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Elaine Kikuti
O rganizadora
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Técnicas de
Gastronomia
Molecular
Ministrantes
Júlia Maria de Souza Arnaldo da Conceição Toro Carla Keiko Mochizuki Ishizaka
Bacharel em Gastronomia com 17 anos de Bacharel em Gastronomia com mais de 18 Gastróloga, técnica em Nutrição e Dietética
experiência. Atua na organização de eventos anos de experiência. Atua na organização e pós-graduada em atendimento educacional
gastronômicos e ministra cursos desde 2008 de eventos gastronômicos e ministra cursos especializado. Coordenadora e docente no
Professora da Faculdade de Tecnologia desde 2009. Professor da Faculdade de Centro Paula Souza (Etec). Membro do
Senac de Florianópolis entre os anos de Tecnologia Senac de Florianópolis entre os grupo de pesquisa e desenvolvimento da
2014 e 2020. Chef e consultora na área de anos de 2012 e 2019, Chef e consultor na APTA (Agência Paulista de Tecnologia dos
alimentos e bebidas. área de alimentos e bebidas. Agronegócios) e consultora gastronômica
da ANPC (Associação Nacional dos
pontualgastronomia@gmail.com pontualgastronomia@gmail.com
Produtores de Cogumelos). Coordenadora
@chefjuliasouza @arnaldotoro gastronômica do evento Semana Mesa São
Paulo pela revista Prazeres da Mesa desde
2017. Bartender pela ABB (Associação
Brasileira de Bartenders). Consultora em
gastronomia e coquetelaria.
carla.ishizaka01@etec.sp.gov.br
@carla.keiko
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Gastronomia
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Programação
Local
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Gastronomia Molecular:
https://www.youtube.com/channel/
UCJMVSwnAdOagP60hmuOsMGw
O link será enviado por e-mail aos
inscritos.
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Gastronomia
Molecular
Cronograma
Dia Atividade
• Abertura? 15h
7 dez • Palestra de abertura com Paulina Mata
Terça • Título: Gastronomia Molecular — a importância da ciência na lista de
ingredientes da cozinha do Sec XXI
10 dez • Encerramento
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Gastronomia
Molecular
Gastronomia Molecular:
a importância da ciência na lista de
ingredientes da cozinha do século XXI Paulina Mata
Resumo: Palestra de abertura A evolução da gastronomia foi, O objetivo desta sessão é transmitir
em muitos casos, viabilizada pela informação e conhecimentos sobre
Nas últimas duas décadas ocorreu
colaboração entre cientistas e todo o processo acima referido.
uma mudança profunda na relação
profissionais de cozinha. Esta
dos consumidores com os alimentos
traduziu-se em investigação conjunta
e nos processos de produção
e transferência de conhecimento.
alimentar em pequena escala.
Surgiu um novo ramo das Ciências de
Surgiram movimentos culinários
Alimentos, a Gastronomia Molecular,
inovadores, que são caracterizados
que estuda a culinária a nível
pelo seu carácter concetual e por
doméstico ou da restauração. Esta
novas aproximações à gastronomia,
tem permitido racionalizar processos
propostas e abordagens técnicas.
(técnicas tradicionais, clássicas e
inovadoras), gerar conhecimento
e, consequentemente, otimizar a
prática culinária e desenvolver novas
técnicas.
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Introdução aos coloides Daniel Pasquini
O que são coloides ? Sistema Homogêneo x mais de uma fase, ou seja, não possui
Heterogêneo um aspecto uniforme, é descontínuo.
Primeiramente, serão definidos os
conceitos de sistemas homogêneo e O Sistema homogêneo é aquele
Estes sistemas heterogêneos podem
heterogêneo. que apresenta uma única fase
ser formados por uma única substância
(monofásico), ou seja, tem um
ou por diferentes substâncias. No caso
aspecto uniforme, contínuo.
de uma única substância a diferença
está no estado físico das fases: por
Apesar de possuir uma única
exemplo água + gelo, que possui uma
fase, estes sistemas podem ser
fase líquida e outra sólida. No caso de
constituídos por substâncias puras
substâncias diferentes, elas podem estar
como a água ou por uma mistura
em mesmo estado físico ou não: por
como água e álcool (etanol). Se
exemplo água + óleo, que ambas estão
olharmos para ambas veremos que
em estado líquido; ou água + areia,
apresentam uma única fase, pois o
onde uma está no estado líquido e a
tamanho das partículas é menor que
outra no estado sólido. Nestes sistemas
1X10-9m ou 1 nm (nanômetro).
o tamanho das partículas é maior que
1X10-6m ou 1 mm e podemos visualizar
Por outro lado, o Sistema
a fase descontínua a olho nú.
heterogêneo é aquele que apresenta
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Figura 1: Sistemas heterogêneos: água e óleo, água e gelo, água e areia. Coloides são misturas heterogêneas
de pelo menos duas fases diferentes,
com a matéria de uma das fases na
forma finamente dividida (sólido,
líquido ou gás), denominada fase
dispersa, misturada com a fase
Fonte: https://www.preparaenem.com/quimica/sistemas-homogeneos-heterogeneos.htm
contínua (sólido, líquido ou gás),
denominada meio de dispersão.
