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O ANO
Poesia trovadoresca
A. Lê o texto que se segue.
Após uma leitura atenta do poema, responde ao questionário, de uma forma clara e cuidada.
1. Classifica, justificando, a cantiga de amigo transcrita, no que diz respeito à estrutura formal utilizada.
1.1 Mostra como essa estrutura se adequa ao propósito da cantiga.
2. Com base nos elementos que o texto te fornece e sugere, identifica e caracteriza psicologicamente o sujeito poético.
3. A ação do amigo é associada à do caçador.
3.1 Transcreve as expressões que referem a sua ação.
3.2 Mostra que essa ação é apresentada em gradação.
3.3 Interpreta a simbologia dessa ação e do espaço onde se realiza.
4. Explica de que forma poderemos associar o sujeito poético às «aves».
Após uma leitura atenta do poema, responde ao questionário, de uma forma clara e cuidada.
Após uma leitura atenta do texto, responde ao questionário, de uma forma clara e cuidada.
I II
1. Apesar das diferenças entre ambas, a A. constrói a sátira de forma direta, com palavras «que
distinção entre cantigas de escárnio e cantigas queren dizer mal».
de maldizer...
2. A cantiga de escárnio... B. nunca foi verdadeiramente feita pelos trovadores e
compiladores.
3. A cantiga de maldizer... C. constrói indiretamente a sátira, por meio da ironia e
sarcasmo.
D. Lê o texto, com atenção.
Após uma leitura atenta do poema, responde ao questionário, de uma forma clara e cuidada.
1. no lugar; 2. livrar da; 3. deixava; 4. escondidos; 5. faltava; 6. (do francês talan) vontade; 7. quando; 8. onde; 9.diversas; 10. aí; 11. arrombassem; 12. traidor
(conde Andeiro); 13. mulher adúltera (Leonor Teles); 14. teimavam; 15. insultos; 16. fizesse o favor; 17. maneira; 18. impedir; 19. insistiam.
Depois de teres lido atentamente o excerto da Crónica de D. João I, responde ao questionário, de forma clara e cuidada.
1. No fragmento, delimita três momentos de evolução da ação, resumindo brevemente cada um deles.
2. O texto combina narração e descrição. Dá exemplos que o confirmem.
3. Salienta, na descrição: a visão de conjunto e o pormenor, o tempo verbal dominante, a expressão de sensações.
4. As frases em discurso direto sintetizam expressivamente as fases da ação em que surgem. Fundamenta a afirmação.
5. O excerto evidencia o protagonismo da personagem coletiva.
5.1 Explica o sentido da comparação estabelecida no primeiro parágrafo.
Do alvoroço que foi na cidade cuidando que matavom o Mestre, e como aló1 foi Alvoro Paez e muitas gentes com ele.
O Page do Mestre que estava aa porta, como lhe disserom que fosse pela vila segundo já era percebido 2, começou d'ir
rijamente3 a galope em cima do cavalo em que estava, dizendo altas vozes, bradando pela rua:
1. então; 2. combinado, preparado; 3. depressa; 4. longe; 5. excitavam-se os ânimos; 6. depressa; 7. pronto, preparado; 8. parte da armadura que protege a
cabeça; 9. porque; 10. ruído; 11. em lugar (de); 12. com armas na mão faltava; 13. onde; 14. evitar; 15. parava; 16. lá; 17. escondidos; 18. faltava; 19. abaixo; 20.
dificilmente; 21. necessidade.
1. Transcreve marcas que atestem o crescendo de dramaticidade ao longo do texto (até ao clímax).
2. Classifica as seguintes afirmações como verdadeiras (V) ou falsas (F).
A. Neste excerto, o narrador apela às sensações visuais e auditivas do leitor.
B. O narrador é homodiegético.
C. Álvaro de Pais e o pajem assumem um papel secundário no desenrolar da ação.
D. O povo é retratado como uma personagem coletiva.
3. Transcreve o excerto em que Fernão Lopes alude a Deus e ao diabo.
4. Seleciona as opções corretas.
Quais são as ações do pajem e de Álvaro Pais que indiciam que havia um plano já traçado?
