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ESTADO DE SANTA CATARINA

SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO


ESCOLA DE EDUCAÇÃO BÁSICA PROFESOR GIOVANI TRENTINI

PLANO DE ENSINO ANUAL


Identificação do professor: EDUARDO ROBERTO DE OLIVEIRA JORGE MELEM
Área de Conhecimento: Linguagens e suas tecnologias / Ciência e Tecnologia
Componentes curriculares eletivos: Cultura Digital
Ano Escolar: 1º e 3º Ano do ensino médio

COMPETÊNCIAS GERAIS DA EDUCAÇÃO BÁSICA


1.Conhecimento.
Valorizar e utilizar os conhecimentos historicamente construídos sobre o mundo físico, social,
cultural e digital para entender e explicar a realidade, continuar aprendendo e colaborar para a
construção de uma sociedade justa, democrática e inclusiva.

4. Comunicação.

Utilizar diferentes linguagens – verbal (oral ou visual- motora, como Libras e escrita), corporal,
visual, sonora e digital –, bem como conhecimentos das linguagens artística, matemática e
científica, para se expressar e partilhar informações, experiências, ideias e sentimentos em
diferentes contextos e produzir sentidos que levem ao entendimento mútuo.
5. Cultura Digital.

Compreender, utilizar e criar tecnologias digitais de informação e comunicação de forma crítica,


significativa, reflexiva e ética nas diversas práticas sociais (incluindo as escolares) para se
comunicar, acessar e disseminar informações, produzir conhecimentos, resolver problemas e
exercer protagonismo e autoria na vida pessoal e coletiva.
9. Empatia e Cooperação.

Exercitar a empatia, o diálogo, a resolução de conflitos e a cooperação, fazendo-se respeitar e


promovendo respeito ao outro e aos direitos humanos, com acolhimento e valorização da
diversidade de indivíduos e de grupos sociais, seus saberes, identidades, culturas e
potencialidades, sem preconceito de qualquer natureza. Ao priorizar o desenvolvimento das
competências descritas anteriormente, o Componente Curricular Eletivo de Cultura Digital não se
exime da responsabilidade de contribuir com o desenvolvimento das outras competências.

COMPETÊNCIAS E HABILIDADES DAS ÁREAS DE CONHECIMENTO

 O Componente Curricular Eletivo de Cultura Digital é orientado pelas seguintes


competências específicas, articuladas nas diferentes áreas do conhecimento:

 Buscar dados e informações de forma crítica nas diferentes mídias, inclusive as sociais,
analisando as vantagens do uso e da evolução da tecnologia na sociedade atual, como
também seus riscos potenciais.
 Apropriar-se das linguagens da cultura digital, dos novos letramentos e dos
multiletramentos para explorar e produzir conteúdo em diversas mídias, ampliando as
possibilidades de acesso à ciência, à tecnologia, à cultura e ao trabalho.

 Usar diversas ferramentas de software e aplicativos para compreender e produzir


conteúdo em diversas mídias, simular fenômenos e processos das diferentes áreas do
conhecimento, e elaborar e explorar diversos registros de representação matemática
(BNCC, 2018).
 Para além dessas competências específicas, há preocupação com a contribuição no
desenvolvimento das seguintes habilidades das áreas do conhecimento:

Competências Específicas da Área de Linguagens e suas Tecnologias (adaptado para o


foco da área):

 Analisar visões de mundo, conflitos de interesse, preconceitos e ideologias veiculados nas


diferentes mídias, ampliando suas possibilidades de explicação, interpretação e
intervenção crítica da/na realidade.

 Analisar o fenômeno da pós-verdade – discutindo as condições e os mecanismos de


disseminação de fake news e também exemplos, causas e consequências desse
fenômeno e da prevalência de crenças e opiniões sobre fatos –, de forma a adotar atitude
crítica em relação ao fenômeno e desenvolver uma postura flexível que permita rever
crenças e opiniões quando fatos apurados as contradisserem.

 Avaliar o impacto das tecnologias digitais da informação e comunicação (TDIC) na


formação do sujeito e em suas práticas sociais, para fazer uso crítico dessa mídia em
práticas de seleção, compreensão e produção de discursos em ambiente digital.

Competências Específicas da Área de Ciências Humanas e Sociais Aplicadas (adaptado


para o foco da área):

 Analisar situações da vida cotidiana, estilos de vida, valores, condutas, etc.,


desnaturalizando e problematizando formas de desigualdade, preconceito, intolerância e
discriminação, e identificar ações que promovam os direitos humanos, a solidariedade e o
respeito às diferenças e às liberdades individuais.