Figura 2: Escalas de tamanho comparativo
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são heterogêneos com partículas A Classificação dos Coloides As Espumas consistem em
dispersas com dimensões de 1nm até partículas de tamanho coloidal
Estes sistemas coloidais são muito
1000 nm que podem ser vistas com de um gás disperso em sólido ou
interessantes e estão presentes no nosso
auxílio de microscópios e podem ser líquido, espumas sólidas ou líquidas,
dia a dia e de acordo com a fase dispersa
separadas quando desestabilizadas. respectivamente e as Emulsões, são
e de dispersão, podemos classificar os
coloides formados por partículas
coloides como mostra a Tabela 1.
As soluções de macromoléculas de tamanho coloidal de um líquido
são misturas que parecem ser O Aerosol, consiste em partículas disperso em outro líquido ou sólido.
homogêneas e são consideradas de tamanho coloidal de um sólido
colóides porque a dimensão das O gel que é aparentemente sólido,
ou de um líquido disperso em um
macromoléculas está no intervalo de material gelatinoso formado de
gás e o Sol, são coloides formados
de tamanho coloidal e, como uma dispersão coloidal, em que a fase
pela dispersão de partículas de
tal, apresentam as propriedades dispersa apresenta-se no estado líquido
tamanho coloidal de um sólido em
características dos colóides e podem e fase de dispersão no estado sólido.
um líquido.
ser classificadas como gel ou sol.
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Sistemas coloidais importantes Figura 3: Estrutura dos compostos surfactantes Figura 4: Estrutura dos compostos surfactantes
ou tensoativos identificando a parte polar a apolar. não iônicos, aniônicos, catiônicos e anfóteros.
para o curso de técnicas de
gastronomia molecular :
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Figura 5: Esquema da formação de monocamada orientada de tensoativos. imiscíceis. Todos os dois casos temos
o tensoativo separando duas fases
distintas compostas por diferentes
substâncias.
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Figura 7: Organização dos surfactante nos dois tipos de emulsão, As Espumas líquidas são dispersões
(O/A) figura da esquerda, e (A/O) figura da direita.
grosseira de gás em um líquido e
podem ser classificadas em:
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A Figura 9 mostra um esquema O que é um hidrocoloide ?
ilustrativo da representação da
Um hidrocoloide é definido como
formação da rede do gel para sistemas
um sistema coloidal em que as
de partículas inorgânicas (a) e
partículas coloidais estão dispersas
poliméricos (b):
em água. Um hidrocoloide tem
partículas coloidais espalhadas
Figura 9. Formação de rede do gel. por toda a água e dependendo da
quantidade de água disponível, pode
ocorrer em diferentes estados, por
exemplo, gel ou sol (líquido).
Fonte: http://static.sites.sbq.org.br/quimicanova.sbq.org.br/pdf/Vol18No2_171_v18_n2_08.pdf
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Gastronomia Molecular/
Cozinha Modernista Arnaldo Toro e Júlia Souza
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(ARAÚJO; MONTEBELLO; Atualmente vemos na cozinha dois Neste trabalho, discorreremos
BOTELHO; BORGO, 2015) tipos de abordagem: a tradicional sobre a cozinha que desafia os
e a autoral. A primeira consiste sentidos. Sobre a harmonização
A introdução de novos ingredientes, basicamente na repetição de das etapas da refeição não somente
técnicas, equipamentos e receitas desenvolvidas ao longo de baseada em nutrientes, mas, em
utensílios da cozinha modernista séculos, com traços que permeiam elementos presentes na construção
possibilitou que cozinheiros, as memórias e a afetividade. O dos pratos que gerem surpresa e que
insurgissem a estrutura dos cliente vai à procura de um prato provoquem os recursos sensoriais
cardápios, modificassem as texturas que satisfaça expectativas bem dos que estão sentados à mesa.
dos alimentos, criassem pratos definidas. A cozinha autoral, por
inusitados e tornassem a refeição outro lado, baseia-se na inovação,
uma experiência divertida, na qual criatividade e sensibilidade do
o comensal é induzido a exercitar chef, que busca surpreender o
todos os sentidos. Não basta comensal, proporcionando uma
comer, é preciso saber de onde experiência inesquecível. Ambas
vêm os alimentos, como eles foram têm sua importância no cotidiano
produzidos e transformados e o das pessoas, e, de maneira alguma,
porquê de serem apresentados concorrem entre si.
daquela maneira.
