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Caronte não é um satélite natural de Plutão, pois é falso que Caronte orbite em torno de
Plutão, e orbitaria em torno de Plutão se fosse um satélite natural de Plutão.
Suponha que estas frases são as premissas de um argumento. Será possível, a partir das
premissas dadas, inferir validamente que a Maria é ecologista? Justifique.
2. Escrever rimas e quadras é condição suficiente para Adília Lopes ser poetisa.
Atendendo aos valores de verdade apresentados na tabela, um argumento com essa forma
seria
2. Considere que a proposição seguinte é a conclusão de uma inferência com uma única
premissa.
Escreva a premissa que, mediante a aplicação de uma das formas de inferência válida
estudadas, permite obter a conclusão apresentada.
3. No texto seguinte, encontra-se um argumento que tem uma das formas lógicas válidas
estudadas.
Tomé da Fonseca, um velho general reformado, revive com frequência a atividade militar. À
sua maneira, foi desde a infância uma pessoa sociável e enérgica, e o universo militar sempre
lhe deu muito prazer. Ora, o velho general não revive com frequência a atividade militar se não
jogar muitas vezes jogos de estratégia. Portanto, Tomé da Fonseca joga muitas vezes jogos de
estratégia.
9. A formalização de «Se Freud é cientista, então não recusa as hipóteses especulativas mas
usa o método científico» poderia ser
10. A partir de «Se a acrobacia é uma arte, então exprime sentimentos» e de «A acrobacia não
exprime sentimentos», por modus tollens, infere-se que
Se Cristiano Ronaldo ganhar quatro Botas de Ouro ou três Ligas dos Campeões, ficará na
história do desporto.
Dicionário:
3. B. Mostre que a forma argumentativa seguinte é inválida, recorrendo ao método das tabelas
de verdade.
Se vive no Funchal, o Luís não vive no continente. Ora, ele não vive no Funchal. Portanto, vive
no continente
a) ¬Q → ¬P
b) P Ʌ Q
Dicionário:
3. B. Construa um argumento, com a forma modus ponens, cuja conclusão seja «O Luís vai ao
cinema».
(P Ʌ Q) → ¬R
«Se Espinosa tem razão, então tudo está determinado ou não há livre-arbítrio. Ora, Espinosa
tem razão.»
Apresente a conclusão que se segue logicamente das duas proposições anteriores, aplicando
uma das formas de inferência válida estudadas.
«Se os cientistas não criarem novas teorias e não criarem novos modelos de explicação da
vida, então não poderemos provar que há vida em Marte».
PERCURSO B
Teste a validade do seguinte argumento, aplicando o método das tabelas de verdade ou outro
método.
Se Cícero é um orador persuasivo, então utiliza um discurso sedutor e cativa o auditório. Cícero
é um orador persuasivo. Logo, Cícero cativa o auditório.
PERCURSO B
Teste a validade do seguinte argumento, aplicando o método das tabelas de verdade ou outro
método.
ARGUMENTOS E FALÁCIAS
2ª fase 2012
1ª fase 2013
2ª fase 2013
(A) Se a verdade fosse absoluta, haveria consenso entre as pessoas; não há consenso entre as
pessoas.
(B) Cada pessoa tem a sua opinião, como se vê nos debates; não podemos negar que a
verdade é relativa.
(C) Quando discutem, as pessoas deveriam chegar a um acordo; não devemos procurar uma
verdade absoluta.
(D) Os debates televisivos são inúteis, porque não se chega a um consenso; a verdade não é
absoluta.
3. «É impossível provar que os animais têm consciência. Portanto, temos de admitir que não
têm.» O argumento anterior é
4. «Ou o bombeiro que arriscou a vida para salvar a criança presa no incêndio não se deu conta
de que ele próprio estava a correr perigo, ou a criança era da sua família.» Argumentar a partir
da premissa anterior é incorrer na falácia seguinte.
(C) Derrapagem.
(B) A testemunha não se exprime claramente, pois não se compreende bem o que diz.
(C) Não interessa o que a testemunha diz, pois não passa de uma pessoa vaidosa.
(D) Não interessa o que a testemunha diz a favor do acusado, pois ela é mulher dele.
1ª fase 2014
1. Considere as afirmações seguintes.
3. «Os tubarões vivem no mar, como as sardinhas. Ora, as sardinhas são peixes. Portanto, os
tubarões também são peixes.»
4. «É errado contar histórias de fantasmas às crianças, pois fazê-lo não é correto.» Argumentar
desta maneira é incorrer na falácia
(A) da derrapagem.
(A) Enquanto não me deres uma prova de que o clima está a mudar, não me convences.
(B) Enquanto não me mostrares que és mais inteligente do que eu, concluo que és menos.
(C) Se uma pessoa não apresentar provas do que diz, mostra desse modo que é ignorante.
(D) Se uma pessoa é ignorante acerca de um dado assunto, não deve falar desse assunto.
2ª fase 2014
5. «Dizes que os animais não têm direitos, porque és uma pessoa má e insensível que nunca
teve animais de estimação e para quem o sofrimento dos outros seres vivos não tem qualquer
significado.»
(A) ad hominem.
(B) da derrapagem.
O argumento anterior é
1. A ciência está na base das tecnologias que mudaram as nossas vidas. Por conseguinte, para
que o avanço tecnológico não abrande, os investimentos em ciência não devem ser reduzidos.
2. Após a Segunda Guerra Mundial, importava assegurar a recuperação económica dos países
europeus envolvidos. Além disso, os líderes das principais nações europeias pretendiam impedir
um novo conflito armado. Foi esta dupla ambição que esteve na origem da União Europeia.
1ª fase 2015
6. Um argumento sólido
(A) tem de ter premissas verdadeiras, mas pode ter conclusão falsa.
(C) pode ter premissas falsas, mas a conclusão tem de ser verdadeira.
(A) Não queremos que as prisões sejam hotéis para assassinos e ladrões. Por isso, melhorar a
higiene das prisões não está na nossa lista de prioridades.
(B) Que fique claro: ou temos esperança ou nada vale a pena. Ora, toda a esperança foi há
muito perdida. Por isso, nada na nossa vida faz sentido.
(C) Aqueles que defendem que se justifica copiar nos testes estão enganados, pois, digam o
que disserem, a verdade é que nada justifica que se copie nos testes.
(D) Criar animais em espaços reduzidos fá-los sofrer muito. Assim, se não queremos que os
animais sofram, temos de aumentar a dimensão das gaiolas.
2ª fase 2015
«Alguns futebolistas ganham muito dinheiro. Outros, porém, ganham pouco. No entanto, o
futebol é um desporto bastante igualitário. Se o compararmos com a natação, o basquetebol
ou o râguebi, percebemos porquê. Qualquer um pode jogar futebol, mas, para jogar
basquetebol ou râguebi, poucos atletas são suficientemente altos ou musculosos. E pode-se
jogar futebol em qualquer lugar, desde que alguém tenha uma bola, ao passo que a natação
exige instalações desportivas muito dispendiosas. Na verdade, só um grande investimento
permite dispor de uma piscina.»
A conclusão do argumento é
2. Admitindo que um argumento indutivo tem como conclusão bastante provável que o
próximo desfile de Carnaval em Torres Vedras será animado, a premissa desse argumento
seria
4. «Retirar das escolas e dos hospitais públicos todos os símbolos religiosos é inaceitável, pois
isso é o mesmo que impor o ateísmo.»
(D) ad hominem.
1ª fase 2016
Sócrates é homem.
