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Administr A Cao Manu Ten Cao
Administr A Cao Manu Ten Cao
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Administração da manutenção
Administração da manutenção
© SENAI-SP, 2002
Trabalho revisto e atualizado pela Gerência de Educação da Diretoria Técnica do SENAI-SP, a partir de
conteúdos extraídos da apostila Manutenção/Lubrificação, do curso Formação de Supervisores de
Primeira Linha/Coordenadores de Equipe.
Equipe responsável
Coordenação Dario do Amaral Filho
Revisão e atualização Aparecido Campos
Edson Mitsuji Imamura
Jair Esteves Alavase
Joaquim Mikio Shimura
Digitalização Unicom - Terceirização de serviços Ltda.
E-mail senai@sp.senai.br
Home page http://www.sp.senai.br
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Administração da manutenção
Sumário
Objetivos 5
Conceitos e métodos preventivos 7
TPM e Controle da manutenção 35
Administração de materiais 57
Administração da manutenção 81
Referências bibliográficas 107
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Administração da manutenção
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Administração da manutenção
Objetivos
SENAI-SP - INTRANET 5
Manutenção/Lubrificação
6 SENAI
Administração da manutenção
Conceitos e métodos
preventivos
Introdução
E não poderia ser diferente, visto que o bom estado das máquinas é responsável direto
pela qualidade do produto. Assim, os responsáveis pela produção acabaram
compreendendo que além de terem as máquinas disponíveis eles precisam delas
confiáveis.
Por outro lado, prevenir tão bem a ponto de chegar-se a 100% de funcionamento
confiável no futuro previsível é utopia. Porém, nada impede que se busque este
desempenho, uma vez que as técnicas de manutenção já evoluíram o bastante para
isso.
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Administração da manutenção
Conceitos básicos
Manutenção
São todas as ações necessárias para que um equipamento, máquina ou componente
seja conservado ou restaurado de modo a poder permanecer de acordo com uma
condição especificada.
Defeito
São ocorrências nos equipamentos que não impedem seu funcionamento, mas
diminuem o rendimento e podem acarretar indisponibilidade a curto ou longo prazo.
Falha
São ocorrências nos equipamentos que causam a indisponibilidade, ou seja, é a
quebra do equipamento.
Confiabilidade
É a probabilidade de bom funcionamento.
Manutenibilidade
É a probabilidade de duração dos serviços de manutenção.
Através de um indicador a produção pode saber quanto tempo a máquina ficará parada
quando quebrar.
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Administração da manutenção
Disponibilidade
É a probabilidade de assegurar a execução
de um plano de produção.
MTBF
D= x 100
MTBF + MTTR
onde:
D = disponibilidade porcentual
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Administração da manutenção
Prioridade
O conceito genérico de prioridade é a qualidade do que está em primeiro lugar ou
daquilo que deve ser atendido preferencialmente.
Emergencial(1)
O atendimento deve ser imediato, pois a produção parou ou há condição insegura de
trabalho.
Urgente(2)
O atendimento deve ser feito o mais breve possível, antes de se tornar uma
emergência. É o caso de a produção ser reduzida ou estar ameaçada de parar em
pouco tempo ou, ainda, o perigo de ocorrer condição insegura do trabalho.
Necessária (3)
O atendimento pode ser adiado por alguns dias, porém não deve ser adiado mais que
uma semana.
Rotineira (4)
O atendimento pode ser adiado por algumas semanas, mas não deve ser omitido.
Prorrogável (5)
O atendimento pode ser adiado para o momento em que existam recursos disponíveis
e não interfira na produção e nem no atendimento das prioridades anteriores. É o caso
de melhoria estética da instalação ou defeito em equipamento alheio à produção.
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Administração da manutenção
Divisões da manutenção
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Administração da manutenção
Manutenção corretiva
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Administração da manutenção
Exemplo:
Se um componente (rolamento, engrenagem, contador, etc.) falha, a “corretiva
costumeira” apenas troca o componente.
Manutenção preventiva
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Administração da manutenção
Note ainda que antes de ser iniciado o programa preventivo, deve ser estabelecido um
padrão de produtividade confiável para que se tenha condições de avaliar o programa.
14 SENAI-SP - INTRANET
Administração da manutenção
Deve ser feita a detecção dos potenciais de redução de custos como a constatação de
atividades sem planejamento que podem e devem ser planejadas. Também deve ser
feita a análise das cargas de trabalho semanais a fim de serem notados desequilíbrios.
Deve ser feito o detalhadamento dos objetivos para cada segmento da manutenção. E
quanto as funções, elas devem ser desempenhadas de acordo com a experiência dos
mantenedores, isto é, o mantenedor deve começar como ajudante e gradativamente ir
desempenhando funções mais complexas.
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Administração da manutenção
Implantação do controle
Significa colocar em prática um esquema que possa avaliar a atuação da manutenção
preventiva e, ainda, oriente tomadas de decisão.
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Administração da manutenção
• Custos
Rotina de inspeção preventiva
Na indústria, a rotina de inspeção preventiva é controlada por fichas, por isso para
estudar o assunto será apresentado um exemplo de ficha de rotina de inspeção da
manutenção preventiva.
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Administração da manutenção
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Administração da manutenção
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Administração da manutenção
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Administração da manutenção
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Administração da manutenção
Por meio do quadro abaixo pode-se ter uma idéia do ciclo de manutenção preventiva.
É mostrada a marcação dos horímetros e uma estimativa em anos de trabalho.
Para o referido quadro foi considerada uma solicitação de 70% para o horímetro de
operação, 44 horas para a semana e ano de 50 semanas.
