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Acompanhamento

ESCOLAR
nas redes públicas de ensino

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Copyright © 2020 by Educar pra valer ISBN

Diretor Executivo da Associação Bem Comum


José Clodoveu de Arruda Coelho Neto

Diretora de Desenvolvimento Institucional


Andréa Araújo Rocha Nibon

Diretora do Programa Educar pra Valer


Márcia Oliveira Cavalcante Campos

Assessora da Direção
Antonia Aleksandra Mendes Oliveira

Gestor de Projetos Todos os direitos desta edição reservados a: Educar pra valer
Ailton Fonseca Galvão

Coordenadores Estaduais
Adriano Silva Lima
Aurilene Marcelo da Silva
Eveline Rocha Pitombeira
Júlio César Cavalcante Bezerra
Maria Leuzimirtes de Loiola
Rita Alcina Monteiro Silva
Roberta de Carvalho Cesar
Sílvia Maria Monteiro Lima
Valdenice Barbalho Gomes
Vanessa Paula Teixeira Moura Menezes

Revisão de Texto
Tânia Maria Batista de Lima
Davi Batista Vieira de Sousa

Ilustrações internas e Capa


Rafael Limaverde

Projeto Gráfico e Diagramação


Marisa Marques de Melo
Agradecimentos

Agradecemos às redes municipais parceiras do Programa Educar pra Valer pela boa interlocução e
construção coletiva. Elas tem sido uma fonte muito inspiradora para a organização de produções tais como o
presente documento. Ele tem o objetivo de contribuir com o processo de formação das equipes municipais
que fazem o acompanhamento escolar.
Também expressamos nossa gratidão à prontidão e receptividade do professor Francisco Herbet
Lima Vasconcelos, Secretário de Educação, e a contribuição das professoras Jamille Fonteles Rolim
Caldas, Coordenadora de Desenvolvimento da Aprendizagem e da Gestão Pedagógica; e Sâmia Cristina
Fernandes Linhares, Coordenadora de Gestão Escolar, da Secretaria de Educação de Sobral, pelos diálogos e
compartilhamento de informações acerca do modelo da superintendência escolar do município.
Que sigamos trocando experiências, aprendendo juntos e construindo uma educação de qualidade, que
prime verdadeiramente pelo direito de aprender de nossas crianças e jovens.

Equipe EpV
Apresentação
Este documento tem por objetivo descrever a importância e a forma como pode ser realizado o acompanhamento
escolar em redes públicas de ensino, a partir da perspectiva do Programa Educar pra Valer (EpV). Para introduzir o tema, há
inicialmente a descrição do EpV quanto aos seus propósitos, sua abordagem, sua estrutura conceitual e metodológica.
O texto está estruturado em cinco capítulos que abordam os conteúdos relevantes para o entendimento e exercício da
atividade de acompanhamento no apoio às escolas, com o objetivo de fortalecer e ampliar uma ação pedagógica com foco na
aprendizagem dos estudantes.
O Capítulo I conceitua e define o que é o Acompanhamento Escolar e apresenta alguns modelos possíveis de atuação
e estruturação deste trabalho. O Capítulo II apresenta o perfil esperado e as atribuições que cabem a este profissional, assim
como a organização da equipe e o seu fluxo de trabalho.
O Capítulo III expõe as atribuições basilares do diretor e coordenador, com propostas de rotinas pedagógicas e de
gestão, inclusive para professores. Para desenvolver um bom trabalho é necessário auxiliar os atores a ter uma visão sistêmica
dos processos escolares refinando o olhar e aprimorando o fazer pedagógico. O Capítulo IV descreve o plano de ação que é
um importante instrumento para orientar quais as prioridades a serem adotadas pela gestão e um componente essencial
para guiar o acompanhamento escolar.
Por fim, o Capítulo V descreve os princípios e o tipo de abordagem a ser adotado pela equipe que realiza o acompa-
nhamento quando no processo de interlocução com a escola. Nos anexos, são disponibilizados alguns instrumentos de
natureza prática objetivando auxiliar na estruturação e organização da rotina de trabalho.
O intuito deste documento não é impor receitas prontas ou modelos acabados, mas sim oferecer uma referência
fundamentada nas experiências exitosas vivenciadas em algumas redes públicas de educação no país. Os insumos e propostas
básicas sugeridos neste texto, objetivam contribuir com a equipe da secretaria municipal na reflexão e elaboração do próprio
formato de acompanhamento pedagógico e administrativo em suas instituições de ensino. Desse esforço coletivo dependerá
a qualidade da aprendizagem dos estudantes e os resultados positivos de cada instituição escolar e do sistema municipal de
educação como um todo.
Sumário

INTRODUÇÃO.....................................................................................................................................................................................................12

CAPÍTULO - 1
O QUE É A SUPERINTENDÊNCIA ESCOLAR?..........................................................................................................................................................15
1.1 - Alguns modelos de superintendência escolar: ...............................................................................................................................................................................18

CAPÍTULO - 2
SUPERINTENDÊNCIA ESCOLAR E SUAS ATRIBUIÇÕES .........................................................................................................................................21
2.1 - O Perfil dos profissionais da equipe da Superintendência Escolar ..........................................................................................................................................23
2.2 - As Atribuições da Superintendência Escolar....................................................................................................................................................................................24
2.3- A formalização do cargo de superintendente no organograma da secretaria.....................................................................................................................27
2.4- O fluxo de trabalho da Superintendência...........................................................................................................................................................................................28
2.4.1- As visitas à escola..............................................................................................................................................................................................................................31
CAPÍTULO - 3
ATRIBUIÇÕES DO NÚCLEO GESTOR E PRINCIPAIS ROTINAS DA ESCOLA........................................................................................................43
3.1- Atribuições do diretor................................................................................................................................................................................................................................45
3.2- Atribuições do coordenador pedagógico...........................................................................................................................................................................................48
3.3- As rotinas do diretor, coordenador pedagógico e dos professores...........................................................................................................................................49
3.3.1- PROPOSTA DE ROTINA DO DIRETOR E COORDENADOR PEDAGÓGICO........................................................................................................................50
3.3.2- PROPOSTA DE ROTINA DOS PROFESSORES EPV..................................................................................................................................................................58

CAPÍTULO - 4
O PLANO DE AÇÃO E AS AVALIAÇÕES EXTERNAS – INSTRUMENTOS DE APOIO E MONITORAMENTO ......................................................61
4.1- A estrutura do plano de ação..................................................................................................................................................................................................................63
4.1.1- O que são metas...............................................................................................................................................................................................................................63
4.1.2- Estrutura do Plano de Ação da secretaria de educação.....................................................................................................................................................63
4.1.3- Estrutura do plano de ação das escolas...................................................................................................................................................................................65
4.2- As avaliações externas, o monitoramento das metas e das ações estratégicas....................................................................................................................66

CAPÍTULO - 5
A ATUAÇÃO DO SUPERINTENDENTE: ABORDAGENS E PRINCÍPIOS................................................................................................. 71

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ..........................................................................................................................................................................79
ANEXOS.................................................................................................................................................................................................................83
ANEXO I – LEI N.º 490 DE 06 DE JANEIRO DE 2004........................................................................................................................................... 85

ANEXO II – DISTRIBUIÇÃO DOS SUPERINTENDENTES POR ESCOLA................................................................................................................ 86

ANEXO III – MODELO SINTÉTICO DOS INDICADORES EDUCACIONAIS DA ESCOLA E DO MUNICÍPIO E QUADRO GERAL DA ESCOLA ... 87

ANEXO IV – INSTRUMENTAL GERAL PARA ACOMPANHAMENTO MENSAL E RELATÓRIOS DAS VISITAS.................................................... 93

ANEXO V –  ROTEIRO DE OBSERVAÇÃO DE SALA DE AULA............................................................................................................................... 98

ANEXO VI – INFORMAÇÕES DA ESTRUTURA DA ESCOLA E LEVANTAMENTO DE DESAFIOS........................................................................101

ANEXO VII – PROPOSTA E SUGESTÕES DO EpV PARA ROTINAS DE AULA PARA OS PROFESSORES ............................................................ 104

ANEXO VIII – QUADRO DE ACOMPANHAMENTO DAS FALTAS DOS PROFESSORES.......................................................................................... 112

ANEXO IX – QUADRO DE LEVANTAMENTO DE CARÊNCIAS DOS PROFESSORES........................................................................................... 113

ANEXO X – QUADRO DA QUANTIDADE DE LICENÇAS DOS PROFESSORES....................................................................................................114

ANEXO XI – INSTRUMENTO DE OBSERVAÇÃO DO PLANEJAMENTO................................................................................................................115

ANEXO XII – QUADRO SÍNTESE DO PLANO DE AÇÃO DO MUNICÍPIO – METAS A SEREM MONITORADAS PELO EPV.................................. 117

ANEXO XIII – QUADRO SÍNTESE DO PLANO DE AÇÃO DA ESCOLA.....................................................................................................................119

ANEXO XIV – GUIA EXPLICATIVO DAS CAMINHADAS PEDAGÓGICAS DA REDE MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO DE SOBRAL-CE......................121
INTRODUÇÃO
O Programa Educar pra Valer tem como propósito pres- SUSTENTABILIDADE
tar assessoria técnica aos municípios parceiros como apoio à
implementação de boas práticas de gestão. Seu propósito é:

Consolidar o aprendizado da alfabetização


até os 07 anos de idade.
GESTÃO
DA REDE
Elevar os indicadores de fluxo escolar. EDUCACIONAL

Elevar o percentual de alunos ao nível


adequado em língua portuguesa e matemática,
de acordo com os parâmetros do Sistema
de Avaliação da Educação Básica (SAEB) Formação Escolas
e - por conseguinte - avançar no Índice de Avaliação
Desenvolvimento da Educação Básica (IDEB),
acima do proposto pela meta nacional. Diretores
Coordenadores
Professores
Alunos
Para alcançar a elevação da aprendizagem dos estudan-
tes e vencer os desafios educacionais relacionados à melhoria
da qualidade da aprendizagem, o Programa propõe uma abor-
dagem sistêmica. Esta abordagem se materializa em cinco eixos
de atuação: a) gestão da rede; b) gestão pedagógica; c) avalia- Acompanha-
ção; d) acompanhamento e e) sustentabilidade. mento
Os eixos são interdependentes, complementares e pos-
suem foco voltado para o processo de implementação de uma
política educacional que compreende a escola e a sala de aula
como espaços prioritários de atuação dos profissionais da rede.

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O modelo funciona assim: a gestão da rede municipal define
a política educacional e o plano de metas com base no diagnóstico de
aprendizagem dos estudantes. Para alcançar as metas estabelecidas, é
necessário obter melhoria dos resultados diagnosticados. A melhoria das
escolas depende substancialmente da qualidade da formação do núcleo
gestor e dos professores.
Como saber se as escolas estão realmente priorizando as metas
se não houver um acompanhamento e, por consequência, uma avaliação
delas? Definidas as metas de aprendizagem, as escolas devem ser siste-
maticamente visitadas pela secretaria da educação, a fim de monitorá-las
e reavaliar as intervenções ainda no ano letivo em curso. Para que as es-
colas sejam bem sucedidas, é fundamental que estas sejam apoiadas em
suas ações para que ao final do ano se evite um resultado negativo das
avaliações somativas
As denominações para pessoas e/ou grupos que fazem esse
acompanhamento variam de município a município. Podem ser tutores,
gerência escolar, supervisores, assessores pedagógicos, inspetores,
agentes difusores pedagógicos, núcleo de apoio a gestão, dentre outras.
Para efeito deste texto, utilizaremos o termo “superintendência escolar”.

PARA REFLETIR:
h Qual o papel e a importância do acompanhamento
escolar no modelo de gestão sugerido pelo EpV?
h Qual a sua opinião sobre esse modelo?
h Por que é fundamental a realização de um diagnós-
tico da aprendizagem dos alunos para a definição
das metas educacionais do município e da escola?

13
Capitulo -1
15
1.
O QUE É A
SUPERINTENDÊNCIA
ESCOLAR?
O que se opõe ao descuido e ao descaso é o cuidado. Cuidar é
mais que um ato; é uma atitude. Portanto, abrange mais que
um momento de atenção. Representa uma atitude de ocupação,
preocupação, de responsabilização e de envolvimento afetivo
com o outro.
(Leonardo Boff)

A superintendência escolar, tal como proposta pelo EpV, é uma


estratégia gerencial para organizar o acompanhamento às escolas, de
tal forma que elas não fiquem desconectadas da política educacional
adotada pela secretaria municipal de educação e estejam alinhadas na
busca de alcançar as metas de aprendizagem dos estudantes.

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Esse modelo chegou a Sobral-CE no ano de 2002, através do Além de um espírito de observação, o superintendente deve
Instituto Ayrton Senna (IAS) em um programa denominado “Escola cultivar a responsabilidade de ser um parceiro nos cuidados com a
Campeã” e contou com a importante participação do professor João escola, buscando contribuir para o crescimento do núcleo gestor
Batista Araújo e Oliveira. em seu engajamento, entendimento das metas de aprendizagem,
O programa proposto pelo IAS tinha elementos inspirados na bi- responsabilização e autonomia objetivando a melhoria dos processos
bliografia sobre escolas eficazes, na experiência da Secretaria Estadual e resultados pedagógicos.
de Educação de Minas Gerais e na reforma educacional da Inglaterra de O diretor é o principal líder da escola. Nesse sentido, cabe ao
1988, cujo modelo gerencial recomendava o desenvolvimento e valori- superintendente - em cooperação com o diretor - instigar a reflexão do
zação de lideranças e profissionais da escola. Somando-se a esse pres- núcleo gestor, de forma a gerar consciência, comprometimento, res-
suposto, propunha, ainda, um sistema de inspeção escolar que combina ponsabilização, autonomia e participação de todos nas soluções. A re-
avaliação institucional e pedagógica das escolas como um suporte de lação do Diretor e do Superintendente Escolar é sempre de cooperação
apoio para contribuir com a melhoria dos resultados. Aliadas a tais pres- e não de imposição vertical de procedimentos e ações.
supostos, indicava também as avaliações externas com ampla divulga-
ção dos dados, dentre outras estratégias.
Este modelo inspirou, a partir dos anos 2000, a gestão educacio-
nal de Sobral e hoje é um dos principais eixos que integram o mode-
lo de governança das escolas desse município, funcionando de forma
consistente e sistemática. É dessa experiência exitosa que surge a Su-
perintendência Escolar. PARA REFLETIR:
A ação do superintendente gira em torno de três eixos principais:
a) indicadores de rendimento e desempenho; b) processos escolares e
h Como o superintendente pode se sentir corres-
c) instrumentos de gestão. Ou seja, ele deverá observar os indicadores ponsável pela escola e trabalhar esse sentimento
de frequência, aprendizagem, aprovação, abandono e evasão daquela com os diretores que acompanha?
escola. Além disso, também acompanhará as rotinas observando como h Que atitudes são esperadas do Superintendente
é a escola no dia a dia, seus horários de funcionamento e, sobretudo, a
qualidade das aulas. Poderá, também, ajudar no encaminhamento de
na relação com o Diretor, principal liderança
alguns processos administrativos, quando isso se fizer necessário. De- na gestão da escola?
verá dar atenção especial à aplicação dos instrumentos de gestão, tais
como: o plano de ação e o plano de metas da escola, bem como os de-
mais planos que compõem a estrutura da gestão escolar.

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tes que realizam o acompanhamento escolar. Nesse caso es-
1.1- ALGUNS MODELOS DE
pecífico, geralmente a secretaria municipal atribui um núme-
SUPERINTENDÊNCIA ESCOLAR: ro maior de escolas a cada dupla. A dupla pode ter um viés
mais pedagógico, ou mesmo aglutinar também ao trabalho
O acompanhamento às escolas possui duas vertentes: a pedagó- as dimensões administrativas e financeiras. Isso depende do
gica e a administrativo-financeira. A “pedagógica” visa garantir um pro- que a gestão municipal irá priorizar em seu Plano de Ação.
cesso de efetiva aprendizagem dos alunos. A segunda, por sua vez, trata
de gerenciar recursos humanos, provimento dos insumos, bem como
organização, armazenamento, aquisições materiais e prestação de con- Destacamos também o modelo difundido pelo Itaú Social,
tas. Tendo como base essa tarefa de acompanhamento e, considerando embasado na publicação “A Reforma Educacional de Nova York –
a complexidade do trabalho da escola, existem alguns modelos de supe- Possibilidades para o Brasil” (GALL&GUEDES,2009). Os autores apre-
rintendência que podem ser definidos pela secretaria de educação: sentam um modelo de tutoria pedagógica, que tem por objetivo a
formação em serviço a ser realizada por um profissional mais expe-
a) DUAS EQUIPES - neste modelo, a secretaria define dois gru- riente: o Tutor. Tal formação – denominada de tutoria de área - é
pos de atuação: um pedagógico e outro administrativo. Esta pautada na construção de competências pedagógicas e administra-
última fica responsável pelos aspectos administrativos e fi- tivas. Essa capacitação deve ser realizada no cotidiano da escola, a
nanceiros. As equipes que acompanham esses processos são partir da reflexão sobre a práxis dos profissionais envolvidos (profes-
menores, pois - pela natureza do trabalho - é bem possível sores e lideranças responsáveis pela gestão da escola).
que cada pessoa possa acompanhar até mais de dez esco- A rotina do trabalho do tutor fundamenta-se em alguns princí-
las. Já a superintendência pedagógica é a responsável por pios da Andragogia1 (aprendizagem de adultos) Tais princípios são si-
acompanhar a gestão da aprendizagem e requer uma equipe milares ao que adotamos no nosso trabalho, tais como: relacionamen-
maior, pois os processos são mais complexos e exigem um to horizontal de parceria; valorização da prática como objeto de refle-
acompanhamento formativo, tendo em vista que implica - xão; flexibilidade para uma construção coletiva de ações focadas no
muitas vezes - em uma mudança de cultura dos profissionais
da escola; 1  A Andragogia é a ciência que estuda as melhores práticas para orientar adultos a aprender. É preciso
considerar que a experiência é a fonte mais rica para a aprendizagem de adultos. Estes são motivados a
aprender conforme vivenciam necessidades e interesses que a aprendizagem satisfará em sua vida. O
modelo andragógico baseia-se nos seguintes princípios: a) Necessidade de saber – adultos precisam
b) UMA EQUIPE - alguns municípios que conseguem aglutinar saber por que precisam aprender algo e qual o ganho que terão no processo; b) Autoconceito do
as atribuições administrativas, financeiras e pedagógicas em aprendiz – adultos são responsáveis por suas decisões e por sua vida, portanto querem ser vistos e
uma só equipe de superintendência escolar. tratados pelos outros como capazes de se autodirigir. c) Papel das experiências – para o adulto suas
experiências são a base de seu aprendizado. As técnicas que aproveitam essa amplitude de diferenças
individuais serão mais eficazes. d) Prontidão para aprender – o adulto fica disposto a aprender
quando a ocasião exige algum tipo de aprendizagem relacionado a situações reais de seu dia-a-dia;
c) DUPLAS - outro modelo possível que tem sido adotado em e) Orientação para aprendizagem – o adulto aprende melhor quando os conceitos apresentados
estão contextualizados para alguma aplicação e utilidade. f) Motivação – adultos são mais motivados
alguns municípios, é a definição de duplas de superintenden- a aprender por valores intrínsecos: autoestima, qualidade de vida, desenvolvimento.