O Paulo defende que a água de abastecimento público deve ser enriquecida com flúor. Ele diz-
nos que, enriquecendo com flúor a água de abastecimento público, a saúde dentária de toda a
população melhoraria imenso. Mas que crédito nos merece o Paulo, se ele nem com a saúde
da sua família se preocupa?
Para que o argumento constitua uma falácia ad hominem, que conclusão deverá ter?
2. «Ou te divertes, aproveitando a juventude, ou te dedicas aos estudos, desperdiçando os
melhores anos da tua vida. Por isso, deves divertir-te tanto quanto possas.»
Identifique e explique a falácia em que incorre o orador que apresenta o argumento anterior.
A Vanessa e a Mariana são amigas. Gostam dos mesmos jogos e da mesma música. Usam o
cabelo da mesma maneira e vestem o mesmo tipo de roupa. A Vanessa recebeu de prenda
uma guitarra elétrica e adorou. Pouco tempo depois, o pai da Mariana decidiu oferecer à filha
uma guitarra elétrica.
1ª fase 2017
4. Considere o argumento seguinte: «O dalai-lama é uma pessoa bondosa; por isso, rejeita a
violência.»
Ontem, em Roma, Adam Nordwell, o chefe índio da tribo Chippewa, protagonizou uma
reviravolta interessante. Ao descer do avião, proveniente da Califórnia, vestido com todo o
esplendor tribal, Nordwell anunciou, em nome do povo índio americano, que tomava posse da
Itália «por direito de descoberta», tal como Cristóvão Colombo fizera quando chegara à
América. «Proclamo este o dia da descoberta da Itália», disse Nordwell. «Que direito tinha
Colombo de descobrir a América, quando esta já era habitada pelo seu povo há milhares de
anos? O mesmo direito tenho eu agora de vir à Itália proclamar a descoberta do vosso país.»
O facto de este argumento ter premissas e conclusão verdadeiras torna-o sólido? Justifique
2ª fase 2017
Dizem que o povo dinamarquês é o mais feliz do mundo. Mas é um abuso fazer tal afirmação
sem provas. Na minha opinião, o povo dinamarquês não é o mais feliz do mundo, uma vez que
não me apresentam provas de que o seja.
1ª fase 2018
2. A frase «na manhã do dia 15 de janeiro de 1770, o Marquês de Pombal, em vez de tratar de
assuntos políticos, deixou-se ficar na cama a beber chocolate e a ler poesia»
(A) não exprime uma proposição, porque não sabemos se é verdadeira ou falsa.
(B) exprime uma proposição, ainda que não seja verdadeira nem falsa.
(C) exprime uma proposição, ainda que ignoremos qual é o seu valor de verdade.
(D) não exprime uma proposição, porque não é verdadeira nem é falsa.
Os enormes custos ecológicos do transporte aéreo deveriam ser integrados nos bilhetes de
avião, pois essa é a única coisa sensata a fazer.
(A) não incorre numa falácia, porque todos os custos de um serviço devem ser pagos por quem
o usa.
(B) incorre numa falácia, porque dá como provado o que pretende provar.
(D) não incorre numa falácia, porque dá razões, em vez de procurar explorar as emoções do
auditório.
O direito à vida implica o direito a prolongar a vida através do acesso aos melhores cuidados
médicos disponíveis. Assim, numa sociedade justa, se todos têm igual direito à vida, então
todos têm igual direito a prolongar a vida através do acesso aos melhores cuidados médicos
disponíveis. Por conseguinte, numa sociedade justa, não é aceitável que o acesso aos melhores
cuidados médicos disponíveis dependa do poder económico dos indivíduos ou das suas
famílias. Em contrapartida, numa sociedade injusta, impera literalmente o princípio do «salve-
se quem puder».
(A) o acesso aos melhores cuidados médicos disponíveis não deve depender do poder
económico dos indivíduos ou das suas famílias.
(B) numa sociedade injusta, apenas se salva quem pode pagar o acesso aos melhores cuidados
médicos disponíveis.
(C) todos temos igual direito a prolongar a vida através do acesso aos melhores cuidados
médicos disponíveis.
(D) não ter direito a prolongar a vida através do acesso aos melhores cuidados médicos
disponíveis é o mesmo que não ter direito à vida.
2ª fase 2018
GRUPO II 1. O Carlos encontrou a Diana numa esplanada sobre o rio Guadiana. A Diana disse-
lhe:
Qual dos dois tipos de argumentos – dedutivo ou não dedutivo – usou o Carlos para concluir
que a Diana gosta de alguns lagos suíços? Justifique.
Ao longo dos tempos, muitos filósofos se têm interrogado sobre o que de mais valioso existe.
Será a beleza? Será o amor? Será a justiça? Será o prazer? Ora, após muita reflexão, convenci-
me de que a beleza é a coisa mais importante que há, pois tudo o resto é indubitavelmente
inferior a ela.
1ª fase 2019
1. As frases «António Costa era primeiro-ministro de Portugal em 2018» e «Em 2018, Portugal
tinha como primeiro-ministro António Costa»
Laura – Quem não se interessa por matemática nem física não deveria ter acesso a tecnologias
que dependem da matemática e da física, como os computadores e os telemóveis.
João – Porquê, Laura?
Laura – Porque quem não reconhece o valor da matemática e da física não merece beneficiar
dos resultados do conhecimento produzido por matemáticos e físicos.
João – Esse teu argumento parece-me fraco. Se aceitássemos a razão que deste para retirar
computadores e telemóveis a quem não se interessa por matemática nem física, também
teríamos de retirar o acesso a tratamentos médicos a quem não se interessa por biologia ou
química.
O João apresenta
(A) um argumento por analogia para defender que não temos razões para retirar
computadores e telemóveis a quem não se interessa por matemática nem física.
(B) uma previsão de acordo com a qual não temos razões para retirar computadores e
telemóveis a quem não se interessa por matemática nem física.
(C) um argumento por analogia para defender que não temos razões para retirar o acesso a
tratamentos médicos a quem não se interessa por biologia nem química.
(D) uma previsão de acordo com a qual não temos razões para retirar o acesso a tratamentos
médicos a quem não se interessa por biologia nem química.
4. «Não me venha dizer que a sua opinião sobre os direitos dos animais é a palavra final sobre
a questão que estamos a debater. E, por favor, não invoque sondagens de opinião, uma
doutrina religiosa ou um partido político para encerrar o debate. Já o filósofo Robert Nozick
afirmou que nenhuma opinião pode ter a pretensão de ser a palavra final num debate.»
Quem se opusesse deste modo à apresentação de uma opinião definitiva sobre os direitos dos
animais recorreria a
5. «Sem praxe, os novos alunos não se sentiriam integrados e ficariam à margem das
atividades académicas; assim sendo, ou existe praxe e os novos alunos participam na vida
académica e sentem-se integrados, ou a praxe acaba e os novos alunos não se sentem
integrados e ficam excluídos da vida académica. Por conseguinte, e dada a importância para os
novos alunos da integração na vida académica, a praxe deve existir.»
(D) Ad hominem.
2ª fase 2019
AÇÃO HUMANA
Texto A
Uma pedra recebe de uma causa exterior que a empurra uma certa quantidade de movimento,
pela qual continuará necessariamente a mover-se depois da paragem da impulsão externa. [...]
Imaginai agora, por favor, que a pedra, enquanto está em movimento, sabe e pensa que é ela
que faz todo o esforço possível para continuar em movimento. Esta pedra, seguramente, […]
acreditará ser livre e perseverar no seu movimento pela única razão de o desejar. Assim é esta
liberdade humana que todos os homens se vangloriam de ter e que consiste somente nisto,
que os homens são conscientes dos seus desejos e ignorantes das causas que os determinam.