A. «O Page do Mestre que estava aa porta, como lhe disserom que fosse pela vila segundo já era percebido (…)»
B. «Acorree ao Mestre que matam!»
C. «As gentes que esto ouviam, saíam aa rua veer que cousa era»
D. «Alvoro Paez que estava prestes e armado com ua coifa na cabeça segundo usança daquel tempo (…)»
5. Estabelece uma relação entre o excerto e o título deste capítulo.
6. Explica, por palavras tuas, por que razão se diz que Fernão Lopes escreve quase ao estilo de um repórter.
7. Seleciona a opção correta.
Como é que Álvaro Pais se refere às pessoas que aborda nas ruas?
A. Povo
B. Amigos
C. Camaradas
D. Senhores
C. Lê o seguinte texto, com atenção.
Capítulo CXV
Per que guisa estava a cidade corregida pera se defender, quando el-Rei de Castela pôs cerco sobre ela.
1. palavras; 2. coragem; 3. logo que; 4. terreno alagado nas margens de um rio; 5. abastecimento; 6. agra-dou; 7. e alguns; 8. em
direção a; 9. preparativos.
Fala:
Vejamos se nesta feira
que Mercúrio aqui faz,
acharei a vender paz,
que me livre da canseira
em que a fortuna me traz.
Se os meus me desbaratam,
o meu socorro onde está?
Se os cristãos mesmos me matam,
a vida quem ma dará
que todos me desacatam?
Pois s’eu aqui nam achar
a paz firme e de verdade
na santa feira a comprar,
quant’a mi dá-me a vontade
que mourisco hei de falar.
DIABO Senhora, se vos prouver,
eu vos darei bom recado.
ROMA Nam pareces tu azado
pera trazer a vender
o que eu trago no cuidado.
(...)
B. Lê o seguinte texto com atenção.
1. vendedor ambulante de bugigangas; 2. quem me comprar: quem queira comprar as minhas mercadorias; 3. quero, pretendo; 4. imposto; 5. Quero-me
fazer à vela: Quero começar a trabalhar.
1. Explica por que razão é que esta peça se intitula Auto da Feira.
2. Seleciona a opção correta.
Neste auto, a principal visada nas críticas de Gil Vicente é a
A. nobreza.
B. gente do povo, em particular os lavradores.
C. burguesia.
D. Igreja Católica Apostólica Romana.
3. No Auto da Feira estão em jogo valores antitéticos. Explicita-os.
4. Refere a personagem que oscila entre estes valores. Justifica a resposta.
5. Seleciona a opção correta.
O Diabo regozija-se por
A. ter sempre quem queira comprar a sua mercadoria.
B. ser o primeiro a chegar à feira.
C. ter a melhor mercadoria, mesmo sem a conhecer.
D. poder estar na feira.
6. Seleciona a opção correta.
O Diabo atribui o sucesso das suas vendas ao facto de
A. saber perfeitamente o que pretende.
B. a sua mercadoria ser barata.
C. não pagar imposto.
D. ser bom vendedor.
7. Seleciona a opção correta.
A feira que se irá realizar é em honra
A. de Mercúrio.
B. de Jesus Cristo.
C. da Virgem Maria.
D. da Igreja Católica.
8. Seleciona a opção correta.
No Auto da Feira faz-se alusão
A. à perda de liberdade.
B. à falta de discussão doutrinária.
C. ao desrespeito pelos papas.
D. à perda das virtudes e do amor a Deus.
TEXTO 1
1. Enuncia o tema de conversa entre mãe e filha.
2. Apresenta o principal ponto de discórdia entre as duas mulheres.
3. «mãe, eu me nam casarei
senam com homem discreto. » (ll. 7-8)
«Mãe –E qu’é desses escudeiros?» (l. 29)
Explica como sabe a mãe que o «homem», a que a filha se refere, é um escudeiro.
4. «Se não tiveres que comer,
o tanger te há de fartar?» (ll. 22-23)
Expõe que crítica é feita a Inês através desta observação da mãe.
