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PROTEÇÃO DO MEIO AMBIENTE - GRUPO PROMINAS


PROTEÇÃO DO MEIO AMBIENTE - GRUPO PROMINAS

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Núcleo de Educação a Distância
PROTEÇÃO DO MEIO AMBIENTE - GRUPO PROMINAS

PRESIDENTE: Valdir Valério, Diretor Executivo: Dr. Willian Ferreira.

O Grupo Educacional Prominas é uma referência no cenário educacional e com ações voltadas para
a formação de profissionais capazes de se destacar no mercado de trabalho.
O Grupo Prominas investe em tecnologia, inovação e conhecimento. Tudo isso é responsável por
fomentar a expansão e consolidar a responsabilidade de promover a aprendizagem.

GRUPO PROMINAS DE EDUCAÇÃO


Diagramação: Gildenor Silva Fonseca

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Prezado(a) Pós-Graduando(a),

Seja muito bem-vindo(a) ao nosso Grupo Educacional!


Inicialmente, gostaríamos de agradecê-lo(a) pela confiança
em nós depositada. Temos a convicção absoluta que você não irá se
decepcionar pela sua escolha, pois nos comprometemos a superar as
suas expectativas.
A educação deve ser sempre o pilar para consolidação de uma
nação soberana, democrática, crítica, reflexiva, acolhedora e integra-
dora. Além disso, a educação é a maneira mais nobre de promover a
ascensão social e econômica da população de um país.
Durante o seu curso de graduação você teve a oportunida-
de de conhecer e estudar uma grande diversidade de conteúdos.
Foi um momento de consolidação e amadurecimento de suas escolhas
pessoais e profissionais.
Agora, na Pós-Graduação, as expectativas e objetivos são
outros. É o momento de você complementar a sua formação acadêmi-
ca, se atualizar, incorporar novas competências e técnicas, desenvolver
um novo perfil profissional, objetivando o aprimoramento para sua atua-
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ção no concorrido mercado do trabalho. E, certamente, será um passo


importante para quem deseja ingressar como docente no ensino supe-
rior e se qualificar ainda mais para o magistério nos demais níveis de
ensino.
E o propósito do nosso Grupo Educacional é ajudá-lo(a)
nessa jornada! Conte conosco, pois nós acreditamos em seu potencial.
Vamos juntos nessa maravilhosa viagem que é a construção de novos
conhecimentos.

Um abraço,

Grupo Prominas - Educação e Tecnologia

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Olá, acadêmico(a) do ensino a distância do Grupo Prominas!..

É um prazer tê-lo em nossa instituição! Saiba que sua escolha


é sinal de prestígio e consideração. Quero lhe parabenizar pela dispo-
sição ao aprendizado e autodesenvolvimento. No ensino a distância é
você quem administra o tempo de estudo. Por isso, ele exige perseve-
rança, disciplina e organização.
Este material, bem como as outras ferramentas do curso (como
as aulas em vídeo, atividades, fóruns, etc.), foi projetado visando a sua
preparação nessa jornada rumo ao sucesso profissional. Todo conteúdo
foi elaborado para auxiliá-lo nessa tarefa, proporcionado um estudo de
qualidade e com foco nas exigências do mercado de trabalho.

Estude bastante e um grande abraço!

Professora: Riane L. De Oliveira


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O texto abaixo das tags são informações de apoio para você ao
longo dos seus estudos. Cada conteúdo é preprarado focando em téc-
nicas de aprendizagem que contribuem no seu processo de busca pela
conhecimento.
Cada uma dessas tags, é focada especificadamente em partes
importantes dos materiais aqui apresentados. Lembre-se que, cada in-
formação obtida atráves do seu curso, será o ponto de partida rumo ao
seu sucesso profisisional.

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Esta unidade analisará os princípios do Meio Ambiente. Elenca-
das estão: a) a legislação vigente, ante a proteção do meio ambiente b) as
técnicas e formas de proteção desenvolvidas nos mercados de trabalho
c) a educação ambiental d) a responsabilidade socioambiental. Trata-se
de um estudo qualitativo, que busca relacionar as questões ambientais ao
mercado de trabalho, na tentativa de desenvolver técnicas de produção,
ensino e extensão mais sustentáveis e conscientes. O tema da apostila jus-
tifica-se por conta da sua real e persistente relevância, dado que o contexto
social, econômico e político que a sociedade brasileira tem enfrentado nos
últimos anos, claramente impacta nas relações interpessoais e, por con-
seguinte, no meio ambiente. Os resultados revelam que ações e técnicas
mais eficazes já existem, mas há deficiência nas fiscalizações e monitora-
mento, bem como nas aplicações das leis e penalizações que abrem mar-
gem para possíveis comportamentos violáveis e perturbadores ao meio
ambiente, consequentemente, a todos que o rodeiam.
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Meio ambiente, proteção, leis ambientais, sustentabilidade.

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Apresentação do Módulo ______________________________________ 12

CAPÍTULO 01
PRESERVAÇÃO DO MEIO AMBIENTE

O Meio Ambiente ______________________________________________ 14

Histórico sobre a Questão Ambiental ___________________________ 15

Evolução Histórica: Preocupação com o Meio Ambiente ________ 17

Meio Ambiente e Ecologia _____________________________________ 19

Política Nacional do Meio ambiente (PNMA) ___________________ 22

O Zoneamento Ambiental _____________________________________ 24

Avaliação do Impacto Ambiental _______________________________ 24

Licenciamento Ambiental ______________________________________ 26

Sistema Nacional do Meio Ambiente - SISNAMA ________________ 26


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Recapitulando _________________________________________________ 30

CAPÍTULO 02
POLUIÇÃO E CONTROLE AMBIENTAL

Poluição _______________________________________________________ 35

Tipos de Poluição ______________________________________________ 37

Formas de Controle de Emissão de Gases ______________________ 44

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Tecnologias de Controle de Poluição do Ar _____________________ 45

Poluição Hídrica _______________________________________________ 49

Tipos de Processos de Tratamento de Efluentes ________________ 54

Classificação dos Sistemas de Tratamento _____________________ 57

Recapitulando ________________________________________________ 59

CAPÍTULO 03
LEGISLAÇÃO AMBIENTAL

Legislação Ambiental __________________________________________ 63

Conceito de EPIA/RIMA ________________________________________ 66

Código Florestal _______________________________________________ 69

Acidentes Ambientais e Planos de Contingência _______________ 72

Recapitulando _________________________________________________ 77

CAPÍTULO 04
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RESÍDUOS SÓLIDOS: ABORDAGEM E TRATAMENTO

Objeto e Objetivos _____________________________________________ 82

Logística Reversa ______________________________________________ 84

Classificação dos Resíduos _____________________________________ 86

Tratamento dos Resíduos Sólidos ______________________________ 86

Gerenciamento Integrado de Resíduos Sólidos Urbanos ________ 94

Recapitulando _________________________________________________ 98

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CAPÍTULO 05
NOÇÕES DE GESTÃO AMBIENTAL

Introdução à Gestão Ambiental ________________________________ 103

Processo de Planejamento _____________________________________ 105

Sistema de Gestão Ambiental (SGA) ____________________________ 106

Responsabilidade Socioambiental ______________________________ 116

Recapitulando _________________________________________________ 119

Fechando a Unidade ___________________________________________ 123

Referências ____________________________________________________ 129

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O meio ambiente é um tema que vem sendo discutido ao longo
do tempo em todas as esferas do mundo, mas o seu conceito começou
a (re) modificar-se e, com isso, sua totalidade em relação a sua aplica-
bilidade passou a tomar grandes proporções. Por ser um tema com-
plexo, tem o objetivo de investigá-lo e entendê-lo em todas as partes e
dimensões.
A partir da modernidade e com a revolução industrial, o meio
ambiente tornou-se pauta principal, onde sua discussão a nível mundial
girou em torno de sua definição, preservação e proteção. Isto se deu
quando estudiosos começaram a perceber que os recursos naturais
presentes no meio ambiente são finitos.
Diante desta preocupação, grande parte dos estudos voltados
ao meio ambiente versam sobre o desenvolvimento sustentável, a con-
servação das faunas e floras, uso consciente e o consumo reduzido,
buscando manter o equilíbrio ecológico e, consequentemente, atuando
no impacto da saúde, segurança e bem-estar das comunidades.
No primeiro capítulo dessa unidade, alguns conceitos básicos
serão tratados, tais como antropocentrismo, ecocentrismo, meio am-
biente e ecologia, bem como sua importância no contexto do meio am-
biente, objetivando uma visão ampla das transformações, conquistas e
movimentos, que versam sobre os diferentes olhares do meio ambiente.
No segundo capítulo, trataremos sobre a poluição e seus tipos.
Discorreremos sobre as principais formas de poluição existentes e, ao
longo da unidade, serão apresentadas de forma detalhada a poluição
hídrica e a poluição atmosférica, exibindo dois exemplos de poluição
muito recorrentes no Brasil e suas formas de tratamento.
Pensando nas dinâmicas legais que regem os conceitos e as
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definições, iremos, no terceiro capítulo, tratar das normativas e leis,


código florestal e suas mudanças no novo modelo, bem como o con-
ceito de EPIA/RIMA. Este capítulo abordará de forma ampla as leis que
versam sobre o meio ambiente e tudo o que o compõe, na busca pela
sua proteção.
O quarto capítulo será trabalhado sobre a Política Nacional de
Resíduos Sólidos, explorando as classificações de resíduos sólidos,
seus impactos, bem como algumas formas de tratamento existentes
para as finalidades destes.
No último capítulo será abordada a Gestão Ambiental, bem
como os processos que a regem para um bom funcionamento, atrelada
à ideia de responsabilidade ambiental, que buscará trazer a consciência
de um cuidado coletivo visto que, como na Lei 6.938 de 1981, o meio
ambiente é um bem público e deve ser protegido por todos.
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A importância da temática ambiental impacta diretamente nas
relações de trabalho, por serem as formas mais ativas de vivência em
sociedade. A partir do trabalho, são envolvidas as comunidades e so-
ciedades, portanto, buscar novas formas e aplicar métodos eficazes no
cuidado coletivo é de extrema importância em um espaço extremamente
diversificado e de grande impacto mundial como o mercado de trabalho.
Bons estudos!

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PRESERVAÇÃO DO
MEIO AMBIENTE

O MEIO AMBIENTE
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A definição de meio ambiente é, muitas vezes, complicada de


se fazer em poucas palavras, devido ao grau de complexidade do meio
ambiente propriamente dito, que envolve muitos aspectos naturais e
sociais. Abaixo, seguem-se algumas tentativas de definição do termo
meio ambiente propostas por Coimbra (2002),

Meio ambiente é o conjunto dos elementos abióticos (físicos e químicos) e


bióticos (flora e fauna), organizados em diferentes ecossistemas naturais e
sociais em que se insere o homem, individual e socialmente, num processo
de interação que atenda ao desenvolvimento das atividades humanas e à
preservação dos recursos naturais e das características essenciais do entor-
no, dentro das leis da natureza e de padrões de qualidade definidos (COIM-
BRA, 2002).

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A segunda definição trazida por Coimbra (2002) é mais conci-
sa do que a anterior e sua definição é a seguinte:“Meio ambiente é o
conjunto dos elementos físicos, químicos e biológicos e de suas múlti-
plas relações, ordenados para a perpetuação da vida e organizados em
ecossistemas naturais e sociais, constituindo uma realidade complexa e
marcada pela ação da espécie humana” (COIMBRA, 2002).
A última definição proposta é a mais concisa possível, e define
o meio ambiente como sendo a realidade complexa resultante da inte-
ração da sociedade humana com os demais componentes do mundo
natural, no contexto do ecossistema da Terra (COIMBRA, 2002).

Figura 1: O meio ambiente e a humanidade

Fonte: Lima, 2015.

A definição de meio ambiente não é uma tarefa fácil pela com-


plexidade envolvida no contexto (existem inúmeros aspectos a serem PROTEÇÃO DO MEIO AMBIENTE - GRUPO PROMINAS

levados em conta, como os aspectos naturais e sociais).

HISTÓRICO SOBRE A QUESTÃO AMBIENTAL

Antropocentrismo
O Antropocentrismo surgiu na Europa no final da Idade Média,
esta é uma visão que considera o homem como o centro do cosmos, su-
gerindo que ele deve ser o centro das ações, da expressão cultural, his-
tórica e filosófica. Cercado de novas descobertas, a influência do antro-
pocentrismo (homem como o centro do mundo), exacerbou descobertas
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nas ciências, principalmente nas ciências naturais como a física.  Neste
tempo de descobrimento, o homem começa a ganhar força, e torna-se
o detentor do poder diante do controle da natureza, colocando-a como
uma “auxiliar”, podendo ser usada para satisfação das necessidades
intrinsecamente humanas.

Figura 2- Representação esquemática do antropocentrismo

Fonte: Alves, 2012.

Considera-se que na passagem da era medieval (tempo em que


a igreja e a Bíblia eram mandamentos superiores), para o renascimento
(tempo de novas descobertas, o homem se impõe e Deus ganha a
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qualidade de um ser divino que está sob a terra e não mais no centro
das decisões humanas), essa fase é a que se inicia o antropocentrismo.

Ecocentrismo
O Ecocentrismo é um movimento que, ao contrário do Antro-
pocentrismo, coloca o homem e a natureza em pesos equivalentes, ou
seja, acredita que o ser humano é parte essencial da natureza, assim
como a mesma é parte fundamental na vida do homem. Considera to-
dos uma unidade, trazendo consigo a importância de estar sempre em
equilíbrio, para o funcionamento correto do ciclo da vida.

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Figura 3 - Representação esquemática do ecocentrismo

Fonte: Alves, 2012.

EVOLUÇÃO HISTÓRICA: PREOCUPAÇÃO COM O MEIO AMBIENTE

Os efeitos dos impactos ambientais, advindos das modifica-


ções do homem, começaram a preocupar muitos estudiosos, ambien-
talistas e agências governamentais a partir da década de 1950 em todo
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o mundo. A busca neste tempo era sobre formas de proteger o meio
ambiente. Segundo o Ministério da Educação (2012), tornaram-se he-
gemônicas na civilização ocidental as interações sociedade/natureza
adequadas às relações de mercado.
A exploração dos recursos naturais se intensificou muito e ad-
quiriu outras características, a partir das revoluções industriais e do de-
senvolvimento de novas tecnologias, associadas a um processo de for-
mação de um mercado mundial, que transforma desde a matéria-prima
até os mais sofisticados produtos em demandas mundiais.
Andrade, Tachizawa e Carvalho (2000) analisaram e percebe-
ram que o movimento ambientalista ocorre de fato no século XX, com
a Conferência Científica da Organização das Nações Unidas (ONU),
sobre a conservação e a utilização de recursos em 1949, e com a Con-

17
ferência sobre a biosfera, feita em Paris, em 1968. Mas um grande mar-
co sobre o meio ambiente foi a Conferência de Estocolmo, em 1972 (I
CNUMAD), que teve por objetivo conscientizar os países sobre a impor-
tância da conservação ambiental como fator fundamental à manutenção
da espécie humana. A palavra-chave em Estocolmo foi poluição.

“Chegamos a um ponto na História em que devemos moldar nossas ações


em todo o mundo, com maior atenção para as consequências ambientais.
Através da ignorância ou da indiferença podemos causar danos maciços e
irreversíveis ao meio ambiente, do qual nossa vida e bem-estar dependem.
Por outro lado, através do maior conhecimento e de ações mais sábias, po-
demos conquistar uma vida melhor para nós e para a posteridade, com um
meio ambiente em sintonia com as necessidades e esperanças humanas…”
“Defender e melhorar o meio ambiente para as atuais e futuras gerações se
tornou uma meta fundamental para a humanidade.”
Trechos da Declaração da Conferência da ONU sobre o Meio Ambiente (Es-
tocolmo, 1972).

O Relatório Brundtland, conhecido como “Nosso Futuro Co-


mum”,  foi elaborado pela Comissão Mundial para o Desenvolvimento
e o Meio Ambiente (CMDM) em 1987.  Tal relatório tornou conhecida
mundialmente a definição de desenvolvimento sustentável, sendo este
documento um marco histórico, buscando enfrentar os problemas oca-
sionados, garantindo um futuro a todos.
Em sua definição, desenvolvimento sustentável é aquele que
atende às necessidades do presente sem comprometer a possibilida-
de das gerações futuras de atenderem às suas próprias necessidades”
(Barbieri, 2004, Frey e Camargo, 2003 e Jacobi, 1999). Na década de
90, a II Conferência Nacional da ONU, aconteceu no Brasil, a cidade do
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Rio de Janeiro, sediou a Rio 92, que tinha como tema o Meio Ambiente
e Desenvolvimento, conhecida também como Cúpula da Terra, resul-
tando em importantes documentos como a Carta da Terra (conhecida
como Declaração do Rio) e a Agenda 21.
Em 1997, a Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças
Climáticas aconteceu no Japão. Neste evento houve a pactuação do
tratado conhecido como Protocolo de Kyoto, que exigiu metas para re-
dução da emissão de gases na atmosfera. Nos anos 90, a preocupação
com o meio ambiente ganhou espaço, os locais de discussão e escuta,
os tratados e a união dos países em busca de um mundo melhor con-
figuraram grandes revoluções no quesito “pensar/ser meio ambiente”.
O século XXI também não ficou para trás na busca pela proteção
ao meio ambiente, exatos 10 anos após a cúpula da terra acontecer no
Rio de Janeiro, com estipulação de metas na agenda 21 para os países,
18
a ONU realizou o RIO+10, em Joanesburgo na África do Sul. Conhecida
como a cúpula mundial, teve como discussão central o desenvolvimento
sustentável, uma das pautas que mais foram debatidas foram sobre o
estabelecimento de medidas para redução de 50 % das pessoas que
viviam abaixo da linha da pobreza, até 2015, uso da água, manejo dos
recursos naturais e desenvolvimento sustentável.
Rio+20 foi o nome dado à Conferência das Nações Unidas
sobre o Desenvolvimento Sustentável, em 2012, na cidade do Rio de
Janeiro. Ao todo foram 193 países participantes, e o objetivo principal
foi a reafirmação e a renovação da participação dos países nas metas.
Esta meta teve em debate a economia verde, a erradicação da pobreza
e a estrutura para o desenvolvimento sustentável.
A partir desse breve contexto histórico, percebe-se que as
questões ambientais foram ganhando força e espaço nas discussões
mundiais. As conferências tiveram papéis importantes na criação deste
vínculo, que buscou integrar uma visão holística para que o homem vis-
se a natureza como sua fonte de vida. Passamos, portanto, pelas fases
de reivindicações, definições e nomenclaturas, como o desenvolvimen-
to sustentável, e temos a partir dos anos 90, uma geração mais ativa e
consciente das questões ambientais no Brasil e no mundo.

Para saber mais sobre as conferências mais importantes, bem


como o contexto histórico, acesso o link da página da ONU
Disponível em: <https://nacoesunidas.org/acao/meio-ambiente/>.
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MEIO AMBIENTE E ECOLOGIA

A palavra “ambiente” vem do latim ambiens, tendo significado


de “que rodeia”. O termo meio ambiente pode ser percebido de várias
formas. Para a definição da Política Nacional do Meio Ambiente (PNMA)
brasileira, estabelecida pela Lei 6938 de 1981, o meio ambiente é “o
conjunto de condições, leis, influências e interações de ordem física,
química e biológica, que permite, abriga e rege a vida em todas as suas
formas”.   

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Figura 4- Meio Ambiente

Fonte: Ambiental, 2018.

Meio ambiente ecologicamente equilibrado


Segundo o art.225, caput, da Constituição:   Todos têm direi-
to ao meio ambiente ecologicamente equilibrado, bem de uso comum
do povo e essencial à sadia qualidade de vida, impondo-se ao Poder
Público e à coletividade o dever de defendê-lo e preservá-lo para as
presentes e futuras gerações. Esse dispositivo pode ser dividido em
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quatro partes:

a) Meio ambiente ecologicamente equilibrado é um direito fun-


damental da pessoa humana (direito à vida com qualidade);
b) o meio ambiente é um bem de uso comum do povo, bem
difuso, portanto, indisponível;
c) o meio ambiente é um bem difuso e essencial à sadia quali-
dade de vida do homem;
d) o meio ambiente deve ser protegido e defendido pelo Poder
Público e pela coletividade para as presentes e futuras gerações.

- Ecologia
A palavra ecologia foi definida pela primeira vez em 1866 por
20
Ernst Haeckel e, para ele, ecologia era “a ciência capaz de compreen-
der a relação do organismo com seu ambiente”. Ricklefs em 1973, defi-
niu a ecologia como “o estudo do ambiente natural, particularmente as
relações entre os organismos e suas adjacências”.
A ecologia pode ser considerada uma das ciências mais anti-
gas. A vontade de conhecer e entender tudo o que nos cerca, bem como
nosso próprio corpo, vem de tempos mais antigos, contudo, nos últimos
anos, o interesse em desvendar estes mistérios vem aumentando, as-
sim como a busca pela conservação do meio ambiente, a preservação
dos recursos naturais, fauna e flora.
A ecologia humana busca entender a interação entre os atribu-
tos naturais e culturais da sociedade dos homens e fazer um paralelo
entre a organização social dos seres humanos e a dos outros seres
vivos, mostrando maior ou menor capacidade de dominar o meio am-
biente. (SILVEIRA; PHILIPPI, 2014).

A ecologia humana vai além da demografia, uma vez que lida com fatores ex-
ternos e com a dinâmica interna das populações humanas, que são parte das
comunidades bióticas e dos ecossistemas. Ela estende-se além da ecologia
pois aborda a flexibilidade na conduta humana, sua habilidade em controlar o
meio e o desenvolvimento cultural, em parte independente do meio ambien-
te. A cultura, por sua vez, é a maneira como as pessoas vivem em determina-
das áreas, em determinados períodos. (SILVEIRA; PHILIPPI, 2014).

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Existem algumas variações de meio ambiente ecologicamente
equilibrado:
Meio ambiente natural: meio ambiente natural é uma das es-
pécies do meio ambiente ecologicamente equilibrado (art.225 da CF).
Integram o meio ambiente natural a atmosfera, as águas interiores, su-
perficiais e subterrâneas, os estuários, o mar territorial, o solo, o sub-
solo, os elementos da biosfera, a fauna e a flora (art° 3°, V, da Lei
n.6.938/81).
Meio ambiente cultural: O meio ambiente cultural integra o
patrimônio cultural nacional, incluindo as relações culturais, turísticas,
arqueológicas, paisagísticas e naturais.
Meio ambiente artificial:  meio ambiente artificial é uma das
espécies do meio ambiente ecologicamente equilibrado, previsto no
art.225 da CF. Meio ambiente artificial é gênero, cujas espécies são
21
espaços rurais e urbanos.
Meio ambiente do trabalho: meio ambiente do trabalho é uma
das espécies do meio ambiente ecologicamente equilibrado, previsto no
art.225 da CF, estando intimamente relacionado com a segurança do
empregado em seu local de trabalho.

POLÍTICA NACIONAL DO MEIO AMBIENTE (PNMA)

A Política Nacional do Meio Ambiente é uma lei que define os


instrumentos de proteção do meio ambiente no Brasil. A Lei 6.938 de 31
de agosto 1981, dispõe as regras, mecanismos e demandas que bus-
cam minimizar os problemas ambientais no território brasileiro. A política
tem como finalidade prevista no artigo 2°, a preservação, melhoria e
recuperação da qualidade ambiental. Para isso, a lei considera o meio
ambiente um bem público, a ser assegurado e protegido por todos.
Em seus princípios, ela destaca a racionalização do uso do
solo, o planejamento e fiscalização do uso dos recursos ambientais, a
proteção ao meio ambiente, assim como sua biodiversidade, o controle
dos zoneamentos das atividades poluidoras. A lei tece definições preci-
sas, são elas:
Degradação ambiental: “alteração adversa das características
do meio ambiente”.
Recursos ambientais: “a atmosfera, as águas interiores, super-
ficiais e subterrâneas, os estuários, o mar territorial, o solo, o subsolo,
os elementos da biosfera, a fauna e a flora”.

A Política Nacional do Meio Ambiente (PNMA) traz como obje-


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tivos, em seu art. 4º, os seguintes:

I - à compatibilização do desenvolvimento econômico-social com a preserva-


ção da qualidade do meio ambiente e do equilíbrio ecológico;
II - à definição de áreas prioritárias de ação governamental relativa à qualida-
de e ao equilíbrio ecológico, atendendo aos interesses da União, dos Esta-
dos, do Distrito Federal, dos Territórios e dos Municípios;
III - ao estabelecimento de critérios e padrões de qualidade ambiental e de
normas relativas ao uso e manejo de recursos ambientais;
IV - ao desenvolvimento de pesquisas e de tecnologias nacionais orientadas
para o uso racional de recursos ambientais;
V - à difusão de tecnologias de manejo do meio ambiente, à divulgação de
dados e informações ambientais e à formação de uma consciência pública
sobre a necessidade de preservação da qualidade ambiental e do equilíbrio
ecológico;

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VI - à preservação e restauração dos recursos ambientais com vistas à sua
utilização racional e disponibilidade permanente, concorrendo para a manu-
tenção do equilíbrio ecológico propício à vida;
VII - à imposição, ao poluidor e ao predador, da obrigação de recuperar e/ou
indenizar os danos causados e, ao usuário, da contribuição pela utilização de
recursos ambientais com fins econômicos.