Spinoza, «Lettre à Schuller», in Oeuvres Complètes, Paris, Gallimard, 1954
1ª fase 2012
1. A ação intencional é
(B) um acontecimento que envolve o agente, mas não depende da sua vontade.
2ª fase 2013
(A) as ações não têm intenções como causas, nem envolvem um agente.
(B) as ações envolvem um agente, mas não têm intenções como causas.
(C) as ações têm intenções como causas, mas não envolvem um agente.
É difícil não pensar que temos livre-arbítrio. Quando estamos a decidir o que fazer, a escolha
parece inteiramente nossa. A sensação interior de liberdade é tão poderosa que podemos ser
incapazes de abandonar a ideia de livre-arbítrio, por muito fortes que sejam as provas da sua
inexistência. E, obviamente, existem bastantes provas de que não há livre-arbítrio. Quanto
mais aprendemos sobre as causas do comportamento humano, menos provável parece que
escolhamos livremente as nossas ações.
J. Rachels, Problemas da Filosofia, Lisboa, Gradiva, 2009, p. 182
1ª fase 2014
2ª fase 2014
1. Até aos 18 anos, os nossos pais respondem por nós e não somos livres.
2. As nossas escolhas são livres, ainda que estejam submetidas à causalidade natural.
3. As ditaduras caracterizam-se por suprimirem as liberdades fundamentais dos cidadãos.
4. No Universo, tudo está determinado e a liberdade é uma ilusão.
(A) 2 e 4.
(B) 1 e 3.
(C) 3 e 4.
(D) 1 e 2.
1ª fase 2015
GRUPO IV
Na sua resposta:
2ª fase 2015
O homem, estando condenado a ser livre, carrega o peso do mundo inteiro nos seus ombros
[…]. Ele tem de assumir a situação em que se encontra com a consciência orgulhosa de ser o
seu autor, pois os piores obstáculos ou as piores ameaças que põem em perigo a sua pessoa
apenas adquirem sentido através do seu próprio projeto […]. É, portanto, insensato pensar
sequer em lamentar-se, uma vez que nada de exterior a si decidiu aquilo que ele sente, aquilo
que ele vive ou aquilo que ele é.
J.-P. Sartre, L’Être et le Néant, Paris, Gallimard,1943, p. 612 (adaptado)
1ª fase 2016
(A) 2 e 4.
(B) 1, 2 e 4.
(C) 1, 3 e 4.
(D) 2 e 3.
Tal como os estudos experimentais mostraram, [...] fazemos o que fazemos por causa do que
aconteceu [...]. Infelizmente, o que aconteceu deixa poucas pistas observáveis, e os motivos
para fazermos o que fazemos [...] ultrapassam, assim, largamente o alcance da autoanálise.
Talvez seja por isso […] que o comportamento tem sido tão frequentemente atribuído a um
ato de vontade que o desencadeia, produz ou cria.
B. F. Skinner, Recent Issues in the Analysis of Behavior, Columbus, Merrill Publishing Company, 1989, p. 15
(adaptado)
De acordo com o texto,
(A) temos livre-arbítrio, porque o nosso comportamento tem origem num ato criativo da
vontade.
(B) podemos inferir que temos livre-arbítrio, ainda que as pistas observáveis sejam poucas.
1ª fase 2017
(A) Se uma ação é livre, então é causada apenas pela decisão de quem a pratica.
(B) O conhecimento das leis da natureza e das circunstâncias relevantes permite prever
qualquer ação.
(C) Uma ação pode resultar de escolhas nossas, mas estas resultam de fatores genéticos e
ambientais.
(D) Se uma ação resulta do livre-arbítrio de alguém, então não existem leis da natureza.
2ª fase 2017
2. Imagine que um agente poderoso fazia recuar o tempo até um qualquer ponto do passado,
para que, a partir daí, mantendo-se as leis da natureza, a história recomeçasse.
1ª fase 2018
GRUPO II
Apresente uma frase que, inequivocamente, descreva uma ação e outra que,
inequivocamente, descreva um mero acontecimento.
Na sua resposta, para cada frase apresentada, assinale se é descrita uma ação ou se é
descrito um mero acontecimento.
2. Um determinista moderado e um determinista radical observaram a jogada a seguir
descrita.
O João e o Carlos estão a jogar à bola em equipas contrárias. Numa das jogadas, o João
correu para a bola. Atrás dele, vinha o Carlos, também decidido a disputar o lance. O
Carlos acabou por conseguir chegar primeiro à bola, mas o João tocou-lhe com a chuteira
no tornozelo. O Carlos caiu imediatamente no relvado. O Manuel, que estava a arbitrar o
jogo, expulsou o João. Mas o João disse que era injusto ser penalizado pelo sucedido.
2.2. Caso o Carlos tenha caído ao chão de propósito, de modo a prejudicar a equipa
contrária, será que o determinista radical lhe atribui responsabilidade moral pelo seu
comportamento? Justifique a sua resposta.
2ª fase 2018
1. As pessoas que não ponderam as consequências dos seus atos não merecem ter liberdade.
2. Nas democracias, os cidadãos têm mais liberdades do que nos outros regimes políticos.
2. Imagine que quer ouvir música e que, em seguida, põe os auscultadores e ouve música. De
acordo com o determinismo radical, o facto de querer ouvir música
(B) não tem qualquer conexão com uma suposta vontade livre.
1ª fase 2019
GRUPO V
Será que essa sensação é uma razão forte para aceitarmos que o livre-arbítrio existe?
Na sua resposta,
2ª fase 2019
VALORES
1ª fase 2013
2ª fase 2013
1ª fase 2014
(A) em 1, é formulado um juízo de valor que pode justificar o juízo de facto formulado em 2.
(B) em 2, é formulado um juízo de valor que explica o juízo de facto formulado em 1.
(D) em 1, é formulado um juízo de facto que pode justificar o juízo de valor formulado em 2.
1ª fase 2015
Os juízos de facto são essencialmente _______, distinguindo-se dos juízos de valor, que são
essencialmente _______.
2ª fase 2015
(A) a correção dos juízos de valor depende da cultura e, assim, o que é correto numa cultura
pode não o ser noutra.
(B) todos os valores são relativos e, por isso, nenhum juízo de valor é correto ou incorreto.
(C) nenhuma cultura tem valores coincidentes com os valores de outra cultura.
(D) a correção dos juízos de valor depende inteiramente do que é aprovado nas sociedades
mais evoluídas.
1ª fase 2016
GRUPO IV 1. «Os austríacos gostam de valsa; já a maior parte dos brasileiros gosta de samba.
Em relação ao desporto, os canadianos, por exemplo, preferem o hóquei no gelo, ao passo que
muitos portugueses apreciam o hóquei em patins. A verdade é que cada povo tem tendência a
apreciar mais o que faz parte da sua cultura. Contudo, o hóquei em patins é mais bonito do
que o hóquei no gelo.»
1ª fase 2017
1.A liberdade religiosa é a liberdade de cada um praticar a religião que é do seu agrado, ou de
não praticar qualquer religião.
2ª fase 2017
GRUPO V
Que perspetiva acerca dos valores nos oferece as melhores razões contra a intolerância?
1ª fase 2018
(A) as sociedades que tiverem valores diferentes dos nossos devem corrigir tais valores.