5. Indica como se enuncia, neste excerto da Farsa de Inês Pereira, a saída recente de uma personagem e a entrada próxima de outras.
TEXTO 2
2. Especifica o indício que nos é dado, neste excerto, sobre o tempo histórico.
TEXTOS 1 e 2
1. Inês (TEXTO 1) não entende a «discrição» na mesma perspetiva que o Escudeiro (TEXTO 2). Explica em que diferem os dois pontos
de vista.
B. Lê o seguinte texto com atenção.
Entra logo Inês Pereira, e finge que está lavrando só, em casa, e canta esta cantiga:
Canta Inês:
Quien con veros pena y muere
Que hará quando no os viere1?
(Falando)
INÊS Renego deste lavrar
E do primeiro que o usou;
Ó diabo que o eu dou,
Que tão mau é d'aturar.
Oh Jesu! que enfadamento,
E que raiva, e que tormento,
Que cegueira, e que canseira!
Eu hei-de buscar maneira
D'algum outro aviamento2.
(…)
MÃE Lianor Vaz, que foi isso?
LIANOR Venho eu, mana, amarela10.
MÃE Mais ruiva11 que uma panela!
LIANOR Não sei como tenho siso12.
Jesu! Jesu! Que farei?
Não sei se me vá a el-rei13,
se me vá ao Cardeal.
MÃE Como? E tamanho é o mal?
LIANOR Tamanho? Eu to direi.
Vinha agora pereli14
ao redor da minha vinha,
e um clérigo, mana minha,
pardeus15, lançou mão de mi16!
Não me podia valer,
diz que havia de saber
se era eu fêmea, se macho.
(…)
LIANOR Eu vos trago um bom marido,
rico, honrado, conhecido;
diz que em camisa18 vos quer.
(…)
INÊS Si,
venha e veja-me a mi,
quero ver, quando me vir,
se perderá o presumir19
logo em chegando aqui,
pera me fartar de rir.
Gil Vicente, Farsa de Inês Pereira, Porto Editora, 2014
1. quem com ver-vos pena e morre, que fará quando vos não vir. 2. ocupação. 3. aproveitados. 4. travesseiros de franjas. 5. de estar sempre no mesmo sítio. 6.
macaca. 7. feitiço. 8. que desgraça! 9. ativa. 10. pálida. 11. corada. 12. discernimento; juízo. 13. D. João III. 14. por ali. 15. por Deus, na verdade. 16. Lançou
mão de mi: quis-me agarrar. 17. rapaz. 18. pobre e sem dote. 19. presunção.
Lírica de Luís de Camões, Maria Vitalina Leal de Matos, Editorial Caminho, 2012
1. paradigma, ideal, 2. cabeleira loura, 3. solar (de Febo, deus romano do Sol), 4. digno, 5. feiticeira da mitologia grega, 6.
pérolas, 7. figura mitológica, símbolo da beleza, apaixonou-se por si próprio, ao olhar o reflexo do seu rosto nas águas.
Após a leitura atenta do poema, responde às perguntas com clareza e correção linguística.
B. Lê o seguinte poema, com atenção.
6. Transcreve o(s) adjetivo(s) que resume(m) o retrato físico e psicológico de Lianor no refrão.
7. Seleciona a opção correta.
A palavra «vasquinha» significa
A. fita de atar os cabelos.
B. espécie de camisa ou de colete.
C. tecido de lã de camelo ou de lã e seda.
D. saia com muitas pregas.
1. me atrevo; 2. Tágides; 3. metaforicamente, a obra e a vida do poeta; 4. de Marte, da guerra; 5. Cânace escreveu ao irmão uma carta de despedida segurando
com a outra mão a espada com que iria suicidar-se; 6. regiões; 7. nas costas (junto das quais o poeta naufragara); 8. Ezequias, a quem Jeová concedeu quinze
dias de vida, após o dia em que deveria morrer; 9. dessem; 10. coroas (destinadas a glorificar os poetas); 11. grandes senhores de Portugal.