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aprimoramento do trabalho e melhoria da aprendizagem dos alunos.
O Guia da Tutoria Pedagógica, apresentado pela Fundação Itaú Social,
pode auxiliar sobremaneira as equipes pedagógicas e administrativas
das escolas. (Ver referências ao final).
PARA REFLETIR:
Nesse processo de estruturação do acompanhamento escolar, é
fundamental que - considerando as especificidades de cada município e 1) Qual o modelo mais adequado de acompanha-
de suas instituições - a Secretaria de Educação escolha um modelo que mento para sua secretaria?
mais se adeque à sua realidade. Essa estrutura deve promover a articu-
2) Quais são as especificidades que devem ser
lação entre a gestão da secretaria municipal e as escolas, interligando-as
em rede para auxiliar no crescimento dos seus profissionais com foco na consideradas em seu município para a definição
elevação da qualidade da aprendizagem dos estudantes. das equipes de acompanhamento escolar?
O tamanho da equipe de supervisão das escolas depende da
estrutura a ser adotada, bem como do número de escolas. Por exemplo,
para uma rede que tem cinquenta escolas, será designado um grupo de
sete a oito pessoas com a função de acompanhar aproximadamente seis
ou sete escolas e mais uma chefia.
A missão essencial do superintendente é ser corresponsável pelas
instituições de ensino que acompanha, buscando - juntamente ao núcleo
gestor - a construção da escola pública de qualidade - aquela que ensina
bem os conteúdos curriculares, se preocupa com o aluno de maneira
global, e com a oferta de reais oportunidades de aprendizagem.

ATENÇÃO:
Não há modelo certo ou errado. O importante é
fazer funcionar o sistema escolar de forma efe-
tiva para que gere resultados de aprendizagem.

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Capitulo 2
2.
SUPERINTENDÊNCIA
ESCOLAR E SUAS
ATRIBUIÇÕES
A equipe da superintendência escolar deve ser constituída por
membros que possuam bom conhecimento educacional, compreendam
noções básicas de gestão, tenham boas habilidades comunicativas
compromisso com o direito à educação de qualidade e capacidade de
estabelecer relações interpessoais positivas, dentre outras características
que serão descritas mais adiante no item 2.1.
O perfil dos profissionais para trabalhar na educação deve contemplar
requisitos técnicos e de conhecimentos específicos da área. Para o cargo
de superintendente, tais características são especialmente necessárias.
As equipes de educação não devem ser constituídas por pessoas que não
se adequam ao perfil ou que não tenham as habilidades necessárias para
desempenhar tais funções na secretaria da educação ou nas escolas. A escolha
desses profissionais não pode ficar à mercê de quaisquer favorecimentos
político-partidários, sob pena de prejudicar substancialmente a melhoria
das escolas e da aprendizagem dos estudantes.

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ATENÇÃO: h Habilidade de articulação, com uma visão de conjunto e
de sistema;
É importante que não sejam escolhidas para es-
h Legitimidade perante os diretores e professores da rede;
sas funções pedagógicas e administrativas pes-
soas inaptas ao cargo, simplesmente por serem h Boa relação com o Secretário de Educação;
uma indicação política. Essas alternativas sem h Comunicação assertiva, principalmente saber ouvir e
critérios de mérito podem comprometer grave- dialogar com os diretores e supervisores;
mente o trabalho a ser realizado! h Bom trânsito interno na Secretaria, com fluidez na comuni-
cação e relação com técnicos e professores das escolas;
h Disponibilidade para visitar as escolas municipais e
para participar das formações, reuniões, encontros e
2.1 - O PERFIL DOS PROFISSIONAIS DA seminários.
EQUIPE DA SUPERINTENDÊNCIA ESCOLAR h Conhecimentos básicos de informática, habilidade
com leitura de tabelas, gráficos e dados estatísticos
A equipe de superintendência requer um coordenador capaz educacionais;
de liderar esse processo de monitoramento da escola. Este profissional
h Motivação para aprender;
deve ser escolhido ou selecionado pela Secretaria de Educação, obser-
vando sempre o perfil desejado para a função. A seguir, sugerimos atri- h Compromisso com a aprendizagem dos alunos e metas
butos do perfil para auxiliar na seleção do coordenador e dos demais da escola;
membros da equipe. h Conhecimentos de gestão.

A) PERFIL DO COORDENADOR DA SUPERINTENDÊNCIA.


B) PERFIL DOS SUPERINTENDENTES
Para realizar a contento essa função de coordenador da supe-
rintendência, o profissional deve ter: Em relação ao perfil do superintendente, espera-se que ele tenha:

h Experiência em gestão e com significativo desempenho h Habilidade de articulação e relação interpessoal;


pedagógico em sua trajetória; h Formação inicial (graduação) compatível com a área
h Capacidade de liderança; de atuação;

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h Capacidade de organizar-se para realizar as tarefas que 2.2 - AS ATRIBUIÇÕES DA
lhe cabem;
SUPERINTENDÊNCIA ESCOLAR
h Comunicação assertiva (escuta e fala) e boa interação
interpessoal; O coordenador da equipe de superintendência é responsável
por liderar a equipe. Seu trabalho deve garantir o apoio à organização,
h Disponibilidade de tempo compatível com suas
desenvolvimento de sua equipe e a realização das visitas, proporcionando
atribuições, inclusive para participar das formações,
meios para viabilizar retornos e feedbacks avaliativos em tempo hábil.
reuniões, encontros e seminários;
h Motivação para aprender;
Atribuições do Coordenador da Superintendência Escolar
h Conhecimentos básicos de informática, habilidade
h Participar da construção do Plano de Ação da Secretaria
com leitura de tabelas, gráficos e dados estatísticos
de Educação do município;
educacionais;
h Construir um plano de acompanhamento, monitoramen-
h Compromisso e demonstrar real interesse para elevar a
to e avaliação do trabalho escolar junto com a equipe,
qualidade do trabalho das escolas.
a partir de modelos de diretrizes e metas prioritárias de
aprendizagem e desenvolvimento da escola;
h Definir diretrizes para que sua equipe acompanhe a ma-
trícula, lotação de professores, censo escolar, realização
das avaliações externas, diagnósticas e formativas, bem
como o preenchimento do Sistema de Avaliação Educar
ATENÇÃO: Pra Valer (SAEV);

Na maioria das vezes não encontramos o profis- h Orientar a equipe de superintendência para acompanhar
a elaboração e revisão do Plano de Ação das escolas;
sional “pronto”, mas sim pessoas com potencial.
Aquelas que tiverem motivação para aprender, h Preparar a equipe de superintendentes para que se apro-
priem da dinâmica detalhada da escola - o campo de atu-
compromisso com a educação pública, boa
ação desse trabalho - por excelência;
habilidade relacional, além de disponibilidade
de tempo, têm grandes chances de desempe- h Realizar reuniões semanais com os superintendentes para
o alinhamento das ações;
nharem bem o cargo.
h Definir e elaborar em conjunto com sua equipe, instru-
mentos de acompanhamento pedagógico;

24
h Acompanhar e monitorar os instrumentos de gestão: O Superintendente Escolar é responsável por acompanhar
calendário escolar; regimento escolar; plano de ação; a gestão das escolas municipais visando fomentar um movimento
de reflexão e ação em torno de três eixos principais: indicadores de
h Projeto Político Pedagógico e Plano de Desenvolvimento
rendimento e desempenho, processos escolares e instrumentos de
das Escolas;
gestão, fortalecendo a liderança do diretor, através de visitas sistemáticas
h Acompanhar e monitorar - junto aos superintendentes às unidades escolares e encontros individuais e/ou com grupo de
- os indicadores de: frequência de alunos, professores e gestores, com foco na melhoria da aprendizagem dos alunos.
funcionários; movimento, rendimento e fluxo escolar;
desempenho acadêmico em avaliações externas e
internas; ambiente educativo e espaço físico das escolas; h Participar da construção ou, pelo menos, conhecer bem
o Plano de Ação da Secretaria de Educação do município;
h Acompanhar e monitorar - junto com os superintenden-
tes - os processos escolares: matrícula e lotação; plane- h Monitorar a matrícula, lotação de professores, censo, re-
jamento e práticas pedagógicas; alização das avaliações externas, diagnósticas e formati-
vas, bem como o preenchimento do SAEV;
h Apropriar-se dos programas e políticas implementados
pela Secretaria Municipal da Educação; h Orientar a construção e acompanhar a implementação
do Plano de Ação das escolas alinhado ao da Secretaria
h Realizar audiência individual e/ou coletiva com os
de educação do município.
Diretores das escolas;
h Participar das formações, seminários e reuniões internas
h Articular a logística das visitas às escolas, a serem
promovidas pela secretaria ou por sua coordenação
realizadas pela equipe.
específica;
h Preparar a equipe de superintendentes para que façam
h Acompanhar e monitorar os indicadores educacionais:
visitas regulares às escolas, com propósitos claros,
frequência de alunos, professores e funcionários; movi-
planejados, com intencionalidade, objetividade e com
mento, rendimento e fluxo escolar; desempenho acadê-
retornos/feedbacks eficazes;
mico em avaliações externas e internas; ambiente edu-
h Orientar para que o material coletado nas visitas e resul- cativo e espaço físico das escolas de sua abrangência;
tados de avaliações sejam transformados em material
h Acompanhar e monitorar os instrumentos de gestão:
de análise e gerem intervenções efetivas na melhoria da
calendário escolar; regimento escolar; Plano de Ação,
aprendizagem escolar;
Projeto Político Pedagógico e Plano de Desenvolvimento
h Realizar momentos de conversa com o secretário de da Escola.
educação para apresentação do planejamento das
h Elaborar relatórios das visitas realizadas às escolas;
ações, análise dos resultados e encaminhamentos.

25
h Ter sempre em dia e bem organizada a pasta com todos
os indicadores da escola consolidados, bem como o
registro de todos os combinados/encaminhamentos;
h Participar da organização da pauta pedagógica das
reuniões e dos encontros formativos com os diretores;
h Planejar e promover encontros sistemáticos com os
diretores escolares que acompanha para realizar estu-
dos sobre os indicadores de desempenho e rendimen-
to dos alunos e proporcionar oportunidades de trocas
entre as escolas;
h Realizar audiência individual com os diretores das esco-
las que acompanha;
h Organizar o calendário e a logística de visitas às escolas,
que devem ser sistemáticas e semanais;
h Realizar contato com os diretores escolares para solicitar
e/ou passar informações/orientações administrativas,
pedagógicas e burocráticas;
h Apresentar os resultados de suas observações e acom-
panhamentos à Secretaria de Educação, de forma siste-
mática, focando principalmente nos processos críticos,
para que os encaminhamentos e providências necessá-
rias sejam adotadas em retornos céleres para apoiar as
demandas das escolas.
h Apropriar-se e acompanhar os programas e políticas
implementados pela Secretaria.
h Fazer observação de sala de aula.

26
Há algumas formas de articular a logística de realização das 2.3- A FORMALIZAÇÃO DO CARGO DE
visitas às escolas, considerando-se a realidade de cada rede, buscando SUPERINTENDENTE NO ORGANOGRAMA
criar as condições para que o trabalho do superintendente seja
realizado a contento. DA SECRETARIA
No caso das visitas às escolas da sede do município ou em distritos O município de Sobral-CE legalizou formalmente em 2004
de fácil acesso, eles podem se deslocar diretamente para as unidades o cargo de Superintendente na estrutura da secretaria, permitindo
de ensino por meios próprios, ao invés de ir à secretária naquele dia. a definição de uma gratificação para referida função. A medida é
Já para as visitas às localidades distritais mais distantes, a secretaria importante porque valoriza a função tornando-a mais atrativa para
deverá providenciar um transporte público para esta finalidade. os profissionais da escola. A lei Nº. 490 de 06/01/2004 (Anexo I)
Como forma de otimizar os recursos públicos, a secretaria dispõe sobre a criação da Superintendência Escolar no Município de
também pode organizar uma rota de visita às escolas numa determinada Sobral e dá outras providências, podendo servir de referência para
localização geográfica, transportando todos os superintendentes que outras Secretarias de Educação que queiram adotar esse modelo de
irão fazer o acompanhamento naquela região, conforme agendamento gestão, criando boas condições de trabalho para esse profissional
previamente definido. da educação.

ATENÇÃO: PARA REFLETIR:


A organização da logística das visitas às esco-
las é muito importante para fazer o modelo 1. O que considera mais importante no papel e
de acompanhamento funcionar. O município atribuições da superintendência escolar?
pode ter uma boa equipe, e não conseguir levá- 2. Quais são os principais desafios para uma
-la às escolas. É imprescindível que a Secretaria atuação bem sucedida das equipes de acom-
de Educação ofereça as condições básicas para panhamento escolar?
esse trabalho aconteça.

27
2.4- O FLUXO DE TRABALHO DA
SUPERINTENDÊNCIA
Como já descrevemos anteriormente, as secretarias possuem
formas de organizar a superintendência escolar de modo diverso. A se-
guir, detalharemos melhor cada modelo de estruturação possível:

a) O trabalho de acompanhamento pode ser dividido em duas


superintendências: a administrativo-financeira e a pedagógica.
A primeira fica responsável pelos aspectos administrativos e
financeiros com foco na garantia de recursos materiais para o ATENÇÃO:
bom funcionamento da escola, bem como o uso e prestação
de contas dos recursos aplicados na instituição. As equipes Não há modelo certo ou errado. O importante é
responsáveis por esses processos são menores, uma vez que é fazer funcionar o sistema escolar de forma efetiva,
possível uma só pessoa monitorar cerca de dez escolas. Já a para que este gere resultados de aprendizagem.
segunda superintendência - a pedagógica - fica responsável pelo
acompanhamento da gestão da aprendizagem e requer uma
equipe maior, uma vez que os processos são mais complexos.
Além disso, exigem ações de caráter formativo, implicando Definida a equipe, a coordenação de superintendência deve
muitas vezes numa mudança cultural dos profissionais da escola; agrupar cerca de sete escolas por pólo ou região. A seguir, faz-se a
b) Alguns municípios optam pela adoção de uma única indicação de superintendente(s). O anexo III deste Guia apresenta um
superintendência, que realiza o acompanhamento dos aspectos instrumental que pode servir de referência para orientar a Secretaria
administrativos, financeiros e pedagógicos; Municipal de Educação na distribuição de superintendentes por
c) Outro modelo possível que tem sido adotado por alguns escola (anexo I).
municípios, é a definição de duplas de superintendentes que Como demonstraremos a seguir, a primeira formação de tais
realizam o acompanhamento escolar. Nesse caso, geralmente a profissionais deverá contribuir para o entendimento das tarefas e
secretaria municipal atribui um número maior de escolas a cada planejamento da rotina de trabalho. É importante destacar que essa
dupla. A dupla pode ter um viés mais pedagógico, ou mesmo rotina precisa ser necessariamente sistematizada para dar conta das
aglutinar ao trabalho as dimensões administrativas e financeiras. visitas semanais, das reuniões internas, do tempo de planejamento
Isso depende do que a gestão priorizará nesse trabalho de e do encaminhamento de processos.
supervisão das escolas.

28
PASSO-A-PASSO DO PLANEJAMENTO DA SUPERINTENDÊNCIA

1º 3º 5º
Construir um

2º 6º
plano
de trabalho
sistematizado
e detalhado de
Organizar
uma pasta
com os
4º Organizar a
pauta da
conversa com
núcleo gestor,
como se reali- instrumentais
zará o acom- Organizar o Estudar e levando em Providenciar
de acompa-
panhamento calendário, analisar o consideração o a logística de
nhamento e
escolar. escolher a Plano de foco da visita. transporte
indicadores
escola a ser Ação das Caso a escola já para a visita.
das escolas
visitada e escolas. tenha sido visi-
e turmas
estabelecer que serão tada, verificar
uma rotina visitadas. os diálogos já
de visitas. realizados e en-
caminhamentos
combinados.

29
O planejamento também deve incluir a sistematização Cada município, de acordo com seu contexto, deve
de uma rotina de trabalho. construir agenda semanal e as pautas para as visitas às escolas.
Eventualmente, quando a realidade assim exigir, a coorde-
nadora, junto com a superintendência e outras pessoas que atuam
h Em Sobral, por exemplo, os superintenden- nesse processo, inclusive o(a) secretário(a), pode e deve realizar
tes passam três dias por semana (segunda, audiências individuais com os diretores.
terça e quarta) visitando as escolas com o Para implementação do trabalho do superintendente, é
objetivo de observar os indicadores de ges- fundamental que haja uma apresentação pelo(a) Secretário(a)
tão e da aprendizagem. Eles devem visitar de Educação da equipe de Superintendência aos diretores
pelo menos duas vezes por mês as escolas escolares. O objetivo é basicamente dar início ao diálogo a
que exigem mais atenção e estão em situa- respeito dessa nova metodologia.
ção mais crítica.
Essa apresentação é extremamente importante no
h A cada visita à escola, eles levam uma pauta processo de uma aproximação, capaz de gerar receptividade das
que será debatida com o diretor para que, a escolas ao trabalho a ser desenvolvido. O estabelecimento de
partir do diálogo estabelecido, sejam pactua- empatia pode facilitar o esclarecimento das dúvidas e superação
dos prazos para o cumprimento dos encami- das resistências, fortalecendo também a ação do Superintendente
nhamentos, com foco na política de alfabeti- no estabelecimento da colaboração e parceria no ambiente escolar
zação dos alunos. e do sistema educativo como um todo.
h Sempre às quintas-feiras, participam da reu-
nião semanal com os diretores.
h Às sextas, se reúnem com a chefia para ali-
nhar as ações, planejar a semana seguinte e
cuidar dos encaminhamentos.
h Eles também se organizam de segunda a quar-
ta para audiências individuais com a coor-
denadora de superintendência, que, por sua
vez, conversam a cada semana com membros
individualmente e/ou em grupo. Quando ne-
cessário, é também papel da Coordenadora
visitar as escolas objetivando conhecer e so-
cializar as práticas exitosas do município.

30
2.4.1- AS VISITAS À ESCOLA
A visita à escola é basicamente organizada em três momentos
importantes:
h o planejamento;
h a realização da visita;
h providências pós-visita.
Esses momentos se retroalimentam de tal forma que a
superintendência planeja a visita seguinte, considerando sempre
os aspectos observados na anterior, bem como os resultados das
avaliações formativas.

a) O planejamento da visita
Toda visita pressupõe um planejamento prévio. Nesse sentido,
semanalmente é necessário reorganizar e planejar a visita estudando
os relatórios, o Plano de Ação e a revisão dos encaminhamentos acor-
dados com a escola.
Um dos primeiros instrumentos dessa organização é a pasta da su-
perintendência. Cada superintendente deve montar uma pasta para cada
uma das escolas que acompanhará, contendo toda a documentação perti-
nente para a realização do trabalho. O planejamento inclui um cronograma
de visitas que deve sempre ser reavaliado. O conteúdo da pasta deve ser
todo impresso, mas também arquivado em formato digital.

ATENÇÃO:
As visitas devem gerar encaminhamentos
e propor estratégias de melhoria.

31
A pasta do superintendente deve conter pelo DESCREVEMOS, A SEGUIR, A ESPECIFICAÇÃO DE ALGUNS DOS
menos os seguintes materiais: DOCUMENTOS QUE COMPÕEM A PASTA:

A) PLANO DE AÇÃO DO MUNICÍPIO E DA ESCOLA


É um plano de ação com metas de aprendizagem construído tendo como
referência um diagnóstico dos indicadores educacionais do município, com
h Plano de ação do município e da escola o objetivo de definir as metas e ações estratégicas para o município e cada
(quadro síntese); escola. Os anexos XI e XII apresentam um formato sintético de formulário
para apresentação e monitoramento das metas.
h Quadro síntese da escola (Núcleo gestor,
matrícula, contato, lotação etc) com
indicadores de aprendizagem obtidos a B) QUADRO SÍNTESE DE INDICADORES EDUCACIONAIS DA ESCOLA
partir de avaliações padronizadas; Apresenta os dados estatísticos e indicadores da escola referentes à
h Relatório do SAEV – Escola, turma e matrícula, número de professores e turmas em seus respectivos turnos. O
alunos (impressos e atualizados); quadro deve conter também o nome dos profissionais do núcleo gestor e
dos professores e o horário de funcionamento da escola, inclusive o período
h Kits de avaliação de fluência do 1º ao de recreio.
5º ano;
Esses dados e indicadores são absolutamente essenciais para organizar as
h Calendário letivo; visitas de acompanhamento, indicando as turmas que devem ser observadas
h Calendário das formações de professo- nos respectivos turnos. A síntese dos principais indicadores do município e
res, gestores e planejamentos escolares; da escola divulgados pelo INEP também compõem esse conjunto de dados.
Veja a sugestão de modelo no anexo II.
h Instrumentais de acompanhamento
(observação de sala de aula, observa-
ção de planejamento, instrumental C) QUADRO SÍNTESE DAS AVALIAÇÕES NACIONAIS - INDICADORES
geral de acompanhamento mensal). DA ESCOLA E DO MUNICÍPIO
É o quadro consolidado dos principais indicadores de rendimento de
aprendizagem das avaliações de abrangência nacional/estadual, como SAEB
e IDEB. Deve ser utilizado como parâmetro comparativo do rendimento da
aprendizagem da escola.