A política em sua criação, contemplou a todas as esferas go-


vernamentais, sociais e políticas, e define que o meio ambiente, por ser
um bem coletivo, deve ser cuidado por todos.

Instrumentos da PNMA
No Brasil a Lei 6.938/81, conhecida como Política Nacional
do Meio Ambiente corroborou para um maior reconhecimento sobre
as questões ambientais existentes. Com a política, começou-se a vi-
gorar pelo país instrumentos de avaliações, parâmetros regulatórios e
padrões de exigência rigorosos, que foram de grande importância às
questões ambientais atuantes. Entre vários instrumentos, estão estabe-
lecidos pela Lei n° 6.938/81, em seu art. 9º:

I - o estabelecimento de padrões de qualidade ambiental;


II - o zoneamento ambiental;
III - a avaliação de impactos ambientais;
IV - o licenciamento e a revisão de atividades efetiva ou potencialmente po-
luidoras;
V - os incentivos à produção e instalação de equipamentos e a criação ou
absorção de tecnologia, voltados para a melhoria da qualidade ambiental;
VI - a criação de reservas e estações ecológicas, áreas de proteção ambien-
tal e as de relevante interesse ecológico, pelo Poder Público Federal.

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É necessário distinguir os objetivos da Política Nacional do Meio


Ambiente (PNMA) dos instrumentos, pois, estes são frequentemente
objetos de prova de concursos.

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O ZONEAMENTO AMBIENTAL

É uma delimitação de áreas, em que um determinado espaço


territorial é dividido em zonas de características comuns e, com base
nesta divisão, são estabelecidas as áreas previstas nos projetos de
expansão econômica ou urbana. Embora o Estado e a União tenham
poder para executá-lo, muitas vezes são feitos pelos municípios.

A AVALIAÇÃO DE IMPACTO AMBIENTAL (AIA)

Pode ser definida como uma série de procedimentos legais,


institucionais e técnico-científicos, com o objetivo caracterizar e identi-
ficar impactos potenciais na instalação futura de um empreendimento,
ou seja, prever a magnitude e a importância desses impactos (Bitar &
Ortega, 1998). A figura abaixo ilustra as etapas desta avaliação:

Figura 5- Análise dos Impactos Ambientais


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Fonte: Adaptado de Unesp, p. 02/12.

O Estudo de Impacto Ambiental é previsto, segundo a Consti-


tuição Federal, para os casos de licenciamento de atividades que envol-
vam significativo impacto ambiental.
Antonio Inagê, citado por Philippi et. al (2014), define a Avalia-
ção de Impacto Ambiental como sendo:

24
“Conjunto de métodos e procedimentos que, aplicados a um caso concreto,
permite avaliar as consequências ambientais de um determinado Plano, Pro-
grama, Política (ou até mesmo de empreendimentos pontuais), aproveitando
ao máximo suas consequências benéficas e diminuindo, também ao máximo
possível, seus efeitos deletérios do ponto de vista ambiental e social. [...] Os
métodos e procedimentos do AIA, portanto, nada mais são do que instru-
mentos colocados à disposição do empreendedor, público ou privado, para
o apoio de sua decisão sobre a execução ou não de um empreendimento,
assim como, no caso positivo, a melhor maneira de ele ser implementado.
(OLIVEIRA, 2005 apud PHILIPPI et al., 2014). 

O roteiro mínimo a ser seguido por aqueles que devem realizar


um Estudo de Impacto Ambiental (EIA), pode ser visto abaixo, de acor-
do com o art.6º da Resolução Conama n. 1/86, (PHILIPPI et al, 2014).
• Diagnóstico ambiental da área: meio físico, meio biótico, meio
socioeconômico
• Análise dos impactos e alternativas
• Medidas mitigatórias
• Programas de monitoramento e acompanhamento
Sendo considerado:
• Meio físico: o subsolo, as águas, o ar e o clima, destacando
os recursos minerais, a topografia, os tipos e aptidões do solo, os cor-
pos d’água, o regime hidrográfico, as correntes marinhas, as correntes
atmosféricas.
• Meio biótico: fauna, flora, destacando espécies indicadoras
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da qualidade ambiental, de valor científico e econômico, raras e amea-
çadas de extinção e as áreas de preservação permanente.
• Meio socioeconômico: uso e ocupação do solo, usos da água
e a sócio-economia, destacando os sítios e monumentos arqueológicos,
históricos e culturais da comunidade, as relações de dependência entre
a sociedade local, os recursos ambientais e a potencial utilização futura
desses recursos.
Fonte: PHILIPPI et al. 2014.

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O LICENCIAMENTO AMBIENTAL

É o processo administrativo complexo que tramita perante a


instância administrativa responsável pela gestão ambiental, seja no âm-
bito federal, estadual ou municipal, e que tem como objetivo assegurar
a qualidade de vida da população, por meio de um controle prévio e de
um continuado acompanhamento das atividades humanas capazes de
gerar impactos sobre o meio ambiente.

O que significa Licenciamento Ambiental?


É o procedimento no qual o poder público, representado por
órgãos ambientais, autoriza e acompanha a implantação e a operação
de atividades, que utilizam recursos naturais ou que sejam consideradas
efetiva ou potencialmente poluidoras. É obrigação do empreendedor,
prevista em lei, buscar o licenciamento ambiental junto ao órgão
competente, desde as etapas iniciais de seu planejamento e instalação,
até a sua efetiva operação.
Leia o Manual de Licenciamento Ambiental:
Disponível em: http://www.mma.gov.br/estruturas/sqa_pnla/_
arquivos/cart_sebrae.pdf

SISTEMA NACIONAL DO MEIO AMBIENTE - SISNAMA


PROTEÇÃO DO MEIO AMBIENTE - GRUPO PROMINAS

Na edição da Lei 6.938/81, foi criado o Sistema Nacional do


Meio Ambiente (SISNAMA). A finalidade deste órgão é o de estabelecer
padrões que viabilizem o desenvolvimento sustentável, a partir de me-
canismos próprios, visando uma amplitude e eficiência na proteção do
meio ambiente.

A atuação desse conselho se fará por uma articulação coordenada dos ór-
gãos e entidades, colhendo informações dos setores interessados, incluin-
do-se a opinião pública, para a formulação de uma posição comum ou de
maioria. O destino fim dos órgãos é de cumprir o princípio maior presente da
Constituição Federal e nas normas infraconstitucionais, nas diversas esferas
da Federação. (SIRVINSKAS ,2008).

26
Ao poder executivo, está designado apreciar o pedido de li-
cenciamento e exercer o controle das atividades que se utilizam dos
recursos naturais. Ao poder legislativo, cabe elaborar leis, fixar orça-
mentos para os órgãos ambientais e exercer o controle das atividades
do executivo.
Para o judiciário, cabe fazer a revisão dos atos administrativos
praticados pelo executivo e exercer o controle da constitucionalidade
das normas.
Ao ministério público, promover o inquérito civil e a ação civil
pública para a proteção do meio ambiente. (art.129, III, da Constituição
Federal). Os órgãos que compõem o SISNAMA, estão previstos na Lei
6.938/81, art. 6°:
a) Conselho de Governo (órgão superior);
b) CONAMA (órgão consultivo, deliberativo e normativo);
c) Ministério do Meio Ambiente-MMA (órgão central);
d) IBAMA (órgão executor);
e) Órgãos da Administração federal direta, indireta ou fundacio-
nal, encarregados de proteger o meio ambiente (órgãos setoriais);
f) Órgãos e entidades estaduais ambientais: SEMA, CONAMA,
CETESB, DEPRN, Polícia Militar Ambiental etc. (órgãos seccionais);
g) Órgãos que entidades municipais ambientais (órgãos locais).

PROTEÇÃO DO MEIO AMBIENTE - GRUPO PROMINAS

27
Mediante as organizações destacam-se as funções principais
competidas a cada órgão existente no SISNAMA:

Figura 6 - SISNAMA – Sistema Nacional do Meio Ambiente

Fonte: Brenny, 2010.


PROTEÇÃO DO MEIO AMBIENTE - GRUPO PROMINAS

As diretrizes que compõem o zoneamento, as taxas de licen-


ciamento, e a competência a fundo dos órgãos, além de toda explicação
dos instrumentos do SISNAMA se encontram no site: <http://www.pla-
nalto.gov.br/ccivil_03/Leis/L6938.htm>
E para complementar o estudo, o artigo: “Breve análise dos ins-
trumentos da Política de Gestão Ambiental Brasileira”, apresenta uma
introdução boa sobre os instrumentos presentes na Lei 6.938 de 1981.
ATENÇÃO: Estudante, atente-se aos objetivos e princípios da
Política Nacional do Meio Ambiente, bem como o SISNAMA, a servidão
ambiental e toda sua composição, estes são assuntos que caem com
frequência nos mais variados concursos brasileiros.
28
Bom pessoal, chegamos ao fim deste capítulo e, para reforçar
os seus estudos, deixarei algumas recomendações bibliográficas rele-
vantes:
PHILIPPI, Jr., ROMÉRO, M., BRUNA, G. Curso de Gestão
Ambiental 2ed. Atual. eampl. Barueri-SP: Manole, 2014 (Coleção am-
biental, v.13).

RUPPENTHAL, Janis. Gestão Ambiental. Santa Maria: Uni-


versidade Federal de Santa Maria, Colégio Técnico Industrial de Santa
Maria, Rede e-TEC, Brasil 2014. 128 p.

PROTEÇÃO DO MEIO AMBIENTE - GRUPO PROMINAS

29
QUESTÕES DE CONCURSOS
QUESTÃO 1
Ano: 2014 Banca: CEC Órgão: Prefeitura de Piraquara PR Prova:
Biólogo Nível: Médio.
Instrumento da Política Nacional do Meio Ambiente, de importância
para a gestão institucional de planos, programas e projetos, em
nível federal, estadual e municipal. O texto acima se refere ao que
está em qual alternativa?
a) Estudo de Impacto Ambiental
b) Avaliação do Impacto Ambiental
c) Relatório de Impacto Ambiental
d) Sistema de Gestão Ambiental
e) Resumo do Impacto Ambiental

QUESTÃO 2
Ano: 2016 Banca: ITAME Órgão: Prefeitura de Aragoiânia-GO Pro-
va: Biólogo Nível: Médio
“É o procedimento no qual o poder público, representado por ór-
gãos ambientais, autoriza e acompanha a implantação e a opera-
ção de atividades, que utilizam recursos naturais ou que sejam
consideradas efetiva ou potencialmente poluidoras”.
Esta definição corresponde a:
a) Licenciamento Ambiental
b) Zoneamento Ambiental
c) Política Nacional da Biodiversidade
d) Educação Ambiental
PROTEÇÃO DO MEIO AMBIENTE - GRUPO PROMINAS

QUESTÃO 3
Ano: 2006. Banca: Universidade de Pernambuco (UPE/UPENET/
IAUPE), Órgão: Prefeitura de Paulista - PE, Prova: Professor- Área
Geografia, Nível: Superior
Sobre a questão da degradação/preservação ambiental e os movi-
mentos sociais, é correto afirmar:
a) As grandes manifestações sociais relativas à preocupação com o
meio ambiente ocorreram após os conflitos da Primeira Guerra Mun-
dial, quando foram criadas as bases para o nascimento dos movimentos
ecológicos e de responsabilidade social das empresas.
b) Muitas manifestações sociais marcaram os anos de 1950 e 1960,
constituindo-se como marco principal os movimentos hippies, e a rea-
lização da primeira Conferência Mundial de Desenvolvimento e Meio
Ambiente
30
c) A contínua destruição e degradação do patrimônio ambiental do pla-
neta tornou necessária a realização da Conferência Eco- 92 no Rio de
Janeiro, promovida pela OEA - Organização dos Estados Americanos,
que resultou nas propostas “metas do Milênio”.
d) O objetivo dos movimentos sociais, como de algumas ONGs, é a
promoção de um desenvolvimento sustentável ou ecodesenvolvimento,
meta comum dos países, empresas e governo, da Conferência de Esto-
colmo, a partir da agenda 21.
e) Das Conferências Mundiais realizadas sobre meio ambiente resulta-
ram documentos e programas sobre a questão ambiental, como o PNU-
MA (Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente), o protocolo
de Kyoto, a Carta da Terra, a Agenda 21, as Metas do Milênio, etc.

QUESTÃO 4
Ano: 2019. Banca: CESPE, Órgão: TJ-BA, Prova: Juiz Estadual, Ní-
vel: Superior
De acordo com a jurisprudência do STF, o conceito de meio am-
biente inclui as noções de meio ambiente:
a) artificial, histórico, natural e do trabalho
b) cultural, artificial, natural e do trabalho
c) natural, histórico e biológico
d) natural, histórico, artificial e do trabalho
e) cultural, natural e biológico

QUESTÃO 5
Ano: 2017. Banca: CESPE, Prova: Belo Horizonte Procurador Mu-
nicipal, Nível: Superior
A respeito do direito ambiental, assinale a opção correta de acordo
PROTEÇÃO DO MEIO AMBIENTE - GRUPO PROMINAS
com o disposto na CF.
a) A proteção jurídica fundamental do meio ambiente ecologicamente
equilibrado é estritamente antropocêntrica, uma vez que se considera o
bem ambiental um bem de uso comum do povo.
b) Além de princípios e direitos, a CF prevê ao poder público e à coleti-
vidade deveres relacionados à preservação do meio ambiente.
c) Será inválida a criação de espaços territoriais ambientalmente prote-
gidos por ato diverso da lei em sentido estrito.
d) O direito ao meio ambiente ecologicamente equilibrado consta ex-
pressamente na CF como direito fundamental, o que o caracteriza como
direito absoluto.

31
QUESTÃO DISSERTATIVA – DISSERTANDO A UNIDADE

“Um dos mais importantes movimentos sociais dos últimos anos, promo-
vendo significantes transformações no comportamento da sociedade e
na organização política e econômica, foi a chamada “revolução ambien-
tal”. Com raízes no final do século XIX, a questão ambiental emergiu
após a 2ª Guerra Mundial, promovendo importantes mudanças na visão
do mundo. Pela primeira vez a humanidade percebeu que os recursos
naturais são finitos e que seu uso incorreto pode representar o fim de
sua própria existência. Com o surgimento da consciência ambiental, a
ciência e a tecnologia passaram a ser questionadas” (Bernardes e Fer-
reira, 2003). Diante esta citação, discorra resumidamente sobre o tema,
pontuando a questão abaixo: a) As causas da degradação ambiental; b)
O papel do complexo econômico-científico.

TREINO INÉDITO

Marque a alternativa correta que complete o espaço:_______________


é “a atmosfera, as águas interiores, superficiais e subterrâneas, os es-
tuários, o mar territorial, o solo, o subsolo, os elementos da biosfera, a
fauna e a flora”. (Lei 6.938)
a) zoneamento
b) recursos naturais
c) meio ambiente
d) SISNAMA
e) Avaliação do Impacto Ambiental

NA MÍDIA
PROTEÇÃO DO MEIO AMBIENTE - GRUPO PROMINAS

Figura 7 – Desastre de Brumadinho - Militares israelenses buscam por vítimas


em Brumadinho (MG).

Fonte: UOL, 2019.

32
Mina de Brumadinho tem histórico de danos ambientais

Córrego do Feijão recebeu pelo menos cinco multas desde 1988 por
degradação ambiental, incluindo despejo de efluentes em recursos hí-
dricos e prejuízos à qualidade do ar, e pode ter prejudicado a saúde da
população. A mina Córrego do Feijão, de Brumadinho (MG), foi alvo de
pelo menos cinco multas ambientais desde 1988, de acordo com os re-
gistros do Siam (Sistema Integrado de Informação Ambiental de Minas
Gerais).
A notícia explora que a mina provocou degradação ambiental anterior-
mente, entre 2007 e 2009 na região, por despejos de efluentes que
prejudicaram a qualidade do ar. Em 2003, a mina já havia sido multada
pelo deslizamento de um talude na estrada que dá acesso à empresa
mineradora que pertence ao grupo Vale S/A desde 2001. As duas mul-
tas somaram R$ 120 mil.
O rompimento da barragem de 86 metros de altura e 720 metros de
comprimento liberou mais de 11 milhões de metros cúbicos de lama
e rejeitos de minério de ferro no rio Paraopeba e arrasou instalações
da mineradora e parte de uma comunidade da cidade. Centenas de
pessoas continuam desaparecidas entre os rejeitos, e 84 mortes foram
confirmadas até então.
Fonte: UOL
Data: 30 jan. 2019.
Leia a notícia na íntegra:
<https://noticias.uol.com.br/ultimas-noticias/deutschewelle/2019/01/30/
mina-de-brumadinho-tem-historico-de-danos-ambientais.htm>

PROTEÇÃO DO MEIO AMBIENTE - GRUPO PROMINAS


NA PRÁTICA

A Política Nacional do Meio Ambiente (PNMA) foi um ganho gigantesco


às questões ambientais brasileiras, em tese, todo o legislativo ambiental
brasileiro é composto por medidas preventivas e protetivas, de portes
confiáveis e precisos. No que tange à ação na prática, é uma dificuldade
que precisa ser contornada, não há aplicabilidade das leis em sua tota-
lidade, isso se dá por vários motivos, entre eles: a falta de fiscalização,
monitoramento e penalizações, aceleram os processos de degradação
ambiental. No dia a dia, o conhecimento de tais normas e conceitos,
auxiliam na aplicabilidade de medidas simples e impactantes no mer-
cado de trabalho. O profissional deve, contudo, buscar ao máximo a
valorização deste no espaço de trabalho, visto que, as questões am-
bientais influenciam diretamente na manutenção da vida humana, seja
33
ela, biológica, psíquica ou econômica. As discussões sobre tais fatos
tornam-se valiosas quando, através de ensino, pesquisa e extensão,
abre-se um diálogo sobre o que se tem em mãos, seus pontos positivos
e negativos, e o trabalho incessante na busca por melhorias e potencia-
lização destas ferramentas.

PARA SABER MAIS

Filme sobre o assunto: O sal da Terra


Disponível em: <https://youtu.be/dT7wv2HSkYE>.
PROTEÇÃO DO MEIO AMBIENTE - GRUPO PROMINAS

34
POLUIÇÃO &
CONTROLE AMBIENTAL

POLUIÇÃO

PROTEÇÃO DO MEIO AMBIENTE - GRUPO PROMINAS


PROTEÇÃO DO MEIO AMBIENTE - GRUPO PROMINAS
Como vimos ao longo do capítulo, a concepção, definição e
estruturação de meio ambiente e ecologia, passaram por várias (re)mo-
dificações através dos séculos, e o que os tornaram evidentes e pautas
de grandes estudos. A causa disso foi exatamente a sua escassez. E
porque isso aconteceu? Com os rápidos avanços da sociedade, obser-
vamos o crescente aumento pelos bens de consumo, enquanto que os
bens de reposição dos recursos naturais têm se tornado cada vez mais
escassos, isso advém um problema grande desencadeado por muitos
fatores, dentre eles, a poluição.
A poluição no meio do trabalho é tão grande, que o boletim epi-
demiológico do Ministério da Saúde (2016), revelou um número grande
de intoxicações exógenas (causadas por agentes químicos, como po-
luentes no ar, compostos orgânicos voláteis, solventes, gases e líqui-
dos inflamáveis, explosivos, tóxicos), este levantamento revelou que no
35
território brasileiro acontece cerca de  4,8 milhões de casos a cada ano
e, aproximadamente, 0,1 a 0,4% das intoxicações resultam em óbito.
(Zambolim; Oliveira,2008) Este número grandioso, ainda não revela os
casos que acometem a população em geral e o meio ambiente, fato este
que amplia ainda mais os casos ocultos de poluição por intoxicações.

O entendimento sobre a poluição e seus modos de acometi-


mento, designam uma atenção específica à importância de se pensar
em modos saudáveis de trabalho, produção e consumo. A partir desta
breve introdução, responda: O que é poluição para você?

Segundo Braga, poluição “é uma alteração indesejável nas ca-


racterísticas do meio ambiente que pode levar direta ou indiretamente a
danos à saúde, à sobrevivência ou às atividades dos seres humanos e
a outras espécies ou ainda deteriorar materiais” (BRAGA et al., 2005).
A Lei 6.938 de 1981, que regulamenta a Política Nacional do
Meio Ambiente, aborda poluição como poluição, a degradação da qua-
lidade ambiental resultante de atividades que direta ou indiretamente:
prejudiquem a saúde, a segurança e o bem-estar da população; criem
condições adversas às atividades sociais e econômicas; afetem des-
favoravelmente a biota; afetem as condições estéticas ou sanitárias
do meio ambiente; lancem matérias ou energia em desacordo com os
padrões ambientais estabelecidos. O poluidor, apresenta-se como “po-
PROTEÇÃO DO MEIO AMBIENTE - GRUPO PROMINAS

luidor, a pessoa física ou jurídica, de direito público ou privado, respon-


sável, direta ou indiretamente, por atividade causadora de degradação
ambiental”.
A degradação da qualidade ambiental também reitera este ar-
tigo no PNMA, expondo que a mesma se caracteriza como “a alteração
adversa das características do meio ambiente”.
Poluente segundo a lei 6.938/81,ӎ toda e qualquer forma de
matéria ou energia liberada no meio ambiente em desacordo com
as normas ambientais existentes, colocando em risco a saúde, a se-
gurança ou o bem-estar comum”.

36
TIPOS DE POLUIÇÃO

A poluição possui diversas espécies, e se divide em linhas


grandes e amplas como: a poluição atmosférica; a poluição hídrica; a
poluição do solo; a poluição da fauna e flora; a poluição da biodiversi-
dade; a poluição do patrimônio genético; a poluição de zonas costeiras,
entre outros. No decorrer do capítulo, iremos discorrer sobre as (polui-
ções atmosféricas e hídricas), adiante, deixaremos endereços e dicas
de leituras que irão trazer mais detalhes para cada processo e para
cada tipo de poluição.

Poluição atmosférica
Atmosfera é a camada de ar que envolve a terra, nela há uma
composição de aproximadamente 20% de oxigênio, 79% de nitrogênio
e 1% de quantidades variáveis de vapor de água, dióxido de carbono
entre outros gases nobres. A principal função desta é proteger a terra
da radiação ultravioleta, funcionando basicamente como uma (peneira),
onde filtra os raios mais fortes, evitando o superaquecimento da terra,
consequentemente, evitando a morte na vida terrestre.
A poluição atmosférica pode ser entendida como a modificação
da sua constituição, exposta acima, estas mudanças provocam “bura-
cos na camada de ozônio”, facilitando a entrada de uma quantidade
excessiva de raios ultravioletas advindos do sol, isso pode e coloca em
risco a saúde, a segurança e o bem-estar social. Há diversas fontes que
podem ocasionar a sua modificação, entre elas listamos:
a) pelas indústrias (fontes estacionárias);
b) pelos transportes (fontes móveis);
PROTEÇÃO DO MEIO AMBIENTE - GRUPO PROMINAS
c) pelas queimadas (agropastoris e queima da palha da cana
de açúcar);
d) pelas usinas nucleares (advindo dos seus rejeitos e aciden-
tes), pelas termelétricas (movidas a combustíveis fósseis, como óleo,
carvão e ou gás natural) e por ondas eletromagnéticas (radiação por
radiofrequência).

Podemos classificar os poluentes em duas categorias: primá-


rios e secundários:
• Os poluentes primários são aqueles originados diretamente
das fontes de emissão. Eles são o resultado de processos industriais,
gases de exaustão de motores de combustão interna, entre outros. Po-
demos citar como exemplos os óxidos sulfurosos, óxidos nitrosos e ma-
teriais particulados (RUPPENTHAL ,2014).
37
• Os poluentes secundários são aqueles formados na atmosfe-
ra através da reação química entre poluentes primários e constituintes
naturais da atmosfera. Por exemplo, formação de ozônio, ácido sulfúri-
co, ácido nítrico. (RUPPENTHAL ,2014).

Figura 7 - Principais poluentes atmosféricos

Fonte: Ruppenthal, 2014.

A medição da qualidade do ar é realizada para um número


restrito de poluentes que são definidos devido a sua importância, assim
como pelos recursos disponíveis para seu acompanhamento. Esses
poluentes medidos são utilizados como indicadores de qualidade do ar
e usados globalmente. Eles foram escolhidos por causa da frequência
PROTEÇÃO DO MEIO AMBIENTE - GRUPO PROMINAS

de ocorrência e dos efeitos adversos resultantes e são: material


particulado, óxidos de nitrogênio, dióxidos de enxofre, monóxidos de
carbono, oxidantes fotoquímicos e compostos orgânicos voláteis.  (RU-
PPENTHAL,2014).