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Administração da manutenção
- -
Quantidade de turnos Horímetros
3 2 1 Tarefa
Contínuo De operação
Anos de trabalho
- -
- 16.000 - 11.200 inspeção MF 01
- -
- -
- -
- -
- 17.000 - 11.900 inspeção MF 01
- -
- -
o o
4 ano-- -8 ano- --- -
- -
- 18.000 - 12.600 execução MF 01 + inspeção MF 02
- -
- -
- -
- -
- 19.000 - 13.300 inspeção MF 01
- -
- -
o o
3 ano- ----------- -9 ano- --- -
- -
- 20.000 - 14.000 inspeção MF 01
- -
- -
- -
- -
- 21.000 - 14.700 execução MF 01
- -
- -
- -
- -
o o
5 ano-- -10 ano --- 22.000 - 15.400 inspeção MF 01
- -
- -
- -
- -
- 23.000 - 16.100 inspeção MF 01
- -
- -
- -
- -
- 24.000 - 16.800 execução MF 02(reforma)
A prática tem mostrado que resultados palpáveis somente são obtidos após 30 a 36
meses de implantação do programa de manutenção preventiva.
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Administração da manutenção
• Valor dos sobressalentes para manutenção ⇒ deve ficar entre 20 e 25% do valor
total do estoque da empresa.
• Materiais de preventiva com risco do estoque chegar a zero ⇒ não deve exceder a
4% dos materiais em estoque para preventiva.
Determinação de periodicidade
O período de intervenção preventiva pode ser determinado com base no MTBF, se ele
for conhecido.
Obviamente, esta é apenas uma sugestão teórica para dar referência aos trabalhos
iniciais. O conhecimento da máquina e a experiência da manutenção definirão os
tempos.
Fazer exercícios 1 e 2
Manutenção preditiva
24 SENAI-SP - INTRANET
Administração da manutenção
Os estudos para determinação do chamado ponto preditivo são feitos de duas formas:
análise estatística e análise de sintomas. A figura abaixo ilustra o ponto preditivo em
função da especificação de origem (E) e do tempo(t).
Análise estatística
É importante salientar que a taxa de falhas deve excluir as falhas extrínsecas ao item
da máquina analisado, tais como panes devido a instruções não respeitadas,
deficiência no manejo ou acidentes externos (inundações, incêndios, etc.).
SENAI-SP - INTRANET 25
Administração da manutenção
A taxa de falhas é determinada pela fórmula abaixo e sua unidade é falhas por hora
ou, ainda, falhas por lote produzido.
N 1
λ= ou λ =
t MTBF
N = número de falhas
t = duração do uso (expresso em horas ou número de lotes produzidos)
Vida útil
É o período durante o qual um equipamento opera com uma taxa de falhas aceitável,
ou ainda, o período em que o equipamento apresenta um percentual de risco de falha
igual ou menor que um limite estabelecido.
Curva da banheira
É uma curva que mostra o ciclo de vida de um equipamento segundo a relação taxa de
falhas (λ) versus tempo (t).
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Administração da manutenção
Análise de sintomas
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Administração da manutenção
Exemplos de aplicação
Exemplo 1
Nas plantas de processo contínuo tem-se, para os equipamentos mais críticos, a
preditiva com monitoramento contínuo.
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Administração da manutenção
Exemplo 2
Nas metalúrgicas e outras manufatureiras (empresas de processo discreto) geralmente
os componentes mais sensíveis das máquinas são os rolamentos. Por isso, foram
desenvolvidos programas de monitoramento dos rolamentos.
Exemplo 3
Em sua forma mais simples, o ponto preditivo pode ser determinado apenas com uma
lâmpada de alarme e um sensor. Este, deve permitir a passagem de corrente elétrica
quando o elemento monitorado atingir o nível de alarme.
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Administração da manutenção
Terotecnologia
30 SENAI-SP - INTRANET
Administração da manutenção
Preencha o quadro
Atividade Contínuo De operação
• Inspeção com máquina operando
• Inspeção com máquina parada
• Execução tipo 1
• Execução tipo 2
Exercício 2
Considere a seguinte situação:
• Você foi encarregado de selecionar equipamentos para entrar no programa de
manutenção preventiva.
• Programa está planejado para duas etapas. Na primeira, serão incluídas as
máquinas mais importantes e na segunda, outras máquinas que precisam de
preventiva mas podem esperar. Note que algumas, devido as suas características,
nunca precisarão entrar no programa.
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Administração da manutenção
Exercício 3
Calcule a disponibilidade de uma furadeira multifuso que, durante um ano, deveria ter
trabalhado 5.200 horas e teve intervenções de manutenção conforme quadro abaixo:
Intervenções
Qtde Tempo de cada
5 15 h
4 20 h
3 18 h
1 21 h
1 25 h
1 35 h
1 30 h
Questionário - resumo
2. O que é confiabilidade?
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Administração da manutenção
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Administração da manutenção
34 SENAI-SP - INTRANET
Administração da manutenção
TPM e Controle da
manutenção
Objetivos da TPM
Esse objetivo global tem por subitens a melhoria da natureza das pessoas e das
máquinas e equipamentos.
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Administração da manutenção
Manutenção autônoma
36 SENAI-SP - INTRANET
Administração da manutenção
Aplicação do 5S
O programa 5S é a base da TPM. Ele visa em primeiro lugar assegurar a confiabilidade
dos equipamentos. Seu desenvolvimento é o mesmo já estudado no método JIT.
Por outro lado, quando se trata da manutenção, o programa dos 5S pode ser
expandido para 8S. É o que muitas empresas japonesas fazem, criando modos de
verificar e avaliar através de 8S.