32
D) KITS DE AVALIAÇÃO DO 1º AO 5º ANO evitando dispersões e focando naquilo que é mais relevante: obser-
É um conjunto de materiais e textos para serem trabalhados com os var a sala de aula, acompanhar as ações gerais de funcionamento
da escola; analisar e discutir resultados; e observar o planejamento
diferentes níveis de fluência de leitura, cartelas com frases, palavras
com proposição de intervenções.
e sílabas, bem como as fichas de registro de resultado. Este material
deve estar sempre à mão para que o superintendente aplique
pessoalmente - de forma amostral - a avaliação do nível de leitura
das crianças.

E) RELATÓRIO DO SAEV - ESCOLA, TURMA E ALUNOS


O SAEV é um sistema on-line usado pelo EpV para apoiar a aplicação
das avaliações externas e consolidar o registro da frequência mensal
dos alunos. Permite coletar as respostas dos testes e gerar relatórios
para análise dos resultados. Esses relatórios devem estar sempre im-
pressos e atualizados.

F) CALENDÁRIO LETIVO E CALENDÁRIO DAS FORMAÇÕES DE


PROFESSORES, GESTORES E PLANEJAMENTOS ESCOLAR
A verificação de ambos os calendários serve para que haja um acom-
panhamento constante das atividades que estão em execução. O
trabalho do superintendente deve considerar sempre estes calendá-
rios para o planejamento e execução das suas ações junto à escola.

G) INSTRUMENTAIS DE ACOMPANHAMENTO (OBSERVAÇÃO DE


SALA DE AULA, OBSERVAÇÃO DE PLANEJAMENTO, INSTRUMENTAL
GERAL DE ACOMPANHAMENTO MENSAL).
Esses instrumentais são propostas de roteiros para conduzir a obser-
vação ou mesmo as ações do superintendente na visita à escola. Eles
agregam importantes informações e conhecimentos que conduzem
o olhar do superintendente para os aspectos que mais importam,

33
No anexo III temos um instrumento útil para apoiar as
observações das visitas gerais mensais, no anexo X uma sugestão
ATENÇÃO: de roteiro para observação do planejamento escolar, e no anexo
IV para observar uma aula.
• Os relatórios do SAEV apoiam o monitoramen-
to de resultados de aprendizagem das avalia-
ções diagnósticas e formativas realizadas, bem
como a infrequência dos estudantes. É impor-
tante analisar os resultados junto às escolas e
planejar as intervenções. OBSERVAÇÃO:
• O superintendente escolar terá acesso aos re- É importante ter sempre em mãos
latórios das avaliações e infrequência de todas o calendário letivo para orientação
as escolas que acompanha e o gestor escolar
do planejamento das visitas e
poderá acessar informações da sua escola (re-
sultados das avaliações e infrequência por tur- realização das atividades.
ma, por aluno). A Lei de Diretrizes e Bases da
• Importante lembrar que o sistema ficará libe- Educação Nacional (LDBEN) define
rado durante um determinado período para o que as escolas devem cumprir pelo
lançamento das notas de acordo com o calen- menos 200 dias letivos anuais,
dário de avaliação do município. Após o encer- distribuídos em dois semestres.
ramento,  não será possível lançar ou alterar re-
sultados dos alunos. 
Totalizando, no mínimo, 800 horas,
ou seja, 48.000 minutos (800
• O sistema de acompanhamento de infrequência
dos estudantes deverá ser preenchido até o dia 10 horas x 60 minutos).
do mês seguinte. Por exemplo, a infrequência do
mês de março poderá ser informada no sistema
até o dia 10 do mês de abril.

34
OBSERVAÇÃO:
ATENÇÃO:
Existem diversos modelos de
• O superintendente deve solicitar ao diretor que design - disponíveis online – que
este tenha uma pasta com os indicadores atua-
lizados da escola e os relatórios impressos do
podem inspirar e organizar essa
SAEV, com os resultados mais recentes e informa- visibilidade dos processos de gestão.
ções sobre a evolução por turma e por aluno. Para monitorar a frequência dos
estudantes, você pode utilizar
• Alguns indicadores devem estar sempre visíveis
em murais na escola, tal como propõe a “gestão
o módulo de infrequência do
à vista”, que é uma metodologia de exposição de Sistema de Avaliação Educar pra
metas, indicadores e informações estratégicas. Valer (SAEV) disponível para o
Ela é adotada nas escolas para dar transparência município, além de um quadro de
à própria gestão e à comunidade escolar sobre in- monitoramento mensal exposto em
dicadores importantes da escola: Ideb, fluxo (apro-
vação, reprovação, abandono), metas, frequência
lugar visível na escola.
de alunos, professores, execução financeira e ou-
tros resultados em avaliações padronizadas.
a) A realização da visita à escola
• Essa metodologia também ajuda no monitora-
A primeira visita é uma situação de aproximação, de construção
mento de tais indicadores a fim de que a comu- de vínculo entre superintendente e núcleo gestor. Além de se colocar
nidade possa acompanhar a evolução dos indica- como um apoiador da gestão, deverá apresentar os indicadores da escola
dores da escola. para discutirem os pontos de atenção que terão nesta parceria. Desde
já, é importante combinar o momento de construir o Plano de Ação da
escola, e, caso este já exista, revisá-lo com vistas a um aperfeiçoamento
do mesmo.

35
Também deverá buscar conhecer o espaço físico e as pessoas As demais visitas seguem um fluxo parecido e podem ser
que trabalham na instituição, especialmente o núcleo gestor. No recreio, planejadas por temáticas relacionadas ao Plano de Ação da escola
é importante ser apresentado aos professores e lhes dirigir palavras e do município. Dentre estes temas relevantes, podemos destacar:
amistosas e de encorajamento, demonstrando abertura e deixando
h o cumprimento do calendário letivo;
evidente sua atitude parceira para com a escola.
h os dados do Censo Escolar;
SEGUE UMA SUGESTÃO DA ORGANIZAÇÃO DA PRIMEIRA VISITA: h a lotação dos professores, considerando o perfil de cada um;

Analisar junto ao
núcleo gestor: a) o
Plano de Ação da Realizar uma
escola ou, caso este Conhecer o caminhada pela
Apresentar-se espaço físico e
não exista, combinar escola para observar
à escola, expor os profissionais
uma forma de seu funcionamento,
a metodologia da escola;
construí-lo; conhecer as
de trabalho da
b) os indicadores pessoas e iniciar o
superintendência
escolares; preenchimento do
e os indicadores
instrumental geral de
escolares com o
acompanhamento.
núcleo gestor;

2º 3º

1º PRIMEIRA VISITA 4º
APROXIMAÇÃO INICIAL
E APRESENTAÇÃO DO
TRABALHO

36
h como as crianças são atendidas quando falta professor; Outros temas também podem ser tratados observando
o foco e a necessidade da escola. Para os superintendentes
h a testagem de leitura das crianças; que acumulam as duas funções (administrativa e financeira), é
importante examinar se as diretrizes das matrículas estão sendo
h como se dá o planejamento na escola (qual periodicida- cumpridas e se todos os alunos estão inseridos no sistema do
de e metodologia são adotadas?); Censo Escolar, pois o número de matrículas é o parâmetro que
h verificação do rigoroso cumprimento do horário de fun- define o volume de recursos que vêm para a escola e o município.
cionamento da escola; Ou seja, cada matrícula representa recursos financeiros em
programas federais tais como FUNDEB, PNAE, PNATE, PNLD, PDDE,
h a frequência dos alunos, professores e gestores, identifi- dentre outros; e, às vezes, em programas estaduais e
cando quais medidas têm sido adotadas para melhorar municipais para a rede educacional do município e
a presença de todos na escola; diretamente para as escolas.
É importante observar como está o almo-
h a análise dos resultados das avaliações externas, for-
xarifado, a limpeza da escola, as condições dos
mativas, do IDEB e demais indicadores, como forma de
banheiros, o armazenamento dos alimentos, a
qualificar a apropriação de tais informações pela escola;
qualidade da merenda e a segurança do trans-
h o trabalho realizado nas salas de alfabetização, bem porte escolar, bem como o cumprimento dos
como as estratégias especiais para estas turmas, a fim seus horários, a transparência na prestação de
de garantir a aprendizagem; contas, a agilidade no encaminhamento dos
processos à secretaria, dentre outros. A supe-
h as metas de aprendizagem e o que tem sido feito para rintendência deve acompanhar e auxiliar o
alcançá-las; fluxo dos processos da escola na secretaria.
(Ver anexo III)
h observação das rotinas dos professores em sala e a par-
Em geral, a partir da temá-
ticipação deles nas formações;
tica das visitas, ela deve ser or-
h implementação de um quadro de “gestão à vista” ganizada mais ou menos da
com exposição do controle de frequência e demais seguinte forma:
informações estratégicas da escola.

37
VISITAS TEMÁTICAS – ACOMPANHAMENTO
DO PLANEJAMENTO

Fazer caminhada pedagógica com o diretor


1º e coletar informações sobre a(s) temática(s)
definidas para aquela visita.

Ao concluir a caminhada pedagógica, conversar


2º com o diretor sobre os encaminhamentos
acordados na visita anterior.

3º Observar o planejamento.

Realizar um feedback formativo com o


4º responsável pedagógico pelo planejamento.

Refletir sobre os desafios identificados junto


5º com a equipe gestora e construir combinados/
encaminhamentos para melhoria.

38
VALE DESTACAR AINDA QUE: b) Providências pós-visita

h Os atores, espaços e rotinas serão escolhidos de acordo É necessário refletir sobre os relatórios e as situações ob-
com o foco da visita. servadas, identificando aquilo que é crítico para narrar ao coor-
denador da superintendência, que, por sua vez, deverá organizar
h O planejamento e ingresso em sala de aula para observação as informações para compartilhar com o secretário, coordenador
devem ser previamente combinados com o coordenador de ensino e demais técnicos da secretaria de educação que pos-
pedagógico e com o professor. O anexo IV apresenta uma suem relação com as temáticas.
proposta de roteiro para observar a sala de aula.
Neste momento, é muito importante a reflexão interna da
secretaria para identificar questionamentos relativos aos desa-
fios das escolas e da sua própria atuação. Isso será fundamental
para subsidiar as ações que podem contribuir para a melhoria
ATENÇÃO: do desempenho das escolas. Algumas perguntas são pertinen-
tes nesse momento: como estamos trabalhando? O que estamos
Importante chegar sempre antes da aula co- deixando de fazer? Estamos atrasando insumos? Como podemos
meçar e ficar todo o expediente na escola. auxiliar ainda mais a essa escola?
Se não puder passar o dia todo, é necessário Somente após essa análise, a conversa com o secretário
alternar os turnos para conhecer o funciona- será oportuna, pois além de apontar o problema, indicará tam-
mento deles. As visitas à escola nem sempre bém alternativas para o apoio e as definições subsequentes rela-
precisam ser agendadas. Essa chegada sem cionadas aos problemas observados.
aviso prévio pode ser interessante para ob- Na parte administrativa, é necessário acompanhar os
servar o cotidiano da escola tal como ela é. processos e articular as necessidades da escola, tais como reco-
Quanto à observação das salas de aula, é im- lhimento de bens inservíveis, número insuficiente de carteiras,
professores, diretores ausentes da escola, dentre outras. Nesses
portante priorizar inicialmente as classes de casos, é fundamental dar retorno a referidas demandas o mais
alfabetização (primeiros e segundos anos) e breve possível, com especial atenção ao adequado atendimento
o quinto ano, caso não seja possível obser- às necessidades da escola e da aprendizagem das crianças.
var todas as salas de aula.

39
Em síntese, o esquema a seguir apresenta os passos necessários para os procedimentos pós-visita.

PASSO-A-PASSO DAS PROVIDÊNCIAS PÓS-VISITA

1º 2º Socialização
do relatório
Reunião com o
de visita e
coordenador da
resolução das
superintendência;
demandas
emergenciais;


3º Submeter as demandas da escola
para apreciação da secretaria, com
elaboração do plano de suporte
Estudo das e intervenções junto às escolas
situações para as próximas visitas. Quando
observadas. necessário, algumas situações
devem ser informadas diretamente
ao Secretário de Educação.

40
As reflexões e encaminhamentos pós-visita já devem ser Os relatórios devem ser concisos e objetivos, contendo a pau-
adicionadas ao planejamento dos próximos retornos às escolas, ta da visita, as observações desenvolvidas e os encaminhamentos
com a escolha de retomadas e seleção de temas para abordar acordados. Devem ressaltar situações ou demandas consideradas
nas visitas seguintes. graves e urgentes para serem analisadas.

ATENÇÃO:
Planejamento Observação • O bom compartilhamento de informações e
ideias entre técnicos, secretaria e escolas é um
ponto forte a ser cuidado no processo interno
Visita de comunicação da superintendência escolar.
• O contato com a equipe responsável pela
formação de professores do município também
Reunião de é fundamental e deve fazer parte da rotina
comparti- Feedback de reuniões promovida pela coordenação da
lhamento na superintendência!
secretaria
Relatório
PARA REFLETIR
• Que elementos não podem faltar na construção
Encaminha- da rotina de trabalho do superintendente?
mento • Qual a sua sugestão para organizar a rotina
semanal de trabalho do superintendente?
Planeja-
mento da • Quais pautas são importantes para as primei-
nova visita ras visitas?

41
Capitulo 3
3.
ATRIBUIÇÕES DO NÚCLEO
GESTOR E PRINCIPAIS
ROTINAS DA ESCOLA
Os estudos sobre eficácia escolar são importantes fundamenta-
ções utilizadas pelo Programa Educar pra Valer para sustentar a ideia de
que todo aluno é capaz de aprender e toda escola é capaz de ensinar. A in-
vestigação sobre a eficácia das escolas contribuiu fortemente para derru-
bar a ideia oposta a essa, de que as escolas não são capazes de produzir
resultados de aprendizagem satisfatórios quando o aluno é oriundo de
classe social desfavorecida, com pouco ambiente de letramento nos lares,
e cuja família enfrenta adversidades sociais que afetam as condições de
vida da criança.
Segundo Patto (1999),
“até os anos 70 houve um predomínio das explicações das causas do
fracasso escolar em função das características biológicas, psicológicas e
sociais dos alunos, em detrimento à explicação que considerava os as-
pectos estruturais e funcionais do sistema de ensino como determinante
desse fracasso. O termo social era empregado no sentido de déficit cultu-
ral dos usuários das escolas públicas, não contemplando a relação com
a estrutura na qual se organiza a sociedade”1.

1 http://www.diaadiaeducacao.pr.gov.br/portals/pde/arquivos/369-2.pdf

44
Escolas com bom desempenho de aprendizagem atendendo a 3.1- ATRIBUIÇÕES DO DIRETOR
alunos de baixo nível socioeconômico foram identificadas em diversas
pesquisas (Fuller, 1987; Harbison e Hanushek, 1992; Hanushek, 1995;
Sammons et al., 1995; Heneveld e Craig, 1996). Os achados demonstra-
O gestor escolar exerce diversas atividades e atende a diferen-
ram que há fatores que contribuem para a aprendizagem neste gru-
tes demandas que dependem de sua ação gerencial. Para tanto, deve
po de escolas bem-sucedidas e que podem ser apropriados, desen-
possuir competências, habilidades e atitudes que lhe permitam exer-
volvidos e praticados em outras escolas. As citadas escolas possuem
cer forte liderança para adotar medidas que levem à construção de
algumas características em comum que sugerem ser efetivas para a
uma escola com base em uma cultura de sucesso, alinhada às normas
aprendizagem dos estudantes. Sammons et al. (1995) distinguiram as
do Sistema Municipal de Ensino e aos princípios de uma gestão de-
seguintes características-chave:
mocrática e participativa.
h centralidade da liderança escolar As dimensões de ensino e aprendizagem; clima escolar; rela-
ção com pais e comunidade; gestão de pessoas e de processos, infra-
h foco no ensino e na aprendizagem
estrutura e, ainda, a articulação institucional devem ser observadas
h ensino com objetivos claros para definir as atribuições do gestor escolar. Tais dimensões funda-
h altas expectativas em relação aos alunos mentam um planejamento estratégico, objetivando a melhoria da
qualidade do ensino e da aprendizagem. A seguir, apresentaremos as
h compromisso dos professores e programa de atribuições do diretor relacionadas ao trabalho sistêmico de gestão a
desenvolvimento docente ser desenvolvido na escola.
h monitoramento do progresso do aluno
h parceria família-escola ATRIBUIÇÕES DO DIRETOR
h bom clima escolar
a) PROCESSO DE ENSINO E DE APRENDIZAGEM
O clima escolar favorável é fruto das boas relações, ordem,
h Coordenar a elaboração e implementação da proposta pedagó-
organização, sensação de paz e produtividade em prol da aprendi-
gica da escola;
zagem dos estudantes. A atuação da gestão tem uma forte influên-
cia na constituição desse ambiente escolar, bem como para realizar h Elaborar, executar e avaliar periodicamente o Plano de Ação
o monitoramento da aprendizagem, fortalecer a participação dos junto à equipe, traçando metas, definindo prioridades e pessoas
professores na formação, ter um olhar pedagógico para promover a responsáveis;
aprendizagem para todos e a boa parceria com as famílias. h Garantir o cumprimento do Calendário Escolar e do tempo
Neste trabalho de acompanhamento é importante ter clare- pedagógico diário;
za sobre as atribuições dos diretores e coordenadores pedagógicos, h Participar da composição da sua equipe de trabalho;
bem como das rotinas pedagógicas da escola.

