.

Artigo 5º. Embora o artigo 218, III, do CTB, com a alteração da Lei nº
11.334/06, preveja as penalidades de suspensão imediata do direito de dirigir e
apreensão do documento de habilitação (sic) e considerando a inexistência de
tais penalidades no artigo 256, devem as autoridades de trânsito e seus agentes,
na esfera de suas competências, atentar para o seguinte:
§ 1º. A suspensão do direito de dirigir NÃO DEVE SER IMEDIATA, por
atentar contra o direito constitucional do contraditório e da ampla defesa,
previsto no artigo 5º, inciso LV da CF/88, devendo-se observar o disposto nos
artigos 261 e 265 do CTB, bem como na Resolução do CONTRAN nº 182/05.
§ 2º. A medida administrativa de recolhimento do documento de habilitação,
prevista no artigo 269, incisos III e IV (erroneamente tratada pela Lei nº
11.334/06 como penalidade de apreensão do documento de habilitação) NÃO
DEVE SER ADOTADA no momento da fiscalização de trânsito, ratificando-se
o posicionamento já firmado por este Conselho, por meio das Deliberações
04/98 e 199/00.

Em relação ao artigo 4º do Comunicado acima reproduzido, cumpre-nos


informar, finalmente, que o Conselho Nacional de Trânsito estabeleceu novos
códigos de enquadramento, bem como nova tabela de valores referenciais de
velocidade, por meio da Deliberação CONTRAN nº 51/06, publicada no Diário
Oficial da União nº 146, de 01/08/06.

São Paulo, 01 de agosto de 2006.

JULYVER MODESTO DE ARAUJO, 1º Tenente da Polícia Militar do Estado


de São Paulo, Conselheiro do CETRAN/SP, Coordenador e Professor de cursos
na área de trânsito, Bacharel em Direito, Pós-graduando em Direito público
pela Escola Superior do Ministério Público e Autor de livros e artigos sobre
legislação de trânsito, além do blog Código de Trânsito Brasileiro Comentado
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A LEGISLAÇÃO DE TRÂNSITO E OS CONCEITOS JURÍDICOS


CORRELATOS
Porto Velho - Sexta-feira, 12/03/2010

“Mesmo artigos que, aparentemente, não necessitariam de esclarecimentos


conceituais, acabam por depender dos termos constantes do Anexo I ...” Leia
mais ...

A divisão formal da Lei nº 9.503/97, que instituiu o


Código de Trânsito Brasileiro, compreende um total de
341 artigos, divididos em 20 Capítulos, ao final dos quais se encontram 2
Anexos, sendo o Anexo I de Conceitos e Definições e o Anexo II relativo à
Sinalização de trânsito (alterado, mais recentemente, pela Resolução do
CONTRAN nº 160/04).

A validade do Anexo I, porquanto integrante da própria Lei, é referendada pelo


seu artigo 4º, segundo o qual “Os conceitos e definições estabelecidos para os
efeitos deste Código são os constantes do Anexo I”. Nele encontramos,
portanto, um total de 113 conceitos e definições, variando desde o
“acostamento” até o “viaduto”, passando por significados lacônicos, como o de
vias rurais (que se limita a exemplificar – estradas e rodovias), por simples
abreviaturas (RENACH ou RENAVAM) ou por expressões aparentemente
conflitantes, como é o caso do cruzamento e da interseção, em que ambas
utilizam a outra palavra para acabar expondo o mesmo conceito.

Vários conceitos e definições ali previstos são imprescindíveis até mesmo para
compreender as situações de aplicabilidade de determinados artigos do CTB,
como, por exemplo, os que tratam das infrações de trânsito de estacionamento,
parada, ultrapassagem, retorno e conversão, entre outros, em que o
conhecimento exato dos significados técnicos é condição necessária para
estabelecer se foram ou não cometidas, respectivamente, as infrações dos
artigos 181, 182, 199, 206 e 207 do CTB.

Mesmo artigos que, aparentemente, não necessitariam de esclarecimentos


conceituais, acabam por depender dos termos constantes do Anexo I, como
acontece na infração do artigo 250, I, a, que pune o veículo que não mantém
acesa a luz baixa durante a NOITE, sendo necessário, destarte, conceber a noite
não como relativa a um determinado horário, mas como sendo o “período do
dia compreendido entre o pôr-do-sol e o nascer do sol”.

Entretanto, nem todos os conceitos necessários para a compreensão do CTB


estão previstos no Anexo I, sendo comum nos depararmos com determinados
significados no corpo da própria Lei, como ocorre com os conceitos de trânsito
(§ 1º do artigo 1º); deslocamento lateral (parágrafo único do artigo 35);
infração de trânsito (artigo 161) ou multa reparatória (artigo 297).

A par desta análise, em que verificamos que o artigo 4º do CTB não expõe
regra restritiva, pois nem todos os conceitos e definições estão contemplados
pelo Anexo I, importa-nos ressaltar alguns conceitos jurídicos que nem mesmo
se encontram presentes no Código, mas em legislação extravagante que possui,
portanto, correlação com a legislação de trânsito.
Vejamos, pois, alguns exemplos:
1. A fiscalização de trânsito, exercida pelos órgãos executivos de trânsito e
rodoviários, no âmbito de suas competências, é exercida mediante o PODER
DE POLÍCIA administrativa de trânsito, conforme podemos verificar
textualmente no artigo 22, V e 24, VI do CTB.
O conceito de poder de polícia está consignado no artigo 78 da Lei nº 5.172/66
(Código Tributário Nacional), com redação dada pelo Ato complementar nº
31/66:

Art. 78. Considera-se poder de polícia atividade da administração pública que,


limitando ou disciplinando direito, interesse ou liberdade, regula a prática de
ato ou abstenção de fato, em razão de interesse público concernente à
segurança, à higiene, à ordem, aos costumes, à disciplina da produção e do
mercado, ao exercício de atividades econômicas dependentes de concessão ou
autorização do Poder Público, à tranqüilidade pública ou ao respeito à
propriedade e aos direitos individuais ou coletivos.

2. O transporte de crianças em veículos automotores é regulado pelo artigo 64


do CTB, que limita a idade mínima de dez anos para o transporte nos bancos
dianteiros (salvo as exceções regulamentadas), capitulando-se a infração de
trânsito no artigo 168; no que se refere, entretanto, ao transporte em
motocicletas, motonetas e ciclomotores, fixa o artigo 244, V, como infração de
trânsito o transporte de CRIANÇA menor de sete anos OU QUE NÃO
TENHA, nas circunstâncias, condições de cuidar de sua própria segurança.
Quando tratamos do limite, seja de dez anos (para automóveis), seja de sete
anos (para motocicletas e congêneres), não há a necessidade de definirmos a
expressão “criança”, diferentemente do que ocorre para configurarmos a parte
final da infração de trânsito do artigo 244, V, que se refere às circunstâncias
específicas, cabendo o questionamento sobre até qual idade o transporte
daqueles que não têm condições de cuidar de sua própria segurança acarretará a
punição legal prevista.
Neste sentido, entendemos que se deva utilizar, por analogia, o conceito
estabelecido no artigo 2º da Lei nº 8.069/90 (Estatuto da criança e do
adolescente):

Art. 2º. Considera-se criança, para os efeitos desta Lei, a pessoa até doze anos
de idade incompletos, e adolescente aquela entre doze e dezoito anos de idade.

