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COLÉGIO KITABU

NOME: _Jeanne Adila Guerra Bonnou_ N.º DO ALUNO: _3_ 11ª CLASSE TURMA: _B1___
DATA: 12/ 08 / 2021 CLASSIFICAÇÃO: __________________
DISCIPLINA: PORTUGUÊS 90 MINUTOS ASS. PROFESSOR: _________________
PRIMEIRO TESTE 2º TRIMESTRE ASS. ENC. EDUC:___________________

TEXTO A TEXTO B

DONA FEIA
AMAR
Ai, dona feia, fostes-vos queixar

Amar é um prazer se nós amamos que vos nunca louvei em meu cantar;
mais ora quero fazer um cantar
Alguém que pode amar-nos e nos ama,
em que vos louvarei toda a via;
Amar é um prazer, se nos chama,
e verás como vos quero louvar:
Alguém continuamente que chamámos.
dona feia, velha e sandia!

Então a vida inteira a rir levamos,


Dona feia, que Deus me perdoe,
Que o mesmo fogo ardente nos inflama
pois tens tão grande coração
Os ideais da vida, o bem, a fama,
que vos eu louve, nesta razão
Mãos dadas pelo mundo procuramos.
vos quero já́ louvar toda via;
e vedes qual será́ a louvor:
No encapelado mar da existência
dona feia, velha e sandia!
O amor é compassiva indulgência
A culpa original dos nossos pais.
Dona feia, nunca vos eu louvarei
em meu trovar, mas muito trovei;
Tudo na vida é fruto do amor mais ora já um bom cantar farei,
Quem o tirar e olhar em seu redor em que vos louvarei toda via;
Encontra só tristeza – e nada mais. e dir-vos-ei como vos louvarei:
dona feia, velha e sandia!
Rui de Noronha, Sonetos João Garcia de Guilhade (adaptado)
TEXTO C

“A dona que eu am’e tenho”


A dona que eu amo e tenho por Senhor
amostra-me-a Deus, se vos en prazer for,
se non dade-me-a morte.

A que tenh'eu por lume d'estes olhos meus


e porque choransempr(e) amostrade-me-a Deus,
se non dade-me-a morte.

Essa que Vós fezestes melhor parecer


de quantas sei, a Deus, fazede-me-aveer,
se non dade-me-a morte.

A Deus, que me-a fizestes mais amar,


mostrade-me-a algo possa con ela falar,
se non dade-me-a morte.
Bernardo de Bonaval

Lidos os textos atentamente, responde às questões que se seguem, lembrando que a


coesão e a coerência das tuas respostas são aspectos a serem avaliados.

PARTE I
Sobre o Texto A

1. A que forma lírica pertence o texto? Justifica, mencionando as suas características


estruturais externas. (10)
R.: O texto pertence a forma lírica soneto, pois este apresenta 14 versos divididos em 4
estrofes, sendo elas 2 quadras e 2 tercetos.

2. Qual é a tema explorado no poema? (8)


R.: O tema explorado no poema é sobre amor, amor este que é bom e traz felicidade quando é
recíproco.

3. Qual é a intenção comunicativa do sujeito poético? (10)


R.: A intenção comunicativa do sujeito poética é de expressar os seus sentimentos sobre
amar, exprimindo seu mundo interior sobre os ideias que este amor traz.

3.1. De acordo com o sejeito poético, quando o amor se torna prazeroso? (8)
R.: O amor se torna prazeroso quando é se ama e se é amado de volta, ou seja, quando amar é
algo recíproco.
3.2. Com base no texto, refere-te às consequências de um amor correspondido. (8)
R.: Às consequências de um amor correspondido são a felicidade que encaram a vida, a
atracção que sentem um pelo outro, e a vontade de querer construir uma vida juntos pelo
mundo.