45
h Gerenciar e articular o trabalho de professores, coordenadores e b) CLIMA ESCOLAR
orientadores educacionais e funcionários;
h Estar sempre presente na escola e ser pontual, acolhendo os
h Realizar reuniões sistemáticas para planejamento, elaboração, aná- alunos e professores todos os dias;
lise e alinhamento da agenda de trabalho do núcleo gestor;
h Estabelecer e manter uma boa comunicação com os docentes,
h Orientar e tomar decisões criteriosas acerca da lotação de coorde- discentes e pais/responsáveis, zelando pelo clima escolar;
nadores/professores e analisar a enturmação de alunos;
h Primar pelos princípios da justiça, da ética, do respeito, da
h Elaborar e acompanhar a pauta e o calendário periódico dos plane- coerência e da valorização de todos, a fim de fomentar um
jamentos e das ações junto à coordenação; ambiente de paz, compromisso e responsabilidade;
h Acompanhar a atuação da coordenação pedagógica e promover h Empreender esforços para fazer da escola um ambiente fisica-
reuniões coletivas e individuais, para apreciação dos materiais de mente atrativo, permeado por um clima relacional agradável e
formação e dos planos; acolhedor para todos.
h Acompanhar diariamente a frequência dos alunos e garantir ações
para que os educandos se façam presentes todos os dias na insti-
tuição de ensino; c) ENVOLVIMENTO DOS PAIS E DA COMUNIDADE

h Conhecer, analisar e apropriar-se do mapeamento dos resultados h Manter comunicação pacífica, acolhedora e frequente com
por ano/série, área, turma, habilidades, níveis de aprendizagem e os pais, mediante o repasse de informações sobre o processo
fazer cruzamento com avaliações externas; educativo dos filhos, avaliações externas, normas e orientações
do funcionamento da escola;
h Garantir mensalmente a realização das avaliações internas, com
consolidados de desempenho em tempo hábil de devolutiva para h Fortalecer o engajamento e participação dos pais na educa-
coordenação, professores e alunos; ção dos filhos, com o conselho escolar e alguns projetos da
escola.
h Estabelecer altas expectativas de desempenho para os alunos e
a equipe;
h Conhecer e analisar o foco do trabalho em sala; d) GESTÃO DE PESSOAS E DE PROCESSOS

h Observar a aula e acompanhar o feedback junto à coordenação; h Monitorar a participação dos profissionais da escola nas forma-
ções continuadas oferecidas pela secretaria;
h Analisar o plano de aula e material didático junto à coordenação;
h Promover e acompanhar o processo de matrícula dos alunos
h Garantir um trabalho de equidade no processo de ensino e apren- e a lotação dos professores na escola em articulação com a
dizagem, dando apoio a quem mais precisa. secretaria;

46
h Acompanhar e monitorar a frequência dos professores e demais f) RELAÇÃO INSTITUCIONAL
profissionais que compõem a equipe da escola, devendo efetuar
medidas de orientação e advertência aos profissionais faltosos h Manter-se informado sobre as orientações e a política educacio-
ou não cumpridores dos seus deveres, quando necessário; nal desenvolvida pela secretaria, guardar sintonia e garantir que
todos na escola as conheçam;
h Passar informações gerenciais desse acompanhamento à Secre-
taria de Educação. h Participar das formações e comparecer às reuniões quando con-
vocadas pela secretaria;
h Conhecer os assuntos técnicos, pedagógicos, administrati-
e) INFRAESTRUTURA vos, financeiros e legislativos relacionados ao desempenho
de sua função;
h Identificar necessidades de melhorias estruturais e acionar a se-
cretaria, a fim de proporcionar um ambiente físico adequado ao h Tornar público à comunidade escolar a destinação dos recursos
pleno funcionamento da escola; financeiros que devem ser utilizados de forma ética, zelosa, legal
e transparente;
h Assegurar o tombamento e responsabilizar-se pela guarda,
conservação e manutenção dos bens móveis e equipamentos h Realizar as prestações de contas relativas ao exercício da gestão.
da escola;
h Otimizar o uso dos recursos financeiros repassados à escola, des-
tinados à aquisição de materiais, manutenção das instalações e
dos equipamentos;
h Suprir a escola com materiais adequados, que permitam aos
professores e alunos desenvolver atividades curriculares diversi-
ficadas e criativas;
h Promover campanhas, programas e outras atividades para pre-
servação e conservação da escola, conscientizando a comunida-
de escolar e local.

47
3.2- ATRIBUIÇÕES DO
COORDENADOR PEDAGÓGICO

O Coordenador Pedagógico é o profissional que lidera o trabalho h Acompanhar o processo de aprendizagem através de avaliações
pedagógico na escola em parceria com o diretor e os professores. O seu realizadas em cada ano de escolaridade, ajudando a identificar
foco deve ser a formação dos professores, visando o aprimoramento de os estudantes com mais dificuldades, contribuindo para cons-
sua prática pedagógica. Nesse sentido, ele deve conduzir, participar e truir alternativas para apoiá-los;
apontar alternativas aos processos de planejamento semanal, além de
observar a aula como forma de contribuição para aprimoramento da h Ter disponibilidade, paciência e atenção para receber os pais e
prática do professor, monitorando o progresso dos estudantes através responsáveis, desenvolvendo parceria positiva com eles, para
das avaliações. Cabe a este profissional: motivá-los a participar do processo de aprendizagem dos filhos
apoiando-os;
h Incentivar o compartilhamento e articulação entre as pesso-
h Participar da elaboração do Projeto Político Pedagógico (PPP)
as da equipe, com vistas a um trabalho focado na aprendiza-
junto com todas as pessoas que compõem a escola;
gem dos alunos;
h Analisar junto com o diretor a lotação de professores que melhor se
h Fortalecer o trabalho interdisciplinar com projetos diversos, inclu-
adequam ao perfil de cada turma, bem como às outras funções;
sive aqueles que utilizam as tecnologias, potencializando o aper-
h Garantir a formação continuada dos docentes por meios de encon- feiçoamento pedagógico e o crescimento dos discentes;
tros focados na melhoria da prática dentro da própria escola;
h Organizar uma rotina de trabalho que priorize as necessidades
h Com a concordância prévia do professor, observar semanal- essenciais da escola em prol do alcance de suas metas. Nesse
mente as salas de aula e contribuir com o mesmo, a partir das contexto, é preciso sempre ter cuidado para não sucumbir ao
práticas observadas; imediatismo das situações emergenciais do dia a dia;

h Avaliar o alinhamento entre o currículo e a prática diária dos h Dedicar tempo para planejar e estruturar suas ações;
professores através de observações de sala e planejamentos;
h Promover uma relação cordial, respeitosa e de valorização dos
h Articular, mediar e garantir os planejamentos de ações pedagó- professores para que estes possam se sentir partícipes de um
gicas, e inovar estudos e práticas; time, cujo compromisso se reflita substancialmente em atenção,
motivação e cuidado com o ensino-aprendizagem.
h Monitorar a execução do que foi planejado, observando: sala de
aula; plano de aula (sequência didática, objetivos e avaliação);
atividades e cumprimento da rotina consensuada;

48
3.3- AS ROTINAS DO DIRETOR, COORDENADOR
PEDAGÓGICO E DOS PROFESSORES

É muito importante conhecer a rotina da escola e dos seus prin- Um pensamento muito inspirador de Emídio Brasileiro no site
cipais atores. Muitas vezes considerada maçante e repetitiva, a rotina diz pensador2 sobre planejamento afirma que afirma que: “Disciplinado
respeito a uma estruturação das atribuições e tarefas no tempo e espa- é quem planeja ou organiza, programa e executa o seu bom projeto
ço. A organização das ações no cotidiano pedagógico não deve perder de vida através de suas boas ações. O prêmio para o disciplinado é
de vista os objetivos e metas da escola que, por sua vez, deve estar em a liberdade.” O planejamento não é uma prisão, mas sim um meio
sintonia com a política educacional adotada pelo município. A rotina pelo qual podemos fugir dos condicionamentos, alçar voos maiores
deve evidenciar e estimular o que realmente for essencial para a melho- e melhores, e alcançar metas traçadas em nossos sonhos e objetivos.
ria dos processos educativos na escola.
Observar as rotinas do diretor, do coordenador, dos profes-
A rotina faz parte das nossas vidas. Assim como o dia, a noite e a sores e o dia a dia da escola é conhecer o essencial do trabalho pe-
regularidade das refeições, o cotidiano também pode ser criativo e inova- dagógico, dos desafios, das compreensões dos atores e da cultura
dor. Exemplo: posso fazer um café da manhã com música e com cardápio daquela instituição.
diferente, mas continua sendo um café da manhã. A escola tem seu horá-
A seguir, vamos apresentar alternativas de como essas roti-
rio de funcionamento estruturado: a chegada, os intervalos de recreio e a
nas do diretor, coordenador e professores dos anos iniciais do ensi-
saída, mas é possível tornar essas rotinas mais atraentes e prazerosas. Só
no fundamental podem ser estruturadas, citando exemplos referen-
não é possível mesmo que elas deixem de ser realizadas.
ciados na rede municipal de Sobral e no programa de formação que
Assim, o programa EpV acredita ser essencial que os diretores, o EpV desenvolve no município.
coordenadores e professores organizem sua rotina de trabalho de forma
Nesse sentido, é desejável que existam outros modelos eficien-
regular, observando suas atribuições, as metas e as ações estratégicas
tes de planejamento de rotina. Cada município pode desenvolver o
para seu alcance, tais como as formações, o monitoramento das avalia-
seu de forma genuína. Contudo, acreditamos que os modelos são pon-
ções e o planejamento didático.
tos de partida interessantes para ajudar a refletir, criar ou aprimorar
As atribuições do trabalho, as metas e os sonhos precisam estar outras opções de estruturação desse cotidiano de trabalho.
presentes na agenda diária de forma estruturada, e se possível, com pi-
tadas de cor, alegria, amor e criatividade.

2 https://bit.ly/3cNQHOH

49
3.3.1- PROPOSTA DE ROTINA DO DIRETOR
E COORDENADOR PEDAGÓGICO

Uma boa possibilidade de organizar essa rotina é classificar as


tarefas por sua ocorrência temporal. Que tarefas necessitam ser feitas a
cada dia, semana, mês ou ano? O modelo a seguir propõe uma organização
dessas tarefas do diretor e do coordenador pedagógico.

PROPOSTA DE ROTINA DO DIRETOR


Algumas atividades serão realizadas ordinariamente,
tais como monitorar a frequência de alunos e professores.
Outras ações podem ser programadas para médio e lon-
go prazo. Contudo, algumas atividades são inadiáveis
e precisa-se de flexibilidade para atender situações
que são cruciais. Por exemplo: o pronto atendi-
mento aos pais deve ser uma atividade perma-
nente. É importante nunca deixar de atender as
famílias. O controle da frequência e a garantia
de que os alunos infrequentes serão procura-
dos o mais imediatamente possível são tare-
fas prioritárias da rotina do diretor. A busca
ativa deve ser uma medida permanente e o
fortalecimento do vínculo escola e família
deve estar sempre no radar da gestão. Quan-
do a confiança é estabelecida entre estas
partes, a presença do aluno na escola torna-
-se espontânea e desejada por ele mesmo.
Aqui constrói-se a primeira ponte para o
aprendizado efetivo.

50
Uma boa forma de começar o turno é a “caminhada pedagó- A “caminhada” pela escola auxiliará também na verificação da
gica”, tal como descrita anteriormente, que também pode ser rea- presença dos estudantes e professores em sala de aula, observando
lizada em outros momentos do dia, conforme as necessidades do ainda a pontualidade de todos.
contexto. O diretor começa o dia circulando pela escola, passando Além disso, é fundamental observar se tudo transcorre den-
em todos os recintos, dando bom dia, olhando os ambientes, cumpri- tro da normalidade e quais providências se apresentam necessárias,
mentando os professores, crianças e demais profissionais de apoio. como, por exemplo, o contato com a família do aluno faltoso ou até
Nesse momento, além de estabelecer vínculos com as pesso- mesmo a substituição de algum professor que tenha faltado, tendo
as e se mostrar presente, ele observa os espaços, a rotina e aquilo em vista que é imprescindível que os alunos tenham aula todo dia.
que está fora de lugar. O diretor deve estar, sempre que possível, Os espaços do pátio, jardim, banheiros e cozinha precisam ser
próximo das pessoas e evitar ficar trabalhando apenas em seu gabi- observados em relação à manutenção da limpeza, ao cumprimento
nete. Precisa ter contato com todos, dando seu exemplo em motiva- do cardápio, dentre outros aspectos.
ção, interesse, presença, pontualidade e na construção de vínculos
com todos que fazem a escola. Ao circular na escola, ele deve registrar observações que de-
mandem encaminhamentos posteriores.
Um diretor que se faz presente é ciente do seu papel e do
que realmente importa em relação ao bom funcionamento da es- Classificamos, a seguir, as ações diárias, semanais, mensais e
cola, da luta de todo dia pela aprendizagem das crianças e, conse- anuais que o diretor e o coordenador pedagógico devem desenvol-
quentemente, das metas definidas no Plano de Ação. Esse pode ser ver para dar conta de suas atribuições:
um momento para, de maneira gentil, estabelecer vínculos e moti-
var as pessoas para a conquista das metas educacionais.

51
PERIODICIDADE ATIVIDADES E ROTINAS - DIRETOR DA ESCOLA
W Antes do começo da aula, recepcionar alunos, pais e professores, criando cotidianamente uma atmosfera acolhedora;
W Ao final do turno, observar também a saída dos alunos da escola;
W Construir uma agenda diária e semanal priorizando os compromissos relacionados ao processo pedagógico de aprendizagem dos alunos;
W Assegurar o controle da frequência de alunos, professores e demais servidores, e caso necessário, tomar providências cabíveis;
W Manter um contato próximo com os pais ou responsáveis objetivando garantir a frequência regular dos alunos, combatendo e prevenindo o
abandono e a evasão;
W Garantir que se cumpra o tempo de aula: entrada, início e fim do recreio, bem como a saída;
W Assegurar que os professores estejam nas salas e estimular o cumprimento do Plano de Aula;
W Visitar as salas de aula por amostragem;
W Estar atento para ouvir os anseios, expectativas e interesses dos alunos;
DIÁRIA W Criar condições favoráveis para o bom andamento do clima de cordialidade e empenho entre alunos, professores, funcionários, pais e toda a
comunidade escolar, estabelecendo um senso de responsabilização entre todos;
W Orientar os técnicos administrativos e de serviços gerais para que supervisionem as áreas de uso comum e a rotina de limpeza, segurança,
organização e oferta de merenda.

AÇÕES A SEREM REALIZADAS SOB DEMANDA:


W Providenciar substituições de professores e/ou outros servidores;
W Consultar, acompanhar e alterar o calendário escolar ajustando as necessidades não previstas;
W Providenciar as manutenções estruturais rotineiras;
W Verificar saldos e pagamentos.
W Realizar plantão pedagógico de forma individualizada com agendamento dos casos que exigem maior atenção para alunos, pais
e professores;
W Acompanhar pessoalmente ou através do coordenador o plano de aula e o diário de classe;
W Estimular e apoiar o cumprimento do plano de aula, fazendo observações positivas em relação ao resultado do trabalho
pedagógico realizado;
SEMANAL W Assegurar o atendimento às solicitações de documentos feitas à escola, bem como as informações solicitadas pela superintendência
escolar;
W Reunir-se com a equipe pedagógica para acompanhar a agenda do coordenador, examinar as avaliações internas e planejar
possíveis intervenções;
W Verificar a qualidade do serviço de transporte escolar oferecido no cotidiano. Ou seja, se o horário estabelecido pela escola é
respeitado, se é um serviço seguro e se os motoristas são cuidadosos com as crianças.

52
W Analisar o rendimento dos alunos e rever as metas;
W Reavaliar o Plano de Ação considerando os indicadores atualizados;
W Planejar e acompanhar o programa de recuperação paralela junto com a coordenação/supervisão pedagógica;
W Analisar e rever as estratégias de ensino de cada professor;
W Conversar individualmente com professores sobre o rendimento dos alunos e as metodologias aplicadas em sala de aula;
W Realizar reunião com pais para informar os resultados de aprendizagem dos alunos e solicitar o apoio das famílias para adoção
de medidas de reforço escolar e recuperação de conteúdos;
W Promover evento de reconhecimento dos alunos que estão tendo boa frequência e bom rendimento;
MENSAL
W Planejar reposição de aulas, quando necessário;
W Divulgar para os docentes o calendário da formação de professores e acompanhar sua participação;
W Solicitar o apoio da Secretaria de Educação do município para oferta de aulas de reforço para os alunos que necessitem de
suporte pedagógico extra;
W Conferir o estoque da merenda escolar com especial atenção à qualidade da alimentação oferecida, averiguando a satisfação e
bem estar dos alunos;
W Realizar reunião com todos os funcionários para avaliar a implementação do Plano de Ação da escola;
W Submeter as contas à aprovação dos respectivos conselhos fiscais.
W Planejar e organizar a Semana Pedagógica;
W Definir com o núcleo gestor e a superintendência escolar a lotação docente. Para tanto, é importante considerar as habilidades,
competências e desempenho do professor nas disciplinas;
W Organizar, em articulação com o núcleo gestor, a enturmação dos estudantes de maneira criteriosa e ética;
W Fazer a escolha dos livros didáticos, em conjunto com o coordenador pedagógico e professores, considerando as orientações da
secretaria de educação;
W Acompanhar a entrega e devolução dos livros didáticos;
W Elaborar o calendário de eventos;
W Rever o PPP com o núcleo gestor, analisando e construindo junto com os professores eventuais redefinições;
W Acompanhar a aplicação das avaliações externas, sempre de acordo com as orientações da secretaria de educação;
ANUAL
W Analisar os resultados da escola com professores, colegiado e pais;
W Definir com a comunidade escolar possíveis ações de melhoria;
W Coordenar e supervisionar a realização do inventário anual do patrimônio;
W Realizar balanço anual de três dimensões do trabalho desenvolvido: pedagógica, administrativa e financeira;
W Realizar a prestação de contas junto à secretaria de educação e órgãos financiadores;
W Convocar o conselho fiscal para verificar e aprovar a prestação de contas para envio aos órgãos competentes;
W Participar do conselho de classe acompanhando os dados de aprovação, reprovação e abandono de alunos, buscando sempre
contribuir com o desenvolvimento do aluno e sua permanência na escola;
W Celebrar a conclusão do ano letivo de maneira festiva, destacando as conquistas ao longo da jornada e reconhecendo a contri-
buição de todos, bem como a importância de dar continuidade à missão de educar a todos e transformar vidas.

53
PERIODICIDADE ATIVIDADES E ROTINAS – COORDENADOR PEDAGÓGICO
W Acolher os professores e alunos;
W Checar sua agenda, priorizando as pautas diárias mais relevantes;
W Checar e-mail e outras mídias da escola, e verificar demandas da superintendência escolar e/ou da secretaria de educação;
DIÁRIA W Manter-se informado sobre a frequência dos alunos e professores, realizando a caminhada pedagógica;
W Fazer observações de aula, priorizando as salas de alfabetização e aquelas com baixo rendimento;
W Observar o recreio;
W Garantir o tempo pedagógico (cumprimento das 4 horas de aula).

W Acompanhar e contribuir com o planejamento pedagógico específico por ano/série;


W Orientar os professores considerando o planejamento das atividades e aspectos observados em sala de aula;
W Verificar/sugerir metodologias diversificadas para o professor trabalhar em sala de aula;
SEMANAL W Agendar atendimento para alunos, pais e professores, sempre que necessário;
W Participar de reunião de alinhamento com o diretor escolar;
W Selecionar textos para estudar com os professores nos planejamentos específicos;
W Organizar rotina pedagógica para as aulas de reforço no turno ou contraturno.

W Realizar o planejamento pedagógico geral;


W Aplicar as avaliações de português, matemática, leitura e escrita;
W Analisar e elaborar atividades e avaliações mensais;
W Selecionar o conteúdo/descritores a serem trabalhados no mês seguinte;
W Realizar, junto ao diretor, reunião com pais para devolutiva dos resultados de aprendizagem dos alunos;
MENSAL W Reconhecer, de maneira sistemática, os alunos que estão tendo boa frequência e bom rendimento escolar;
W Acompanhar o cumprimento do calendário escolar;
W Planejar reposição de aulas, quando necessário;
W Monitorar o Plano de Ação da escola;
W Divulgar aos docentes o calendário de formação dos professores e acompanhar a participação deles;
W Participar da Formação de Coordenador Pedagógico oferecida pela secretaria.

W Colaborar com a elaboração do calendário escolar;


W Rever o PPP junto com o diretor;
W Elaborar a pauta da semana/jornada pedagógica dos professores;
W Definir com o diretor e a superintendência escolar a lotação docente. Para tanto, é importante considerar as habilidades,
competências e desempenho do professor nas disciplinas;
ANUAL W Organizar, em articulação com a direção da escola, a enturmação dos estudantes de maneira criteriosa e ética;
W Fazer a escolha dos livros didáticos, em conjunto com o diretor e os professores, considerando as orientações da secretaria de educação;
W Participar do conselho de classe, acompanhando os dados de aprovação, reprovação e abandono de alunos, buscando sempre
contribuir com o desenvolvimento do aluno e permanência na escola;
W Analisar os resultados da escola com professores, colegiado e pais.