Material particulado
Partículas de material sólido ou líquido suspensas no ar, na
forma de poeira, neblina, aerossol, fuligem, entre outros.   O tamanho
destas partículas está associado à sua grandeza quanto aos problemas
de saúde, quanto menor for a partícula, mais grave será os danos, pois,
elas possuem a capacidade de se fixarem nas paredes do trato respira-
tório mais facilmente.
O material particulado pode ser dividido em: Partículas Totais
38
em Suspensão (PTS), Partículas Inaláveis (MP10), Partículas Inaláveis
Finas (MP2,5) e Fumaça (FMC).
• Partículas inaláveis (MP10), são partículas de material sólido
ou líquido suspensas no ar, na forma de poeira, neblina, aerossol, fuli-
gem, entre outros, com diâmetro aerodinâmico equivalente de corte de
10 micrômetros.
• Partículas Inaláveis Finais (MP 2,5), são partículas de mate-
rial sólido ou líquido suspensas no ar, na forma de poeira, neblina, ae-
rossol, fuligem, entre outros, com diâmetro aerodinâmico equivalente de
corte de 2,5 micrômetros, devido ao seu pequeno tamanho apresentam
potencial para penetrar mais profundamente no sistema respiratório,
podendo atingir os alvéolos pulmonares.
• Partículas Totais em Suspensão - PTS, são partículas de ma-
terial sólido ou líquido suspensas no ar, na forma de poeira, neblina,
aerossol, fuligem, entre outros, com diâmetro aerodinâmico equivalente
de corte de 50 micrômetros;
• Fumaça (FMC), resulta da combustão incompleta de combus-
tíveis orgânicos e está associada ao material particulado suspenso na
atmosfera proveniente desses processos. O método de determinação
da fumaça é baseado na medida de refletância da luz que incide na
poeira (coletada em um filtro), o que confere a este parâmetro a carac-
terística de estar diretamente relacionado ao teor de fuligem na atmos-
fera. (RUPPENTHAL, 2014).
  
Como definido acima, poluente é toda e qualquer forma de ma-
téria ou energia liberada no meio ambiente que possa causar danos à
saúde, a segurança e ao bem estar comum. Entre os poluentes que
podem contaminar o ar, temos o dióxido de carbono (CO2), que perma-
PROTEÇÃO DO MEIO AMBIENTE - GRUPO PROMINAS
nece no ar por até 200 anos, o óxido nitroso (N2O, que tem um tempo
de 114 anos de permanência, o metano (CH4), liberado principalmente
pelo gado, que pode permanecer por 12 anos e o tetracloridro de carbo-
no (CCI4), que tem um tempo de 85 anos presente no ar.
Dentre os compostos nitrogenados, incluem-se N2O, NO NO2,
NH3, sais de NO3–, NO2–, NH4, que são resultantes, em pequena par-
te, de processos industriais.  Na maioria dos casos, estes são oriundos
da combustão da gasolina e diesel em transporte e queima estacionário
de combustíveis.
Esses compostos são precursores do ozônio troposférico e,
também, participam no processo de formação da chuva ácida. Também
são imunotóxicos, agindo no trato respiratório e causando fibrose e en-
fisema. Também causam necrose em plantas e agem retardando seu
crescimento. (RUPPENTHAL, 2014)
39
Os componentes sulfurosos: o enxofre encontra-se nas seguin-
tes formas: COS (carbonil sulfeto), CS2 (sulfeto de carbono), (CH3)2S
(dimetil sulfeto), H2S (sulfeto de hidrogênio), SO2 (dióxido de enxofre),
SO4 –2 (sulfatos). São gases incolores de odor pungente. As fontes na-
turais destes compostos do enxofre estão ligadas a degradação biológi-
ca, evaporação das águas oceânicas.
        Os solos ricos em enxofre constituem também, uma fonte
natural de H2S. As fontes antrópicas são: combustão de madeiras, óleo
diesel, petróleo bruto. O SO2 é um gás incolor com um odor irritante e
azedo. Esse gás é altamente solúvel em água, sendo essa propriedade
a base dos sistemas de separação úmida do SO2 e da formação de
ácido sulfúrico no contato com a água ou vapor d’água (RUPPENTHAL
,2014).
Ozônio e oxidantes fotoquímicos:O ozônio é um gás incolor e
inodoro, normalmente encontrado na estratosfera onde age como um
filtro para a radiação ultravioleta nociva do sol. Porém, quando é en-
contrado na troposfera, passa a ser um importante poluente por ser o
principal componente da névoa fotoquímica. Esse gás é formado pela
reação fotoquímica do óxido nitroso e compostos orgânicos voláteis na
presença da radiação ultravioleta do sol. Trata-se de um oxidante fi-
totóxico (causa danos para as plantas) e citotóxico (causa danos nas
células animais, inclusive o homem). (RUPPENTHAL, 2014)
       Com o aumento da emissão de partículas poluidoras na
atmosfera, têm-se os eventuais acontecimentos, que versam desta falta
de equilíbrio entre a emissão da poluição, alguns exemplos a serem
citados são: a diminuição da camada de ozônio, a chuva ácida, o efeito
estufa e o smog.
PROTEÇÃO DO MEIO AMBIENTE - GRUPO PROMINAS

Diminuição da camada de ozônio


Ozônio é um gás naturalmente presente na atmosfera. Cada
molécula contém três átomos de oxigênio e é quimicamente designado
por O3. (INPE/DGE, 2014)

40
Figura 8 - Formação do Ozônio

Fonte: INPE/DGE.
        
O ozônio pode ser encontrado em duas regiões da atmosfe-
ra: cerca 10% do ozônio atmosférico encontra-se na troposfera, região
mais próxima da superfície da terra (entre 10 e 16 quilômetros) e os res-
tantes 90% encontram-se na estratosfera, a uma distância entre 10 e 50
quilômetros. A sua maior concentração está presente na estratosfera,
apelidada, “camada de ozônio”. (INPE/DGE, 2014)

Figura 9 - Formação do Ozônio

PROTEÇÃO DO MEIO AMBIENTE - GRUPO PROMINAS

Fonte: INPE/DGE.

41
A etapa inicial do processo de destruição do ozônio estratos-
férico pelas atividades humanas se dá por meio da emissão de gases
contendo cloro e bromo. Por não serem reativos e por não serem rapi-
damente removidos pela chuva, nem pela neve, esses gases, em sua
maioria ficam acumulados na baixa atmosfera. Quando sobem à estra-
tosfera sofrem ação da radiação ultravioleta – radiação UV liberando
radicais livres que reagem com a molécula de ozônio, formando uma
molécula de oxigênio, O2 e uma molécula de óxido de cloro, ClO, pro-
vocando a destruição do O3.
O ClO tem vida curta e rapidamente reage com um átomo do
oxigênio livre, liberando o radical livre que volta a destruir outra molé-
cula de O3. Um único radical livre de cloro é capaz de destruir 100 mil
moléculas de ozônio, o que provoca a diminuição da camada de ozônio
e prejudica a filtração da radiação UV (INPE/DGE,2014).

Figura 10 - Destruição camada de ozônio.


PROTEÇÃO DO MEIO AMBIENTE - GRUPO PROMINAS

Fonte: Ambiente. Acesso em 2019.

Chuva ácida
A chuva ácida é resultado da reação do dióxido de enxofre
(SO ) e os óxidos de nitrogênio (NO, NO2, N2O5), gases esse que são
2

emitidos na atmosfera e transportados pelas correntes de ar. O SO e o2

NO reagem com água, oxigênio e outros produtos químicos para formar


ácidos sulfúrico e nítrico.  
Os processos que podem corroborar para a chuva ácida estão
42
associados aos vulcões, mas em grande parte, as maiores fontes são:
• A queima de combustíveis fósseis;
• Veículos e equipamentos;
• Fabricação, refinarias de petróleos e outras indústrias.

O ph natural da chuva, geralmente está em 06, na chuva ácida,


este valor varia de 2 a 5. Os efeitos que a chuva ácida pode fazer ao
meio ambiente pode ser a alteração do pH de lagos e prejudicando o
ecossistema presente ali, como a fauna, a flora, tornando o solo mais
ácido e com isso improdutivo. Esta também pode influenciar na corro-
são de estruturas, muros, grades, entre outros.

Figura 11- Formação Chuva Ácida.

PROTEÇÃO DO MEIO AMBIENTE - GRUPO PROMINAS

Fonte: Coelho, 2013.

Efeito estufa
O efeito estufa é responsável pela manutenção da vida na ter-
ra. Este fenômeno natural acontece devido à absorção pelos oceanos
e pela superfície terrestre da energia solar que chega ao planeta, re-
sultando em um aquecimento, em que uma parte deste calor, irradiada
ao espaço, é bloqueada pelos gases do efeito estufa. Sem a existência
deste fenômeno a temperatura média na Terra seria mais baixa (-18°C).
Essa troca de energia que ocorre entre a superfície e a atmosfera e faz
com que a temperatura global chegue a 14°C. As emissões antrópicas
43
de gases poluidores podem contribuir para a mudança do funcionamen-
to deste fenômeno e colaborar para mudanças climáticas grandes. Al-
guns gases que podem interferir neste processo são: O dióxido de car-
bono (CO ), gás metano (CH ), óxido nitroso (N O), hidrofluorcarbonos
2 4 2

(HFCs), entre outros.

Smog
O Smog pode ser conhecido como os efeitos secundários de
poluentes formados por processos fotoquímicos, que são resultantes de
emissões de NO e Hidrocarbonetos reativos de automóveis.

FORMAS DE CONTROLE DE EMISSÃO DE GASES

As formas de controles de emissões de gases poluentes, com-


postos de gases ácidos (SOx), compostos orgânicos voláteis, NOx, HF
e CO, evolvem técnicas fisico-químicas variadas. Existem algumas va-
riedades de tecnologias que atuam no controle das emissões de gases,
que se subdividem em dois grupos:  tecnologias integradas e tecnolo-
gias de final de linha.

Tecnologias integradas
Com a evolução da tecnologia e a partir de um melhor entendi-
mento dos mecanismos de formação das emissões é possível retardar
a formação das emissões in situ, através da oxidação e outras reações
químicas.Vários processos de combustão podem ser empregados ob-
jetivando o controle integrado, incluindo a substituição ou reformulação
PROTEÇÃO DO MEIO AMBIENTE - GRUPO PROMINAS

dos compostos utilizados, temperaturas de reação mais baixas, utiliza-


ção de catalisadores que interferem na formação de poluentes e ainda
recuperação e reuso de solventes (RUPPENTHAL, 2014).

Tecnologias de final de linha


Tecnologias de final de linha, como o próprio nome diz, são
tecnologias de controle das emissões no final do processo, sendo geral-
mente, muito simples em termos de princípios físicos e/ou químicos. Os
processos desenvolvidos para o controle das emissões variam, desde
um simples lavador de um estágio, até sistemas complexos de múltiplos
estágios com opção de reciclagem dos gases.
Os fatores que devem ser considerados na seleção de equipa-
mentos são: eficiência, padrões de emissão, consumo de energia, custo
44
do investimento, custos de operação e manutenção, natureza física e
química dos particulados e sua periculosidade.

TECNOLOGIAS DE CONTROLE DE POLUIÇÃO DO AR

Existem diferentes equipamentos empregados no controle de


particulados para purificação do ar. Os mais utilizados são separadores
mecânicos (câmaras de sedimentação e ciclones), os filtros de manga,
os precipitadores eletrostáticos e os lavadores de gases.
As câmaras de sedimentação são simplesmente seções de
dutos onde a velocidade do gás é diminuída, permitindo a sedimentação
das partículas pela ação da gravidade. (RUPPENTHAL ,2014).

Ciclones
São coletores centrífugos, nos quais os gases são injetados de
modo a sofrer ação da força centrífuga obtida pela rotação de um cilin-
dro gigante. As partículas (mais densas) caem para a parte inferior do
cilindro, em função da gravidade, e são coletadas. Os gases por serem
menos densos ascendem e saem pela parte superior (MOURA, 2011).

PROTEÇÃO DO MEIO AMBIENTE - GRUPO PROMINAS

45
Figura 12 – Ciclones
PROTEÇÃO DO MEIO AMBIENTE - GRUPO PROMINAS

Fonte: UFES. Acesso em Setembro de 2020.

Lavadores de Gases
Caracterizados por possuírem um tubo de entrada do gás com
uma contração (ponto em que a velocidade aumenta e a pressão se
reduz, pulverizando as partículas do líquido). O fluxo gasoso é utilizado
para quebrar as partículas do líquido de lavagem (geralmente água). As
partículas caem para a parte inferior do lavador e são coletadas para
46
tratamento, enquanto os gases limpos saem pela parte superior (MOU-
RA, 2011).

Figura 13 – Lavadores de gases

Fonte: Ruppenthal, 2014.

Filtros de tecido ou de mangas


Esse processo é utilizado na remoção de particulados de ga-
ses secos, característica das indústrias siderúrgicas de cerâmicas, e
outros. Assemelha-se a um aspirador de pó, no qual os gases são indu-
zidos a passar por um tecido, ficando retidas as partículas e formando
uma camada de filtro (que posteriormente é removida por agitação ou
refluxo), liberando os gases limpos. (RUPPENTHAL, 2014).

PROTEÇÃO DO MEIO AMBIENTE - GRUPO PROMINAS

47
Figura 14 – Filtro de tecido ou de mangas
PROTEÇÃO DO MEIO AMBIENTE - GRUPO PROMINAS

Fonte: Ruppenthal, 2014.

Precipitadores Eletrostáticos
Neste equipamento, bem comum em indústrias de cimento e
siderúrgicas, as partículas dos gases recebem carga elétrica, ficando
portanto com cargas elétricas negativas, e quando os gases passam
através de placas mantidas em um potencial positivo, as partículas são
retidas nessa placa (por atração) e são removidas periodicamente atra-
vés do batimento da placa com um “martelo” ( as partículas caem para
um recipiente de coleta). (MOURA, 2011).
48
POLUIÇÃO HÍDRICA

A água se configura no elemento mais presente da terra, 97,5%


do globo terrestre  é coberto por água salgada, enquanto de 2,5 % é
água doce proveniente de nascentes e geleiras, sendo no Brasil o clima
tropical, a vegetação nos coloca em posição de vantagem, com abun-
dância de água doce em nosso território. Mesmo com estes dados, a
água está entre um dos elementos mais poluídos do mundo. A pesquisa
da Agência Nacional de Água (ANA), em seus estudos, constatou que
em sete estados, num total de 96 rios, córregos, cachoeiras e nascen-
tes, 40% destes são ruins, ou seja, são impróprias para o consumo.
A água é constituída por moléculas de hidrogênio e oxigênio
(H2O), portanto, a sua poluição é considerada uma degradação da qua-
lidade deste meio, sendo resultado da ação direta ou indireta com o
despejo de matérias ou energias (sólido, líquido, gasosa) nas fontes.
A água se apresenta de várias formas, elas podem estar no estado ga-
soso, líquido ou sólido, estando presente no subsolo, na superfície ter-
restre e na atmosfera, distribuindo-se tanto no subsolo, na superfície
da Terra, bem como na atmosfera. Pela sua variabilidade de estados e
locais presentes, a água é um elemento que está em constante circula-
ção, passando de um estado para o outro, sem perder sua massa.

O ciclo hidrológico, nos mostra como ocorre esta troca de estados, manten-
do-se estáveis sua composição, seguindo a ordem de evaporação, transpi-
ração, precipitação, escoamento superficial, infiltração e escoamento sub-
terrâneo.  O ciclo se inicia com a evaporação, a água evapora a partir dos
oceanos e corpos d’água, formando as nuvens, que, em condições favorá-
veis, dão origem à precipitação, seja na forma de chuva, neve ou granizo.
Após este acontece a precipitação, ao atingir o solo, pode escoar superfi-
PROTEÇÃO DO MEIO AMBIENTE - GRUPO PROMINAS
cialmente até atingir os corpos d’água ou infiltrar até atingir o lençol freático.
Além disso, a água, interceptada pela vegetação e outros seres vivos, retor-
na ao estado gasoso através da transpiração. A água retorna ao mar através
do escoamento superficial pelos rios, do escoamento subterrâneo pela des-
carga dos aquíferos na interface água doce/água salgada e, também, através
da própria precipitação sobre a área dos oceanos. (Manual de Controle da
Qualidade da Água para Técnicos que Trabalham em ETAS, 2014).

49
Figura 15 - Ciclo Hidrológico

Fonte: Ruppenthal, 2014.

Portanto, percebe-se que os recursos hídricos abrangem as


PROTEÇÃO DO MEIO AMBIENTE - GRUPO PROMINAS

águas superficiais, as águas subterrâneas, os estuários e o mar territo-


rial. Segundo a resolução 396/2008 do CONAMA, águas subterrâneas
são águas que ocorrem naturalmente ou artificialmente no subsolo.
A Agência Nacional de Águas (ANA) classifica as águas super-
ficiais como aquelas que não penetram no solo, acumulam-se na super-
fície, escoam e dão origem a rios, riachos, lagoas e córregos. Por esta
razão, elas são consideradas uma das principais fontes de abasteci-
mento de água potável do planeta.  Para Pritchard (1967) como corpos
d’água costeiros, semiconfinados, onde ocorre a mistura de água doce,
proveniente do continente, com água salgada do oceano.
A Convenção das Nações Unidas, que versa no Direito do Mar,
considera Mar territorial como uma faixa marítima de largura igual a
doze milhas marítimas, medidas a partir de uma linha de base, sendo

50
linhas de base definida como a linha de baixa-mar (linha da maré mais
baixa) ao largo da costa.
A problemática do uso da água, versa sobre o seu consumo,
sabemos que a água é necessária para o consumo humano e animal,
para a geração de produtos e materiais, que geram economia. O uso
sem racionalização e indiscriminado pela sociedade civil, desencadeia
fatores como a escassez deste bem natural, no Brasil e no mundo.  
Para se ter uma ideia, no Brasil 62% da água é utilizado na
agricultura, enquanto 20% no abastecimento de casas e 18% nas in-
dústrias. Ou seja, a distribuição maior se encontra nos meios e modos
de produção. Além do uso inadequado, bem como sua distribuição de-
turpada, temos a poluição de nossos afluentes, sendo mais uma for-
ma de contaminação, não somente das águas superficiais, mas como
vimos, das águas subterrâneas. E porque esta preocupação? As águas
subterrâneas compõem o equivalente a 96% da água no mundo, como
exemplifica o esquema abaixo:

Figura 16 - Porcentagem água subterrânea

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Fonte: Possas, 2011.
           
As estratégias que compõem a luta no território brasileiro, para
manutenção e qualidade da água, estão previstas na Lei n° 9433, de 8
de janeiro de 1997, conhecida como lei das águas, instituindo a Política
Nacional de Recursos Hídricos.  São objetivos desta política, conforme
seu art. 2º:

I - Assegurar à atual e às futuras gerações a necessária disponibilidade de


água, em padrões de qualidade adequados aos respectivos usos;
II - A utilização racional e integrada dos recursos hídricos, incluindo o trans-
porte aquaviário, com vistas ao desenvolvimento sustentável;
III - a prevenção e a defesa contra eventos hidrológicos críticos de origem
natural ou decorrentes do uso inadequado dos recursos naturais.

51
IV - Incentivar e promover a captação, a preservação e o aproveitamento de
águas pluviais.

No art 5° segue os instrumentos utilizados:

I - Os Planos de Recursos Hídricos;


II - O enquadramento dos corpos de água em classes, segundo os usos
preponderantes da água;
III - A outorga dos direitos de uso de recursos hídricos;
IV - A cobrança pelo uso de recursos hídricos;
V - A compensação a municípios;
VI - O Sistema de Informações sobre Recursos Hídricos.

O Sistema Nacional de Gerenciamento de Recursos Hídricos


é uma forma de descentralizar o poder e as estratégias de avaliação,
análise e monitoramento dos recursos hídricos brasileiros. Este sistema
perante a Lei 9433/1997, tem como objetivos:

I - Coordenar a gestão integrada das águas;


II - Arbitrar administrativamente os conflitos relacionados com os recursos
hídricos;
III - Implementar a Política Nacional de Recursos Hídricos;
IV - Planejar, regular e controlar o uso, a preservação e a recuperação dos
recursos hídricos;
V - Promover a cobrança pelo uso de recursos hídricos.

Compõe este sistema, como previsto no art. 33:

I – O Conselho Nacional de Recursos Hídricos;


I- A Agência Nacional de Águas;  
II – Os Conselhos de Recursos Hídricos dos Estados e do Distrito Federal;
PROTEÇÃO DO MEIO AMBIENTE - GRUPO PROMINAS

III – Os Comitês de Bacia Hidrográfica;  


IV – Os órgãos dos poderes públicos federal, estaduais, do Distrito Federal
e municipais cujas competências se relacionem com a gestão de recursos
hídricos;
V – As Agências de Água.

Classificação da poluição hídrica


Para classificação da poluição hídrica temos as seguintes al-
ternativas:
• Poluição sedimentar: esta é resultado da acumulação de par-
tículas em suspensão, tais como partículas de solo e de produtos quími-
cos orgânicos ou inorgânicos insolúveis. Exemplos a serem citados são:
os sedimentos contaminados com agrotóxicos.
• Poluição química: A poluição química é ocasionada por pro-
52
dutos químicos que possam afetar a fauna e a flora aquática, e pode ser
dividida em dois segmentos: Biodegradáveis – este que são decompos-
tos por bactérias, como exemplo os detergentes, os inseticidas, fertili-
zantes, entre outros. E os persistentes, estes poluentes que se mantêm
ao longo do tempo no meio ambiente e nos organismos, causando a
contaminação de alimentos. Exemplo deste pode ser o mercúrio.
• Poluição térmica: Esta é relacionada aos despejos em rios
de processos de refrigerações de refinarias e indústrias, estes causam
aumento da temperatura da água e compromete a vida dos organismos
vivos presentes naquele espaço.
• Poluição biológica: Esta se dá pela infecção por organismos
patogênicos, sendo bactérias, vírus, protozoários entre outros que es-
tão presentes no esgoto.

Eutrofização
Este processo, a eutrofização, é um fenômeno que se dá pela
proliferação excessiva das plantas aquáticas, estas causam interferên-
cia do copo d’água. Tal crescimento geralmente é iniciado ou estimula-
do por um volume grande de Nitrogênio e Potássio, que advêm de deje-
tos como adubos, fertilizantes, detergentes e esgotos.  A camada criada
por este excesso de plantas aquáticas forma uma “proteção” contra a
luz solar na água, o que impede o processo de fotossíntese nas partes
mais profundas, ocasionalmente, interfere no abastecimento de oxigê-
nio para as formas de vida existentes nesta porção hídrica.

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53
Figura 17 - Eutrofização

Fonte: Fonseca, 2016.

TIPOS DE PROCESSOS DE TRATAMENTO

O processo de tratamento dos efluentes, consiste na remoção


de poluentes, sendo cada método, dependente das condições físicas,
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químicas e biológicas, alinhada a cada caso.

Conceito de efluentes: Efluentes são rejeitos resultantes de


processos produtivos ou mesmo do consumo humano.
Saiba mais:https://www.infoescola.com/ecologia/efluentes/

54
Processos Físicos
São assim definidos devido aos fenômenos físicos que ocor-
rem na remoção ou transformação de poluentes das águas residuárias.
Tais processos são utilizados para separar sólidos em suspensão nas
águas residuárias. Também são empregados par equalizar e homoge-
neizar um efluente. Estão inclusos: (PHILIPPI et al., 2014).
• Remoção de sólidos grosseiros
• Remoção de sólidos sedimentáveis
• Remoção de sólidos flutuantes
• Remoção da umidade de lodo
• Homogeneização e equalização de efluentes
• Diluição de águas residuárias

Os processos físicos utilizados às finalidades listadas acima


envolvem dispositivos ou unidades de tratamento, tais como:
• Grades
• Peneiras estáticas, vibratórias ou rotativas
• Caixas de areia
• Tanques de retenção de materiais flutuantes
• Decantadores
• Leitos de secagem de logo
• Filtros prensa e a vácuo
• Centrífugas
• Adsorção em carvão ativado

As grades e peneiras são utilizadas geralmente na remoção de


sólidos grosseiros; as caixas de areia visam a remoção de partículas de
areia; os tanques de retenção de materiais flutuantes são, muitas vezes,
utilizado para remoção de gorduras, óleos e graxas e outras substân- PROTEÇÃO DO MEIO AMBIENTE - GRUPO PROMINAS

cias com densidade menor que a da água; os decantadores objetivam


remover sólidos sedimentáveis em suspensão na água residuária; os
leitos de secagem de lodos e as centrífugas são unidades de desidra-
tação parcial, ao ar livre ou cobertas utilizadas para pequenos volumes;
a adsorção em carvão ativado é destinada para remoção de sólidos
orgânicos ou inorgânicos dissolvidos nas águas residuárias. (PHILIPPI
et al., 2014).

Processos químicos
Neste processo faz-se necessária a utilização de produtos
químicos para melhorar a eficiência de remoção de um elemento ou
substância. O emprego dos processos químicos pode se dar de forma
55
conjugada aos processos físicos e biológicos. Os principais são:
• Coagulação-floculação
• Precipitação química
• Oxidação
• Cloração
• Neutralização ou correção do pH

Esses processos são muito utilizados para remoção de sólidos


em suspensão coloidal ou mesmo dissolvidos, substâncias que causam
cor e turbidez, odoríferas, metais pesados e óleos emulsionados. (PHI-
LIPPI et al., 2014).