3. Outro conceito que temos que “importar” é o referente ao DOMICÍLIO,


tendo em vista que tanto o artigo 120 quanto o artigo 140 do CTB estabelecem,
respectivamente, que o veículo deve ser registrado e que o exame de
habilitação deve ser realizado junto ao órgão de trânsito do domicílio ou
residência do interessado.
Desta forma, reportamo-nos aos artigos 70 a 78 da Lei nº 10.406/02 (Código
Civil), que estabelecem as regras para determinação do domicílio. É por esta
combinação legal que se permite, por exemplo, que o militar tenha o seu
veículo registrado no endereço da Unidade em que ele serve, pois se trata de
seu domicílio necessário, por força do parágrafo único do artigo 76.
Art. 76. Têm domicílio necessário o incapaz, o servidor público, o militar, o
marítimo e o preso.
Parágrafo único. O domicílio do incapaz é o do seu representante ou assistente;
o do servidor público, o lugar em que exercer permanentemente suas funções;
o do militar, onde servir, e, sendo da Marinha ou da Aeronáutica, a sede do
comando a que se encontrar imediatamente subordinado; o do marítimo, onde o
navio estiver matriculado; e o do preso, o lugar em que cumprir a sentença.

4. Outro conceito extraído do Código Civil é o concernente à propriedade, que


se torna de extrema importância ao analisarmos o disposto no artigo 123, inciso
I, do CTB, que estabelece a obrigação de expedição de novo Certificado de
Registro de Veículo quando for transferida a PROPRIEDADE.
A propriedade, conforme artigo 1225, inciso I, do Código Civil, representa
direito real e, portanto, aplica-se-lhe o disposto no artigo 1226 do mesmo
codex:

Art. 1.226. Os direitos reais sobre coisas móveis, quando constituídos, ou


transmitidos por atos entre vivos, só se adquirem com a tradição.

Ou seja, de acordo com o preceito acima exposto, apesar da obrigação


determinada pelo artigo 123, I, do CTB, não é lícito supor que a propriedade se
transfira apenas por ocasião da expedição de novo Certificado de Registro, mas
a mesma se opera desde a efetiva tradição, ou seja, desde a entrega do bem
móvel, mediante a devida contraprestação.

5. Por fim, vejamos mais dois casos em que nos socorremos da legislação
penal, aliás aplicável expressamente aos crimes de trânsito previstos no CTB,
ex vi seu artigo 291:

Art. 291. Aos crimes cometidos na direção de veículos automotores, previstos


neste Código, aplicam-se as normas gerais do Código Penal e do Código de
Processo Penal, se este Capítulo não dispuser de modo diverso, bem como a
Lei nº 9.099, de 26 de setembro de 1995, no que couber.

Além das normas gerais aplicáveis aos crimes de trânsito, até mesmo os
conceitos devem ser importados, para compreensão, por exemplo, do
significado dos crimes dos artigos 302 e 303 do CTB:

Art. 302. Praticar homicídio culposo na direção de veículo automotor.

Art. 303. Praticar lesão corporal culposa na direção de veículo automotor.

Vejam que, diferentemente do que ocorre na legislação penal, o legislador de


trânsito deixou de relacionar a conduta praticada por aquele que comete os
crimes dos artigos 302 e 303, utilizando o nomem juris (título do crime) como
discriminante da própria ação adotada.

Ou seja, na verdade, quem “pratica homicídio” responde por matar alguém, da


mesma forma que quem “pratica lesão corporal” responde por ofender a
integridade corporal ou a saúde de outrem, trazendo-se a lume as descrições
previstas nos artigos 121 e 129 do Código Penal.

De igual maneira, torna-se necessário o conhecimento do vocábulo “culposo”,


porquanto o mesmo faz parte da configuração dos crimes de trânsito, mas não
se conceitua no CTB. Para tanto, vejamos o que dispõe o artigo 18 do Código
Penal, com a redação dada pela Lei nº 7.209/84:

Art. 18 - Diz-se o crime:


...
Crime culposo
II - culposo, quando o agente deu causa ao resultado por imprudência,
negligência ou imperícia.

Enfim, nessa simples amostra do contexto legal em que se insere o CTB, é


interessante perceber a relação e a dependência da legislação de trânsito com os
diversos ramos do Direito, especialmente quando se discute a existência ou não
do ramo autônomo denominado Direito de trânsito, que, como comprovado,
necessita de conceitos pré-determinados e desenvolvidos por outras searas do
conhecimento jurídico.

São Paulo, 04 de julho de 2006.

JULYVER MODESTO DE ARAUJO, 1º Tenente da Polícia Militar do Estado


de São Paulo, Conselheiro do CETRAN/SP, Coordenador e Professor de cursos
na área de trânsito, Bacharel em Direito, Pós-graduando em Direito público
pela Escola Superior do Ministério Público e Autor de livros e artigos sobre
legislação de trânsito, além do blog Código de Trânsito Brasileiro Comentado
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AS INFRAÇÕES DE TRÂNSITO E A INTERPRETAÇÃO


SISTEMÁTICA DO CTB

Porto Velho - Sexta-feira, 12/03/2010

“Relacionamos, a título de exemplo, trinta infrações de trânsito que somente


podem ser compreendidas se associadas a outros dispositivos legais”. Leia
mais ...

O Capitulo XV do Código de Trânsito Brasileiro


contempla, do artigo 161 ao artigo 255, todas as
infrações de trânsito daquele ordenamento jurídico, com as respectivas
penalidades e medidas administrativas a elas atribuídas.

Entretanto, do estudo de cada uma das infrações de trânsito ali existentes,


imperioso concluir pela necessidade da interpretação sistemática para a
compreensão de todas as condutas passíveis de serem apenadas, posto que a
simples leitura daqueles artigos nem sempre reflete exatamente quais os casos
alcançados por eles, ora vinculando a descrição da infração a outro artigo do
próprio Código, ora mencionando expressamente ou deixando a entender que
se deva observar a regulamentação complementar.

Relacionamos, a título de exemplo, trinta infrações de trânsito que somente


podem ser compreendidas se associadas a outros dispositivos legais.

Vejamos, inicialmente, as infrações de trânsito que fazem menção a outros


artigos do próprio Código:
01. Artigo 164. Permitir que pessoa nas condições referidas nos incisos do art.
162 tome posse do veículo automotor e passe a conduzi-lo na via.
02. Artigo 167. Deixar o condutor ou passageiro de usar o cinto de segurança,
conforme previsto no art. 65.
03. Artigo 230, XVIII. Conduzir o veículo em mau estado de conservação,
comprometendo a segurança, ou reprovado na avaliação de inspeção de
segurança e de emissão de poluentes e ruído, prevista no art. 104.
04. Artigo 230, XX. Conduzir o veículo sem portar a autorização para
condução de escolares, na forma estabelecida no art. 136.
05. Artigo 233. Deixar de efetuar o registro de veículo no prazo de trinta dias,
junto ao órgão executivo de trânsito, ocorridas as hipóteses previstas no art.
123.
06. Artigo 248. Transportar em veículo destinado ao transporte de passageiros
carga excedente em desacordo com o estabelecido no art. 109.