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De que maneira ? Para dar emoção ao cliente, o
cozinheiro deve apostar nas
Vamos pensar nisso de forma prática?
percepções organolépticas, ao
justapor na mesma bocada, volumes,
Na cozinha, o espessamento de
cores, odores, sabores e texturas.
caldos, sucos e molhos sempre foi
A cozinha, então, é físico-química.
importante, pois possibilita uma
Esse é um fato que cabe formular e
melhor aderência aos alimentos e
assumir, não é preciso se envergonhar
melhor cobertura e persistência na
dele. Sejam quais forem os campos,
boca, intensificando a transmissão de
as aplicações da pesquisa científica
sabores. Os processos tradicionais
melhoram nossa vida diária. O
para fazê-lo envolvem a adição de
mundo evolui com os novos
amido ou gordura. Mas, no decorrer
conhecimentos. A cozinha não foge
das próximas páginas, veremos que é
à regra, e sua evolução só poderá
possível usar outras substâncias com
ocorrer se também lhe transferirmos
vantagem em algumas situações.
novos dados. Para tanto, é preciso
primeiro identificar os conceitos
científicos de que necessitamos para
descrevê-la, pois cozinhar consiste
em transformar os alimentos.
(HAUMONT, 2016)
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Gastronomia molecular/ ao título provisório de “ciência • modelar e examinar minuciosamente
cozinha modernista e gastronomia”, para soar mais as receitas existentes;
acadêmico. A palavra molecular • introduzir novas ferramentas,
A utilização do termo gastronomia
inspira-se na biologia molecular. produtos e métodos para o preparo
molecular teve sua origem em uma
(MCGEE, 2008 apud ABRANTES; de alimentos;
série de encontros para cientistas
MATA, 2019, p. 31) • inventar novos pratos usando o
e profissionais da alimentação,
chamados Internacional Workshop on conhecimento oriundo dos três
Em 1998, com a morte de Kurti, objetivos já citados;
Molecular and Physical Gastronomy.
Hervé This encurtou o nome dos
Tais encontros tiveram lugar em • usar o apelo da comida sobre as
seminários para “gastronomia
Erice, na Sicília, e a princípio pessoas para promover a ciência em
molecular” e se tornou o grande novas esferas.
foram sugeridos e organizados por
porta-voz desse movimento.
Elizabeth Thomas, na companhia A culinária molecular não existe,
(ABRANTES; MATA, 2019)
de Nicholas Kurti. O foco estava vamos falar claramente! A vitela
na cozinha tradicional, nas reações ensopada da vovó é tão “molecular”
Segundo This (2006 apud
químicas e físicas por trás das quanto a última espuma da moda,
ABRANTES; MATA, 2019, p.
preparações e em como esse assim como um suco de cenoura
32), os principais objetivos da
conhecimento poderia contribuir orgânica é tão “químico” quanto
gastronomia molecular eram:
para a evolução da ciência dos balas fluorescentes! São inúmeras as
alimentos. (MCGEE, 2008 apud pessoas que confundem os termos
• coletar e investigar as “crenças
ABRANTES; MATA, 2019, p. 31) “químico”, “natural”, “sintético”,
culinárias” presentes nas técnicas e
elaborações da cozinha; “artificial”, “tóxico” etc.; e são
O nome “gastronomia física e inúmeros os cozinheiros que querem
molecular” veio em substituição contrapor as palavras “tradicional” e
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“molecular”. Cabe a nós mostrar e prepara e associa produtos, deseja Para fazer referência aos movimentos
explicar isso, no sentido de justificar controlar, reproduzir com exatidão, de vanguarda gastronômica da
e oferecer as definições corretas. se antecipar, e com isso chegar mais atualidade, alguns, assim como
(HAUMONT, 2016) longe, pois pode prever e criar coisas nós, optam por utilizar a expressão
novas. É exatamente isso que busca “cozinha modernista”, na falta de
Todos os fenômenos têm uma um grande cozinheiro: ter domínio uma melhor ou mais apropriada.
explicação científica e racional, sobre sabor, textura e todas as
portanto, no fim das contas, tudo propriedades organolépticas de seus De acordo com Myhrvold (2011
gira em torno de macromoléculas, pratos. (HAUMONT, 2016) apud ABRANTES; MATA, 2019,
moléculas, átomos, elétrons, p. 38) esses novos movimentos
nêutrons ou mesmo quarks. Para que A técnica a serviço das emoções, culinários podem ser caracterizados
serve, então, o adjetivo “molecular” talvez seja um esboço do significado por dez princípios fundamentais:
depois de “cozinha” ou “culinária”? da culinária molecular, e partir dessa
1. Culinária é uma arte criativa na
(HAUMONT, 2016) ideia, surgiram outras denominações, qual o chef e o cliente dialogam.
como “cozinha tecnoconceitual” O alimento é o principal meio de
Outra definição da cozinha molecular para definir o trabalho investigativo diálogo. Contudo, todos os aspectos
poderia indicar uma culinária dos irmãos Adrià e “cozinha sensoriais da experiência da refeição
reflexiva, racional, que, diante de tecnoemocional” difundida pelo chef contribuem para que esse diálogo
uma aplicação concreta, quer saber Adoni Luiz Aduriz, influenciado pelo aconteça.
por que e como “aquilo funciona”. A estilo do chef francês Michel Bras, 2. Regras, convenções e tradições
pessoa que compreende, ou ao menos conhecido como naturalismo e que culinárias devem ser respeitadas,
tenta compreender, o que faz, quais permeia a cozinha dos dias atuais. mas não devem ser entraves para o
fenômenos se produzem quando ela desenvolvimento de novos pratos
criativos.
