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TRAV ADAIL COELHO MAIA, 810 – PARQUE DE EXPOSIÇÃO – SÃO JOÃO DO PIAUÍ
ENTIDADE MANTENEDORA: AESP – ACADEMIA DE EDUCAÇÃO SUL DO PIAUÍ
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de 96 Avaliação da Aprendizagem: Contexto, História e Perspectivas
FACULDADE DE EDUCAÇÃO SUL DO PIAUÍ
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SUMARIO_______________________________
1 - HISTÓRIA DA AVALIAÇÃO DA APRENDIZAGEM: ..........................................03
1.1 - Breve Histórico da Aprendizagem: ...........................................................03
1.2 - Avaliação da Aprendizagem: Compreensão e Prática; ............................05
1.3 - Diferentes Visões sobre a Avaliação; .......................................................12
1.4 - História da Avaliação: Do Exame a Avaliação; .........................................17
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Na Idade média
A aprendizagem e o ensino (ambos seguiam o mesmo rumo) passaram a ser
determinados pela religião e pelos seus dogmas.
No fim deste período, as teorias da aprendizagem e do ensino começaram a
separar-se e tornarem-se independentes do clero.
Já, no século XVI, as teorias de ensino-aprendizagem continuaram a seguir
o seu rumo natural graças às alterações que ocorreram com a implementação
do humanismo e da reforma e sua ampliação a partir da revolução francesa.
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pelo fisiólogo russo, Ivan Pavlov, que condicionou cães para salivarem ao som de
campainhas).
Na década de 20
Desenvolveu-se a Psicologia da Gestalt pela década de 20, em oposição à
visão mecanicista e simplista dos behavioristas. Para o Gestaltismo (Wertheimer,
Köhler e Koffka), a pessoa interpreta e organiza o que apreende dos contextos em
termos de conjuntos, do Todo, e não como elementos isolados, em que o todo se
enquadra não como a soma das partes, mas diferente da soma das mesmas, situado
segundo o lugar, o papel e a função.
Nesta época, também surgiu Kurt Lewin que possibilitou a transição da
psicologia centrada no indivíduo para a psicologia centrada no grupo (Teoria de
Campo), em que a aprendizagem realizar-se-ia em um campo de acção cuja série de
factores interferem e condicionam o comportamento do indivíduo.
A partir de 1930
Os cientistas Edwin R. Guthrie, Clark L. Hull e Edward C. Tolman, na década
de 30, investigaram sobre as leis que regem a aprendizagem. Para Guthrie, as
respostas poderiam formar os componentes da aprendizagem em vez das percepções
ou dos estados mentais. Já, para Hull a força do hábito era um dos principais aspectos
da aprendizagem que se processava gradualmente, para além dos estímulos
originados pelas recompensas. Por fim, Tolman acreditava que o sujeito aprendia de
acordo com o objectivo que pretendia alcançar, percebendo o ser humano na
sociedade em que está inserido.
Também Jean Piaget impulsionou e implementou a Teoria Cognitiva, em que
o desenvolvimento cognitivo no ser humano ocorria por quatro estadios: o estágio
sensório-motor, pré-operacional (pré-operatório), operatório concreto e operatório
formal.
Na metade do Século XX
Psicologia Humanista
Desenvolveu-se a Psicologia Humanista a
partir do estudo da personalidade, pelos seus
defensores - Freud, Rogers, Maslow, Buhler,
Combs, que na generalidade, centra a
aprendizagem no desenvolvimento da pessoa.
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prova ou teste específico que por vezes não tem a função de diagnosticar, mas
enfatizar a rotulação de uma aprendizagem e não a sua construção.
Ainda sob a visão, “a avaliação é uma ferramenta da qual o ser humano não se
livra. Ela faz parte de seu modo de agir, e por isso é necessário que seja usada da
melhor forma possível”. Avaliar, segundo o autor, é um ato amoroso, por isso é preciso
trazer o educando para esse processo; este é um dos objetivos da Psicopedagogia
Institucional: oportunizar aprendizagens afetivamente.
A Psicopedagogia no Brasil hoje é uma área que estuda e lida com a
aprendizagem e suas dificuldades e, numa ação profissional, deve englobar vários
campos do conhecimento, integrando-os e sintetizando-os”. A Psicopedagogia ocupa-
se de uma educação que contribui para a construção do homem como cidadão
consciente, crítico e participativo na sociedade. É uma área multidisciplinar do
conhecimento, que focaliza o processo de aprendizagem considerando diferentes
fatores que contribuem para a construção desse processo.
A atuação do psicopedagogo e suas contribuições para o processo de
avaliação englobam o ser cognoscente (aluno) e a instituição de ensino (escola)
dentro dos contextos psicopedagógico e educacional. O sistema educativo que
engloba tanto a instituição escolar como a família necessita de auxílio para
compreender as diferenças individuais do sujeito, levando em conta seus interesses,
aspectos cognitivos, afetivos e biológicos que interferem e atuam diretamente em sua
individualidade e aprendizado.
O papel do profissional da Psicopedagogia é compreender essa problemática,
realizando articulações necessárias entre o aluno, família e escola. Cabe a ele buscar
saber como o indivíduo se desenvolve durante as diferentes etapas de vida e como
atua a influência da escola e da família sobre ele, se ocorre positivamente ou não.
A avaliação educacional vem, ao longo dos anos, se transformando em uma
prática autoritária, privilegiando a seletividade e discriminação dos alunos, resultando
em danos pessoais e sociais; nesse processo entra o trabalho do psicopedagogo: na
prevenção dos problemas de aprendizagem.
Com um levantamento institucional, o psicopedagogo pode identificar possíveis
causas de problemas com fatores orgânicos, psicológicos e sociais, entre outros, e
elaborar junto aos docentes um plano de prevenção, utilização de recursos, métodos,
conteúdos e objetivos a serem abordados para que a autoestima dos alunos e seus
conhecimentos sejam valorizados, gerando bem-estar no ambiente escolar.
O psicopedagogo tem a função institucional de viabilizar o corpo docente a
buscar novas perspectivas que dinamizem o processo de ensino-aprendizagem,
avaliações necessárias para que o professor não avalie apenas os educandos, mas
também se avalie em busca de novos olhares e adequações necessárias à sua
prática. Assim, o psicopedagogo, como mediador desse processo, subsidia o
professor com alternativas de intervenção que facilitem o processo de ensino-
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a lógica dialética, o movimento entre os dois polos nesse processo do vir-a-ser. Nesse
sentido, a finalidade da avaliação da aprendizagem é dinamizar oportunidades de
ação-relfexão, num acompanhamento permanente do educador, que incitará o
educando a novas questões a partir de respostas formuladas. A avaliação deixa de
ser um momento terminal do processo educativo, denominado paradigma de
exclusão, para se transformar na busca incessante de compreensão das dificuldades
e na dinamização de novas oportunidades de conhecimento
A avaliação abrange justamente a compreensão do processo de cognição para
possibilitar a reflexão sobre o mundo e conduzir o aluno à construção de um maior
número de verdades, num espiral necessário de formulação e reformulação de
hipóteses (abstração reflexiva). "Não há começo nem limites nem fim absoluto no
processo de construção do conhecimento", segundo Chiarottino (1988), referindo-se
à Teoria de Piaget.