Processos Biológicos
São considerados processos biológicos aqueles que depen-
dem da ação de microrganismos aeróbios ou anaeróbios. O processo
biológico reproduz os fenômenos que ocorrem na natureza, porém de
forma acelerada. Os principais processos são: (PHILIPPI et al., 2014).
• Lodos ativados e suas variações
• Filtro biológico anaeróbio ou aeróbio
• Lagoas aeradas
• Lagoas de estabilização facultativas e anaeróbias
• Digestores anaeróbios de fluxo ascendente

Lodos ativados: São constituídos de um reator biológico, em


que uma massa de microrganismos em suspensão utiliza a matéria or-
gânica, presente nos esgotos afluentes ao tanque, como fonte de ali-
mento para seu processo de crescimento.
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Filtro biológico aeróbio: São tanques com enchimento de pedra


ou plástico, ocorre desenvolvimento de uma fina camada de microrga-
nismos aeróbios. A água residuária percolando pelo filtro e em contato
com o filme biológico tem sua matéria orgânica adsorvida pela massa
biológica, e é estabilizada pelos microrganismos.
Lagoas aeradas: Possuem aeradores, ou dispositivos de intro-
dução de oxigênio, suprindo a ausência de algas (elas não proliferam
pela intensa agitação da massa líquida).
Lagoas de estabilização facultativas ou anaeróbias: São gran-
des tanques escavados no solo. Nesses tanques as águas residuárias
são tratadas através de processos naturais controlados pela vazão dos
efluentes. As lagoas anaeróbias recebem elevadas cargas orgânicas e
funcionam sem oxigênio dissolvido. Já as lagoas facultativas possuem
uma camada superior onde ocorre o desenvolvimento de algas e mi-
56
crorganismos aeróbios (as algas realizam a fotossíntese, o que conso-
me gás carbônico e libera oxigênio; os microrganismos oxidam a maté-
ria orgânica, utilizando oxigênio e liberando gás carbônico).
Digestores anaeróbios de fluxo ascendente: São unidades
compactas de tratamento. Por meio da retenção e concentração do lodo
desenvolve-se nele o processo anaeróbio em condições otimizadas, di-
minuindo o tempo e acelerando o processo de degradação da matéria
orgânica.

CLASSIFICAÇÃO DOS SISTEMAS DE TRATAMENTO

Os sistemas de tratamento de águas residuárias pode englo-


bar um ou mais dos processos vistos acima e são classificados em fun-
ção do tipo de material a ser removido e da eficiência de sua remoção.
Os tratamentos são: preliminar, primário, secundário, terciário, de lodos
e físico-químico. (PHILIPPI et al., 2014).

Tratamento Preliminar
Objetiva remover sólidos grosseiros e é aplicado geralmente a
qualquer tipo de água residuária. Consiste no emprego de grades, pe-
neiras caixas de areia, caixas de retenção de óleos e graxas.

Tratamento Primário
Tem a finalidade de remover resíduos finos em suspensão dos
efluentes e é aplicado geralmente às águas residuárias orgânicas (em-
bora seja utilizado para qualquer tipo de despejo). Consiste de tanques
de flotação, decantadores, fossas sépticas, floculação/decantação. PROTEÇÃO DO MEIO AMBIENTE - GRUPO PROMINAS

Tratamento Secundário
Utilizado para a depuração de águas residuárias por meio de
processos biológicos e possui a finalidade de reduzir o teor de matéria
orgânica solúvel nos despejos. Consiste de lodos ativados, filtros bioló-
gicos, lagoas aeradas, lagoas de estabilização, digestor anaeróbio de
fluxo ascendente, além de outros.

Tratamento Terciário
Corresponde a um estágio avançado de tratamento de águas
residuárias. Objetiva remover as substâncias que não foram eliminadas
57
nas primeiras etapas, como nutrientes e microrganismos patogênicos.
Consiste geralmente de lagoas de maturação, cloração, ozonização,
radiações ultravioletas, filtros de carvão ativo e precipitação química,
entre outros.

Tratamento de Lodos
Como o nome indica, utilizado para o tratamento de todos os
tipos de lodos. A intenção é desidratar o lodo para a disposição final.
Consiste em leitos de secagem, centrífugas, filtros prensa, filtros a vá-
cuo, prensas desaguadoras, digestão anaeróbia ou aeróbia, incinera-
ção e disposição no solo.

Tratamento Físico-Químico
Adequado para a remoção de sólidos em todas as suas for-
mas e para alteração das características físicas e químicas das águas
residuárias. Consiste em coagulação/floculação, precipitação química,
oxidação e neutralização.
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58
QUESTÃO 1
Ano: 2015 Banca:FGV Órgão: CODEMIG Prova: Analista ambiental.
Nível: Superior.
A atividade de mineração gera quantidades altas de poluentes at-
mosféricos, como particulados. Dentre os aparelhos usados para
remoção de partículas do ar, encontram-se:
a) torre de nebulização e ciclone;
b) aerador e câmara de sedimentação;
c) filtro de gotejamento e decantador;
d) nebulizador e digestor a frio;
e) tubo difusor e requeimador.

QUESTÃO 2
Ano: 2015 Banca:VUNESP Órgão: CETESB Prova: Engenheiro am-
biental. Nível: Superior.
A chuva ácida é uma das principais consequências da poluição do
ar, sendo causada pela emissão de:
a) dióxido de carbono
b) óxidos de enxofre e de nitrogênio
c) óxido ferroso
d) monóxido de carbono
e) dióxido de carbono e monóxido de carbono

QUESTÃO 3
Ano: 2016 Banca:CESPE Órgão: CPRM. Prova: Técnico em Geo-
ciências Nível: Médio.
A transferência da água da atmosfera para a superfície terrestre
PROTEÇÃO DO MEIO AMBIENTE - GRUPO PROMINAS
sob a forma de pequenas gotas, de granizo, de orvalho, de neblina,
de neve ou de geada denomina-se:
a) infiltração
b) evaporação
c) precipitação
d) evapotranspiração
e) chuva

QUESTÃO 4
Ano: 2016 Banca: IBFC Órgão: Comlurb Prova: Técnico em Segu-
rança do Trabalho Nível: Médio.
Com relação aos poluentes atmosféricos, o Material Particulado
(MP) é uma mistura complexa de sólidos com diâmetro reduzido,
cujos componentes apresentam características físicas e químicas
59
diversas. Em geral o material particulado é classificado de acordo
com o diâmetro das partículas, devido à relação existente entre
diâmetro e possibilidade de penetração no trato respiratório. Den-
tre as fontes principais de material particulado, estão:
I. A queima de combustíveis fósseis
II. A queima de biomassa vegetal
III. Emissões de amônia na agricultura
IV. Emissões decorrentes de obras e pavimentação de vias
Estão corretas:
a) Apenas II, III e IV
b) Apenas I, III e IV
c) Apenas I, II e IV.
d) Todas as afirmativas

QUESTÃO 5
Ano: 2015 Banca: VUNESP Órgão: CETESB Prova: Engenheiro Am-
biental Nível: Superior.
A qualidade da água para consumo humano, de acordo com a Por-
taria n.º 518/04 do Ministério da Saúde, deve atender, entre outros,
aos seguintes parâmetros analíticos:
I. cloro
II. turbidez, cor e pH
III. coliformes e flúor
Está correto o contido em:
a) I, apenas
b) II, apenas
c) III, apenas
d) I e II, apenas
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e) I, II e III

QUESTÃO DISSERTATIVA – DISSERTANDO A UNIDADE

A eutrofização (ou eutroficação) é um processo normalmente de origem


antrópica (provocado pelo homem), ou raramente de ordem natural,
tendo como princípio básico a gradativa concentração de matéria orgâ-
nica acumulada nos ambientes aquáticos. Entre os fatores impactantes,
contribuindo com a crescente taxa de poluição neste ecossistema, es-
tão: os dejetos domésticos (esgoto), fertilizantes agrícolas e efluentes
industriais, diretamente despejados ou percolados em direção aos cur-
sos hídricos (rios e lagos, por exemplo). Explicite sobre os fatos que
levam um lago a entrar no processo chamado eutrofização, e elucide
sobre suas formas de combater este processo.
60
TREINO INÉDITO

Associe os conceitos aos termos da coluna abaixo:


1)“É a degradação da qualidade ambiental resultante de atividades que
direta ou indiretamente”.
2)“A pessoa física ou jurídica, de direito público ou privado, responsável,
direta ou indiretamente, por atividade causadora de degradação am-
biental”.
3)“A alteração adversa das características do meio ambiente”.
4) “Toda e qualquer forma de matéria ou energia liberada no meio am-
biente em desacordo com as normas ambientais existentes, colocando
em risco a saúde, a segurança ou o bem-estar comum”.
a) Poluição, degradação, poluente e poluidor
b) Degradação, poluidor, poluente e poluição
c) Poluição, Poluidor, degradação, poluente
d) Poluente, degradação, poluidor e poluição
e) Poluidor, poluente, degradação e poluição

NA MÍDIA

Poluição do ar mata 7 milhões por ano, a maioria em países po-


bres, diz OMS

Sete milhões de pessoas no mundo ainda morrem, anualmente, por


causa da poluição do ar. O dado é de um novo relatório divulgado pela
Organização Mundial de Saúde, que mostra que nove em cada dez pes-
soas respiram ar contendo altos níveis de poluentes. Mas, para nenhu-
ma surpresa de todos nós, o problema afeta muito mais, exatamente,
PROTEÇÃO DO MEIO AMBIENTE - GRUPO PROMINAS
os mais pobres, aqueles que também têm menos recursos para se livrar
de doenças.
Só a poluição do ar ambiente causou cerca de 4,2 milhões de mortes
em 2016, enquanto a poluição do ar por cozimento com combustíveis
poluentes e tecnologias causou uma estimativa de 3,8 milhões de mor-
tes no mesmo período. Mais de 90% das mortes relacionadas à polui-
ção do ar ocorrem em países de baixa e média renda, principalmente
na Ásia e na África, seguidos pelos países de renda baixa e média da
região do Mediterrâneo Oriental, Europa e Américas.
“As principais fontes de poluição do ar a partir de material particulado
incluem o uso ineficiente de energia por parte das famílias, da indústria,
dos setores de agricultura e transporte e de usinas termoelétricas a car-
vão. Em algumas regiões, areia e poeira do deserto, queima de lixo e
desmatamento são fontes adicionais de poluição do ar. A qualidade do
61
ar também pode ser influenciada por elementos naturais, como fatores
geográficos, meteorológicos e sazonais”, diz ainda o texto do relatório
da OMS, que ainda recomenda que os países trabalhem em conjunto
para acabar com a poluição

Fonte: G1 Notícias/ Globo


Data: 02 mai.2018
Leia a notícia na Íntegra:<http://g1.globo.com/natureza/blog/nova-eti-
ca-social/post/poluicao-do-ar-mata-7-milhoes-por-ano-maioria-em-pai-
ses-pobres-diz-oms.html>

NA PRÁTICA

Apesar de rígida, a legislação brasileira tece dificuldade no que tange


à fiscalização e o monitoramento contínuo de organizações, indústrias
e empresas, para o combate da poluição, seja atmosférica, hídrica, do
solo entre outras. A importância do profissional habilitado, como por
exemplo, um Engenheiro de Segurança do Trabalho, é atuar em conso-
nância dos limites estabelecidos na lei, inovando em formas e técnicas
de avaliação e controle.
Este profissional tem em sua gênese, o papel de colaborador majori-
tário, que auxilia na diminuição da poluição do meio ambiente. Ações
como a educação ambiental para os trabalhadores, a gestão correta
dos recursos, diminuindo o seu desperdício, são medidas importantes e
simples que podem gerir a qualidade ambiental e edificar a responsabi-
lidade socioambiental da organização.
Nesse sentido, é importante que um futuro profissional da área atue
com essa visão, com o papel de colaborador majoritário, que auxilia na
PROTEÇÃO DO MEIO AMBIENTE - GRUPO PROMINAS

diminuição da poluição do meio ambiente.

PARA SABER MAIS

Filme sobre o assunto: Terra (O filme)


Documentário: Terra: Existe um Futuro?

Acesse os links:
Terra: Existe um Futuro?
Disponível em: <https://www.youtube.com/watch?v=ZeD7eBWwYSw>.
TERRA - O Filme
Disponível em: <https://www.youtube.com/watch?v=31P-XBa48K8>.

62
LEGISLAÇÃO
AMBIENTAL

LEGISLAÇÃO AMBIENTAL

PROTEÇÃO DO MEIO AMBIENTE - GRUPO PROMINAS


As leis ambientais configuram avanços extremos na preserva- PROTEÇÃO DO MEIO AMBIENTE - GRUPO PROMINAS

ção, conservação e monitoramento do meio ambiente. Leis que atuam


em território nacional, abrangendo a toda população. Em comparação
a países externos, o Brasil, apesar do mal gerenciamento de tais leis, é
reconhecido pelo porte de estratégias, programas, leis e resoluções que
conferem um aparato sólido. O que falta, porém? Uma das demandas
são a falta de recursos humanos, de pessoal para o trabalho. Com um
intenso comércio voltado á exploração do meio ambiente (mineração,
agricultura, pecuária, etc), ainda carece de quantidade de fiscais e ou-
tros profissionais que possam atuar diariamente nestes campos.
Nesta primeira parte do capítulo, iremos expor as resoluções,
leis e políticas mais conhecidas e também cobradas em concursos pú-
blicos. O detalhamento de cada não será feito aqui, mas no final, tere-
63
mos um caixa com os links, para acesso e estudo mais amplo. Confor-
me Ruppenthal (2014),
• Lei da Fauna Silvestre – Lei nº 5.197, de 03 de janeiro de
1967 – a lei classifica como crime o uso, perseguição, apanha de ani-
mais silvestres, caça profissional, comércio de espécies da fauna silves-
tre e produtos derivados de sua caça, além de proibir a introdução de
espécie exótica (importada) e a caça amadorística sem autorização do
Ibama. Criminaliza também a exportação de peles e couros de anfíbios
e répteis em bruto.
• Lei do Zoneamento Industrial nas Áreas Críticas de Poluição
– Lei nº 6.803, de 02 de julho de 1980 – atribui aos estados e municípios
o poder de estabelecer limites e padrões ambientais para a instalação
e licenciamento das indústrias, exigindo o Estudo de Impacto Ambiental
(EIA).
• Lei da Área de Proteção Ambiental – Lei nº 6.902, de 27 de
abril de 1981 – criou as “Estações Ecológicas “, áreas representativas
de ecossistemas brasileiros, sendo que 90 % delas devem permanecer
intocadas e 10 % podem sofrer alterações para fins científicos. Foram
criadas também as “Áreas de Proteção Ambiental” ou APAS, áreas que
podem conter propriedades privadas e onde o poder público limita as
atividades econômicas para fins de proteção ambiental.
• Política Nacional do Meio Ambiente – Lei nº 6.938, de 31 de
agosto de 1981 – tornou obrigatório o licenciamento ambiental para ati-
vidades ou empreendimentos que possam degradar o meio ambiente e
criou instrumentos como o estudo de impacto ambiental para vislumbrar
possíveis alternativas e consequências ambientais de projetos públicos
ou privados, requisitando aos órgãos federais, estaduais e municipais,
bem como por entidades privadas, especialmente nas áreas conside-
PROTEÇÃO DO MEIO AMBIENTE - GRUPO PROMINAS

radas patrimônio nacional. Aumentou a fiscalização e criou regras mais


rígidas para atividades de mineração, construção de rodovias, explora-
ção de madeira e construção de hidrelétricas.
• Lei da Ação Civil Pública – Lei nº 7.347, de 24 de julho de
1985 – lei de interesses difusos, trata da ação civil pública de respon-
sabilidades por danos causados ao meio ambiente, ao consumidor e ao
patrimônio artístico, turístico ou paisagístico.
• Crimes Ambientais – Decreto nº 6.514, de 22 de julho de 2008
– instituiu punições administrativas e penais para pessoas ou empresas
que agem de forma a degradar a natureza. Atos como poluição da água,
corte ilegal de árvores, morte de animais silvestres tornaram-se crimes
ambientais.
• Lei dos Agrotóxicos – Lei nº 7.802, de 10 de julho de 1989
– regulamenta desde a pesquisa e fabricação dos agrotóxicos até sua
64
comercialização, aplicação, controle, fiscalização e também o destino
da embalagem.
• Lei da Exploração Mineral – Lei nº 7.805, de 18 de julho de
1989 –regulamenta as atividades garimpeiras. Para estas atividades
é obrigatória a licença ambiental prévia, que deve ser concedida pelo
órgão ambiental competente. Os trabalhos de pesquisa ou lavra, que
causarem danos ao meio ambiente são passíveis de suspensão, sendo
o titular da autorização de exploração dos minérios responsável pelos
danos ambientais. A atividade garimpeira executada sem permissão ou
licenciamento é crime.
• Lei de Recursos Hídricos - institui a Política Nacional de Re-
cursos Hídricos e cria o Sistema Nacional de Recursos Hídricos. Define
a água como recurso natural limitado, dotado de valor econômico, que
pode ter usos múltiplos (consumo humano, produção de energia, trans-
porte, lançamento de esgotos). A lei prevê também a criação do Sistema
Nacional de Informação sobre Recursos Hídricos para a coleta, trata-
mento, armazenamento e recuperação de informações sobre recursos
hídricos e fatores intervenientes em sua gestão.
• Lei de Crimes Ambientais – Lei nº 9.605, de 12 de fevereiro
de 1998 – reordena a legislação ambiental brasileira no que se refere às
infrações e punições. A pessoa jurídica, autora ou coautora da infração
ambiental, pode ser penalizada, chegando à liquidação da empresa, se
ela tiver sido criada ou usada para facilitar ou ocultar um crime ambiental.
• Lei nº 9.985, de 18 de julho de 2000 – criou o Sistema Nacio-
nal de Unidades de Conservação da Natureza (SUNC): definiu critérios
e normas para a criação e funcionamento das Unidades de Conserva-
ção Ambiental.
• Estatuto da Cidade – Lei nº 10.257, de 10 de julho de 2001
PROTEÇÃO DO MEIO AMBIENTE - GRUPO PROMINAS
– estabelece diretrizes gerais da política urbana e interesse social que
regulam o uso da propriedade urbana em prol do bem coletivo, da segu-
rança e do bem-estar dos cidadãos, bem como do equilíbrio ambiental.
Através de lei municipal serão definidos os empreendimentos e ativi-
dades privados ou públicos em área urbana que dependerão de elabo-
ração prévia de Estudo de Impacto de Vizinhança (EIV) para obter as
licenças ou autorizações de construção, ampliação ou funcionamento a
cargo do Poder Público municipal.
• Lei nº 13.123, de 20 de maio de 2015 – deliberou sobre o aces-
so ao patrimônio genético, acesso e proteção ao conhecimento genético
e ambiental, assim como a repartição dos benefícios provenientes.
• Lei de Biossegurança – Lei nº 11.105, de 24 de março de
2005 – estabeleceu sistemas de fiscalização sobre as diversas ativida-
des que envolvem organismos modificados geneticamente.
65
• Resolução CONAMA nº 362, de 23 de junho de 2005 – deter-
mina a logística reversa de óleos lubrificantes, isto é, como deverá ser
feito o recolhimento e a destinação deste material.
• Lei de Gestão de Florestas Públicas – Lei nº 11.284, de 02
de março de 2006 – normatiza o sistema de gestão florestal em áreas
públicas e criou um órgão regulador (Serviço Florestal Brasileiro). Esta
lei criou também o Fundo de Desenvolvimento Florestal.
• Lei nº 11.952, de 25 de junho de 2009 – estabeleceu novas
normas para a regularização de terras públicas na região da Amazônia.
• Resolução CONAMA nº 416, de 30 de setembro de 2009 –
dispõe sobre a prevenção à degradação ambiental causada por pneus
inservíveis e sua destinação ambientalmente adequada.
• Novo Código Florestal Brasileiro – Lei nº 12.651, de 25 de
maio de 2012 – dispõe sobre a proteção da vegetação nativa, tendo
revogado o Código Florestal Brasileiro de 1965.

CONCEITO EPIA/RIMA

Dentre vários instrumentos do (PNMA), escolhemos dois que


são bem difundidos e usados a campo, o EPIA e o RIMA, mecanismos
estes de licenciamento ambiental. A resolução do CONAMA nº 237, de
19 de dezembro de 1997, traz como conceitos importantes:

I-Licenciamento Ambiental: procedimento administrativo pelo qual o órgão


ambiental competente licencia a localização, instalação, ampliação e a ope-
ração de empreendimentos e atividades utilizadoras de recursos ambientais,
consideradas efetiva ou potencialmente poluidoras ou daquelas que, sob
qualquer forma, possam causar degradação ambiental, considerando as dis-
PROTEÇÃO DO MEIO AMBIENTE - GRUPO PROMINAS

posições legais e regulamentares e as normas técnicas aplicáveis ao caso.


II- Licença Ambiental: ato administrativo pelo qual o órgão ambiental compe-
tente, estabelece as condições, restrições e medidas de controle ambiental
que deverão ser obedecidas pelo empreendedor, pessoa física ou jurídica,
para localizar, instalar, ampliar e operar empreendimentos ou atividades uti-
lizadoras dos recursos ambientais consideradas efetiva ou potencialmente
poluidoras ou aquelas que, sob qualquer forma, possam causar degradação
ambiental.
III - Estudos Ambientais: são todos e quaisquer estudos relativos aos aspec-
tos ambientais relacionados à localização, instalação, operação e ampliação
de uma atividade ou empreendimento, apresentado como subsídio para a
análise da licença requerida, tais como: relatório ambiental, plano e projeto
de controle ambiental, relatório ambiental preliminar, diagnóstico ambiental,
plano de manejo, plano de recuperação de área degradada e análise preli-
minar de risco.
IV – Impacto Ambiental Regional: é todo e qualquer impacto ambiental que

66
afete diretamente (área de influência direta do projeto), no todo ou em parte,
o território de dois ou mais Estados.No artigo 10, a resolução prevê que:

• A definição de documentos, projetos, e estudos necessários;


• Requerimento de licença ambiental;
• Análise pelo órgão licenciador;
• Eventual solicitação de esclarecimentos;
• Possível audiência pública;
• Deferimento ou indeferimento do pedido de licença.

Para tais licenciamentos têm-se diferentes tipos que podem


ser concedidos isolados ou cumulativamente, sendo os tipos, expostos
no art° 8°, da resolução 237/97 do Conama:

I - Licença Prévia (LP) - concedida na fase preliminar do planejamento do


empreendimento ou atividade aprovando sua localização e concepção, ates-
tando a viabilidade ambiental e estabelecendo os requisitos básicos e con-
dicionantes a serem atendidos nas próximas fases de sua implementação.
II - Licença de Instalação (LI) - autoriza a instalação do empreendimento
ou atividade de acordo com as especificações constantes dos planos, pro-
gramas e projetos aprovados, incluindo as medidas de controle ambiental e
demais condicionantes, da qual constituem motivo determinante;
III - Licença de Operação (LO) - autoriza a operação da atividade ou empre-
endimento, após a verificação do efetivo cumprimento do que consta das
licenças anteriores, com as medidas de controle ambiental e condicionantes
determinados para a operação.
Parágrafo único - As licenças ambientais poderão ser expedidas isolada ou
sucessivamente, de acordo com a natureza, características e fase do empre-
endimento ou atividade.

PROTEÇÃO DO MEIO AMBIENTE - GRUPO PROMINAS


O Estudo Prévio de Impacto Ambiental (EPIA), é um processo
que ocorre dentro do licenciamento ambiental, é utilizado para
avaliação quando a administração pública solicitar.   Dentro do EPIA
temos o Relatório de Impacto Ambiental (RIMA), processo escrito pós
a avaliação do EPIA, ou seja, o RIMA é o relatório expedido a partir
do EPIA. Exigir-se á o EPIA quando a atividade for potencialmente
causadora de degradação ambiental.
O EPIA, segundo a resolução 237/97, art. 11, do CONAMA,
“deve ser realizado por profissionais legalmente habilitados às expen-
sas do empreendedor”, sendo condenado a ações administrativas, civis
e penais, fraudes ou irregularidades no relatório. No art. 5° da resolução
do CONAMA nº 001, traz em sua gênese critérios que devem ser ava-
liados no estudo (EPIA) e deve conter em seu relatório (RIMA), segue
abaixo um trecho desta:
67
Artigo 5º - O estudo de impacto ambiental, além de atender a legislação, em
especial os princípios e objetivos expressos na Lei de Política Nacional do
Meio Ambiente, obedecerá às seguintes diretrizes gerais:
I - Contemplar todas as alternativas tecnológicas e de localização de projeto,
confrontando as com a hipótese de não execução do projeto;
II - Identificar e avaliar sistematicamente os impactos ambientais gerados nas
fases de implantação e operação da atividade;
III - Definir os limites da área geográfica a ser direta ou indiretamente afetada
pelos impactos, denominada área de influência do projeto, considerando, em
todos os casos, a bacia hidrográfica na qual se localiza;
IV - Considerar os planos e programas governamentais, propostos e em im-
plantação na área de influência do projeto, e sua compatibilidade.
Parágrafo Único - Ao determinar a execução do estudo de impacto ambiental
o órgão estadual competente, ou o IBAMA ou, quando couber, o Município,
fixará as diretrizes adicionais que, pelas peculiaridades do projeto e caracte-
rísticas ambientais da área, forem julgadas necessárias, inclusive os prazos
para conclusão e análise dos estudos.

