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EDUCAÇÃO FISICA

CLAUDETE MADALENA DA SILVA MATIAS

PORTIFOLIO INDIVIDUAL
A IMPORTÂNCIA DO “BRINCAR E DO JOGAR” PARA O
DESENVOLVIMENTO INFANTIL NA EDUCAÇÃO BÁSICA.

GOVERNADOR VALADARES
2021
CLAUDETE MADALENA DA SILVA MATIAS

PORTIFOLIO INDIVIDUAL
A IMPORTÂNCIA DO “BRINCAR E DO JOGAR” PARA O
DESENVOLVIMENTO INFANTIL NA EDUCAÇÃO BÁSICA.

Relatório apresentado à UNOPAR, como


requisito parcial para o aproveitamento da
disciplina de Estagio Curricular no Ensino
Fundamental do curso de Licenciatura em
Educação Física.

GOVERNADOR VALADARES
2021
Sumário

INTRODUÇÃO..............................................................................................................3

DESENVOLVIMENTO..................................................................................................4
1 A IMPORTANCIA DO BRINCAR E JOGAR..........................................................4
2 PLANO DE AULA...................................................................................................7

CONSIDERAÇÕES FINAIS........................................................................................10

REFERÊNCIAS.......................................................................................................11
3

INTRODUÇÃO

A proposta do Portfólio Interdisciplinar tem como tema a “A IMPORTÂNCIA


DO “BRINCAR E DO JOGAR” PARA O DESENVOLVIMENTO INFANTIL NA
EDUCAÇÃO BÁSICA.”, será realizado um estudo com objetivo de possibilitar a
aprendizagem interdisciplinar dos conteúdos desenvolvidos nas disciplinas desse
semestre e, também, para que possa consolidar uma consciência sobre a educação
inclusiva.
O estudo desta pesquisa visa refletir como as atividades lúdicas contribuem e
facilitam o desenvolvimento, cognitivo, afetivo, físico, social e como as mesmas
auxiliam e guiam a aprendizagem dentro do contexto educacional . Os jogos e
brincadeiras representam grandes contribuições no desenvolvimento e na vida das
crianças.
Sabemos que o ato de ludicidade é realizado como ações interativas e de
socialização, onde o lúdico promove o desenvolvimento de habilidades como:
autonomia, cooperação, descoberta e raciocínio, pois o brincar é um instrumento de
aprendizagem e parte do processo educativo da criança.
O presente trabalho baseou-se nos conhecimentos adquiridos durante o
semestre, tendo como objetivo analisar a compreensão dos jogos lúdicos como
aspecto fundamental da aprendizagem e do desenvolvimento humano na educação.
Segundo vários autores, o brincar é um instrumento de aprendizagem e parte do
processo educativo da criança.
Através de atividades lúdicas com fins pedagógicos é possível remeter-nos
para a importância desse instrumento no processo ensino aprendizagem e do
desenvolvimento infantil, respeitando os espaços e auxiliando os alunos na
adequação de diferentes vivências, na interação humana, potencializando o
desenvolvimento de todas as capacidades dos alunos, tornando o ensino mais digno
e prazeroso.
DESENVOLVIMENTO