4. Analisa a estrutura externa do poema em questão, referindo-te às noções de versificação


como: a rima, a estrofe e o verso. Ao classificares a rima, tenha o cuidado de apresentares o
esquema rimático correspondente. (15)
R.: Rima- é semelhança sonora no final ou interior dos versos; Estrofe- é o conjunto de
versos; Verso- é cada linha que constitui o poema.
Esquema rimático: ABBA ABBA CCD EED
A- Rima interpolada
B- Rima emparelhada
C- Rima emparelhada
D- Rima interpolada
E- Rima emparelhada

4.1. Com base no texto, apresenta um exemplo para uma rima rica e outro para uma rima
pobre. (8)
R.: Rima rica: “Que o mesmo fogo ardente nos inflama
Os ideais da vida, o bem, a fama,”
Rima pobre: “Alguém que pode amar-nos e nos ama,
Amar é um prazer, se nos chama,”

5. Que função(ões) de linguagem predomina(m) no texto? Justifica, exemplificando com


passagens textuais. (10)
R.: As funções de linguagem que predominam no texto são: emotiva e poética. Emotiva
porque expressa sentimentos, emoções e subjectividade do sujeito poético: “Amar é um
prazer, se nos chama, Alguém continuamente que chamámos.”
Função poética porque preocupa-se com o modo como é transmitida a mensagem: “Tudo na
vida é fruto do amor”.

6. Comenta a seguinte afirmação: «Tudo na vida é fruto do amor». (10)


R.: A afirmação quer dizer que tudo que fazemos é em nome do amor, amor que nos leva a
agir desta forma e não daquela. O amor que nos traz o sentimento de prazer, e um bem-estar
que sempre procuramos.

7. Refere-te à, pelo menos, dois recursos estilísticos presentes no texto em análise,


recordando-te de justificar com passagens do texto devidamente explicitadas. (12)
R.: Inversão, pois altera a ordem normal de construção de frases. “Então a vida inteira a rir
levamos,”
Gradação, pois apresenta uma sequência de ideias em ordem decrescente. “Os ideais da vida,
o bem, a fama,”

Sobre o Texto B e C
1. Considerando que as cantigas são as principais manifestações literárias do trovadorismo,
classifica e caracteriza os textos lidos de acordo com o quadro abaixo. (24)

TEXTO B TEXTO C
Tipo de cantiga Cantigas de Maldizer Cantiga de amor

Género a que pertence Satírico Lírico amoroso

Sujeito poético Homem Voz lírica masculina

Transmitir insulto de uma forma Transmitir a paixão, amor


Intenção comunicativa agressiva, provocações de uma avassalador do trovador por uma
forma directa. dama da alta sociedade.

2. Por que razão o sujeito poético do texto B satirizava a mulher descrita no poema? (10)
R.: A razão do sujeito poético satirizar a mulher descrita no poema porque ela queixou-se que
o ele não a louva em seus cantares.

3. No texto C, o termo “Senhor” é usado no seu sentido literal? Justifica a tua resposta. (10)
R.: Não, o termo “Senhor” não é usado no seu sentido literal, porque refere-se a Deus.

4. Estabelece a diferença entre travodor, jogral e menestrel. (12)


R.: A diferença entre trovador, jogral e menestrel é que trovador era aquele que compunha a
poesia trovadoresca, o jogral era quem a cantava e o menestrel era o superior de jogral, pois
ele era instrumentista e cantava.

PARTE II
Funcionamento da Língua

Atenta na frase: “Amar é um prazer se nós amamos/ Alguém que pode amar-nos e nos
ama…”

(a) Divide e classifica as orações da frase acima. (12)


R.: 1ª Oração- Amar é um prazer- subordinante
2ª Oração- se nós amamos alguém- subordinada adverbial condicional
3ª Oração- que pode amar-nos- subordinada adjectiva relativa restritiva
4ª Oração- e nos ama- coordenada copulativa

(b) Analisa sintacticamente a frase sublinhada. (9)


R.: Sujeito- Amar
Predicado- é um prazer
Nome predicativo de sujeito- um prazer

Parte III
Prenche o quadro abaixo, estabelecendo uma análise comparativa entre o texto expositivo-
explicativo e o expositivo-argumentativo. (24)

Aspecto Texto expositivo-explicativo Texto expositivo-argumentativo


É aquele que fala sobre um determinado
assunto tendo em conta que o leitor É a quele que refuta uma tese, com
Conceito pouco ou nada sabe sobre o mesmo, com base em argumentos verdadeiros,
objectivo de transformar o seu estado válidos, lógicos e convincentes.
cognitivo.
Intenção comunicativa Acrescentar saberes Defender ideias

Função(ões) da linguage(m) Função metalinguística e função


Função apelativa
predominante(s) referencial
-Uso de presente genérico;
Principais características -Nível de língua corrente;
linguísticas (aponta duas à -Uso de frases declarativas e
-Uso de presente durativo.
tua escolha) interrogativas.

Bom Trabalho!
Os professores da classe: Miguel Machiza e António Marcos.

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