Os conceitos abaixo são muito importantes e costumam ser


objetos de prova frequentemente.
I - Licença Prévia (LP) - concedida na fase preliminar do pla-
nejamento do empreendimento ou atividade, aprovando sua localiza-
ção e concepção, atestando a viabilidade ambiental e estabelecendo
os requisitos básicos e condicionantes a serem atendidos nas próximas
fases de sua implementação;
II - Licença de Instalação (LI) - autoriza a instalação do em-
preendimento ou atividade, de acordo com as especificações constan-
PROTEÇÃO DO MEIO AMBIENTE - GRUPO PROMINAS

tes dos planos, programas e projetos aprovados, incluindo as medidas


de controle ambiental e demais condicionantes, da qual constituem mo-
tivo determinante;
III - Licença de Operação (LO) - autoriza a operação da ati-
vidade ou empreendimento, após a verificação do efetivo cumprimento
do que consta das licenças anteriores, com as medidas de controle am-
biental e condicionantes determinados para a operação.

68
CÓDIGO FLORESTAL

A Lei 12.651:2012 se configura como o novo código florestal


brasileiro, este foi criado em substituição à lei 4.771 de 15 de setem-
bro de 1965, também um código florestal. Esta lei prevê normas para
proteção da vegetação, matas nativas, o monitoramento de áreas de
preservação permanente e áreas de reserva legal. Além de, suscitar
instrumentos econômicos para alcance de seus objetivos, em que este-
ja presente o desenvolvimento sustentável.
O primeiro código florestal do Brasil foi feito em 1934, por conta
da grande concentração de comércio e plantação de café. O avanço
deste tipo de agricultura, começara a desvencilhar as matas. O Decreto
nº 23.793/1934 estava contido na constituição de 1934, que dispunha
de uma visão aberta às discussões sobre o meio ambiente já naquela
época.
O que motivou as mudanças no código florestal brasileiro, fo-
ram  os movimentos sociais de ambientalistas e ONG’s, em 1960, com
a revolução industrial isso tornou-se mais preocupante, porque a ideia
progressista era de uma natureza “inesgotável”, infinita, a partir desta
época, foi percebendo, como o meio ambiente era importante, e sua
degradação trazia sérias mudanças para o meio vivente.
A partir de 1962, começaram-se os movimentos para mudan-
ças da lei estabelecida em 1934, e em 15 de setembro de 1965, foi edi-
tada a lei n° 4.771 revogando o primeiro decreto federal n° 23.793/1934.

Sparoveket al. (2011) citado por Praes (2012) traz que, o código florestal de
1965 aplica-se a propriedades privadas. Ou seja, o proprietário rural deve
reservar parte da sua terra, destinando-a a manutenção da vegetação na-
tural, sendo esta realizada, principalmente, através de dois estatutos: Áreas
de Preservação Permanente (APP’s) e Reserva Legal (RL). Sendo que, os PROTEÇÃO DO MEIO AMBIENTE - GRUPO PROMINAS

proprietários que não estiverem cumprindo as determinações previstas para


as APP’s e RL, segundo o código (Lei 4.771), terão que recompor as áreas
que foram desmatadas.

As mudanças não param nesta época, com o decorrer dos


anos, os índices de desmatamento só aumentaram entre 1994 e 1995,
o INPE registrou o maior desmatamento da Amazônia já notificado na-
quela época.  Ouve dentre os anos de 1965 a 2012, a criação de decre-
tos, resoluções que trouxesse a diminuição dos impactos ambientais,
advindos principalmente por parte da agropecuária. Mas em 2011, a
câmara de deputados aprova a revisão e reedição do código florestal,
resultando em 2012, no conhecido “Novo Código Florestal Brasileiro”,
Lei 12.651 de 25 de abril de 2012.
69
Este documento trouxe a inclusão da busca pelo desenvolvi-
mento sustentável em todas as suas instâncias, mas abarcou divergên-
cias e conflitos entre ambientalistas e ruralistas, que afirmam serem
prejudicados por mudanças no novo código florestal. Algumas diferen-
ças são apontadas no quadro abaixo:

Quadro 1 - Mudanças no Novo Código Florestal


Como
era
Como ficou (projeto aprovado no senado)
na Lei
4.771/65
Tema Dever do E quem desmatou Dever do E quem desmatou
proprie- proprietário até 2008
tário
Matas Proteger Recuperar inte- Proteger 30 Recuperar 15 m
Ciliares 30 m nos gralmente + mul- m nos pe- nos pequenos rios
peque- ta pelo desmata- quenos rios e 30 m nas nas-
nos rios mento + multa se e 50 m ao centes sem mul-
e 50 m recusar-se a recu- redor das tas.
ao redor perar. nascentes.
das nas-
centes.
Topos Proteger Recuperar inte- Proteger o Pode manter cul-
de Mor- o terço gralmente + mul- terço su- turas de espécies
ro superior. ta pelo desmata- perior, mas lenhosas (frutífe-
mento+multa se mudança ras, pinus) não re-
recusar-se a recu- no conceito cupera e não paga
perar. deixa vários multa.
PROTEÇÃO DO MEIO AMBIENTE - GRUPO PROMINAS

morros des-
protegidos.
Encos- F a z e r Recuperar inte- Fazer ma- Pode manter qual-
tas de manejo gralmente + mul- nejo sus- quer atividade
até 45° susten- ta pelo desmata- tentável ou agropecuária, não
de incli- tável ou mento+multa se proteger flo- recupera e não
nação proteger recusar-se a recu- resta exis- paga multa.
florestas perar. tentes.
existen-
tes.

70
Encos- Proteger Recuperar inte- Proteger flo- Pode manter cul-
tas com florestas gralmente + mul- resta exis- turas de espécies
mais de existen- ta pelo desmata- tentes. lenhosas (frutífe-
45° de tes. mento+multa se ras, pinus), não
inclina- recusar-se a recu- recupera e não
ção perar. paga multa.
Reser- Manter Recuperar ou M a n t e r Se tiver até 4 mó-
va Le- 2 0 % , compensar inte- 20%, 35% dulos fiscais ou
gal 3 5 % gralmente + mul- (cerrado alegar que a área
(cerra- ta pelo desmata- amazônico) foi desmatada an-
do ama- mento+multa se ou 80% (flo- tes de 1934, não
zônico) recusar-se a recu- resta ama- precisa recuperar,
ou 80% perar. zônica) do quem tiver que re-
(floresta imóvel com cuperar pode usar
amazô- vegetação até 50% de exóti-
nica) do nativa. cas (pinus, dendê)
imóvel ou compensar em
com ve- outro estado.
getação
nativa.
Fonte: Elaborado pelo autor, 2019.

Apesar das críticas ao modelo, é uma lei que vigora atualmen-


te em nosso território brasileiro e configura um importante instrumento
legal para o combate à exploração de nossas matas.

PROTEÇÃO DO MEIO AMBIENTE - GRUPO PROMINAS

Para se informar melhor, confira na íntegra o exposto na lei:


Lei 4.771 de 1965 (Antigo Código Florestal)
Disponível em: <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/
L4771.htm>.
Lei 12.651 de 2012 (Novo Código Florestal).
Disponível em: <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2011-
2014/2012/lei/l12651.htm>.

71
ACIDENTES AMBIENTAIS E PLANOS DE CONTINGÊNCIA

Os Acidentes Ambientais são definidos como acontecimentos


inesperados que afetam direta ou indiretamente, a segurança, a saúde
da comunidade, causando impacto no meio ambiente como um todo.

Figura 18 – Desastre ambiental

Fonte: ROCHE, 2017.


PROTEÇÃO DO MEIO AMBIENTE - GRUPO PROMINAS

Podemos citar dois exemplos de acidentes ambientais, são


eles os desastres naturais e os desastres tecnológicos.

Desastres Naturais:
Ocorrências causadas por fenômenos da natureza, cuja maio-
ria dos casos independe das intervenções do homem. Incluem-se nesta
categoria os terremotos, os maremotos, os furacões, etc.

Desastres Tecnológicos:
Ocorrências geradas pelas atividades desenvolvidas pelo ho-
mem, tais como os acidentes nucleares, vazamentos durante a manipu-
lação de substâncias químicas, etc. Mesmo distinguidos os dois tipos,
sabemos que a interferência humana, pode ocasionar ambos os exem-
72
plos citados acima. No entanto, acidentes naturais ou desastres naturais
têm uma taxa de previsibilidade menor que os desastres tecnológicos.
Os desastres tecnológicos têm chance de uma previsibilidade
maior, pois, são consequência de uma interferência humana, o que leva
a criação de estatísticas, mapeamentos de riscos, e modelos de preven-
ção de acidentes, como planos de emergências entre outros.
O primeiro ponto a ser destacado é que, para uma prevenção
ou intervenção eficiente, necessariamente, depende-se de uma identi-
ficação e avaliação dos riscos a que uma região possa estar exposta.
O levantamento preciso e consistente auxilia na produção de dados,
documentos, planos emergenciais e medidas preventivas e protetivas,
tanto para os trabalhadores, quanto para a sociedade que cerca o local.
E esta regra vale para desastres naturais e desastres tecnológicos.
Por exemplo, se você tem uma área em que a partir de estudos
foram apontadas grandes chances de tsunamis e terremotos, os inves-
timentos em fiscalização, manejos de prevenção e proteção devem ser
desenvolvidos para minimização desses riscos. Ou seja, você tem pla-
nos, construções sólidas, sinais de alertas, tecnologias avançadas nos
locais de previsibilidade, enfim, inúmeros recursos que devem nortear,
para diminuição dos riscos, consequentemente do impacto.
Para acidentes tecnológicos, como exemplo. acidentes que en-
volvam substâncias tóxicas e ou perigosas, devem-se estabelecer eta-
pas para manutenção destes riscos. Abaixo segue um modelo básico,
para o exemplo citado acima, de acidentes tecnológicos:

Figura 19 - Atividades Preventivas Iniciais para a Elaboração de um Sistema


para Atendimento a Acidentes Ambientais

PROTEÇÃO DO MEIO AMBIENTE - GRUPO PROMINAS

Fonte: Leal, 2009.

73
A primeira etapa, portanto, é o levantamento de acidentes, ca-
racterizando possíveis históricos para facilitar a compreensão do risco
ou dos problemas que possa ter. A segunda etapa, compete ao levan-
tamento das atividades que estão sendo desenvolvidas e, portanto, o
grau de perigo exercido pelas tais, exemplos: atividades de indústrias,
comércios, ferroviárias, rodoviárias, entre outros.
A terceira etapa contempla a distinção das substâncias utili-
zadas, sua qualidade e seu impacto, exemplo: as indústrias utilizaram
algum tipo de resíduo químico? Qual (is)? Alguma substância sólida?
A quarta etapa, concerne já na avaliação dos riscos destas
atividades e destas substâncias utilizadas, por exemplo: Qual o impacto
dessas substâncias? Ela pode ser letal? A empresa gera desmatamento?
A quinta etapa refere-se às medidas de redução dos riscos,
que engloba todo o processo de avaliação e fiscalização.
Este complexo de análises e decisões, distingue-se em
situações e regiões diferentes, isto leva também a percebermos que, o
trabalho em um conjunto interdisciplinar auxiliará em propostas e análises
mais consistentes, portanto, valorizar o trabalho em equipe, bem como,
os variados saberes, corrobora para uma gama de estratégias e ações
mais nobres e eficazes.
Os planos de contingência se encaixam no exposto como me-
canismos de prevenção de riscos, mas afinal o que são planos de con-
tingência? Segundo o Secretaria Nacional de Proteção e Defesa Civil, o
plano de contingência (PLANCON), funciona como um planejamento da
resposta, sendo entendidos como: “documento que registra o planeja-
mento elaborado a partir da percepção do risco de determinado tipo de
desastres e estabelece os procedimentos e responsabilidades”. (Instru-
ção Normativa nº 2 de 20 de dezembro de 2016).
PROTEÇÃO DO MEIO AMBIENTE - GRUPO PROMINAS

Por conseguinte, contingência é “a situação de incerteza quan-


to a um determinado evento, fenômeno ou acidente, que pode se con-
cretizar ou não, durante um período de tempo determinado. A responsa-
bilidade da execução de planos de contingência está nos municípios. Ao
estado e à união, cabe a função de apoiar a execução local”.

74
Figura 20 - Questões relevantes para estruturação de um plano de contingência
Qual a hipótese do desastre?
(refere-se àquilo que pode ocorrer)

Como serão as respostas, Como será a preparação para o


incluindo as ações de socorro, desastre?
assistência às vítimas e (Aquilo que pode ser feito com
restabelecimento? antecedência para que
(Aquilo que pode-se fazer a estejamos preparados)
respeito de uma ocorrência)

Fonte: Elaborado pelo autor, 2019.

A definição da tríade se torna importante, porque objetiva e


qualifica as ações e planos para redução de riscos. Em sua variabilida-
de de etapas, a elaboração do plano de contingência se estabelece no
fluxo da figura 18.
O plano de contingência, portanto, configura-se como uma fer-
ramenta extremamente necessária e importante para manutenção da
qualidade de saúde, segurança e proteção do meio ambiente e tudo
o que o compõe. De fato, cada realidade estará condicionada às suas
especificidades e análises técnicas, o esboço acima, configura um co-
nhecimento geral sobre os planos de contingência e sua importância
para garantia de proteção, prevenção e diminuição de riscos.

Observe as etapas:
1º PASSO – Percepção de risco: a decisão de construir um
plano de contingência;
PROTEÇÃO DO MEIO AMBIENTE - GRUPO PROMINAS
2º PASSO - A constituição de um grupo de trabalho;
3º PASSO – Análise do cenário de risco e cadastro de capaci-
dades;
4º PASSO - Definição de ações e procedimentos;
5° PASSO - Aprovação;
6º PASSO - Divulgação do plano de contingência;
7º PASSO - Operacionalização;
8º PASSO - Revisão.

75
Figura 21 - Etapas da elaboração de um Plano de Contingência.
IMPLEMENTAR
5º Passo: Aprovação
6° Passo: Divulgação
7° Passo: Operacionalização

DESENVOLVER
REVISAR 4º Passo: Definições de
8º Passo: Revisão ações procedimentais

PREPARAR ANALISAR
1º Passo: Percepção de 3º Passo: Análise de
risco; a decisão cenário e coleta de
2º Passo: GT capacidades

Fonte: Elaborado pelo autor, 2019.

• Segue abaixo o link do material da Secretaria de Defesa Civil,


que traz de forma mais abundante a descrição das etapas citada acima:
Disponível em: <www.br.undp.org/content/dam/brazil/docs/pu-
blicacoes/paz/plano-cont-livro-base.pdf>.
• Outra importante leitura para maior absorção é a lei 9.605,
que desdobra sobre os crimes ambientais, como são aplicados, em
quais circunstâncias e demandas:
PROTEÇÃO DO MEIO AMBIENTE - GRUPO PROMINAS

Disponível em: <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/


L9605.htm>.
• O livro Manual do Direito Ambiental, do autor Luís Paulo Sir-
vinskas, já mencionado como dica de leitura, se desmancha em uma
explicação densa de locais de risco como barragens, termelétricas, usi-
nas nucleares entre outros exemplos, esta leitura é uma complementa-
riedade à base repassada aqui.
No site (Cobrade) temos a tabela de classificação de desastres
catalogados no Brasil:
Disponível em:
<http://www.integracao.gov.br/documents/3958478/0/Ane-
xo+V+-+Cobrade_com+simbologia.pdf/d7d8bb0b-07f3-4572-a6ca-
-738daa95feb0>.

76
QUESTÃO 1
Ano: 2016 Banca:FGV Órgão: CODEBA Prova: Engenheiro ambien-
tal. Nível: Superior.
A Lei nº 9.605/98 dispõe sobre as sanções penais e administrativas
derivadas de condutas e atividades lesivas ao meio ambiente. Re-
lacione os crimes aos respectivos enquadramentos previstos na
Lei de Crimes ambientais.
1. Deteriorar arquivo, registro, museu, biblioteca, pinacoteca, ins-
talação científica ou similar protegido por lei.
2. Fabricar, vender, transportar ou soltar balões que possam pro-
vocar incêndios nas florestas.
3. Produzir, exportar, ou comercializar substância nociva à saúde
humana, em desacordo com as exigências estabelecidas em leis.
4. Conceder, o funcionário público, licença em desacordo com as
normas ambientais.
( ) Crime contra o Ordenamento Urbano e o Patrimônio Cultural
( ) Crime contra a Administração Ambiental
( ) Crime contra a Flora
( ) Poluição e Outros Crimes
Assinale a opção que apresenta a relação correta, de cima para
baixo.
a) 4 – 2 – 3 – 1.
b) 4 – 3 – 2 – 1.
c) 2 – 4 – 3 – 1.
d) 1 – 4 – 2 – 3.
e) 1 – 3 – 2 – 4.

PROTEÇÃO DO MEIO AMBIENTE - GRUPO PROMINAS


QUESTÃO 2
Ano: 2012 Banca: FUNIVERSA Órgão: CFM Prova: Advogado Nível:
Superior
Com relação à evolução da legislação ambiental brasileira, assina-
le a alternativa correta.
a) As Ordenações Manuelinas não continham dispositivos de caráter
ambiental.
b) O primeiro Código Criminal de 1830 tipificou como crime o corte ilegal
de madeira.
c) Todas as constituições brasileiras tiveram um capítulo específico a
respeito do meio ambiente.
d) Atualmente, a legislação brasileira não possui norma específica de
proteção ambiental.
e) Os recursos hídricos não têm legislação específica no Brasil.
77
QUESTÃO 3
Ano: 2014 Banca: COPESE Órgão: Prefeitura de Araguaína-TO Pro-
va: Procurador Nível: Superior
Com base na Lei Federal nº 12.651/2012 (Código Florestal), analise
os itens a seguir.
I. Em áreas urbanas, assim entendidas as áreas compreendidas
nos perímetros urbanos definidos por lei municipal, e nas regiões
metropolitanas e aglomerações urbanas, as faixas marginais de
qualquer curso d’água natural que delimitem as áreas da faixa de
passagem de inundação terão sua largura determinada pelos res-
pectivos Planos Diretores e Leis de Uso do Solo, ouvidos os Con-
selhos Estaduais e Municipais de Meio Ambiente
II. O Poder Público Municipal contará, para o estabelecimento de
áreas verdes urbanas, com a transformação das Reservas Legais
em áreas verdes nas expansões urbanas.
III. A inscrição do imóvel rural no Cadastro Ambiental Rural - CAR
deverá ser feita, preferencialmente, no órgão ambiental municipal
ou estadual.
IV. A inscrição do imóvel rural no Cadastro Ambiental Rural - CAR
deverá ser feita, no órgão ambiental municipal ou estadual e obri-
gatoriamente no órgão ambiental federal.
Assinale a alternativa CORRETA.
a) Apenas os itens I e III estão corretos.
b) Apenas os itens II e IV estão corretos.
c) Apenas os itens I e IV estão corretos.
d) Apenas os itens II e III estão corretos.

QUESTÃO 4
PROTEÇÃO DO MEIO AMBIENTE - GRUPO PROMINAS

Ano: 2014 Banca: COPESE  Órgão: Prefeitura de Araguaína TO


Prova: Procurador. Nível: Superior
Para a realização de determinada atividade econômica, a pessoa
física interessada solicitou ao órgão estadual ambiental competen-
te a licença necessária. Entretanto, por ser a atividade econômica
considerada potencialmente causadora de degradação ao meio
ambiente, o referido ente público informou ao interessado da ne-
cessidade do prévio estudo de impacto ambiental.
Na situação apresentada, a realização do referido estudo consagra
a aplicação do princípio ambiental:
a) do usuário-pagador.
b) da precaução.
c) da prevenção.
d) do poluidor-pagador.
78
QUESTÃO 5
Ano: 2017. Banca: COSEAC  Órgão:UFF Prova: Químico Nível:
Superior
A Lei nº 6.938/81 torna explícito o princípio do(a):
a) poluidor-pagador.
b) responsabilidade.
c) limite e desenvolvimento sustentável.
d) poluidor-pagador e usuário-pagador.
e) informação.

QUESTÃO DISSERTATIVA – DISSERTANDO A UNIDADE

A Resolução n.º 237/1997, do Conselho Nacional de Meio Ambiente


(CONAMA), dispõe sobre licenciamento ambiental; competência da
União; dos estados e municípios; listagem de atividades sujeitas ao li-
cenciamento; estudos ambientais, estudo de impacto ambiental e re-
latório de impacto ambiental. Com base no processo de licenciamento
ambiental estabelecido na legislação brasileira, redija um parágrafo, ne-
cessariamente, englobando os seguintes tópicos: (a) a definição de li-
cenciamento ambiental; e (b) os tipos de licenças ambientais expedidas
em âmbito federal pelo poder público.

TREINO INÉDITO

Assinale onde as atividades Preventivas Iniciais para a Elaboração de


um Sistema para Atendimento a Acidentes Ambientais aparecem em
ordem, respectivamente:
a) Levantamento de acidentes, levantamento das atividades que estão
PROTEÇÃO DO MEIO AMBIENTE - GRUPO PROMINAS
sendo desenvolvidas, a distinção das substâncias utilizadas, avaliação
dos riscos e redução dos riscos.
b) A distinção das substâncias utilizadas, avaliação dos riscos, redução
dos riscos, levantamento das atividades que estão sendo desenvolvi-
das, levantamento de acidentes.
c) Levantamento das atividades que estão sendo desenvolvidas, a dis-
tinção das substâncias utilizadas, redução dos riscos, levantamento de
acidentes, avaliação dos riscos.
d) Avaliação dos riscos, redução dos riscos, levantamento das ativida-
des que estão sendo desenvolvidas, levantamento de acidentes, a dis-
tinção das substâncias utilizadas.

79
NA MÍDIA

NOVA LEI DE COMPENSAÇÃO AMBIENTAL ENTRA EM VIGOR

Foi publicada no Diário Oficial da União desta terça-feira (29) a Lei


13.668, que redefine a aplicação de recursos da compensação ambien-
tal. As novas regras vão ampliar a capacidade de gestão das unidades
de conservação, realocando o valor arrecadado de empreendimentos
com impacto ambiental em um fundo.
Pelas normas anteriores, para o cumprimento das condicionantes do
licenciamento ambiental, as empresas infratoras eram obrigadas a exe-
cutar diretamente as atividades de compensação nas unidades de con-
servação indicadas. A regra era considerada pelos empreendedores de
difícil aplicação.
Pela nova lei, agora, o Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodi-
versidade (ICMBio) poderá selecionar um banco oficial para criar e gerir
um fundo com recursos arrecadados com a compensação ambiental,
que vai financiar unidades federais de conservação, como parques na-
cionais, reservas biológicas e áreas de proteção ambiental (APAs). As-
sim, as empresas que não executarem diretamente as medidas de
compensação poderão depositar os recursos correspondentes em uma
instituição financeira oficial. 

Fonte: Governo do Brasil- GOV


Data: 29 mai. 2018
Leia a notícia na Íntegra: <http://www.brasil.gov.br/noticias/meio-am-
biente/2018/05/nova-lei-de-compensacao-ambiental-entra-em-vigor>.
PROTEÇÃO DO MEIO AMBIENTE - GRUPO PROMINAS

NA PRÁTICA

A importância da legislação ambiental brasileira está intrinsecamente


ligada a sua abundância natural. A importância de se conhecer os pro-
cessos legais que regem o meio ambiente, consiste na proteção ao meio
ambiente e, consequentemente. a tudo que lhe compõe. Em menos de
três anos aconteceram dois desmoronamentos de barragens ligadas a
Samarco e a Vale, que são empresas donas de mineradoras, que pos-
suem grandes barragens. Em todos os dois casos, percebeu-se como
a falta de compreensão e atendimento sobre as legislações ambientais
pode ser perigoso e fatal. A lei de crimes ambientais também rege o
território brasileiro, e salienta a importância de todos no cumprimento
do dever, que é proteger o meio ambiente. No entanto, cabe aos profis-
sionais como ambientalistas, e profissionais de segurança do trabalho,
80
engenheiros, buscarem o aprimoramento da legislação ambiental brasi-
leira. Como vimos na matéria acima, mudanças para poluidor- pagador,
tiveram modificações, diminuindo o tempo de espera e demanda, crian-
do um fundo para arrecadação única desta pendência. Busca-se, contu-
do, uma espera pelo aumento na mão de obra de trabalho, qualificando
os setores públicos e aumentando as áreas de coberturas e fiscaliza-
ções, na tentativa da redução de danos ambientais, descumprimentos
de leis e pendências nacionais por parte de empresas e organizações.