KANT/MILL
Grupo I
Texto B
Quando Kant propõe […], enquanto princípio fundamental da moral, a lei «Age de modo que a
tua regra de conduta possa ser adotada como lei por todos os seres racionais», reconhece
virtualmente que o interesse coletivo da humanidade, ou, pelo menos, o interesse
indiscriminado da humanidade, tem de estar na mente do agente quando este determina
conscienciosamente a moralidade do ato. Caso contrário, Kant estaria [a] usar palavras vazias,
pois nem sequer se pode defender plausivelmente que mesmo uma regra de absoluto egoísmo
não poderia ser adotada por todos os seres racionais, isto é, que a natureza das coisas coloca
um obstáculo insuperável à sua adoção. Para dar algum significado ao princípio de Kant, o
sentido a atribuir-lhe tem de ser o de que devemos moldar a nossa conduta segundo uma
regra que todos os seres racionais possam adotar com benefício para o seu interesse coletivo.
John Stuart Mill, Utilitarismo, Porto, Porto Editora, 2005
Na resposta a cada um dos itens de 2.1. a 2.4., selecione a única opção adequada ao sentido
do texto.
2.4. Para Kant, a lei «Age de modo que a tua regra de conduta possa ser adotada como lei por
todos os seres racionais» significa que
1ª fase 2012
GRUPO I
Texto A
Ficaria eu satisfeito de ver a minha máxima (de me tirar de apuros por meio de uma promessa
não verdadeira) tomar o valor de lei universal (tanto para mim como para os outros)? E
poderia eu dizer a mim mesmo: – Toda a gente pode fazer uma promessa mentirosa quando
se acha numa dificuldade de que não pode sair de outra maneira? Em breve reconheço que
posso em verdade querer a mentira, mas que não posso querer uma lei universal de mentir;
pois, segundo uma tal lei, não poderia propriamente haver já promessa alguma […]. Por
conseguinte, a minha máxima, uma vez arvorada em lei universal, destruir-se-ia a si mesma
necessariamente.
1.1. Explique, a partir do exemplo do texto, por que razão o ato de mentir nunca é moralmente
permissível, segundo Kant.
1.2. Compare o papel da intenção do agente na ética de Kant com o papel da intenção do
agente na ética de Stuart Mill.
2ª fase 2012
GRUPO III
1. A partir do texto, mostre por que razão, para Kant, a ação com valor moral se fundamenta
no imperativo categórico e não em imperativos hipotéticos.
2. Será que há deveres morais absolutos? Compare as respostas de Kant e de Stuart Mill a esta
questão.
1ª fase 2013
GRUPO III
Não existe sistema moral algum no qual não ocorram casos inequívocos de obrigações em
conflito. Estas são as verdadeiras dificuldades, os momentos intrincados na teoria ética e na
orientação conscienciosa da conduta pessoal. São ultrapassados, na prática, com maior ou
menor sucesso, segundo o intelecto e a virtude dos indivíduos; mas dificilmente pode alegar- -
se que alguém está menos qualificado para lidar com eles por possuir um padrão último para o
qual podem ser remetidos os direitos e os deveres em conflito. Se a utilidade é a fonte última
das obrigações morais, pode ser invocada para decidir entre elas quando as suas exigências
são incompatíveis. Embora a aplicação do padrão possa ser difícil, é melhor do que não ter
padrão algum […].
1. Stuart Mill afirma que «a utilidade é a fonte última das obrigações morais» (linhas 6 e 7).
Esclareça o conceito de «utilidade», integrando-o na ética de Stuart Mill.
2. Atente na primeira afirmação do texto de Stuart Mill: «Não existe sistema moral algum no
qual não ocorram casos inequívocos de obrigações em conflito.» (linhas 1 e 2).
2ª fase 2013
O valor moral da ação não reside, portanto, no efeito que dela se espera […]. Nada senão a
representação da lei em si mesma, que em verdade só no ser racional se realiza, enquanto é
ela, e não o esperado efeito, que determina a vontade, pode constituir o bem excelente a que
chamamos moral, o qual se encontra já presente na própria pessoa que age segundo esta lei,
mas não se deve esperar somente do efeito da ação.
Kant, Fundamentação da Metafísica dos Costumes, Lisboa, Edições 70, 1988, pp. 31-32
(adaptado)
Compare, a partir do texto, a perspetiva de Kant com a de Mill relativamente àquilo que
determina o valor moral da ação.
1ª fase 2014
GRUPO III
1.1. Distinga, partindo do exemplo dado por Kant, agir por dever de agir em conformidade com
o dever.
1.2. Explique, de acordo com Kant, a relação entre autonomia e boa vontade.
É perfeitamente compatível com o princípio de utilidade reconhecer que alguns tipos de prazer
são mais desejáveis do que outros [...]. É melhor ser um ser humano insatisfeito do que um
porco satisfeito; é melhor ser um Sócrates insatisfeito do que um tolo satisfeito. E se o tolo ou
o porco têm uma opinião diferente, é porque só conhecem o seu próprio lado da questão. A
outra parte da comparação conhece ambos os lados.
2ª fase 2014
GRUPO III
1. Haverá alguma circunstância em que seja moralmente aceitável matar uma pessoa
inocente, sem o seu consentimento, para salvar a vida de outras cinco pessoas?
Apresente as respostas que Kant e que Mill dariam à questão anterior, comparando-as.
1ª fase 2015
3. A maximização da utilidade, defendida por Mill, obriga a
(B) É errado não dar prioridade aos interesses da maioria das pessoas.
GRUPO IV
2ª fase 2015
2. Leia o texto.
Que outra coisa pode ser, pois, a liberdade da vontade senão autonomia, isto é, a propriedade
da vontade de ser lei para si mesma? […] Vontade livre e vontade submetida a leis morais são
uma e a mesma coisa.
Kant, Fundamentação da Metafísica dos Costumes, Lisboa, Edições 70, 1988, p. 94 (adaptado)
Explique por que razão, segundo Kant, «vontade livre e vontade submetida a leis morais são
uma e a mesma coisa».
3. Será que, de acordo com a ética utilitarista de Mill, quando calculamos as consequências dos
nossos atos, temos a obrigação de dar prioridade aos nossos familiares, amigos e vizinhos mais
próximos? Porquê?
1ª fase 2016
Ser caritativo quando se pode sê-lo é um dever, e há, além disso, muitas almas de disposição
tão compassiva que, mesmo sem nenhum outro motivo de vaidade ou interesse pessoal,
acham íntimo prazer em espalhar alegria à sua volta e se podem alegrar com o contentamento
dos outros, enquanto este é obra sua. Eu afirmo porém que, neste caso, uma ação deste tipo,
ainda que seja conforme ao dever, ainda que seja amável, não tem qualquer verdadeiro valor
moral […].
Kant, Fundamentação da Metafísica dos Costumes, Lisboa, Edições 70, 1988, p. 28
(adaptado)
Por que razão Kant afirma que o tipo de ação descrito no texto anterior não tem valor moral?
Qual das duas programações referidas seria adotada por um defensor da ética de Mill?
Justifique.
1ª fase 2017
5. Segundo Kant, a máxima de que devemos diminuir os outros para ver reconhecida a nossa
superioridade não está de acordo com o imperativo categórico, tal como é apresentado na
fórmula da lei universal, porque
6. De acordo com Kant, uma pessoa que, motivada pela obediência a um mandamento da
religião que professa, dá assistência a quem vive numa situação de pobreza
GRUPO III
O utilitarismo exige que o agente seja tão estritamente imparcial entre a sua própria felicidade
e a dos outros como um espectador desinteressado e benevolente.
Há quem critique a exigência referida no texto por ser excessiva. Dê um exemplo que ilustre
essa crítica ao utilitarismo.
