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Temas de Redação > ENEM 2014 - 1ª aplicação - Publicidade infantil em questão no
Brasil.

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Enviada em: 12/03/2017
A articulação da publicidade foi responsável por importantes eventos ocorridos ao
longo da história, como a queda do absolutismo e o engajamento da população
brasileira com o presidente Getúlio Vargas. Em vista disso, uma vez que esse
mecanismo se mostra tão influente, é necessário que se discuta os efeitos que a
publicidade tem sobre as crianças. A difusão de conteúdos gerada por essa estrutura
é negativa para a classe infante, o que é comprovado pela teoria da Indústria
Cultural e pela falta de criticidade na infância.
Ao se analisar a teoria da Indústria Cultural, feita por Theodore
Adorno, constata-se que a mídia é um dispositivo dotado de poder de dominação. Em
sua teoria, Adorno diz que, a publicidade manipula os sentimentos do homem por
apresentar uma falsa e efêmera sensação de felicidade. Contudo, mesmo ciente de tal
poder, o indivíduo não consegue romper com esse ciclo, pois os canais de
comunicação, coercitivamente, o induzem a participar do mundo caótico criado por
eles. Analogamente, é possível perceber que, a alienação midiática é um fato social
e rege, com exceção de um pequeno número de pessoas, a sociedade contemporânea.
Entretanto, o problema agrava-se, ainda mais, quando inserido no meio
infantil, visto que as crianças não possuem a criticidade necessária para discernir
os conteúdos assistidos nos comerciais. Geralmente, a publicidade de TV, tipo que
mais afeta esta classe, é composta por cores fortes, desenhos e crianças felizes, o
que, devido à pouca capacidade crítica atrelada ao processo corrente de
desenvolvimento do cérebro na idade de 0 a 7 anos, forma no indivíduo o pressuposto
de que a felicidade está condicionada à obtenção de tal produto. Nessa perspectiva,
pode-se dizer que, em uma avaliação mais aprofundada, o estado de desenvolvimento
primário dos infantes associado à tais propagandas age como fator alienante e
influi negativamente na vida desse público.
Diante dessa conjuntura, pode-se perceber e comprovar que a publicidade
infantil gera efeitos prejudiciais às crianças. Portanto, medidas devem ser tomadas
para que o problema seja sanado. Assim sendo, o governo, por meio do CONANDA
(Conselho Nacional dos Direitos da Criança e do Adolescente), deve enrijecer a
fiscalização de propagandas destinadas ao público infantil, a fim de que os menores
não sejam negativamente influenciados pelo conteúdo dos comerciais e não cresçam
como cidadãos alienados pela mídia. Some-se a isso a realização de palestras,
campanhas e debates sobre o tema dentro da escola, para que os infantes desenvolvam
a criticidade e capacidade de discernimento desde cedo e não sejam facilmente
enganados pelo meio midiático.

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