54
Depois de organizadas, as tarefas devem ser distribuídas em um planejamento macro (semestral) e micro (semanal).

A Nova Escola Gestão (2017) oferece algumas propostas de organização das atividades educativas no contexto desse planejamento.
Não existe fórmula única para a escolha dessas rotinas. Trazemos aqui esse exemplo apenas para que o gestor e o diretor possam ter uma
ideia de como definir esse cotidiano de trabalho.

julho agosto setembro outubro novembro dezembro

W palestra do SAMU; W formação sobre W avaliação do


avaliação; W formação W planejamento da
W assembleias ano letivo;
W socialização sobre tecnologia semana da criança; W sequenciada?
escolares; cd com fotos
das avaliações (ferramentas google W htpc do professor (produção de texto);
W elaboração de das turmas
PLANO DE semestrais em sala de aula) atividade cultural; W elaboração de
ficha de rendimento (montagem em
FORMAÇÃO à equipe; em parceria com formação de ficha de rendimento parceria com a pal);
do 2º trimestre papp do laboratório;
W planejamento produção de texto; do 3º trimestre
letivo; W encerramento/
em equipe da W planejamento da W fechamento do letivo.
W replanejamento confraternização
reunião de pais. semana da criança. projeto coletivo.
do professor. em equipe;

ACOMPANHA-
solicitar planos em solicitar planos em solicitar planos em solicitar planos em solicitar planos em solicitar planos em
MENTO DO PLANO
28/07/2017 23/08/2017 29/092017 27/10/2017 24/11/2017 15/11/2017
DE AÇÃO

55
W volta às aulas
W formatura
(atividade de
do PROERD
acolhimento); W orientações para
(03/08/2017);
W contabilização dos projeto coletivo;
W conselhos de ano/ W conselho de ano/
óleos de cozinha W orientações para W semana da
ciclo: 28 a 30/08; ciclo finais;
(início da gincana publicações no blog criança: 09 a 11/10;
do óleo em 24/07; W entrega dos da escola; W fazer compilado
relatórios trimestrais W mostra cultural: W avaliação externa:
combinar com W 12/09 – Reunião da documentação
da educação 21/10/2017; prova brasil /
inspetores); de pais; do conselho;
infantil e fichas de W vistas; provinha brasil /
montar mural; W visitas-estudo dos W reunião de pais
rendimento do W estudo dos prova ANA;
OUTRAS AÇÕES W alteração da alunos; final;
ensino fundamental alunos; W encerramento
professora do 2º W 29/09: prazo W reunião
(ler e assinar); W premiação do Projeto
ano b, a partir de final para entrega pedagógica
W reunião e das turmas Khan Academy;
24/07; dos óleos de para avaliação
combinados vencedoras da socialização das
W reunião cozinha usados práticas; do ano letivo e
com professores gincana do óleo
pedagógica: para campanha encaminhamentos
para uso do blog de cozinha usado
avaliação do em parceria com  para PPP de 2017.
(proposta de leitura (instituto triângulo).
contexto escolar instituto triângulo
do ppp online
em formato de (ver premiações das
à comunidade
assembleia escolar turmas).
com pesquisa de
com a equipe e
avaliação).
29/07.
W Atendimento aos W atendimento aos W atendimento aos W atendimento aos W atendimento aos W atendimento aos
pais/responsáveis; pais/responsáveis; pais/responsáveis; pais/responsáveis; pais/responsáveis; pais/responsáveis;
W Atendimento aos W atendimento aos W atendimento aos W atendimento aos W atendimento aos W atendimento aos
alunos; alunos; alunos; alunos; alunos; alunos;
W Atendimentos aos W atendimentos aos W atendimentos aos W atendimentos aos W atendimentos aos W atendimentos aos
ATIVIDADES professores; professores; professores; professores; professores; professores;
PERMANENTES W htps formativos; W htps formativos; W htpcs formativos; W htps formativos; W htps formativos; W htps formativos;
Estudo/ estudo/ estudo/ estudo/ estudo/ estudo/
planejamento de planejamento de planejamento de planejamento de planejamento de planejamento de
htpcs; htpcs; htpcs; htpcs; htpcs; htpcs;
W Observações em W observações em W observações em W observações em W observações em W observações em
sala de aula. sala de aula. sala de aula. sala de aula. sala de aula. sala de aula.

56
PLANEJAMENTO SEMANAL DA COORDENADORA PEDAGÓGICA
SEMANA DE 24 A 28 DE JULHO DE 2017
DIA DA SEMANA 2ª  feira 3ª feira 4ª feira 5ª feira 6ª feira

9h às 18h/
Horário 7h às 16h 7h às 16h 7h às 16h 13h às 18h
18h40 às 21h40

W Acompanhamento   das W Acompanhamento   das W Acompanhamento   W Acompanhamento   W Acompanhamento  


entradas; entradas; das entradas; das entradas; das entradas;
W Atendimento aos W Atendimento aos W Atendimento aos W Atendimento aos W Atendimento aos
AÇÕES
professores; professores; professores; professores; professores;
PERMANENTES
W Atendimento aos pais/ W Atendimento aos pais/ W Atendimento aos W Atendimento aos W Atendimento aos
responsáveis; responsáveis; pais/responsáveis; pais/responsáveis; pais/responsáveis;
W Análise de atividades W Análise de atividades W Análise de atividades W Análise de W Análise de
para xerox. para xerox. para xerox. atividades para xerox. atividades para xerox.

W 7h às 8h: entradas/
W 7h às 8h: entradas/
W 7h às 8h: entradas/rotina; rotina; rotina;
W 8h às 12h: reunião com W 8h às 9h: atendimento à
MANHÃ W 8h às 11h: htpc da W 9h às 12h: reunião
a orientadora pedagógica comunidade;
creche; externa (secretária de W Flexibilização.
(encaminhar xerox W 9h às 12h: planejamen-
W 11h às 12h: educação).
aprovadas para secretaria to das coordenadoras da
impressões de pauta
de educação). reunião pedagógica e
(htpc de amanhã).
htpcs.

W 13h às 14h: entradas/


W 13h às 14h: entradas/
rotina;
rotina; W 13h às 15h: finalizar W 13h às 14h:
W 14h às 15h: verificar
W 14h às 15h: observação W 13h às 14h: entradas/ materiais do htpc entradas/rotina;
TARDE dados quantitativos da
de sala (2º ano); rotina; noturno; W 14h às 18h:
avaliação semestral e com-
partilhar com a equipe; W 15h às 16h: W 14h às 17h: htpc da W 15h às 18h: acompanhamento
planejamento das creche (saída às 16h). observação em sala dos planos de ação
W 15h às 16h:  produção do
coordenadoras da reunião de aula (5º ano). dos professores.
bilhete em parceria com a
pedagógica e htpcs.
professora do 2º ano.

57
3.3.2- PROPOSTA DE ROTINA
DOS PROFESSORES EPV

O Programa Educar pra Valer trabalha com formações articula-


das à Base Nacional Comum Curricular (BNCC), que articula os conte-
údos a uma matriz de competências. Tais formações buscam articular
o currículo com os materiais didáticos e o planejamento do professor.
O planejamento organiza-se no tempo e no espaço. Deter-
minadas atividades são indispensáveis para possibilitar uma real
aprendizagem dos estudantes. Com este objetivo, o programa pro-
põe sequências de ações bem estruturadas, buscando otimizar o
aproveitamento de qualidade dos dias, horas e minutos que com-
põem o tempo pedagógico.
Ao observar uma sala de aula, o superintendente deve co-
nhecer a rotina dos professores e como esta tem se concretizado. Em
resumo, na alfabetização os tempos possuem uma sequência lógica
com toda uma organização da aula que começa com o acolhimento
às crianças para motivá-las.
Na sequência, faz-se necessário um tempo diário para: analisar
as atividades realizadas em casa; garantir atividades que estimulem o
letramento, a leitura exemplar, a predição, exploração das palavras e
seus significados, expressão oral, e o treino das habilidades de leitura
e escrita; atividades de decodificação e codificação de palavras com
a consequente exploração das letras, dos fonemas, da consciência
fonológica, das sílabas... enfim, das normas e convenções do código
alfabético, da leitura e da escrita. Esse material está detalhado para
eventuais consultas no anexo VI.

58
PARA REFLETIR:

Você considera importante fazer um trabalho


contínuo com diretores e coordenadores a res-
peito de suas atribuições? Que sugestões teria
para organizar esse trabalho?
Os diretores e coordenadores pedagógicos de
sua rede possuem uma rotina definida? Elas
são semelhantes às sugeridas aqui? Caso exis-
tam, essas rotinas são adequadas ou precisam
ser aprimoradas?

59
Capitulo 4
4. O PLANO DE AÇÃO E AS
AVALIAÇÕES EXTERNAS –
INSTRUMENTOS DE APOIO
E MONITORAMENTO
As grandes reformas educacionais de que se tem notícia sempre
começam com um diagnóstico que auxilia na identificação dos principais
desafios e construção das prioridades dos sistemas de ensino.
Como identificar prioridades quando tudo parece ser prioridade?
O Programa Educar pra Valer acredita que a prioridade da escola é
ensinar. Os alunos da rede pública precisam ter acesso aos conhecimentos
historicamente produzidos pela humanidade, que se materializam no cur-
rículo escolar, além de outras habilidades e competências relacionadas ao
seu desenvolvimento socioemocional.
Mas, para aprender algo na escola, a prioridade número um deve
ser a aprendizagem da leitura e da escrita. Como prosseguir aprendendo
na escola sem saber ler e escrever? É possível? Como ser cidadão sem saber
calcular juros? Entender uma conta? Entender a metragem de algo?
O EpV sugere um Plano de Ação muito simples, construído a partir
de um diagnóstico de indicadores educacionais, tendo em vista os princí-
pios que fundamentam o direito de aprender dos estudantes. Essa é uma
proposta com definição de metas de aprendizagem que serão sistematica-
mente acompanhadas e mensuradas através dos resultados das avaliações
externas para alfabetização e quintos anos. O Plano também propõe ações
estratégicas que auxiliam na conquista das metas.

62
4.1- A ESTRUTURA DO PLANO DE AÇÃO Apenas para efeito didático, as diretrizes para construção das
metas e objetivos estratégicos estão organizadas em eixos e pilares
O plano é constituído de: objetivos, metas, ações estratégicas, que constituem as bases do programa. Com base no diagnóstico do
cronograma, recursos humanos e financeiros. Os objetivos sugeridos município, as ações planejadas em cada eixo devem ocorrer de forma
para o Plano de Ação estão fundamentados nas boas práticas em gestão sistêmica e integrada às metas.
educacional pública e nas prioridades observadas nos municípios.
A partir das diretrizes do Plano, serão definidas as metas e ações estraté-
gicas para o município.

4.1.1- O QUE SÃO METAS

As metas transformam os objetivos em tarefas específicas tem-


porais e mensuráveis. Por exemplo: emagrecer 12kg em um ano ou
construir uma casa até o final de 2020, com um valor estimado x.
Uma vez definidas, as metas não podem ser engavetadas.
Elas precisam ser comunicadas e perseguidas!

4.1.2- ESTRUTURA DO PLANO DE AÇÃO DA


SECRETARIA DE EDUCAÇÃO
A seguir, será apresentada a estrutura de um Plano de Ação
proposto pelo EpV. Esse Plano é semi-estruturado e possui duas
diretrizes importantes:

h as metas propostas através de objetivos estratégicos e indi-


cadores municipais educacionais;
h ações estratégicas baseadas em evidências que irão inspirar
as atividades com vistas ao alcance das metas e vibilizar os
processos de aprendizagem na escola.

63
DIRETRIZES PARA DEFINIÇÃO DE METAS
W Alfabetizar todas as crianças até o segundo ano do ensino fundamental
W Alfabetizar todos que não foram alfabetizados na idade certa
OBJETIVOS IMPORTANTES W Elevar o IDEB do Ensino Fundamental I
PARA MELHORAR A W Elevar o IDEB do Ensino Fundamental II
APRENDIZAGEM W Zerar o abandono
W Elevar o índice de aprovação do município, pensando estratégias responsáveis para melhorar a aprendizagem
W Universalizar o atendimento da Educação Infantil (4 e 5 anos) observando a melhoria da sua qualidade.

DIRETRIZES PARA AS AÇÕES ESTRATÉGICAS


W Atender 100% das crianças em idade escolar obrigatória: 4 a 14 anos de idade
W Cumprir os 200 dias letivos, bem como as 800 horas de aula
W Reordenar rede de escolas
GESTÃO DO SISTEMA
W Fortalecer a autonomia das escolas (financeira, administrativo e pedagógica)
EDUCACIONAL
W Definir critérios técnicos para a seleção de gestores escolares
W Organizar a formação continuada dos professores observando o Piso Salarial Profissional Nacional – Lei nº 11.738
W Orientar as escolas a organizar a lotação de professores, formação de turmas, relação aluno professor

W Avaliar sistematicamente o ensino fundamental


AVALIAÇÃO DO SISTEMA
W Organizar os resultados das avaliações externas para apoiar a gestão

ACOMPANHAMENTO ÀS
W Instituir modelo de acompanhamento às escolas
ESCOLAS

W Instituir incentivos às escolas e/ou profissionais que atingiram as metas


SUSTENTABILIDADE
W Realizar eventos municipais para premiar e/ou valorizar as escolas que se destacaram no alcance das metas.

64
4.1.3- ESTRUTURA DO PLANO DE AÇÃO DAS ESCOLAS

Após a construção do Plano de Ação de educação do município, a secretaria


deverá pactuá-lo com cada escola. Esta, por sua vez, deverá desenvolver o seu próprio
Plano de Ação, um pouco mais simplificado que o da secretaria, porém alinhado às
diretrizes, metas e ações estratégicas municipais. O fato de ser mais simples não
significa menos importante. Isso diz respeito ao limite de atuação de cada instância.
A secretaria somente irá alcançar seus resultados em parceria com as escolas.
Por isso, todo mundo tem que estar engajado, falando a mesma linguagem, buscando
as mesmas coisas, mesmo que com estratégias diferentes. Segue a estrutura do Plano
de Ação da escola:

DIRETRIZES PARA AS METAS


Alfabetizar todas as crianças até o segundo ano do ensino fundamental.
OBJETIVOS Alfabetizar todos que não foram alfabetizados na idade certa.
IMPORTANTES Elevar o IDEB do Ensino Fundamental I.
PARA MELHORAR A Elevar o IDEB do Ensino Fundamental II.
APRENDIZAGEM Reduzir o abandono.
Elevar o índice de aprovação do município, pensando estratégias responsáveis de melhorar a qualidade da aprendizagem.
Universalizar o atendimento da Educação Infantil (4 e 5 anos) observando a melhoria da sua qualidade.

DIRETRIZES PARA AS AÇÕES ESTRATÉGICAS


Cumprir os 200 dias letivos, bem como as 800 horas de aula.
Organizar a lotação de professores, observando o perfil alfabetizador.
ORGANIZAÇÃO Observar os resultados das avaliações externas e organizar estratégias para superar as vulnerabilidades de aprendizagem.
PEDAGÓGICA
Organizar o trabalho pedagógico de apoio ao planejamento e a formação dos professores, incluindo as observações em
sala de aula.
Acompanhar, consolidar e garantir a frequência dos discentes e docentes.

65
PARA REFLETIR: 4.2 - AS AVALIAÇÕES EXTERNAS,
O MONITORAMENTO
1) Você tinha conhecimento de DAS METAS E DAS AÇÕES
que a secretaria possuía um
ESTRATÉGICAS
Plano de Ação? Conhece as
metas desse Plano?
As metas são mensuráveis e isso possibilita a
2) De que maneira a escola definição de indicadores da escola e do município. Os
pode contribuir para que o indicadores são capazes de fornecer as informações
que precisam ser analisadas pela gestão a fim de sa-
município atinja as metas
ber se a escola e o município estão próximos ou não
propostas? de alcançar a meta. Se a meta é ter 90% das crianças
3) Quais estratégias o lendo fluentemente e, em agosto, se apenas 10% das
crianças estão nesse nível, há que se rever as ações
superintendente pode
de intervenção.
adotar para apoiar a escola
O EpV oferece às redes municipais que partici-
na construção do seu Plano
pam do Projeto as avaliações diagnósticas e formati-
de Ação, em sintonia com vas para os anos iniciais do ensino fundamental, que
as metas da secretaria de são realizadas respectivamente no início e ao longo
educação? do ano letivo.
4) Como construir um processo Ao final do ciclo da alfabetização e dos anos
iniciais do ensino fundamental (segundos e quintos
comunicativo eficiente
anos), são realizadas avaliações externas padroni-
objetivando a divulgação zadas somativas por uma instituição externa espe-
e conhecimento das metas cializada capaz de mensurar a evolução do nível de
do município por todos os aprendizagem nas redes de ensino. O quadro a seguir
profissionais da secretaria e descreve a sequência dessas provas:
das escolas, bem como pais e
comunidade em geral?

66
ANO DIAGNÓSTICO FORMATIVA FORMATIVA SOMATIVA
1º ano Fluência Fluência Fluência Fluência

Fluência Fluência Fluência Fluência


2º ano Português Português Português Português
Matemática Matemática Matemática Matemática

Fluência Fluência
3º ano Português Fluência Português Fluência
Matemática Matemática

Fluência Fluência
4º ano Português Fluência Português Fluência
Matemática Matemática

Fluência Fluência Fluência Fluência


5º ano Português Português Português Português
Matemática Matemática Matemática Matemática

67
As metas são definidas pelas avaliações somativas e as demais avaliações contribuem para moni-
toramento da sua evolução ao longo do ano, dando suporte para as possíveis intervenções e realinha-
mento das ações estratégicas.
Após cada avaliação, o superintendente escolar deverá se apropriar dos indicadores de resultado
das escolas. Essa é uma das suas principais tarefas. Estudando os resultados, ele estará apto a instigar
reflexões para realizar uma análise de resultados, observando:

os percentuais por
os percentuais gerais do descritores por escola/
resultado de leitura e de turma/ano nas
acertos por escolas, por provinhas objetivas;
turma e ano;

os alunos com maior


dificuldade em o que pode ser
leitura e o menor melhorado no
percentual de acerto processo para
na avaliação escrita; que a escola
alcance suas
metas;

o que contribuiu
para esses o que a escola vem
resultados; fazendo para intervir
nesses resultados.

68
A escola precisa dar conta da frequência dos estudantes, do
acompanhamento ao trabalho dos professores e de outras estratégias
definidas em seu Plano de Ação. Tudo isso precisa ser monitorado pela
superintendência, que deve apoiar a gestão no sentido de melhor con-
duzir seu trabalho, realizando as correções de rumo em sintonia com as
metas de aprendizagem.

ATENÇÃO:

A secretaria de educação e as escolas


devem assumir o compromisso de identificar, de PARA REFLETIR:
forma contínua e transparente, os resultados da
aprendizagem dos estudantes, para que não haja 1) Você conhece os resultados
surpresas negativas quando os resultados do de avaliação do seu
IDEB forem divulgados pelo MEC. município? Como você
analisa tais resultados?
2) Sabe quais as melhores
escolas e as que possuem
os maiores desafios em
relação à aprendizagem dos
estudantes?
3) Como você organizaria um
trabalho sistemático para a
devolutiva dos resultados
das avaliações externas?

69
Capitulo 5
5. A ATUAÇÃO DO
SUPERINTENDENTE:
ABORDAGENS E
PRINCÍPIOS
A interação entre superintendente, núcleo gestor e demais
profissionais da escola  deve ser norteada por alguns princípios bási-
cos, quais sejam: respeito; relacionamento amigável, horizontal e sin-
cero; cuidado para evitar constrangimentos públicos aos gestores; ali-
mentação de um ambiente psicossocial que possibilite a autoexpres-
são e as trocas, principalmente entre pares.
Como exemplo, citamos a oportunidade de troca que pode
ser proporcionada entre os diretores ou coordenadores pedagógi-
cos, com destaque para aspectos práticos que merecem maior refle-
xão por parte deles no exercício das suas funções.
O superintendente deve ter uma atitude responsável de par-
ceria com a escola para apoiá-la no alcance de suas metas de apren-
dizagem. Para tanto, ele precisa saber como realizar boas observa-
ções quanto aos principais desafios da escola, além de auxiliar nas
análises e no planejamento dos aspectos que serão objeto da visita.
As visitas à escola devem sempre ter uma intencionalidade, um pla-
nejamento prévio, um método de coleta de informações que auxi-
liem na identificação das situações a serem discutidas com o diretor
e coordenador pedagógico.