Nos casos acima assinalados, não temos problemas na compreensão da conduta


típica, bastando ao leitor buscar, no artigo expressamente mencionado, a
complementação da infração de trânsito específica, diferentemente do que
ocorre nos casos a seguir exemplificados, em que não há a clara referência:
07. Artigo 168. Transportar crianças em veículo automotor sem observância
das normas de segurança especiais estabelecidas neste Código.
08. Artigo 181, IV. Estacionar o veículo em desacordo com as posições
estabelecidas neste Código.
09. Artigo 230, XV. Conduzir o veículo com inscrições, adesivos, legendas e
símbolos de caráter publicitário afixados ou pintados no pára-brisa e em toda a
extensão da parte traseira do veículo, excetuadas as hipóteses previstas neste
Código.
10. Artigo 230, XXI. Conduzir o veículo de carga, com falta de inscrição da
tara e demais inscrições previstas neste Código.
11. Artigo 232. Conduzir veículo sem os documentos de porte obrigatório
referidos neste Código.

Vejam que, nestes exemplos, o leitor do Código de Trânsito deve conhecer os


demais artigos para saber quais são os dispositivos que complementam cada
uma das infrações, a saber, respectivamente: artigos 64; 48; 111; 117; 133 e
159, § 1º.

Existem outras infrações, porém, em que não vemos nem mesmo a menção a
outros artigos do Código, mas faz-se necessário o conhecimento das demais
normas de trânsito, para a exata compreensão da conduta típica, como, por
exemplo:
12. Artigo 162, III. Dirigir veículo com Carteira Nacional de Habilitação ou
Permissão para Dirigir de categoria diferente da do veículo que esteja
conduzindo.
13. Artigo 179, I. Fazer ou deixar que se faça reparo em veículo na via pública,
salvo nos casos de impedimento absoluto de sua remoção e em que o veículo
esteja devidamente sinalizado, em pista de rolamento de rodovias e vias de
trânsito rápido.
14. Artigo 230, IX. Conduzir o veículo sem equipamento obrigatório ou
estando este ineficiente ou inoperante.
15. Artigo 230, XIV. Conduzir o veículo com registrador instantâneo
inalterável de velocidade e tempo viciado ou defeituoso, quando houver
exigência desse aparelho.
16. Artigo 230, XVII. Conduzir o veículo com cortinas ou persianas fechadas,
não autorizadas pela legislação.
17. Artigo 231, IV. Transitar com o veículo com suas dimensões ou de sua
carga superiores aos limites estabelecidos legalmente ou pela sinalização, sem
autorização.
18. Artigo 237. Transitar com o veículo em desacordo com as especificações, e
com falta de inscrição e simbologia necessárias à sua identificação, quando
exigidas pela legislação.

Para a constatação do artigo 162, III, devem-se conhecer as categorias de


habilitação previstas no artigo 143; já para a exceção do artigo 179, I, há a
necessidade da leitura do artigo 46, complementado pela Resolução do
CONTRAN nº 36/98.

No caso dos incisos IX e XIV do artigo 230, para sabermos quais são as
exigências aplicáveis, devemos nos remeter ao artigo 105, complementado pela
Resolução do CONTRAN nº 14/98; no caso do inciso XVII, o artigo 111,
inciso II, demonstra, de maneira bem simples, que somente não são autorizadas
as cortinas ou persianas fechadas nos veículos em movimento que não possuam
os dois espelhos retrovisores.

Quanto aos limites de dimensões dos veículos, com ou sem carga, há que se
considerar o disposto no artigo 99, complementado pela Resolução do
CONTRAN nº 12/98 e, finalmente, para sabermos quais são as inscrições e
simbologias necessárias à identificação do veículo, verificamos, por exemplo, o
disposto nos artigos 114; 120, § 1º e 136, III.

Se o leitor acha que paramos por aqui, vejamos algumas das infrações de
trânsito que obrigam a regulamentação complementar do CONTRAN:
19. Artigo 181, VI. Estacionar o veículo junto ou sobre hidrantes de incêndio,
registro de água ou tampas de poços de visita de galerias subterrâneas, desde
que devidamente identificados, conforme especificação do CONTRAN.
20. Artigo 221. Portar no veículo placas de identificação em desacordo com as
especificações e modelos estabelecidos pelo CONTRAN.
21. Artigo 227, V. Usar buzina em desacordo com os padrões e freqüências
estabelecidas pelo CONTRAN.
22. Artigo 229. Usar indevidamente no veículo aparelho de alarme ou que
produza sons e ruído que perturbem o sossego público, em desacordo com
normas fixadas pelo CONTRAN.
23. Artigo 230, II. Conduzir o veículo transportando passageiros em
compartimento de carga, salvo por motivo de força maior, com permissão da
autoridade competente e na forma estabelecida pelo CONTRAN.
24. Artigo 231, III. Transitar com o veículo produzindo fumaça, gases ou
partículas em níveis superiores aos fixados pelo CONTRAN.
25. Artigo 244, I - Conduzir motocicleta, motoneta e ciclomotor sem usar
capacete de segurança com viseira ou óculos de proteção e vestuário de acordo
com as normas e especificações aprovadas pelo CONTRAN.

Para os casos acima transcritos, sem maiores delongas, ficam aqui registradas
as Resoluções do CONTRAN que os complementam: sinalização de hidrantes
e outros - 31/98; especificações e modelos de placas - 45/98 (além de outras,
que tratam de placas especiais); padrões e freqüências das buzinas - 35/98;
aparelho de alarme - 679/87 e 37/98; transporte de passageiros em
compartimento de carga - 82/98; fiscalização de veículos a diesel - 510/77;
capacete de segurança - 20/98 (sobre o vestuário de proteção, ainda não há
regulamentação)
Existem, ainda, artigos que, a exemplo do que ocorre com o vestuário de
proteção para motociclistas, até o presente momento não tiveram a
regulamentação que se exige do CONTRAN:
26. Artigo 228. Usar no veículo equipamento com som em volume ou
freqüência que não sejam autorizados pelo CONTRAN.
27. Artigo 231, V. Transitar com o veículo com excesso de peso, admitido
percentual de tolerância quando aferido por equipamento, na forma a ser
estabelecida pelo CONTRAN.

Logicamente, nestes casos, por falta da complementação exigida em lei, não é


possível delimitar quando houve ou não o cometimento da infração de trânsito
assinalada.

Até mesmo para a compreensão de artigos que parecem extremamente simples,


do ponto de vista redacional, necessitará o hermeneuta de conhecimentos
sistemáticos para a perfeita aplicação ao caso concreto, senão vejamos os três
últimos exemplos desta nossa análise:
28. Artigo 196. Deixar de indicar com antecedência, mediante gesto
regulamentar de braço ou luz indicadora de direção do veículo, o início da
marcha, a realização da manobra de parar o veículo, a mudança de direção ou
de faixa de circulação.
29. Artigo 198. Deixar de dar passagem pela esquerda, quando solicitado.
30. Artigo 208. Avançar o sinal vermelho do semáforo ou o de parada
obrigatória.

