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DANIEL SANTOS DA SILVA

JOHNATA DE MATOS MOREIRA

JÔNATAS LEVI CAMPOS BARBOSA DOS SANTOS

JOSÉ RICLLIDY RODRIGUES DE LIMA

LAÍS REGINA CALAZANS SOARES

THIAGO LIMA SANTOS

EXTRAÇÃO E IDENTIFACAÇÃO DE PIGMENTOS FOLIARES

ARACAJU-SE
2021
UNIVERSIDADE TIRADENTES

DANIEL SANTOS DA SILVA

JOHNATA DE MATOS MOREIRA

JÔNATAS LEVI CAMPOS BARBOSA DOS SANTOS

JOSÉ RICLLIDY RODRIGUES DE LIMA

LAÍS REGINA CALAZANS SOARES

THIAGO LIMA SANTOS

EXTRAÇÃO E IDENTIFACAÇÃO DE PIGMENTOS FOLIARES

Relatório apresentado na matéria de


Bioengenharia do curso de graduação de
Engenharia Química da Universidade
Tiradentes como requisito para obtenção
de nota.
Profº. Dr. Álvaro Silva Lima.

ARACAJU-SE
2021
SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO......................................................................................................................3

2 OBJETIVO.............................................................................................................................4

3 METODOLOGIA..................................................................................................................4

3.1 MATERIAIS UTILIZADOS................................................................................................4

3.2 PROCEDIMENTO EXPERIMENTAL................................................................................4

4 RESULTADOS E DISCUSSÃO...........................................................................................

5 CONCLUSÃO........................................................................................................................

6 REFERÊNCIAS.....................................................................................................................
1. INTRODUÇÃO
A diversidade de cores das hortaliças é responsável por grande parte da atração exercida
nos consumidores (Araújo et al., 2016). Os pigmentos fotossintéticos que se encontram nas
plantas são as clorofilas a e b, de cor verde intensa e verde amarelada respectivamente, e os
carotenoides (Félix, 2010). A cor verde é resultado da síntese de pigmentos naturais, como a
clorofila, que são abundantes nas plantas e podem ocorrer nos cloroplastos ou em outros
tecidos vegetais (Streit, 2005).
A presença e abundância de pigmentos variam conforme a espécie, sendo que cada
espécie requer ajuste no tempo e na temperatura de incubação a fim de ocorrer a extração e
conservação máxima de pigmentos foliares (Cruz et al.,2007). A identificação dos pigmentos
cloroplastídicos é realizada após a extração com auxílio de solventes orgânicos como
acetona, o éter, o dimetilsulfóxido (DMSO), clorofórmio e o metanol (Baners et al.,1992).
O ajuste de metodologia para determinação dos pigmentos cloroplastídicos se faz
necessário para as diferentes espécies vegetais, a exemplo do repolho e brócolis. Além disso,
a definição do teor de pigmentos foliares extraídos mostra-se como um importante método de
avaliação em estudos de fisiologia vegetal, tanto para a determinação do material quanto para
a separação entres os tratamentos ou relação entre as plantas e os fatores ambientais (Lambers
et al., 2008).
As clorofilas e carotenoides são pigmentos envolvidos na fotossíntese, e ficam
armazenados nos cloroplastos que são as organelas onde ocorre o processo fotossintético.
Com o processo de maceração de tecidos vegetais com solventes orgânicos polares, como
acetona, etanol, metanol e acetato de etila, ocorre o rompimento das ligações entre estas
moléculas e assim elas são liberadas destas estruturas celulares (STREIT et al, 2005). Em
1818, Pelletier e Caventou propuseram que a substância verde extraída de folhas com auxílio
de álcool fosse chamada de clorofila (STREIT et al, 2005).
Além das clorofilas, há também os carotenoides, que têm este nome devido estarem
presentes em grande quantidade em cenouras (Daucus carota), já foram descritos cerca de 600
tipos de carotenoides, entre eles um que se destaca é o β-caroteno, que é um dos precursores
da vitamina A ou retinol (SILVEIRA et al, 2014).

2. OBJETIVO

Avaliar a presença de diferentes pigmentos que estão presentes nas folhas de diversas
espécies de plantas.
3. METODOLOGIA
3.1. MATERIAIS UTILIZADOS
 Béquer;

 Placa de petri;

 Álcool etílico 95%;

 Papel filtro;

 Banho maria;

 Tesoura;

 Folhas não verdes.

3.2. PROCEDIMENTO EXPERIMENTAL


Picou-se as folhas em pequenos pedaços e colocou-se dentro de um béquer. Adicionou-se
álcool
Etílico 95% até cobrir toda as folhas e levou-as para o banho-maria até que o álcool tenha
retirado o máximo de pigmento da folha.
Após, derramou-se o álcool contendo os pigmentos dentro de uma placa de petri.
Colocou-se o papel filtro em pé dentro da placa e se aguardou até que o extrato e os
pigmentos eluí-se pela superfície do papel.

4. RESULTADOS E DISCUSSÃO
Como resultado deste experimento, obteve-se a extração dos pigmentos em papel filtro,
conforme esquematizado na figura 01:
Figura 01: Extração de pigmentos por capilaridade da espécie perilla frutescens (Shisô). Fonte: Algetec.