1 A IMPORTANCIA DO BRINCAR E JOGAR


É indiscutível como as atividades lúdicas são fundamentais no cotidiano
infantil. As crianças se desenvolvem em vários sentidos: cognição, lateralidade,
coordenação, ordenação, respeito, responsabilidade e socialização, quando brincam
fazem com que vivenciam experiências e fazem novas descobertas.
Moyles(Apud Vygotsky, 1932:80) comenta que a “criança avança
essencialmente através da atividade do brincar”, acrescenta que o brincar “pode ser
chamado de uma atividade orientadora que determina o desenvolvimento da
criança.
Dessa maneira podemos dizer que o brincar tem despertado o interesse de
estudiosos de diversas áreas, educadores e pesquisadores, da educação incentivam
a prática do jogo como forma de aperfeiçoar o desenvolvimento infantil. Nesse
propósito, os jogos que fazem parte de um recurso lúdico, estão adquirindo
gradualmente uma nova dimensão tendo atualmente ganhado um novo enfoque e
sendo integrado nos currículos escolares.
Muito diferente de algum tempo atrás onde eles eram utilizados como
atividades programadas para encerramento de ano letivo. São tantas as ações do
ato de brincar na vida da criança, que muitos teóricos tiveram a preocupação de
representá-las em suas obras.
Brincar é mesmo da criança é uma atividade que deve fazer parte de sua
vida, também contando que este é um direito seu assegurado por lei. O Estatuto da
Criança e do Adolescente, no Artigo 16 diz que o direito à liberdade compreende “I -
Opinião e expressão; II – (...); III – (...); IV - brincar, praticar esportes e divertir-se”
(Estatuto da Criança e do Adolescente, Brasília 2012 p.5)
A palavra “jogo” por mais simples que seja de pronunciar não é tarefa fácil
de definir, principalmente se for levado pela imaginação de uma criança.
Amarelinha, xadrez, de adivinha, faz de conta, quebra-cabeça, pega-pega,
esconde-esconde entre muitos outro. Os jogos apesar de parecerem muitas
coisas bobas são semelhantes com muitas situações vivenciadas na vida adulta.
Com seguimento de regras, habilidades manuais, organização.
É no ato de brincar que a criança estabelece os diferentes vínculos entre as
características do papel assumido, suas competências e suas relações que
possuem com os outros papéis, tomando consciência disso e generalizando
para outras situações (RCNEI, 1998, p. 27-28).
Vale mencionar que é vivendo a fantasia do brincar, que as crianças
aprendem, cresce em estimulo, são mais capacitados e consegue tirar proveito no
ato lúdico, a família também deve incentivar e brincar, pois quanto mais brincam
mais tendem a progredir intelectualmente, e mesmo já crescidos levam a vida
sempre descontraídos, adultos independentes, ao passo que, crianças que não
brincam, na maioria das vezes são tristes, aparentam lhe faltar algo que não
conseguem encontrar, em suas vivencias.
Neste contexto podemos evidenciar este reflexo infantil, isso quando
começamos a dialogar, então vai transparecendo toda a realidade infantil, que lhe foi
negada ou mesmo devido algum problema na saúde, um acidente impossibilitando
viver à alegria lúdica.
Segundo Chateau (1987, p.14) “uma criança que não sabe brincar, é uma
miniatura de velho, será um adulto que não sabe pensar”. Pensando assim,
podemos dizer que, brincar é uma das fases mais importantes na vida infantil é
fundamental para descobrir, inventar, entender o espaço em que vive compreender
as situações vivenciadas no cotidiano, sua formação como ser humano, tendo um
desenvolvimento sadio, avançando no raciocínio e na criatividade.
Sendo o brincar essencial a todas as crianças, essa essência tem “gosto” de
satisfação, prazer de sentimentos felizes, enfim, é dar mais vida à própria vida é
curtir essa emoção, momentos que duram para sempre essa vivência.
O RCNEI defende o brincar como uma atividade necessária no cotidiano
escolar por possibilitar às crianças momentos de experiências e ampliação de novas
descobertas através desse ato as crianças se desenvolve em diferentes aspectos,
como por exemplo, em relação à autonomia, a cognição, a linguagem, a motricidade,
entre outros, vistos que nas brincadeiras têm a oportunidades de participarem,
criarem, interagirem umas com as outras e assim resolverem situações que venham
surgir durante as atividades favorecendo assim uma melhor compreensão e
capacidade de resolução.
Brincar é realmente uma das atividades fundamentais para o desenvolvimento
da identidade e autonomia. O fato de a criança, desde muito cedo, se
comunicar por meio de gestos, sons e mais tarde representar determinado
papel na brincadeira faz com que ela desenvolva sua imaginação. (RCNEI,
1998, v 2,p 22).

Dessa maneira, a atitude lúdica é vivenciada desde os primeiros meses


de vida, quando estamos realizando os cuidados de higienização, no banho, na
troca de fraldas estamos sempre fazendo pequenas brincadeiras para dar lhes
satisfação e fazê-las sorrir e nesta forma de cuidar, automaticamente lhes são
transmitidas ações que favorecem o desenvolvimento e habilidades. Assim os
pais são os primeiros educadores no processo ensino- aprendizagem.
Dentro dessa ideia, já ao iniciar a pré-escola a criança será apresentada
ao mundo novo de socialização e interação, com o educador e outras crianças,
onde os processos ensinos-aprendizagens aos poucos vão sendo modificados,
o brinquedo não mais será seu foco principal, pois lhe será introduzido as
cantigas de rodas, novos jogos e brincadeiras, assim suas brincadeiras não mais
serão individuais, pois em seu novo contexto de vida a criança quererá a
socialização cada vez mais.
Reconhecendo que, brincar é um direito da criança, ainda hoje esse
“direito” é desrespeitado, essa atitude provoca uma grande revolta, pois o país
nos apresenta Documentos Oficiais que evidenciam este direito também a
Organização das Nações Unidas. Sendo o desrespeito uma forma de
humilhação ao ser humano, considerado muito grave, pois está relacionada a
uma criança, este é um ato que fere profundamente a dignidade do ser humano.
Ainda assim, as políticas públicas não estão exercendo o seu dever
corretamente, quando visualizamos crianças trabalhado em jornadas excessivas
de horas, igual a um adulto quando deveria ser verdadeiramente crianças,
estudando e brincando. Pois ao contrário é assim a negação do direito à infância
é perdido, e o amadurecimento precoce então estampado, neste momento está
perdendo a essência de ser criança pular, correr, gritar, saltar.
É necessário que lutemos com muita garra para fazer valer esses direitos.
Temos em nosso país vários Documentos Oficiais que representam avanços no
que se diz a educação infantil, como a Carta Magna Brasileira de 1959 (BRASIL
Constituição,1988), O Estatuto da Criança e do Adolescente (BRASIL, Lei
8.069/90)e a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional(BRASIL, Lei
9.394/96) e com toda proteção em torno da criança, sendo considerada “sujeito
do direito” e pessoa em peculiar situação de desenvolvimento.
2 PLANO DE AULA