Segundo HOFFMAN, os princípios inerentes a uma proposta construtivista de
educação, (a partir da teoria psicogenética de Piaget) é coerente com uma Pedagogia
Libertadora, na medida em que a ação avaliativa exerce uma função dialógica e
interativa, ela promove os seres moral e intelectualmente, tornando-os críticos e
participativos, inseridos no seu contexto social e político.
Vale ressaltar a contribuição desse marco interpretativo para alargar a visão do
erro no processo de aprendizagem. A visão construtivista do erro, posiciona hipóteses,
elaborações mentais, que servem de ponto de partida para a reflexão, análise e
tomada de decisão na superação das dificuldades e construção do saber.
A análise das perspectivas de superação da avaliação classificatória e
excludente representada pelas práticas positivistas e racionalistas em todas as suas
extensões tradicionais, escolanovistas, tecnicistas, vê na educação dialética-
libertadora, numa abordagem sócio interacionista, a possibilidade da escola cumprir
sua função social transformadora, ou seja, favorecer a aprendizagem e o
desenvolvimento dos alunos, levando-se em conta o compromisso com a construção
de uma sociedade mais justa e solidária. "Simplesmente não posso pensar pelos
outros nem para os outros, sem os outros", refletia Paulo Freire (1991). É, o aluno, o
alvo do professor, não somente alguns, mas todos, representados pelas mais diversas
realidades e, dessa forma, serão avaliados. Considerando que a avaliação sempre
pressupõe uma relação de poder, cabe redirecioná-la. Propondo um projeto de uma
sociedade democrática, tendo como uma das mediações o trabalho com o
conhecimento. Essa matriz, se baseia na abordagem qualitativa, na qual a avaliação
centra-se no processo e evolui de acordo com as transformações do contexto. Mais
do que medir, avaliar significa entender, rever e refletir, pois, educação e avaliação
não podem ser vistas como processos tecnicistas, desligados de valores.
O que se espera é que, através da avaliação, o professor possa ter elementos
para ver qual o melhor caminho para ensinar, como os alunos aprendem melhor,
superando a concepção tradicional de avaliação, em que se avalia para verificar
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quanto o aluno sabe, quanto ele foi capaz de absorver do "ensinado", se merece ou
não se aprovado / reprovado.
Considerando assim, que a avaliação só tem sentido quando está voltada para
a melhor formação da cidadania.
A partir dessa concepção, a prática da avaliação supera a justaposição entre
"solicitação do professor" - "expressão do aluno”, em direção à interação professor-
aluno-objeto do conhecimento da realidade. A avaliação não como juízo da pessoa,
mas como diálogo, pesquisa, compromisso. (LUCKESI, 1995)."Entendemos a
avaliação como um juízo de qualidade sobre dados relevantes, tendo em vista uma
tomada de decisão"
Essa concepção vê a avaliação como um processo contínuo e paralelo ao
processo de ensino e aprendizagem, o que permite a utilização da avaliação através
das seguintes modalidades: diagnóstica (no início do processo), formativa (no
decorrer) e somativa (no final do processo).
Saber captar bem as necessidades e se comprometer com sua superação,
embora envolva uma exigência de justiça, a especificidade da avaliação da
aprendizagem é epistemológica, axiológica e ética.
Nas diversas concepções de educação é unânime a ideia de que a avaliação é
uma prática indispensável ao processo de escolarização, o que traduz a divergência
é a finalidade da avaliação, os procedimentos e instrumentos utilizados que coloca a
avaliação numa perspectiva técnica, outras na perspectiva ética.
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Mesmo diante dos vários termos empregados para se referir à avaliação (este
último termo com a finalidade pontuada acima) ao longo de sua história e constituição,
seu caráter controlador permaneceu resistente. Pois tanto o exame, o teste e
avaliação foram criados para um único objetivo: controle.
Em outras palavras, pode-se dizer que fora criado com o intuito de controle
social – como acontecia na burocracia chinesa – e como controle intelectual – quando
a escola adota essas práticas no seu interior.
A escola é um dos principais aparelhos ideológicos da classe dominante dentro
da sociedade, pois é por meio dela e sobre ela que são difundidas ideologias e valores
necessários para a manutenção e permanência do poder dessa classe dominante
opressora. Esse fator determina, que a escola se posicione como mera reprodutora
dos dizeres e fazeres desta classe, contribuindo de certa forma – ao obedecer aos
ditames da burguesia - na opressão da classe dominante sobre a classe subalterna.
Nesta perspectiva, a avaliação se mantém similar. Sua configuração autoritária,
classificatória e excludente se justifica na reprodução fiel que realiza da própria
sociedade vigente.
Dessa maneira, é urgente quebrar a configuração atual da avaliação – que
possui bases antidemocráticas - e substituí-la por um modelo democrático e inclusivo.
Para isso, é preciso (re) significar o conceito do termo avaliação e da prática
avaliativa, ou melhor, se pautar em uma nova perspectiva de avaliação preocupada
não com o controle quantitativo da aprendizagem, mas com a aprendizagem na forma
de construção de conhecimento ativo e participativo, através da proposta da avaliação
diagnóstica como instrumento dialético crítico de avanço da aprendizagem escolar.
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3 - TIPOS DE AVALIAÇÃO:
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O resultado é uma participação mais ativa dos alunos, que passam a lidar com
outras formas de avaliação, gerando um maior nível de aproveitamento dos diferentes
saberes adquiridos. Refletindo a longo prazo em melhores resultados em vestibulares
e exames nacionais, devido à fixação profunda das aulas.
Debates em sala
Muitos conhecimentos podem ser demonstrados em debates em sala de aula,
incentivando ao mesmo tempo a boa relação com as distintas opiniões existentes.
Os alunos, incentivados a falar a respeito do que sabem, demonstram pontos
assimilados na escola em contraponto com suas experiências e as informações
obtidas na mídia, nas redes sociais e até em conversas com seus familiares e amigos.
Produção textual
A produção de textos pode ser utilizada em diferentes disciplinas. Na língua
portuguesa, é possível avaliar desde a capacidade de coesão e coerência, aos
aspectos discursivos, gramaticais e de pontuação.
Os textos também podem servir para resumir o conteúdo apreendido no
bimestre anterior, permitindo que os professores identifiquem quais pontos foram
absorvidos e de que forma.
Esquetes e dramatizações
Breves esquetes, além de divertidas, são formas avaliativas que promovem o
desenvolvimento da expressão e da postura dos alunos. Podem abordar temas
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Jogos e dinâmicas
Tanto os jogos como as dinâmicas são capazes de exercitar o intelecto e o
corpo, sendo bastante divertidos para os alunos. Podem ser utilizados em todas as
disciplinas, como geografia, biologia ou física. É interessante promover um bom uso
espacial e também material, para que eles sejam criativos ao desenvolver suas ideias
baseados nas instruções fornecidas.
Os jogos ainda podem apresentar níveis de evolução, assim como os games
digitais, demonstrando a etapa do conhecimento sobre determinado assunto em que
os alunos estão. São também boas formas de promover o trabalho em equipe e a
colaboração.
Ensino híbrido
A utilização do ensino híbrido pode ser também uma forma avaliativa. Ao
recorrer às redes sociais, aos portais de notícias e vídeos ou aos simulados online, os
professores valorizam a linguagem que tem sido utilizada hoje pelas crianças,
adolescentes e jovens, e dão oportunidade às novas tecnologias.
