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Edição #302
Publicado em 07/12/2022
Resumo
Seguimos com a segunda parte da revisão semestral da carteira
recomendada de FIIs. Nesta semana, apresentamos mais sete ativos,
sendo quatro de tijolos e três de papéis. Também iniciamos a revisão
da lista alternativa positiva, com dois fundos de tijolos. Ao longo das
próximas semanas, comentaremos devidamente os demais ativos. Boa
leitura.
Destaques
Considerando as últimas emissões, podemos constatar a
consolidação da base de investidores (118,3 mil cotistas) e uma
liquidez média diária (R$ 1,2 milhão).
Conclusão
ALZR11 será mantido na carteira, considerando um DY
projetado entre 8,5% e 9% para os próximos 12 meses. É um
Fundo com baixo risco de crédito e grande previsibilidade.
Embora os pontos de atenção acima citados sejam relevantes
no médio prazo, o carrego está no campo positivo e, até que
estes primeiros vencimentos ocorram, entendemos que a
gestão terá crescido o portfólio o suficiente para diluir estes
riscos direcionais.
Destaques
Consolidação da tese voltada para Renda Urbana frente aos seus
pares, com uma elevada capacidade de geração de valor (renda +
ganhos) face à robustez do seu portfólio de cerca de 90 imóveis
diretos e indiretos (via outros FIIs). Assim, há evidências de
potenciais resultados acima dos laudos de avaliações (e inflação),
proporcionando taxas internas de retornos atrativas.
Conclusão
HGRU11 será mantido na carteira, considerando um DY
projetado entre 9,2% e 9,7% para os próximos 12 meses. Em
geral, o Fundo possui uma excelente relação entre risco e
retorno, com elevado potencial de ganhos não recorrentes nos
próximos anos, pela geração de renda, expansões e/ou vendas.
Logo, o fato de, atualmente, o HGRU11 negociar com desconto
patrimonial, apresenta-se como uma oportunidade que visa uma
carteira diversificada em FIIs com estratégia mista composta
entre renda e ganho de capital.
Destaques
Reservas acumuladas deverão ser suficientes para manter o atual
patamar de distribuição mensal e potencialmente elevá-la ao longo
dos próximos meses.
Pontos de atenção
O nível de alavancagem sugere acompanhamento, embora a gestão
tenha reforçado não haver necessidade de emissões, lembrando
ainda que o Fundo conquistou espaço para a prática da gestão ativa
(venda de participações) e que há uma emissão em andamento que
deverá melhorar a sua estrutura de capital.
Conclusão
MALL11 será mantido na carteira, considerando um DY
projetado entre 9,3% e 9,8% para os próximos 12 meses,
valendo-se, inclusive de uma previsão bastante conservadora.
Embora ainda tenhamos cenários macroeconômico e políticos
desafiadores, seguimos otimistas com o setor de shoppings
centers no Brasil. Entendemos que este Fundo tem relevante
potencial de destravar valor com venda de ativos ou mesmo
pelo aumento orgânico das distribuições ao longo de 2023, face
à consolidação que temos reconhecido nos indicadores
operacionais nestes últimos meses.
Destaques
Alta qualidade dos CRIs em função da capacidade de originação e
estruturação da Mauá, lembrando que foi anunciada uma alocação
recente a IPCA + 9,25%. Assim, 86% do PL está em CRIs, 12% em
FIIs e 2% em caixa Com base no último Relatório Gerencial não
Previsibilidade face ao modelo de reconhecimento de resultados,
permitindo a apresentação de guidance de rendimentos nos
Relatórios Gerenciais.
Pontos de atenção
Taxa média ponderada em IPCA + 7% e reservas acumuladas
deverão sustentar a distribuição até o 1T23. Todavia, é importante
que os investidores entendam que a deflação sequencial “corroeu” o
IPCA retido e uma eventual mudança na renda poderá ser redefinida
ao passo que conheçamos a inflação dos próximos meses.
Conclusão
MCCI11 será mantido na carteira, considerando um DY
projetado entre 10,50% e 11,50% para os próximos 12 meses,
valendo-se de uma potencial redução da renda-base a partir do
1T23. É um Fundo em que temos conforto em função da
qualidade de crédito e da gestão, embora saibamos que os
custos elevados tenham sido detratores durante certo período.
Excluindo este ponto, o MCCI11 se apresenta como uma
alternativa defensiva por ter CRIs com garantias e LTVs (Loan to
Value) bem ajustados. Em tempo, o Fundo negocia em linha o
VP/cota.
Destaques
Consolidação com PL de R$ 2,5 bilhões, 177 mil cotistas e liquidez
média diária de R$ 6 milhões. São cerca de 95 CRIs no portfólio e
dois FIIs, valendo-se da premissa histórica de celeridade nas
alocações de recursos.
