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Módulo Controlo de Tesouraria Carga Horária: 25 horas
Objetivo
Executar o controlo de tesouraria utilizando a folha de cálculo.
Controlo de Tesouraria
- Objetivos
- Natureza do controlo
- Processos de controlo
Sistema de Controlo
- Características
- Fases
- Condições de eficácia
1.1 Objetivo
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Para a realização de despesas de pequeno montante podem ser constituídos
fundos de maneio em nome dos respetivos responsáveis.
O fundo de maneio deverá ser reposto no último dia útil de cada mês a fim
de que as despesas sejam contabilizadas como custo do período a que respeitam
e o IVA dedutível possa ser considerado na declaração do respetivo período;
A reposição do fundo de maneio deve ser efetuada por meio de cheque, emitido
à ordem do responsável pelo fundo, e contra a entrega dos respetivos
documentos de despesa;
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1.3 Processos de Controlo
Segregação de funções
Pré-numeração de documentos
Cheques em branco
Cheques nulos
Saldos em banco
2.1 Características
RELEVÂNCIA
FIABILIDADE
COMPARABILIDADE
2.2 Fases
Os três grandes pilares sob os quais a componente Tesouraria está assente são:
Previsão, Controlo e Tomada de Decisão.
PREVISÃO
A componente Tesouraria assenta sobre o princípio que uma correta e eficiente Gestão
de Tesouraria é Previsional.
A funcionalidade de Previsões tem como objetivo possibilitar a gestão de todos os
fluxos financeiros, através da montagem de cenários
previsionais.
Esta informação é tratada de acordo com regras, transformando e organizando a
mesma
em fluxos financeiros previsionais dinâmicos, através de uma ferramenta simples
como é a folha de cálculo.
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Esta gestão previsional permite às empresas a obtenção de uma posição previsional
de tesouraria a mais completa possível quanto ao comportamento estimado dos seus
fluxos.
CONTROLO
Consiste na comparação dos fluxos presentes nos extratos bancários com as previsões
de tesouraria existentes, permitindo o controlo sobre, não apenas as condições
aplicadas pelos bancos, mas também sobre a qualidade e a fiabilidade da gestão
previsional.
Dada a necessidade de antecipar ao máximo a tomada de decisão, de modo a
usufruir
das melhores condições bancárias, é necessário que o processo de
Reconciliação Financeira tenha uma elevada automatização e rapidez, de modo a,
num curtíssimo espaço de tempo, obter a posição de tesouraria sobre a qual será
tomada a decisão.
TOMADA DE DECISÃO
Mesmo que uma empresa esteja a gerar bons lucros económicos, deve prestar a
máxima atenção aos seus níveis de tesouraria, isto é, aos saldos das suas contas
bancárias e aos saldos de que dispõe nas suas caixas. Uma empresa que não tem
disponibilidades financeiras para pagar as suas contas, à medida que elas vão
surgindo, é uma empresa que vai ter certamente de enfrentar uma séria crise de
liquidez e deparar-se com problemas graves no seu funcionamento.
Os rácios de liquidez medem a razoabilidade dos níveis de tesouraria da empresa e
ajudam os gestores a antecipar problemas e a aproveitar oportunidades.
Um valor normal para este rácio será superior à unidade. Se o valor for inferior a
um, salvo nalgumas situações específicas, a empresa deverá estar em dificuldades.
Para termos uma noção clara do que é normal, é necessário comparar o rácio de
liquidez da empresa com o das suas concorrentes e analisar a sua evolução histórica.
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Rácio de liquidez reduzida
Este rácio, também conhecido como "acid test", mede a liquidez de forma
mais restritiva, ou seja, usa uma fórmula exatamente igual mas exclui os
inventários do numerador. A sua utilização pode ser mais adequada nalguns sectores
em que a liquidez dos inventários é menor, como na construção civil, por exemplo,
onde a conversão dos artigos em stock (casas) em dinheiro poderá ser mais difícil. A
sua fórmula é a seguinte:
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3.2 Planeamento Operacional
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fornecedores e do facto de receberem imediatamente dos seus clientes, logo que
estes passam na linha de caixa. Estas empresas têm normalmente grandes
volumes de tesouraria. Outras empresas, pelo contrário, não têm grande poder
negocial com os seus fornecedores para negociar prazos de pagamento alargados e
têm dificuldades de cobrança, o que as leva a ter défices de tesouraria frequentes,
que podem paralisar o negócio.
Vamos supor uma empresa que comprou mercadoria para revenda. Hoje, no dia 0, a
mercadoria é-nos faturada e entra em armazém. Conforme as condições de pagamento
negociadas com os fornecedores, temos de pagar as mercadorias compradas daqui
por
30 dias. Como podemos ver na figura abaixo, a venda das mercadorias aos nossos
clientes só ocorre passados 45 dias após a sua entrada em armazém e os clientes só
as pagam no dia 120.
O impacto deste ciclo de tesouraria nas finanças da empresa é claro: a empresa tem
um défice de tesouraria de 90 dias, correspondente à soma do tempo que
guarda as mercadorias em armazém e ao tempo que demora a receber dos seus
clientes, deduzido do prazo de pagamentos aos seus fornecedores.
Se esta empresa crescer em termos de vendas, terá de se financiar em 90 dias de
tesouraria. Isto significa que, por exemplo, se num determinado ano as vendas
aumentarem €100 000, a empresa terá de dispor do equivalente a 90 dias de vendas
em disponibilidades financeiras para poder pagar aos seus fornecedores a 30
dias, armazenar as mercadorias durante 45 dias e dar um crédito aos seus clientes de
75 dias. Terá de dispor de 90/365 * 100 000 = €24 567.
As empresas em situação de défice de tesouraria enfrentam estas "dores de
crescimento". Para crescerem, têm necessariamente de dispor de tesouraria.
Este
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fenómeno explica porque algumas empresas deste género sofrem frequentemente de
crises de tesouraria ao mesmo tempo que apresentam lucro.
Pelo contrário, as empresas que têm um excedente de tesouraria, procuram formas
rentáveis de aplicar as suas disponibilidades financeiras. O reinvestimento
dessas disponibilidades no crescimento da própria empresa é muitas vezes a opção
tomada, uma vez que estas empresas beneficiam de mais liquidez com o aumento das
vendas.
FOLHA DE CAIXA
CAIXA PRINCIPAL NÚMERO DATA
RECEITAS: PAGAMENTOS:
DESCRIÇÃO DOC. VALOR DESCRIÇÃO DOC. VALOR
EMPRESA
PERIODO
BANCO
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