Pode ser utilizado o laboratório rotacional ou mesmo a sala de aula invertida,
com conteúdos que sejam apresentados aos colegas em um outro momento.
Celulares e outros aparatos móveis são bons aliados nesses casos.
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e melhorada do(a) professor(a), refazendo seu planejamento e seu ensino, e para que
o “aprendente” tome consciência também de sua trajetória de aprendizagem e possa
criar suas próprias estratégias de superação. Assim, a avaliação também pode
incentivar e subsidiar a metacognição do(a) estudante na medida em que favorece um
pensar reflexivo e fundamentado não somente sobre o que se aprende, mas,
principalmente, sobre como se está aprendendo.
Nesse prisma, a produção do(a) estudante, inclusive o erro, é compreendida
como uma fonte riquíssima de compreensão da dinâmica da qualidade do trabalho
pedagógico e do caminho de aprendizagem discente. Mapear a reação do
“aprendente” à intervenção docente é a razão de ser do processo avaliativo em sala
de aula. Esse mapeamento tem como fim produzir informações que sejam úteis para
a diversificação didática sintonizada e proximal das necessidades dos(as)
educandos(as). Ou seja, quanto mais o(a) professor(a) “conhecer as formas pelas
quais os(as) alunos(as) aprendem, melhor será sua intervenção pedagógica”.
A intencionalidade e as características da avaliação formativa reguladora estão
alicerçadas em alguns princípios, entre os quais destaco: a negociação, a pertinência
socioepistemológico-cognitiva, o formativo, o emancipador e o ético. A negociação diz
respeito à necessidade de transparência no processo avaliativo para se evitarem
possíveis autoritarismos por parte dos(as) professores(as) e para considerar e se
aproximar da multiplicidade de aprendizagem dos(as) alunos(as). Esse princípio
também amplifica os sujeitos e os objetos do processo avaliativo. Os sujeitos passam
a ser o “aprendente”, a sua classe, o(a) professor(a) e a equipe docente; os objetos
da avaliação ficam sendo o trabalho do(a) professor(a) e da equipe a que pertence e
a aprendizagem do(a) aluno(a) e de sua classe. Esses sujeitos debatem em torno dos
critérios, dos objetivos, dos conteúdos e dos procedimentos do processo avaliativo,
estabelecendo, assim, a dinâmica e a intencionalidade da avaliação.
A pertinência socioepistemológico-cognitiva refere-se à necessidade de o
processo e os instrumentos avaliativos respeitarem a natureza dos conteúdos
ensinados e os níveis parciais de aprendizagem, de desenvolvimento dos(as)
aprendizes e as singularidades contextuais do cenário educativo. É relevantemente
pedagógico manter uma possível simetria didática entre os conteúdos curriculares, as
potencialidades de aprendizagem dos(as) alunos(as), a realidade vivida e o
planejamento e a efetivação da ação avaliativa.
O formativo versa que a dinâmica da avaliação deve proporcionar uma
retroalimentação do trabalho pedagógico no sentido de favorecer o permanente
desenvolvimento social, cognitivo e afetivo do “aprendente”. Isso só é possível graças
à natureza constante descritivo-interpretativa do processo avaliativo, cruzando e
regulando o trabalho docente na perspectiva de colaborar para sua contínua
desconstrução e reconstrução em função do crescimento do(a) aluno(a).
O emancipador trata de que o planejamento e a prática avaliativa precisam ser
norteados por um projeto político-pedagógico que vise contribuir, através de situações
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5 - CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO:
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classes e suas relações com o currículo explícito e/ou oculto, de onde procede
conhecimento que se ensina na escola, etc.”.
É preciso promover uma renovação nos métodos avaliativos, para superar o
velho método mecânico de “decorar”, onde os aspectos a serem determinados
possuam objetivos a serem alcançados com uma evolução gradativa.
A avaliação deve deixar de ser tão somente um objeto de certificação de
objetivos, o foco da escola deve ser o resultado de seu ensino para o aluno e não
mais a média do aluno na escola.
Refletir sobre o ato de avaliar é uma oportunidade de mudança de postura
frente a uma prática avaliativa que muitas vezes tem como principal objetivo medir o
conhecimento dos alunos. Assim, entender essa etapa da educação como
possibilidade de melhorar a didática na sala de aula e como aliada do ensino-
aprendizagem é essencial para transformar o cenário de uma avaliação que tem como
finalidade fundamental aprovar ou reprovar.
Entretanto, para colocar em prática uma avaliação que ultrapasse essa
concepção, faz-se notável esclarecer o sentido do processo avaliativo para que todos
envolvidos na educação, possam também, adotar procedimentos nos testes de
conhecimento que realmente tenham a intenção de cuidar da aprendizagem do
discente.
O processo avaliativo deve ser realizado de uma forma contínua, ou seja, o
aluno necessita ser apreciado diariamente, levando-se em consideração as
limitações, dificuldades e particularidades, de cada indivíduo.
A avaliação deve ser usada como ferramenta de amparo para que os
educadores possam transformar as médias baixas de seus aprendizes em
oportunidades para reorienta-los nas dificuldades advindas e para que o discente, ao
longo de seu período acadêmico, adquira habilidades suficientes para sua carreira
profissional.
Como possibilidades, pode-se listar alguns aspectos importantes na verificação
das instruções:
? atentar principalmente para os processos e não somente aos resultados;
? dar possibilidades aos discentes de expressão ou autoavaliação;
? utilizar procedimentos variados para avaliação;
? basear-se nas informações obtidas através dos exames para superação das
dificuldades detectadas;
? tornar a avaliação como meio de aprendizagem e não como ameaça;
? criar regras para a avaliação desde o princípio do processo educativo;
? definir metas junto ao discente, caso não seja atingida, retornar ao processo
de aprendizagem;
? respeitar as diferenças e dificuldades de cada aprendiz.
Obviamente que tais mudanças citadas acima, jamais obterão sucesso com
práticas individuais, desvinculadas de um projeto pedagógico, levando-se em
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• SUMÁRIO
Regulamenta a avaliação e certificação dos conhecimentos adquiridos e das
capacidades desenvolvidas pelos alunos do ensino básico e os seus efeitos, bem
como as medidas de promoção do sucesso escolar
• TEXTO
Despacho normativo n.º 17-A/2015
O Decreto-Lei n.º 139/2012, de 5 de julho, alterado pelo Decreto-Lei n.º 91/2013, de
10 de julho e pelo Decreto-Lei n.º 176/2014, de 12 de dezembro, estabeleceu os
princípios orientadores da organização, da gestão e do desenvolvimento dos
currículos dos ensinos básico e secundário, bem como da avaliação e certificação
dos conhecimentos adquiridos e capacidades desenvolvidas pelos alunos,
aplicáveis às diversas ofertas curriculares do ensino básico e do ensino secundário,
ministradas em estabelecimentos do ensino público, particular e cooperativo. Com
a publicação do Decreto-Lei n.º 91/2013, de 10 de julho, e do Decreto-Lei n.º
176/2014, de 12 de dezembro, procedeu-se a alguns ajustamentos naquele
Decreto-Lei de modo a integrar no currículo componentes que reforcem o
desempenho dos alunos e que proporcionem um maior desenvolvimento das suas
capacidades, designadamente neste último a introdução do ensino da língua
inglesa, com caráter obrigatório a partir do 3.º ano de escolaridade e ao longo de
sete anos consecutivos.
