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ALOCAÇÃO DE ATIVOS

E REBALANCEAMENTO

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A identificação e apresentação de produtos e serviços para implementação
passa por considerações acerca de Asset Allocation. Esse processo de
alocação de ativos se refere a alocação de ativos disponíveis para investir
entre várias classes de investimentos.

Estas classes de investimento podem incluir:

● Títulos de renda fixa;


● Renda variável;
● Ações;
● Investimentos internacionais;
● private equity;
● Bens imóveis;
● Ativos imobiliários, etc.

A alocação de ativos é muito importante:estudos indicam que


aproximadamente 90% do desempenho de uma carteira no longo prazo é
determinado pela alocação dos ativos.

O objetivo de construir um modelo eficiente de alocação é determinar quais


investimentos serão usados e os percentuais apropriados para cada classe
de ativos.

O modelo de alocação pode abordar diversas estratégias diferentes, mas


cada uma deve ser construída com as seguintes considerações:

● O nível de tolerância (disposição e capacidade) a risco do cliente;


● O nível de sofisticação do cliente, respeitando as alternativas de
investimentos;
●A taxa de retorno esperada necessária para atingir os objetivos do cliente;
● A posição financeira atual do cliente e implicações tributárias por conta
de eventuais
realocações.

A diversificação resultante da estratégia de alocação de ativos a ser


implementada ajuda a reduzir os riscos de perdas.

Ativa, Passiva e Semiativa


A estratégia passiva de gestão é a que procura obter a taxa de retorno do
mercado. Um exemplo de estratégia passiva é a indexação.

Na indexação, a carteira segue a performance de um índice de mercado


preestabelecido, como por exemplo o Ibovespa ou o CDI.

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A estratégia de gestão ativa envolve mudar o mix de investimentos
baseando-se na alteração das condições do mercado, procura capitalizar as
expectativas diferenciadas de gestores de ativos e obter taxas superiores
às do mercado.

A estratégia semi-ativa combina ambas as estratégias passiva e ativa.

Um exemplo seria uma indexação seguindo um índice acionário como o


Ibovespa, mas com atribuição de pesos maiores para as ações ou setores
que o investidor acredita que terão altos retornos no futuro.

Estratégica e Tática
No longo prazo, a adoção de uma alocação estratégica de ativos pode se
mostrar um tanto rígida.

Nesta alocação tática, tem-se o componente de market timing na carteira,


permitindo que se tire proveito de determinadas condições econômicas que
são mais favoráveis a uma determinada classe de ativos do que às outras.

A alocação tática de ativos pode ser considerada uma estratégia


moderadamente ativa, uma vez que o mix estratégico deve ser restabelecido
logo que se obtenha os resultados de curto prazo desejados.

Esta estratégia requer bastante disciplina do investidor ou gestor de


carteira, que deve ser o primeiro a perceber quando seus objetivos de curto
prazo foram atingidos para então restabelecer sua alocação de ativos de
longo prazo.

Na alocação estratégica, os ativos são distribuídos proporcionalmente aos


rendimentos esperados para cada classe de ativos no longo prazo.

Por exemplo, se historicamente as ações têm obtido um rendimento de 15%


a.a. e os títulos de renda fixa, 10% a.a., é razoável supor que uma carteira
com 50% em renda fixa e 50% em ações teria um retorno esperado de
12,50% a.a. no longo prazo.

Nesta estratégia, o investidor limita-se a comprar os ativos selecionados e


a mantê-los sem quaisquer ajustes posteriores, mesmo sabendo que
inevitavelmente haverá uma variação dos preços que acarretará um desvio
da política básica de alocação originalmente estabelecida.

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Dinâmica e Estática
Estratégica dinâmica:Reconhece que a performance dos ativos em um
período afeta a taxa de retorno requerida e o aceitável nível de risco para
períodos subsequentes (visão multiperíodo).

Estratégia estática: Os ativos são alocados de acordo com a Política de


Investimentos (IPS) estabelecida, pelo menos até a sua revisão (visão de
único período).

