Norma de Planejamento, Desenvolvimento e Gestão

NFN-0001 Rev.: 21 - 14/10/2021 DEC 243/2021 USO INTERNO

Anexo 3: Abordagem RAIDPN para Tomada de Decisão

 O objetivo desse anexo é sugerir um instrumento para orientar quaisquer processos de tomada de decisão
descritos em documentos normativos. A adoção de uma abordagem única é preferencial e visa garantir a
performance (consistência, qualidade, velocidade e execução) da tomada de decisão, deixando claros os papéis
e responsabilidades entre global versus regional e local, corporativo versus linha de negócio, função versus
função, etc. O passo mais importante na dissolução dos gargalos de tomada de decisão é a definição desses
papéis e responsabilidades, o que torna o processo decisório uma rotina, melhorando a coordenação e
agilizando o tempo de resposta.
 A abordagem sugerida para descrever papéis e responsabilidades de indivíduos, grupos de pessoas ou áreas,
como diretriz para orientar seus processos decisórios é a RAIDPN. O papel de cada indivíduo/área é explicitado
em uma Matriz de Responsabilidades. Há seis tipos de responsabilidade participatória atribuídas aos diferentes
papéis dessa abordagem:
– R = Recomenda: Indivíduo ou área responsável por elaborar uma proposta. Cada atividade que envolve uma
tomada de decisão normalmente tem apenas um “R”. Se for necessário utilizar múltiplos “Rs”, a natureza de
cada recomendação deve estar claramente especificada.
– A = Avalia: “A” é o indivíduo ou área que avalia a proposta elaborada por “R” e: (i) emite parecer favorável ou
(ii) requisita modificações na proposta. “A” e “R” devem chegar a um consenso; caso contrário, o consenso deve
ser alcançado através de “D”. Deve-se manter o número de “As” o mais reduzido possível, e “A” deve ser um
indivíduo/ área que agregue valor ao processo de tomada de decisão.
– I = Fornece Input: “I” deve ser consultado por quem Recomenda (“R”), o qual não é obrigado a utilizar os
inputs (ex.: contribuições, sugestões, informações, dados) fornecidos por “I”, nem a aguardá-los. No entanto, “R”
deve considerá-los fortemente, uma vez que os atores que desempenham o papel “I” normalmente participam
da implementação da decisão. O número de atores desempenhando o papel “I” não deve ser extenso.
– D = Decide: É o tomador de decisão formal. A indicação do ator “D” deve limitar-se a uma pessoa ou um
órgão tomador de decisão. Exceções devem ser claramente justificadas.
– P = Perform (Executa): Indivíduo ou área responsável pela execução da decisão aprovada. Deve ser
claramente definido.
– N = Notificado: “N” deve ser notificado por “R” sobre a decisão aprovada.
 A organização de atividades que envolvem a tomada de decisão e seus respectivos atores se dá na forma de
uma matriz, conforme exemplo abaixo:

Categorias/
Descrição Ator 1 Ator 2 Ator 3 Ator 4 Ator n
Decisões Chave

Decisão 1 I, N A R D
Decisão 2 D R I
Decisão 3 D P R
Decisão n D R A I
 Atenção: As colunas da matriz representam os “Atores” e devem ser preenchidas com os responsáveis pelos
papéis lá determinados. Atores podem ser representados por uma unidade organizacional (Diretoria, Gerência),
um Comitê, um indivíduo, etc.
Regras Gerais:
 Algumas regras devem ser seguidas para garantir a distribuição correta dos papéis de direitos de decisão e
evitar problemas de interpretação. Na constituição de uma Matriz de Responsabilidades deve-se considerar que:
- “D” e “R” devem ser necessariamente atores diferentes.
- Atores que desempenham “A” e “D”, desempenham unicamente esse papel (ou seja, em um mesma célula da
Matriz não devem coexistir “A” e “I”, “A” e “R”, “I” e “D” etc.).
- “R” somente pode vir acompanhado de “P” em uma célula em casos excepcionais.
- Caso os papéis “R” e “D” sejam executados dentro de uma mesma área, deve-se utilizar apenas “D” no
referido ator e adicionar uma nota de rodapé informando que “o Recomendante tem reporte direto ao Decisor”.
- Só pode haver um único “D” por decisão. Casos em que um ator decide por encaminhar uma proposta para
aprovação por uma alçada superior não tornam este ator um “D”. O “D” é o tomador de decisão final.

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- Casos que são deliberados via PDD (proposta de deliberação) têm seu processo de decisão descrito na
Instrução para o Processo de Deliberação, portanto, não devem ser detalhados na Matriz de
Responsabilidades.
- “I” pode vir acompanhado de “P” ou “N” em uma célula.
- Não se deve ter um “D” em instancia inferior a um “A”, dentro da mesma área. Consultas informais ao superior
hierárquico não são consideradas como papel “A”.
- Decisões que possuam mais de um papel “R” relacionados são permitidas desde que cada um tenha uma
atribuição específica dentro do assunto tratado, que fiquem claramente explícitas por meio de notas de
rodapé, e que esta decisão possua um único “D”. Decisões que tenham mais de um “R” associados, em que
cada “R” esteja relacionado a diferentes assuntos – possibilitando, portanto, “D”s diferentes -, devem ser
analisadas separadamente, de forma a explicitar os diferentes assuntos/decisões. A decisão em questão deve
ser subdividida de acordo com o número de assuntos que produzam diferentes “D”s.
- É recomendado notificar as decisões tomadas aos “I”.
- Deve-se evitar tratar de decisões da Diretoria Executiva da Vale ou do Conselho de Administração da Vale em
documentos normativos que não sejam aprovados por estes órgãos. Por exemplo, deve-se evitar tratar de
decisões de competência da Diretoria Executiva da Vale em um PRO.

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