Simultaneamente, reforçou-se a autonomia pedagógica e organizativa dos
estabelecimentos de ensino no que respeita à gestão curricular. Com a publicação
do Decreto-Lei n.º 152/2013, de 4 de novembro, que aprovou o Estatuto do Ensino
Particular e Cooperativo de nível não superior, houve necessidade de ajustar os
procedimentos de avaliação às novas regras definidas para os estabelecimentos do
Ensino Particular e Cooperativo.
Finalmente, a elaboração de metas curriculares para várias disciplinas do Ensino
básico foi agora concluída com as metas de inglês para o 1.º ciclo. Através de um
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6 - As provas finais dos 1.º, 2.º e 3.º ciclos realizam-se em duas fases com uma
única chamada cada, sendo a 1.ª fase obrigatória para todos os alunos, exceto para
os alunos do 3.º ciclo na situação prevista nas alíneas d) e e), destinando-se a 2.ª
fase aos alunos que:
a) Faltem à 1.ª fase por motivos excecionais devidamente comprovados;
b) Obtenham uma classificação final inferior a 3 após as provas finais realizadas na
1.ª fase;
c) Não obtenham, após as reuniões de avaliação de final de ano, aprovação de
acordo com o previsto no artigo 13.º do presente despacho;
d) Frequentem o 3.º ciclo e, no final do 3.º período, tenham classificações na
avaliação somativa interna que já não lhes permitam superar as condições definidas
no n.º 2 do artigo 13.º;
e) Tenham ficado retidos por faltas pela aplicação do previsto nas alíneas a) e b) do
n.º 4 do artigo 21. º da Lei n.º 51/2012, de 5 de setembro - Estatuto do Aluno e Ética
Escolar.
7 - A classificação obtida na 2.ª fase das provas finais realizadas pelos alunos
referidos nas alíneas b), c), d) e e) do número anterior é considerada como
classificação final da respetiva disciplina.
8 - Os alunos dos 1.º e 2.º ciclos podem usufruir do prolongamento da duração do
ano letivo, a fim de frequentarem o período de acompanhamento extraordinário, de
acordo com o previsto nos artigos 20.º e 23.º do presente despacho e o estabelecido
no calendário escolar.
9 - São admitidos à 2.ª fase das provas finais dos três ciclos, na qualidade de
autopropostos, os alunos que ficarem retidos por faltas pela aplicação das alíneas
a) e b) do n.º 4 do artigo 21.º da Lei n.º 51/2012, de 5 de setembro - Estatuto do
Aluno e Ética Escolar.
10 - Para os efeitos previstos no presente diploma, são internos os alunos que
frequentem as aulas até ao final do ano letivo, em estabelecimento de ensino
público ou do ensino particular e cooperativo, ou ainda em seminário abrangido pelo
disposto no Decreto-Lei n.º 293-C/86, de 12 de setembro.
11 - Estão dispensados da realização de provas finais do 1.º ciclo os alunos que se
encontrem nas condições seguintes:
a) Não tenham o português como língua materna e tenham ingressado no sistema
educativo português no ano letivo correspondente ao da realização das provas
finais;
b) Estejam abrangidos pelo artigo 21.º do Decreto-Lei n.º 3/2008, de 7 de janeiro.
12 - Estão dispensados da realização de provas finais dos 2.º e 3.º ciclos os alunos
que se encontrem nas condições seguintes:
a) A frequentar percursos curriculares alternativos;
b) A frequentar o ensino vocacional;
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SECÇÃO IV
Classificação, transição e aprovação
Artigo 13.º
Condições de aprovação, transição e progressão
1 - A avaliação somativa dá origem a uma tomada de decisão sobre a progressão
ou a retenção do aluno, expressa através das menções, respetivamente, de
Transitou ou de Não Transitou, no final de cada ano, e de Aprovado ou de Não
Aprovado, no final de cada ciclo.
2 - No final de cada um dos ciclos do ensino básico, o aluno não progride e obtém
a menção de Não Aprovado, se estiver numa das seguintes condições:
a) Tiver obtido simultaneamente classificação inferior a 3 nas disciplinas de
Português ou PLNM e de Matemática;
b) No caso dos 2.º e 3.º ciclos, tiver obtido classificação inferior a 3 em três ou mais
disciplinas e, no caso do 1.º ciclo, tiver obtido classificação inferior a 3
simultaneamente nas disciplinas de (i) Inglês, de (ii) Português ou Matemática e,
cumulativamente, (iii) menção insuficiente em pelo menos uma das outras
disciplinas.
3 - Os alunos autopropostos do ensino básico não progridem e obtêm a menção de
Não Aprovado se estiverem nas condições referidas no número anterior.
4 - A disciplina de Educação Moral e Religiosa, nos três ciclos do ensino básico, as
Atividades de Enriquecimento Curricular e o Apoio ao Estudo, no 1.º ciclo e as
disciplinas de oferta complementar, nos 1.º, 2.º e 3.º ciclos, não são consideradas
para efeitos de progressão de ano e conclusão de ciclo.
Artigo 14. º
Constituição e funcionamento do conselho de docentes do 1.º ciclo
1 - O conselho de docentes é constituído, para efeitos de avaliação dos alunos, por
todos os professores titulares turma dos estabelecimentos constituintes do
agrupamento.
2 - No conselho de docentes, podem ainda intervir, sem direito a voto, os serviços
com competência em matéria de apoio educativo e serviços ou entidades cuja
contribuição o conselho pedagógico considere conveniente.
3 - As deliberações do conselho de docentes devem resultar do consenso dos
professores que o integram, admitindo-se o recurso ao sistema de votação, quando
se verificar a impossibilidade de obtenção desse consenso.
4 - No caso de recurso à votação, todos os membros do conselho de docentes
devem votar nominalmente, não havendo lugar a abstenção, sendo registado em
ata o resultado da votação.
5 - A deliberação só pode ser tomada por maioria, tendo o presidente do conselho
de docentes, designado entre os membros, voto de qualidade em caso de empate.
6 - Na ata da reunião de conselho de docentes, devem ficar registadas todas as
deliberações e a respetiva fundamentação.
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Artigo 15. º
Constituição e funcionamento dos conselhos de turma dos 2.º e 3.º ciclos
1 - Para efeitos de avaliação dos alunos, o conselho de turma é constituído por
todos os professores da turma, sendo seu presidente o diretor de turma.
2 - Nos conselhos de turma, podem ainda intervir, sem direito a voto, os serviços
com competência em matéria de apoio educativo ou entidades cuja contribuição o
conselho pedagógico considere conveniente.
3 - Sempre que se verificar ausência de um membro do conselho de turma, a
reunião é adiada, no máximo por quarenta e oito horas, de forma a assegurar a
presença de todos.
4 - No caso de a ausência a que se refere o número anterior ser presumivelmente
longa, o conselho de turma reúne com os restantes membros, devendo o respetivo
diretor de turma dispor de todos os elementos referentes à avaliação de cada aluno,
fornecidos pelo professor ausente.