105
(...)
Ó grandes e gravíssimos perigos,
Ó caminho de vida nunca certo,
Que aonde a gente põe sua esperança
Tenha a vida tão pouca segurança!
106
No mar tanta tormenta e tanto dano,
Tantas vezes a morte apercebida!
Na terra tanta guerra, tanto engano,
Tanta necessidade avorrecida!
Onde pode acolher-se um fraco humano,
Onde terá segura a curta vida,
Que não se arme e se indigne o Céu sereno
Contra um bicho da terra tão pequeno?
A.
1. A cantiga, constituída por 6 dísticos hendecassílabos e refrão de 1 verso, com 7 sílabas métricas, é paralelística perfeita: o 2.º verso da 1.ª estrofe repete-se
como 1.º verso da 3.ª, o 2.º verso da 2.ª como 1.º verso da 4.ª, repetindo-se o mesmo esquema até ao final. Alterna a rima em -a e em -i.
1.1 Sendo paralelística perfeita, tem um número reduzido de versos novos, o que facilita a memorização. Como a transmissão era oral e o poema se destinava ao
canto, esta estrutura era a mais adequada.
2. O sujeito poético é uma jovem apaixonada, desejosa de encontrar o seu amigo, ou melhor, de se deixar encontrar por ele. Ao pedir à amiga para a acompanhar,
apela confiadamente à cumplicidade desta para fingir um encontro ocasional – «vaiamos dormir», «vaiamos folgar» – no espaço onde ele anda a caçar.
3.1 As expressões «andar (…) a las aves», «seu arco na mão as aves ferir», «seu arco na mão a las aves tirar», «leixá-las guarir», «non nas querer matar» referem
a ação do amigo caçador.
3.2 O poema refere inicialmente apenas a perseguição, «andar a las aves», depois o ato de ferir e, finalmente, a possibilidade de deixar sobreviver ou de matar.
3.3 A caça representa claramente a conquista, a sedução, em território feminino, as margens do lago, cuja simbologia, a par das águas das fontes ou dos rios, se
prende com a vida e a fertilidade.
4. Se a relação caçador-ave subentende a relação sedutor-seduzido, então a jovem exprime sem disfarce o desejo de se colocar no lugar da ave, indo para o
espaço onde tal ação acontece. A razão que acrescenta para justificar o seu pedido, o amigo é gentil para com as aves que cantam, realça essa associação: ela é
uma dessas aves que cantam, para conquistar, que adivinha o efeito que o seu canto terá sobre o amigo.
B.
1. 1. C.; 2. A.; 3. B.
2. A palavra que identifica o interlocutor do sujeito poético é «amigo».
3. B.
4. A.
C.
1. 1. B.; 2. C.; 3. A.
2. A.
3. As cantigas que não apresentam refrão são antigas de mestria.
D.
1. As «flores do verde pino» desempenham o papel de confidente do sujeito poético, ouvindo os seus lamentos e dando-lhe esperança e tranquilidade quando lhe
assegura que o seu amado há de chegar antes do fim do prazo estabelecido.
2. Refrão.
3. A.
B.
1. O apelo emotivo feito pelo pajem e por Álvaro de Pais ao povo, com recurso ao discurso direto: «— Matom o Mestre! matom o Mestre nos Paços da Rainha!
Acorree ao Mestre que matam!»; «(…) bradando a quaesquer que achava dizendo: — Acorramos ao Mestre, amigos, acorramos ao Mestre, ca filho é del-Rei
dom Pedro. E assi braadavom el e o Page indo pela rua.»
O alvoroço que se gerou na cidade e que despertou união no povo: «alvoraçavom-se nas vontades e começavom de tomar armas cada uu como melhor e mais
asinha podia»; «Soarom as vozes do arroido pela cidade ouvindo todos bradar que matavom o Mestre».
A movimentação do povo pelas ruas da cidade: «se moverom todos com mão armada, correndo a pressa pera u deziam que se esto fazia, por lhe darem vida e
escusar morte.»