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3. Quebrar regras e tradições culinárias 6. Criatividade, novidade e invenção 9. Ingredientes originários da ciência
de modo criativo é um modo são intrínsecas ao papel do chef. e da tecnologia dos alimentos, tais
poderoso de envolver os clientes e Quando alguém adota técnicas e como hidrocoloides, enzimas ou
fazê-los pensar sobre a experiência ideias de outros cozinheiros, inspira- emulsionantes, são ferramentas
da refeição. se em outros chefs ou outras fontes, poderosas para ajudar a produzir
isso deve ser reconhecido. pratos impossíveis de serem feitos de
4. Os clientes têm expectativas –
outra maneira.
algumas explícitas, outras implícitas 7. A ciência e a tecnologia são fontes
– sobre que tipo de comida é possível que podem ser aproveitadas para 10. Clientes e chefs devem ser sensíveis
criar. Surpreendê-los com alimentos possibilitar novas invenções às condições nas quais os alimentos
que desafiam suas expectativas culinárias, mas elas são um meio para são colhidos e cultivados. Sempre
é outra maneira de envolvê-los atingir um fim, não o objetivo final. que possível, deve-se apoiar métodos
intelectualmente. Isso inclui o uso mais conscientes para o abate de
8. Ingredientes de qualidade são a base
de sabores conhecidos em formatos animais e a colheita sustentável de
sobre a qual a cozinha é construída.
diferentes ou o contrário. alimentos silvestres, como peixes.
Ingredientes caros, como caviar ou
5. Além da surpresa, muitos outros trufas, são parte desse repertório,
sentimentos, pensamentos, emoções mas não têm maior valor intrínseco
e reações podem ser provocados do que outros ingredientes de alta
pela culinária. Isso inclui o humor, a qualidade.
extravagância, a sátira e a nostalgia,
entre outros. O repertório do chef
modernista não abrange apenas sabor
e textura, mas uma gama de reações
emocionais e intelectuais que o
alimento pode inspirar no cliente.
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Principais personalidades Inúmeros chefs também foram
relacionadas à gastronomia influenciados pelos avanços trazidos
molecular (ou cozinha pela gastronomia molecular, dos
modernista ) quais podemos destacar: Ferran
Adrià, Albert Adrià, Juan Mari
O trabalho entre a ciência e a
Arzak, Martín Berasategui, Pedro
cozinha logo influenciou diversos
Subijana, Carmen Ruscalleda, Joan
autores, alguns dos quais, inclusive,
Roca, Andoni Luis Aduriz, Quique
participaram de maneira ativa dos
Dacosta, Dani Garcia, Heston
seminários e publicaram livros sobre
Blumenthal, René Redzepi, Pierre
o tema, tais como Peter Barham,
Gagnaire, Marc Veyrat, Thierry Marx,
Robert L. Wolke, Ferran Adrià e
Massimo Bottura, Carlo Cracco,
Nathan Myhrvold. Isso sem incluir as
Thomas Keller, Grant Achatz,
várias obras do próprio Hervé This.
Wylie Dufresne e David Chang.
(ABRANTES; MATA, 2019)
(ABRANTES; MATA, 2019)
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Algumas técnicas bastante solidificando o alginato e formando ser ajustada com goma xantana. Uma
utilizadas na cozinha uma película demasiado espessa, alternativa que dispensa o uso de
modernista o que faz com que o líquido se goma xantana, é congelar o líquido
perca no interior. Sirva de imediato. que se pretende esferificar, caso seja
Esferificação (ABRANTES; MATA, 2019) possível. Para efetuar a esferificação
................................................
despeja-se a solução de alginato no
Esferificação simples, básica ou Esferificação reversa, inversa ou banho de cálcio com uma colher
direta indireta e aguarda-se o tempo necessário
para obter uma película com as
Dissolva o alginato no líquido que Nesta técnica adiciona-se sal de características desejadas. Em seguida,
pretende esferificar. Para fazer cálcio ao líquido que se pretende as esferas devem ser retiradas da
esferas pequenas (tipo caviar), deixe esferificar. Em alguns casos o líquido solução com uma colher perfurada
cair aos poucos, gotas da solução já tem cálcio suficiente (iogurtes, e passadas por água. Caso se tenha
de alginato em uma solução do queijo...) e não é necessário adicionar. usado a técnica de congelamento,
cálcio com a ajuda de uma pipeta, O líquido com cálcio é então as porções congeladas devem ser
seringa ou conta-gotas. Para obter despejado em um banho de alginato. despejadas no banho sem se tocarem
esferas maiores, despeje a solução O cálcio difunde-se para o exterior, entre si e aguardar cerca de 10 a 15
de alginato no banho de cálcio com gelificando o alginato e criando uma minutos. Antes de servir, o ideal
uma colher. Retire as esferas com película de gel em torno do líquido. é aguardar o descongelamento
uma colher perfurada ou um coador Como as soluções de alginato têm completo. (ABRANTES; MATA,
e passe por água. É importante lavar uma certa viscosidade, o líquido com 2019)
bem as esferas de modo a remover cálcio deve ter viscosidade idêntica
a solução de cálcio. Caso contrário, ou maior, senão flutua. Caso seja
o cálcio continuará a difundir-se, baixa a viscosidade do líquido deve
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É importante salientar que o alginato Espumas e Emulsões Emulsões
................................................