 Identificar diversas formas de violência (física, simbólica, psicológica, etc.), suas principais
vítimas, suas causas sociais, psicológicas e afetivas, seus significados e usos políticos,
sociais e culturais, discutindo e avaliando mecanismos para combatê-las, com base em
argumentos éticos.


HABILIDADES ESPECÍFICAS DOS ITINERÁRIOS FORMATIVOS ASSOCIADAS AOS EIXOS
ESTRUTURANTES

Investigação Científica

 Investigar e analisar situações-problema e variáveis que interferem na dinâmica de


processos tecnológicos, considerando dados e informações disponíveis em diferentes
mídias, com ou sem o uso de dispositivos e aplicativos digitais.
 Utilizar informações, conhecimentos e ideias resultantes de investigações científicas para
refletir sobre os diversos problemas das TDIC.

 Posicionar-se, em relação ao uso das tecnologias digitais e de informação e suas


ressonâncias na sociedade atual, com base em critérios científicos, éticos e estéticos,
utilizando dados, fatos e evidências para respaldar conclusões, opiniões e argumentos,
por meio de afirmações claras, ordenadas, coerentes e compreensíveis, sempre
respeitando valores universais, como liberdade, democracia, justiça social, pluralidade,
solidariedade e sustentabilidade.

Mediação e Intervenção sociocultural

 Reconhecer e analisar questões sociais, culturais e ambientais diversas, identificando e


incorporando valores importantes para si e para o coletivo que assegurem a tomada de
decisões conscientes, consequentes, colaborativas e responsáveis.

 Compreender e analisar os usos das tecnologias digitais e de informação, considerando a


situação, a opinião e o sentimento do outro, agindo com empatia, flexibilidade e resiliência
para promover o diálogo, a colaboração, a mediação e resolução de conflitos, o combate
ao preconceito e a valorização da diversidade.
1º E 2º BIMESTRE

Unidade temática e
Objetivos Resumo
objetos de
conhecimento

Identidade Online  Analisar o uso de aplicativos Nesta unidade, o (a) professor


(incluindo os seguintes digitais para o entendimento (a) deverá instigar os (as)
conceitos: perfil digital; de situações estudantes a se conhecerem, a
games e a interação comportamentais cotidianas. partir da construção de um
com o outro; avatar, um personagem, uma
dispositivos digitais no  Discutir a interferência dos caricatura. Para isso, o (a)
entendimento do dispositivos digitais no professor (a) tanto pode utilizar
mundo da vida e da entendimento acerca do recursos em sala de aula, como
sociedade). mundo, da vida e da desenho (por exemplo), quanto
sociedade. Identificar os utilizar ainda aplicativos na sala
efeitos negativos nos de informática ou no celular dos
aspectos físico, (as) estudantes. Também deverá
psicoemocional e social do provocar a reflexão do perfil que
uso inadequado da se cria nas plataformas digitais e
tecnologia. games, incentivando o
entendimento de como cada
 Examinar a própria aluno (a) se mostra e como os
identidade em diversos (as) outros (as) conseguem
grupos sociais, percebê-lo. O (a) estudante
especialmente virtuais. deverá encerrar essa temática
com plenas condições de
perceber como o mundo digital
influencia a vida, as relações
sociais e o próprio mundo. Nesse
sentido, são propostos quatro
subtemas: (a) meu avatar; (b)
perfil digital; (c) games e a
interação com o outro; e (d)
dispositivos digitais no
entendimento do mundo da vida
e da sociedade
Comunicação Digital  Analisar as diversas formas Em meio a processos
(incluindo os seguintes de linguagens, nos mais comunicativos que ocorrem
conceitos: influência e variados dispositivos principalmente no universo
interferência virtual no tecnológicos digitais. virtual, é necessário o
modo de discernimento, a interpretação
comunicação; o novo  Comparar a diversidade de crítica sobre as influências que
mercado (como se fontes e narrativas na cercam e que modelam
expressam as relações compreensão de ideias comportamentos e atitudes. A
de consumo); filosóficas, sociais, históricas, turma, com base em diversos
plataformas de políticas, econômicas, meios (redigidos ou
comunicação em geográficas, ambientais e audiovisuais), deverá fazer
massa (cinema, culturais. análise das interferências de
música, notícias). padrões e valores emitidos pela
 Apropriar-se de distintas interação nos diferentes meios
formas de linguagens para a de comunicação de massa e
formação crítica, significativa, vídeos que representam o poder
reflexiva e ética do cidadão, da comunicação sobre a
contribuindo para o processo mudança cultural. Além disso, a
de comunicação, difusão de partir da investigação de
informações, produção de comunidades específicas com as
conhecimentos, resolução de quais os (as) estudantes se
problemas e o exercício do interessam ou identificam, a
protagonismo e da autoria na análise pode ser contextualizada
vida pessoal e coletiva para tais grupos. Com isso,
espera-se que consigam
caracterizar e comparar as
diferentes linguagens digitais
utilizadas por diferentes
comunidades e fatores que
contribuem ou eximem essa
diversificação. Os subtemas
propostos são: (a) influência e
interferência virtual no modo de
comunicação; (b) o novo
mercado (com o enfoque em
analisar as diversas formas de
comercialização por meio digital
e como se expressam as
relações de consumo); (c)
letramento digital (uso de novas
linguagens); e (d) plataformas de
comunicação em massa (cinema,
música, notícias).
3º E 4º BIMESTRE
Unidade temática e Objetivos Resumo
objetos de
conhecimento