A concentração do povo nos paços da rainha: «A gente começou de se juntar a ele, e era tanta que era estranha cousa de veer. Nom cabiam pelas ruas principaes,
e atrevessavom logares escusos, desejando cada uu de seer o primeiro.»
A aclamação enternecedora feita ao mestre quando o encontram vivo, com recurso ao discurso direto: «— Ó Senhor! Como vos quiserom matar per treiçom,
beento seja Deos que vos guardou desse treedor! Viinde-vos, dae ao demo esses Paaços, nom sejaes lá mais. E em dizendo esto, muitos choravom com prazer de
o veer vivo.»; «— Que nos mandaes fazer, Senhor? Que querees que façamos?»
2. A. V; B. F; C. F; D. V.
3. «Como vos quiserom matar per treiçom, beento seja Deos que vos guardou desse treedor! Viinde-vos, dae ao demo esses Paaços, nom sejaes lá mais.»
4. A.; D.
5. O título resume os vários momentos do excerto – o alvoroço que se gerou na cidade quando o povo se deu conta do perigo de vida que o Mestre corria e a
movimentação conjunta de Álvaro de Pais e do povo, como personagem coletiva, em socorro do seu Mestre.
6. Do leque de características de repórter existentes na escrita de Fernão Lopes destacam-se a alternância de planos (plano de conjunto – plano de pormenor –
grande plano); a boa estruturação dos seus textos; a narração jornalística; as deslocações espaciais; a recriação de diálogos; o sensorialismo, com recurso à
C.
1. Neste parágrafo o cronista estabelece uma ligação com o capítulo anterior e faz uma síntese do que nos vai narrar – o modo como estava a cidade de Lisboa
aquando do cerco, a forma como o povo se preparou para a defesa e a coragem e determinação demonstradas pelos portugueses.
2. A. V; B. F; C. F; D. V.
3. Estilo de escrita coloquial («em tanto que diziam os que viram que tão formoso cerco de cidade não era em memória de homens que fosse visto de mui longos
anos até aquele tempo»); interpelação do leitor com recurso à segunda pessoa do plural («haveis ouvido», «Onde sabei»); inclusão do leitor na narração com
recurso à segunda pessoa do plural («poermos logo aqui brevemente»); tom enternecedor com que o cronista capta a atenção do leitor («Oh, que formosa cousa
era de ver!»).
4. A.; C.
5. Marcas de visão de conjunto – «Um tão alto e poderoso senhor como é el-rei de Castela com tanta multidão de gentes, assim per mar como per terra, postas
em tão grande e tão boa ordenança, ter cercado tão nobre cidade.»
Marcas de visão de pormenor – «E iam-se muitos às liziras em barcas e batéis, depois que Santarém esteve por Castela, e dali traziam muitos gados mortos que
salgavam em tinas e outras cousas de que fizeram grande acalmamento.»; «(...) e em setenta e sete torres que ela tem a redor de si, foram feitos fortes
caramanchões de madeira, os quais eram bem fornecidos de escudos e lanças e dardos, e bestas de tomo, e doutras maneiras, com grande avondança de muitos
virotões.»
6. Ao longo deste excerto, o povo evidenciou empenho, coragem, solidariedade e capacidade de organização.
7. «em tanto que diziam os que viram que tão formoso cerco de cidade não era em memória de homens que fosse visto de mui longos anos até aquele tempo.»
B.
1. A peça chama-se Auto da Feira, uma vez que o seu argumento se desenrola em torno da ideia de comércio. Nesta peça vicentina é retratada uma feira
organizada por Mercúrio na qual serão vendidos vícios e virtudes, alegoricamente representados.
2. D.
3. No Auto da Feira estão em jogo os valores do bem e do mal, da virtude e do vício.
4. Roma é a personagem que oscila entre o bem e o mal. Ela representa a Igreja Católica, que, segundo Gil Vicente, se tem entregado aos prazeres mundanos.
Esta personagem denuncia a sua carência de bens espirituais, dos quais se supõe ser a representante máxima, e o apego aos bens materiais.
