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O HOMEM COMO UNIDADE

BIO-PSICO-SOCIAL

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O HOMEM COMO UNIDADE BIO-PSICO-
SOCIAL
„Actualmente usamos o modelo bio-psico-
social, na tentativa de compreender as pessoas
e os factores que influenciam seus
comportamentos’ (Agra, 1986).
Componente BIOLOGICA (Constituição física,
estatura, aspectos da saúde, raça, etc. ).
Componente PSICOLOGICA (Percepções,
Memoria, Imaginação, Pensamento, Emoções,
Motivações,…).
Componente SOCIAL (Língua falada, hábitos de
convivência, modos de falar, andar, vestir, etc.,…).
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O HOMEM COMO SISTEMA
A MENTE HUMANA
 A mente humana (ou personalidade), contempla TRÊS
DIMENSÕES OU ÁREAS:

 ÁREA COGNITIVA OU COGNIÇÃO (saber, compreender,


pensar, lembrar, imaginar...);

 ÁREA AFECTIVA OU AFECTIVIDADE (sentimentos,


emoções, atitudes, predisposições, etc. ); e

 ÁREA PSICOMOTORA OU PSICOMOTRICIDADE


(intenções para agir, razões para fazer, volição ou vontade).

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O HOMEM COMO SISTEMA

Cada pessoa reúne em si as seguintes


combinações:
 Corpo,
 Mente, e
 Espírito

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O HOMEM COMO SISTEMA

 A partir de exemplos práticos do dia-a-dia podemos, claramente


observar, como em cada acto/ acção da pessoa podem ser
identificadas as características biológicas, psico-sociais e espirituais.

O acto de “ANDAR” envolve os seguintes processos:


 BIOLÓGICOS – movimentos musculares; transpiração, etc.

 PSICOLÓGICO-SOCIAIS
– A percepção dos objectos e fenómenos à nossa volta;
– As recordações sobre objectos, coisas, etc,
– os pensamentos sobre onde e como vamos, emoções, etc.
– o modo de caminhar resultou de aprendizagens através da
imitação de outras pessoas, os sapatos, sandálias, chinelos
que nos facilitam a marcha são frutos sociais, etc.

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O HOMEM COMO SISTEMA

 ESPIRITUAIS
- Uma trovoada, o cruzar com um gato preto ou
com um albino, nos assusta, nos apavora,
enfim. Isso tudo resulta de nossas crenças
espirituais.
A Mente recebe a informação (mensagem
contida nos estímulos) e as suas respostas ou
acção (comportamento) manifesta-se através
do corpo.

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O HOMEM COMO SISTEMA

 O CORPO pode ser considerado nos


termos de:
– influências biológicas ou genéticas;
– funcionamento corporal, e
– comportamento

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DIFERENÇAS INDIVIDUAIS
Como causas das diferenças comportamentais foram
identificados Três Principais Factores condicionantes destas
diferenças:

– A Hereditariedade ou Herança Genética;


– O Meio Ambiente;
– A Experiência de Vida.

Estes factores interagem resultando o indivíduo humano,


com o seu modo de agir, sentir e actuar, com os seus
sentimentos, crenças, valores, em resumo, tudo o que
constitui a pessoa com quem estamos a lidar em
determinado momento.

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1. A HEREDITARIEDADE/ HERANÇA GENÉTICA

 A HEREDITARIEDADE pode ser definida como o conjunto de


características, que recebemos ou que nos são transmitidas
pelos nossos progenitores e que formam o nosso organismo
físico e psíquico.

 EXEMPLOS:
– Raça, cor da pela, tipo de cabelo e dos olhos, etc,
– Tamanho corporal, voz, ...
– Inteligência, ritmo/velocidade dos processos psicológicos
(memória, pensamento, imaginação,...)

 As características que nos são dadas pela hereditariedade


permanecem por toda a vida embora possam não estar
presentes no momento do nascimento.

 EXEMPLO:
– O branqueamento do cabelo, apesar de não se poder observar na
criança já se encontra definido, sofrendo no entanto influências
ambientais.

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2. O Meio Ambiente

 MEIO AMBIENTE (ou simplesmente MEIO)- É constituído


por todos os estímulos que o indivíduo recebe desde a sua
concepção até à morte.