5 - A deliberação final quanto à classificação a atribuir em cada disciplina é da
competência do conselho de turma que, para o efeito, aprecia a proposta
apresentada por cada professor, as informações que a suportam e a situação global
do aluno.
6 - As deliberações do conselho de turma devem resultar do consenso dos
professores que o integram, admitindo-se o recurso ao sistema de votação, quando
se verificar a impossibilidade de obtenção desse consenso.
7 - No caso de recurso à votação, todos os membros do conselho de turma votam
nominalmente, não havendo lugar a abstenção, sendo registado em ata o resultado
da votação.
8 - A deliberação é tomada por maioria absoluta, tendo o presidente do conselho de
turma voto de qualidade, em caso de empate.
9 - Na ata da reunião de conselho de turma devem ficar registadas todas as
deliberações e a respetiva fundamentação.
Artigo 16. º
Registo das classificações e ratificação das deliberações
1 - As classificações no final de cada período letivo, no 4.º ano do 1.º ciclo e em
todos os anos de escolaridade dos 2.º e 3.º ciclos, são registadas em pauta.
2 - As decisões do professor titular de turma, no 1.º ciclo, e as deliberações do
conselho de turma, nos 2.º e 3.º ciclos, carecem de ratificação do diretor da escola.
3 - O diretor da escola deve proceder à verificação das pautas e da restante
documentação relativa às reuniões dos conselhos de docentes e conselhos de
turma, assegurando-se do integral cumprimento das disposições em vigor e da
observância dos critérios definidos pelo conselho pedagógico, competindo-lhe
desencadear os mecanismos necessários à correção de eventuais irregularidades.
4 - As pautas, após a ratificação prevista no n.º 2, são afixadas em local apropriado
no interior da escola, nelas devendo constar a data da respetiva afixação.
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Artigo 17.º
Revisão das deliberações
1 - As decisões decorrentes da avaliação de um aluno no 3.º período de um ano
letivo podem ser objeto de um pedido de revisão, dirigido pelo respetivo
encarregado de educação ao diretor da escola no prazo de três dias úteis a contar
da data de entrega das fichas de registo de avaliação nos 1.º, 2.º e 3.º anos ou da
afixação das pautas no 4.º ano de escolaridade e nos 2.º e 3.º ciclos.
2 - Os pedidos de revisão a que se refere o número anterior são apresentados em
requerimento devidamente fundamentado em razões de ordem técnica, pedagógica
ou legal, dirigido ao diretor da escola, podendo ser acompanhado dos documentos
considerados pertinentes.
3 - Os requerimentos recebidos depois de expirado o prazo fixado no n.º 1 do
presente artigo, bem como os que não estiverem fundamentados, são liminarmente
indeferidos.
4 - No caso do 1.º ciclo, o diretor da escola convoca, nos cinco dias úteis após a
aceitação do requerimento, uma reunião com os professores da turma para
apreciação do pedido de revisão, podendo confirmar ou modificar a avaliação inicial,
elaborando um relatório pormenorizado.
5 - No caso dos 2.º e 3.º ciclos, o diretor da escola convoca, nos cinco dias úteis
após a aceitação do requerimento, uma reunião extraordinária do conselho de
turma, que procede à análise do pedido de revisão e delibera com base em todos
os documentos relevantes para o efeito e toma uma decisão que pode confirmar ou
modificar a avaliação inicial, elaborando um relatório pormenorizado, que deve
integrar a ata da reunião.
6 - Nos casos em que o conselho de turma mantenha a sua deliberação, o processo
aberto pelo pedido de revisão pode ser enviado pelo diretor da escola ao conselho
pedagógico para emissão de parecer prévio à decisão final.
7 - Da deliberação do diretor e respetiva fundamentação é dado conhecimento ao
encarregado de educação, através de carta registada com aviso de recessão, no
prazo máximo de 20 dias úteis contados a partir da data da recessão do pedido de
revisão.
8 - O encarregado de educação pode ainda, se assim o entender, no prazo de cinco
dias úteis após a data de recessão da resposta ao pedido de revisão, interpor
recurso hierárquico para o órgão competente do Ministério da Educação e Ciência,
quando o mesmo for baseado em vício de forma existente no processo.
9 - Da decisão do recurso hierárquico não cabe qualquer outra forma de
impugnação administrativa.
Artigo 18.º
Reclamação e recursos
As decisões referentes às provas de equivalência à frequência e às provas finais de
ciclo são passíveis de impugnação administrativa nos termos gerais.
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SECÇÃO V
Certificação da avaliação
Artigo 19.º
Conclusão e certificação
1 - A conclusão do ensino básico é certificada pelo diretor da escola, através da
emissão de:
a) Um diploma que ateste a conclusão do ensino básico;
b) Um certificado que ateste o nível de qualificação, discrimine as disciplinas ou
módulos concluídos e as respetivas classificações finais, bem como as
classificações das provas finais de ciclo obtidas nas disciplinas em que foram
realizadas.
2 - Os certificados a que se refere a alínea b) do número anterior devem ainda conter
um anexo do qual constem todas as atividades extracurriculares desenvolvidas pelo
aluno, designadamente as realizadas no âmbito de ações de voluntariado.
3 - Os certificados dos alunos abrangidos pelo artigo 14.º do Decreto-Lei n.º 3/2008,
de 7 de janeiro, deverão conter comprovação das capacidades adquiridas e
desenvolvidas pelo aluno nas disciplinas e áreas disciplinares específicas, no
decurso do seu Plano Individual de Transição (PIT).
4 - Os modelos de diploma e certificado previstos nos números anteriores são
aprovados por despacho membro do Governo responsável pela área da educação.
SECÇÃO VI
Medidas de promoção do sucesso escolar e situações especiais de avaliação
Artigo 20.º
Medidas de promoção do sucesso escolar
1 - No âmbito da sua autonomia, devem ser adotadas pela escola medidas de
promoção do sucesso escolar, definindo-se, sempre que necessário, planos de
atividades de acompanhamento pedagógico orientados para a turma ou
individualizados, com medidas adequadas à resolução das dificuldades dos alunos,
de acordo com o previsto no n.º 4 do artigo 2.º do Decreto-Lei n.º 139/2012, de 5 de
julho, na sua redação atual, que se podem concretizar designadamente através de:
a) Medidas de apoio ao estudo, que garantam um acompanhamento mais eficaz do
aluno face às dificuldades detetadas e orientadas para a satisfação de
necessidades específicas;
b) Apoio ao Estudo, no 1.º ciclo, tendo por objetivo apoiar os alunos na criação de
métodos de estudo e de trabalho e visando prioritariamente o reforço do apoio nas
disciplinas de Português e de Matemática, nomeadamente a resolução dos
trabalhos de casa;
c) Constituição temporária de grupos de homogeneidade relativa em termos de
desempenho escolar, em disciplinas estruturantes, tendo em atenção os recursos
da escola e a pertinência das situações;
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em que:
CAF = classificação anual de frequência;
CF = classificação de frequência do período frequentado;
PEA = classificação da prova extraordinária de avaliação.
5 - A prova extraordinária de avaliação deve abranger o programa do ano curricular
em causa, sendo os procedimentos específicos a observar no seu desenvolvimento
os que constam do anexo VI.
6 - Nos anos de escolaridade em que houver lugar a prova final de ciclo, considera-
se a classificação do período frequentado como classificação anual de frequência
da disciplina, sendo a respetiva classificação final calculada de acordo com o n.º 15
do artigo 10.º.