Pontos de atenção
Por ter um regime de distribuição mais sensível às variações da
inflação (80% do PL), os rendimentos foram impactados pelas
deflações sequenciais. Porém, ao consideramos o histórico de
distribuição, entendemos que o Fundo tenha uma relação entre risco
e retorno adequada quando comparado aos seus pares.
Conclusão
RECR11 será mantido na carteira, considerando um DY
projetado entre 12% e 13% para os próximos 12 meses. Aos
preços atuais, considerando uma relação P/VP de 0,90, o Fundo
se torna uma ótima opção face ao seu perfil moderado (Middle
Risk) . Avaliamos que o RECR11 terá rendimentos melhores
com uma sequência de inflação no campo positivo, além do
ajuste direcional em cerca de 20% do PL da gestão para
operações indexadas ao CDI nos últimos meses.
VRTA11 – Fator Verità
Destaques
Direcionamento dos ativos para um perfil conservador com a
redução de riscos, visando maximizar a taxa ponderada o prazo
médio (5,19 anos).
Pontos de atenção
Há 11% alocados em sete FIIs: QAMI, GAME, HGCR, CCRF,
MGCR, EQIR, RBRY. Embora não sejam ativos riscos direcionais
elevados, é importante que não se ultrapasse 10%, até para que o
perfil fique mais direcionado em ser um “puro-sangue” FII de CRI.
Conclusão
VRTA11 será mantido na carteira, considerando um DY
projetado entre 11% e 12% para os próximos 12 meses.
Considerando hoje o seu porte, liquidez e diversificação interna,
o Fundo se apresenta como uma boa alternativa entre as
opções disponíveis no mercado. Ademais, reforçamos a
capacidade de originação e controle do time de gestão. Por fim,
há evidências de que as dificuldades quanto à celeridade das
alocações após ofertas ficaram mesmo no passado, ou seja, a
FAR vem conseguindo direcionar os recursos com
XPML11 – XP Malls
Destaques
Consolidação de um portfólio com ótima
qualidade (premium), deixando-o melhor defendido face ao cenário
atual.
Pontos de atenção
Monitorar o patamar da alavancagem orbitando entre 20% e 25%
pelos próximos meses, face à entrada de recursos com esta nova
emissão em andamento e, por consequência, realizar pagamentos
antecipados de parte dos CRIs que foram emitidos visando financiar
as últimas aquisições.
Conclusão
XPML11 será mantido na carteira, considerando um DY
projetado entre 9,5% e 10% para os próximos 12 meses.
Avaliamos ser um retorno excelente face à qualidade do
portfólio frente aos seus resultados operacionais consolidados.
alavancagem até o fim da atual oferta em andamento. De toda
forma, estamos ainda mais otimistas com a (futura) estrutura de
capital do Fundo desde a última revisão da carteira. Por
consequência, entendemos que a renda-base, valendo-se de
reservas acumuladas, deixa-nos confortáveis em projetar o DY
acima destacado.
Pontos de atenção
A gestão poderia melhorar as informações quanto às reservas
acumuladas nos relatórios gerenciais, bem como apresentar
previsões de guidances semestrais de distribuições, sobretudo pelo
alcance face aos atuais 240 mil cotistas.
Conclusão
KNRI11 será mantido na lista alternativa, considerando um DY
projetado entre 7,8% e 8,3% para os próximos 12 meses.
Embora seja um retorno relativamente baixo frente ao mercado,
entendemos que este FII carrega um viés defensivo quando
comparado aos seus pares. A maturidade do portfólio oferece
conforto quanto à tese, embora seja esperada uma gestão mais
ativa para 2023/24.
LVBI11 – VBI Logístico
Destaques
Embora seja um Fundo novo (nov/18), a gestão vem conseguindo
gerar valor com portfólio estável e defensivo. Ainda, as despesas
operacionais representam cerca de 11% das receitas, o que é
adequado em função do seu porte.
Pontos de atenção
Embora a vacância física seja de 2,4% e a financeira de apenas
1,5%, é importante que a gestão comercial continue atuante,
especialmente nos imóveis Itapevi e Aratu.
Conclusão
LVBI11 será mantido na lista alternativa, considerando um DY
projetado entre 9% e 9,5% para os próximos 12 meses.
Avaliamos ser um retorno adequado e uma oportunidade aos
investidores face à qualidade da gestão e portfólio. Ademais, a
relação P/VP em 0,89 reforça a margem de segurança para quem
busca uma combinação ajustada entre renda e potencial ganho
de capital ao longo deste próximo ciclo.
Por fim, queremos reforçar a importância do envio de perguntas pelo
formulário disponível na Área do Investidor, especialmente neste
período de revisão da carteira (e lista alternativa), para que possamos
esclarecer as dúvidas em nosso plantão, realizado às quartas-feiras
pela manhã (10h). É fundamental que os assinantes busquem esta
interação visando estarem cada vez mais seguros quanto aos seus
investimentos.
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