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Videojogos: uma estratégia psico-pedagógica?

Introdução
Os Videojogos revelam-se de elevado interesse científico atualmente. Tal deve-se
essencialmente ao facto destes constituírem uma atividade lúdica favorita em várias culturas, de
forma a “absorver tempo e esforço numa extensão nunca antes vista”.
Verifica-se, desta forma, que existe um crescente número de trabalhos científicos que se
dedicam ao estudo deste fenómeno sob múltiplas perspetivas.
Videojogos como Dispositivos Psico-pedagógicos
Na defesa das qualidades dos Videojogos que os tornam um meio de aprendizagem
extremamente poderoso encontra-se, que dedicou uma obra em defesa tenaz desta convicção.
De acordo com esta perspetiva encontra-se, que salienta que apesar dos Videojogos serem
encarados mais frequentemente como uma atividade de puro entretenimento, é importante
entendê-los também como ferramentas extremamente poderosas de aprendizagem.
Ainda no que concerne especificamente à aprendizagem,
acrescenta que estes dispositivos contribuem para a literacia informática nas crianças, o que
contemporaneamente é, como sabemos, de extrema relevância.
Outros autores também fazem referência a alguns estados afetivos provocados pelos Videojogos
e acrescentam as oportunidades de auto-regulação dos mesmos. Esta perspetiva vai de encontro
à função adaptativa das emoções que é defendida por diversos autores de diferentes disciplinas.
A emoção guia a perceção, aumenta a atenção seletiva e ajuda a determinar o conteúdo da
memória de trabalho, como representamos na figura seguinte.
Em relação à emoção de interesse, que atingiu níveis significativamente elevados no nosso
estudo supracitado, como já foi referido, é aceite que esta é responsável por motivar a
exploração e a aprendizagem e por garantir a imersão psicológica no ambiente, o que nos parece
fundamental num Dispositivo Psico-pedagógico eficaz.
Conclusão
Tendo em consideração as ilações que foram realizadas ao longo deste trabalho, concluímos que
podemos realmente defender os Videojogos como Dispositivos Psicopedagógicos, já que nos
parecem suficientemente patentes as suas capacidades
educativas e de desenvolvimento de competências (quer cognitivas e sociais, quer de controle
emocional). Sendo assim, consideramos que seria pertinente que estes fossem tidos em
consideração, como tal, na prática psico-educativa, à semelhança de outras atividades lúdicas
que há muito já são tidas em consideração, de que são exemplo as palavras-cruzadas e a sopa de
letras (que são utilizadas especialmente na intervenção nas dificuldades de leitura e escrita).

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