(A) a felicidade.
(B) o dever.
(D) a justiça.
GRUPO III
Uma pessoa, por uma série de desgraças, chegou ao desespero [...]. A sua máxima […] é a
seguinte: Por amor de mim mesmo, admito como princípio que, se a vida, prolongando-se, me
ameaça mais com desgraças do que me promete alegrias, devo encurtá-la. [...] Vê-se então [...]
que uma natureza cuja lei fosse destruir a vida em virtude do mesmo sentimento cujo objetivo
é suscitar a sua conservação se contradiria a si mesma.
I. Kant, Fundamentação da Metafísica dos Costumes, Lisboa, Edições 70, 1986, p. 63.
1.1. Explique como Kant, recorrendo à fórmula da lei universal do imperativo categórico,
condena o suicídio.
1.2. Segundo Kant, uma pessoa que, nas circunstâncias descritas no texto, optasse pelo
suicídio agiria de modo autónomo ou heterónomo? Justifique a sua resposta.
1ª fase 2018
Suponha que alguém prometeu fazer algo, não se apercebendo de que isso implicava violar
um contrato. Que problema levantaria este caso à ética de Kant?
(A) O primeiro princípio deverá ser desrespeitado, pois tem menos força do que o segundo.
(B) O segundo princípio deverá ser desrespeitado, pois tem menos força do que o primeiro.
(C) Os dois princípios deixam de ter importância moral, pois mostram não ser universalizáveis.
GRUPO III
Aquele que diz uma mentira, por muito bem-intencionado que possa ser, tem de ser
responsável pelas suas consequências […], ainda que estas possam ter sido imprevisíveis; pois
a veracidade é um dever que tem de ser entendido como a base de todos os deveres
decorrentes de um contrato, cuja lei se torna incerta e inútil caso se admita a menor exceção.
Por conseguinte, ser verídico (honesto) em todas as declarações é um mandamento sagrado
da razão […].
Kant, «Sobre um Suposto Direito de Mentir por Amor à Humanidade», in A Paz Perpétua e
Outros Opúsculos, Lisboa, Edições 70, 1989, pp. 175-176 (texto adaptado).
Todos os moralistas reconhecem que mesmo a regra de dizer a verdade, sagrada como é,
admite a possibilidade de exceções, verificando-se a principal quando ocultar um facto (por
exemplo, ocultar informação a um malfeitor ou más notícias a uma pessoa muito doente) iria
salvar uma pessoa (especialmente uma pessoa que não nós próprios) de um mal maior e
imerecido, e quando só é possível realizar a ocultação negando a verdade.
Confronte as posições de Kant e de Mill, expressas nos textos anteriores, acerca da regra de
dizer a verdade. Na sua resposta, integre adequadamente a informação dos textos.
2ª fase 2018
(C) devemos renunciar aos prazeres inferiores para não nos rebaixarmos à condição animal.
(D) são superiores os prazeres preferidos por quem tem competência para os apreciar.
1ª fase 2019
GRUPO III
Será que, de acordo com Kant, a decisão do José tem valor moral? Justifique a sua resposta.
2ª fase 2019
RAWLS
GRUPO I
Texto C
Para nos podermos queixar da conduta e das crenças de outros, temos de demonstrar que
essas ações nos ferem ou que as instituições que as permitem nos tratam de forma injusta. E
isto significa que temos de apelar para os princípios que escolheríamos na posição original.
Contra estes princípios, nem a intensidade do sentimento nem o facto de ele ser partilhado
pela maioria têm qualquer relevância.
1ª fase 2012
Grupo I
3. Na resposta a cada um dos itens de 3.1. a 3.3., selecione a única opção correta. Escreva, na
folha de respostas, o número do item e a letra que identifica a opção escolhida.
2ª fase 2012
1ª fase 2013
2ª fase 2014
Grupo III
2. Leia o texto.
Quando os dois princípios [da justiça] são cumpridos, as liberdades básicas de cada sujeito
estão garantidas e, de um modo definido pelo princípio da diferença, cada sujeito é
beneficiado pela cooperação social. Deste modo, é possível explicar a aceitação do sistema
social e dos princípios que ele cumpre através da lei psicológica segundo a qual as pessoas
tendem a amar, proteger e apoiar aquilo que defende o seu próprio bem. Dado que o bem de
todos é defendido, todos estarão inclinados a defender o sistema. Quando o princípio de
utilidade é cumprido, […] não existe a garantia de que todos beneficiem. A obediência ao
sistema social pode obrigar a que alguns, em particular os menos favorecidos, devam
renunciar a benefícios para que um bem maior esteja à disposição do conjunto. Assim, o
sistema não será estável, a não ser que aqueles que sofrem os sacrifícios maiores se
identifiquem com interesses mais amplos do que os que lhes são próprios. Tal não é fácil de
obter.
J. Rawls, Uma Teoria da Justiça, Lisboa, Editorial Presença, 2001, p. 149 (adaptado)
No texto anterior, Rawls apresenta razões a favor dos dois princípios da justiça por si
defendidos e contra o princípio de utilidade.
1ª fase 2015
2ª fase 2015
8. Rawls defende que, na posição original, a escolha dos princípios da justiça seguiria a
estratégia maximin.
Suponha que há 100 unidades de bem-estar para distribuir por três pessoas. Selecione a opção
que apresenta o modelo de distribuição que está mais de acordo com a estratégia maximin.
(A) Na melhor das hipóteses, pode receber-se 65 unidades de bem-estar e, na pior, pode
receber-se 15.
(B) Na melhor das hipóteses, pode receber-se 60 unidades de bem-estar e, na pior, pode
receber-se 20.
(C) Na melhor das hipóteses, pode receber-se 80 unidades de bem-estar e, na pior, pode
receber-se 5.
(D) Na melhor das hipóteses, pode receber-se 45 unidades de bem-estar e, na pior, pode
receber-se 15.
1ª fase 2017
GRUPO III
Explique o significado desta afirmação, tendo em conta os princípios da justiça defendidos por
Rawls.
2ª fase 2017
Quem, contra Rawls, defender a opção de ajudar o indivíduo com talento matemático estará a
pôr em causa
GRUPO III
O objetivo da posição original é excluir aqueles princípios que seria racional tentar fazer
aprovar [...] em função do conhecimento de certos dados que são irrelevantes do ponto de
vista da justiça.
J. Rawls, Uma Teoria da Justiça, Lisboa, Editorial Presença, 2001, p. 38 (texto adaptado).
1ª fase 2018
GRUPO III
J. Rawls, Uma Teoria da Justiça, Lisboa, Editorial Presença, 2001, p. 170 (texto adaptado).
2.1. Por que razão, de acordo com Rawls, é preciso maximizar o valor da liberdade para os
menos beneficiados? Na sua resposta, mostre como se faria essa maximização aplicando os
princípios da justiça propostos por Rawls.
2.2. Considere, a título de hipótese, que temos a liberdade de viver a vida que queremos e que
temos a liberdade de usar como entendermos os recursos que adquirimos em resultado do
exercício legítimo das nossas capacidades. Suponha, ainda, que estas liberdades são direitos
morais absolutos.
Teríamos, neste caso, a obrigação de contribuir para a realização da justiça social defendida
por Rawls? Porquê? 2ª fase 2018
2. Suponha que a sociedade dispõe de uma quantia destinada a financiar a preparação de dois
atletas para os jogos olímpicos. Os dois atletas têm o mesmo nível de talento e de capacidades
e a mesma motivação para as usar.De acordo com a teoria da justiça de Rawls, estes atletas
devem ter a mesma expectativa de sucesso, independentemente da classe social de origem.