Quais são os gestos regulamentares de braço? Quais são as formas de


solicitação para que se dê passagem pela esquerda? E, finalmente, quais são os
sinais de parada obrigatória?

Quanto aos gestos de braço do condutor, os mesmos são contemplados pelo


Anexo II do CTB. Para a solicitação de passagem pela esquerda, existem duas
formas legalmente estabelecidas: a troca de luz baixa e alta, de forma
intermitente e por curto período de tempo (artigo 40, III) e o toque breve de
buzina, desde que fora das áreas urbanas (artigo 41, II). E, por incrível que
pareça, o CTB não estabelece apenas a placa R-1 (PARE) como sinal de parada
obrigatória, mas também elenca o gesto do agente (com o braço levantado e a
mão espalmada) e o som de apito (2 silvos breves).

Por todo o exposto, vale ressaltar que, a exemplo dos casos ora analisados, em
cada infração de trânsito várias considerações merecem ser registradas, o que
nos permite concluir que não se trata de nenhum exagero imaginar que o
agente de trânsito, responsável pela fiscalização de trânsito, deve, além de ser
profundo conhecedor da legislação de trânsito brasileira, possuir alto senso de
compreensão e exegese jurídica, a fim de não cometer erros na interpretação
das infrações que lhe cabe coibir e, nas suas ocorrências, proceder as devidas
autuações.

São Paulo, 21 de junho de 2006.

JULYVER MODESTO DE ARAUJO, 1º Tenente da Polícia Militar do Estado


de São Paulo, Conselheiro do CETRAN/SP, Coordenador e Professor de cursos
na área de trânsito, Bacharel em Direito, Pós-graduando em Direito público
pela Escola Superior do Ministério Público e Autor de livros e artigos sobre
legislação de trânsito.

O SISTEMA NACIONAL DE TRÂNSITO E A TEORIA DA


SEPARAÇÃO DOS PODERES

Porto Velho - Sexta-feira, 12/03/2010

"Assim como ocorre com a consagrada teoria "montesquiana", quando


analisamos o Estado como um todo, também no Sistema Nacional de Trânsito
não há uma divisão estanque das atividades ..." Leia mais ...

Prevê o artigo 5º do Código de Trânsito Brasileiro que


"O Sistema Nacional de Trânsito é o conjunto de
órgãos e entidades da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios
que tem por finalidade o exercício das atividades de planejamento,
administração, normatização, pesquisa, registro e licenciamento de veículos,
formação, habilitação e reciclagem de condutores, educação, engenharia,
operação do sistema viário, policiamento, fiscalização, julgamento de infrações
e de recursos e aplicação de penalidades".

A coordenação máxima deste Sistema está a cargo do Conselho Nacional de


Trânsito, por força do artigo 7º, inciso I, do CTB, o qual, por sua vez, está
atualmente vinculado ao Ministério das Cidades, conforme prevê o artigo 9º do
Código, combinado com o Decreto federal nº 4.711, de 29/05/03, a partir do
que podemos inferir que o Sistema Nacional de Trânsito, como um todo, bem
como os diversos órgãos de trânsito, em particular, estão inseridos, dentre os
poderes governamentais, na área de atuação do Poder Executivo, muito
embora, como veremos a seguir, sejam desempenhadas funções específicas dos
outros Poderes, guardadas, logicamente, as devidas proporções.

A administração do trânsito, como expressão que reúne todas as atividades


mencionadas no artigo 5º do CTB, apresenta uma peculiaridade interessante,
pois, ao tratar de um assunto cotidiano da sociedade, que é a utilização das vias
públicas, o Poder Executivo acaba se comportando como um Estado paralelo,
em que vemos, claramente, a independência e harmonia dos três Poderes,
tratados por Montesquieu, na denominada "Teoria da separação dos poderes",
na obra "O Espírito das leis" (1748), e consignados nas Constituições
brasileiras, desde a primeira Carta republicana, datada de 1891, até a atual
Constituição Federal, de 1988, a qual estabelece, em seu artigo 2º:

"Art. 2º. São Poderes da União, independentes e harmônicos entre si, o


Legislativo, o Executivo e o Judiciário."

De certo modo, a atuação peculiar dos órgãos de trânsito, nos termos acima
mencionados, explica-se pela flexibilização da regra estabelecida no transcrito
artigo 2º, de vez que, apesar da independência entre os Poderes, é fato que cada
um deles executa não só sua função típica, mas também possui funções
atípicas, que, em regra, são atribuídas aos outros Poderes; não obstante a
constatação desta condição, entendemos que a associação das competências
dos órgãos de trânsito com as funções específicas de cada Poder ajuda,
sobremaneira, a conceber e entender a atuação do Sistema Nacional de
Trânsito.

Desta forma, vejamos o que dispõe o artigo 7º do CTB, para, em seguida,


relacionar os órgãos de trânsito com as funções típicas dos Poderes Legislativo,
Executivo e Judiciário.

"Art. 7º. Compõem o Sistema Nacional de Trânsito os seguintes órgãos e


entidades:
I - o Conselho Nacional de Trânsito - CONTRAN, coordenador do Sistema e
órgão máximo normativo e consultivo;
II - os Conselhos Estaduais de Trânsito - CETRAN e o Conselho de Trânsito
do Distrito Federal - CONTRANDIFE, órgãos normativos, consultivos e
coordenadores;
III - os órgãos e entidades executivos de trânsito da União, dos Estados, do
Distrito Federal e dos Municípios;
IV - os órgãos e entidades executivos rodoviários da União, dos Estados, do
Distrito Federal e dos Municípios;
V - a Polícia Rodoviária Federal;
VI - as Polícias Militares dos Estados e do Distrito Federal; e
VII - as Juntas Administrativas de Recursos de Infrações - JARI."

Se considerarmos que as funções típicas dos Poderes Legislativo, Executivo e


Judiciário, são, respectivamente, a elaboração das leis, a administração do
Estado e a aplicação da lei (função jurisdicional), podemos sintetizar as
atividades desenvolvidas pelos órgãos relacionados no artigo 7º da seguinte
forma:

1. ATIVIDADE LEGISLATIVA DE TRÂNSITO: desenvolvida pelos órgãos


normativos, denominados Conselhos de Trânsito (que, por sinal, inexistem no
âmbito municipal).
Neste aspecto, importante frisar que apesar das leis, em sentido estrito, serem
somente aquelas determinadas pelo artigo 59 da Constituição Federal, o fato é
que as normas emanadas do Conselho Nacional de Trânsito (na forma de
Resoluções ou Deliberações), quando regularmente instituídas, na
complementação da lei federal (Código de Trânsito Brasileiro) possuem força
de lei, a ponto de criarem obrigações à sociedade, nos termos do artigo 5º,
inciso II, da CF/88:

"Art. 5º, II – ninguém será obrigado a fazer ou deixar de fazer alguma coisa
senão em virtude de lei".

Isto se deve ao fato de que o legislador de trânsito preferiu, em determinadas


situações, deixar a cargo do órgão técnico a regulamentação da matéria,
prevendo, taxativamente, a necessidade de complementação do texto legal pelo
CONTRAN, como, a exemplo de tantos outros, nos artigos a seguir transcritos:

"Art. 105. São equipamentos obrigatórios dos veículos, entre outros a serem
estabelecidos pelo CONTRAN:..."