Rebalanceamento
O monitoramento da Política de Investimento (IPS) é muito importante, pois
podem ocorrer mudanças nos objetivos e restrições do cliente, o que
resulta em alterações na Alocação Estratégica, e consequentemente, na
gestão da carteira de investimentos. Essas mudanças podem incluir novos
objetivos, mudanças na renda (em função, por exemplo, da perda de um
emprego ou mesmo de uma promoção, que implique em rendas maiores), na
estrutura familiar (como o nascimento de um filho), existência de doença
ou acidente que resulte em maiores gastos, educação de filhos, etc. Sendo
assim, recomenda-se que a Política de Investimentos (IPS) seja revista pelo
menos uma vez por ano.

Desvios da Alocação Estratégica


O principal benefício de rebalancear a carteira é a manutenção da
exposição desejada aos fatores de risco sistêmico pelo investidor.

Se permitido que a carteira simplesmente tome seu próprio rumo, os ativos


com maior risco tendem a tomar o comando da carteira.

Por exemplo, enquanto as ações de uma carteira aumentam de valor, elas


passam a ter uma maior participação na carteira e o risco da carteira
aumenta proporcionalmente.

Apenas através do processo de rebalancear a carteira, pela venda de ações


e compra de títulos, a carteira retorna às suas características de risco e
retorno originais.

A boa performance pode fazer com que o cliente reaja às condições


temporárias de mercado (excesso de confiança) ao invés de seguir uma
estratégia disciplinada de longo prazo.

Certamente, deixar as ações inalteradas também pode levar o investidor a


não perceber que estão superavaliadas antes que elas caiam para os seus
valores intrínsecos. Isto pode ser considerado um potencial custo de não
rebalancear a carteira.

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REBALANCEAMENTO REGULAR
VS.
PERCENTUAL DA CARTEIRA
O rebalanceamento de uma alocação aos seus pesos alvos exige mais ou
menos negociações constantes.
Com a análise e negociações constantes vem os custos de transações e a
incapacidade de prever o melhor tempo para negociação (tempo aqui se
refere à capacidade de fornecer ao invés de exigir liquidez).

Ao invés de definir rígidos pesos alvos, os gestores definem os intervalos


admissíveis que consideram ideal para as classes de ativos.

Em seguida, para promover disciplina para o rebalanceamento da carteira,


os gestores podem adotar qualquer método de rebalanceamento como os
descritos a seguir:

Geralmente, a frequência de rebalanceamento depende da volatilidade da


carteira, mas às vezes o rebalanceamento é agendado para coincidir com as
datas de revisão.

Vantagem: A principal vantagem do rebalanceamento de calendário é que


ele oferece disciplina sem a necessidade de monitoramento constante.
Desvantagem: A desvantagem é que a carteira pode desviar
consideravelmente entre as datas de rebalanceamento e voltar à sua
alocação estratégica na data de rebalanceamento.

Estratégias Dinâmicas de Rebalanceamento (Buy and Hold, Constant Mix,


Constant Proportion Portfolio Insurance - CPPI)

Buy and Hold


Ao invés de uma estratégia dinâmica, em que o gestor rebalanceia a
carteira de acordo com alguma regra, a estratégia de Buy-and-hold é uma
estratégia por meio da qual não se faz nada.

Estratégia de Buy-and-hold: a estratégia de “Buy-and-hold” é ilustrada no


diagrama de retorno na figura a seguir. Em contraste a uma estratégia
dinâmica, que monitora e rebalanceia a carteira, a estratégia de Buy-and-
hold é passiva.

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Essa estratégia possui as seguintes características:

● Não é necessário um rebalanceamento (i.e. é uma estratégia de não se


fazer nada).
●A carteira inicial é de ações e títulos públicos de curto prazo. A proporção
de ações para o total de ativos é inicialmente fixada, mas é permitida sua
mudança de acordo com preço de ações.
● No gráfico, a inclinação de 0,6 indica de 60% dos ativos totais são
originalmente investidos em ações.
● O valor piso (intersecção no eixo y) será formado com todos os fundos
investidos em títulos públicos de curto prazo.

Constant Mix
Em contraste com a estratégia de Buy-and-hold, a estratégia de Constant
Mix (também chamada de pesos constantes) requer um rebalanceamento
constante da carteira para alocações especificadas, usando intervalos
percentuais ou datas de calendário.

Estratégia de Constantmix: a estratégia de Constantmix (ou alocação de


pesos constantes) é ilustrada no diagrama de retornos na figura a seguir.