7 - Sempre que a classificação do período frequentado seja inferior a 3, esta não é
considerada para o cálculo da classificação final da disciplina, correspondendo a
classificação final à classificação obtida na respetiva prova final de ciclo.
8 - Nos 2.º e 3.º ciclos, sempre que, por motivo da exclusiva responsabilidade da
escola, apenas existirem em qualquer disciplina não sujeita a prova final de ciclo
elementos de avaliação respeitantes a um dos três períodos letivos, o encarregado
de educação do aluno pode optar entre:
a) Ser considerada como classificação anual de frequência a classificação obtida
nesse período;
b) Não ser atribuída classificação anual de frequência nessa disciplina;
c) Realizar a PEA de acordo com os nº 4 e 5 do presente artigo.
9 - Nos 2.º e 3.º ciclos, sempre que, em qualquer disciplina, à exceção das
disciplinas não sujeitas a prova final de ciclo, o número de aulas ministradas durante
todo o ano letivo não tenha atingido oito semanas completas, o encarregado de
educação do aluno pode optar entre:
a) A aprovação do aluno sem classificação nessa disciplina;
b) A realização de PEA, correspondendo a sua classificação anual de frequência à
classificação nesta prova.
Secção VII
Disposições finais e transitórias
Artigo 27.º
Estabelecimentos de ensino com contrato de autonomia e estabelecimentos de
ensino particular e cooperativo
1 - Sem prejuízo dos seus deveres gerais de promoção do sucesso escolar, às
escolas públicas com contrato de autonomia e aos estabelecimentos de ensino
particular e cooperativo, o disposto no presente diploma é obrigatoriamente
aplicável apenas no que se refere especificamente às provas de equivalência à
frequência, à avaliação somativa externa, às condições de transição e aprovação
de ciclo, à certificação da avaliação e aos regimes dos artigos 25.º e 26.º.
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ANEXO V
(ver documento original)
ANEXO VI
Procedimentos Específicos a observar no Desenvolvimento da Prova Extraordinária
de Avaliação (PEA)
1 - Cabe aos departamentos curriculares, de acordo com as orientações do
conselho pedagógico da escola, estabelecer a modalidade que a prova
extraordinária de avaliação (PEA) deve assumir, tendo em conta a natureza e
especificidade de cada disciplina.
2 - Compete ainda aos departamentos curriculares propor ao conselho pedagógico
a matriz da prova, da qual constem os objetivos e os conteúdos, a estrutura e
respetivas cotações e os critérios de classificação.
3 - Para a elaboração da PEA é constituída uma equipa de dois professores, em
que pelo menos um deles tenha lecionado a disciplina nesse ano letivo. Para o
desempenho desta função não está prevista qualquer dispensa de serviço docente.
4 - A duração da PEA é de noventa minutos.
5 - Compete ao órgão de administração e gestão da escola fixar a data de realização
da PEA no período compreendido entre o final das atividades letivas e 31 de julho.
6 - Toda a informação relativa à realização da PEA deve ser afixada pelas escolas
até ao dia 15 de maio.
7 - Caso o aluno não compareça à prestação da prova extraordinária de avaliação,
não lhe poderá ser atribuída qualquer classificação na disciplina em causa, devendo
o conselho de turma avaliar a situação, tendo em conta o percurso global do aluno.
8 - Após a realização da PEA, é necessário proceder-se a uma reunião
extraordinária do conselho de turma para ratificação das classificações do aluno.
6 - INSTRUMENTOS DA AVALIAÇÃO:
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SEMINÁRIOS
POSSIBILIDADES E LIMITES
- objetivos do seminário: investigar um problema; um ou mais temas sob
diferentes perspectivas visando aprofundar a compreensão; analisar criticamente o
tema ou ideias dos autores estudados (não é reprodução); propor alternativas para
resolver as questões levantadas; instaurar o diálogo crítico, estimulando a produção
do conhecimento de forma cooperativa;
- equívocos mais comuns em Seminários: substituição do monólogo do
professor pelo do aluno; extrema divisão do trabalho “em partes”; ausência de
interação;
- deter-se em superficialidades (algo não problematizante);
- papel do Professor: explicitar objetivos; sugerir temas; assessorar os alunos;
recomendar bibliografia mínima e complementar; discutir critérios avaliativos; orientar
alunos na busca de fontes de consulta; explicitar os critérios de avaliação; formular
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PROVAS
O sistema de ensino está interessado nos percentuais de
aprovação/reprovação do total dos educandos; os pais estão desejosos de que seus
filhos avancem nas séries de escolaridade; os professores se utilizam
permanentemente dos procedimentos de avaliação como elementos motivadores dos
estudantes, por meio da ameaça; os estudantes estão sempre na expectativa de virem
a ser aprovados ou reprovados e, para isso, servem-se dos mais variados
expedientes. O nosso exercício pedagógico escolar é atravessado mais por uma
pedagogia do exame que por uma pedagogia do ensino/aprendizagem.
Os professores utilizam as provas como instrumento de ameaça e tortura prévia
dos alunos, protestando ser um elemento motivador da aprendizagem. Quando o
professor sente que seu trabalho não está surtindo o efeito esperado, anuncia aos
seus alunos: “Estudem! Caso contrário, vocês poderão se dar mal no dia da prova”.
Quando observa que os alunos estão indisciplinados, é comum o uso da expressão:
“Fiquem quietos! Prestem atenção! O dia da prova vem aí e vocês verão o que vai
acontecer”. Ou, então ocorre um terrorismo homeopático. A cada dia o professor vai
anunciando uma pequena ameaça. Por exemplo, em um dia diz: “A prova deste mês
está uma maravilha!”. Passados alguns dias, expressa: “Estou construindo questões
bem difíceis para a prova de vocês”. Após algum tempo, lá vai ele: “As questões da
prova são todas do livro que estamos utilizando, mas são difíceis. Se preparem!”. E
assim por diante...
Essas e outras expressões, de quilate semelhante, são comuns no cotidiano
da sala de aula, especialmente na escolaridade básica e média, e mais tarde na
universitária. Elas demonstram o quanto o professor utiliza-se das provas como um
fator negativo de motivação. O estudante deverá estudar, se dedicar aos estudos não
porque os conteúdos sejam importantes, significativos e prazerosos de serem
aprendidos, mas sim porque estão ameaçados por uma prova. O medo os levará a
estudar.
É o que acontece normalmente com a maioria dos alunos. Eles estudam para
a prova, simplesmente com a intenção de passar de série, ao invés de estudarem para
aprenderem alguma coisa, e futuramente poder utilizá-los como conhecimento.
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1. OBSERVAÇÃO
O ato de observar é uma característica própria e é através dele que informamos
sobre o contexto em que estamos, para nele nos situarmos de forma satisfatória de
acordo com normas e valores dominantes.
Aspectos Negativos:
É um instrumento de pouca utilização de registro e de falta de sistematização,
os dados colhidos, muitas vezes, se perdem ou não são utilizados de forma produtiva
para refletirem sobre a prática pedagógica e o desenvolvimento dos alunos.