Os fatores que prejudicam o bom rendimento operacional das máquinas podem ser
reunidos em 6 grupos. Estes são conhecidos como as 6 grandes perdas. A eliminação
das perdas é obrigatória para o sucesso da TPM.
A figura da página seguinte mostra as perdas, seus efeitos sobre o tempo disponível e
as ações para eliminar. Os indicadores também aparecem mas serão estudados mais
adiante.
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Administração da manutenção
38 SENAI-SP - INTRANET
Administração da manutenção
A idéia da quebra zero baseia-se no conceito de que a quebra é a falha visível. Falha
esta motivada por uma coleção de falhas não visíveis à semelhança de um “iceberg”
(figura abaixo). Logo, se operadores e mantenedores estiverem conscientes de que
devem evitar as falhas não visíveis, a quebra deixará de ocorrer.
As falhas não visíveis costumeiramente deixam de ser detectadas por dois motivos:
físicos e psicológicos.
Motivos físicos
As falhas não são visíveis por estarem em local de difícil acesso ou encobertas por
sujeiras e detidos.
Motivos psicológicos
As falhas deixam de ser detectadas devido à falta de interesse ou à falta de
capacitação dos operadores ou dos mantenedores.
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Administração da manutenção
Implantação da TPM
Deve fazer parte do planejamento estratégico da empresa. Uma vez que, sem a
participação de todos, será impossível realizar as mudanças de modo adequado.
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Administração da manutenção
2º fase Introdução
4º fase Consolidação
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Administração da manutenção
Treinamentos necessários
A fim de atingir os objetivos traçados é necessária a capacitação de mantenedores e
operadores.
O papel da manutenção
O setor de manutenção é de quem dá o suporte lógico e operacional para a TPM. As
tarefas da manutenção compreendem:
• Preparar as rotinas a serem cumpridas pelos operadores;
• Preparar e ministrar os treinamentos para os operadores;
• Expandir e melhorar continuamente o desenvolvimento da manutenção planejada;
• Assessorar e controlar a implantação da manutenção autônoma;
• Fazer a verificação rotineira do andamento da manutenção autônoma;
• Desenvolver programa para ajustes e melhorias das rotinas de conservação.
Onde:
CL = custo do investimento
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Administração da manutenção
CO = custo de operação
CM = custo de manutenção
CP = custo com a perda de produção
N= número de anos de vida útil
CL - Custo do investimento
É a soma dos investimentos em:
• Custo da máquina ou equipamento;
• Construção civil;
• Instalação elétrica;
• Sobressalentes;
• Ferramentas e equipamentos de manutenção;
• Documentação;
• Treinamento dos primeiros operadores e mantenedores.
CO - Custo de operação
É a soma dos custos com:
• Pessoal de operação;
• Energia;
• Materiais para operação;
• Transporte;
• Treinamento dos operadores.
CM - Custo de manutenção
É a soma dos custos com:
• Pessoal de corretiva;
• Material de corretiva;
• Pessoal de preventiva;
• Material e equipamentos de preventiva;
• Reforma (pessoal e material);
• Treinamento dos mantenedores para continuar o ciclo.
SENAI-SP - INTRANET 43
Administração da manutenção
Indicadores de desempenho
O melhor indicador para averiguar-se o desempenho da TPM é o rendimento
operacional global. Ele é um valor percentual calculado para 1 dia, 1 mês, 1 semestre
ou 1 ano e, para determiná-lo, é preciso calcular antes:
• Índice do tempo operacional;
• Índice do rendimento operacional;
• Índice de produtos aprovados.
TT − TP
ITO =
TT
IRO = IV x IOE
IV = índice de velocidade
IOE = índice de operação efetiva
Índice de velocidade
TCT
IV =
TCE
QPxTCE
IOE =
TT − TP
QP = quantidade produzida
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Administração da manutenção
QTP − D
IPA =
QTP
Exemplo:
Cálculo do rendimento operacional global para 1 dia de trabalho de uma retificadora de
produção.
Jornada diária = 60 min. x 8h = 480 min.
Tempo de parada programada = 20 min.
Tempo total = TT = 480 min. = 20 min. = 460 min.
Tempo de parada não programada = 60 min.
0,5min/peç a
IV = = 0,625
0,8min/peç a
400pç x 0,8min/pç
IOE = = 0,8
460min − 60min
SENAI-SP - INTRANET 45
Administração da manutenção
Como se pode notar o ROG é baixo, pois as indústrias manufatureiras operam com um
índice de 50 a 60%.
Exercício
Calcular o rendimento operacional global de uma fresadora de produção segundo os
dados abaixo. Após os cálculos, faça uma análise e comente os pontos positivos e os
negativos do atual processo.
• Calcular para 1 mês;
• Jornada mensal = 22 dias de 8 horas;
• Paradas programadas = 8 horas;
• Paradas não programadas = 20 horas;
• Tempo de ciclo teórico = 1,5 min/pç;
• Tempo de ciclo efetivo =-2 min/pç
• Quantidade produzida = 4.100 peças;
• Quantidade de peças defeituosas = 123 peças.
Controle da manutenção
Tem como objetivo obter informações para orientar tomadas de decisões quanto a
equipamentos e a grupos de manutenção. Faz isso por meio da coleta e tabulação de
dados, aperfeiçoamento a interpretação dos resultados e criando padrões de trabalho.
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Administração da manutenção
Controle manual
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Administração da manutenção
Controle semi-automatizado
É o sistema no qual a intervenção preventiva é controlada com o auxílio do
computador e a intervenção corretiva obedece ao controle manual (figura abaixo).