Para essa atividade foi elaborado dois planos de aula a serem aplicados a
uma turma do 2º série do ensino fundamental. Para o conteúdo escolhi trabalhar
com jogos virtuais e videogame de forma Lúdica na aula de educação física.
Para alguns, pensar em jogos virtuais nas aulas de Educação Física talvez
seja um retrocesso ou até mesmo uma distorção do real objetivo da disciplina na
escola. O corpo em movimento (no sentido de fazer uma atividade corporal) é
considerado por muitos a essência da Educação Física no contexto escolar, e uma
visão contrária a ela pode ser considerada errada e até mesmo condenável.
O jogo virtual e as TIC utilizadas devem ser considerados mais uma
ferramenta didática e pedagógica, assim como a bola, os bambolês, a corda, o
elástico, o livro, entre outros. É uma conquista da sociedade tecnológica e não pode
ser menosprezada pela educação formal.
O plano de aula é importante pois explicita o que são os objetivos da
aula, como serão atingidos e em quanto tempo. Ele funciona como uma guia que
orienta o professor sobre seus objetivos e abre um leque de opções criativas a fim
de alcançá-los.
Para a Educação Física, os Exergames assumem um significado diferente ao
incorporar o “mover-se para jogar”, rompendo o paradigma da inatividade dos jogos
eletrônicos e criando novas possibilidades de vivências corporais.
Associe-se a isso poder oferecer ao aluno um conteúdo que ele não teria
condições de praticar, seja pela técnica apurada, falta de equipamento adequado ou
mesmo pela falta de lugar adequado para isso.
Nesse ponto o EXG pode contribuir para a construção de uma nova forma de
abordagem. Porém, é indispensável manter visão crítica sobre o uso dessa nova
tecnologia nas aulas de Educação Física, não podemos utilizar o jogo pelo jogo e
considerar o virtual como substituto imediato do real.
Devemos reconhecer nele mais uma forma de auxiliar a prática dos
Conteúdos Estruturantes, como mais um desafio na incorporação de uma nova
linguagem, que amplia e recria as possibilidades das práticas da Cultura Corporal.
PLANO DE AULA 1

Dados de identificação:

Nome da Escola: Escola estadual Vereador Lucas Reis


Professor: Claudete Madalena
Série: 1o
Período: Duas aulas
Número de alunos: Toda a Turma pode participar dessa atividade
Data:26/10 a 27/10
Tema: “Dança e movimento”

Conteúdo específicos:
 Movimentos: Dança e Cotidiano.
 Criação de Coreografias.

Objetivo Geral:
Proporcionar aos alunos uma vivência sobre as danças que tenha uma
lógica similar as modalidades de dança do mundo “REAL”, de forma lúdico.
Objetivos Específicos:
 Observar e estudar gestos e movimentos na dança e no cotidiano;
 Selecionar e organizar movimentos para a criação de pequenas
coreografias;
 Investigar a interação e comunicação com os outros por meio dos
gestos e dos movimentos;

Metodologia:
Nesse encontro iremos abordar o conteúdo estruturante Dança, e vivenciar
como a utilização dos Exergames pode contribuir para que o aluno desenvolva
mais o gosto pela sua pratica do Conteúdo Estruturante proposto.
Os mesmos serão apresentados como formas alternativas para que nossos
alunos possam reconhecer entender e praticar essas atividades que pouco são
oferecidas a ele durante o período escolar.
Ao término, organizaremos debates buscando criar propostas de atividades
através de ideias e sugestões apontadas durante o encontro. Atividades essas,
que os professores possam usar em suas aulas objetivando a aprendizagem e a
utilização dos conceitos dos Exergames na prática educativa.

Recursos:
 Jogo Dance Central
 Jogo Just Dance
 Videogame Xbox 360
 Kinect.
 Televisão
 Data Show

Avaliação
Nessa aula será avaliada a aula, com o intuito de melhorar na criação das
próximas.