Por isso, a quantia destinada a financiar a preparação de ambos para os jogos olímpicos deve
ser dividida pelos dois em partes iguais.
Identifique o princípio de justiça, proposto por Rawls, em nome do qual a solução apresentada
é a correta.
Admitamos que a maior parte da sociedade detesta certas práticas religiosas ou sexuais,
encarando-as como uma abominação. Este sentimento é tão intenso que não basta que tais
práticas sejam ocultadas do público; a simples ideia de que elas ocorrem é suficiente para
suscitar na maioria sentimentos de cólera e ódio. […] Para defender a liberdade individual
neste caso, o utilitarista tem de demonstrar que, dadas as circunstâncias, o que
verdadeiramente interessa do ponto de vista dos benefícios, a longo prazo, é a manutenção da
liberdade; mas este argumento pode não ser convincente. Na teoria da justiça como equidade,
no entanto, este problema nunca se coloca. Desde logo, as convicções intensas da maioria, se
forem efetivamente meras preferências sem qualquer apoio nos princípios da justiça
anteriormente estabelecidos, não têm qualquer peso. A satisfação destes sentimentos não
tem qualquer valor que possa ser contraposto às exigências da igual liberdade para todos.
J. Rawls, Uma Teoria da Justiça, Lisboa, Editorial Presença, 2001, p. 344. (Texto adaptado)
7. Suponha que uma pessoa rica tem de participar na escolha de princípios de justiça que
regulem a estrutura básica da sociedade em que vive. De acordo com Rawls, para que a
escolha seja razoável, essa pessoa terá de atender às restrições da posição original. Por
conseguinte, ela deve escolher princípios de justiça
8. Na teoria da justiça de Rawls, o princípio da liberdade igual tem prioridade sobre o princípio
da diferença. Aceitar esta prioridade implica aceitar que
(A) as liberdades não podem ser negadas mesmo que impeçam a criação de riqueza que
beneficiaria os menos favorecidos.
E se […] algumas pessoas preferissem apostar? E se vissem a vida como uma lotaria e
quisessem certificar-se de que haveria algumas posições muito atrativas para ocupar na
sociedade? Em princípio, os jogadores estão dispostos a correr o risco de ficarem pobres se,
em contrapartida, tiverem a hipótese de serem extremamente ricos. [...] Rawls acreditava que
as pessoas sensatas não desejariam apostar as suas vidas desta maneira. Talvez estivesse
enganado a este respeito.
N. Warburton, Uma Pequena História da Filosofia, Lisboa, Edições 70, 2012, p. 228. (Texto
adaptado)
2ª fase 2019
CONHECIMENTO
(A) o primeiro usa uma linguagem rigorosa e o segundo usa uma linguagem simples, que se
adapta ao imediato.
(B) o primeiro tem por base a experiência do quotidiano e o segundo tem por base a
observação rigorosa dos fenómenos.
1ª fase 2013
1ª fase 2014
1ª fase 2015
(B) se alguém encontrar uma justificação para uma crença considerada falsa, essa crença
tornar-se-á verdadeira.
(C) muitas crenças falsas são justificadas, mas a justificação dada, qualquer que seja, não as
torna verdadeiras.
1ª fase 2016
GRUPO III
Manuela – Sabes, Eurico, quanto dá 356 euros a dividir por quatro pessoas?
Eurico – Eu não sei, mas tenho aqui uma pequena calculadora de bolso que sabe. Deixa
ver: dá 89 euros.
Manuela – E confias nessa calculadora?
Eurico – Claro que sim. O resultado dado pela calculadora está justificado, porque é uma
máquina programada por matemáticos competentes.
No diálogo anterior, o Eurico afirma que a calculadora sabe quanto dá 356 euros a dividir
por quatro pessoas. Será que a calculadora o sabe? Justifique a sua resposta, tendo em
conta a análise tradicional do conhecimento.
1ª fase 2017
GRUPO V
2ª fase 2018
GRUPO IV 1. O facto de termos justificação para uma crença faz dela conhecimento? Porquê?
Ilustre a sua resposta com um exemplo adequado.
1ª fase 2019
1. A relva é verde.
2ª fase 2019
DESCARTES/HUME
Texto E
[…] Quando analisamos os nossos pensamentos ou ideias, por mais complexos ou sublimes
que possam ser, sempre constatamos que eles se decompõem em ideias simples copiadas de
alguma sensação ou sentimento precedente. Mesmo quanto àquelas ideias que, à primeira
vista, parecem mais distantes dessa origem, constata-se, após um exame mais apurado, que
dela são derivadas. A ideia de Deus, no sentido de um Ser infinitamente inteligente, sábio e
bondoso, deriva da reflexão sobre as operações da nossa própria mente e de aumentar sem
limites aquelas qualidades de bondade e de sabedoria.
David Hume, «Investigação sobre o Entendimento Humano», in Tratados Filosóficos I, Lisboa, Imprensa Nacional-
Casa da Moeda, 2002
Na sua resposta, deve abordar, pela ordem que entender, os seguintes aspetos:
− inatismo;
1ª fase 2012
Texto D
Assim, rejeitando todas aquelas coisas de que podemos duvidar de algum modo, e até mesmo
imaginando que são falsas, facilmente supomos que não existe nenhum Deus, nenhum céu,
nenhuns corpos; e que nós mesmos não temos mãos, nem pés, nem de resto corpo algum;
mas não assim que nada somos, nós que tais coisas pensamos: pois repugna que se admita
que aquele que pensa, no próprio momento em que pensa, não exista.
René Descartes, Princípios da Filosofia, Lisboa, Editorial Presença,1995
2. Confronte o inatismo cartesiano com a filosofia empirista de Hume. Na sua resposta, deve
abordar, pela ordem que entender, os seguintes aspetos:
− limites do conhecimento
2ª fase 2012
1. Para o primeiro, todas as ideias são inatas; para o segundo, nenhuma ideia é inata.
3. Para o primeiro, o conhecimento tem de ser indubitável; para o segundo, pode não
ser indubitável.
A partir do texto, exponha a tese empirista de Hume sobre a origem da ideia de conexão
causal.
1ª fase 2013
Dado que nascemos crianças e que formulámos vários juízos acerca das coisas sensíveis antes
que tivéssemos o completo uso da nossa razão, somos desviados do conhecimento da verdade
por muitos preconceitos, dos quais parece não podermos libertar-nos a não ser que, uma vez
na vida, nos esforcemos por duvidar de todos aqueles em que encontremos a mínima suspeita
de incerteza. Será mesmo útil considerar também como falsas aquelas coisas de que
duvidamos, para que assim encontremos mais claramente o que é certíssimo e facílimo de
conhecer.
Descartes, Princípios da Filosofia, Lisboa, Editorial Presença, 1995
2ª fase 2013
1.1. Explicite as razões usadas no texto para defender que a origem de todas as nossas ideias
reside nas impressões dos sentidos.
1.2. Concordaria Descartes com a tese segundo a qual «todas as nossas ideias […] são cópias
das nossas impressões»? Justifique a sua resposta.
1ª fase 2014
9. Hume defendeu que todas as nossas ideias têm origem em
(A) impressões.
(B) pensamentos.
(C) sentimentos.
(D) hábitos.
Se perguntar a mim próprio «Estou a beber?» ou «Está ele a pensar?», a resposta pode ser
«Sim», «Não» ou «Talvez». Mas se perguntar a mim próprio «Estou a pensar?», a resposta
apenas pode ser «Sim». Fazer essa pergunta a mim próprio é o mesmo que eu pensar. Seria
autorrefutante perguntar a mim próprio «Estou a pensar?» e responder «Não».