PARA SABER MAIS

Livro sobre o assunto: Legislação Ambiental Brasileira: Uma aborda-


gem descomplicada

PROTEÇÃO DO MEIO AMBIENTE - GRUPO PROMINAS

81
RESÍDUOS SÓLIDOS:
ABORDAGEM E TRATAMENTO

OBJETO E OBJETIVOS
PROTEÇÃO DO MEIO AMBIENTE - GRUPO PROMINAS

Conforme a NBR 10.004:2004, da Associação Brasileira de


Normas Técnicas - ABNT os resíduos sólidos podem ser definidos como:

Resíduos nos estados sólido e semi-sólido, que resultam de atividades da co-


munidade de origem: industrial, doméstica, hospitalar, comercial, agrícola, de
serviços e de varrição. Ficam incluídos nesta definição os lodos provenientes
de sistemas de tratamento de água, aqueles gerados em equipamentos e
instalações de controle de poluição, bem como determinados líquidos cujas
particularidades tornem inviável seu lançamento na rede pública de esgotos
ou corpos d’água, ou exijam para isso soluções técnica e economicamente
inviáveis, em face à melhor tecnologia disponível.

A Lei 12.305 de 2 de agosto de 2010, é a legislação que prevê


em sua disposição a regulação do gerenciamento de resíduos sólidos
em âmbito nacional. Ela prevê a Política Nacional de Resíduos Sólidos

82
(PNRS), e altera a Lei 9.605, de 12 de fevereiro de 1998.  

- Qual é o objeto?
O objeto desta lei versa:

Art. 1o Esta Lei institui a Política Nacional de Resíduos Sólidos, dispondo so-
bre seus princípios, objetivos e instrumentos, bem como sobre as diretrizes
relativas à gestão integrada e ao gerenciamento de resíduos sólidos, incluí-
dos os perigosos, às responsabilidades dos geradores e do poder público e
aos instrumentos econômicos aplicáveis.

- Qual é o objetivo?
Seus objetivos principais previsto no art 7º. da Lei 12.305 são:

I - Proteção da saúde pública e da qualidade ambiental;


II - Não geração, redução, reutilização, reciclagem e tratamento dos resíduos
sólidos, bem como disposição final ambientalmente adequada dos rejeitos;
III - Estímulo à adoção de padrões sustentáveis de produção e con-
sumo de bens e serviços;
IV - Adoção, desenvolvimento e aprimoramento de tecnologias lim-
pas como forma de minimizar impactos ambientais;
 V - Redução do volume e da periculosidade dos resíduos perigosos;
VI - Incentivo à indústria da reciclagem, tendo em vista fomentar o
uso de matérias-primas e insumos derivados de materiais recicláveis
e reciclados;
 VII - Gestão integrada de resíduos sólidos;
VIII - Articulação entre as diferentes esferas do poder público, e des-
tas com o setor empresarial, com vistas à cooperação técnica e finan-
ceira para a gestão integrada de resíduos sólidos;  
IX - Capacitação técnica continuada na área de resíduos sólidos;
X - Regularidade, continuidade, funcionalidade e universalização da
PROTEÇÃO DO MEIO AMBIENTE - GRUPO PROMINAS
prestação dos serviços públicos de limpeza urbana e de manejo de
resíduos sólidos, com adoção de mecanismos gerenciais e econômi-
cos que assegurem a recuperação dos custos dos serviços presta-
dos, como forma de garantir sua sustentabilidade operacional e finan-
ceira, observada a Lei nº 11.445, de 2007;
XI - Prioridade, nas aquisições e contratações governamentais, para:
a) produtos reciclados e recicláveis;
b) bens, serviços e obras que considerem critérios compatíveis com
padrões de consumo social e ambientalmente sustentáveis;
XII - Integração dos catadores de materiais reutilizáveis e recicláveis
nas ações que envolvam a responsabilidade compartilhada pelo ciclo
de vida dos produtos;
XIII - Estímulo à implementação da avaliação do ciclo de vida do pro-
duto;
XIV - Incentivo ao desenvolvimento de sistemas de gestão ambiental e em-
presarial voltados para a melhoria dos processos produtivos e ao reaprovei-

83
tamento dos resíduos sólidos, incluídos a recuperação e o aproveitamento
energético;
XV - Estímulo à rotulagem ambiental e ao consumo sustentável.

A PNRS vem como um forte mecanismo que liga o desenvolvi-


mento sustentável, ao consumo consciente e preciso. Segundo Milanez
(2002) os resíduos sólidos apresentam uma forte relação com a susten-
tabilidade, pois além da sua dimensão ambiental, esse sistema possui
componentes sociais e econômicas relevantes e dada a proximidade
com o dia a dia das pessoas, podem ainda ser utilizados de modo atra-
tivo para uma discussão mais ampla sobre a sustentabilidade.
A PNRS se tornou o principal veiculador de planos e ações que
mediasse a controle, a fiscalização e a penalização visando um melhor
aproveitamento ou promovendo um descarte consciente e adequado,
tanto pela sociedade civil, quanto pelas indústrias, comércios e outros
empreendimentos.

LOGÍSTICA REVERSA

A logística reversa é o instrumento de desenvolvimento


econômico e social caracterizado pelo conjunto de ações, procedimentos
e meios destinados a viabilizar a coleta e a restituição dos resíduos
sólidos ao setor empresarial, para reaproveitamento, em seu ciclo ou
em outros ciclos produtivos, ou outra destinação final ambientalmente
adequada. (art. 13, decreto 7.404/2010).   Ele está presente na Lei
12.305 e no decreto que o legitima, 7.404/2010. No seu art. 5º, do de-
creto 7.404/10.
PROTEÇÃO DO MEIO AMBIENTE - GRUPO PROMINAS

84
Figura 22- Logística Reversa

Fonte: Senado, 2014.

Para tanto, a lei estabelece que os fabricantes, importadores,


distribuidores, comerciantes, consumidores e titulares dos serviços pú-
blicos de limpeza urbana e de manejo de resíduos sólidos são respon-
sáveis pelo ciclo de vida dos produtos.A lei dispõe que alguns produtos
devem estar presentes nesta logística como: agrotóxicos, seus resíduos
e embalagens, assim como todos os produtos que após o uso, a emba-
lagem possa conter resquícios do produto utilizados, sendo este con-
siderado um produto perigoso, mediante as regras do gerenciamento
de resíduos e ou previstas em pelos órgãos como SISNAMA, ou em
PROTEÇÃO DO MEIO AMBIENTE - GRUPO PROMINAS
normas técnicas como exposto art. 33 da Lei 12.305, como se segue:

II - Pilhas e baterias;
III - Pneus;
IV - Óleos lubrificantes, seus resíduos e embalagens;
V - Lâmpadas fluorescentes, de vapor de sódio e mercúrio e de luz mista;
VI - Produtos eletroeletrônicos e seus componentes.

No art. 35 do decreto 7.404/2010, há uma ordem prioritária: Na


gestão e gerenciamento de resíduos sólidos, deverá ser observada a
seguinte ordem de prioridade: não geração, redução, reutilização, reci-
clagem, tratamento dos resíduos sólidos e disposição final ambiental-
mente adequada dos rejeitos.  Este engloba todos os planos de resíduos
sólidos explicitados acima, e também todos os sistemas de informações
de resíduos sólidos, na busca de minimizar os danos ao meio ambiente.
85
CLASSIFICAÇÃO DOS RESÍDUOS

Classificação do lixo quanto à origem:


•  Domiciliar
•  Limpeza urbana
•  Industrial
•  Comercial
•  Serviço de saúde
•  Transporte (portos, aeroportos, terminais rodoviários e ferro-
viários)
•  Agro silvopastoril
•  Mineração
•  Construção civil

Classificação do lixo quanto à periculosidade, segundo parâ-


metros da ABNT NBR 10.004:
1.Classe I – Perigosos

Riscos à saúde pública.


Riscos ao meio ambiente.

2. Classe II – Não perigosos

Classe IIA – Não inertes – biodegradabilidade, combustibilidade ou solubili-


dade em água.
Classe IIB – Inertes – seus constituintes não se solubilizam a concentrações
superiores aos padrões de potabilidade da água, com exceção do aspecto,
cor, turbidez, dureza e sabor.
PROTEÇÃO DO MEIO AMBIENTE - GRUPO PROMINAS

TRATAMENTO DE RESÍDUOS SÓLIDOS

O tratamento de resíduos sólidos pode se dar de diversas for-


mas, entre as mais comuns estão: os aterros sanitários, incineração,
aterros controlados, compostagem, pirólise, biodigestão, entre outros.

Aterros sanitários
Segundo a NBR 8419:1992,

Aterro sanitário de resíduos sólidos urbanos é definido como a técnica de


disposição de resíduos sólidos urbanos no solo, sem causar danos à saúde
pública e à sua segurança, minimizando os impactos ambientais, método
este que utiliza princípios de engenharia para confinar os resíduos sólidos à
menor área possível e reduzi-los ao menor volume permissível, cobrindo-os

86
com uma camada de terra na conclusão de cada jornada de trabalho, ou a
intervalos menores, se necessário.

Resumidamente, esta é uma técnica de disposição dos resí-


duos no solo, sem causar risco á saúde e segurança, visando uma mi-
nimização dos impactos ambientais. Utilizando métodos da engenharia,
estes aterros buscam soluções para ocupação de menores áreas pos-
síveis, reduzindo também os seus volumes.

O aterro sanitário ainda é o processo mais aplicado em todo o


mundo devido ao seu baixo custo. Trata-se de um processo bastante
seguro e simples.
A sua construção está sujeita a uma série de regulamentações,
porém existe distinção entre aterros para resíduos urbanos e industriais.
(PHILIPPI et al. 2014).

Algumas vantagens e desvantagens da utilização do aterro sa-


nitário podem ser descritas, de acordo com Philippiet al. (2014),

Vantagens:

Baixo custo se comparado com outros tratamentos


Utilizam equipamentos de baixo custo e de simples operação
É possível a implantação em terrenos de baixo valor
PROTEÇÃO DO MEIO AMBIENTE - GRUPO PROMINAS
Evitam a proliferação de insetos e animais transmissores de doenças
Não estão sujeitas a interrupções no funcionamento em caso de fa-
lhas

Desvantagens:

Perda de matérias primas e da energia contida nos resíduos


Transporte de resíduos à longa distancia
Desvalorização da região ao redor do aterro
Riscos de contaminação do lençol freático
Produção de chorume e percolados
Necessidade de manutenção e vigília após fechamento do aterro.

87
Figura 23 - Aterro Sanitário

Fonte: Ferreira, 2018.

Em um aterro sanitário, gases são gerados na saída do


processo de decomposição dos resíduos. Entre os principais gases
estão metano (CH4), dióxido de carbono (CO2), amônia (NH3), hidrogê-
nio (H2), entre outros. O biogás gerado após a disposição dos resíduos
pode perpetuar por um tempo de 20 a 30 anos. Os gases produzidos
pelos aterros contribuem para o aumento significativo das emissões do
metano, mas este, pode ser aproveitado na geração de energia.
PROTEÇÃO DO MEIO AMBIENTE - GRUPO PROMINAS

Critérios para implantação de um aterro sanitário


Uma série de critérios devem ser observada antes de se pensar
em implantar um sistema de aterro sanitário. Observe o quadro abaixo,
retirado de Philippiet al.(2014).

88
Quadro 2 – Critérios para avaliação das áreas para instalação de aterro sanitário
Classificação das áreas
Dados necessários Recomenda-
Não recomen-
Recomendada da com res-
dada
trições
Maior que 10 10 anos, a critério do órgão am-
Vida útil
anos biental
Distância do centro Menor que 10
10 a 20 km Maior que 20 km
atendido km
Unidades de con-
Zoneamento am- Áreas sem restrições no
servação ambien-
biental zoneamento ambiental
tal e correlatas

Vetor de cres-
Vetor de cresci- Vetor de cresci-
Zoneamento urbano cimento inter-
mento mínimo mento máximo
mediário
Densidade popula-
Baixa Média Alta
cional

Uso e ocupação das Áreas devolutas ou pouco Ocupação inten-


terras utilizadas sa

Valorização da terra Baixa Média Alta

Aceitação da popu-
lação e de entidades
Boa Razoável Inaceitável
ambientais não go-
vernamentais
PROTEÇÃO DO MEIO AMBIENTE - GRUPO PROMINAS

Distância dos cursos


Maior que 200 Menor que 200 m, com aprova-
d’água (córregos,
m ção do órgão ambiental
nascentes etc.)

Fonte: Adaptado de JARDIM (1996) apud PHILIPPI et al. (2014).

Compostagem
Conforme Kiehl (1985) citado por Philippiet al. (2014), o pro-
cesso de compostagem é classificado como um processo de reciclagem
da parte orgânica do resíduo sólido urbano (no Brasil cerca de pouco
mais da metade dos resíduos sólidos urbanos são de origem orgânica).
89
Nos aterros o processo de decomposição é anaeróbio uma vez que o ar
é escasso dentro das células. Já no processo de compostagem, ocorre
uma digestão aeróbia do resíduo orgânico (KIEHL, 1985).
Conforme Philippiet al. (2014), existem vantagens e desvan-
tagens do processo de compostagem, podendo-se citar as seguintes:
Vantagens da compostagem: valorização da parte orgânica do
resíduo sólido e aumento da vida útil do aterro sanitário.
Desvantagens da compostagem: mais caro do que o aterro sa-
nitário por tonelada de resíduo, grandes dificuldades para comercializa-
ção do composto.

Conforme Philippiet al. (2014), existem vantagens e desvan-


tagens do processo de compostagem, podendo-se citar as seguintes:
Vantagens da compostagem: valorização da parte orgânica do
resíduo sólido e aumento da vida útil do aterro sanitário.
Desvantagens da compostagem: mais caro do que o aterro sa-
nitário por tonelada de resíduo, grandes dificuldades para comercializa-
ção do composto.

Incineração
A incineração é uma prática antiga de eliminação de resíduos,
com aproximadamente 100 anos de existência. No incinerador ocorrem
reações de oxidação (ou combustão) e de decomposição dos resíduos.
PROTEÇÃO DO MEIO AMBIENTE - GRUPO PROMINAS

A reação de combustão de produtos orgânicos libera calor. Esse calor


pode ser aproveitado na saída do forno através do uso de trocadores de
geralmente, são remanescentes desses processos são: CO2, SO2, O2,
gases inertes, cinzas e escórias, calor, contribuindo para a reciclagem
energética de resíduos. Os gases que,

90
Figura 24 – Incineração de resíduos

Fonte: Kawa, 2016.

Pirólise
A Pirólise é a decomposição por meio do calor. Este método,
é conhecido nas indústrias como calcinação. A parte deste, é possível
produzir bio-óleo ou alcatrão, carvão vegetal, entre outros produtos que
servem como alternativas e combustíveis.

Figura 25 – Resultado da pirólise


PROTEÇÃO DO MEIO AMBIENTE - GRUPO PROMINAS

Fonte: Ruppenthal, 2014.

91
Figura 26 – Reator pirolítico

Fonte: Leal, 2010.

Biodigestão anaeróbia
A biodigestão anaeróbia é um método pelo qual os resíduos
tratados produzem biogás, que podem ser utilizados, por exemplo, na
produção energia elétrica, térmica ou mecânica. Todo este processo
PROTEÇÃO DO MEIO AMBIENTE - GRUPO PROMINAS

anaeróbio é fechado e possui ausência de O2, não possui liberação de


gases produzidos pelas bactérias.
As reações que ocorrem no biodigestor anaeróbio são simila-
res com as que ocorrem nos aterros sanitários, porém no biodigestor o
processo é controlado e acelerado.

92
Figura 27 – Biodigestor anaeróbio

Fonte: Machado, 2017.

Figura 28 – Processo de biodigestão anaeróbia

PROTEÇÃO DO MEIO AMBIENTE - GRUPO PROMINAS

Fonte: Ruppenthal, 2014.

93
Conscientes da grave problemática quanto à Gestão dos Resí-
duos Sólidos Urbanos no país, desde sua produção, coleta e disposição
final, e do desafio colocado aos municípios e à sociedade como um
todo no equacionamento dos problemas, a Secretaria Especial de De-
senvolvimento Urbano – SEDU/PR – tem ampliado sobremaneira seus
programas, linhas de financiamento e apoio nesta área.
Entretanto, considerando que a capacitação de agentes muni-
cipais responsáveis pelos serviços de limpeza urbana e a existência de
um referencial técnico para auxiliá-los na preparação e implementação
dos seus programas de resíduos sólidos constituem fatores essenciais
para a aplicação adequada dos recursos e solução dos problemas, a
SEDU/PR tem o prazer de disponibilizar, aos municípios brasileiros,
este Manual de Gerenciamento Integrado de Resíduos Sólidos.
Acesse:<http://www.resol.com.br/cartilha4/manual.pdf>

GERENCIAMENTO INTEGRADO DE RESÍDUOS SÓLIDOS URBANOS

O gerenciamento integrado de resíduos sólidos pressupõe a


utilização de diversos meios para se alcançar o objetivo de melhorar
o gerenciamento dos resíduos urbanos, conforme revela Philippiet al.
(2014),

“ [...]o gerenciamento integrado de resíduos sólidos urbanos constitui-se em


PROTEÇÃO DO MEIO AMBIENTE - GRUPO PROMINAS

um conjunto de instrumentos e técnicas que o município deve aplicar visando


aumentar a eficiência de cada um dos instrumentos de manejo. Além disso,
visa aproveitar ao máximo os potenciais dos resíduos sólidos com relação a
sua reutilização e a sua reciclagem”.

O gerenciamento integrado de resíduos sólidos requer medi-


das que visem aproveitar ao máximo os potenciais dos resíduos sólidos
através da sua reutilização e reciclagem.
Dentre as formas de gerenciamento, pode-se destacar medi-
das que funcionam e são bastante econômicas, como a simples coleta e
transferência dos resíduos para os aterros sanitários. Existem sistemas
mais complexos também e por isso são mais caros, como princípios de
valorização dos resíduos e aumento de vida útil do aterro. Tais sistemas
correspondem ao aproveitamento dos resíduos através de programas

94
de coleta seletiva, usinas de reciclagem (para resíduos inorgânicos), e
compostagem, biodigestão e aproveitamento energético para os resí-
duos orgânicos.
Segundo o trabalho de Calderoni (1998), citado por Philippiet
al. (2014, não se pode aceitar a atual situação de gerenciamento e de
tecnologia existentes no que diz respeito ao potencial energético que é
desperdiçado com o lixo. É necessário que haja minimização da gera-
ção e um aproveitamento mais racional dos resíduos.
O programa de gerenciamento integrado de resíduos deve
abordar mais do que simplesmente um tratamento, ele deve ser enca-
rado como um programa composto por várias etapas e todas em prol de
um objetivo comum. Ele é composto por sistemas de estocagem, coleta,
tratamento e destinação final, em sintonia de modo a fornecer o melhor
custo-benefício para a gestão de resíduos de uma região. (PHILIPPI et
al. 2014).
Kreith (1994), citado por Philippiet al., (2014), traz alguns exem-
plos de estratégias de gerenciamento integrado e elas foram elencadas
de forma resumida abaixo:
• Coleta dos resíduos sólidos sem implementação da coleta se-
letiva, seguida de uma etapa de triagem para a separação dos materiais
que podem ser reciclados. O material restante é incinerado e as cinzas
são encaminhadas para os aterros sanitários.
• Coleta os resíduos sólidos sem implementação da coleta se-
letiva, seguida de uma etapa de produção de combustível por meio do
resíduo e da recuperação de metais. Incineração do material orgânico.
As cinzas e o resíduo gerado na produção de combustível e recupera-
ção de metais são encaminhados para aterros sanitários.
• Os resíduos sólidos municipais são encaminhados direta-
PROTEÇÃO DO MEIO AMBIENTE - GRUPO PROMINAS
mente para aterros sanitários e os resíduos de poda vão para compos-
tagem. O composto gerado é vendido e o resíduo desse processo é
disposto em aterros sanitários.
• Coleta seletiva de materiais orgânicos e inorgânicos. O mate-
rial orgânico é disposto diretamente em aterros sanitários, enquanto o
inorgânico segue para uma unidade de triagem e reciclagem. O material
que não pôde ser aproveitado é disposto em aterros sanitários.
• Basicamente igual à estratégia anterior, mas com implemen-
tação de incineração dos resíduos orgânicos e a disposição final das
cinzas.
• Coleta seletiva de materiais orgânicos e inorgânicos. O ma-
terial orgânico é encaminhado para uma unidade de produção de com-
bustível e para a recuperação de metais, o material restante é incinera-
do e as cinzas dispostas em aterros sanitários, enquanto o inorgânico
95
segue para uma unidade de triagem e reciclagem. O material que não
pôde ser aproveitado é disposto em aterros sanitários.
• Coleta seletiva de materiais orgânicos e inorgânicos. O ma-
terial orgânico é encaminhado para uma unidade de produção de com-
bustível e para compostagem, o material restante é disposto em aterros
sanitários. Enquanto o inorgânico segue para uma unidade de triagem
e reciclagem. O material que não pôde ser aproveitado é disposto em
aterros sanitários.
• Coleta seletiva de materiais orgânicos e inorgânicos, e de
resíduos de poda. O material orgânico é disposto em aterros sanitários
e o inorgânico segue para uma unidade de triagem e reciclagem, sendo
que o material que não pôde ser aproveitado é disposto em aterros sa-
nitários. Os resíduos de poda vão para compostagem, os resíduos de
compostagem são dispostos em aterros sanitários.
• Basicamente igual à estratégia anterior, mas com a imple-
mentação de incineração dos resíduos orgânicos e a disposição final
das cinzas.

Cada uma dessas estratégias para integração do gerencia-


mento de resíduos possui características próprias. Observa-se que al-
gumas optam por colocar menos resíduos em aterros sanitários, como
no caso daquelas que fazem uso de incineradores.
Uma das formas de gerenciamento integrado que pode trazer
bons resultados no que tange à valorização dos resíduos, é a imple-
mentação do princípio do poluidor pagador. Esse princípio consiste,
resumidamente, na empresa ou indústria que coloca o produto no mer-
cado, e que tem a sua sustentação econômica baseada no consumo
do produto por ela produzido e é responsável pelo tratamento e/ou dis-
PROTEÇÃO DO MEIO AMBIENTE - GRUPO PROMINAS

posição do resíduo gerado pelo produto. Esse princípio faz com que
os produtos tenham embutidos em seu preço o custo de tratamento do
resíduo e também do desenvolvimento de tecnologias e programas de
reciclagem. (PHILIPPI et al., 2014).

- O gerenciamento integrado de resíduos sólidos urbanos


constitui-se em um conjunto de instrumentos e técnicas que o município
deve aplicar visando aumentar a eficiência de cada um dos instrumen-
tos de manejo. Além disso, visa aproveitar ao máximo os potenciais dos
resíduos sólidos com relação a sua reutilização e a sua reciclagem.
96
- O gerenciamento integrado de resíduos sólidos requer medi-
das que visem aproveitar ao máximo os potenciais dos resíduos sólidos
através da sua reutilização e reciclagem.
- Dentre as formas de gerenciamento, podem-se destacar me-
didas que funcionam e são bastante econômicas, como a simples coleta
e transferência dos resíduos para os aterros sanitários.
- Contribuem para o aumento da vida útil do aterro sanitário:
Programas de coleta seletiva, usinas de reciclagem (para resíduos inor-
gânicos), e compostagem, biodigestão e aproveitamento energético
para os resíduos orgânicos Até mesmo a incineração (que é um proces-
so bem simples) contribui para o aumento da vida útil dos aterros.
Fonte: PHILIPPI et al. (2014).

Chegamos ao final de mais um capítulo e espero que tenha


aprendido bastante sobre os assuntos que rodeiam o tópico de resíduos
sólidos. Deixarei abaixo algumas indicações bibliográficas que o ajuda-
rão ao longo da caminhada do conhecimento:
PHILIPPI, Jr., ROMÉRO, M., BRUNA, G. Curso de Gestão
Ambiental 2ed. Atual. eampl. Barueri-SP: Manole, 2014 (Coleção am-
biental, v.13).
MOURA, Luiz. Qualidade e gestão ambiental. Belo Horizon-
te: Del Rey, 2011. 432 p.

PROTEÇÃO DO MEIO AMBIENTE - GRUPO PROMINAS

97
QUESTÃO 1
Ano: 2019 Banca:MPE/PR Órgão: MPE/PR Prova: Promotor de Jus-
tiça. Nível: Superior.
Assinale a alternativa correta, nos termos da Lei n. 12.305/2010
(Política Nacional de Resíduos Sólidos):
a) Considera-se área contaminada o local cujos responsáveis pela dis-
posição não sejam identificáveis ou individualizáveis.
b) Considera-se logística reversa a produção e consumo de bens e ser-
viços de forma a atender as necessidades das atuais gerações e permi-
tir melhores condições de vida, sem comprometer a qualidade ambien-
tal e o atendimento das necessidades das gerações futuras.
c) Considera-se destinação final ambientalmente adequada a distribui-
ção ordenada de rejeitos em aterros, observando normas operacionais
específicas de modo a evitar danos ou riscos à saúde pública e à segu-
rança e a minimizar os impactos ambientais adversos.
d) Considera-se reutilização o processo de transformação dos resíduos
sólidos que envolve a alteração de suas propriedades físicas, físico-quí-
micas ou biológicas, com vistas à transformação em insumos ou novos
produtos, observadas as condições e os padrões estabelecidos pelos
órgãos competentes do Sisnama e, se couber, do SNVS e do Suasa.
e) Consideram-se geradores de resíduos sólidos as pessoas físicas ou
jurídicas, de direito público ou privado, que geram resíduos sólidos por
meio de suas atividades, nelas incluído o consumo.