"Art. 111. É vedado, nas áreas envidraçadas do veículo:


...
III - aposição de inscrições, películas refletivas ou não, painéis decorativos ou
pinturas, quando comprometer a segurança do veículo, na forma de
regulamentação do CONTRAN."

"Art. 115. O veículo será identificado externamente por meio de placas


dianteira e traseira, sendo esta lacrada em sua estrutura, obedecidas as
especificações e modelos estabelecidos pelo CONTRAN."

"Art. 141. O processo de habilitação, as normas relativas à aprendizagem para


conduzir veículos automotores e elétricos e à autorização para conduzir
ciclomotores serão regulamentados pelo CONTRAN."

2. ATIVIDADE EXECUTIVA DE TRÂNSITO: desenvolvida, na esfera de


suas competências e de acordo com as atribuições previstas nos artigos 19 a 24
do CTB, pelos órgãos e entidades executivos de trânsito e rodoviários, bem
como pelos órgãos fiscalizadores (Polícias Militares e Polícia Rodoviária
Federal).

3. ATIVIDADE JULGADORA DE TRÂNSITO: desenvolvida, em primeira


instância, pelas Juntas Administrativas de Recursos de Infrações, existentes
junto a cada órgão ou entidade executivo de trânsito ou rodoviário, e, em
segunda e última instância, pelos Conselhos de Trânsito, nos termos do artigo
289 do CTB.
Ressalta-se que optamos pelo termo "julgadora", em vez de "jurisdicional", de
vez que esta, por ser exclusiva do Poder Judiciário, prescinde dos elementos da
aplicação contenciosa da lei, da coercibilidade e, em especial, da
definitividade. Neste aspecto, é de se verificar que o artigo 290 do CTB
estabelece que "A apreciação do recurso previsto no art. 288 encerra a instância
ADMINISTRATIVA de julgamento de infrações e penalidades" (grifei), não
havendo, obviamente, que se falar em coisa julgada, o que somente ocorre na
decisão judicial de última instância.
Ainda que o CTB contivesse artigo contrário a tal premissa, reza o inciso
XXXV do artigo 5º da Carta magna que "a lei não excluirá da apreciação do
Poder Judiciário lesão ou ameaça a direito".

Assim como ocorre com a consagrada teoria "montesquiana", quando


analisamos o Estado como um todo, também no Sistema Nacional de Trânsito
não há uma divisão estanque das atividades comparativamente tratadas,
valendo-se, igualmente aqui, o princípio americano "Checks and balances"
(sistema de freios e contrapesos), por meio do qual os poderes se interagem, na
busca do necessário equilíbrio para atuação do Estado, o que se reflete na
determinação dos objetivos básicos do Sistema de trânsito, conforme disposto
no artigo 6º do CTB:

"Art. 6º. São objetivos básicos do Sistema Nacional de Trânsito:


...
III - estabelecer a sistemática de fluxos permanentes de informações entre os
seus diversos órgãos e entidades, a fim de facilitar o processo decisório e a
INTEGRAÇÃO do Sistema". (grifei)

Finalizando-se esta análise do Sistema Nacional de Trânsito, sob o prisma da


Teoria da separação dos poderes, resta-nos destacar justamente uma situação
antagônica e paradoxal à comparação apresentada, de vez que desobedece às
regras de indelegabilidade de funções e inacumulabilidade de cargos entre
Poderes, pilares sobre os quais se assenta a cláusula pétrea da independência
dos Poderes.

Dispõe o artigo 10 do Código de Trânsito Brasileiro que "O Conselho Nacional


de Trânsito - CONTRAN, com sede no Distrito Federal e presidido pelo
dirigente do órgão máximo executivo de trânsito da União, tem a seguinte
composição:..."

Ou seja, o Diretor do DENATRAN exerce, ao mesmo tempo e como funções


típicas, a atividade executiva (como dirigente do órgão máximo executivo de
trânsito da União), legislativa (como Presidente do CONTRAN) e julgadora
(nos casos previstos no artigo 289, I, a, do CTB).

O assunto comporta, obviamente, discussão muito mais aprofundada, mas


nosso propósito, por ora, é justamente estimular este contínuo trabalho de
análise e interpretação da legislação de trânsito entre nós, profissionais e
especialistas do setor.

São Paulo, 05 de junho de 2006.


JULYVER MODESTO DE ARAUJO, 1º Tenente da Polícia Militar do Estado
de São Paulo, Conselheiro do CETRAN/SP, Coordenador e Professor de cursos
na área de trânsito, Bacharel em Direito, Pós-graduando em Direito público
pela Escola Superior do Ministério Público e Autor de livros e artigos sobre
legislação de trânsito.

OS INFRATORES DE TRÂNSITO QUE NÃO SÃO MULTADOS

Porto Velho - Sexta-feira, 12/03/2010

"...alguns infratores de trânsito não são multados, por inexistência atual de


sistemática que possibilite a aplicação da penalidade de multa sem o usual
vínculo com o registro do veículo" Leia mais ...

O artigo 257 do Código de Trânsito Brasileiro


estabelece que “As penalidades serão impostas ao
condutor, ao proprietário do veículo, ao embarcador e ao transportador, salvo
os casos de descumprimento de obrigações e deveres impostos a pessoas físicas
ou jurídicas expressamente mencionados neste Código”. Assim, ao contrário
do que muitos imaginam, as multas por infrações de trânsito podem ser
aplicadas a outras pessoas, que não sejam condutores ou proprietários de
veículos automotores, bastando haver expressa menção no CTB.

Entretanto, alguns infratores de trânsito não são multados, por inexistência


atual de sistemática que possibilite a aplicação da penalidade de multa sem o
usual vínculo com o registro do veículo. Neste diapasão, é de se verificar que o
próprio Conselho Nacional de Trânsito - CONTRAN, ao tratar da
responsabilidade pelo pagamento da multa, previu, por meio da Resolução nº
108/99, que “Fica estabelecido que o proprietário do veículo será sempre
responsável pelo pagamento da penalidade de multa, independente da infração
cometida, até mesmo quando o condutor for indicado como condutor-infrator
nos termos da lei, não devendo ser registrado ou licenciado o veículo sem que
o seu proprietário efetue o pagamento do débito de multas, excetuando-se as
infrações resultantes de excesso de peso que obedecem ao determinado no art.
257 e parágrafos do Código de Trânsito Brasileiro”.

Embora tenha o CONTRAN, por meio da citada Resolução, tratado apenas das
multas aplicadas aos veículos (excetuando-se ainda aquelas cujas
responsabilidades sejam do expedidor e do transportador), o fato é que o
Código de Trânsito estabeleceu determinadas infrações de trânsito em que as
penalidades devem (ou pelo menos deveriam) ser aplicadas a pessoas físicas ou
jurídicas expressamente previstas na lei, o que, por falta de meios técnico-
operacionais, não tem ocorrido na quase totalidade dos órgãos e entidades
executivos de trânsito e rodoviários.