Aspectos Positivos
Através da observação, os educadores podem conhecer melhor os alunos,
analisar seu desempenho nas atividades em sala de aula e compreender seus
avanços e dificuldades. Ao mesmo tempo, os alunos poderão tomar consciência dos
processos vividos pelo grupo.
Indicações
Observações em atividades livres, no recreio, individuais, etc.
2. REGISTRO / FICHAS
Tem como função acompanhar o processo educativo vivido por alunos e
professores, é através dele que se torna possível realizar uma análise crítica e
reflexiva do processo de avaliação.
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Aspectos Positivos:
Contribui para que os dados significativos da prática de trabalho não se percam.
Alguns recursos podem ser utilizados, são eles:
1. Caderno de campo do professor: registro de aulas expositivas, anotações
em sala de aula, projetos, relatos, debates, etc.
2. Caderno de Anotações para cada grupo de alunos: anotações periódicas
sobre acontecimentos significativos do cotidiano escolar.
3. Diário do aluno: registro de caráter subjetivo ou objetivo que aluno e
professores fazem espontaneamente.
4. Arquivo de atividades: coleta de exercícios e produções dos alunos, datadas
e com algumas observações rápidas do professor. Esse arquivo serve como
referência histórica do desenvolvimento do grupo.
Indicações:
Permite aos educadores perceberem e analisarem ações e acontecimentos,
muitas vezes despercebidos no cotidiano escolar.
3. DEBATE
O debate nos permite nas situações de interação, trocar ideias com as pessoas,
compreender as ideias do outro, relacioná – las e ampliar conhecimentos sobre o tema
ou assunto discutido.
Aspectos positivos
Favorável para que alunos e professores incorporem conhecimentos, exige que
se expressem com suas próprias palavras, exemplifiquem e estabeleçam relações
com outros conhecimentos, pois o aluno expõe à turma sua forma de compreender o
tema em questão.
4. AUTO - AVALIAÇÃO
Aspectos Positivos
É uma atividade de reflexão fundamental na aprendizagem, que visa levantar:
- o caminho percorrido pelo aluno para às suas respostas e resultados;
- as evidências de que conseguiu aprender;
- as evidências das dificuldades que ainda enfrenta e, a partir delas, o
reconhecimento das superações que precisam ser conquistadas.
Indicações
Incentivar a consciência crítica dos alunos, em relação aos modos de agir que
utilizam frente às tarefas que lhes são propostas.
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5. TRABALHO EM GRUPO
É todo tipo de produção realizada em parceria pelos alunos, sempre orientadas
pelo professor.
Aspectos positivos:
Estimula os alunos à cooperação e realização de ações conjuntas, propiciam
um espaço para compartilhar, confrontar e negociar ideias. É necessário que haja uma
dinâmica interna das relações sociais, mediada pelo conhecimento, potencializado por
uma situação problematizadora, que leve o grupo a colher informações, explicar suas
ideias, saber expressar seus argumentos.
Aspectos Positivos:
Permite que o professor perceba como o aluno constrói o conhecimento, já que
é possível acompanhar de perto todos os passos desse processo. É necessário que
o professor faça anotações no momento em que os fatos a serem considerados
ocorrem, ou logo em seguida, para que sejam evitadas as generalizações e os
julgamentos com critérios subjetivos. Habilita o professor a elaborar intervenções
específicas para cada caso e sempre que julgar necessário.
7. SEMINÁRIO
É a exposição oral que permite a comunicação das informações pesquisadas
de forma eficaz, utilizando material de apoio adequado.
Aspectos Positivos:
Contribui para a aprendizagem tanto do ouvinte como do expositor, pois exige
desta pesquisa, planejamento e organização das informações, além de desenvolver a
capacidade de expressão em público.
Aspectos Negativos:
Às vezes, alguns professores utilizam de comparações nas apresentações
entre o inibido e o desinibido.
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8. PORTFÓLIO
Volume que reúne todos os trabalhos produzidos pelo aluno durante o período
letivo. Presta – se tanto para a avaliação final como para a avaliação do processo de
aprendizagem do aluno.
Aspecto positivo:
Evidencia as qualidades do estudante, registra seus esforços, seus progressos,
o nível de raciocínio lógico atingido e, portanto, seu desempenho na disciplina.
Também ensina ao aluno a organização.
9. PROVA DISSERTATIVA
Caracteriza – se por apresentar uma série de perguntas (ou problemas, ou
temas, no caso da redação), que exijam capacidade de estabelecer relações, de
resumir, analisar e julgar.
Aspectos Positivos
Avalia a capacidade de analisar um problema central, abstrair fatos, formular
ideias e redigi – las: permite que o aluno exponha seus pensamentos, mostrando
habilidades organização, interpretação e expressão.
Aspectos Positivos:
Se bem elaborada, pode permitir que o aluno demonstre não apenas o seu
conhecimento sobre o conteúdo objeto da avaliação, mas ainda, a sua capacidade de
pesquisa, de buscar a resposta correta e relevante.
Aspectos Negativos
Favorece a memorização e sua análise não permite constatar, com boa
margem de acerto, quanto o aluno adquiriu em termos de conhecimento.
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Quantidade ou qualidade?
A luta entre o tradicional e o transformador, qualidade e quantidade são fatores
presentes em todas as áreas de nossa vida, na verdade em tudo que fazemos ou
temos, procuramos encontrar qualidade ou quantidade.
Em educação qualidade e quantidade podem gerar entre os alunos o fenômeno
do individualismo e da competição, isso dentro de uma dinâmica social fortemente
excludente, faz com que os alunos adotem o discurso: “Hei de vencer a qualquer
custo.” A avaliação aí surge com o efeito não de promover no aluno uma real
preocupação com o saber, mas sim a possibilidade de obter uma alta pontuação.
Aprender, nesta concepção, não é tão importante fazendo assim fortalecer cada vez
mais a hierarquização do saber.
O desafio entre qualidade e quantidade, não quer dizer que uma é inferior ou
oposta à outra, elas apenas possuem perspectivas próprias. Qualidade e quantidade
são faces da mesma moeda onde interfere uma na outra sendo assim necessárias
para o processo ensino-aprendizagem. Quando falamos em qualidade e quantidade
temos, em contra partida, duas teorias um tanto quanto conflitantes: o tradicional e o
transformador. Bem sabemos que para essas duas teorias, não só avaliação, mas a
educação como um todo, tem funções e realidades distintas.
As teorias tradicionais estão centradas e preocupadas somente na transmissão
de conhecimentos e conteúdos fazendo o uso da avaliação quantitativa para
classificar e hierarquizar as pessoas, ou seja, aqueles que têm melhor desempenho
recebem o título de capazes e os outros, por não se desempenharem tão bem são os
chamados problemas. Uma pequena quantidade de favorecidos sustentada pela
grande massa desvalorizada e nada merecedora de conhecimentos.
As práticas tradicionais, interessadas apenas na quantidade de conhecimento
adquiridos pelos alunos, acabam fazendo uso de meios com resultados momentâneos
como a decoreba, e também acabam se equivocando ao transmitirem conhecimentos
fora da realidade do aluno e que os mesmos julgam inútil! A avaliação nesse prisma,
quer por sua vez mensurar, ou seja, calcular através de um valor ou nota o que foi
apreendido pelo aluno até aquele momento.