de sódio não se dissolve em meios
ácidos. Por esta razão, na nossa Espumas Emulsão é a mistura de dois líquidos
receita de Caipirinha optamos em imiscíveis, como a água e o azeite,
utilizar a técnica de esferificação As espumas são constituídas por em que um deles (a fase dispersa)
reversa, onde a mistura que contém bolhas de gás dispersas em líquidos ou se encontra na forma de pequenas
suco de limão é acrescida de lactato sólidos. Na linguagem de cozinheiro, gotículas no seio do outro líquido
de cálcio. uma espuma líquida é o mesmo que a (a fase contínua) compondo uma
espuma de café, de cerveja, do creme mistura estável. Essa mistura
ou do molho, enquanto uma espuma é considerada estável caso haja
sólida é a mesma encontrada em distribuição do tamanho das gotas na
pão, bolo, suspiro, mousse e suflê. fase dispersa (homogeneização), que
Concluímos, então, que elas podem se mantêm praticamente inalteradas
ser doces, salgadas, quentes, frias, ao longo do tempo. Para obter uma
líquidas ou sólidas. Tanto as espumas emulsão com maior estabilidade, é
líquidas quanto as sólidas necessitam necessário utilizar um emulsionante
de um processo de incorporação de (também chamado de emulsificante).
ar para se formarem. Além disso, é Um exemplo clássico dessa
necessário haver um agente tensoativo afirmação, é a presença da lecitina
que possibilite a formação das bolhas (gema do ovo) em molhos como a
de ar e, com frequência, agentes maionese, formando uma emulsão
estabilizantes, como o glúten, gordura estável. (ABRANTES; MATA, 2019)
sólida etc. (ABRANTES; MATA,
2019)
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Gelificação Os hidrocoloides podem ser
................................................
extraídos de plantas terrestres:
Um gel, pelas suas características, amido, pectinas, celulose, goma de
pode ser considerado um estado semente de alfarroba, goma arábica,
intermediário entre o líquido goma guar e goma tara; de algas:
e o sólido. Todos os géis são alginatos, ágar e carrageninas; ou
constituídos por uma fase terem outras origens: gelatina,
líquida retida em uma fase solida, proteínas dos ovos e polissacarídeos
esta consistindo em uma rede microbianos, como o gelano e
tridimensional de moléculas longas a goma xantana. (ABRANTES;
interligadas. Essas moléculas provêm MATA, 2019)
do agente gelificante adicionado e,
no caso dos alimentos, podem ser
proteínas ou hidratos de carbono,
denominados genericamente
hidrocoloides.
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Receitas Drink
Nome da preparação
Caipirinha – Esferificação Reversa
Equipamentos
Geladeira; Mixer; Liquidificador; Balança de precisão; Balança.
Utensílios
Espátula de silicone; Bowls de vidro; Colher de bar (bailarina);
Colher; Chinois ou peneira; Colher medidora (15 ml); Jarra
graduada; Colher de esferificação (ou escumadeira); Mixing
glass; Colher de servir (tipo finger food).
Rendimento da Receita
10 esferas de 15 ml cada.
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Receitas Drink Caipirinha – Esferificação Reversa
Banho . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
Ingredientes Especificações Quantidade Unidade
Água Em temperatura ambiente 500 G
Alginato de sódio Em pó 2,5 G
Esferas . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
Ingredientes Especificações Quantidade Unidade
Cachaça 50 Ml
Suco de limão Taiti 50 Ml
Xarope de açúcar 50 Ml
Lactato de cálcio Em pó 3 G
Goma xantana Em pó 0,3 G
Raspas de limão* Somente a parte verde da casca Q.B.
* opcional
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Receitas Drink Caipirinha – Esferificação Reversa
Técnicas de
Gastronomia 26
Molecular
Receitas Drink Caipirinha – Esferificação Reversa
Técnicas de
Gastronomia 27
Molecular
Receitas Entrada
Nome da preparação
Tartar de melancia , maionese de abacate
e pó de alga nori
Equipamentos
Geladeira; Liquidificador; Balança; Balança de precisão;
Seladora a vácuo.