 Podemos considerar que o meio engloba todos os


elementos externos que intervêm no Desenvolvimento de
um indivíduo. Neste sentido podemos afirmar que, desde
que é concebido até à morrer, o indivíduo sofre as
influências do ambiente.

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O Meio Ambiente

As influências ambientais consistem principalmente no:


 Ambiente intra-uterino e,
 Ambiente físico ou meio social.

– Ambiente intra-uterino

 É o meio em que a criança está durante os nove meses de


gestação - a gravidez.

 Desde o início da vida a futura criança sofre os efeitos do meio,


dado que o sangue do feto é o mesmo da mãe,

 O regime alimentar e a saúde materna influenciam o


desenvolvimento do corpo e do cérebro do bebé.

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Ambiente intra-uterino

 Certas doenças da mãe (diabetes, sífilis,


rubéola, sida, etc.) podem determinar
perturbações físicas e/ou mentais na
criança.

 Portanto, as características físicas e


psicológicas de cada pessoa dependem
também das influências que sofreu
durante o período de vida intra-uterino.

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O Meio Ambiente
– AMBIENTE FÍSICO OU MEIO SOCIAL

 O meio em que a pessoa vive é tanto físico (clima, cidade,


aldeia, plantas, etc.), quanto social (família, amigos escola,
comunidade, cultura,...).

 O meio social é ainda constituído pelas oportunidades de


educação que a sociedade oferece ao indivíduo, as instituições e
organizações sociais (igreja, clube, escola,...) de que se
beneficia.

 O meio pode favorecer ou dificultar o desenvolvimento das


características individuais.

 A hereditariedade e o ambiente interagem para dar traços


psicológicos e físicos ao indivíduo.

 Cada um deles estabelece limites para o outro.


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3. A EXPERIÊNCIA DE VIDA

 A experiência individual é produto de


aprendizagens quotidianas e traduz-se no
saber(conhecimentos), saber-fazer
(habilidades e hábitos) desse indivíduo.

 Ela molda o nosso comportamento, de tal


forma que quase não nos reconhecem como
o mesmo indivíduo de há 10 anos atrás. Ela
é parte integrante do meio ambiente, pois
quanto mais rico este for, maiores são as
oportunidades de adquirir mais
experiências que enriquecem o indivíduo.

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MATURAÇÃO E APRENDEIZAGEM

Durante toda a sua vida, o ser humano tem que


ajustar-se às mudanças causadas pelas
transformações do seu próprio corpo e pelos
factores do meio em que vive, e isto depende de
dois aspectos básicos:
 MATURAÇÃO e,

 APRENDEIZAGEM.

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MATURAÇÃO E APRENDEIZAGEM

MATURAÇÃO

 é o processo através do qual ocorre a mudança e o


crescimento progressivo, nas áreas física e
psicológica do organismo infantil.

 Subjacentes a tais mudanças, existem factores


intrínsecos transmitidos por hereditariedade, que
constituem parte do equipamento congênito do
récem-nascido.
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MATURAÇÃO E APRENDEIZAGEM
APRENDIZAGEM :

 é a mudança sistemática do comportamento ou da


conduta, que se realiza através da experiência e da
repetição e depende de factores internos e externos, ou
seja, de condições neuropsicológicas e ambientais.

 Toda aprendizagem depende da maturação (condições


orgânicos e psicológicas) e das condições ambientais
(cultura, classe social, etc) .

 É através da aprendizagem que o homem desenvolve os


comportamentos que o possibilita viver, e actualmente,
estudiosos afirmam que este processo se inicia mesmo
antes do nascimento.
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O CÉREBRO E OS PROCESSOS
PSICOLÓGICOS
 As variações do meio que podem activar o organismo e
provocar da parte dele uma resposta chamam-se
ESTÍMULOS.

 À actuação do organismo em resposta aos estímulos do


meio chama-se COMPORTAMENTO.

O SISTEMA NERVOSO E O PSIQUISMO

 A Psicologia ocupa-se do estudo do comportamento dos


animais e, em particular, das condutas dos Homens nas
diferentes etapas do seu desenvolvimento e na imensa
diversidade de situações que se deparam.

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O CÉREBRO E OS PROCESSOS
PSICOLÓGICOS
 O comportamento ou conduta é variável dependente em
psicologia.
 O comportamento ou conduta depende de um conjunto
de factores que se designam por variáveis independentes.