T. Chappell, The Inescapable Self – An introduction to Western philosophy, London, Weidenfeld & Nicolson, 2005,
pp. 28-29 (adaptado)
1.2. Explique o argumento de Descartes para duvidar dos seus raciocínios matemáticos mais
evidentes.
2ª fase 2014
1.2. Tendo em conta que «o Sol não vai nascer amanhã não é uma proposição menos
inteligível nem implica maior contradição do que a afirmação de que ele vai nascer», como
explica Hume que estejamos convencidos de que o Sol vai nascer amanhã?
1ª fase 2015
2ª fase 2015
Desde há muito notara eu que, no tocante aos costumes, é necessário às vezes seguir, como se
fossem indubitáveis, opiniões que sabemos serem muito incertas […]. Mas, porque agora
desejava dedicar-me apenas à procura da verdade, pensei que era forçoso que eu fizesse
exatamente ao contrário e rejeitasse, como absolutamente falso, tudo aquilo em que pudesse
imaginar a menor dúvida [...].
R. Descartes, Discurso do Método, Lisboa, Edições 70, 2000, p. 73 (adaptado)
Descartes decide rejeitar «tudo aquilo em que pudesse imaginar a menor dúvida». Partindo do
texto, exponha as razões que justificam esta decisão.
1ª fase 2016
O senhor Hume tem defendido que só temos esta noção de causa: algo que é anterior ao
efeito e que, de acordo com a experiência, foi seguido constantemente pelo efeito. [...] Seguir-
se-ia desta definição de causa que a noite é a causa do dia e o dia a causa da noite. Pois, desde
o começo do mundo, não houve coisas que se tenham sucedido mais constantemente. [...]
Seguir-se-ia [também] desta definição que tudo o que seja singular na sua natureza, ou que
seja a primeira coisa do seu género, não pode ter uma causa.
T. Reid, Essays on the Active Powers of Man, Edinburgh University Press, 2010, pp. 249-250
2.1. Neste texto, apresenta-se e critica-se a noção de causa considerada por Hume. Explique as
falhas apontadas no texto a essa noção de causa.
2ª fase 2017
8. Hume distinguiu as questões de facto das relações de ideias. De acordo com esta distinção,
Quantas vezes me acontece que, durante o repouso noturno, me deixo persuadir de coisas tão
habituais como que estou aqui, com o roupão vestido, sentado à lareira, quando, todavia,
estou estendido na cama e despido! Mas, agora, observo este papel seguramente com os
olhos abertos, esta cabeça que movo não está a dormir, voluntária e conscientemente estendo
esta mão e sinto-a: o que acontece quando se dorme não parece tão distinto. Como se não me
recordasse já de ter sido enganado por pensamentos semelhantes!
R. Descartes, Meditações sobre a Filosofia Primeira, Coimbra, Livraria Almedina, 1985, p. 108.
As coisas corpóreas podem não existir de um modo que corresponda exatamente ao que delas
percebo pelos sentidos, porque, em muitos casos, a perceção dos sentidos é muito obscura e
confusa; mas, pelo menos, existem nelas todas as propriedades que entendo clara e
distintamente, isto é, todas aquelas que, vistas em termos gerais, estão compreendidas no
objeto da matemática pura.
R. Descartes, Meditações sobre a Filosofia Primeira, Coimbra, Livraria Almedina, 1985, p. 210 (texto adaptado).
1ª fase 2018
7. A dúvida cartesiana também se aplica às crenças a priori. O argumento que permite pôr em
causa as crenças a priori é o argumento
(B) do sonho.
Da primeira vez que um homem viu a comunicação de movimento por impulso, ou pelo
choque de duas bolas de bilhar, ele não poderia afirmar que um evento estava conectado, mas
apenas que estava conjugado com o outro. Depois de ter observado vários casos desta
natureza, passa a declarar que eles estão conectados.
D. Hume, Investigação sobre o Entendimento Humano, Lisboa, IN–CM, 2002, p. 89.
Como é que Hume explica que tenhamos a ideia de conexão necessária entre acontecimentos?
Na sua resposta, integre adequadamente a informação do texto.
2ª fase 2018
8. Imagine que submetia as suas opiniões ao teste da dúvida proposto por Descartes. Qual das
opiniões seguintes seria a mais resistente à suspeita de falsidade?
Há uma questão que, na evolução do pensamento filosófico ao longo dos séculos, sempre
desempenhou um papel importante: Que conhecimento pode ser alcançado pelo pensamento
puro, independente da perceção sensorial? Existirá um tal conhecimento? […] A estas
perguntas […] os filósofos tentaram dar uma resposta, suscitando um quase interminável
confronto de opiniões filosóficas. É patente, no entanto, neste processo […], uma tendência
[…] que podemos definir como uma crescente desconfiança a respeito da possibilidade de,
através do pensamento puro, descobrirmos algo acerca do mundo objetivo.
Einstein, Como Vejo a Ciência, a Religião e o Mundo, Lisboa, Relógio D’Água Editores, 2005, p. 163. (Texto
adaptado)
Será que tanto Descartes como Hume contribuíram para a «crescente desconfiança» referida
no texto? Justifique a sua resposta
1ª fase 2019
GRUPO IV 1. Depois de ter superado o teste da dúvida, Descartes restabelece a confiança nos
sentidos. No texto seguinte, Descartes esclarece em que circunstâncias se justifica confiar nos
sentidos.
No que se refere ao bem do corpo, os sentidos indicam muito mais frequentemente a verdade
do que a falsidade. E posso quase sempre utilizar mais do que um sentido para examinar a
mesma coisa; e, além disso, posso utilizar tanto a minha memória, que associa as experiências
presentes às passadas, como o meu intelecto, que já examinou todas as causas de erro. Por
isso, não devo continuar a temer que seja falso o que os sentidos me dizem habitualmente;
pelo contrário, as dúvidas exageradas dos últimos dias devem ser abandonadas como risíveis.
[…] E não devo ter sequer a menor dúvida da sua verdade se, depois de apelar a todos os
sentidos, assim como à minha memória e ao meu intelecto, para examinar as indicações que
receber de qualquer destas fontes, não houver conflito entre elas.
R. Descartes, Meditações sobre a Filosofia Primeira, Coimbra, Almedina, 1976, pp. 224-225. (Texto adaptado)
2ª fase 2019
POPPER KUHN
Texto F
Aquilo em que nós acreditamos (bem ou mal) não é que a teoria de Newton ou a de Einstein
sejam verdadeiras, mas sim boas aproximações à verdade, [...] podendo ser superadas por
outras melhores.
Karl Popper, O Realismo e o Objetivo da Ciência, Lisboa, Publicações D. Quixote, 1997
2ª fase 2012
Texto E
[…] Se dos dados da observação vulgar se conclui que «todos os corpos caem», a generalização
indutiva consistiu somente em considerar permanente uma relação ocasionalmente
conhecida, o que levou, consequentemente, a procurar a justificação causal dessa
permanência e a falar de gravidade. Quando, no mesmo domínio, se concluiu da experiência,
por exemplo, que «todos os corpos caem no vácuo com igual velocidade», e se determinou a
velocidade da queda livre, a indução generalizou um dado experimental, elevando-o à
categoria de relação constante.
Vieira de Almeida, «A Crise Socrática», in Obra Filosófica II, Lisboa, Fundação Calouste Gulbenkian,1987
3.1. Identifique as duas vantagens da indução a partir dos «dados da observação vulgar» a que
o texto faz referência.
