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O Método Antropológico
A antropologia tem como objeto privilegiado de estudo costumes, crenças, hábitos, universo psíquico,
mitos, rituais, processo histórico, linguagem, leis, relações de parentesco. Todos esses são aspectos
subjetivos dos diferentes povos do planeta.
A antropologia cultural é uma das quatro áreas da antropologia geral (four-field-approach), junto com a
antropologia física (atualmente designada por antropologia biológica), a arqueologia e a linguística. A
Antropologia Cultural estuda a diversidade cultural humana, tanto de grupos contemporâneos, como
extintos. Diverge da antropologia social na medida em que o conceito de sociedade é mais abrangente
que o de cultura.
A cultura nesse sentido é um conjunto de regras que nos diz como o mundo pode e deve ser
classificado, ela indica maneiras gerais e exemplos de como pessoas que viveram antes de nós o
desempenharam. Embora a cultura contenha um conjunto finito de regras, suas possibilidades de
atualização, expressão e reação em situações concretas são infinitas. Apresentada dessa maneira a
cultura é um bom instrumento para compreender as diferenças entre os homens e as sociedades.
Não, pois a antropologia estuda o ser humano e isso inclui tudo o que se relaciona com ele, ou seja:
como vive em sociedade, seus costumes, crenças, suas origens, etc.
Identidade social: posição social, papel que o indivíduo tem na sociedade, no que trabalha, se estuda, o
que faz para a sociedade.
A globalização está apresentada como fenômeno que está acabando com as identidades. Stuart Hall
aponta a globalização como um fenômeno que atravessa fronteiras nacionais:
“A globalização se refere àqueles processos, atuantes numa escala global, que atravessam fronteiras
nacionais, integrando e conectando comunidades e organizações em novas combinações de espaço –
tempo, tornando o mundo, em realidade e em experiência, mais interconectado.
A globalização surge abarcando todas as identidades culturais, formando um conjunto onde tudo e
todos estão em um mesmo ambiente. Surge neste sentido novas formas de conhecimento, de cultura,
de símbolos e de identidades.
A globalização acaba com os limites que até a poucos anos atrás existiam no âmbito das sociedades,
acarreta com isso, então uma homogeneização de culturas, apresentando efeitos dentro do conceito e
de exteriorização da sociedade.
Um exemplo disso é a chamada Indústria cultural, termo criado por sociólogos no início do século XX,
mas que se mantém atual. Essa indústria é capaz de gerar e controlar os padrões de comportamento e
os costumes das pessoas, como as roupas, os padrões de etiqueta e comportamento, as atividades de
lazer que exercem etc.
O ETNOCENTRISMO
o etnocentrismo ou visão etnocêntrica é aquela em que as sociedades, padrões e culturas são vistas com
base em sua própria experiência cultural, desconsiderando outras visões de mundo e também
inferiorizando tudo aquilo que está muito distante do que você entende como “aceitável”.
A identidade cultural está relacionada com a forma como vemos o mundo exterior e como nos
posicionamos em relação a ele. Esse processo é continuo e perpétuo, o que significa que a identidade de
um sujeito está sempre sujeita a mudanças. Nesse sentido, a identidade cultural preenche os espaços de
mediação entre o mundo “interior” e o mundo “exterior”, entre o mundo pessoal e o mundo público.
Nesse processo, ao mesmo tempo que projetamos nossas particularidades sobre o mundo exterior
(ações individuais de vontade ou desejo particular), também internalizamos o mundo exterior (normas,
valores, língua...). É nessa relação que construímos nossas identidades.
Etnocídio vs Genocídio
O ato de destruir, por meio do assassinato em massa de um grupo humano ou etnia, é denominado
genocídio. Já o ato de destruir qualquer traço remanescente de uma cultura, seja material, como
símbolos ou obras artísticas que possuem representação cultural, seja imaterial, como uma língua ou
uma crença religiosa, é denominado etnocídio ou genocídio cultural. O etnocídio, no entanto, não
precisa ser necessariamente planejado para que ocorra, já que o processo de aculturação vivido por um
povo sob o domínio de outro pode enfraquecer costumes e crenças “originários” daquela população.
