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Resumo
No presente artigo, tem-se como objetivo mostrar o papel do brincar no processo de aprendizagem
concebido na interação com o professor. Esta pesquisa de revisão de literatura buscará realizar
levantamento da produção científica e literária acerca dos temas relacionados ao universo lúdico e seus
desdobramentos, julgando-o relevante para a prática dos diversos profissionais que atuam na área, como
educadores, psicólogos e psicopedagogos. Por fim, promover diálogos sobre as práticas atuais de
atendimento no contexto clínico, estabelecendo considerações passíveis de utilização, uma vez que se
observa o sucesso realizado com atividades lúdicas para atender a demanda das crianças que recebem
esse atendimento. Os jogos são importantes na ação do neuropsicopedagogo, possibilitando à criança o
desenvolvimento de suas habilidades cognitivas e motoras de forma prazerosa, o que torna essa prática
de grande contribuição para o contexto clínico.
1. Introdução
O presente artigo tem como objetivo evidenciar o papel do jogo como ferramenta para
avaliação e intervenção, recurso facilitador na aprendizagem de crianças com dificuldade de
aprendizagem, reconhecendo-o como um instrumento de intervenção neuropsicopedagógica
importante no desenvolvimento cognitivo e sócio-emocional. Serão apresentadas as principais
ideias que o jogo exerce no trabalho do neuropsicopedagogo clínico com o intuito de estimular
estes profissionais a reflexão sobre a utilização do lúdico durante suas sessões.
A utilização dos jogos importantíssimo, tanto para realizar o levantamento hipótese
diagnóstica acerca das limitações e possibilidades do aprendente, como as dificuldades de
aprendizagem da criança com algum transtorno.
A ludicidade é um excelente recurso para o atendimento do neuropsicopedagogo,
usando-o como instrumento de vinculação cognitiva com a aprendizagem.
Os jogos cognitivos são ditos como “um conjunto de jogos variados que trabalham
aspectos cognitivos, propondo a intersecção entre os conceitos de jogos, diversão e cognição”[1].
Concomitantemente, a cognição pode ser entendida como “a aquisição, o
armazenamento, a transformação e aplicação do conhecimento” [2]. Desse modo, acredita-se que
1
Acadêmico do Curso de Pós-Graduação Lato Sensu em Neuropsicopedagogia Institucional e Educação
Especial Inclusiva da Faculdade Censupeg;
2
Professora Orientadora dos Cursos de Neuropsicopedagogia da Faculdade Censupeg.
oferecem grande contribuição no desenvolvimento infantil e coloca-se ênfase nos aspectos
cognitivos. Desse modo, acredita-se que oferecem grande contribuição no desenvolvimento
infantil e coloca-se ênfase nos aspectos cognitivos.
A utilização de jogos facilita o trabalho do neuropsicopedagogo clínico oportunizando
o contato com situações do cotidiano das práxis da criança em processo terapêutico pelo fato
dos jogos fornecerem uma linguagem mais acessível e promover uma intervenção menos
cansativo, pois jogando a criança experimenta, inventa, descobre, aprende e confere novas
habilidades, desenvolvendo as competências sócio-emocionais do aprendiz.
O verdadeiro sentido do lúdico no âmbito clínico é proporcionar um trabalho que facilite
a aprendizagem das crianças trazendo mais confiança e conforto para se desenvolver
plenamente. É no jogo que a criança relaciona as ideias com a função corporal". Portanto, é
através do jogo que a criança vai expressar agressão, para adquirir experiência, para controlar
a ansiedade, para estabelecer contatos sociais como integração da personalidade e por prazer [3].
2. Metodologia
4. Conclusões
A partir das análises dos artigos utilizados para fazer essa revisão de literatura, foi
possível concluir, primeiramente, que o lúdico é de suma importância para o desenvolvimento
físico e mental das crianças, além de auxiliar na construção do seu conhecimento e na sua
socialização. Ademais, um instrumento clínico que tem o poder de melhorar a autoestima e
aumentar os conhecimentos da criança na aprendizagem, utilizado com objetivos definidos para
bons resultados. Dito isso, é necessário que o neuropsicopedagogo amplie seus conhecimentos
sobre os jogos e que o utilize com mais frequência no convívio clínico, proporcionando o
desenvolvimento integral dos atendentes, ressaltando assim, que quanto maior vivência da
prática lúdica, maior será a chance desse profissional trabalhar de forma prazerosa.
Após a leitura dos principais artigos referentes a esse estudo, foi possível entender
como, por meio do jogo, o indivíduo pode brincar naturalmente, testar hipóteses, explorar toda
a sua criatividade, o que contribui e enriquece o desenvolvimento intelectual.
Com jogos, a criança desenvolve o seu raciocínio e conduz o seu conhecimento de
forma descontraída e espontânea jogando; ela constrói um espaço de experimentação, de
transição entre o mundo interno e externo, esses que não se limitam somente nessas questões,
mas em valores e estimular as habilidades manuais. Um número considerável de textos
acadêmicos abordava, além do desenvolvimento das habilidades psicossociais, também um
fortalecimento e especialização dos sistemas motores da criança. Esses dois eixos no
desenvolvimento cerebral do jogador se comunicam e dizem respeito um ao outro, porém, ao
longo da literatura, como foi conferido pelo presente trabalho, a demonstração dos avanços da
criança em cada uma dessas áreas era trabalhada e discutida.
Por fim, foi majoritária a afirmação de que o jogo, tomado por mais que uma mera fonte
de lazer – o que não significa afirmar que não possa haver prazer num ambiente clínico, muito
pelo contrário –, ajuda a construir novas descobertas, desenvolve e enriquece a personalidade,
e simboliza um instrumento que leva o neuropsicopedagogo à condição de condutor,
estimulador e avaliador da aprendizagem.
5. Referências
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