5. A.
6. A.
7. C.
8. D.
TEXTO 2
1. São marido e mulher.
2. «Moço às partes dalém / vou fazer-me cavaleiro.» Estes últimos versos remetem-nos para uma época em que se combatia, no Norte de África, pelo domínio do
território que pertencia aos muçulmanos. Muitos nobres portugueses, particularmente escudeiros, tinham nestes combates a única possibilidade de se tornarem
cavaleiros, de se promoverem ou mesmo de sobreviver (eventualmente enriquecer com os despojos de guerra).
TEXTOS 1 E 2
1. Para Inês «discrição» era uma súmula de várias características como sensatez, educação, maneira de falar correta, atitudes de cortesia em relação às mulheres.
Para o Escudeiro, «discrição» era sinónimo de cautela. Não correr o risco de perder a sua fonte de rendimentos, a mulher, e para tal fazer dela sua prisioneira e
mantê-la fiel pelo medo.
B.
1. C.
2. Inês queixa-se de trabalhar muito e de estar cansada de o fazer, de estar sempre em casa e de não se divertir. Perante as queixas de Inês, a mãe reage de forma
irónica e até um pouco agressiva, dizendo que Inês é preguiçosa.
B.
1. O tema deste poema é a exaltação da beleza de Lianor.
2. O conteúdo centra-se na descrição pormenorizada da graciosidade e beleza de Lianor a vários níveis, tais como os traços físicos, a indumentária e os gestos.
3. C.
4. O esquema rimático é ABB / CDDCCBB / EFFEEBB.
5. 1. C.; 2. B.; 3. D.; 4. E.; 5. A.
6. O adjetivo que resume o retrato físico de Lianor é «fermosa» e o que traça o seu retrato psicológico é «não segura».
7. D.
A.
1. O excerto situa-se no final do canto VII e faz parte do plano das intervenções do poeta, mais precisamente, da Invocação que o poeta faz às Ninfas do Tejo e
do Mondego (antes de Paulo da Gama explicar ao Catual o significado histórico das bandeiras) seguida da crítica aos seus contemporâneos.
2. O sujeito poético pede ajuda às Ninfas do Tejo e do Mondego para prosseguir a sua difícil caminhada poética, justificando esse pedido com o receio de não
conseguir levar até ao fim tão árdua e contrariada tarefa.
3. Continuando a dirigir-se às Ninfas do Tejo e do Mondego, o poeta lembra-lhes que há muito que canta Portugal e os Portugueses, sempre enfrentando grandes
perigos, quer no mar, quer na guerra, e sempre exercendo o seu ofício de poeta. Refere ainda outros aspetos biográficos, como a miséria passada longe da pátria,
a desesperança, o naufrágio que quase lhe tirou a vida.
4. Nos últimos quatro versos da estrofe 82, o poeta afirma, com ironia triste, que a ingratidão de que ele tem sido vítima por parte dos senhores sobre os quais
tem escrito é um exemplo para os futuros escritores interessados em contar e eternizar os feitos pátrios.
5. De entre as diversas críticas aos seus contemporâneos, poderão referir-se as seguintes: falta de apreço pela cultura e a poesia; excesso de ambição e apego aos
bens materiais, ao dinheiro, ao ócio; abuso de poder e exploração do povo; apagamento do heroísmo, adormecimento da energia patriótica. Quanto aos
conselhos, poderemos referir, precisamente, a luta contra estes vícios: os Portugueses devem pôr de lado a cobiça e a tirania, devem ser justos e devem lutar, com
dignidade, coragem e desapego, pela pátria e pelo rei, retomando o espírito de cruzada dos seus antepassados, de quem devem seguir o exemplo. Devem, enfim,
pisar o verdadeiro e árduo caminho da fama e da glória conseguida através do esforço, da abnegação, do heroísmo desinteressado.
B.
1. C.
2. 1. C., F., D.; 2. B., E., A.
3. Apóstrofe.
4. A expressão «bicho da terra tão pequeno» significa que o ser é frágil e indefeso perante as vicissitudes da vida.