Utensílios
Espátula de silicone; Bowls; Colher; Colheres medidoras; Jarra
graduada; Placa de corte; Faca de chef; Aro de inox redondo;
Bisnaga plástica; Saco próprio para embalar a vácuo).
Rendimento da Receita
2 porções
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Molecular
Receitas Entrada Tartar de melancia, maionese de abacate e pó de alga nori
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Receitas Entrada Tartar de melancia, maionese de abacate e pó de alga nori
Preparo Finalização
Tartar de melancia ....................... 1. Abra o saco, retire o gengibre, a alga e escorra o líquido
1. Em um recipiente, misture todos os ingredientes líquidos. com o auxílio de uma peneira. Reserve apenas os cubos de
2. Coloque os cubos de melancia no saco próprio para melancia.
embalar a vácuo. 2. Apoie o aro de inox num prato para a montagem do tartar
3. Junte o gengibre e a alga kombu e a mistura de líquidos. com os cubos de melancia.
4. Retire o ar e feche o saco na seladora a vácuo. 3. Guarneça com a maionese de abacate e o pó de nori.
5. Leve à geladeira de 12 a 24 horas.
Pó de nori ...............................
1. Bata as folhas de alga nori, bem crocantes, no liquidificador,
até obter um pó.
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Molecular
Receitas Entrada Tartar de melancia, maionese de abacate e pó de alga nori
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Técnicas de
Gastronomia 31
Molecular
Receitas Prato Principal
Nome da preparação
Peixe em baixa temperatura , creme de couve -
flor defumada , ar de camarão e azeite em pó
Equipamentos
Geladeira; Liquidificador; Mixer; Balança; Balança de precisão;
Seladora a vácuo; Termocirculador; Fogão; Smoke gun; Sifão.
Utensílios
Espátula de silicone; Bowls; Colher; Colheres medidoras;
Jarra graduada; Placa de corte; Faca de chef; Faca de legumes;
Chinois; Frigideira antiaderente; Panelas; Filme plástico; 2
Sacos próprios para sous vide; Carga de gás (óxido nitroso –
N2O) para sifão.
Rendimento da Receita
2 porções.
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Molecular
Receitas Prato Principal Peixe em baixa temperatura, creme de couve-flor defumada,
ar de camarão e azeite em pó
Técnicas de
Gastronomia 33
Molecular
Receitas Prato Principal Peixe em baixa temperatura, creme de couve-flor defumada,
ar de camarão e azeite em pó
Azeite em pó .........................................................
Ingredientes Especificações Quantidade Unidade
Azeite de oliva Extra virgem 50 Ml
Maltodextrina pura (sem sabor) Em pó Q.B.
Ar de camarão .......................................................
Ingredientes Especificações Quantidade Unidade
Caldo de camarão Morno 350 Ml
Lecitina de soja Em pó 2,5 G
Finalização . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
Ingredientes Especificações Quantidade Unidade
Folhas de salsinha Para a finalização do prato Q.B.
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Gastronomia 34
Molecular
Receitas Prato Principal Peixe em baixa temperatura, creme de couve-flor defumada,
ar de camarão e azeite em pó
Preparo
Creme de couve - flor defumada .........................................................
1. Em uma panela, coloque o inhame, a folha de louro, sal e 11. No liquidificador, bata a couve-flor, o inhame e a goma
pimenta. xantana. Se necessário, junte um pouco do líquido
2. Cubra com água e leve ao fogo. Deixe cozinhar até que o resultante do cozimento do inhame.
inhame esteja bem macio. 12. Transfira o creme de couve-flor defumada para dentro do
3. Escorra e reserve o líquido do cozimento. sifão. Não encha demais.
4. Descarte a folha de louro. 13. Carregue com uma carga de gás (óxido nitroso – N2O).
5. Em um saco próprio para embalar à vácuo, coloque os 14. Agite vigorosamente durante 5 – 10 segundos. Não é
floretes de couve-flor, a manteiga, sal e pimenta. necessário deixar descansar porque o gás de dissolve
6. Retire o ar e feche o saco na seladora a vácuo. depressa.
7. Leve para cozinhar em sous vide por cerca de 2 horas (ou 15. Mantenha o sifão aquecido.
até estar bem macia), a temperatura de 75°C. 16. Vire o sifão de cabeça para baixo e pressione a alavanca
8. Abra o saco do cozimento em sous vide e transfira todo o para dispensar um pouco da espuma. Verifique a textura.
conteúdo do seu interior para um bowl de vidro. Em geral, um cartucho é suficiente para preparos ricos em
gordura. Se necessário, adicione mais um cartucho para
9. Cubra com filme plástico e faça o processo de defumação.
criar uma espuma mais grossa.
10. Deixe a couve-flor em contato com a fumaça entre 1 e 2
17. Agite sempre o sifão antes de soltar a espuma.
minutos. Em seguida, retire o filme plástico.