Para começar nossa análise destas infrações, basta verificarmos as infrações de


trânsito cometidas pelos pedestres, previstas no artigo 254 do CTB: embora a
lei preveja multa, em cinqüenta por cento do valor da infração de natureza leve
(o equivalente a R$ 26,60), bem como já existam códigos de enquadramento
(para o processamento das multas), estabelecidos pelo DENATRAN, na
Portaria nº 01/98, juntamente com os códigos de todas as outras infrações, não
se tem notícia de pedestres multados, por exemplo, por andar fora da faixa
própria (ou por qualquer uma das condutas previstas nos seis incisos daquele
dispositivo).

Assim como foram previstas, no CTB, infrações cometidas pelos pedestres,


também existem condutas a serem penalizadas, atribuídas aos condutores de
veículos de tração animal ou propulsão humana, nos seguintes artigos:

Art. 247 - Deixar de conduzir pelo bordo da pista de rolamento, em fila única,
os veículos de tração ou propulsão humana e os de tração animal, sempre que
não houver acostamento ou faixa a eles destinados:
Infração - média.
Penalidade - multa.

Art. 255 - Conduzir bicicleta em passeios onde não seja permitida a circulação
desta, ou de forma agressiva, em desacordo com o disposto no parágrafo único
do art. 59:
Infração - média.
Penalidade - multa.
Medida administrativa - remoção da bicicleta, mediante recibo para o
pagamento da multa.

Nestes casos, a aplicação das penalidades depende da regulamentação quanto


ao registro e licenciamento destes veículos, que deve ser estabelecida em
legislação municipal do domicílio ou residência de seus proprietários, na forma
do preconizado no artigo 129 do CTB.
Se, nos casos acima suscitados, não vemos a aplicação das penalidades aos
infratores de trânsito, não é de se estranhar que tal fato igualmente ocorra
naquelas situações em que os infratores nem mesmo são usuários da via, como
vemos nas infrações dos artigos 174, 221, 243, 245 e 246, transcritos a seguir
(e nos quais destacamos os responsáveis pelas infrações, mencionados nos
próprios artigos):

Art. 174 - PROMOVER, na via, competição esportiva, eventos organizados,


exibição e demonstração de perícia em manobra de veículo, ou deles participar,
como condutor, sem permissão da autoridade de trânsito com circunscrição
sobre a via:
Infração - gravíssima.
Penalidade - multa (cinco vezes), suspensão do direito de dirigir e apreensão do
veículo.
Medida administrativa - recolhimento do documento de habilitação e remoção
do veículo.
Parágrafo único - As penalidades são aplicáveis aos PROMOTORES e aos
condutores participantes.

Art. 221 - Portar no veículo placas de identificação em desacordo com as


especificações e modelos estabelecidos pelo CONTRAN:
Infração - média.
Penalidade - multa.
Medida administrativa - retenção do veículo para regularização e apreensão das
placas irregulares.
Parágrafo único - Incide na mesma penalidade AQUELE QUE
CONFECCIONA, DISTRIBUI OU COLOCA, em veículo próprio ou de
terceiros, placas de identificação não autorizadas pela regulamentação.

Art. 243 - Deixar a EMPRESA SEGURADORA de comunicar ao órgão


executivo de trânsito competente a ocorrência de perda total do veículo e de lhe
devolver as respectivas placas e documentos:
Infração - grave.
Penalidade - multa.
Medida administrativa - Recolhimento das placas e dos documentos.

Art. 245 - Utilizar a via para depósito de mercadorias, materiais ou


equipamentos, sem autorização do órgão ou entidade de trânsito com
circunscrição sobre a via:
Infração - grave.
Penalidade - multa.
Medida administrativa - remoção da mercadoria ou do material.
Parágrafo único - A penalidade e a medida administrativa incidirão sobre a
PESSOA FÍSICA OU JURÍDICA responsável.

Art. 246 - Deixar de sinalizar qualquer obstáculo à livre circulação, à segurança


de veículo e pedestres, tanto no leito da via terrestre como na calçada, ou
obstaculizar a via indevidamente:
Infração - gravíssima.
Penalidade - multa, agravada em até cinco vezes, a critério da autoridade de
trânsito, conforme o risco à segurança.
Parágrafo único - A penalidade será aplicada à PESSOA FÍSICA OU
JURÍDICA responsável pela obstrução, devendo a autoridade com
circunscrição sobre a via providenciar a sinalização de emergência, às expensas
do responsável, ou, se possível, promover a desobstrução.

Se analisarmos os demais artigos de infrações de trânsito, encontraremos outras


situações em que os verdadeiros infratores também não são multados,
preferindo-se penalizar aquele que se encontra ao volante, como se ele fosse
responsável, única e indiscutivelmente, por tudo que ocorre no interior de seu
veículo.
Vejamos, por exemplo, a infração, muito comum, relativa ao não uso do cinto
de segurança:

Art. 167 - Deixar o CONDUTOR ou PASSAGEIRO de usar o cinto de


segurança, conforme previsto no art. 65:
Infração - grave.
Penalidade - multa.
Medida administrativa - retenção do veículo até colocação do cinto pelo
infrator.
Diferentemente do que ocorre com a utilização do capacete de segurança nas
motocicletas, motonetas e ciclomotores, em que o artigo 244, II, preconiza
como infração o TRANSPORTE DE PASSAGEIRO SEM CAPACETE, no
caso do artigo 167 a infração não ocorre pelo TRANSPORTE DE
PASSAGEIRO SEM CINTO, mas a lei disciplina duas condutas irregulares, no
mesmo dispositivo: “Deixar o CONDUTOR de usar o cinto” OU “Deixar o
PASSAGEIRO de usar o cinto”; aliás conclusão que se mostra mais justa e
equilibrada, em especial quando tratamos de veículo de transporte coletivo, de
modo a individualizar as condutas transgressionais. Destarte, a prática adotada
pela fiscalização de trânsito, de modo geral, tem pautado pela aplicação de
penalidade ao condutor, independente de quem estava sem o cinto, com a
conseqüente responsabilidade ao proprietário pelo pagamento da multa.

Embora compreenda que seja uma posição inovadora, dentre os estudiosos da


legislação de trânsito, entendo que o passageiro de veículo que não utiliza cinto
de segurança deveria ser diretamente penalizado pela infração cometida, assim
como DEVERIA OCORRER, nas respectivas infrações, com os pedestres;
condutores de veículos de tração animal ou propulsão humana; promotores de
competições não autorizadas; fabricantes, distribuidores e instaladores de
placas de identificação irregulares; empresas seguradoras e pessoas físicas ou
jurídicas que utilizam a via como depósito ou criam qualquer obstáculo, sem a
devida sinalização. Ou, então, que se mude a lei, amoldando a teoria ao que
ocorre na prática.

São Paulo, 08 de maio de 2006.

JULYVER MODESTO DE ARAUJO, 1º Tenente da Polícia Militar do Estado


de São Paulo, Conselheiro do CETRAN/SP, Coordenador e Professor de cursos
na área de trânsito, Bacharel em Direito, Pós-graduando em Direito público
pela Escola Superior do Ministério Público e Autor de livros e artigos sobre
legislação de trânsito.

O AUTOMÓVEL COMO CONDUÇÃO PARA A PRÁTICA DE


ESPORTES

Porto Velho - Sexta-feira, 12/03/2010

"Mas e para a prática de outros esportes em que se utiliza o automóvel como


condução? Será que o motorista conhece a legislação de trânsito aplicável?
Como transportar uma prancha de surf ..." Leia mais ...