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Essa estratégia possui as seguintes características:

● O percentual da carteira investido em ações é estabelecido entre um valor


entre zero a um, dependendo da aversão ao risco do cliente.
● O rebalanceamento é necessário para manter uma proporção constante
entre ações e total de ativos (Constant mix).
● Com o aumento do preço das ações, a proporção de ações para o total de
ativos aumenta, então ações devem ser vendidas.
● Por sua vez, com o declínio do preço de ações, a proporção de ações para
o total de ativos diminui, então ações devem ser compradas.
● Se as ações continuam desvalorizando, cada vez mais dinheiro é usado
para comprar ações. Em um extremo, o último real na carteira consiste da
proporção estabelecida entre dívida e ações (efetivamente a carteira vai a
zero).

A figura 3 mostra que a estratégia de Buy-and-hold tem um desempenho


melhor do que a estratégia de Constant Mix quando o mercado não sofre
reversões (mercado de tendência).

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Já a Figura 4 mostra que a estratégia de Constantmix tem um desempenho
melhor do que a de Buy-and-hold quando o mercado sofre reversões.

Esta estratégia não será lucrativa se o mercado continuar em uma direção


(para baixo ou para cima) porque, se o mercado continuar subindo e a
carteira possuir menos ações, os lucros serão menores.

No caso oposto (mercado em queda), a carteira terá mais ações e as perdas


tenderão a ser mais altas.

Um investidor pode optar por um portfólio que consiste de: 50% em ações e
50% em renda fixa. Com o passar do tempo, esses percentuais irão se
alterar devido às perdas e ganhos em cada investimento.

Por exemplo, passados seis meses de quedas nos mercados acionários, a


nova distribuição de sua carteira pode ser 30% em ações e 70% em renda
fixa.

Para manter a alocação percentual original, os ativos de um investimento


deverão ser liquidados (renda fixa) e reinvestidos no outro (ações). Este
processo chama-se rebalanceamento.

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Constant Proportion Portfolio Insurance (CPPI)
Na estratégia de Constant Proportion Portfolio Insurance(CPPI), a alocação
para ações é feita por uma fórmula. O investidor especifica um valor mínimo
(piso) para a carteira.

O gestor então aloca uma proporção constante de valor excedente de


carteira (valor acima do piso) em ações e o restante em títulos de renda
fixa.

Estratégia de Constant Proportion Portfolio Insurance (CPPI): Para as


estratégias de proporção constante, também conhecidas como Constant
Proportion Portfolio Insurance (CPPI), a equação usada para alocar o valor
de ações desejado é a seguinte:

$ em ações = m (TA – F)
Em que:

● m = multiplicador de investimento em ações (proporção);


● TA = total de ativos na carteira;
● F = o valor mínimo (piso) que o investidor estabelece para o valor da
carteira;
● (TA – F) = cushion ou fundos acima do nível mínimo ou piso.

As estratégias de proporção constante possuem as seguintes


características:

● O coeficiente de inclinação m é estabelecido em um valor maior que 1. O


valor piso tem um valor positivo que cresce ao decorrer do tempo.
● Invista uma proporção m do cushion (TA – F) em ações. Quando (TA – F) =
0, pare de investir em ações.

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Resumo: Tolerância ao Risco
Buy-and-hold: a tolerância ao risco do investidor é zero se os valores dos
bens do investidor caem abaixo do valor piso; caso contrário, a tolerância ao
risco sobe proporcionalmente com a riqueza. Isto é, enquanto o valor das
ações continuamente aumenta e estas se tornam uma crescente porção da
carteira, o risco da carteira aumenta, mas o investidor não faz nada para o
reduzi-lo.

Constant mix: quando o patrimônio é mantido em uma proporção constante


ao total valor da carteira, a tolerância ao risco relativa se mantém
constante. Entretanto, como o valor absoluto de ações aumenta com o
aumento do valor da carteira, dizemos que a tolerância ao risco absoluta do
investidor aumenta com (é positivamente relacionada com) a riqueza.

CPPI: a tolerância ao risco do investidor é parecida com a de Buy-and-hold.


A tolerância ao risco do investidor vai a zero quando o total de ativos cai
abaixo do valor piso.
Entretanto, a CPPI assume que a tolerância ao risco do investidor é mais
afetada por mudanças em níveis de riqueza do que a Buy-and-hold (por
exemplo, com o aumento das ações, a CPPI agressivamente compra mais
ações).

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