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Técnicas de
Gastronomia 35
Molecular
Receitas Prato Principal Peixe em baixa temperatura, creme de couve-flor defumada,
ar de camarão e azeite em pó
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Gastronomia 36
Molecular
Receitas Prato Principal Peixe em baixa temperatura, creme de couve-flor defumada,
ar de camarão e azeite em pó
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Gastronomia 37
Molecular
Receitas Sobremesa
Nome da preparação
Sorbet de butiá , sponge cake de chocolate ,
abacaxi glaceado , cubos de coco e caviar de
mel de bracatinga
Equipamentos
Geladeira; Freezer; Liquidificador; Balança; Balança de
precisão; Fogão; Sifão; Sorveteira.
Utensílios
Espátula de silicone; Bowls de vidro; Colher; Colheres
medidoras; Jarra graduada; Fouet; Peneira; Chinois; Placa
de corte; Faca de chef; Faca de legumes; Tesoura; Frigideira;
Panelas; Forma para gelo de silicone (no formato de cubos);
Seringa; Filme plástico; 5 copos de papel (200 ml cada).
Rendimento da Receita
4 a 5 porções.
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Gastronomia 38
Molecular
Receitas Entrada Sorbet de butiá, sponge cake de chocolate, abacaxi glaceado,
cubos de coco e caviar de mel de bracatinga
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Técnicas de
Gastronomia 39
Molecular
Receitas Entrada Sorbet de butiá, sponge cake de chocolate, abacaxi glaceado,
cubos de coco e caviar de mel de bracatinga
Técnicas de
Gastronomia 40
Molecular
Receitas Entrada Sorbet de butiá, sponge cake de chocolate, abacaxi glaceado,
cubos de coco e caviar de mel de bracatinga
Técnicas de
Gastronomia 41
Molecular
Receitas Entrada Sorbet de butiá, sponge cake de chocolate, abacaxi glaceado,
cubos de coco e caviar de mel de bracatinga
Finalização . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
Banho (Caviar de mel de bracatinga ) ........ 1. No prato de servir, disponha os cubos de coco e abacaxi e
pedaços do sponge cake.
1. Em um recipiente de vidro coloque a água. 2. Sobre os cubos de coco, coloque o caviar de mel de
2. Acrescente o lactato de cálcio e misture, com auxílio de bracatinga.
um fouet, até dissolver por completo. 3. Finalize com uma quenelle de sorbet de butiá.
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Gastronomia 42
Molecular
Receitas Entrada Sorbet de butiá, sponge cake de chocolate, abacaxi glaceado,
cubos de coco e caviar de mel de bracatinga
2. A goma xantana entrou no preparo do sorbet com a função 7. Para a mistura que será esferificada: 1% de alginato de
de emulsificante, para garantir ainda mais maciez. sódio.
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Molecular
Receitas
Nome da preparação
Kir Royale – Caviar de Cassis
Kir Royale . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
Ingredientes Quantidade Unidade
Espumante Moscatel (ou Brut) 1 Garafa
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Técnicas de
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Molecular
Receitas
Utensílios
Seringa; Mixer.
Modo depreparo
• Misturar o sal de cálcio com a água (manter na geladeira);
• Bater o licor de cassis com alginato com um mixer. Deixar
descansar por 1 hora (adiantar o processo);
• Adicionar, gota a gota, a solução de cassis à solução de íons
cálcio, manter em contato por alguns segundos e remover
do banho, retirar o excesso em água;
• Sirva em uma taça flut com o espumante;
• Consumir imediatamente.
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Molecular
Receitas
Nome da preparação
Ravióli de Espuma de Bechamel
Bechamel . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
Ingredientes Quantidade Unidade
Farinha de Trigo 30 G
Manteiga Clarificada 30 G
Leite Integral 275 Ml
Creme de Leite Fresco 100 Ml
Manteiga 30 G
Cebola Piqué 1 Un
Sal Q.B.
Noz Moscada Q.B.
Gás NO² 2 Cápsulas
Ravióli . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
Ingredientes Quantidade Unidade
Fundodelegumes 200 Ml
Agar-agar(Kanten) 4 G
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Técnicas de
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Molecular
Receitas
Ravióli:
• Misture o fundo com o agar-agar até dissolver, leve ao fogo
e deixe ferver por 2 minutos. Coloque em uma superfície
lisa (GN ou travessa de vidro), espalhe bem, retire o
excesso e deixe firmar. Corte com um cortador redondo e
recheie com a espuma.
Finalização
• Em uma frigideira, aqueça o parmesão e faça tuilles.
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Molecular
Receitas
Nome da preparação
Spaguete de Morango com Ar de Limão
Ar de Limão . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
Ingredientes Quantidade Unidade
Suco de limão 150 G
Xarope de açúcar 100 G
(70g de açúcar + 30g de água)
Água 250 Ml
Lecitina de Soja em pó 4 G
Espaguete de Morango . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
Ingredientes Quantidade Unidade
Morango fresco ou congelado 200 G
Água 300 Ml
Açúcar 50 G
Agar-agar 10 G
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Gastronomia 48
Molecular
Receitas
Utensílios
Seringa; Mangueira de silicone.