Todo condutor, por menor que seja o seu


conhecimento da legislação de trânsito, sabe que não é
possível levar onze jogadores de seu time de futebol, em uma mesma viagem,
em seu automóvel. Além da impossibilidade prática, o excesso de lotação
constitui infração de trânsito por todos conhecida (embora, por vezes, o
jeitinho brasileiro se encarregue da questão). Prevista no artigo 231, VII, do
CTB, trata-se de infração de natureza média, cujas conseqüências são a
penalidade de multa e a medida administrativa de retenção do veículo.

Mas e para a prática de outros esportes em que se utiliza o automóvel como


condução? Será que o motorista conhece a legislação de trânsito aplicável?
Como transportar uma prancha de surf ou uma asa delta? Como transportar
uma bicicleta? Qual é a categoria de habilitação necessária para tracionar uma
"carretinha" que transporta um jet ski ou uma lancha?

Vejamos, portanto, as normas específicas que tratam de cada uma das questões
apontadas.

O artigo 235 do CTB estabelece, como infração de trânsito de natureza grave,


"Conduzir pessoas, animais ou carga nas partes externas do veículo, salvo nos
casos devidamente autorizados", com previsão de penalidade de multa e
medida administrativa de retenção do veículo para transbordo, o que nos induz
a uma primeira impressão de que seria proibido levar uma prancha de surf, uma
asa delta ou uma bicicleta no teto do veículo, por exemplo.

Entretanto, o CONTRAN, regulamentando a matéria em questão, editou as


Resoluções nº 549/79 e 577/81, que versam sobre tais transportes (estando,
portando, incluídos nos casos devidamente autorizados a que alude a infração
de trânsito). Embora sejam normas anteriores ao atual Código de Trânsito,
continuam em pleno vigor em decorrência do preconizado no parágrafo único
do seu artigo 314: "As resoluções do CONTRAN, existentes até a data de
publicação deste Código, continuam em vigor naquilo em que não conflitem
com ele".

No caso da prancha de surf ou da asa delta, há que se verificar o disposto na


Resolução nº 577/81, que dispõe sobre o transporte de cargas sobre a carroceria
dos veículos classificados como automóveis e mistos e permite o transporte de
equipamentos e utilidades indivisíveis presos a suportes apropriados
devidamente afixados na parte superior externa da carroceria, não podendo
exceder, entretanto, a largura e o comprimento total do veículo, nem tão pouco
impedir a visibilidade do condutor.

A Resolução nº 549/79, por sua vez, permite o transporte de bicicleta na parte


externa dos veículos de transporte de passageiros e mistos, tanto na parte
posterior (traseira), quanto sobre o teto, estabelecendo que a bicicleta
transportada deve ser fixada à estrutura do veículo por dispositivo apropriado,
de forma a não atentar contra a segurança do veículo e do trânsito, não
podendo exceder à largura do veículo (bem como os limites máximos de
comprimento e altura), nem impedir a visibilidade do condutor através do vidro
traseiro ou obstruir as luzes do veículo.

No caso do automóvel que traciona uma "carretinha" com um jet ski ou uma
lancha, a Carteira Nacional de Habilitação não necessita ter categoria
diferenciada, pois o artigo 143, V, do CTB, somente obriga a categoria "E"
quando a unidade acoplada, reboque, semi-reboque ou articulada tiver seis mil
quilogramas ou mais de peso bruto total, ou cuja lotação exceda a oito lugares,
ou, ainda, seja enquadrado na categoria trailer e tais "carretinhas", via de regra,
possuem um peso bruto total inferior ao limite estabelecido.

Portanto, da próxima vez que for aproveitar o mar, o céu, ou dar umas boas
pedaladas, saiba que a legislação de trânsito contempla as regras a serem
obedecidas para utilização do automóvel no transporte de seus equipamentos.
Respeitar a lei de trânsito também faz parte do esporte!

São Paulo, 04 de maio de 2006.

JULYVER MODESTO DE ARAUJO, 1º Tenente da Polícia Militar do Estado


de São Paulo, Conselheiro do CETRAN/SP, Coordenador e Professor de cursos
na área de trânsito, Bacharel em Direito, Pós-graduando em Direito público
pela Escola Superior do Ministério Público e Autor de livros e artigos sobre
legislação de trânsito.

Mecânica

35% dos veículos têm problemas mecânicos

Porto Velho - Sexta-feira, 12/03/2010

"Levantamento feito pelo site WebMotors aponta falhas decorrentes da falta de


manutenção preventiva". Leia mais...

Um estudo feito pelo site automotivo WebMotors


mostra que mais de um terço de toda a frota circulante
na grande São Paulo apresenta algum tipo de problema mecânico, falhas que
poderão comprometer a segurança nas estradas no próximo feriado de 1º de
maio. A avaliação foi feita com cerca de mil veículos entre dezembro de 2006
e abril de 2007 durante o programa de Inspeção Veicular Gratuita, realizado
em parceria com a CET e a Prefeitura de São Paulo.

Por isso a recomendação dos técnicos que realizam a Inspeção é fazer uma
checagem dos principais itens de segurança do carro, em um mecânico de
confiança.

As falhas mais comuns - Cerca de 35% dos veículos apresentam falhas graves
de manutenção como vazamento de óleo, problemas no sistema de
arrefecimento, embreagem e correia dentada. Os itens são fundamentais para o
funcionamento do motor, sobretudo em viagens longas pelas estradas.

De acordo com os dados divulgados pela Organização Mundial da Saúde


(OMS), numa conferência realizada esta semana, o Brasil gasta cerca de US$
22 bilhões por ano com acidentes de trânsito. Só nas estradas federais são mais
de 65 mil feridos e 7 mil motos todos os anos.

Confira os problemas mais comuns verificados durante a 5ª Inspeção Veicular


Gratuita:
32% apresentam vazamento de óleo;
38% têm deficiência no sistema de arrefecimento, o que pode causar
superaquecimento;
20% têm falhas na embreagem, que pode danificar toda a transmissão do
veículo;
28% têm funcionamento irregular na correia dentada.

O programa de Inspeção Veicular Gratuita continua até o mês de dezembro.


Todos os meses, durante uma semana, um local de grande circulação de
veículos é escolhido para abrigar o posto de inspeção. A iniciativa do programa
é da WebMotors e do jornal Oficina Brasil, em parceria com a CET e a
Prefeitura de São Paulo.

O projeto da Inspeção Veicular


A idéia da Inspeção Veicular surgiu em 2002 com o programa Agenda do
Carro no site WebMotors, em parceria com o jornal Oficina Brasil.

Na internet, o motorista se cadastra no www.webmotors.com.br e insere


informações como quilometragem e dados do veículo que possui, condições de
uso diário, últimas manutenções realizadas etc. Posteriormente, o motorista
receberá, por e-mail, um informativo periódico com itens que deve checar em
seu mecânico de confiança. Além disso, o programa Agenda do Carro dispõe
de um banco de dados com milhares de Oficinas cadastradas no programa mais
próximas da residência do motorista.