Sociedade Matrilinear
Matrilocal é aquela que estabelece residência conjunta entre o casal e os pais da mulher. Com
frequência acontece nas sociedades setentrionais de Moçambique onde há uma tendência de as
famílias estabelecerem residência matrilocais.
Matriarcal ou matrilinear é a família cujo poder é exercido pela mulher. As famílias matriarcais abundam
no norte de Moçambique, sendo que a mulher exerce o poder indirectamente através do seu irmão do
sexo masculino. É este a quem cabe zelar pela orientação da vida dos filhos da irmã cuidar pela iniciação
desses filhos e legar-lhes a sua herança em caso de morte. O papel do pai biológico é quase que passivo,
pelo que quando o filho porta-se mal ou comete uma infracção, o pai remete a solução dessa solução
dessa situação ao tio materno do filho, isto é, ao irmão da mãe do filho
Devido a prática da agricultura, conferiu a mulher poderes sobre o homem onde os filhos do casal
pertencem ao grupo de parentesco da mãe e os bens e poderes são herdados por via materna. O
casamento na sociedade matrilinear, o homem fixa a sua residência na família da mulher, isto é, o
casamento é matrilocal, a esta prática chama-se uxorilocalidade. As funções políticas e jurídicas são
desempenhadas pelo tio materno. Nestas sociedades, se no casal a mulher morre, o homem é obrigado
a casar-se com a irmã da sua defunta mulher, a esta prática chama-se Surrurato.
Neste caso as mulheres e que transmitem os apelidos aos descendentes. Nas sociedades matrilineares
as principais decisões da família, como o casamento e resolução de alguns problemas, são tomadas pelo
irmão da mãe (tio materno). Este tipo de sociedade é característico de algumas regiões das províncias de
Tete, Zambézia, Nampula, Cabo Delgado e Niassa.
Sociedade Patrilinear
Patrilocal é aquela que estabelece uma residência conjunta entre um casal e os pais do homem.
Geralmente nas sociedades meridionais de moçambique há uma tendência de as famílias estabelecerem
residências patrilocais devido a estrutura e a natureza do poder que se centra nas mãos dos homens
Patriarcal ou patrilinear é a família cujo poder é exercido pelo marido. As famílias patriarcais abundam
no sul de Moçambique, sendo que o patriarcado como uma relação de poder incide também no
casamento, na sucessão, na herança e na estrutura social das famílias
Os filhos pertencem a família do marido e se no casal o homem morre, a mulher tem a obrigação de
casar-se com o irmão do seu defunto marido, esta prática chama-se liverato. Nas sociedades
Patrilineares o parentesco transmite-se pelo apelido, é o pai que o transmite aos filhos. Nas antigas
sociedades a sul do rio Zambeze, e até actualmente, quando decorre a cerimónia do lobolo e do
casamento é a mulher que abandona o seu grupo e se junta a família do marido. Estas famílias são
característica das províncias de Sofala, Manica, Inhambane, Gaza e Maputo.
É ter uma classe média que sozinha carrega com o país às costas;
É achar que o nome Mukulo (grande) é inferior que Big por ser inglês;
É achar que o MBS não e traficante , e que os EUA tem tempo extra pra ficar atribuindo títulos à toa;
É não ter identidade nem opinião, e seguir simplesmente as tendências ditadas pela mídia sem se opôr;
É acompanhar todos jogos de futebol europeus e nem saber o que significa Moçambola
Os chopes são um povo do sul de Moçambique, principalmente dos distritos de Zavala e Inharrime, na
província de Inhambane.
Este povo viveu tradicionalmente da agricultura de subsistência, mas muitos abandonaram as suas
terras natais para se mudarem para as cidades.
Os chopes têm a sua própria língua, um idioma tonal pertencente à família de línguas bantu. Muitos
falam igualmente o guitonga ou o português como língua secundária.
Os chopes são conhecidos internacionalmente pelo instrumento musical mbila e dança associada, uma
manifestação cultural conhecida desde o tempo de Gungunhana, que foi considerada pela Unesco
Patrimônio Oral e Imaterial da Humanidade.