A fonte de dados desse sistema deve fornecer todas as informações necessárias para
serem feitas as requisições de serviço, incluindo as rotinas de inspeção e execução. O
principal relatório emitido pelo computador deve conter no mínimo:
• Tempo gasto e previsão;
• Serviços realizados;
• Serviços reprogramadas (adiados);
• Serviços cancelados.
Esses são dados fundamentais para a tomada de providência por parte da supervisão.
48 SENAI-SP - INTRANET
Administração da manutenção
Controle automatizado
É o sistema em que todas as intervenções da manutenção têm seus dados
armazenados pelo computador, para que se tenha listagens, gráficos e tabelas
periódicas para análise e tomada de decisão, conforme a necessidade e conveniência
dos vários setores da manutenção.
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Administração da manutenção
Custos da manutenção
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Administração da manutenção
Assim, um custo numericamente baixo não significa manutenção com custos mínimos
ou racionalizados. É necessário sempre considerar os critérios empregados no
levantamento dos custos para avaliar os reais gastos com manutenção.
Comparação de custos
SENAI-SP - INTRANET 51
Administração da manutenção
52 SENAI-SP - INTRANET
Administração da manutenção
Questionário - resumo
2 Analise a situação abaixo e informe qual dos passos para melhoria, previstos pela
TPM, pode resolver o problema.
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Administração da manutenção
54 SENAI-SP - INTRANET
Administração da manutenção
Administração de materiais
Sendo assim, é uma atividade fundamental para toda a organização que produz bens e
serviços.
Materiais produtivos
São materiais que constituirão o produto a ser fabricado, ou seja, a matéria-prima.
Materiais improdutivos
São os materiais usados na fábrica de modo geral; os de consumo indireto na
produção e os materiais de manutenção.
Classificação ABC
Com o objetivo de reduzir os investimentos em estoques, controlá-los seletivamente e
diminuir os riscos de falta de material foi desenvolvida a classificação ABC, também
chamada curva ABC de materiais.
O valor de uso é o produto do custo unitário do material pela sua média de consumo.
Os materiais de baixo valor de uso, classe C, podem operar com altos estoques de
segurança e controles simples.
56 SENAI-SP - INTRANET
Administração da manutenção
Há ainda, a classe B que deve operar com médio estoque de segurança e médio
controle.
Classes
Eixo
A B C
valor de uso (ordenada) 70 a 80% 10 a 20% 5 a 10%
Número de itens de estoque (abscissas) 5 a 10% 10 a 20% 70 a 85%
Estoque de segurança
É um estoque feito propositadamente em demasia para que possa atuar como
proteção contra previsões inexatas e outras eventualidades. Ele é indispensável
quando se deseja que a manutenção mantenha seu fluxo contínuo e atenda
rapidamente as necessidades da produção.
Onde:
Es = estoque de segurança
C = consumo médio (mensal, anual, etc.)
Fa = fator arbitrário, expresso na mesma unidade de tempo usada em C.
SENAI-SP - INTRANET 57
Administração da manutenção
Estoque máximo
Administrar materiais pelo sistema de estoque máximo é ter risco apenas acidental de
atingir o estoque zero.
Onde:
C = consumo médio
T = prazo de entrega do fornecedor
Es = estoque de segurança
58 SENAI-SP - INTRANET
Administração da manutenção
Exemplo:
Uma empresa deseja manter um estoque máximo durante dois meses de um produto
para atender os serviços de manutenção. O consumo mensal é de 50 peças e o prazo
de entrega do fornecedor é de seis meses.
Calcular: Es, L, Qo e Q1
Solução:
Es = C . Fa
Es = 50 . 2 = 100 peças
L = C . T + Es
L = 50 . 6 + 100 = 400 peças
Qo = C . T + 2Es
Qo = 50 . 6 + 200 = 500 peças
Q1 = C . T
Q1 = 300 peças
Note que o pedido inicial é maior que todos os outros pedidos pois é preciso um tempo
de adaptação dos setores envolvidos.
SENAI-SP - INTRANET 59
Administração da manutenção
Onde:
t = é um tempo necessário para que um novo pedido seja aprovado e chegue até o
fornecedor.
t = pode ser também um prazo que completamente o intervalo entre dois pedidos
feitos pelo lote econômico.
Os materiais que devem ser administrados pelo estoque máximo são os da curva ABC
que não possuam substitutos temporários e interfiram diretamente na produção, como
rolamentos especiais, válvulas, etc.
Estoque mínimo
Administrar materiais pelo estoque mínimo é admitir um risco de 15% do estoque
chegar a zero. Este sistema trabalha com a previsão de um novo suprimento ocorrer
quando a última peça for usada.
Os materiais de manutenção que devem ser administrados pelo estoque mínimo são
os materiais classe A e B que não interfiram diretamente na produção e, ainda,
possam ser substituídos temporariamente, como o caso de estopa e lâmpadas
comuns.
60 SENAI-SP - INTRANET
Administração da manutenção
Estoque médio
Administrar materiais pelo estoque médio significa admitir um risco de 3% do estoque
chegar a zero.
Este sistema trabalha com a previsão do novo suprimento ocorrer quando o estoque
de segurança atingir 50% do seu número de produtos.
SENAI-SP - INTRANET 61
Administração da manutenção
Para estes materiais não são feitos inventários e seu custo é diluído no custo da
manutenção.
Sobressalente crítico
É um elemento de grande interferência na produção, não tem demanda normal
prevista e, geralmente, depois de encomendado, tem longo prazo de espera para sua
entrega; portanto sua estocagem deve ser prioritária.