QUESTÃO 2
Ano: 2018 Banca:FGV Órgão: CM/SALVADOR  Prova: Especialista
Legislativo Municipal Nível: Superior.
PROTEÇÃO DO MEIO AMBIENTE - GRUPO PROMINAS

Quanto à gestão de resíduos sólidos, nos termos da Lei nº 12.305,


de 02 de agosto de 2010, é correto afirmar que:
a) deve ser observada a seguinte ordem de prioridade: tratamento, reci-
clagem, reutilização e disposição final ambientalmente adequada;
b) são consideradas geradoras de resíduos sólidos as pessoas jurídi-
cas, de direito privado, que geram resíduos sólidos por meio de suas
atividades, excetuando o consumo próprio;
c) rejeitos são resíduos sólidos que não podem ser reaproveitados nem
tratados, devendo ser reciclados;
d) a logística reversa diz respeito ao conjunto de ações que viabilizam
a restituição dos resíduos sólidos ao setor empresarial, para que este
faça a destinação final ambientalmente adequado.
e) os estabelecimentos comerciais não são obrigados a elaborar um
plano de gestão de resíduos sólidos, desde que eles não gerem resí-
98
duos perigosos.

QUESTÃO 3
Ano: 2018 Banca: VUNESP Órgão: ARSESP Prova: Especialista em
Regulação e Fiscalização de Serviços Públicos Nível: Superior.
A Lei nº 12.305/2010 estabelece que os municípios com menos de
20 000 habitantes podem usar um plano municipal de gestão inte-
grada de resíduos sólidos com conteúdo simplificado desde que:
a) estejam localizados em Unidade de Conservação.
b) não sejam integrantes de áreas de especial interesse turístico.
c) estejam inseridos em área de influência de mineradoras.
d) o órgão responsável pelo licenciamento ambiental do município as-
sim o aprove.
e) não estejam inseridos no plano de saneamento básico.

QUESTÃO 4
Ano: 2018 Banca: VUNESP Órgão:ARSESP Prova: Especialista em
Regulação e Fiscalização de Serviços Públicos Nível: Superior.
Nas áreas de disposição final de resíduos sólidos ou rejeitos, a:
a) matéria orgânica presente deve ser direcionada à alimentação de
animais presentes na área.
b) instância pública deve ser inteiramente responsável pela gestão des-
se material.
c) fixação de habitações temporárias ou permanentes é proibida.
d) remoção de resíduos de saúde presentes deve ser feita pelos traba-
lhadores do local.
e) catação deve ser estimulada, visando à redução do volume do mate-
rial depositado.
PROTEÇÃO DO MEIO AMBIENTE - GRUPO PROMINAS
QUESTÃO 5
Ano: 2018 Banca: FCC Órgão: CL/DF Prova: Consultor Legislativo
Nível: Superior.
Logística reversa consiste em:
a) uma destruição total ou parcial de resíduos sólidos que, por sua na-
tureza ou por sua composição bioquímica, estão impossibilitados de re-
tornar ao ecossistema ou ao meio ambiente, por qualquer meio.
b) uma distribuição ordenada de rejeitos em aterros, observando nor-
mas operacionais específicas de modo a evitar danos ou riscos à saúde
pública e à segurança e a minimizar os impactos ambientais adversos.
c) um instrumento de desenvolvimento econômico e social caracteriza-
do por um conjunto de ações, procedimentos e meios destinados a via-
bilizar a coleta e a restituição dos resíduos sólidos ao setor empresarial,
99
para reaproveitamento, em seu ciclo ou em outros ciclos produtivos, ou
outra destinação final ambientalmente adequada.
d) um manejo de rejeitos impossíveis de serem desintegrados ou acon-
dicionados de modo apropriado para seu descarte, de modo que a dis-
posição final é a única medida a ser ambientalmente realizada.
e) um conjunto de atribuições individualizadas e encadeadas dos fabri-
cantes, importadores, distribuidores e comerciantes, dos consumidores
e dos titulares dos serviços públicos de limpeza urbana e de manejo dos
resíduos sólidos, para minimizar o volume de resíduos sólidos e rejeitos
gerados, bem como para reduzir os impactos causados à saúde huma-
na e à qualidade ambiental decorrentes do ciclo de vida dos produtos.

QUESTÃO DISSERTATIVA – DISSERTANDO A UNIDADE

O grande aumento da produção de lixo é um dos principais problemas


ambientais da atualidade. A produção de lixo é inevitável durante as
atividades humanas, porém, pode haver a sua diminuição. Esse fato
pode ser obtido através da implantação da política dos 3R’s. A partir de
seus estudos sobre o tema, explique sobre os 3R’s - Reutilizar, Reciclar
e Reduzir.

TREINO INÉDITO

Associe as colunas e assinale a alternativa correta.


a) Aterros sanitários
b) Compostagem
c) Incineração
d) Pirólise
PROTEÇÃO DO MEIO AMBIENTE - GRUPO PROMINAS

e) Biodigestão
(  ) Reação de decomposição por meio do calor, também chamado de
calcinação.
( ) Disposição de resíduos sólidos no solo com a utilização de princípios
de engenharia para confinar os resíduos à menor área possível e redu-
zi-los ao menor volume possível, cobrindo-os com uma camada de terra
na conclusão da jornada de trabalho ou a intervalos menores.
(  ) Transformação de restos orgânicos em adubo por meio de um pro-
cesso biológico que acelera a decomposição do material orgânico, ten-
do como produto final o composto orgânico.
( ) Produção de forma anaeróbica e fechada, na ausência de oxigênio e
sem liberação de gases produzidos pela ação das bactérias.
(   ) Combustão de resíduos com aproveitamento do calor gerado no
processo.
100
Gestão.
a) D – A – B – E – C
b) E – B – A – C – D
c) A – C – D – E – B
d) B – E – C – A – D
e) C – D – E – B – A

NA MÍDIA

Descarte de entulho é feito de forma incorreta em 80% dos municípios

A matéria trás que mais de 80% dos municípios brasileiros não tratam
de forma adequada o entulho gerado pela construção civil.  E isso não
é só um problema ambiental, é também um desperdício de dinheiro.
Todos os anos, o Brasil descarta cem milhões de toneladas de entulho.
Empilhada, essa sujeira toda formaria sete mil prédios de dez andares.
Menos de 20% dos municípios do país tratam de forma correta o que sobra
de demolições e da construção civil. “O descarte irregular de entulho gera
vetor de doença, gera enchentes, então, uma vez descartando o entulho
de forma correta, a gente poupa a vida útil de aterros, a gente economiza
a extração de recursos naturais que seriam oriundos de pedreira”, explica
Heweron Bartolli, presidente da Abrecon, Associação Brasileira para Reci-
clagem de Resíduos da Construção Civil e Demolição.
O Ministério do Meio Ambiente afirmou que desde 2010 o país tem uma
política nacional de resíduos sólidos e que estados e municípios tem até
2022 para elaborar e atualizar os planos de gestão de resíduos.
Fonte: G1- Globo
Data: 29 jan.2018
PROTEÇÃO DO MEIO AMBIENTE - GRUPO PROMINAS
Leia a notícia na Íntegra:http://g1.globo.com/jornal-nacional/noti-
cia/2018/01/descarte-de-entulho-e-feito-de-forma-incorreta-em-80-dos-
-municipios.html

NA PRÁTICA

A perspectiva ambiental que cerca os resíduos sólidos é gigantesca.


Como vimos na reportagem acima, mesmo com toda evolução de for-
mas diferentes e baratas de se tratar, reciclar e reutilizar, o lixo, ainda é
um vilão, principalmente nos centros urbanos. Em se tratando de ações
provenientes, versa-se uma necessidade persistente, de Educação Per-
manente. A Política de Educação Ambiental deve ser um instrumento de
informação e interesse por parte das comunidades, pois, os resíduos só-
lidos compõem os mais diversificados cenários da população brasileira.
101
Cabe ressaltar que a importância dos profissionais que atuam nestas
temáticas, para estejam abertos ao diálogo, às abordagens interdisci-
plinares e tragam novas formas baratas de se tratar os resíduos sólidos
persistentes, seja ele, como forma de trabalho e geração de renda, ou
até mesmo para uso comum, saber utilizar o lixo é essencial para o bem
de toda a população.

PARA SABER MAIS

Filme sobre o assunto: Lixo Extraordinário


Disponível em: <https://www.youtube.com/watch?v=61eudaWpWb8>.
PROTEÇÃO DO MEIO AMBIENTE - GRUPO PROMINAS

102
NOÇÕES DE
GESTÃO AMBIENTAL

INTRODUÇÃO À GESTÃO AMBIENTAL

PROTEÇÃO DO MEIO AMBIENTE - GRUPO PROMINAS


O processo de gestão ambiental entra em cena quando se pro- PROTEÇÃO DO MEIO AMBIENTE - GRUPO PROMINAS

movem adaptações ou modificações no ambiente natural, de forma a


adaptá-lo às necessidades individuais ou coletivas, gerando, assim, o
ambiente urbano diversificado (PHILIPPI; ROMÉRO; BRUNA, 2014, p.3).
O homem é o grande agente transformador do ambiente natu-
ral, isto é, o agente que adapta e modifica o ambiente de modo a torná-
-lo urbano (próprio). O ambiente urbano, por sua vez, é o resultado de
agrupamentos instalados em ambientes naturais transformados e que
para sua sobrevivência e desenvolvimento necessitam dos recursos do
ambiente natural (PHILIPPI; ROMÉRO; BRUNA, 2014, p.3).
Conforme Diamond (2005) citado por Philippiet al. (2014), o
sucesso ou fracasso de determinadas sociedades depende diretamente
da maneira pela qual os recursos naturais são geridos. Daí a importân-
103
cia do processo de gestão baseado em variáveis inerentes aos recur-
sos naturais, como a diversidade dos recursos extraídos, a velocidade
de extração, o modo de disposição, o tratamento dos seus resíduos e
efluentes e a política de gestão escolhida, que poderá, no longo prazo,
beneficiar ou levar prejuízos à população do local em foco. O grau de
impacto do ambiente urbano sobre o ambiente natural é caracterizado
pela soma das variáveis e a maneira de geri-las.
Nesse sentido, a gestão ambiental pode ser entendida como
uma série de intervenções humanas, sobre o patrimônio ambiental, que
se localiza em determinado território. Essas intervenções precisam ser
bem delimitadas, uma vez que deverão obedecer a leis, critérios e mé-
todos precisos em relação ao escopo gerencial que um gestor adota em
relação ao local de intervenção.
De modo a não induzir ações falhas, tendenciosas e ambíguas,
no que diz respeito à gestão ambiental, é preciso que os gestores pos-
suam conhecimento acerca da composição do meio ambiente e da sua
complexidade, ou seja, das suas particularidades intrínsecas (COIM-
BRA, 2014, p. 551).
Coimbra (2014) traz uma definição geral de gestão ambiental,

“Gestão ambiental é um processo de administração participativo, integrado e


contínuo, que procura compatibilizar as atividades humanas com a qualidade
e a preservação do patrimônio ambiental, por meio da ação conjugada do po-
der público e da sociedade organizada em seus vários segmentos , mediante
priorização das necessidades sociais e do mundo natural, como alocação
dos respectivos recursos e mecanismos de avaliação e transparência”.

Tendo em vista que o meio ambiente é uma ciência complexa,


é necessário que se estruture uma equipe multidisciplinar, formada por
PROTEÇÃO DO MEIO AMBIENTE - GRUPO PROMINAS

profissionais de diferentes áreas do conhecimento, para encarar os pro-


blemas que venham a surgir, elaborando soluções realistas em busca
de uma gestão ambiental eficaz.

Gestão ambiental pode se entendida como uma série de inter-


venções humanas sobre o patrimônio ambiental, que se localiza em de-
terminado território. Essas intervenções precisam ser bem delimitadas,
uma vez que deverão obedecer a leis, critérios e métodos precisos, em
relação ao escopo gerencial que um gestor adota em relação ao local
de intervenção.
104
PROCESSO DE PLANEJAMENTO

Após a formação da equipe que estará envolvida em solucio-


nar os problemas e gerir toda a questão ambiental, parte-se para a fase
de planejamento. Para iniciar com o planejamento das ações, deve-se,
primeiramente, distinguir os tipos de recursos a serem analisados. São
eles: os recursos do ambiente natural, do ambiente construído e as ne-
cessidades do ser humano e suas atividades. (PHILIPPI; ROMÉRO;
BRUNA, 2014, p.6).
Para o primeiro conjunto, referente ao ambiente natural, deve-
-se conhecer a disponibilidade, o comportamento e as possibilidades de
utilização de todos os recursos naturais (água, ar, flora, fauna, espaço).
No que diz respeito ao ambiente construído, deve-se identificar
a existência e as necessidades dos ambientes construídos, ou seja, das
edificações públicas e privadas, ruas, avenidas, estradas, rodoviárias,
aeroportos, ferroviárias, portos, entre outros.
O terceiro grupo, relativo às necessidades do homem e suas
atividades, deve identificar as necessidades dos indivíduos e suas ativi-
dades, que determinarão as exigências básicas de moradia, transporte,
de trabalho e de lazer, além de infraestruturas sanitária, social, econô-
mica e política.
É de suma de importância que se conheça todos esses
conjuntos de recursos, de modo a propiciar condições favoráveis, para
uma gestão que vise a qualidade do meio ambiente e, consequente-
mente, almeje qualidade de vida. A qualidade do meio ambiente está
diretamente relacionada à qualidade de vida dos entes participantes do
ambiente em si.
Após o entendimento acerca dessas questões básicas é que
se dá inicio à fase de planejamento propriamente dita, a qual é caracte- PROTEÇÃO DO MEIO AMBIENTE - GRUPO PROMINAS

rizada pelo encaminhamento de diretrizes que visem ordenar, articular


e equipar, de maneira racional, o espaço, destinando suas partes e o
todo às diversas funções e atividades de vida (ser humano, fauna, flo-
ra), de modo a valorizar ambientes específicos e controlar a diversidade
biológica e, consequentemente, o ambiente como um todo. (PHILIPPI
et al., 2002).

105
Não iremos adentrar nas fases técnicas do processo de plane-
jamento, pois, não é o propósito dessa apostila, mas irei listar abaixo
algumas características resumidas dessas fases. Caso tenha interesse
em saber mais, disponibilizei a referência bibliográfica ao final desse
quadro. Fique à vontade para estudar mais a respeito.
As quatro fases técnicas do processo de planejamento são as
seguintes:
Eclosão
Projeto
Execução
Retroalimentação

Fonte: PHILIPPI; ROMÉRO; BRUNA, 2014, p.8.

SISTEMA DE GESTÃO AMBIENTAL

O Sistema de Gestão Ambiental (SGA) é a unidade de metodo-


logias que visa auxiliar a organização de empresas, a diminuir, controlar
e prevenir os impactos ambientais, nos negócios firmados pelas suas
atividades econômicas. A NBR ISO 14001 regulamenta os sistemas de
gestão ambiental, e traz como objetivos, a proteção do meio ambiente e
a mitigação dos impactos ambientais adversos, tais como: aumento do
desempenho ambiental; controle e influência no modo como os produ-
PROTEÇÃO DO MEIO AMBIENTE - GRUPO PROMINAS

tos são projetados até o seu descarte.   


Caso uma empresa decida pela adoção à NBR ISO 14001, a
organização deverá estabelecer um sistema de gestão ambiental eficaz,
mas não só isso. Deverá prezar pela documentação em dia, programas
de manutenção e melhoria contínua do sistema.

106
Figura 29 – ISO 14000 e Melhoria contínua

Fonte: Ruppenthal, 2014.

Para implementar um SGA, a organização precisa conhecer a


fundo as necessidades dos seus clientes e atender aos requisitos da le-
gislação ambiental. Se a intenção da organização é obter melhorias de
desempenho ambiental, a adoção de um bom SGA é essencial. Nesse
sentido, segundo Moura (2011), cabe à organização cumprir três gran-
des conjuntos de atividades, são eles:
a) Análise da situação atual da empresa: implica em constatar
a real situação da empresa no tocante ao desempenho ambiental. É a
PROTEÇÃO DO MEIO AMBIENTE - GRUPO PROMINAS
fase de diagnóstico do problema, o ponto de partida para um SGA.
b) Estabelecimento de metas: implica em estudar possibilida-
des físicas, recursos materiais e humanos necessários e definir “onde
queremos chegar”, em termos de melhorias num prazo estipulado.
c) Estabelecimento de métodos: Essa é fase em que se elabo-
ram meios de se alcançar o proposto na etapa das metas (‘b’). É o modo
de trabalho que será adotado para atingir os objetivos traçados.

O SGA tem que prever um treinamento de modo a conscienti-


zar as pessoas envolvidas em cada etapa do ciclo de vida do produto
para assegurar o maior grau de sustentabilidade ao produto em si e
a seu processo de elaboração, forma de consumo e descarte. Esse
cuidado é necessário, porque, se há irregularidade na produção ou no
107
manejo e coleta da matéria-prima, como a utilização de produtos quími-
cos inadequados ou em quantidade indevida, todo o processo restante
estará comprometido (PHILIPPI et al., 2014).
O sistema de gestão ambiental, tem suas bases no “ciclo Plan-
-Do-Check-Act” (PDCA), este tem o intuito de fomentar um processo
interativo das organizações, levando-as a um nível maior de inovação,
interesse e desenvolvimento sustentável. Na fase de “Plan”, como o
próprio nome indica, será feito o planejamento das melhorias identifi-
cadas nos processos organizacionais. Na fase “Do”, as mudanças que
foram planejadas serão implementadas. Na fase “Check”, são coletados
os dados sobre a implementação (fase “Do”) e comparados com o que
fora previsto. Na fase “Act”, são avaliados os resultados globais do pro-
cesso. Caso os resultados não sejam satisfatórios, o ciclo PDCA deverá
ser reiniciado.

Figura 30 - PDCA
PROTEÇÃO DO MEIO AMBIENTE - GRUPO PROMINAS

Fonte: Hammar, 2017.

As transformações ambientais causadas pela sociedade são


quase tão antigas quanto a própria existência do homem. No entan-
to, foi a partir das décadas finais do século passado que os impactos
ambientais se tornaram mais intensos devido ao elevado crescimento
demográfico e ao alto grau da aceleração tecnológica. A partir da déca-
da de 1970 surgiu uma maior preocupação por parte de governantes,
organizações não governamentais e sociedade civil em se discutir e
implementar políticas voltadas para planejamento e gestão ambiental
em todo o mundo (NOVAIS, 2012, p.1).
108
A figura abaixo ilustra todo o processo estrutural de um Siste-
ma de Gestão Ambiental (SGA).

Figura 31 - Estrutura do SGA

Fonte: Figueiredo, 2014.

O QUE É A ISO 14000?


A série de normas ISO 14000 – Gestão Ambiental, foram ini-
PROTEÇÃO DO MEIO AMBIENTE - GRUPO PROMINAS
cialmente elaboradas visando o  “manejo ambiental”, que significa “o
que a organização faz para minimizar os efeitos nocivos ao ambiente
causados pelas suas atividades” (ISO, 2000).
Assim sendo, essas normas fomentam a prevenção de pro-
cessos de contaminações ambientais, uma vez que orientam a organi-
zação quanto a sua estrutura, forma de operação e de levantamento,
armazenamento, recuperação e disponibilização de dados e resultados
(sempre atentando às necessidades futuras e imediatas de mercado e,
consequentemente, a satisfação do cliente), entre outras orientações,
inserindo a organização no contexto ambiental.
Para saber mais, acesse: <https://www.coladaweb.com/admi-
nistracao/iso-14000-gestao-ambiental>.

109
Aspectos Ambientais
Como o processo de certificação pela NBR 14001 se dá pela
ISO, o acesso ao selo, que é reconhecido internacionalmente, não exige
da empresa tecnologias caras ou que já tenham tido melhor desempe-
nho nas questões ambientais.

A série ISO 14000 auxilia a organização no que é necessário para desen-


volver um novo sistema de gestão ambiental ou melhorar o já existente. A
melhoria contínua é o processo de aperfeiçoar o sistema de gestão ambien-
tal para alcançar melhorias no desempenho ambiental total em alinhamento
com as políticas da organização (Rupentthal ,2014).

A procura por melhoria em processos que possam minimizar


os impactos pelo ambiente, a avaliação de impactos é uma metodologia
para empresas que querem alcançar o ISO 14001, o objetivo desse
item da norma é fazer com que a empresa identifique todos os impactos
ambientais significativos, reais e potenciais, relacionados com suas
atividades, produtos e serviços, para que possa controlar os aspectos
sob sua responsabilidade (Meystre, 2003).
Aspecto ambiental é definido, pela NBR ISO 14001, como ele-
mento das atividades, produtos e serviços de uma organização, que
possam interagir com o meio ambiente.
O aspecto pode estar relacionado a uma máquina ou equipa-
mento, assim como, a uma atividade executada por ela ou por alguém
que produza ou apresente a possibilidade de produzir algum efeito so-
bre o meio ambiente. A NBR ISO 14001, prioriza o levantamento dos
aspectos ambientais significativos, já que os aspectos envolvidos em
um processo são muitos. Aspecto ambiental significativo é aquele que
tem um impacto ambiental significativo (ABNT NBR ISO 14001:2004).
PROTEÇÃO DO MEIO AMBIENTE - GRUPO PROMINAS

Dessa forma, impacto ambiental é qualquer mudança no meio


ambiente, tanto positiva quanto negativa, total ou parcial, resultado
das atividades, produto ou serviços da organização (ABNT NBR ISO
14001:2004).

Quadro 3 – Exemplos de Aspectos e Impactos Ambientais


Atividade, produto, ou
Aspecto ambiental Impacto ambiental
serviço
Possibilidade de va-
Atividade-Manuseio de Contaminação do solo
zamentos para o meio
materiais perigosos ou da água
ambiente

110
Produto- Projeto de um Uso de matérias primas
Esgotamento de recur-
veículo (ou componen- esgotáveis (água, me-
sos naturais
tes) tais, plásticos).
Serviço- Operação de
Emissões de gases
caminhões de trans- Contaminação do ar
pelo escapamento
porte
Fonte: Elaborado pelo autor, 2019.

Aspectos ambientais x Impactos ambientais


Os aspectos ambientais podem ser entendidos como todos os
elementos das atividades, produtos ou serviços. EX: uso de matérias
primas naturais, consumo de água e energia, etc.
Os impactos ambientais dizem respeito às quaisquer modifica-
ções no meio ambiente, que resultem dos aspectos ambientais. Essas
modificações podem ser adversas ou benéficas. Ex: eventos indesejá-
veis, agressões ao meio ambiente.

Figura 32 – Diferença entre aspecto e impacto ambiental

PROTEÇÃO DO MEIO AMBIENTE - GRUPO PROMINAS

Fonte: Ruppenthal, 2014.


111
Auditoria ambiental
A auditoria ambiental é um instrumento para a verificação de
empresas e uma avaliação do sistema de gestão. Ela auxilia a veri-
ficação sobre o desempenho dos equipamentos utilizados e instala-
dos, na busca de avaliar o impacto ambiental sobre o meio ambiente,
a partir de suas atividades. As auditorias são compostas por equipes
multidisciplinares, e devem ser um instrumento independente, sistemá-
tico, documentado, periódico e objetivo. As normas que compõem os
critérios de avaliação e fiscalização, bem como os auditores para tais
funções, estão estabelecidos nas leis, são elas: NBR ISO 19011:2012
que trata das diretrizes para auditoria de sistemas de gestão, e a NBR
ISO 19015:2003 que trata da Avaliação Ambiental de Locais e Organi-
zações – AALO.

Avaliação de desempenho ambiental (ADA)


O desempenho ambiental pode ser entendido como resultados
mensuráveis da gestão de uma organização sobre seus aspectos am-
bientais. A Avaliação de desempenho ambiental (ADA) é um instrumento
de gestão interna, que busca promover informações confiáveis
para determinar se o desempenho ambiental de uma organização
está adequado, aos parâmetros colocados pela administração da
organização.
O ADA fornece informações precisas a uma organização, po-
dendo auxiliá-las no processo de uma gestão ambiental. Entre as infor-
mações, o ADA pode identificar os aspectos ambientais significativos,
verificar e apontar caminhos e oportunidades para uma melhor gestão
e, contudo, elevar o nível de gestão ambiental de uma organização. O
PROTEÇÃO DO MEIO AMBIENTE - GRUPO PROMINAS

ADA possui três níveis de atuação e organização: Planejar, Executar,


Verificar e Atuar.