Responsabilidade  Perceber a necessidade do Neste componente, a cultura


Digital (incluindo os uso de recursos e de atitudes digital se pauta na perspectiva da
seguintes conceitos: para a segurança dos dados construção da cidadania digital
segurança de dados; pessoais e familiares. consciente, onde a internet não
fake news e a pode ser vista ou tratada como
influência social;  Reconhecer fake news e as “terra de ninguém”, mas como
direitos autorais; interferências que elas têm na espaço para todos se
crimes virtuais e suas sociedade e no expressarem com senso de
penalidades). conhecimento. responsabilidade e de inclusão.
Nesta temática, os (as)
 Identificar os direitos autorais estudantes serão instigados (as)
nas diversas modalidades de a pesquisar em notícias e
produções. Compreender eventos relacionados a crimes
que um crime virtual traz cibernéticos, suas consequências
consigo possibilidades reais para a vida das pessoas, bem
de punições e sanções. como das legislações vigentes
que penalizam essas práticas
abusivas. Apropriados (as)
desses conceitos, realizam
investigações em seus contextos
para identificar como se situam
no cotidiano. Com base nas
pesquisas e estudos, poderão
intervir e exercer sua cidadania
digital. São apresentados os
seguintes subtemas: (a)
segurança de dados; (b) fake
news e a influência social; (c)
direitos autorais; e (d) crimes
virtuais e suas penalidades.

Volatilidade do Mundo  Compreender as diferentes Nesta unidade, os (as)