Esses materiais devem ser analisados com muito cuidado quando entrarem para
estoque. E, a cada cinco anos, devem sofrer uma nova análise.
Nível 1/0
Existe um sobressalente em estoque e, quando ele for utilizado, deve-se comprar ou
fabricar outro.
Nível 2/1
Existem dois sobressalentes em estoque e, quando um for utilizado, deve-se comprar
ou fabricar outro.
Como a probabilidade de falha do fuso é pequena a curto prazo, ele está no nível 1/10.
Interferência X
É classificado nesta categoria o material que não interfere no processo produtivo ou
interfere mas não causa descontinuidade do processo.
62 SENAI-SP - INTRANET
Administração da manutenção
Nesse último caso, existe o reserva imediato (estepe ou “stand by”) ou existe material
equivalente para substituição sem prejuízo da qualidade do processo, exemplos:
parafuso, pino, bomba de refrigeração com “stand by”.
Interferência Y
É classificado nesta categoria o material que se falhar prejudica, em parte, o processo
produtivo, pois reduz a quantidade produzida (em 15% no máximo) porém não impede
a fabricação do produto.
Esse material não possui equivalente para substituição e pode ser mantido pelo
sistema de estoque médio. Exemplo: fusíveis em geral.
Interferência Z
É classificado nesta categoria o material cuja falha ocasiona parada do processo, ou
seja, sua interferência é direta no processo produtivo, por isso não deve faltar.
Exemplos: correntes, acoplamentos, etc.
Lote econômico
A determinação do nível de estoque mais econômico deve-se ao fato de alguns custos
crescerem com o aumento do estoque e outros diminuírem.
A determinação do lote econômico deve ser fruto de uma boa análise feita por
compras, almoxarifado e manutenção.
Observação
O quadro abaixo mostra o inter-relacionamento dos vários sistemas expostos na
administração de estoques para manutenção.
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Administração da manutenção
Análise de sobressalentes
Passo 1
64 SENAI-SP - INTRANET
Administração da manutenção
Passo 2
Passo 3
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Administração da manutenção
Cuidados na armazenagem
Diodos e transístores
Devem ser guardados com as pontas curto-circuitadas para que a eventual ionização
do ar em volta não cause estragos internos.
Correias de borracha
Devem permanecer deitadas e com temperatura controlada entre 20 e 24º C.
Motores de reserva
Devem ser guardados em temperatura ambiente de 40ºC em ambiente de baixíssima
umidade para evitar a condensação de água em seu interior nas primeiras horas de
funcionamento.
66 SENAI-SP - INTRANET
Administração da manutenção
Outro cuidado importante é o de girar seus eixos (com a mão) a cada 30 ou 45 dias
para evitar danos aos rolamentos.
Rolamentos
Devem permanecer deitados a fim de evitar a corrosão eletrônica, que haverá assim
que se seu peso consiga romper o filme lubrificante entre o corpo rolante e a capa,
caso sejam mantidos em pé.
Especificação e codificação
Especificação
Elaborar a especificação para adquirir sobressalentes e materiais para manutenção é
sempre um trabalho demorado e criterioso. Pode ser necessário desmontar o
equipamento para levantar croquis ou, então, no caso de material crítico é preciso
definir quando fazer a especificação.
Codificação
Um sistema de codificação bem escolhido deve indicar a finalidade do material
(equipamento no qual será usado) e ser o mais simples possível.
SENAI-SP - INTRANET 67
Administração da manutenção
AA.BB.CCCCCC - D
AA - classe
BB - subclasse
CCCCCC - número sequêncial
D - dígito de controle
Essa estrutura atende aos três tipos de materiais existentes no almoxarifado, a saber:
• Matéria-prima;
• Material de consumo;
• Sobressalentes de manutenção.
Classe e subclasse
Para os dois primeiros tipos de materiais, a classe será estabelecida conforme sua
natureza. A subclasse será definida pela especificação genérica do material.
Exemplos:
12.20.CCCCCC - D
12.32.CCCCCC - D
Onde:
12 = classe dos materiais ferrosos
20 = subclasse do aço ABNT 1010
32 = subclasse do aço-prata
07.20.CCCCCC - D
07.40.CCCCCC - D
Onde:
07 = classe dos lubrificantes e acessórios para lubrificação
20 = subclasse dos óleos hidráulicos
40 = subclasse dos filtros
68 SENAI-SP - INTRANET
Administração da manutenção
Exemplos:
50.15.CCCCCC - D
50.10.CCCCCC - D
50.13.CCCCCC - D
Onde:
50 = classe de sobressalentes de uso geral
15 = subclasse dos anéis elásticos
54 = classe dos tornos automáticos
10 = subclasse dos retentores
13 = subclasse dos rolamentos de esferas
Número sequêncial
Esse número pode ir de 000001 a 999999 independentemente da classe e subclasse
e, na prática, passa a ser o número de identificação do material, pois a classe e a
subclasse são muito importantes como dados cadastrais e usos em relatórios e
estudos estatísticos.
Exemplos:
De 010.000 a 049.999 -mecânica
De 050.000 a 099.999 -elétrica
De 200.000 a 299.999 -limpeza, segurança e higiene.
Dígito de controle
Usado nos sistemas computadorizados, é fornecido pelo próprio programa de
estocagem do computador, quando se estabelece o código pela primeira vez.
SENAI-SP - INTRANET 69
Administração da manutenção
Fluxo de informações
Aplicação direta
Materiais que, mesmo constando da lista do almoxarifado, não passam por ele.