Modo depreparo
Espaguete de Morango:
• Bata o morango com o açúcar e a água no liquidificador.
Acrescente o agar-agar e bata até dissolver, leve ao fogo
e deixe ferver por 2 minutos mexendo sempre. Com a
seringa, coloque a mistura na mangueira dentro de um
bowl com água gelada, deixe por alguns minutos até firmar
e adicione mais um pouco da mistura com a seringa ou
água.
Ar de Limão:
• Misturar todos os ingredientes. Aquecer a 40ºC e colocar
em um copo medidor ou jarra dentro de um bowl. Utilize
um oxigenador para fazer as espumas.
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Gastronomia 49
Molecular
Receitas
Nome da preparação
Esferas de Churros
Banho de Alginato . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
Ingredientes Quantidade Unidade
Alginato de sódio 5 G
Água 500 Ml
Esferas . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
Ingredientes Quantidade Unidade
Doce de leite 400 G
Creme de leite Q.B.
Gluconato ou lactato de cálcio 5 G
Empanado . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
Ingredientes Quantidade Unidade
Farinha de trigo 200 G
Ovos 2 Un
Pão de Forma ou Farinha panko 1 Pacote
Óleo para fritura Q.B.
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Receitas
Esferas:
• Deixe o doce de leite com consistência fluida com auxílio
do creme de leite. Dilua o lactato ou gluconato de cálcio
no doce de leite. Coloque em formas de bombo e deixe
congelar.
• Deixe as esferas “cozinhando” por cerca de 2 minutos no
banho de alginato e depois remova-as cuidadosamente,
utilizando uma escumadeira. Retire do banho e passe
cuidadosamente em água.
• Com muito cuidado, empane as esferas na farinha de trigo
no ovo e, por último, na farinha panko e frite em óleo
quente.
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Gastronomia 51
Molecular
Receitas
Nome da preparação
Uvas Efervescentes
Utensílios
Sifão.
Modo depreparo
• Coloque todos os ingredientes no sifão. Aplicar a carga de
gás e deixar na geladeira por 30 minutos.
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Receitas
Nome da preparação
Suspiro Molecular
Utensílios
Micro-ondas; Ramequim.
Modo depreparo
• Misture bem o açúcar com a clara, faça bolinhas, coloque
no ramequim e leve ao centro do micro-ondas de 30
segundo à 2 minutos, dependendo do tamanho.
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Técnicas de
Gastronomia 53
Molecular
Referências
ABRANTES, Gisela; MATA, Paulina. CASTELLAN, G.W. Físico-Química, MYHRVOLD, Nathan; BILET,
Cozinha modernista: história, Trad. Luiz C. Magalhães, Rio de Janeiro: Maxime. Modernist cuisine at home.
ingredientes e receitas da cozinha Ao Livro Técnico, 1972, e Trad. Luiz C. Hohenzollernring: Taschen, 2014.
modernista do século XXI. Rio de Magalhães, Rio de Janeiro: LTC, 1975, e
Janeiro: Senac Rio, 2019. Trad. Cristina M. P. Santos, Roberto B. SHAW, D. J. Introdução à Química dos
Faria, Rio de Janeiro: LTC, 1986. Colóides e de Superfícies, Trad. J. H.
ARAÚJO, Wilma M. C.; Maar, São Paulo: Edgard Blucher, 1975.
MONTEBELLO, Nancy di Pilla; CHANG, R., Físico-Química, V.1,
BOTELHO, Raquel B. A.; BORGO, 3. ed. Trad. Elizabeth P. G. Áreas,
Luiz Antônio (orgs.). Alquimia dos Fernando R. Ornellas, São Paulo:
alimentos. 3. ed. Brasília: Editora Senac McGraw-Hill, 2009.
DF, 2015.
HAUMONT, Raphael. Um químico
ATKINS, P. W. Físico-Química, V. 2, na cozinha: a ciência da gastronomia
6. ed. Trad. H. Macedo, Rio de Janeiro: molecular. Trad. Celina Portocarrero.
LTC, 1997, e V. 2, 8. ed., Trad. E. Rio de Janeiro: Zahar, 2016.
Clemente, M. J. E. de Mello Cardoso;
O. E. Barcia, Rio de Janeiro: LTC, 2008. JAFELICCI JUNIOR, M.; VARANDA
L. C. O Mundo dos Colóides, Química
CANELA-RAWLS, Sandra. Espessantes Nova na Escola, n° 9, maio 1999. http://
na confeitaria: texturas e sabores. São qnesc.sbq.org.br/online/qnesc09/
Paulo: Editora Senac São Paulo, 2014. quimsoc.pdf
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Os insumos específicos para cozinha molecular foram adquiridos na
GastronomyLab: loja.gastronomylab.com
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