72
73
Uma boa estratégia de observação pode ser efetivada Nesse processo de interlocução entre os sujeitos, compreen-
pela “Caminhada Pedagógica”. Como já tivemos oportunidade de der de maneira mais aprofundada os padrões de funcionamento do
mencionar anteriormente, essa é uma estratégia  utilizada com nosso cérebro pode nos auxiliar muito no diálogo com os gestores,
gestores para observar, dentre outros aspectos: os processos de principalmente em relação às mudanças culturais e comportamen-
interação do diretor com os professores, crianças e pais; sua lei- tais, que nem sempre acontecem apenas por conselhos ou orienta-
tura sobre as dinâmicas de ensino e aprendizagem nas salas de ções verbais diretas. Ou seja, as devolutivas, feedback e propostas de
aula; sua visão sobre a gestão dos espaços da escola; no que ele intervenções devem observar algumas conquistas da ciência sobre o
presta atenção e o que lhe passa desapercebido; bem como o funcionamento do cérebro e os desafios para se mudar padrões de
que talvez não tenha tanta importância no seu cotidiano de atu- pensamento e comportamento.
ação (anexo XIII). David Rock (2006) descreve que o nosso cérebro é uma má-
Por exemplo, ao observar como o planejamento é construí- quina de conexões entre neurônios que geram pensamentos, me-
do, podemos ter perguntas para nortear o nosso olhar: o professor mórias, habilidades e atributos, constituindo nossos mapas mentais.
planeja na escola? Planeja com quem? O coordenador participa e Essas conexões dependem das nossas vivências e aprendizagens ao
contribui? Há pesquisa? Os resultados das avaliações são conside- longo da vida. Os neurotransmissores fazem mais de um milhão de
rados para definir as atividades do planejamento? Há uma rotina conexões a cada segundo, entre diferentes pontos, e criam um rico
alinhada às orientações pedagógicas recebidas pelo município? O processo de circuitos cerebrais.
planejamento é coerente com os objetivos de aprendizagem e os Para ser processado, todo conhecimento novo é comparado
níveis das crianças? As atividades previstas consideram as necessi- ao mapa mental pré-existente. É necessário encontrar um vínculo
dades de alguns estudantes com mais dificuldades? entre a novidade e nosso mapa mental para conseguirmos discernir,
Enfim, após o processo de observação, se houver necessidade incorporar e processar as novas ideias. 
de dar alguma devolutiva, o superintendente deve fazer perguntas Rock exemplifica, na mesma publicação, a utilização de um
relacionadas a aspectos que não ficaram claros. Depois de propor al- novo computador pela primeira vez. Diz que ficamos confusos com
gumas reflexões, as observações relacionadas ao feedback sempre a localização das teclas e funções, mas depois conseguimos apre-
começam enfatizando o que está bom para depois introduzir as pro- ender as novas configurações a partir da experiência e integrá-las
postas de melhoria. ao mapa mental, de tal forma que podemos realizar a tarefa até de

74
olhos fechados. As tarefas repetitivas não requerem muita energia ce-
rebral. Já aqueles momentos mágicos em que criamos um outro mapa
mental e o insight acontece são muito energizantes. Tais situações são
únicas: a expressão facial, revelações emergem e novas configurações
mentais conformam nosso mapa.
A partir dessa forma de funcionar do nosso cérebro, David
descreve as seguintes conclusões: quando as pessoas pensam tudo
por si mesmas, elas se comprometem mais, mobilizam mais energia
e ficam mais motivadas para agir.
A neurociência nos ensina que devemos ajudar as pessoas a
pensar, porque isso cria o aprendizado real, a motivação e o envol-
vimento. As receitas prontas são maçantes e nem sempre provocam
crescimento.
Conclui-se, pois, que as perguntas e estratégias que ajudam
as pessoas a pensar são fundamentais para criar um espaço físico e
mental de mobilização das conexões mentais, capazes de gerar um
entendimento natural da sua tarefa. A habilidade de fazer pergun-
tas e mobilizar reflexões é essencial para uma mudança de postura,
de cultura,  para o engajamento e para despertar a motivação dos
gestores.
Tão  importante quanto falar e fazer boas perguntas é saber
escutar profundamente, de maneira ativa e engajada. Ou seja, é fun-
damental que haja uma interação com a fala do “outro”, fazendo per-
guntas até para checar se o que está sendo dito é o que realmente
está sendo compreendido.
Como cada um de nós tem um mapa mental diferente e esta-
mos relacionando o que ouvimos a essas nossas concepções prévias,
nem tudo que é dito é compreendido de modo igual. Esses proces-
sos geralmente são complexos porque envolvem compreensões di-
ferentes. Por exemplo, às vezes depois de uma reunião, quando che-
camos os entendimentos, nem todo mundo interpretou as situações
da mesma forma.

75
O guia de tutoria do Itaú Social menciona que
escutar exige paciência e abertura para compreender o
outro sem julgamentos de modo a ter os canais abertos
para não taxá-lo a partir de suas rígidas concepções pré-
vias. Indica, ainda, que alguns fatores podem afetar essa
escuta ativa, ou escuta mais profunda, quais sejam: dis-
persão, opinião diferente, expectativas, críticas (às vezes
inconscientes), estilo de funcionar e aprender diferente,
pressa, falta de foco, ignorar o que foi dito, não observar
os sentimentos ou as entrelinhas.
Essa interação do superintendente com outros
profissionais da escola requer atenção e cuidado. Por
exemplo: o superintendente pode ficar tão preocupado
com a forma de elaboração de sua pergunta que não se
dá conta do conteúdo envolvido na conversa. Além dis-
so, outros aspectos podem influenciar negativamente,
como a falta de local adequado para um bom diálogo e
interrupções externas. Enfim, a comunicação humana é
complexa, deve ser cuidada e sempre precisa de aprimo-
ramento.
Carl Rogers foi um dos principais expoentes da
corrente de psicologia denominada humanismo, cujo
processo terapêutico é centrado no cliente e em suas
necessidades. Em sua publicação “Um jeito de Ser”, Ro-
gers (1983) trata da comunicação humana de um modo
pessoal e relacionada à sua experiência de escuta de
forma muito tocante. Ao refletir sobre sua experiência
de escutar pessoas, ele diz algumas coisas muito pro-
fundas tais como:

76
Ouvir verdadeiramente
alguém é como ouvir a
música das estrelas, quer Esse ouvir profundo
Ele sentia um grande proporciona um encontro
dizer, tudo aquilo que está prazer em realmente
por trás da mensagem dita: verdadeiro entre almas
ouvir alguém porque e traz uma interação
sentimentos, pensamentos, isso o enriquecia
emoções. Esse ouvir promotora de bem estar e
como pessoa; crescimento para ambos;
profundo significa ouvir
os sons e captar o mundo
interno da pessoa;

A partir da observação Para a comunicação fluir


de si e de outras pessoas bem, também é importante
em experiência dolorosa, Estimar, amar e
escutar a vozinha interior,
o fato de ser escutado aceitar o outro
identificar sentimentos
sem julgamento ajudava proporciona um
e pensamentos difusos,
a pessoa a melhorar. As ambiente seguro
escondidos para que
pessoas ficam agradecidas, para a auto
a comunicação seja
aliviadas e isso até ajuda expressão, o diálogo
verdadeira e integre
a encontrar possíveis e o crescimento.
sentimentos e pensamentos
caminhos para lidar com de forma coerente;
aquela dor;

77
Esses princípios acima descritos são muito positivos para erigir
relacionamentos que promovam crescimento, engajamento e desper-
tem a motivação. 
Além dos princípios anteriormente citados, para cuidar da boa
comunicação, sugerimos visitas sempre estruturadas e organizadas a
partir de recursos que permitam foco, clareza de objetivos, possibilida-
de de escuta, feedback, aprendizagem e acompanhamento contínuo.
A título de dar maior clareza, propomos um passo a passo que integra
tais competências:

1) Construir um relacionamento amistoso com a escola, investir


verdadeiramente nisso;
2) Sempre planejar o que será observado na visita: objetivos,
método, momento da conversa  sobre o tema, local para re-
gistro dos encaminhamentos;
3) Pensar em como coletará as informações sobre o tema;
Exemplo: sobre a infrequência escolar, o superintendente
deve verificar se a escola possui algum tipo de controle e, ao
visitar as salas, perguntar ao professor quantos alunos falta-
ram e qual costuma ser a falta de alunos diária, se tem algum
aluno que falte muito mais que outros, e se ele sabe por que
isso acontece;
4) Depois, perguntar ao núcleo gestor, diretor ou coordenador
como percebem tais aspectos observados. Exemplo: como
está o controle da frequência dos alunos? Como percebem
que a escola está acompanhando essa frequência? Quais os
principais desafios? Que soluções poderíamos implementar?;
5) Após a escuta, o superintendente pode sugerir também algu-
ma ideia ou propor que o núcleo gestor conheça a experiên-
cia exitosa de alguma escola nesta área de frequência escolar;

78
6) Por fim, revisar junto o que ficou decidido como modelo Sigamos fazendo a diferença na vida das crianças brasileiras,
de intervenção para melhorar a frequência e pautar enca- elevando nossa capacidade de trabalho para chegar junto e avançar
minhamentos necessários; mais na conquista de uma educação pública promotora de justiça
7) Os encaminhamentos devem constar na próxima pauta e social. Como nos diz Paulo Freire (1993, p. 49), uma educação
ser revisitados para o processo de acompanhamento da “que estimula a presença organizada das classes sociais populares
execução, que muitas vezes é delicado, podendo precisar na luta em favor da transformação democrática da sociedade,
no sentido da superação das injustiças sociais. É a que respeita
de apoio e ajustes. os educandos, não importa qual seja sua posição de classe e, por
isso mesmo, leva em consideração, seriamente, o seu saber de
experiência feito, a partir do qual trabalha o conhecimento com rigor
A tarefa do acompanhamento escolar é um ponto chave e es- de aproximação aos objetos. É o que trabalha, incansavelmente,
sencial para que a secretaria de educação tenha suas escolas articula- a boa qualidade do ensino, a que se esforça em intensificar os
das e interligadas com o propósito de avançar na qualidade da edu- índices de aprovação através de rigoroso trabalho docente e não
cação. A escola, ainda que autônoma para desenvolver suas ações, com frouxidão assistencialista, é a que capacita suas professoras
cientificamente à luz dos recentes achados em torno da aquisição
precisa prestar contas acerca dos resultados da aprendizagem a toda
da linguagem, do ensino da escrita e da leitura.”
sociedade. É necessário fazer a educação pública funcionar pra va-
ler, buscando a equidade e oferecendo o real acesso ao direito de O EpV acredita que juntos, com boas definições políticas, 
aprender. O superintendente será um elo indispensável nessa rede, competência técnica, foco, compromisso e amor, chegaremos lá!
pois, ao mesmo tempo que torce e ajuda a escola a avançar, instiga a
todos para que consigam vencer os desafios necessários. Sua tarefa é
complexa, envolve conhecimento de gestão, avaliação, organização,
monitoramento, competências relacionais, assertividade, boa comu-
nicação (capacidade de escuta sensível e fala), foco, e, sobretudo,
compromisso com seu trabalho e com a educação pública.
Claro que o superintendente precisa do apoio da secretaria
de educação e da decisão política do prefeito de fazer e fazer bem.
Esses aspectos também são trabalhados com muito vigor no âmbito
da parceria do programa EpV, que busca articular ações diretas rela-
cionadas à atuação dos prefeitos e secretários de educação.
Assim, através de uma intervenção sistêmica, no qual cada
ator da gestão faz a sua parte, o programa Educar pra Valer tem
testemunhado mudanças importantes na cultura local de algumas
redes municipais na forma como conduzem esse bem comum tão
precioso que é a educação. 

79
Referências
Bibliográficas
REFERÊNCIAS
BIBLIOGRÁFICAS 

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83
Anexos
ANEXOS

ANEXO I – LEI Nº. 490 DE 06/01/2004

ANEXO II – DISTRIBUIÇÃO DOS SUPERINTENDENTES POR ESCOLA

ANEXO III – MODELO SÍNTESE DOS INDICADORES EDUCACIONAIS DA ESCOLA E DO MUNICÍPIO, E QUADRO GERAL DA ESCOLA 

ANEXO IV – INSTRUMENTAL GERAL PARA ACOMPANHAMENTO MENSAL E RELATÓRIOS DAS VISITAS

ANEXO V – ROTEIRO DE OBSERVAÇÃO DE SALA DE AULA 

ANEXO VI – INFORMAÇÕES DA ESTRUTURA DA ESCOLA E LEVANTAMENTO DE DESAFIOS

ANEXO VII – PROPOSTA E SUGESTÕES DO EpV PARA ROTINAS DE AULA PARA OS PROFESSORES POR ANO/SÉRIE E DESCRIÇÃO
DAS ATIVIDADES DIÁRIAS/SEMANAIS

ANEXO VIII – QUADRO DE ACOMPANHAMENTO DAS FALTAS DOS PROFESSORES

ANEXO IX – QUADRO DE LEVANTAMENTO DAS CARÊNCIAS DOS PROFESSORES

ANEXO X – QUADRO DA QUANTIDADE DE LICENÇAS DOS PROFESSORES

ANEXO XI – INSTRUMENTO DE OBSERVAÇÃO DE PLANEJAMENTO

ANEXO XII – QUADRO SÍNTESE DO PLANO DE AÇÃO DO MUNICÍPIO

ANEXO XIII – QUADRO SÍNTESE DO PLANO DE AÇÃO DA ESCOLA

ANEXO XIV – GUIA EXPLICATIVO DAS CAMINHAAS PEDAGÓGICAS DA REDE MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO DE SOBRAL-CE

86
ANEXO I – LEI Nº 490 DE 06 DE JANEIRO DE 2004

Dispõe sobre a criação da Superintendência Escolar, e dá outras outras medidas que assegurem a viabilidade da rede de escolas
providências. do município;
A CÂMARA MUNICIPAL DE SOBRAL aprovou e eu sanciono a VII Ser o elemento de interlocução entre escolas e Secretaria, ser-
seguinte Lei: vindo de elo e facilitador, de modo a liberar o tempo e atenção do
Art. 1º Fica criada a Superintendência Escolar que integrará, em diretor para as atividades específicas de sua função;
caráter permanente, a estrutura organizacional da Secretaria de VIII Comunicar às escolas as normas e orientações emanadas da
Desenvolvimento da Educação, na forma desta Lei. Secretaria de Desenvolvimento da Educação;
Art. 2º Compete à Superintendência Escolar:
IX Estabelecer e promover canais de comunicação entre os direto-
I Avaliar e pactuar com as escolas o Plano de Desenvolvimento Es- res, para troca de conhecimentos e experiências;
colar (PDE) e a Proposta Pedagógica, assegurando sua consistência
com as diretrizes e prioridades da Secretaria; X Manter a interlocução com as Coordenadorias, Gerências e de-
mais técnicos da Secretaria de Desenvolvimento da Educação, vi-
II Analisar e dar retorno às escolas sobre a apreciação dos instru- sando consolidar informações e orientações, garantindo um bom
mentos de informações gerenciais, acompanhando as medidas de ordenamento da comunicação desses setores com as escolas.
intervenção adotadas pela escola;
Art. 3º A Secretaria de Desenvolvimento da Educação garantirá 1 (um)
III Acompanhar e integrar os resultados da escola, no âmbito mu- superintendente adjunto para, no máximo, 15 (quinze) escolas, que tra-
nicipal, por meio de indicadores de desempenho estabelecidos no balharão sob a coordenação do Superintendente.
Plano de Desenvolvimento Escolar (PDE), coresponsabilizando-se
por estes resultados; Art. 4º Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação, revogadas as
disposições em contrário.
IV Zelar pelo cumprimento do Calendário Escolar, a partir das
orientações da Secretaria de Desenvolvimento da Educação, com
base nas disposições legais; Paço Municipal Prefeito José Euclides Ferreira Gomes Júnior, em 06 De
Janeiro De 2004.
V Garantir a implementação da avaliação externa do desempenho
dos alunos; Cid Ferreira Gomes - Prefeito Municipal

VI Garantir a implementação de normas referentes à nucleação, Maurício De Holanda Maia - Secretário De Desenvolvimento Da Educação.
lotação de pessoal, provisão de insumos, repasse de recursos e

87
ANEXO II - DISTRIBUIÇÃO DOS SUPERINTENDENTES POR ESCOLA

POLO/ COORDENADOR
ESCOLAS DIRETOR(A) SUPERINTENDENTE CONTATOS FONE/EMAIL
REGIÃO PEDAGÓGICO

01

02

03

88
ANEXO III – MODELO SINTÉTICO DOS INDICADORES EDUCACIONAIS
DA ESCOLA E DO MUNICÍPIO E QUADRO GERAL DA ESCOLA 

INDICADORES DO MUNICÍPIO INDICADORES DA ESCOLA MARIA DE LOURDES

1) Escola: Maria de Lourdes


Gráfico IDEB - anos iniciais - ano 2017 2) Matrícula: 405 alunos
W Educação infantil: 70
W Anos iniciais: 200
EVOLUÇÃO DO IDEB
W Anos finais: 100
Município Meta do município Estado País W Eja: 35
6
3) Nº de turmas manhã: 7
4) Nº de turmas tarde: 3
5 5) Nº de turmas noite: 2
Município 6) Reprovação – anos iniciais: 15%
2017: 4,2
4 7) Abandono anos iniciais: 6%
8) Distorção anos iniciais: 12%
3 9) Reprovação - anos finais: 25%
10) Abandono anos finais: 8%
2
2005 2007 2009 2011 2013 2015 2017 2019 2021 11) Distorção anos finais: 17%

Fonte: QEdu.org.br.Dados do Ideb/inep (2017).

IDEB anos iniciais: 4           


IDEB anos finais: 3
ANOS INICIAIS - 2017 Resultado Epv:
W 30% alfabetizados (diagnóstico inicial)
Reprovação = 11,2%
Abandono = 30% W 40% na 2ª Avaliação Formativa
Aprovação = 87,7% W 50% na Avaliação Formativa 2
W 60% na Somativa Final

Obs.: É importante que as escolas que tenham IDEB possam inserir aqui o gráfico com o seu resultado. Os indicadores podem ser obtidos no
QEDU, INEP, Relatórios Educar pra Valer ou nos relatórios de matrícula do município.

89
QUADRO GERAL DE ALUNOS POR TURMAS

EDUCAÇÃO INFANTIL
TURMAS ALUNOS
NÍVEL
INTEGRAL MANHÃ TARDE TOTAL INTEGRAL MANHÃ TARDE TOTAL

INFANTIL I
INFANTIL II
INFANTIL III
INFANTIL IV
INFANTIL V
TOTAL

ENSINO FUNDAMENTAL
TURMAS ALUNOS
ANO
INTEGRAL MANHÃ TARDE TOTAL INTEGRAL MANHÃ TARDE TOTAL
1º      
2º      
3º      
4º      
5º      




EJA
TOTAL

90
RECURSOS HUMANOS DA ESCOLA
TELEFONE DATA DE
FUNÇÃO NOME E-MAIL
FIXO CELULAR NOMEAÇÃO

           

           

           

           

           

CONSOLIDADO – Nº DE PROFESSORES DA EDUCAÇÃO INFANTIL ANOS FINAIS

Efetivos   Ciências  
História  
Substitutos  
Geografia  
TOTAL DE PEDAGOGOS  Artes  
Ensino Religioso  
Educação Física  

CONSOLIDADO – Nº DE PROFESSORES DO ENSINO FUNDAMENTAL Inglês  

ANOS INICIAIS Espanhol  


TOTAL (ANOS FINAIS) QUANTITATIVO
Efetivos  
Efetivos  
Substitutos   Substitutos  
TOTAL DE PEDAGOGOS  TOTAL

91
Demais profissionais da escola
AGENTE TURNO
EFETIVO TERCEIRIZADO OBSERVAÇÕES
ADMINISTRATIVO M T N

TURNO
AUXILIAR SECRETARIA EFETIVO TERCEIRIZADO OBSERVAÇÕES
M T N

MANIPULADORA DE TURNO
EFETIVO TERCEIRIZADO OBSERVAÇÕES
ALIMENTOS M T N

92
AUXILIAR DE TURNO
MANIPULAÇÃO DE EFETIVO TERCEIRIZADO OBSERVAÇÕES
ALIMENTOS M T N

AUXILIAR DE TURNO
EFETIVO TERCEIRIZADO OBSERVAÇÕES
SERVIÇOS GERAIS M T N

TURNO
VIGILANTE EFETIVO TERCEIRIZADO OBSERVAÇÕES
M T N

93
TURNO
PORTEIRO EFETIVO TERCEIRIZADO OBSERVAÇÕES
M T N

TURNO
OUTROS EFETIVO TERCEIRIZADO OBSERVAÇÕES
M T N

Obs.: É importante identificar o quantitativo geral de servidores e observar se está dentro dos parâmetros de referência da secretaria.