1ª fase 2012
1ª fase2013
2ª fase 2013
(A) problemas.
(B) observações.
(C) experiências.
(D) generalizações.
1ª fase 2014
2ª fase 2014
Considere-se, para usar outro exemplo, os homens que chamaram louco a Copérnico por este
proclamar que a Terra se movia. Eles não estavam simplesmente errados, nem completamente
errados. Para eles, a ideia de posição fixa fazia parte do significado de «Terra». [...] De modo
correspondente, a inovação de Copérnico não se limitava a mover a Terra. Era, em vez disso,
todo um novo modo de olhar para os problemas da física e da astronomia, um modo de olhar
que mudava necessariamente o significado quer de «Terra», quer de «movimento».
T. Kuhn, A Estrutura das Revoluções Científicas, Lisboa, Guerra & Paz, 2009, p. 205 (adaptado)
Para Kuhn, exemplos como o do texto anterior apoiam a ideia de que paradigmas diferentes
são
(A) extraordinários.
(B) comparáveis.
(C) incomensuráveis.
2. Leia o texto.
2.1. De acordo com Kuhn, como se explica a passagem da ciência normal para a ciência
extraordinária?
Na sua resposta:
2.2. Apresente uma crítica à perspetiva de Kuhn acerca do desenvolvimento da ciência. Na sua
resposta, comece por explicitar o aspeto da perspetiva de Kuhn a que a crítica apresentada diz
respeito.
2ª fase 2015
1ª fase 2016
1ª fase 2017
Barry Marshall, médico [...] na Austrália, descobriu que muitos cancros do estômago [...] são
causados por uma bactéria chamada Helicobacter pylori. Embora as suas descobertas fossem
fáceis de comprovar, o conceito era tão radical que iria passar mais de uma década até ser
aceite entre a comunidade médica. Os institutos nacionais de saúde dos Estados Unidos, por
exemplo, só subscreveram oficialmente a ideia em 1994. «Devem ter morrido sem
necessidade centenas, mesmo milhares de pessoas com úlceras», disse Marshall [...] em 1999.
O caso apresentado no texto anterior corresponde à descrição feita por Kuhn da comunidade
científica num período de ciência normal, uma vez que
d) as teorias radicais, ainda que a comunidade científica as considere atraentes, são difíceis de
comprovar.
2ª fase 2017
5. Leia o texto seguinte.
Em 1900, num notável momento de arrogância, o célebre físico britânico Lord Kelvin declarou:
«Já não há nada de novo para se descobrir na física. Restam apenas medições cada vez mais
precisas.»
B. Dupré, 50 Ideias de Filosofia que precisa mesmo de saber, Alfragide, Publicações D. Quixote, 2011, p. 138.
De acordo com a perspetiva de Kuhn acerca da ciência, a declaração de Lord Kelvin exemplifica
a maneira de encarar a atividade científica nos períodos
Uma coisa requerida para uma nova teoria ser um avanço claro em relação a uma teoria
prevalecente até então é que a nova teoria tenha mais conteúdo testável do que a teoria
anterior. Mas Kuhn [...] nega que uma revolução científica resulte alguma vez nesta espécie de
superioridade nítida. A ideia subjacente é que numa revolução científica há ganhos mas
também perdas, de modo que as duas teorias são incomparáveis quanto ao conteúdo.
J. Watkins, Ciência e Cepticismo, Lisboa, Fundação Calouste Gulbenkian, 1990, p. 189 (texto adaptado).
(C) Nenhum cientista admite que alguma teoria empírica seja preferível a outra.
(D) O conteúdo testável de uma teoria não é relevante para a sua avaliação.
Grupo IV 3. Que razões levaram Popper a opor-se à perspetiva segundo a qual a ciência
começa com a observação?
1ª fase 2018
a) Se há instabilidade política no Reino Unido, os preços das ações na bolsa de Londres caem.
b) Se há instabilidade política no Reino Unido, os preços das ações na bolsa de Londres
alteram-se.
Qual das proposições seria mais interessante para um cientista que usasse o método proposto
por Popper? Justifique a sua resposta.
3. Será que a avaliação das teorias científicas é determinada por critérios objetivos?
2ª fase 2018
5. Popper defende que, quanto mais falsificável for uma dada afirmação, mais interessante ela
é para a ciência.
6. Popper afirma que a ciência começou com a invenção do método crítico e considera que os
cientistas agem de modo conscientemente crítico sobretudo quando
1ª fase 2019
GRUPO IV
3. Leia os textos seguintes.
Claro que o cientista individual pode desejar estabelecer a sua teoria, em vez de a refutar.
Mas, do ponto de vista do progresso na ciência, esse desejo pode induzi-lo seriamente em
erro. Mais ainda, se não examinar a sua teoria preferida de modo crítico, outros o farão por
ele. […] Para que uma nova teoria constitua uma descoberta ou um passo em frente, deve
entrar em confronto com a que a antecedeu [...]. Neste sentido, o progresso na ciência – ou,
pelo menos, o progresso significativo – é sempre revolucionário.
K. Popper, O Mito do Contexto. Em defesa da ciência e da racionalidade, Lisboa, Edições 70, 2009, pp. 32, 41-42.
(Texto adaptado)
Sir Karl [Popper] acentua os testes realizados para explorar as limitações da teoria aceite ou
para submeter à tensão máxima uma teoria vulgar. Entre os seus exemplos favoritos […] estão
as experiências de Lavoisier sobre a calcinação e as expedições para observar o eclipse solar de
1919 […]. Claro que estes são testes clássicos, mas, ao usá-los para caracterizar a atividade
científica, Sir Karl omite algo de muito importante a seu respeito. Episódios como estes são
muito raros no desenvolvimento da ciência. […] São aspetos ou exemplos do que algures
chamei «investigação extraordinária» [...]. Sugiro, portanto, que Sir Karl caracterizou todo o
empreendimento científico em termos que só se aplicam às suas partes ocasionalmente
revolucionárias.
T. Kuhn, A Tensão Essencial, Lisboa, Edições 70, 1989, pp. 329-330. (Texto adaptado)
2ª fase 2019
ARTE E RELIGIÃO
GRUPO V
A seguinte estrofe do poema Gozo e Dor, de Almeida Garrett, é um exemplo de que a arte
transmite sentimentos.
Na sua resposta:
– identifique, referindo o seu nome, a teoria da arte segundo a qual toda a arte transmite
sentimentos;
Muitas pessoas – filósofos, teólogos e cientistas – afirmam que temos bons argumentos a
favor da existência de Deus: uns defendem que a própria ideia de Deus implica a sua
existência; outros sustentam que tem de haver uma causa para o Universo e que essa causa só
pode ser Deus; outros, ainda, alegam que a ordem que encontramos na natureza não pode ser
fruto do acaso e que Deus é a melhor explicação para essa ordem; e há quem considere outros
argumentos.
Na sua resposta, considere o argumento (ou prova) que estudou a favor da existência de Deus
e:
– identifique, referindo o seu nome, esse argumento (ou prova) a favor da existência de Deus;
– apresente inequivocamente a sua posição; – argumente a favor da sua posição
1ª fase 2015
GRUPO V
Será que julgar a beleza das coisas é simplesmente dar voz aos nossos sentimentos?
Na sua resposta,
Será que a resposta religiosa para o problema do sentido da vida é satisfatória? Na sua
resposta,
2ª fase 2017
PERCURSO A – A experiência estética
2ª fase 2018