O projeto da Inspeção Veicular Gratuita ganhou apoio de inúmeros


patrocinadores como Banco ABN Amro/Aymoré Financiamentos, Tokio
Marine, Dayco, Baterias Heliar, Filtros Fram, MTE Thompson, Osram, Sabó e
Valeo e em dezembro de 2006 foi lançado num evento que contou com a
participação do prefeito de São Paulo, Gilberto Kassab. Devido a importância
da inspeção veicular, a idéia se transformou em um projeto de Lei que visa dar
maior segurança ao trânsito por meio da manutenção preventiva dos veículos.

Seja sempre precavido

Porto Velho - Sexta-feira, 12/03/2010

"É importante verificar se alguns itens do veículo, essenciais para a segurança


dos motoristas ..." Leia mais ...

SINCODIV/DF aconselha motoristas a estarem sempre


atentos a itens do veículo essenciais para garantir a
segurança nas ruas e estradas, principalmente, em época de chuva. Entre eles
estão, pneus, faróis, limpadores de pára-brisa e freios

O período de chuva dá sinais de que já vai começar. É importante verificar se


alguns itens do veículo, essenciais para a segurança dos motoristas nessa
época, estão em plenas condições de funcionamento. Os pneus estão entre as
peças mais importantes. De acordo com Edvaldo Souza Oliveira, chefe de
Oficina de uma das concessionárias do Distrito Federal, um jogo de pneus
roda, em média, 45 mil quilômetros.

Mas desde que se faça um rodízio, ou seja, trocá-los de posição a cada 10 mil
quilômetros, e alinhamento a cada cinco mil quilômetros. “Dirigir com pneu
careca, principalmente, em época de chuva, é um risco desnecessário. Basta
ficar um pouco atento. Se ele estiver com os sulcos desgastados, as chances de
ocorrer um acidente fatal são bem maiores”, considera.

Para Edson Maia, diretor do Sindicato dos Concessionários e Distribuidores de


Veículos Autorizados do Distrito Federal (SINCODIV/DF), ao perceber que os
pneus ou qualquer outro item estão desgastados é melhor trocá-los sem
demora. “É aconselhável prestar atenção se os componentes do veículo estão
em bom estado, antes que uma falha cause danos mais sérios e indique algum
risco para motoristas e passageiros”, afirma.

Na hora da troca, Oliveira chama a atenção para que o motorista não coloque
pneus remoldes. “Nesse tipo de pneu, coloca-se borracha nova. Com isso, ele
fica mais pesado e pode causar alterações no balanceamento”, diz.

Os remoldes também podem acarretar avaria no sistema eletrônico de


estabilidade, presente em alguns carros importados. Em curvas ou em situações
de emergência, esse sistema monitora o funcionamento das rodas e não deixa
que uma rode mais que a outra, o que permite a sincronia entre elas.

Faróis desregulados também comprometem a segurança nas estradas e ruas. É


fácil perceber se existe alguma irregularidade. Um farol mais alto que o outro
atrapalha a visibilidade de quem vem em sentido contrário. Nas manutenções
preventivas indicadas pelo fabricante do veículo, esse item é verificado. No
manual dos automóveis consta o período certo para fazer cada revisão. Da
mesma forma ocorre com os freios. Ruído nas rodas e pedal baixo significam
problemas no sistema de frenagem.

Outra peça de extrema importância são os limpadores de pára-brisa. Tanto no


período de seca quanto no de chuva é importante mantê-los em bom estado.
Palhetas ressecadas não retiram a água adequadamente e arranham o vidro.
Indica-se, ainda, colocar água com xampu neutro ou específico no reservatório
do lavador. Principalmente nas estradas, ele é útil para limpar os resíduos que
se acumulam no pára-brisa.

Completar nível do radiador com água pura prejudica sistema de


arrefecimento

Porto Velho - Sexta-feira, 12/03/2010

“Técnico da STP alerta para prática comum em muitos postos; em caso de


falha do sistema de arrefecimento e superaquecimento do motor, gastos podem
chegar a R$ 10 mil com retífica”. Leia mais ...
A cena é conhecida da maioria dos motoristas. Basta
parar com o carro no posto de combustível para o
frentista perguntar: “quer que olhe a água?” Em geral, se o nível do radiador
está baixo, o funcionário completa o que falta com água pura e recebe sua
gorjeta. Mas o que parece inofensivo e até cuidadoso, pode gerar problemas
futuros.

O alerta é de Maurílio Berbel, supervisor de vendas da STP/Petroplus. “Se


sempre completar só com água, vai ter uma hora que só vai ter água no sistema
e o carro pode ter problemas”, destaca. Neste caso, o líquido pode enferrujar e
tornar-se corrosivo. O especialista recomenda que a reposição seja feita com
um produto específico para completar o nível, como o All Season Plus da
Petroplus, que contém a proporção certa entre aditivo e água.

Mas os cuidados com o sistema de arrefecimento devem ser constantes. O nível


do reservatório deve ser verificado semanalmente com o motor frio. Em geral,
as montadoras recomendam a troca completa do líquido de arrefecimento a
cada 30 mil km ou um ano, sempre colocando 50% de aditivo, como o
Petroplus Aditivo para Radiador, e 50% de água.

Sem o aditivo na proporção certa, a água evapora mais rapidamente, além de


enferrujar a válvula termostática e a bomba d’água. “No caso da perda da
bomba d’água, os gastos podem ficar em torno de R$ 500,00 nos carros mais
simples ou chegar a R$ 2 mil nos mais luxuosos”.

Outro cuidado é fazer a limpeza de todo o sistema, e não apenas do


reservatório.
Existem produtos específicos, como o Petroplus Limpa Radiador, que podem
ser utilizados para remover a ferrugem e sujeira do sistema. Neste caso, o
produto deve ser colocado na água suja, o carro deve ser ligado e, depois que a
ventoinha é acionada, o motor deve funcionar por dez minutos.

Então após tirar todo o líquido e a sujeira, recomenda-se uma lavagem com
água limpa antes de colocar o aditivo e a água; a proporção vem indicada no
frasco do produto. “Na troca, é ideal lavar o sistema para receber o tratamento
limpo”, ensina o técnico da STP/Petroplus, Maurílio Berbel.

O sistema de arrefecimento tem a função de manter a temperatura ideal do


motor, evitando que ele trabalhe muito quente ou muito frio. Sem o tratamento
adequado e o uso de produtos de boa qualidade, os estragos podem ser grandes.
Em caso de superaquecimento, por exemplo, a junta do cabeçote pode queimar
e o motor pode até fundir. Os gastos com retífica podem chegar aos R$ 10 mil.
O sistema que não trabalha com a temperatura ideal também gera desgaste
prematuro de peças e elevação do consumo de combustível. “É mais barato
fazer a manutenção preventiva que a corretiva”, diz.

A linha completa STP/Petroplus para tratamento do sistema de arrefecimento é


composta pelos seguintes produtos: Petroplus Aditivo para Radiador; Aditivo
para Radiador Motores a Diesel; All Season Plus; Limpa Radiador; Tratamento
do Fluido para Radiador; e Veda Vazamentos.
Abraços!

Tarcisio Dias
Editor do site Mecânica Online
http://www.mecanicaonline.com.br

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