94
ANEXO IV - INSTRUMENTAL GERAL PARA ACOMPANHAMENTO MENSAL
E RELATÓRIOS DAS VISITAS
 

Escola: Data da Visita:


Nº de Alunos: Infrequência do Dia:
Diretor(a): Coordenador(a):
Superintendente responsável:

GESTÃO DA ESCOLA
ASPECTOS A SEREM OBSERVADOS SIM PARCIAL NÃO OBSERVAÇÕES
O diretor/coordenador está presente na escola no acolhimento dos alunos/comunidade?        
O ambiente escolar é favorável à aprendizagem (acolhida dos alunos, engajamento dos        
professores, clima harmonioso)?
As atribuições de cada servidor estão claramente definidas?        
A gestão acompanha diariamente a frequência dos alunos?        
A gestão disponibiliza e alimenta diariamente o Quadro de Gestão à vista?        
Houve o cumprimento dos dias letivos e carga horária previstas para o mês em curso?        
(verificar através do calendário letivo)
O dia letivo começa no horário previsto?        
As crianças lancham na hora do recreio?        
O tempo usado para recreio está conforme o estipulado pela secretaria?        
A aula termina exatamente no horário previsto?        
A escola construiu o seu plano de ação?        
O plano de ação da escola está sendo cumprido?        

95
ASPECTOS A SEREM OBSERVADOS SIM PARCIAL NÃO OBSERVAÇÕES
O diretor tem uma pasta com todos os indicadores de aprendizagem da escola e a        
atualiza frequentemente?
A gestão acompanha/compreende os resultados por turma e por aluno?        

A direção acompanha o trabalho do coordenador em relação ao planejamento        


dos professores?
O núcleo gestor visita sistematicamente a sala de aula?        
O diretor elabora junto com o coordenador estratégias de intervenção com base        
nos resultados da escola?
O núcleo gestor conhece o material estruturado e/ou de apoio utilizado em sala de aula?        

O núcleo gestor conhece a rotina utilizada pelos professores em sala de aula?        


Os professores participam regular e ativamente das formações de outros professores?        
O professor faz uso do material didático estruturado?        
A sala de aula apresenta um ambiente favorável à aprendizagem?        
O professor promove situações de leitura?        
Os alunos demonstram envolvimento durante a aula?        
A escola promove recuperação paralela?        
A escola desenvolve estratégias de reforço escolar?        
As avaliações do Educar Pra Valer estão sendo realizadas pela escola?        

A escola reflete/analisa sistematicamente as avaliações (externas e internas), bem como        


os resultados dos indicadores, propondo intervenções quando necessário?

A escola divulga os resultados das avaliações (internas e externas) à        


comunidade escolar e local?
A escola dá uma atenção especial à política de alfabetização dos alunos?        

96
ASPECTOS A SEREM OBSERVADOS SIM PARCIAL NÃO OBSERVAÇÕES
A escola coordena a definição metas de aprendizagem para a gestão/coordenação/        
professores?
A escola tenta lotar os professores de acordo com seu perfil e habilidades para        
adequá-los às necessidades das turmas?
O núcleo gestor tem atenção para implementar os encaminhamentos/combinados
sugeridos e acordados com o superintendente?
ASPECTOS FINANCEIROS        
A escola prioriza a aquisição de insumos e bens para apoiar na aprendizagem dos alunos?        
A escola identifica suas prioridades de forma participativa?        
Apresenta pleno conhecimento das especificidades dos programas financeiros que        
assistem à escola?
A escola cumpre com os prazos estabelecidos no que concerne à utilização/prestação        
de contas dos recursos?
Controla de forma eficiente o consumo dos materiais adquiridos pela escola?        

Publiciza a prestação de contas para toda a comunidade?        

AMOSTRA DE AVALIAÇÃO DE LEITURA

ALUNO ETAPA/TURMA TURNO NÍVEL DE LEITURA

       

       

97
RELATÓRIO DE VISITA – INSTRUMENTAL DE VISITA – SUPERINTENDÊNCIA ESCOLAR

Região/ Polo:

Escola:

Superintendente:

Data: _______/_______/_______

ENCAMINHAMENTOS/
TÓPICOS DA PAUTA PRAZO OBSERVAÇÕES
COMBINADOS
     

     

     

       

 
ASPECTOS GERAIS OBSERVADOS:

Data: _______/_______/_______

(Superintendente) (Gestor Escolar)

98
CONSOLIDADO DOS RELATÓRIOS DE VISITAS

Mês:

Polo/Região:

Superintendente:

PAUTA:

DATA DA VISITA ESCOLA OBSERVAÇÕES ENCAMINHAMENTOS

99
ANEXO V -  ROTEIRO DE OBSERVAÇÃO DE SALA DE AULA

Escola: ________________________________________________________________________     Data: _______/_______/_______

Professor(a):  ___________________________________________________________________  Turma: _________ Turno: _______

Nº de alunos: __________        Nº de alunos ausentes:_________

1. RELAÇÃO COM O PLANEJAMENTO S N NO Observações


O professor utiliza o material didático?        
O professor gerencia bem o tempo pedagógico das atividades planejadas?        
Os recursos utilizados pelo professor são adequados aos objetivos e        
aos conteúdos propostos?
O professor cumpriu o plano da aula e/ou adequou-o em função        
de imprevistos?
O planejamento considera os resultados das avaliações e as necessidades        
da turma?
2. ATUAÇÃO EM SALA DE AULA
O professor explicita as atividades a serem vivenciadas no dia?        
O professor tem uma rotina de trabalho pedagógico?        
A aula observada contempla os níveis de aprendizagem de todos        
os alunos?
O professor conduz as atividades de forma a estimular a interação        
entre as crianças?
O professor realiza intervenções adequadas em momentos        
individuais e coletivos?

100
O professor demonstrou segurança e conhecimento com relação ao        
conteúdo trabalhado?
Há o uso do caderno de fluência e outras práticas de leitura na aula?      
Há o desenvolvimento de vivências de atividades matemáticas na sala        
de aula (jogos e práticas diversas)?
O professor promove um ambiente alfabetizador?        
O professor aplica os conhecimentos adquiridos nas  formações?        
O professor acompanha a infrequência dos alunos?        
O professor disponibiliza e acompanha o “Para casa”?        
O professor utiliza o material “Relembrando” para as crianças não        
alfabetizadas?
O professor conhece os níveis de leitura /aprendizagem dos alunos e
tem isso bem mapeado?
O professor identifica os descritores nos quais os estudantes têm mais
dificuldade e os introduz em seu planejamento?
3. POSTURA DO PROFESSOR S N NO Observações
Se expressa de forma correta, clara e adequada aos níveis dos alunos?        

Consegue envolver a turma em todos os momentos centrados nas        


atividades?
Esclarece todas as dúvidas sinalizadas pelos alunos?        
Demonstrou afetividade com os alunos?        
Demonstrou flexibilidade ao resolver problemas/questões que surgem        
com a turma?
Consegue manter o domínio de sala?

101
4.  ALUNOS
Os alunos tiveram envolvimento nas atividades propostas?        
Demonstram motivação para aprender?        
Demonstram afetividade com o professor?        
Os estudantes realizaram o “Para casa”?
As crianças demonstram ter boa expressão oral?        
Demonstram segurança ou autonomia no uso do material didático?        
Legenda: S: Sim / N: Não/ NO: Não Observado

1. DESCRITORES EM QUE OS ALUNOS APRESENTAM MAIS DIFICULDADES

LÍNGUA PORTUGUESA MATEMÁTICA

   

   

2.SITUAÇÃO DOS ALUNOS COM RELAÇÃO À LEITURA

Nº de Nº de alunos Nº de alunos
Nº de alunos leitores de texto com
alunos não leitores de Nº de alunos leitores de frases leitores de textos
fluência
leitores palavras sem fluência

102
ANEXO VI - INFORMAÇÕES DA ESTRUTURA DA ESCOLA E
LEVANTAMENTO DE DESAFIOS

ESTRUTURA POSSUI (S/N) QUANTITATIVO ADEQUADO (S/N) OBSERVAÇÃO

Sala da Direção

Sala dos professores

Secretaria

Biblioteca

Sala de Vídeo

Sala de Leitura

Laboratórios

(Especificar o tipo de laboratório)

Almoxarifado

Cozinha

Depósito de Merenda

Refeitório

Quadra esportiva

(Colocar se é coberta ou descoberta nas observações)

103
ESTRUTURA POSSUI (S/N) QUANTITATIVO ADEQUADO (S/N) OBSERVAÇÃO

Bebedouros

Banheiros

Sanitários masculinos

(Especificar nas observações se há mictório)

Sanitários femininos

Sanitários adaptados para


Educação Infantil

Sanitários com
acessibilidade

Áreas para a prática da


Educação Física

Áreas para a prática de arte

Áreas arborizadas para


recreio e convivência

Parquinho Infantil

Auditório

Acessibilidade (rampas,
elevador, etc.)

Descreva como está a


limpeza da escola

104
LEVANTAMENTO DE DESAFIOS

DESAFIOS NA ÁREA PEDAGÓGICA DESAFIOS NA ÁREA FINANCEIRA - PRESTAÇÃO DE CONTAS

DESAFIOS NA ÁREA DE RECURSOS HUMANOS


OUTROS DESAFIOS
(RESPONSABILIDADE, AUSÊNCIA, DESENTENDIMENTOS…)

DESAFIOS NA ÁREA FÍSICA/ESTRUTURAL

105
ANEXO VII - PROPOSTA E SUGESTÕES DO EpV PARA ROTINAS
DE AULA PARA OS PROFESSORES

1º ANO - SUGESTÃO DE ROTINA DA AULA

1º dia 2º dia 3º dia 4º dia 5º dia

Acolhida Acolhida Acolhida Acolhida Acolhida


(10 minutos) (10 minutos) (10 minutos) (10 minutos) (10 minutos)

Correção da tarefa Correção da tarefa Correção da tarefa Correção da tarefa Correção da tarefa
(20 minutos) (20 minutos) (20 minutos) (20 minutos) (20 minutos)

Passo a passo de linguagem Passo a passo de linguagem Passo a passo de linguagem Passo a passo de linguagem Passo a passo de linguagem
(75 minutos) (75 minutos) (75 minutos) (75 minutos) (75 minutos)

Atividades a cargo Atividades a cargo Atividades a cargo Atividades a cargo Atividades a cargo
do professor do professor do professor do professor do professor
(30 minutos) (30 minutos) (30 minutos) (30 minutos) (30 minutos)

Matemática Outras disciplinas Matemática Outras disciplinas Matemática


(45 minutos) (45 minutos) (45 minutos) (45 minutos) (45 minutos)

Leitura compartilhada Leitura compartilhada Leitura compartilhada Leitura compartilhada Leitura compartilhada
(20 minutos) (20 minutos) (20 minutos) (20 minutos) (20 minutos)

Explicação da tarefa de casa Explicação da tarefa de casa Explicação da tarefa de casa Explicação da tarefa de casa Explicação da tarefa de casa
(10 minutos) (10 minutos) (10 minutos) (10 minutos) (10 minutos)

106
2º ANO - SUGESTÃO DE ROTINA DA AULA

1º 2º 3º 4º 5º

Acolhida e correção do Acolhida e correção do Acolhida e correção do para Acolhida e correção do Acolhida e correção do
para casa (20 min) para casa (20 min) casa (20 min) para casa (20 min) para casa (20 min)

Retomada dos textos Retomada dos textos Retomada dos textos Retomada dos textos Retomada dos textos
anteriores (10 min) anteriores (10 min) anteriores (10 min) anteriores (10 min) anteriores (10 min)

Predição (5 min) Predição (5 min) Predição (5 min) Predição (5 min) Predição (5 min)

Ler é legal (30 min) Ler é legal (30 min) Ler é legal (30 min) Ler é legal (30 min) Ler é legal (30 min)

Conversando com o texto  Conversando com o texto  Conversando com o texto  Conversando com o texto  Conversando com o texto 
(20 min) (20 min) (20 min) (20 min) (20 min)

Ab conhecer (20 min) Ab conhecer (20 min) Ab conhecer (20 min) Ab conhecer (20 min) Ab conhecer (20 min)

Vai-vem das palavras Para gostar de escrever Vai-vem das palavras Para gostar de escrever Vai-vem das palavras
(15 min) (20 min) (15 min) (30 min) (15 min)

Cada texto do seu jeito Cada texto do seu jeito Cada texto do seu jeito Cada texto do seu jeito Cada texto do seu jeito
(15 min) (15 min) (15 min) (15 min) (15 min)

Fluência
Fluência (15 min)
(20 min)
Fluência (20 min) Fluência (20 min) Fluência (20 min)
Outras disciplinas
Outras disciplinas (20 min)
(20 min)

Matemática (50 min) Para gostar de ler (25 min) Matemática (50 min) Para gostar de ler (20 min) Matemática (50 min)

Explicação do para casa Explicação do para casa Explicação do para casa Explicação do para casa Explicação do para casa
(5min) (5min) (5min) (5min) (5min)

107
3º ANO - SUGESTÃO DE ROTINA DA AULA

1º 2º 3º 4º 5º
Acolhida e correção Acolhida e correção Acolhida e correção Acolhida e correção Acolhida e correção
do para casa do para casa do para casa do para casa do para casa
(20 min) (20 min) (20 min) (20 min) (20 min)
Retomada dos textos Retomada dos textos Retomada dos textos Retomada dos textos Retomada dos textos
anteriores anteriores anteriores anteriores anteriores
(10 min) (10 min) (10 min) (10 min) (10 min)
Predição Predição Predição Predição Predição
(5 min) (5 min) (5 min) (5 min) (5 min)
Ler é legal Ler é legal Ler é legal Ler é legal Ler é legal
(30 min) (30 min) (30 min) (30 min) (30 min)
Conversando com o texto  Conversando com o texto  Conversando com o texto  Conversando com o texto  Conversando com o texto 
(20 min) (20 min) (20 min) (20 min) (20 min)
Ab conhecer Ab conhecer Ab conhecer Ab conhecer Ab conhecer
(20 min) (20 min) (20 min) (20 min) (20 min)
Vai-vem das palavras Para gostar de escrever Vai-vem das palavras Para gostar de escrever Vai-vem das palavras
(15 min) (20 min) (15 min) (30 min) (15 min)

Cada texto do seu jeito Cada texto do seu jeito Cada texto do seu jeito Cada texto do seu jeito Cada texto do seu jeito
(15 min) (15 min) (15 min) (15 min) (15 min)

Fluência Fluência
Fluência (20 min) Fluência (15 min) Fluência
(20 min) Outras disciplinas (20 min) Outras disciplinas (20 min)
(20 min) (20 min)
Matemática Para gostar de ler Matemática Para gostar de ler Matemática
(50 min) (25 min) (50 min) (20 min) (50 min)
Explicação do para casa Explicação do para casa Explicação do para casa Explicação do para casa Explicação do para casa
(5 min) (5 min) (5 min) (5 min) (5 min)

108
4º ANO - SUGESTÃO DE ROTINA DA AULA

1º dia 2º dia 3º dia 4º dia 5º dia

Acolhida e correção Acolhida e correção Acolhida e correção Acolhida e correção Acolhida e correção
do para casa do para casa do para casa do para casa do para casa
(20 min) (20 min) (20 min) (20 min) (20 min)

Para gostar de
Predição Ler é legal Predição Ler é legal
escrever –revisão
(5 min) (15 min) (5 min) (15 min)
(15 min)

Ler é legal Conversando com o texto Ler é legal Conversando com o texto Cada texto do seu jeito
(20 min) (15 min) (20 min) (15 min) (10 min)

Conversando com o texto Vai-vem das palavras Conversando com o texto Vai-vem das palavras Ab conhecer
(20 min) (15 min) (20 min) (15 min) (15 min)

Para gostar de Para gostar de


Ab conhecer Ab conhecer Para gostar de ler
escrever - frases escrever - frases
(15 min) (15 min) (20 min)
(15 min) (15 min)

Fluência de leitura Fluência de leitura Fluência de leitura Fluência de leitura Fluência de leitura
(20 min) (20 min) (20 min) (20 min) (20 min)

matemática matemática matemática matemática Matemática


(75 min) (75 min) (75 min) (75 min) (75 min)

Atividades a cargo Atividades a cargo Atividades a cargo Atividades a cargo atividades a cargo
do professor do professor do professor do professor do professor
(30 min) (30 min) (30 min) (30 min) (30 min)

Explicação do para casa Explicação do para casa Explicação do para casa Explicação do para casa Explicação do para casa
(5 min) (5 min) (5 min) (5 min) (5 min)

109
5º ANO - SUGESTÃO DE ROTINA DIÁRIA/SEMANAL - LÍNGUA PORTUGUESA
 

 1º dia 2º dia 3º dia 4º dia 5º dia

Acolhida e correção Acolhida e correção Acolhida e correção Acolhida e correção Acolhida e correção
do para casa do para casa do para casa do para casa do para casa
(10 min) (10 min) (10 min) (10 min) (10 min)

Retomada do texto do dia Retomada do texto do dia Retomada do texto do dia Retomada do texto do dia Retomada do texto
anterior ou predição anterior ou predição anterior ou predição anterior ou predição do dia anterior ou predição
(5 min) (5 min) (5 min) (5 min) (5 min)

Passo a passo de leitura: Passo a passo de leitura: Passo a passo de leitura: Passo a passo de leitura: Passo a passo de leitura:
Leitura do texto Leitura do texto Leitura do texto Leitura do texto Leitura do texto
(20 min) (20 min) (20 min) (20 min) (20 min)
Estudo do texto Estudo do texto Estudo do texto Estudo do texto Estudo do texto
(20 min) (20 min) (20 min) (20 min) (20 min)

Desvendando o código e/ou Produção textual – Desvendando o código e/ou Produção textual – revisão
Hora do conto
estrutura da língua planejamento e escrita estrutura da língua do texto
(25 min)
(25 min) (25 min) (25 min) (25 min)

Fluência de leitura Fluência de leitura Fluência de leitura Fluência de leitura Fluência de leitura
(20 min) (20 min) (20 min) (20 min) (20 min)

Matemática Matemática Matemática Matemática Matemática


(1h e 20 min) (1h e 20 min) (1h e 20 min) (1h e 20 min) (1h e 20 min)

Atividades a cargo do Atividades a cargo do Atividades a cargo do Atividades a cargo do Atividades a cargo do
professor/ outras disciplinas professor/ outras disciplinas professor/ outras disciplinas professor/ outras disciplinas professor/ outras disciplinas
(30 min) (30 min) (30 min) (30 min) (30 min)

Explicação do para casa Explicação do para casa Explicação do para casa Explicação do para casa Explicação do para casa
(5 min) (5 min) (5 min) (5 min) (5 min)

110
ORIENTAÇÕES PEDAGÓGICAS PARA A ROTINA
DESCRIÇÃO DAS ATIVIDADES DIÁRIAS/SEMANAIS

PREDIÇÃO
Objetivos:
h Explicitar os objetivos para a leitura;

h Levantar os conhecimentos prévios dos alunos sobre o texto;

h Motivar os alunos para a leitura.