CRITERIOS E B R P
Aula Teórica
Aula Pratica
Livro Didático escolhido
Professor responsável aula
Metodologia Utilizada
Clareza na Explicações
Exercícios aplicados
Legenda: E= excelente; B= bom; R= regular; P= péssimo.

A Aula foi útil pra você?


( ) SIM ( ) NÃO
Você indicaria a aula a um amigo?
( ) SIM ( ) NÃO
Deixe sua opinião para as próximas oficinas
CONSIDERAÇÕES FINAIS

Diante do estudo proposto verificou-se que vários estudiosos apontam a


ludicidade como fator preponderante no processo ensino aprendizagem. Sendo
assim percebeu-se que a estratégia lúdica apresenta se como uma importante
ferramenta para o desenvolvimento infantil no processo de investigação, notou se
que diferentes estudos apontam o jogo como um elemento importante através do
qual a criança aprende.
Porém, tudo isso é atrelado ao papel do educador, responsável pela
adequação dos jogos e atividades lúdicas voltadas para a realidade do meio que o
educando está inserido favorecendo assim a aprendizagem do mesmo. O
aparecimento dos jogos e brincadeiras como fator de desenvolvimento infantil
desencadeou vários estudos e pesquisas e hoje é consenso a importância do lúdico
na educação infantil.
O lúdico, ou seja, as brincadeiras e os jogos e brinquedos na Educação
Infantil devem ser valorizados durante os processos de ensino, pois sendo vividos
na sala de aula como algo espontâneo permite que as crianças expressem
diferentes sentimentos, vivenciando situações de trabalho em equipe e respeito.
Porém tudo isso é atrelado ao papel do educador, responsável pela adequação dos
jogos e atividades lúdicas, tendo bem claro os objetivos propostos que são aquisição
de conhecimentos, desenvolvimento da sociabilidade e a construção da identidade,
favorecendo assim a aprendizagem das crianças.
Verificou se então que as atividades lúdicas são essenciais por
proporcionarem às crianças oportunidades de realizar as mais diversas
experiências, contribuindo assim para o seu desenvolvimento no contexto do ensino
aprendizagem. De acordo com os diferentes autores pesquisados foi possível
estabelecer a relação dos pensamentos dos mesmos quanto à importância do lúdico
na Educação Infantil.
As atividades lúdicas são elementos indispensáveis na construção do
conhecimento para que haja aprendizagem concreta e prazerosa, facilitando as
práticas pedagógicas na sala de aula, culminando assim uma educação de
qualidade.
REFERÊNCIAS
ALENCAR, Eunice M. L. Soriano de. FLEITH, Denise de Souza. Desenvolvimento
de Talentos e Altas Habilidades: orientação a pais e professores. Porto Alegre:
Artmed, 2001.

ARANHA, Maria S. F. Projeto Escola Viva - Garantindo o acesso e permanência


de todos os alunos na escola - Alunos com necessidades educacionais
especiais. In: Secretaria de Educação Especial/MEC. Brasília/DF, 2002 Série 2:
Cad. 327.

Projeto Escola Viva: Garantindo acesso e permanência de todos os alunos na


escola - Necessidades educacionais especiais dos alunos, Construindo a
escola inclusiva In: Secretaria de Educação Especial /MEC. 5º vol., Brasília/DF,
2005.

BRASIL. Diretrizes Nacionais para a Educação Especial na Educação


Básica. Ministério da Educação. Brasília/DF, 2001.

CUPERTINO, Christina M. Barreto. Um olhar para as altas habilidades: construindo


caminhos. Secretaria de Educação do Estado de São Paulo. São Paulo: FDE, 2008.

DISTRITO FEDERAL. Educação Especial: Orientação Pedagógica. Secretaria de


Educação Especial Brasília/DF, 2010.

KIRK, Samuel A.; GALAGHER, James J. Educação da criança Excepcional. 3. ed.


São Paulo/SP: Martins Fontes; 1996.

LAKATOS, Marina de Andrade; MARCONI, Marina de Andrade. Metodologia do


Trabalho Científico. 6. ed. São Paulo/SP: Atlas; 2001.

GAIO, Roberta; MENEGHETTI. Caminhos Pedagógicos da Educação Especial. 2.


ed. Petrópolis/RJ: Vozes, 2004.

PEDRON, Ademar João. Metodologia Científica: auxiliar do estudo, da leitura e da


pesquisa. 3. ed. Brasília/DF: Redentorista, 2001.

VIRGOLIM, Angela M.R. Altas Habilidades/Superdotação: Encorajando


Potenciais. In: Secretaria de Educação Especial/DF. Brasília/DF, 2007.

WINNER, Ellen. Crianças Superdotadas: mitos e realidades. 1. ed. São Paulo/SP:


Artmed; 1998

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