Rotulagem Ambiental
A rotulagem ambiental, ou ecolbeling, é uma metodologia vo-
luntária de certificação e rotulagem de desempenho ambiental de pro-
dutos ou serviços, que vem sendo praticada ao redor do mundo. É um
importante mecanismo de implementação de políticas ambientais diri-
gido aos consumidores, auxiliando-os na escolha de produtos menos
agressivos ao meio ambiente (ABNT).  
Algumas organizações utilizam nomes que trazem uma carac-
terística ambiental como: eco-rótulo, eco-selo, rótulo ecológico, selo
verde.

112
Ao implementar um programa de rotulagem ambiental, a em-
presa considera que um segmento do mercado de consumo apoiará os
custos mais altos de produção requeridos para atingir os padrões am-
bientais. Contudo, com o aumento da oferta de produtos com melhores
padrões ambientais, os custos e, consequentemente, os preços finais,
tendem a cair. No curto prazo, a rotulagem ambiental pode contribuir
para a redução das vendas de produtos poluentes em favor daqueles
considerados menos prejudiciais ao ambiente. No longo prazo, a rotula-
gem pode estimular os produtores em direção a inovações tecnológicas
consideradas mais limpas (Bleda e Valente, 2009).
Os tipos de rotulagem pelas normas são:
Rotulagem ambiental tipo I
Definida pela NBR ISO 14024, que trata dos procedimentos
para o desenvolvimento de programas de rotulagem ambiental, como
avaliar e demonstrar sua conformidade, além dos procedimentos de
certificação para a concessão do rótulo. Os

Figura 33 – Exemplos de rótulos ambientais

PROTEÇÃO DO MEIO AMBIENTE - GRUPO PROMINAS

Fonte: Ruppenthal, 2014.

Rotulagem ambiental tipo II


Definida pela NBR ISO 14021 que trata dos requisitos para au-
todeclarações ambientais, incluindo textos, símbolos e gráficos, no que
se refere aos produtos.

113
Figura 34 – Exemplos de rótulos

Fonte: Ruppenthal, 2014.

Rotulagem ambiental tipo III


É definida pela ISO 14025, encontra-se em fase de formatação
pela ABNT. Ela trata de rótulos voluntários, verificados por terceiros e
que consideram a ACV completa do produto. São considerados os mais
sofisticados e complexos quanto à sua implantação, pois, exigem exten-
PROTEÇÃO DO MEIO AMBIENTE - GRUPO PROMINAS

sos bancos de dados ou inventários para avaliar o produto em todas as


suas etapas, fornecendo a dimensão exata dos impactos que provoca.

A rotulagem ambiental é uma ferramenta de gestão ambiental


que pode ser
utilizada para a elaboração de políticas públicas ambientais
como as compras
públicas sustentáveis.
Fonte: Ruppenthal, 2014.
114
Conforme frisado por Moura (2011), com base em resultados
de pesquisas de opinião, o consumidor está dando mais valor à exis-
tência de um meio ambiente mais sadio. A degradação ambiental tomou
gigantescas proporções nos últimos anos e isso mexeu com a cabeça
de milhares de pessoas, que são ou já foram, em sua grande maioria,
afetadas pela poluição.

A sociedade, então, está mudando. O consumidor é mais bem informado, co-


nhece os seus direitos, valoriza o seu dinheiro. Sabe que é ele quem decide
os destinos das empresas, neste mercado tão competitivo. Procura qualida-
de para o produto, preço adequado e, hoje em dia, passa a pensar em como
aquele produto se relaciona com o meio ambiente. Procura entender quais
são os impactos ambientais causados, ou seja, que modificações aquele pro-
duto introduz no meio ambiente. Avalia e considera que a empresa, somente
cumprindo a legislação ambiental, pode estar fazendo pouco, ou seja, o mí-
nimo esperado. De imediato, provavelmente ele irá pensar nos impactos cau-
sados pelo uso do produto e pelo seu descarte após o uso (MOURA, 2011).

As empresas conhecem essa nova postura que vêm sendo


adotada pelas pessoas e, como forma de atraí-las, lança mão de in-
formativos realçados nos rótulos acerca das vantagens ambientais do
produto.

Análise do Ciclo da Vida (ACV)


A ACV é uma ferramenta de apoio à tomada de decisões que
gera informações; avalia impactos e compara desempenhos ambientais
de produtos. Ciclo de vida é o conjunto de todas as etapas necessárias
para que um produto cumpra sua função na cadeia de produtividade.
As normas sobre análise de ciclo de vida tratam dos objetivos e escopo,
PROTEÇÃO DO MEIO AMBIENTE - GRUPO PROMINAS
análises do inventário, avaliação do impacto, interpretação dos dados,
gerando, desenvolvimento de produtos sustentáveis, criação de políti-
cas públicas e marketing. São elas:
• ABNT NBR ISO 14040:2009 Gestão ambiental – Avaliação do
ciclo de vida – Princípios e estrutura.
• ABNT NBR ISO 14044:2009 Gestão ambiental – Avaliação do
ciclo de vida – Requisitos e orientações.

115
Figura 35: Análise do Ciclo de Vida

Fonte: Ruppenthal, 2014.

RESPONSABILIDADE SOCIOAMBIENTAL
PROTEÇÃO DO MEIO AMBIENTE - GRUPO PROMINAS

O movimento da responsabilidade socioambiental é um mo-


vimento mundial. Trata-se de um processo contínuo e progressivo do
desenvolvimento de competências cidadãs, com a assunção de respon-
sabilidades sobre questões sociais e ambientais relacionadas a todos
os públicos em interação na sociedade: trabalhadores, consumidores,
governo, empresas, investidores e acionistas, organizações da socie-
dade civil, mercado e concorrentes, comunidade e o próprio meio am-
biente, conforme a Agenda Ambiental na Administração Pública - A3P
(BRASIL, 2009).
Países como a Europa e Estados Unidos investem grande-
mente na pegada socioambiental. No Brasil, a partir da década de 90,
este movimento de valorização empresarial/ambiental começa a ganhar
116
força, movida por atividades e movimentos ambientais, ONG’s (organi-
zações não governamentais) que sentiam a necessidade de um olhar
integrador entre meio ambiente e sociedade. Algumas normas e certifi-
cações foram criadas para pleitear empresas e organizações, que res-
ponderam a este chamado de responsabilidade ambiental e social, este
compete também a avaliações internas, sendo contempladas todas as
partes de uma organização, desde relações trabalhistas, até relações
com as comunidades.
No processo produtivo, são analisadas as relações trabalhis-
tas, o respeito aos direitos humanos, a contratação de mão de obra,
inclusive fornecedores, a gestão ambiental e a natureza do produto/
serviço. Nas relações com a comunidade, são analisados natureza e
foco das ações desenvolvidas, problemas sociais solucionados e os
beneficiários e parceiros. Nas relações com os empregados, são anali-
sados os benefícios concedidos, inclusive aos familiares, o clima orga-
nizacional, a qualidade de vida no trabalho e as ações para aumento da
empregabilidade.
A NBR ISO 26000 dispõe sobre a responsabilidade social, esta
é uma norma de uso voluntário, e não oferece certificação ou titula-
ção. Os princípios desta norma são a responsabilização, transparência,
comportamento ético, respeito pelos interesses das partes, pelo estado
de direito, pelas normas internacionais de comportamento e direito aos
seres humanos. Estes são os sete temas de responsabilidade social
que uma empresa deve ter, segundo a NBR 26000:

Figura 36 – Visão Holística

PROTEÇÃO DO MEIO AMBIENTE - GRUPO PROMINAS

Fonte: Coimbra, 2009.

117
Bom pessoal, chegamos ao final de mais um capítulo, e espero
que tenham aprendido bastante sobre os conceitos relacionados à ges-
tão ambiental. Irei listar abaixo algumas indicações de livros relevantes
para o assunto. Aproveitem!

RUPPENTHAL, Janis. Gestão Ambiental. Santa Maria: Uni-


versidade Federal de Santa Maria, Colégio Técnico Industrial de Santa
Maria, Rede e-TEC, Brasil 2014. 128 p.

MOURA, Luiz. Qualidade e gestão ambiental. Belo Horizon-


te: Del Rey, 2011. 432 p.

PHILIPPI, Jr., ROMÉRO, M., BRUNA, G. Curso de Gestão


Ambiental 2ed. Atual. eampl. Barueri-SP: Manole, 2014 (Coleção am-
biental, v.13).
PROTEÇÃO DO MEIO AMBIENTE - GRUPO PROMINAS

118
QUESTÃO 1
Ano: 2016. Banca: IBEG Órgão: Companhia de Águas e Esgoto do
Maranhão - MA (CAEMA/MA) Prova: Técnico do Meio Ambiente Ní-
vel: Médio
A gestão ambiental é o principal instrumento para se obter um de-
senvolvimento industrial sustentável. Sobre a implantação do sis-
tema de gestão ambiental (SGA) é INCORRETO afirmar que:
a) O processo de gestão ambiental nas empresas está profundamente
vinculado a normas que são elaboradas pelas instituições públicas (pre-
feituras, governos estaduais e federais) sobre meio ambiente.
b) As normas legais são referências obrigatórias para as empresas que
pretendem implantar um Sistema de gestão Ambiental (SGA).
c) Há inúmeras vantagens e benefícios que as empresas poderão obter
ao optarem por adotar políticas preventivas em relação à gestão am-
biental.
d) Em função da cultura ambiental predominante nas empresas, a maior
parte dos esforços tecnológicos e financeiros que são aplicados ao
SGA, está ligado à aplicação de técnicas corretivas.
e) A gestão ambiental é aplicável apenas para empresas de médio e
grande porte, tendo em vista que são poluidores em grande potencial e
que mais prejudicam o meio ambiente.

QUESTÃO 2
Ano: 2016. Banca: IBEG Órgão: Companhia de Águas e Esgoto do
Maranhão - MA (CAEMA/MA) Prova: Técnico do Meio Ambiente Ní-
vel: Médio
Atualmente as certificações e rotulagens ambientais, os chamados
PROTEÇÃO DO MEIO AMBIENTE - GRUPO PROMINAS
“selos verdes”, são fatores importantes a ser considerados pelo
ponto de vista do marketing de uma empresa, isso porque os con-
sumidores estão mais atentos e exigentes, não só com as carac-
terísticas gerais do produto, mas também com as incorporações
das variáveis ambientais. Embora existam vários tipos de selos
ambientais adaptados a cada setor produtivo, há alguns princípios
comuns a todos:
I - Devem ser verificáveis a qualquer momento, para se evitar fraude;
II - Devem ser concedidos por organizações independentes e de
idoneidade reconhecida;
III - Não deve criar barreiras comerciais;
IV - Devem estimular a melhoria do serviço e produto sem conside-
rar o tempo de vida útil do produto;
Estão corretas as afirmativas:
119
a) II e III.
b) I, II e III.
c)II, III e IV.
d) I, II e IV.
e) I e IV.

QUESTÃO 3
Ano: 2016  Banca: ITAME Órgão: Prefeitura de Aragoiânia GO Pro-
va: Biólogo Nível: Superior
A Conformidade do sistema de gestão de uma empresa com a nor-
ma ABNT NBR ISO 14.001, refere se a:
I - Não significa que vai comprovar junto ao mercado e a socieda-
de que a organização adota um conjunto de práticas destinadas a
minimizar impactos que imponham riscos à preservação da biodi-
versidade.
II - Isso não significa que vai contribuir com o equilíbrio ambiental
e a qualidade de vida da população.
III – As organizações obtêm um considerável diferencial competiti-
vo fortalecendo sua ação no mercado.
IV - Há redução da carga de poluição gerada por essas organiza-
ções porque envolve a revisão de um processo produtivo visando
à melhoria contínua do desempenho ambiental, controlando insu-
mos e matérias primas que representem desperdícios de recursos
naturais.
Marque a alternativa correta:
a) Apenas o item III é verdadeiro.
b) Existem três itens falsos.
c) Os itens II e III são verdadeiros.
PROTEÇÃO DO MEIO AMBIENTE - GRUPO PROMINAS

d) Os itens III e IV são verdadeiros.

QUESTÃO 4
Ano: 2016  Banca: CEC Órgão: Prefeitura de Piraraquara Prova:
Biólogo Nível: Superior  
Instrumento da Política Nacional do Meio Ambiente, de importância
para a gestão institucional de planos, programas e projetos, em
nível federal, estadual e municipal.
O texto acima se refere ao que está em qual alternativa?
a) Estudo de Impacto Ambiental
b) Avaliação do Impacto Ambiental
c) Relatório de Impacto Ambiental
d) Sistema de Gestão Ambiental
e) Resumo do Impacto Ambiental
120
QUESTÃO 5
Ano: 2016  Banca: CEC Órgão: Prefeitura de Piraraquara Prova:
Biólogo Nível: Superior
Analise as afirmativas feitas com relação ao Sistema de Gestão
NBR-ISO 14.001:
I. É uma norma internacionalmente aceita, que define os requisitos
para estabelecer e operar um Sistema de Gestão Ambiental.
II. A norma reconhece que organizações não devem aliar lucrati-
vidade e gestão de impactos ambientais, partindo-se do princípio
que uma área sobrepõe-se a outra.
III. A norma oferece um sistema de gestão de uso e disposição de
recursos; é reconhecida como um meio de controlar custos, redu-
zir os riscos e melhorar o desempenho.
IV. A norma estabelece uma relação entre prazos e ações, buscan-
do o aumento da competitividade e a utilização controvertida dos
recursos, gerando aumento da produtividade sem a conservação
dos métodos.
Assinale a alternativa correta:
a) Somente as afirmativas III e IV estão corretas.
b) Somente as afirmativas I e III estão corretas.
c) Somente as afirmativas II e III estão corretas.
d) Somente as afirmativas II e IV estão corretas.
e) Somente as afirmativas I, II e III estão corretas.

QUESTÃO DISSERTATIVA – DISSERTANDO A UNIDADE

A partir do que você estudou, redija sobre as classificações dos selos


ambientais existentes, comentando a importância deles.
PROTEÇÃO DO MEIO AMBIENTE - GRUPO PROMINAS
TREINO INÉDITO

Assinale a alternativa correta em relação a seguinte questão: É


concedida na fase preliminar do planejamento do empreendimento ou
atividade.
a) Licença prévia
b) Licenciamento
c) Licença de instalação
d) Licença de operação
e) Autorização implantação

121
NA MÍDIA

CNI: 71% das empresas adotam gestão ambiental Entre as empresas


grandes, índice chega a 94,9%
Procedimentos relacionados à gestão ambiental, como economia de
energia elétrica e reutilização da água, são adotados por 71% das em-
presas, segundo levantamento realizado pela Confederação Nacional
da Indústria (CNI). O percentual diminui para 61% entre as pequenas
empresas e sobe para 94,9% entre as grandes. Entre aquelas que de-
clararam adotar esses procedimentos, 87,5% afirmaram contar com um
Sistema de Gestão Ambiental (SGA) – que compreende processos com
certificação internacional.
Dentre os programas adotados dentro do SGA, destacam-se a redu-
ção na geração de resíduos (80,1% das empresas que possuem SGA),
o uso eficiente de energia (69,5%), a redução no consumo de água
(58,3%), o uso de resíduos como matéria-prima ou insumo (45,9%) e
a reutilização de água (43,6%). Por outro lado, foi constada a baixa
adesão de práticas capazes de proteger a fauna e a flora. A proteção
de áreas ambientais sensíveis teve adesão de apenas 36%, enquanto
investimentos na produção da biodiversidade abrangeram 6,9%.

Fonte: Exame
Data: 06. nov. 2017
Leia a notícia na Íntegra:https://exame.abril.com.br/negocios/cni-71-em-
presas-adotam-gestao-ambiental-598900/

NA PRÁTICA
PROTEÇÃO DO MEIO AMBIENTE - GRUPO PROMINAS

O sistema de gestão ambiental se configura como uma importante fer-


ramenta no que tange à proteção ambiental. É uma metodologia ativa
que proporciona autonomia e criatividade às organizações que buscam
um meio ambiente de qualidade. Os processos que cercam as certifica-
ções como o ISO 14001, são importantes também no reconhecimento
favorável das empresas, portanto, é algo que está intimamente ligado
ao marketing “ambiental”. A apropriação deste tipo de gerenciamento
potencializa os modos de produção, fomenta no mercado de trabalho
o desenvolvimento sustentável e serve também, como uma educação
permanente para quem produz, compra e vende. A gestão ambiental
surge como um futuro próximo para as organizações e empresas brasi-
leiras, cabe ressaltar que, ainda é necessário investimento no conheci-
mento deste sistema, bem como seus benefícios, no que tange à prática
de um desenvolvimento sustentável.
122
GABARITOS

CAPÍTULO 01

QUESTÕES DE CONCURSOS

01 02 03 04 05
B A E B C

QUESTÃO DISSERTATIVA – DISSERTANDO A UNIDADE – PADRÃO


DE RESPOSTA

Segundo a lei 6.938/81 que regulamenta a Política Nacional do Meio


Ambiente (PNMA), degradação ambiental pode ser entendida como “al-
teração adversa das características do meio ambiente”. Com o cres-
cente desenvolvimento urbano/ industrial, elevou-se os níveis de degra-
dação ambiental em todo o mundo. Exemplos seriam o desmatamento
acelerado das matas nativas para construções, depósito de dejetos nas
redes hídricas, o acúmulo e o consumo exagerado de lixo, são gran-
des exemplos de como a degradação ambiental afetou as cidades.  Os
movimentos sociais, juntamente com as conferências internacionais da
ONU, aproximaram o desenvolvimento técnico científico do meio am-
biente e, além de medidas simples com a criação de políticas públicas,
tem-se um investimento grande em energias renováveis, selos de ga-
rantias e produtos com quantidades menores de químicos, investimento
em fiscalização e mapeamento rápido e seguro. É fato que o desenvol-
vimento científico-tecnológico corroborou para o aumento do consumo
e degradação ambiental, mas atualmente, os dois tentam se estabele- PROTEÇÃO DO MEIO AMBIENTE - GRUPO PROMINAS

cer, na busca de uma sociedade mais consciente, ativa e participante.

TREINO INÉDITO
Gabarito: B

123
CAPÍTULO 02

QUESTÕES DE CONCURSOS

01 02 03 04 05
A B C D E

QUESTÃO DISSERTATIVA – DISSERTANDO A UNIDADE – PADRÃO


DE RESPOSTA

Eutrofização é o processo de poluição dos corpos d’água, como rios e


lagos, que acabam por deixar a água turva e com coloração baixa. Isso
se dá devido ao crescimento excessivo de plantas aquáticas, estas por
sua vez, criam uma espécie de “tampão”, e impede que a luz solar che-
gue ao fundo dos rios e lagos, implicando diretamente no processo de
fotossíntese das plantas mais submersas. Sem fotossíntese, o nível de
oxigênio O2 diminui drasticamente, o que leva a morte de seres vivos
presentes neste ecossistema aquático. O que leva este processo a ter
início é a quantidade excessiva de nutrientes como Nitrogênio (N) e
Fósforo (P), geralmente ocasionados por dejetos que são despejados
nos rios como, sistema de tratamentos de esgotos, resquícios de adu-
bos e fertilizantes utilizados em fazendas. Duas formas de tratar este
problema podem ser, alocação de filtros, instalações e ou tecnologias
que diminuam a quantidade desses nutrientes na água. A outra forma
é atacando as próprias algas ou plantas aquáticas, na tentativa de re-
dução, mas lembrando que esta medida muitas vezes é pouco eficaz,
pois, se não diminuirmos o poluente, a consequência crescente deste
irá continuar.
PROTEÇÃO DO MEIO AMBIENTE - GRUPO PROMINAS

TREINO INÉDITO
Gabarito: C

124
CAPÍTULO 03

QUESTÕES DE CONCURSOS

01 02 03 04 05
D B D C E

QUESTÃO DISSERTATIVA – DISSERTANDO A UNIDADE – PADRÃO


DE RESPOSTA

A resolução do CONAMA nº 237, de 19 de dezembro de 1997, traz


como conceitos importantes:
I-Licenciamento Ambiental: procedimento administrativo pelo qual
o órgão ambiental competente licencia a localização, instalação, am-
pliação e a operação de empreendimentos e atividades utilizadoras de
recursos ambientais, consideradas efetivas ou potencialmente poluido-
ras ou daquelas que, sob qualquer forma, possam causar degradação
ambiental, considerando as disposições legais e regulamentares e as
normas técnicas aplicáveis ao caso.
II - Licença Ambiental: ato administrativo pelo qual o órgão ambiental
competente, estabelece as condições, restrições e medidas de contro-
le ambiental que deverão ser obedecidas pelo empreendedor, pessoa
física ou jurídica, para localizar, instalar, ampliar e operar empreendi-
mentos ou atividades utilizadoras dos recursos ambientais considera-
das efetiva ou potencialmente poluidoras ou aquelas que, sob qualquer
forma, possam causar degradação ambiental expostos no art° 8°, da
resolução 237/97 do Conama:
PROTEÇÃO DO MEIO AMBIENTE - GRUPO PROMINAS
I - Licença Prévia (LP) - concedida na fase preliminar do planejamento
do empreendimento ou atividade aprovando sua localização e concep-
ção, atestando a viabilidade ambiental e estabelecendo os requisitos
básicos e condicionantes a serem atendidos nas próximas fases de sua
implementação;
II - Licença de Instalação (LI) - autoriza a instalação do empreendimento
ou atividade de acordo com as especificações constantes dos planos,
programas e projetos aprovados, incluindo as medidas de controle am-
biental e demais condicionantes, da qual constituem motivo determi-
nante;
III - Licença de Operação (LO) - autoriza a operação da atividade ou em-
preendimento, após a verificação do efetivo cumprimento do que consta
das licenças anteriores, com as medidas de controle ambiental e condi-
cionantes determinados para a operação.
125
Parágrafo único - As licenças ambientais poderão ser expedidas isolada
ou sucessivamente, de acordo com a natureza, características e fase do
empreendimento ou atividade.

TREINO INÉDITO
Gabarito: A
PROTEÇÃO DO MEIO AMBIENTE - GRUPO PROMINAS

126
CAPÍTULO 04

QUESTÕES DE CONCURSOS

01 02 03 04 05
E D B C C

QUESTÃO DISSERTATIVA – DISSERTANDO A UNIDADE – PADRÃO


DE RESPOSTA

Os 3Rs da sustentabilidade (Reduzir, Reutilizar e Reciclar) são ações


práticas que visam minimizar o desperdício de materiais e produtos,
além de poupar a natureza da extração inesgotável de recursos.

Reduzir
Reduzir consiste em ações que visem à diminuição da geração de resí-
duos, seja por meio da minimização na fonte, ou por meio da redução
do desperdício. Na redução, o objetivo é comprar bens e serviços, de
acordo com nossas necessidades, para evitar desperdícios, adotando
um consumo não apenas com consciência ambiental, mas também eco-
nômico.
Reutilizar
Quando um produto é reutilizado, este é reaproveitado na mesma fun-
ção ou em diversas outras possibilidades de uso. Assim, papéis, por
exemplo, podem ser utilizados em blocos de rascunho ou garrafas po-
dem se tornar objetos de decoração.
Reciclar
A reciclagem envolve o processamento de um material com sua trans-
formação física ou química, seja para sua reutilização, sob a forma ori- PROTEÇÃO DO MEIO AMBIENTE - GRUPO PROMINAS

ginal, ou como matéria-prima, para produção de novos materiais com


finalidades diversas.

TREINO INÉDITO
Gabarito: A

127
CAPÍTULO 05

QUESTÕES DE CONCURSOS

01 02 03 04 05
E B B B B

QUESTÃO DISSERTATIVA – DISSERTANDO A UNIDADE – PADRÃO


DE RESPOSTA

Os tipos de rotulagens são:


Rotulagem tipo I – NBR ISO 14024 – procedimentos para o desenvolvi-
mento de programas de rotulagem ambiental, como avaliar e demons-
trar sua conformidade, além dos procedimentos de certificação para a
concessão do rótulo. Rotulagem tipo II- NBR ISO 14021 – requisitos
para autodeclarações ambientais, incluindo textos, símbolos e gráficos,
no que se refere aos produtos. Rotulagem tipo III- É definida pela ISO
14025, encontra-se em fase de formatação pela ABNT. Ela trata de rótu-
los voluntários, verificados por terceiros e que consideram a ACV com-
pleta do produto. São considerados os mais sofisticados e complexos
quanto a sua implantação, pois, exigem extensos bancos de dados ou
inventários para avaliar o produto em todas as suas etapas, fornecendo
a dimensão exata dos impactos que provoca.
A rotulagem de produtos se tornou uma forma que a gestão ambiental,
junto com as organizações e o marketing, alcança e atrai consumidores
e prestadores de serviço. Na era digital, e avanço descontrolado do con-
sumo, nasce a ideia de consumo menos ou consciente, esta marca é
expressa pelas rotulagens, estas têm o papel concreto de conscientizar,
PROTEÇÃO DO MEIO AMBIENTE - GRUPO PROMINAS

promover uma educação básica e além disso, estreitar a relação dos


consumidores com o meio ambiente, promovendo ações de respeito
mútuo entre ambos.

TREINO INÉDITO
Gabarito: A

128
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