Procedimentos: Elaborar perguntas que poderão ser respondidas após a leitura e/ou levantar hipóteses sobre o conteúdo do
texto a partir de indícios oferecidos pelo título, autor, ilustrações, etc.

PASSO A PASSO DE LEITURA


1º PASSO – LEITURA ORAL EXEMPLAR 
Objetivos:
h Ouvir a leitura do adulto como exemplo de fluência, acompanhando o texto em silêncio;
h Automatizar a decodificação de um maior número de palavras para permitir ao cérebro maior tempo para a compreensão;
h Desenvolver a capacidade de ouvir com atenção e interesse na leitura do adulto, como exemplo de fluência;
h Absorver as estruturas fundamentais da língua escrita.

Procedimentos: Realizar duas leituras fluentes do texto, de forma clara e audível.

111
2º PASSO – CONTEXTUALIZAÇÃO OU RETOMADA ESTUDO DO TEXTO
DA LEITURA Objetivos:
Objetivos: h Localizar informações explícitas no texto;
h Tirar as dúvidas de compreensão da leitura; h Inferir as informações implícitas no texto;
h Validar as hipóteses levantadas na predição; h Ampliar o vocabulário receptivo e expressivo;
h Identificar as características dos gêneros textuais. h Conhecer os diferentes gêneros textuais, bem como suas
características;
Procedimentos: o professor valida as hipóteses levantadas na h Comparar textos de diferentes gêneros.
predição e chama a atenção dos alunos para as informações mais
Procedimentos: o professor solicita que os alunos leiam em
importantes do texto e das características específicas do gênero.
voz alta o enunciado de cada questão, chamando a atenção
para o entendimento do mesmo. Em seguida, pergunta a
3º PASSO – SEGUNDA LEITURA EXEMPLAR eles o que deve ser feito para fixar bem a compreensão do
significado; cada criança responde às questões em seu próprio
Objetivos:
material, individualmente ou em pequenos grupos; o professor
h Permitir ao aluno compreender o que, porventura, estava faz a correção coletiva das atividades, mas fica atento ao
obscuro nas três primeiras leituras. desenvolvimento do trabalho de cada um dos alunos.
Procedimentos: realizar uma nova leitura do texto para os alunos.
DESVENDANDO O CÓDIGO 
4º PASSO – TREINO DE LEITURA  Objetivos:
Objetivos: h Consolidar a compreensão da natureza alfabética do siste-
Exercitar a velocidade de leitura e melhorar a fluência. ma de escrita;
h Ampliar a leitura visual, o reconhecimento de palavras
Procedimentos: leitura em dupla: uma criança lê o texto
complexas, a análise fônica e estrutural das palavras;
para a outra, que acompanha fazendo leitura silenciosa; leitura
cumulativa; leitura antifônica; leitura de revezamento, etc. h Dominar regularidades e irregularidades ortográficas.

112
Procedimentos: o professor solicita que os alunos leiam PRODUÇÃO TEXTUAL
em voz alta o enunciado de cada questão, chamando a aten-
Objetivos:
ção para o entendimento do mesmo. Em seguida, pergunta
aos alunos o que deve ser feito para fixar bem a compreen- h Produzir textos escritos de gêneros diversos, adequados
são do significado; cada criança responde às questões em aos objetivos, ao destinatário e ao contexto de circulação.
seu próprio material, individualmente ou em pequenos gru- Procedimentos: A produção escrita será trabalhada em dois
pos; o professor faz a correção coletiva das atividades, mas momentos distintos: um dia para planejar e escrever e outro para
fica atento ao desenvolvimento do trabalho de cada um dos a revisão do texto.
alunos.

HORA DO CONTO
ESTRUTURA DA LÍNGUA 
Objetivos:
Objetivos:
h Desenvolver o hábito e o gosto pela leitura.
h Analisar a estrutura do texto através da reflexão das rela-
ções entre palavras, frases e  parágrafos; Procedimentos: O professor escolhe um texto e faz uma leitura
compartilhada com os alunos.
h Desenvolver coerência e coesão textual.
Procedimentos: o professor solicita que os alunos leiam em
voz alta o enunciado de cada questão, chamando a atenção FLUÊNCIA DE LEITURA
para o entendimento do mesmo. Em seguida, pergunta aos Objetivo:
alunos o que deve ser feito para fixar bem a compreensão do
h Realizar a leitura com ritmo, entonação e velocidade ade-
significado; cada criança responde às questões em seu próprio
quados, visando a compreensão leitora;
material, individualmente ou em pequenos grupos; o profes-
sor faz a correção coletiva das atividades, mas fica atento ao h Ler em torno de 120 palavras por minuto, considerando
desenvolvimento do trabalho de cada um dos alunos. também a precisão, a prosódia e compreensão.
Procedimentos: Trabalhar o texto individualmente com um
aluno ou com um grupo de alunos: 

113
h O professor lê uma vez, em voz alta, com boa entonação SUGESTÃO DE ROTINA DAS AULAS DE MATEMÁTICA
(modelagem);  
h Discussão do texto (sentido do texto, expressões e h APRESENTAÇÃO DE UMA SITUAÇÃO DESAFIADORA OU
vocabulário); SITUAÇÃO-PROBLEMA: apresentar o conteúdo a partir
h Leitura em coro, com todos os alunos do grupo ou, se o de uma situação- problema. 
trabalho for individual, leem professor e aluno; h VIVÊNCIA COM O MATERIAL CONCRETO: vivenciar a par-
h Leitura silenciosa (tempo para ler duas ou três vezes); tir de situações significativas propostas pelo professor os
conteúdos abordados, favorecendo a compreensão dos
h Leitura em voz alta por um aluno (o professor seleciona
mesmos. 
alguns alunos a cada dia);
h ATIVIDADE DO ALUNO: exercício de aplicabilidade do
h A cada dia eles devem ter como tarefa reler um ou mais
conteúdo estudado.  As atividades estão agrupadas em
textos já lidos;
torno dos eixos Espaço e forma, Grandezas e medidas e
h O professor deve acompanhar a leitura de alguns alunos Números e operações. As atividades de Tratamento da
e fazer as correções necessárias; informação permeiam os demais blocos.

O trabalho com a fluência de leitura deve ser diário e pode ser Informações Gerais da Escola
realizado com os textos do Caderno dos alunos e/ou com os textos Programas e Projetos
do Caderno de Fluência. Município, 00 de Mês de 2018.

114
ANEXO VIII - QUADRO DE ACOMPANHAMENTO DAS FALTAS DOS PROFESSORES

TURMAS /
JAN FEV MAR ABR MAI JUN JUL AGO SET OUT NOV DEZ TOTAL ANUAL
MESES
INFANTIL I                        
INFANTIL II                        
INFANTIL III                        
INFANTIL IV                        
INFANTIL V                        
INFANTIL VI                        
1º ANO                        
2º ANO                        
3º ANO                        
4º ANO                        
5º ANO                        
6º ANO                        
7º ANO                        
8º ANO                        
9º ANO                        
EJA I                        
EJA II                        
EJA III                        
EJA IV                        
EJA V                        

TOTAL (MÊS)

115
ANEXO IX – QUADRO DE LEVANTAMENTO DE CARÊNCIAS DOS PROFESSORES

TURMAS /
JAN FEV MAR ABR MAI JUN JUL AGO SET OUT NOV DEZ TOTAL ANUAL
MESES
INFANTIL I                        
INFANTIL II                        
INFANTIL III                        
INFANTIL IV                        
INFANTIL V                        
INFANTIL VI                        
1º ANO                        
2º ANO                        
3º ANO                        
4º ANO                        
5º ANO                        
6º ANO                        
7º ANO                        
8º ANO                        
9º ANO                        
EJA I                        
EJA II                        
EJA III                        
EJA IV                        
EJA V                        

TOTAL (MÊS)

116
ANEXO X – QUADRO DA QUANTIDADE DE LICENÇAS DOS PROFESSORES

TURMAS /
JAN FEV MAR ABR MAI JUN JUL AGO SET OUT NOV DEZ TOTAL ANUAL
MESES
INFANTIL I
INFANTIL II
INFANTIL III
INFANTIL IV
INFANTIL V
INFANTIL VI
1º ANO
2º ANO
3º ANO
4º ANO
5º ANO
6º ANO
7º ANO
8º ANO
9º ANO
EJA I
EJA II
EJA III
EJA IV
EJA V

TOTAL (MÊS)

117
ANEXO XI - INSTRUMENTO DE OBSERVAÇÃO DO PLANEJAMENTO

ESCOLA: ____________________________________________________________________________________DATA:  _______/_______/_______ 

1. SOBRE O PLANEJAMENTO S N NO OBSERVAÇÕES

O planejamento leva em conta as metas do plano de ação da escola?        

As atividades são planejadas levando em consideração as dificuldades dos alunos        


observadas nas avaliações?

Houve análise dos resultados dos alunos?        

O plano de aula é elaborado cumprindo todas as etapas: objetivo, conteúdo,        


metodologia, avaliação e recursos?

São elaboradas metas mensais e quinzenais de aprendizagem?        

Baseiam o plano de aula na rotina proposta pela secretaria de Educação?        

2. SOBRE A ATUAÇÃO DO COORDENADOR/SUPERVISOR


Fomenta discussão metodológica sobre os conteúdos?        

Mantém o planejamento com foco na produção das atividades?        

Consegue motivar os professores para o atingimento das metas previstas no        


plano de ação?

Valoriza as ideias dos professores buscando um clima harmonioso?        

Estimula a troca de experiências entre professores?        

Demonstra segurança ao orientar os professores sobre as etapas do plano de aula?        

Conhece a rotina pedagógica orientada pela secretaria de Educação?        

Legenda: S (Sim) - N (Não) - NO (Não Observado).

118
FEEDBACK
Aspectos positivos observados:
  

  

Aspectos a serem melhorados:


  

 
Encaminhamentos/combinados:

119
ANEXO XII- QUADRO SÍNTESE DO PLANO DE AÇÃO DO MUNICÍPIO -
METAS A SEREM MONITORADAS PELO EPV

Esse instrumento deve ser  preenchido com os resultados


 META AVD AVF AVF AVF AVS OBSERVAÇÕES
de aprendizagem, abandono e demais ações estratégicas
desenvolvidos pelo município. % de alunos fluentes e não fluentes no segundo ano

01
OBJETIVOS ESTRATÉGICOS DO PLANO

1. Alfabetizar 100% dos estudantes até o 2º Ano do % de alunos fluentes na alfabetização dos demais anos
Ensino Fundamental;
02
2. Alfabetizar 100% dos estudantes do
Ensino Fundamental; % de estudantes nos dois melhores níveis da avaliação EpV/SAEB

3. Elevar para o IDEB dos Anos Iniciais do 03 EpV


Ensino Fundamental;
03 SAEV
4. Reduzir o abandono nos Anos Iniciais do
Ensino Fundamental para 0. IDEB DA REDE MUNICIPAL

Ano Ideb Ano Ideb Ano Ideb


MONITORAMENTO DAS METAS MUNICIPAIS - ANO ________ 03
Legenda:
AVD - AVALIAÇÃO DIAGNÓSTICA ZERAR O ABANDONO DO MUNICÍPIO
AVF - AVALIAÇÃO FORMATIVA
Ano Aban. Ano Aban. Ano Aba
AVS - AVALIAÇÃO SOMATIVA 04

120
AÇÕES ESTRATÉGICAS:

Cumprimento dos 200 dias letivos e das 800 horas de aula

ANO LETIVO 2019 JAN FEV MAR ABR MAI JUN JUL AGO SET OUT NOV DEZ

                       
DIAS PREVISTOS

                       
DIAS CUMPRIDOS

                       
DIAS A RECUPERAR

OUTRAS AÇÕES ESTRATÉGICAS TOTALMENTE REALIZADA PARCIALMENTE REALIZADA NÃO REALIZADA


       

       

       

       

       
       

OUTRAS OBSERVAÇÕES IMPORTANTES:


_________________________________________________________________________________________________________________________

_________________________________________________________________________________________________________________________

121
ANEXO XIII- QUADRO SÍNTESE DO PLANO DE AÇÃO DA ESCOLA

A ser  preenchido com os resultados de aprendizagem, aban-


META AVD AVF AVF AVF AVS OBSERVAÇÕES
dono e demais ações estratégicas desenvolvidas pela escola.
% de alunos fluentes e não fluentes no segundo ano
OBJETIVOS ESTRATÉGICOS DO PLANO 01
1. Alfabetizar 100% dos estudantes até o 2º Ano do
% de alunos fluentes na alfabetização dos demais anos
Ensino Fundamental;
02
2. Alfabetizar 100% dos estudantes do
Ensino Fundamental; % de estudantes nos dois melhores níveis da avaliação EpV/SAEB

3. Elevar para o IDEB dos Anos Iniciais do 03 EpV


Ensino Fundamental;
03 SAEV
4. Reduzir o abandono nos Anos Iniciais do Ensino
Fundamental para 0. IDEB DA REDE MUNICIPAL

Ano Ideb Ano Ideb Ano Ideb


03
MONITORAMENTO DAS METAS MUNICIPAIS - ANO ________
legenda:
ZERAR O ABANDONO DO MUNICÍPIO
AVD – AVALIAÇÃO DIAGNÓSTICA;
Ano Aban. Ano Aban. Ano Aba
AVF – AVALIAÇÃO FORMATIVA; 04
AVS – AVALIAÇÃO SOMATIVA.

122
AÇÕES ESTRATÉGICAS:

Cumprimento dos 200 dias letivos e das 800 horas de aula

ANO LETIVO 2019 JAN FEV MAR ABR MAI JUN JUL AGO SET OUT NOV DEZ
                       
DIAS PREVISTOS

                       
DIAS CUMPRIDOS

DIAS A RECUPERAR                        

OUTRAS AÇÕES ESTRATÉGICAS TOTALMENTE REALIZADA PARCIALMENTE REALIZADA NÃO REALIZADA


       

       

       

       

       

       

  
OUTRAS OBSERVAÇÕES IMPORTANTES:
_________________________________________________________________________________________________________________________

_________________________________________________________________________________________________________________________

123
ANEXO XIV- GUIA EXPLICATIVO DAS CAMINHADAS PEDAGÓGICAS
DA REDE MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO DE SOBRAL-CE

ser um passo estratégico a ser realizado com o tutor. Assim como outras
práticas de tutoria, precisa ter uma intencionalidade, um planejamento
mínimo e um tempo depois da atividade para feedback com o tutorado.
Uma caminhada conjunta pela escola é eficaz quando tutor e tutorado
definem um propósito que é transparente para ambos. Esse processo dá
ao tutorado um olhar mais ampliado sobre as rotinas de sua escola.

COORDENADORIA DE DESENVOLVIMENTO DA APRENDIZAGEM PROPÓSITOS


E DA GESTÃO PEDAGÓGICA – CODEPE A caminhada pedagógica não é para avaliar o professor, tam-
pouco os alunos. Trata-se de uma ferramenta de aprendizagem para
o gestor, para que ele fique mais próximo do que está acontecendo
CAMINHADAS PEDAGÓGICAS PELA ESCOLA* em termos de ensino e aprendizagem na sala de aula. Ajuda o gestor
tutorado a ampliar sua compreensão sobre os pontos positivos e de-
CARACTERÍSTICAS safios de sua escola – é um ponto de partida importante para aprofun-
dar conversas com professores e alunos, além de oferecer pistas para
Essa técnica é um tipo de observação mais usada na tutoria pe- questões que precisam ser aprofundadas em reuniões de equipe e/ou
dagógica, para se obter um panorama geral do cotidiano da escola – observações mais longas de aulas.
auxilia na leitura do contexto. Ao caminhar com o tutorado pela escola,
o tutor observa a capacidade do tutorado de analisar dinâmicas de en-
sino e aprendizagem, mesmo se passarem rapidamente pelas salas de PONTOS DE ATENÇÃO
aula. O tutor fica atento também a como são as relações do tutorado
Se a caminhada incluir entrada em salas de aula, é fundamental
com outros membros da equipe, alunos e pais; como ele vê a organiza-
que o tutorado, com a ajuda do tutor, planeje estrategicamente o pro-
ção geral da escola, a infraestrutura física e como ela se relaciona com
pósito, o foco e como irá comunicar para os professores. Os membros
o uso dos diferentes espaços e rotinas; no que ele presta atenção, e o
da equipe precisam ter clareza sobre o propósito dessas entradas antes
que é importante, mas lhe passa despercebido.
de sua realização. Podem ser priorizadas salas de um determinado ano/
Para um diretor ou coordenador pedagógico que não circula na série, caso não haja tempo de visitar todas num mesmo dia. As obser-
escola, com pouco hábito de interagir com alunos e professores, e sem vações são rápidas – não mais de cinco minutos – o suficiente para que
prática de observar salas de aula, as caminhadas pedagógicas podem se observe, por exemplo, como a sala de aula está organizada e o nível

124
de envolvimento dos alunos na tarefa daquele momento. É também um h Decisões curriculares – Quais objetivos o professor optou por
termômetro inicial de como andam as relações entre professor e alunos. ensinar, e se estão de acordo com o currículo;
Nessas entradas, o tutorado não interrompe a aula do professor, h Decisões educacionais – Quais práticas educacionais o professor
apenas o cumprimenta, entra para observá-lo e, dependendo da ativi- escolheu para ajudar os alunos a atingir os objetivos;
dade, pergunta aos alunos o que estão aprendendo, pede que eles ex- h Ambiência – Há evidências de objetivos ou práticas educacionais
pliquem o propósito do que estão fazendo, observa suas produções e anteriores na sala de aula/ salas temáticas (nas paredes, organiza-
dúvidas. Não é recomendável que se façam anotações, já que essa prá- ção das carteiras e do restante da sala de aula, projetos, etc.);
tica pode sugerir um tom de fiscalização. No feedback, o tutor precisa
h Comunicação visual das CSE;
ajudar o tutorado a manter foco no que eles viram e ouviram, antes de
chegar a conclusões. O que ele viu, por exemplo, em relação a... h Problemas – Há algum problema perceptível (Atividade em an-
damento, gestão de sala de aula e comportamento dos alunos);
h Organização das carteiras e do restante do espaço da sala Leitura de contexto;
(ex.: fileiras versus pequenos grupos, paredes vazias versus
h Período de realização (início da aula, após intervalo, final da aula);
com produções de alunos);
h Definição do campo de atuação (séries, turmas, blocos); Intencio-
h Gestão da sala de aula e comportamento dos alunos;
nalidade;
h Atividade em andamento;
h Quadro de frequência: comparar a frequência de sala de aula com
h O que ele ouviu; a exposta no quadro e visualizar os registros das turmas integrais;
h Quando conversou com alunos; h Realizar no momento do recreio percebendo os espaços, as salas
h Quando conversou com o professor; de aulas, a dinâmica de organização dos espaços e profissionais;

h Nas interações entre professor e alunos, e entre alunos. h Quem deverá realizar (diretor, diretor e CP, núcleo gestor e supe-
rintendente, diretor e superintendente);
h Durante a caminhada (se necessário adentrar a sala de aula);
ORIENTAÇÕES PARA O PLANEJAMENTO DAS VISITAS TÉCNICAS
PEDAGÓGICAS PARA A CAMINHADA PEDAGÓGICA: h Materiais usados em sala pelos alunos;
h Comunicação entre família e escola (como acontece);
1º e 2º ano:
h Relação interpessoal;
h Observar o trabalho feito de audição de leitura existente fora da sala
de aula, o profissional, o material utilizado, o tempo pedagógico. h Pontualidade e assiduidade da equipe e alunos.

Geral: h Orientação dos alunos em relação ao trabalho – Os alunos


parecem estar participando quando você entra na sala (caderno dos * Este documento explicativo foi elaborado a partir do Guia de Tutoria
alunos para coletar evidências); Pedagógica da Fundação Itaú Social.

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