Virtual (incluindo os linguagens, mídias e estudantes terão a oportunidade
seguintes conceitos: ferramentas digitais para a de, além de pensar sobre os
internet das coisas; produção colaborativa em dilemas éticos intrinsecamente
redes sociais ativas; ambientes digitais e nos ligados à transformação digital,
inteligência artificial; mundos do trabalho. assumir papel de inovadores (as)
mundo do trabalho na e co-criadores (as) frente à
era digital). incerteza, à ambiguidade à e
complexidade que o mundo
digital apresenta de forma
instantânea, volátil e
desenfreada. As novas posturas,
as habilidades e as formas de
pensar sistemática, estratégica e
criativamente, exigidas pelo
mundo do trabalho, são assuntos
a serem refletidos. O (a)
professor (a) deverá ter a
capacidade de leitura da
realidade digital atual para propor
e provocar discussões. Por fim,
espera- -se que os (as)
 Caracterizar os impactos das estudantes elaborem estratégias
transformações tecnológicas concretas (Ex.: observatórios,
nas redes sociais e no mundo campanhas, mobilizações, etc.)
do trabalho, no que se refere para promoção do protagonismo
às desigualdades sociais, humano no mundo digital, que
opressão e violação de assegure a tomada de decisões
direitos. conscientes, colaborativas e
responsáveis. As sugestões de
subtemas são: (a) internet das
coisas; (b) redes sociais ativas;
(c) inteligência artificial (seu uso
nos mais diversos ambientes); e
(d) mundo do trabalho na era
digital. Além desses subtemas,
o(a) professor(a) deve estar
atento(a) a novos assuntos,
emergentes na
contemporaneidade
INDICAÇÕES METODOLÓGICAS:
As atividades poderão ser desenvolvidas individualmente ou em grupos de diversos tamanhos,
buscando sempre o olhar crítico e reflexivo da realidade estudada, a partir da identificação das
interferências da inserção do (a) estudante no universo em análise. Além disso, vale ressaltar a
importância da promoção dos multiletramentos ao longo do componente, utilizando mídias de
diferentes linguagens e formatos, que dialoguem com as formas próprias de se comunicar dos
(as) estudantes e ampliem sua percepção da comunicação, especialmente em meios digitais. Por
fim, deve-se fazer uso da problematização de conceitos e temáticas próprias da cultura digital,
para que os (as) estudantes possam contextualizá-las e desenvolver investigações orientadas a
realidades e espaços com os quais se identificam. Este componente oferece, ainda, a
possibilidade de criação, nas Unidades Escolares, de um Observatório de Cultura Digital. Nesse
Observatório, estudos realizados semestralmente (estudos teóricos, etnográficos, qualitativos,
quantitativos, acerca da cultura digital e sua inserção na comunidade escolar) pelos (as)
estudantes poderão ser registrados, formando um banco de dados quantitativos e qualitativos
sobre a cultura digital nos espaços-tempo da escola e da comunidade. Esse Observatório pode
contar com um espaço físico, proporcionando vivência e interações aos (às) estudantes, mas
também funcionar na forma de plataforma digital, estreitando a relação dos (as) estudantes com
as TDIC e oportunizando que se posicionem como produtores de conteúdo e conhecimento, de
maneira crítica e reflexiva, no contexto da Sociedade em Rede. Além disso, a organização do
Observatório pode incentivar a realização de projetos semestrais, que a partir de metodologias
ativas, em especial a educação por projetos, mobilize o protagonismo juvenil e o aprendizado
“mão na massa”.
AVALIAÇÃO:
A avaliação final do semestre letivo deste componente será por meio de um Parecer Descritivo,
em sintonia com as orientações elaboradas pela SED e enviadas para as escolas. O processo de
avaliação da aprendizagem preconiza o percurso formativo do (a) estudante, realizado em
qualquer momento e durante o percurso. A avaliação deste componente deve levar em conta os
avanços alcançados no desenvolvimento de habilidades e competências em relação a estágios
anteriores. Além disso, considerando os objetivos de aprendizagem e objetos de conhecimento
propostos, reforça-se a importância de processos de avaliação
que valorizem a pluralidade de ideias e interpretações, como mecanismos de auto avaliação,
participação em discussões e debates, produções multimídia, construção de portfólio, entre outras.
REFERÊNCIAS:
BACICH, Lilian; MORAN, José (Org.). Metodologias Ativas para uma Educação Inovadora: uma
abordagem teórico prática. Porto Alegre: Penso, 2018.

BRIGGS, Asa; BURKE, Peter. Uma História Social da Mídia: de Gutemberg à internet. Trad.
Maria Carmelita Pádua Dias. Rio de Janeiro: Jorge Zahar, 2006.

CASTELLS, Manuel. A Sociedade em Rede: do conhecimento à política. In: CASTELLS, Manuel


(org.) A Sociedade em Rede: do conhecimento à ação política. Portugal: Imprensa Nacional –
Casa da Moeda, 2005. Disponível em: http://www.egov.ufsc.br/portal/conteudo/sociedade- -em-
rede-do- conhecimento-%C3%A0-ac%C3%A7%C3%A3o-pol%C3%ADtica.
LÉVY, Pierre. As Tecnologias da Inteligência: o futuro do pensamento na era da informática. São
Paulo: Editora 34, 2004. Disponível em: http:// fisicaemrede.com/file.php/12/Textos/
Levy_tecnologias_da_inteligencia.pdf.

MORAN, José. Metodologia Ativas de Bolso: como os alunos podem aprender de forma ativa,
simplificada e profunda. São Paulo: Editora do Brasil, 2019. Disponível em:
https://issuu.com/editoradobrasil/docs/metodologias-issuu.

OLIVEIRA, Nuno Ricardo; MORGADO, Lina. Contributo para o Estudo da Identidade Digital: caso
de uma comunidade de investigadores juniores.

Challenges, 2017: Aprender nas Nuvens, Learning in the Clouds.

SALES, Tainah Simões; FREIRE, Geovana Maria Cartaxo de Arruda. Os Direitos à Identidade
Digital e ao Acesso à internet como Instrumentos de Concretização dos Objetivos de
Desenvolvimento do Milênio e da Democracia. Justiça do Direito, v. 29, n. 3, p. 563-586,
set./dez., 2015.

THOMPSON, John B. A Mídia e a Modernidade: uma teoria social da mídia. Trad. Wagner de
Oliveira Brandão. Rio de Janeiro: Vozes, 2011.

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