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Da avaliação a ação
Estabelecer uma análise da ação avaliativa é promover em si mesmo uma
reflexão sobre sua visão de avaliação, é refletir como a avaliação é usada para incluir
ou excluir o aluno do contexto escolar e social, produzindo assim o sucesso ou o
fracasso do indivíduo. “A avaliação, demarcando as fronteiras, facilita o isolamento
dos sujeitos.
A avaliação distancia, hierarquiza e silencia os indivíduos tornando-os
subordinados às normas e conformistas, acreditando que tudo o que acontece é
porque são pobres e incapazes para terem algo melhor. O fracasso do aluno pode ser
atribuído ao seu erro que é visto de várias formas pelos educadores, porém o mais
importante é que ele seja encarado como uma das etapas do processo de construção
do conhecimento.
Dessa forma, a crítica que levantamos sobre avaliação escolar desrespeito ao
modo de como ela é passada e praticada além de seus instrumentos/ técnicas que
muitas vezes se direcionam para lutar “contra” o aluno, estabelecendo assim uma
postura nada ética. Pois ao visar “resultados” e competências, distancia-se de uma
perspectiva democrática de avaliação.
O que percebemos, no entanto é que as práticas avaliativas que são
desenvolvidas apresentam em sua dinâmica, caráter monopolizador, seletivo e
excludente e que abordam apenas os conteúdos científicos e disciplinares, ou seja,
está voltado apenas para a questão da aquisição do conhecimento acabando por
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Bem sabemos que as exigências sociais vêm crescendo a cada dia e para isso
a escola e os alunos devem acompanhar essa exigência e atestar sua preparação
para o exercício das funções exigidas no âmbito da sociedade.
Sabendo dessa exigência social é que nos surge uma pergunta: Como a
avaliação é usada para excluir ou incluir? Tradicionalmente, nossas experiências em
avaliação são marcadas por uma concepção que classifica as aprendizagens em
certas ou erradas e, dessa forma, termina por separar aqueles estudantes que
aprenderam os conteúdos programados para a série em que se encontram daqueles
que não aprenderam.
Essa perspectiva de avaliação classificatória e seletiva, muitas vezes, torna-se
um fator de exclusão escolar.
Entretanto, é possível concebermos uma perspectiva de avaliação cuja vivência
seja marcada pela lógica da inclusão, do diálogo, da construção da autonomia, da
mediação, da participação, da construção da responsabilidade com o coletivo. Tal
perspectiva de avaliação alinha-se com a proposta de uma escola mais democrática,
inclusiva, que considerara as infindáveis possibilidades de realização de
aprendizagens por parte dos estudantes.
A avaliação excludente faz parte de uma ideologia dominante, pois na
sociedade de classes, os interesses são diferentes. Embora empresários e outros
componentes da elite, assegurem a importância e necessidade da educação para as
classes menos favorecidas, isso é colocado em prática com menos intensidade, pois
para eles, não é produtivo que o povo cresça intelectualmente, pois se isso acontecer
seu domínio será ameaçado. Portanto fazem uso de um ensino diferenciado entre
pobres e ricos, públicos e particulares para assim manter a diferença social e também
o poder.
Agindo sobre essa perspectiva, é que alguns professores criam e utilizam a
avaliação excludente, que é aquela forma de avaliar, baseada no autoritarismo, na
punição, na imposição de poder... Passando assim de geração a geração a ideia de
que avaliar é uma atividade de controle que resulta na inclusão ou exclusão dos
alunos. O cotidiano escolar nos mostra bem claramente isso, no discurso de um
professor que percebe que seu trabalho não está como esperava: “Estudem! Caso
contrário, poderão se dar mal na prova.” A prova está chegando, vocês verão o que
vai acontecer! ou então utiliza a prova como terrorismo, anunciando a cada dia uma
pequena ameaça: “estou elaborando uma avaliação bem difícil”.
A avaliação excludente é constituída basicamente dessas e outras falas que
demonstra o quanto o professor utiliza-se das provas como um fator negativo de
motivação, pois, a partir dessas ameaças o estudante irá se dedicar aos estudos não
porque seja importante, prazeroso, necessário..., mas, sim porque está ameaçado
pela prova. Então o medo o levará a estudar, acarretando assim uma mera
memorização momentânea.
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Por outro lado, conseguimos encontrar aquela avaliação que busca a inclusão
do aluno, a avaliação que está baseada na valorização da prática do aluno.
Trabalhando sobre essa perspectiva, o professor consegue fazer do aluno um
indivíduo crítico e capaz de ver com os seus próprios olhos.
Conhecendo seus alunos, escolhendo a melhor forma de trabalhar com eles, o
educador propiciará excelentes oportunidades para elevar o rendimento escolar dos
educandos, elevando também o autoconceito destes, tornando a aprendizagem mais
agradável e produtiva.
A avaliação inclusiva é reflexa de uma prática transformadora que se baseia no
diálogo e na negociação, afinal de contas, o aluno deve estar sempre por dentro de
como seu rendimento vem sendo avaliado. Os instrumentos ou meios que são
utilizados no processo de avaliação devem estar bem adequados aos objetivos, aos
conteúdos e às condições intelectuais, emocionais e as habilidades psicomotoras dos
alunos. Ela, a avaliação que desmonta toda e qualquer estratégia da classe
dominante, pois, vai de encontro ao seu ideal, que é tornar os cidadãos que constituem
a grande massa de indivíduos surdos, cegos e mudos em seres pensantes e livres
das amarras da dominação.
Nós educadores, temos um papel muito importante na formação social desses
alunos, devemos sempre parar e refletir sobre nossas ações no cotidiano escolar,
pois, somos o espelho dos educandos. Temos por obrigação saber que tipo de
cidadão quer formar: Passivos ou conscientes, capazes de transformar seu destino?
Partindo desse questionamento e utilizando a avaliação como instrumento para
auxiliar cada educando no seu processo de competências e crescimento para a
autonomia, estaremos ajudando o mesmo a avançar na aprendizagem e na
construção do seu saber.
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para isso é preciso estar livre para errar. O professor, marcando e criticando os erros,
só estará reforçando-os. É preciso acreditar no potencial do aluno e dar-lhe liberdade
para aprender, a desaprovação constante é a responsável pelo fracasso e evasão
escolar.
Na verdade, o maior fracasso é a realidade da repetência e da evasão escolar.
Fracasso não só do aluno, mas sim das instituições escolares, que não têm sido
capazes de se adequarem à população que se destinam, gerando assim, o fracasso
também dos que ensinam e de todos os ingredientes da sociedade, assim o professor
deve reconhecer que sua função é de trabalhar contra o fracasso do aluno e da escola,
é acreditar nas potencialidades de seus alunos, investindo no crescimento dos
mesmos para melhorar a visão que ele tem de si onde toda equipe pedagógica deve
colocar a força de trabalho na construção do conhecimento do aluno e das
aprendizagens específicas.
Contudo, acreditamos que os fins que a educação deve priorizar, diz respeito a
novas concepções que oriente com responsabilidade os processos da prática
educativa, com o objetivo de contribuir para uma melhor qualidade do ensino de
nossas escolas. E, é, o psicopedagogo com sua visão pedagógica, política e métodos
novos inseridos no contexto escolar que deve desenvolver um trabalho em equipe
com todos os participantes do processo educacional, visando uma educação
libertadora, transformadora e cheia de novos desafios.
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