70 SENAI-SP - INTRANET
Administração da manutenção
Aplicação temporária
Materiais que, sendo item de estoque ou não, ficam empenhados numa ordem de
serviço por algum tempo. É o caso de materiais usados em reformas, instalações ou
projetos que precisam ficar estocados até que se complete o lote compra ou se tenha a
disponibilidade de mão-de-obra para a execução do serviço.
Aplicação transitória
É o caso de materiais que serão substituídos por outros mais modernos ou eficientes.
Esses materiais terão utilização até esgotar o estoque. E após um período (um ano por
exemplo), os ainda restantes serão postos a venda ou sucatados.
Não deve ser permitido o uso do material substituído antes que as condições de
estoque zero ou prazo sejam satisfeitas.
Aplicação normal
É o caso de materiais de uso comum, com rotatividade normal considerados os
padrões da empresa.
Aplicação prioritária
Trata-se, nesse caso, dos sobressalentes críticos.
Compra de sobressalentes
C+ A +E+S
I=
V
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Administração da manutenção
Onde:
C = custo da compra
A = custo administrativo da compra, formado por papéis, hora-comprador, etc.
E = custo administrativo do estoque que, formado por hora-almoxarife, requisições,
etc.
S = custo da substituição
V = tempo de vida útil
Observação
Para calcular o custo de substituição de um sobressalente, considera-se o maior
período de vida útil oferecido pelos fornecedores, ou seja, entre várias alternativas de
vida útil oferecidas pelo mercado, custeia-se a substituição pela maior, custo dos
outros sobressalentes de vida útil menor, será calculado proporcionalmente.
Assim, se um componente com 120 dias de vida útil tem um custo de substituição de
$ 8,00, outro componente com 60 dias de vida útil custará $ 16,00.
Exemplo:
Custo de utilização
C A E
Fornecedores V(dias)
$
O primeiro passo é calcular o custo de substituição (S). Para isso busca-se esse custo
junto à gerência de manutenção e multiplica-se pelo tempo necessário ao serviço.
72 SENAI-SP - INTRANET
Administração da manutenção
Esse é o valor de S a ser considerado para F3, que é o maior tempo de vida útil
oferecido.
Assim:
240
S para F1 = . $20,00
180
S = $ 26,66
240
S para F2 = S2 = . $20,00
120
S = $ 40,00
240
S para F4 = S4 = . $20,00
150
S = $ 32,00
240
S para F5 = S5 = . $20,00
200
S = $ 24,00
I para F1 →
800,00 + 10,00 + 14,00 + 26,66
→ I1 =
180
I1 = 4,72
Portanto, a melhor compra será feita junto ao fornecedor 3, tendo o menor I e maior
custo.
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Administração da manutenção
Quantidade de sobressalentes
Para minimizar o problema e dar uma orientação segura, existe uma tabela, construída
com dados práticos e tendo por referência a quantidade de peças instaladas.
Esse tipo de tabela deve ser usada até que o histórico do consumo exija atualização.
2 1 1 2
3 1 2 3
4 2 4 6
5 2 5 9
8 3 7 12
10 3 7 13
15 3 8 15
20 4 8 18
25 4 8 18
30 4 10 20
35 5 10 20
40 5 10 22
45 6 12 22
50 6 12 23
70 7 14 27
100 9 16 32
200 10 20 39
300 11 22 43
500 14 25 50
800 16 35 70
1.000 20 40 80
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Questionário - resumo
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Administração da manutenção
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Administração da manutenção
Administração da
manutenção
Características do mantenedor
O mantenedor é um profissional que precisa ser curioso, ter boa capacidade de
abstração e análise e conhecer bem sua área técnica.
Na pequena empresa
Geralmente, os mantenedores são homens com conhecimentos diversificados,
improvisadores e de médio custo.
Cargos e atribuições
Todos os homens envolvidos com a manutenção são chamados de mantenedores. As
denominações específicas dos vários cargos não são padronizadas nas empresas.
Assim, neste estudo será feita a seguinte divisão:
• Execução;
• Chefia
• Planejamento
Pessoal de execução
Nesse grupo, estão os ajudantes, os lubrificadores, os mecânicos, os eletricistas, os
eletrônicos, etc. É desejável para os dois primeiros e indispensável para os demais as
seguintes características:
• Rapidez manual e mental;
• Bons conhecimentos técnicos;
• Criatividade;
• Bom conhecimento da empresa.
Quanto aos ajudantes, após alguns anos de prática, podem ser aproveitados no cargo
de mecânico. Para que isso aconteça, é necessário um programa do treinamento
associado à atribuição progressiva de responsabilidades.
Pessoal de chefia
Nesse grupo, estão os profissionais ligados ao comando das equipes de trabalho, logo
supervisor está aqui incluído.
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Pessoal de planejamento
Nesse grupo, estão os planejadores, os programadores, os aprovisionadores, os
inspetores da manutenção e escriturários do planejamento.
Com exceção dos escriturários, todos os outros devem ter experiência de campo em
pelo menos corretiva e reformas e, se possível, devem ter o nível técnico.
Modelos administrativos
Administração centralizada
É o modelo que mantém sob um único comando todos os setores da manutenção, ou
seja, tem a orientação única para todas as equipes.
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Administração da manutenção
Vantagens:
• Facilidade em deslocar equipes para apoiar outras que estejam sobrecarregadas;
• Programa único de planejamento, programação e controle;
• Há visão geral da fábrica.
Desvantagens:
• Dificuldade para supervisão eficiente, pois os executores ficam espalhados em toda
área fabril;
• Exige equipe de planejamento muito dedicada para atender as diversas unidades.
Administração descentralizada
Vantagens:
• Boa integração entre operadores e mantenedores, devido a reduzida área de
atuação;
• Respostas rápidas;
• Simplicidade na supervisão dos trabalhos.