Qualquer comportamento implicar três funções e a mobilização


de três conjuntos definidos de estruturas corpóreas com elas
relacionadas:
 Mecanismos de recepção – órgãos receptores;
 Mecanismos de conexão – as células nervosas;
 Mecanismos de reacção – órgãos efectores (músculos e
glândulas)”.
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O CÉREBRO E OS PROCESSOS
PSICOLÓGICOS
O sistema nervoso e, particularmente, o cérebro constituem
o suporte anatómico e funcional do comportamento.
 O Sistema Nervoso Humano: partes fundamentais e
respectivas funções:
– O SISTEMA NERVOSO CENTRAL – é parte do sistema que se
localiza dentro do estojo ósseo protector formada pela coluna ou
espinha e pelo crânio. É constituído pela espinal medula e pelo
encéfalo.
– SISTEMA NERVOSO PERIFÉRICO
 Somático – é constituído por nervos que conectam os
órgãos dos sentidos com o sistema nervoso central e este
com os mecanismos efectores, músculos esqueléticos e
glândulas.

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O CÉREBRO E OS PROCESSOS
PSICOLÓGICOS
 Autónomo ou digestivo – os seus nervos
conectam o SNC com os músculos involuntários
ou lisos dos órgãos viscerais, como o coração,
vasos sanguíneos, rins, fígado e outros, e com
algumas glândulas exócrinas e endócrinas.

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O PAPEL DO MEIO SOCIAL

 O homem e o animal: a diferença pelo


social
 O homem é um ser eminentemente
social.
 O fenómeno da socialização.
 Indivíduo e sociedade: interacção e
complementaridade

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O Homem e o animal: a diferença pelo social

 O Homem possui um potencial enorme ao nível do desenvolvimento das


capacidades mentais, que se vai revelando a partir das interacções que
estabelece com os outros Homens.

 Em relação ao animal, o Homem é um ser desprivilegiado porque,


quando cresce se desenvolve sem ser no meio dos outros homens, em
nada ele se lhes assemelha. A sua probabilidade de sobrevivência é
mínima. Todas características que o definem como Homem não se
revelam quando isolado desde o nascimento do grupo social.

 Pelo contrário, o animal, quando isolado dos outros animais da sua


espécie, em nada se diferencia deles. Os seus mecanismos típicos de
comportamento desenvolvem-se naturalmente e não a partir de uma
aprendizagem realizada no seio dos animais da sua espécie. Neste
aspecto o animal, em relação ao Homem é privilegiado.

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O HOMEM É UM SER EMINENTEMENTE SOCIAL

 Verificamos que o ser humano só o é realmente, se


crescer e se desenvolver no seio dos outros
homens.

 Ser homem significa ser membro de uma sociedade,


cooperar na realização de objectivos comuns e
desenvolver simultaneamente todo o seu potencial
de realização de pensamento e de liberdade.

 “o homem sem a sociedade dos homens não será


mais do que um monstro (…)” L. Malson - as
crianças selvagens.

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O FENÓMENO DA SOCIALIZAÇÃO

 A sociedade ensina à criança a experiência vivida e


acumulada pelo grupo, acelerando o seu processo de
aprendizagem e evitando um esforço pessoal que decorria
de experiências frustradas das iniciativas pessoais.

 É este processo de aprendizagem gradual da vivência em


sociedade e da interiorização dos valores por ele inculcados
que se denomina de socialização. Por este processo o
homem torna-se um membro da sociedade.

 Quando nasce, a criança fica inserida numa família, ela faz


parte de um grupo onde se inicia a sua aprendizagem social.
É aqui que começam as suas experiências e que o seu
comportamento vai sendo controlado em função de modelos
estabelecidos como sendo socialmente aceites.

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O INDIVIDUO E SOCIEDADE
 A socialização não uniformiza os indivíduos, no sentido
em que não os torna iguais na sua existência e vivência
pessoal. Cada homem tem a sua própria história, o seu
modo muito singular de ver o mundo e as coisas, a sua
própria capacidade.

 O homem, no seio da sociedade, organiza uma


experiência interna que lhe permite desenvolver e
descobrir a diferenciação de qualquer outro homem.

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