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Momento BVD 19gratidao 8zowbmevc6pkw74hqo8
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BS
CADERNO BVD
Gratidão
Introdução
Com base nos sutras budistas, Nichiren Daishonin identifica em seus escritos
quais as principais dívidas de gratidão que as pessoas têm como seres
humanos: com os pais, o mestre, os três tesouros do budismo e todos os seres
vivos. Além disso, Daishonin esclarece que a forma de saldar essas dívidas de
gratidão é fundamentalmente por meio de ações para conduzi-las ao estado de
buda. Em suma, o ato de propagar a Lei Mística em benefício da humanidade é
o caminho para quitar a dívida de gratidão com todas as pessoas.
Explanação do presidente da SGI
Meu mestre, segundo presidente da Soka Gakkai, Josei Toda, comentou certa
vez:
Nem é preciso dizer que a imensurável dívida de gratidão que tenho com
Makiguchi sensei me capacita a liderar o kosen-rufu hoje. Como discípulo e
alguém que o respeita como pai, estou determinado a guardá-lo em meu
coração e saldar minha dívida de gratidão com ele por toda a vida, não, por toda
a eternidade.
O caminho da sincera devoção a ser trilhado como ser humano
Alguns anos mais tarde, com a fotografia do meu mestre no bolso interno do
paletó, parti para cumprir o sonho dele de concretizar o kosen-rufu da Ásia e do
mundo. Estou sempre junto dele. Até hoje continuo pondo em prática seus
ensinamentos e suas orientações, e converso com ele em meu coração todos
os dias.
Trecho do Escrito de Nichiren Daishonin
Nichiren Daishonin escreveu esta carta para expressar sua gratidão a Dozen-bo
e a enviou a Joken-bo e a Gijo-bo, sacerdotes seniores na época em que ele
ingressou no templo, os quais, mais tarde, se tornaram seguidores dele.
Tratado em tributo à memória do mestre
A busca pelo caminho e a propagação do budismo para saldar a dívida de gratidão com o
mestre
Ele acrescenta: “No tratado que acompanha esta carta, escrevi sobre questões
de extrema importância” (CEND, v. I, p. 771), referindo-se ao fato de ter revelado
o Nam-myoho-renge-kyo das “três grandes leis secretas”,7 abrindo o caminho
para assegurar um futuro radiante para toda a humanidade.
“Reconhecer o que fizeram por nós”
O trecho que estamos estudando neste ensejo é seguido pelas palavras “Será
que um navio conduzido por alguém que não sabe nem dizer qual é a direção do
vento poderá levar mercadores viajantes até as montanhas que abrigam
tesouros?” (CEND, v. I, p. 722). Isso quer dizer que a menos que conquistemos
verdadeira sabedoria por meio da prática do budismo não seremos capazes de
conduzir os outros à verdade. No budismo, saldar dívidas de gratidão denota
desenvolver em nós mesmos ampla condição de vida, para assim transmitir
nosso reconhecimento aos outros e reconhecer, num âmbito profundo, o que
fizeram por nós.
O budismo também ensina sobre gratidão. No budismo, gratidão não é algo que
reforça as relações hierárquicas da sociedade. Em vez disso, ele fala da
gratidão por todos os seres vivos, preconiza que estimula a pessoa a estar
aberta para sociedade, aceitar os outros e cultivar o espírito de confiança
mútua.
Shin’ichi Yamamoto indagou a Matsushita qual era sua visão sobre gratidão. O
empresário atribuiu grande relevância a essa virtude, declarando que gratidão e
reconhecimento eram a base de sua convicção e de sua vida, e também um dos
princípios fundamentais aos negócios que ele compartilhava com seus
funcionários.
— Aqueles que tinham 40 ou 50 anos naquele tempo agora estão na faixa dos
60 ou 70 anos, período para dar os retoques finais na vida. Portanto, gostaria de
discorrer brevemente sobre esse significado. Como disse antes, o primeiro
ponto é possuir espírito de gratidão e dedicar-se ao kosen-rufu enquanto viver,
continuando, ao mesmo tempo, a fortalecer sua fé. Embora sua posição de
liderança possa ter mudado, nunca deve inferir que tenha se aposentado ou
obtido o diploma de formatura na fé. Ainda estão no campo de batalha, mas
com uma função diferente. Do contrário, tudo o que prometeram, determinaram
e disseram aos outros até agora de nada adiantará. Se os mais novos na prática
virem que desistiram, vão se sentir desanimados e abatidos, e isso poderá fazê-
los perder a fé no budismo. Como afirma Nichiren Daishonin: “Aceitar é fácil;
manter é difícil. Porém, para se atingir o estado de buda é necessário manter a
fé” (CEND. v. I, p. 492). Certifiquemo-nos de manter a chama da fé intensamente
até o fim.
Daishonin escreveu: “Elas não devem se esquecer das dívidas de gratidão que
têm para com seus pais, seus mestres e sua nação” (CEND, v. I, p. 722).
Material de apoio:
Leia mais:
Notas:
1. Essa passagem aparece nos “Nove Trechos” das Elegias de Chu e em outras
obras chinesas. Um comentário sobre as Elegias de Chu, por Zhu Xi, da dinastia
Song, afirma: “A velha raposa quando morre, volta a cabeça para a colina. Isso
porque ela jamais se esquece do local onde nasceu” (CEND, v. I, p. 773).
2. Essa história consta da Coletânea de Histórias e Poemas. Quando o jovem
Mao Bao, que mais tarde se tornou general da dinastia Jin, caminhava ao longo
do rio Yang-tsé, ele viu um pescador se preparando para matar a tartaruga que
havia pescado. Sentindo pena dela, Mao Bao ofereceu a própria roupa ao
pescador em troca da vida da tartaruga e a salvou. Tempos depois, quando
estava sendo perseguido por seus inimigos, Mao Bao foi parar na beira do rio
Yang-tsé. A tartaruga que ele salvara quando jovem apareceu e o carregou até a
outra margem.