Desvantagens:
• Ausência da visão de conjunto;
• Diferentes critérios de avaliação pessoal;
• Dificuldade na contratação de especialistas.
80 SENAI-SP - INTRANET
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Administração mista
É aquela onde existem os dois modelos já citados. Em geral, a política básica é ditada
pelo gerente da manutenção ficando as decisões específicas por conta dos gerentes
de área.
Vantagens:
• Rapidez da descentralizada;
• Qualidade dos recursos da centralizada;
• Visão de conjunto;
• Uniformidade dos critérios de avaliação.
Desvantagens:
• Um escalão a mais no organograma em relação à administração descentralizada;
• Dificuldades em priorizar os trabalhos dirigidos à oficina central.
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Os modelos e a TPM
Nas empresas japonesas com TPM implantada emprega-se 10 minutos por tarefa.
Sendo que o tempo total dedicado pelo operador não deve ultrapassar 30 minutos
por turno e nem 90 minutos por semana.
Terceirização
A terceirização pode ser uma grande aliada se conduzida com rigorosas critérios.
82 SENAI-SP - INTRANET
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Objetivo
O porque subcontratar é uma decisão estratégica motivada por um dos seguintes itens:
• Sobrecarga pontual, por exemplo somente nas paradas anuais.
• Trabalhos muito especializados, para os quais a empresa não está equipada.
• Tarefas que a médio ou a longo prazo serão extintas.
• Trabalhos feitos por profissionais difíceis de recrutar.
O que subcontratar
Após estudo econômico e avaliação estratégica geralmente os serviços passados a
terceiros são:
• Reparos constituídos por troca padrão;
• Conservação de equipamentos periféricos, tais como elevadores, ar condicionado,
isolamento térmico e acústico, etc;
• Conservação predial;
• Trabalhos de modificação e instalação de grandes equipamentos.
Quanto investir
Esta decisão depende de cada caso, porém, uma regra deve ser obedecida: para
empresas de processos discretos (manufatureiras) 25% do orçamento da manutenção
é uma quantia ideal. No máximo, pode-se chegar a 50%.
Como subcontratar
A subcontratação pode ser feita de 5 formas, conforme a necessidade. São elas:
Contrato de manutenção
É a forma na qual o contrato assume todos os encargos relativos às tarefas de manter
um tipo de equipamento. Para isso, há um prazo, um preço e garantias negociadas.
Neste caso, os recursos e métodos usados pelo contratado podem ser definidos pelo
contratante ou ficar a cargo do terceiro.
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Administração da manutenção
Exemplo:
Elevadores, condicionadores de ar.
Empreitada
O trabalho é especificado e o contratado assume toda responsabilidade pela
execução.
Preço unitário
É a contratação estabelecendo um preço por unidade de trabalho realizada. Por
exemplo: m2 de pintura, toneladas transportadas, etc.
Administração direta
A prestadora de serviço fornece mão de obra especializada, materiais e equipamentos
e desenvolve trabalhos na área da contratante.
Exemplo:
Equipe de técnicos em microcomputadores locada à empresa dona dos mesmos.
Missão temporária
É simplesmente o emprego da “mão de obra temporária”, ou seja, um grupo de
profissionais especializados é fornecido por uma agência. Eles são contratados para
trabalhos esporádicos.
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Percentual de funcionários
O percentual de funcionários atuando em manutenção numa empresa de médio porte
é de 5% do total de funcionários da empresa. Em empresas de grande porte, esse
percentual pode chegar a 7%.
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Administração da manutenção
Segurança na manutenção
Sinalização
Cartazes indicando que a máquina está em reparo devem ser usados para prevenir
acidentes.
Outra forma de prevenção contra acidentes é o uso de cadeados que travem a chave
geral.
Equipamentos de segurança
Os chamados EPI (equipamentos de proteção individual) devem estar sempre à
disposição do mantenedor e em boas condições de uso.
Ferramentas portáteis
O uso de chaves de fenda, furadeiras, lixadeiras, tarraxas, talhadeiras, etc., geralmente
causam acidentes quando mal usadas.
86 SENAI-SP - INTRANET
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Planejamento
Buscando atingir essa meta, foi introduzido no Brasil, durante os anos 60, o
planejamento e a programação de manutenção (figura na próxima página).
A função planejar significa conhecer os trabalhos, os recursos para executá-los e
tomar a decisão.
A função programar significa determinar pessoal, dia e hora para execução dos
trabalhos.
SENAI-SP - INTRANET 87
Administração da manutenção
Rotina de planejamento
O setor de planejamento recebe as requisições de serviço; analisa o que e como deve
ser feito, quais as especialidades e grupos envolvidos, e os materiais e ferramentas a
serem utilizados. Isso resulta no plano de operações, na lista de materiais para
empenho ou compra de estoque e outros documentos complementares como relação
de serviços por grupo, ordens de serviços, etc.
Planejar, em última análise, significa gerenciar tempo e recursos. Para isso, são
necessários instrumentos gráficos que permitam uma visão clara dos trabalhos. Assim,
o diagrama de barras e o diagrama de flechas são as ferramentas mais adequadas ao
planejamento.
Diagrama de barras
É um cronograma, também chamado diagrama de Gantt, que permite fazer a
programação das tarefas mostrando a dependência entre elas.
Usado pelo menos desde o início do século,, consiste em um diagrama onde cada
barra tem um comprimento diretamente proporcional ao tempo de execução real da
tarefa. O começo gráfico de cada tarefa ocorre somente após o término das atividades
das quais depende.