Observa-se a formação de duas bandas de cores. A de coloração verde está localizada


na parte inferior do papel de filtro e isso indica que este pigmento interagiu mais fortemente
com a celulose, eluindo menos no filtro, em comparação ao pigmento de cor amarelo-
alaranjado. O pigmento de cor verde é formado majoritariamente pelas clorofilas e elas
contêm grupos funcionais como as porfirinas ligadas ao magnésio, que tem maior afinidade
pela celulose presente no papel de filtro, dificultando o deslocamento do pigmento no
fenômeno da capilaridade. As clorofilas são os pigmentos naturais mais abundantes presentes
nas plantas e ocorrem nos cloroplastos das folhas e em outros tecidos vegetais, além disso
participam da fotossíntese (STREIT, 2005).
Estudos em uma grande variedade de plantas caracterizaram que os pigmentos
clorofilianos são os mesmos. As diferenças aparentes na cor do vegetal são devidas à presença
e distribuição variável de outros pigmentos associados, como os carotenóides, os quais
sempre acompanham as clorofilas (STREIT, 2005). A banda de cor amarelo alaranjada é
composta majoritariamente pelos carotenóides, importantes pigmentos lipossolúveis
responsáveis pela coloração laranja, amarela e vermelha vegetais, bactérias e fungos.
Participam dos mecanismos da fotossíntese, como coadjuvantes, protegendo contra possíveis
danos causados pela luz (SANTOS, 2021).
O procedimento experimental citado no relatório também foi realizado em casa,
utilizando como amostra a espécie Tradescantia zebrina, popularmente conhecida como
lambari roxo (figura 02). É uma planta herbácea, nativa do México e que vem se
popularizando no Brasil em projetos paisagísticos. É utilizada na culinária na produção de
uma bebida chamada água de matali, porém é considerada uma planta tóxica, devido a
presença de oxalato de cálcio em suas folhas in natura, característica muito observada em
espécies de plantas ornamentais brasileiras (OLIVEIRA, 2017).
Figura 02: Exemplar da Tradescantia zebrina.

Após a execução do experimento observou-se a presença de um pigmento roxo,


caracterizado majoritariamente pela presença da antocianina, pigmento classificado como
composto fenólico pertencente ao grupo dos flavonoides. Seguem abaixo as figuras
relacionadas ao experimento:

Figura 03: Cromatografia em papel da solução alcoólica com o substrato do lambari roxo adaptado ao banho
maria.

Nota-se que não ocorreu a interação entre os pigmentos presentes na fase móvel com a
celulose presente no papel filtro (fase estacionária). Seria necessário a realização de um
procedimento de aumento da concentração do analito na fase móvel. Além disso, o solvente
utilizado foi o álcool etílico 70%. Sugere-se a utilização de um outro solvente orgânico, como
a acetona P.A. ou o álcool etílico 95%. Na figura 04, verifica-se a coloração roxa da solução,
indicando a presença do pigmento antocianina.
Figura 04: Fase móvel utilizada na cromatografia em papel.

Esta espécie de planta também possui a presença de outros pigmentos, como por
exemplo, a clorofila e os carotenóides, porém em menores concentrações (UFRGS, 2010).

5. CONCLUSÃO

A separação dos pigmentos clorofilados e composto fenólico presente nos foliares


analisados, se devem a sua composição química. De acordo com sua polaridade e afinidade do
composto com o material do papel cromatográfico a separação pode ocorrer de forma mais ou
menos veloz. De acordo com os dados obtidos foi possível verificar que o pigmento de cor
verde (clorofila) interagiu mais fortemente com a celulose ficando na parte inferior do papel.

6. REFERÊNCIAS
STREIT, N. M. et. al. As clorofilas. Ver. Ciência Rural. 2005. Disponível em: >
https://www.scielo.br/j/cr/a/dWwJymDzZRFwHhchRTpvbqK/?lang=pt Acesso em: 03 nov 2021.
SANTOS, V. S. Carotenóides. 2021. Disponível em:
<https://www.biologianet.com/botanica/carotenoides.htm#:~:text=Os%20carotenoides%20s
%C3%A3o%20importantes%20pigmentos,poss%C3%ADveis%20danos%20causados%20pela
%20luz.> Acesso em: 03 nov 2021.
OLIVEIRA, R. R. et al. Ocorrência de oxalato de cálcio em diferentes espécies vegetais de uso
ornamental. Revista de Ciências Ambientais. 2017. Disponível em:<
https://revistas.unilasalle.edu.br/index.php/Rbca/article/view/3571> Acesso em: 03 nov 2021.
UFRGS. Tradescantia. 2021. Disponível em:
<https://www.ufmg.br/conhecimentoecultura/2010/arquivos/anexos/tradescantia.pdf> Acesso em: 03
nov 2021.

COLLINS, C. H.; BRAGA, G. L.; BONATO, P. S. Fundamentos de cromatografia. Campinas: Editora da


UNICAMP, 2006. DEGANI, A. L. G.; CASS, Q. B.; VIEIRA, P. C. Cromatografia: um breve ensaio. Química
Nova na Escola, São Paulo, n. 7, 1988. Disponível em: . FONSECA, S. F.; GONÇALVES, C. C. S. Extração
de pigmentos do espinafre e separação em coluna de açúcar comercial. Química Nova na Escola, São
Paulo, n. 20, p. 55-58, nov. 2004.

FILGUEIRA FAR. 2000. Novo manual de olericultura. Viçosa: UFV. 402p.

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