88 SENAI-SP - INTRANET
Administração da manutenção
Para resolver as questões que o diagrama de barras não consegue solucionar, forma
criados os métodos CPM e PERT.
O PERT (Program Evaluation and Review Technique) foi criado para a NASA com o fim
de controlar o tempo e a execução de tarefas realizadas pela primeira vez.
SENAI-SP - INTRANET 89
Administração da manutenção
O CPM (Critical Path Method) foi criado na empresa norte-americana Dupont. Com o
fim de realizar as paradas de manutenção dentro do menor prazo possível e com um
nível constante de utilização dos recursos.
Além disso, é importante salientar que esta ferramenta gráfica é um poderoso auxiliar
nas mais diversas atividades: produção, montagens, etc.
Atividade
Atividade é cada uma das tarefas (operações) que constitui um trabalho. Ela é
representada por uma flecha.
Esta, recebe de um lado a identificação da tarefa e do outro os recursos necessários.
As flechas são usadas para expressar as relações entre as operações e definir uma ou
mais das seguintes situações:
• A operação deve preceder algumas operações;
• A operação deve suceder algumas operações;
• A operação pode ocorrer simultaneamente a outras operações.
90 SENAI-SP - INTRANET
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O modo como as relações são representadas por flechas é mostrado na figura abaixo:
Atividade fantasma
É uma flecha tracejada como artifício para identificar a dependência entre operações.
É também chamada operação imaginária e não requer tempo.
Na figura abaixo tem-se o exemplo para atender as seguintes condições:
• W deve preceder Y;
• K deve preceder Z;
• Y deve seguir-se a W e K.
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Administração da manutenção
Nó ou evento
São círculos desenhados no início e no
final de cada flecha. Têm o objetivo de
facilitar a visualização e os cálculos de
tempo. Devem ser numerados e sua
numeração é aleatória.
O nó não deve ser confundido com uma atividade que demande tempo. Ele é um
instante, isto é, um limite entre o início de uma atividade e o final de outra.
Construção do diagrama
Para construir o diagrama é preciso ter em mãos a lista de tarefas cm os tempos e a
seqüência lógica.
Na figura abaixo vê-se um exemplo para um torno que apresenta avarias na árvore e
na bomba de lubrificação.
Lista de Tarefas
Tarefa Descrição Depende de Tempo
A Retirar placa, proteções e esgotar o óleo - 1h
B Retirar árvore e transportá-la A 3h
C Lavar cabeçote A 2h
D Trocar rolamentos B 3h
E Trocar reparo da bomba de lubrificação BeC 2h
F Montar, abastecer e testar o conjunto DeE 4h
92 SENAI-SP - INTRANET
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O caminho crítico
É um caminho percorrido através dos eventos
(nós) cuja somatória dos tempos condiciona a
duração do trabalho.
SENAI-SP - INTRANET 93
Administração da manutenção
Exercício
1
Tarefa Dep. Tempo
A - 1D
B A 2
C A 5
D B 2
E B 1
F EeD 3
Caminho Crítico
Tempo: ____ dias Tarefas ______________________________________
2
Tarefa Dep. Tempo
A - 1D
B - 2
C B 5
D A 2
E B 1
F EeD 3
G C 1
H GeF 2
I H 5
Caminho Crítico
Tempo: ____ dias Tarefas ______________________________________
3
Tarefa Dep. Tempo
A - 3D
B - 2
C - 1
D A 5
E B 4
F C 4
G B 5
H E 3
I GeF 4
J D, H, I 4
Caminho Crítico
Tempo: ____ dias Tarefas ______________________________________
94 SENAI-SP - INTRANET
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Exemplo de planejamento
A seguir será mostrado um planejamento usando as ferramentas estudadas.
Ocorrência:
Um torno platô necessita ser reformado. Após a reforma ele será instalado em local
diferente do atual.
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Lista de tarefas
Tarefa Descrição Dependência Prazo(dias)
A Parada ___ 0,5
B Transporte A 1
C Reforma do cabeçote B 30
D Desmontar carros A 0,5
E Desmontar sela D 0,5
F Reparos na sela E 15
G Reparos nos carros D 10
H Montagem da sela F 2
I Montagem dos carros GeF 1
J Fundação em novo local ___ 5
K Instalação do cabeçote CeJ 1
L Instalação do conjunto carros-sela KeI 1
M Ajustar e fazer alinhamento geométrico L 2
N Testar M 0,5
Na figura abaixo vê-se o diagrama de flechas, seu caminho crítico com 36 dias de
duração e as várias interdependências.
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Administração da manutenção
Exercício 4
Projeto:
Transformar um torno convencional existente na produção em um CNC (retrofitting).
Condições:
• A máquina, depois de retirada da produção tem um prazo máximo de 25 dias para
voltar a produzir.
• Alguns itens serão comparados, são eles:
- painel de comando (item 2), entrega em 10 dias.
- placa (item 4) entrega em 15 dias.
- porta ferramentas (item 5), entrega em 10 dias.
- motor entrega em 20 dias.
- materiais para painel elétrico, entrega em 10 dias.
• O cabeçote móvel (item 7) será recondicionado internamente (determine o prazo).
• O barramento (item 8) será retificado internamente (determine o prazo).
• O painel elétrico será construído internamente(determine o prazo).
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Questionário - resumo
Vantagem Desvantagem
Centralizado
Descentralizado
Misto
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Administração da manutenção
B Solicitação do orçamento A
C Escolha do equipamento B
G Solicitação de orçamentos F
H Escolha de fornecedores G
J Fundação do equipamento F
K Instalação E, I, J
L Teste e ajustes K
Referências bibliográficas
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