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UNIVERSIDADE CRUZEIRO DO

SUL
PROFA. ME. TAIS OSSANI
Diagnóstico e Intervenção Urbana 2º/2021 – Aula 02
ESTUDOS DE CASO – DIAGNÓSTICO E INTERVENÇÃO
LONDON DOCKLANDS E NOVA LUZ
TRANSFORMAÇÕES
SISTEMA
CAPITALISTA

NOVO MODO DE
REGULAMENTAÇÃO
1980
LONDRES
NOVO REGIME DE BOOM PROJETOS
ACUMULAÇÃO URBANOS
SÃO PAULO

POLÍTICAS FLEXIBILIZAÇÃO
NEOLIBERAIS URBANÍSTICA
Contextualização
• ANOS 20 – Pós 1ª Guerra – American Way Of Life
• CRISE 1929 (superprodução agrícola e demanda insuficiente, poder aquisitivo não acompanhou)
Alterou modo de regulamentação; LIBERALISMO – ESTADO DO BEM ESTAR SOCIAL;

• ESTADO DO BEM ESTAR SOCIAL (Keynes): Recuperação pós Grande Depressão


Estado assistencialista – provedor de padrões mínimos de educação, saúde;

• FORDISMO (anos 20 – indústria automobilística deslancha) – auge 1945-1968;

• DECADA 70: FORDISMO: crise mão de obra + entrada dos japoneses produção eletrônica;

• DESCREDITO DA INTERVENÇÃO ESTATAL (Altos impostos)- NOVO MODELO


Contextualização – IMPACTOS PÓS ESTADO BEM ESTAR SOCIAL

NOVO MODELO – IDEAIS NEOLIBERAIS

• NÃO INTERVENÇÃO DO ESTADO NA ECONOMIA E NA POLÍTICA;


Disseminação do capital – multinacionais, abertura do mercado, flexibilização fiscal.

• SURGIMENTO NOVAS FORMAS DE TRABALHO;


Decadência do fordismo e o ascensão do setor terciário em detrimento ao segundo setor.

• 1980: ESTADO DO BEM ESTAR SOCIAL – ESTADO NEOLIBERAL;


Inglaterra com Margareth Thatcher e EUA com Ronald Reagan.
Desregulamentação urbanística x boom projetos urbanos

• FLEXIBILIZAÇÃO POLÍTICA-URBANA – ESTRATÉGIA NO DESENVOLVIMENTO ECONÔMICO


- Atrair novos investimentos;
- Reverter o processo de interiorização do setor secundário decadente.

• NOVA POSTURA GOVERNAMENTAL (ABERTURA DO MERCADO)


- Facilitação de empréstimos;
- Diminuição da taxa de juros;

• MARKETING URBANO (SMYTH) “Reforçar a imagem da cidade através da


- Comercialização das cidades; organização de espaços urbanos espetaculares
tornou-se um meio de atrair o capital e
- Planejamento estratégico;
pessoas (do tipo certo) num período (desde
- Boom de projetos urbanos – solução de tudo. 1973) de competição interurbana intensificada
(revitalização de áreas industriais – novas dinâmicas de ocupação) e de empresariamento urbano”.
(Harvey, 1989, p.92).
DINÂMICAS LONDRES E SÃO PAULO

LONDRES x SÃO PAULO

• Dinâmicas sociais, econômicas e políticas diferentes – instrumentos de produção da cidade semelhantes;

• Enterprise zones x operações urbanas: incentivos públicos para atuação do privado e intervenção em áreas
delimitadas;

• Omissão do poder público delegando o dever de mediador e coordenador dos processos de intervenções ao
capital privado: London Docklands Development Coorporation e Concessões urbanísticas.
ESTUDO DE CASO - Política de desregulamentação: Londres
TRANSFORMAÇÕES GOVERNO THATCHER

ANOS 70 ANOS 80

- 1925 Town Planning Act – planejamento áreas - Margareth Thatcher (Partido Conservador);
vazias; - Decadência do Estado do Bem Estar Social e da
- 1932 Town and Country Planning Act – produção Fordista;
planejamento e controle urbano sobre todas as - Marcado pela atuação dos agentes privados, pela
áreas – Estado do Bem Estar Social; política neoliberal empreendedora, regulamentação
- Forte Intervenção Estatal (Partido Trabalhista James flexível e redução do intervencionismo do Estado;
Callaghan).
ESTUDO DE CASO - Política de desregulamentação: Londres
TRANSFORMAÇÕES GOVERNO THATCHER

ESTRATÉGIAS POLÍTICAS – GOVERNO THATCHER

ENTERPRISE ZONES (1981)

URBAN DEVELOPMENT COORPORATIONS (1981)

DERELICT LAND GRANT (1983)


Pagamento destinado a transformações das terras em áreas de uso produtivo.

URBAN DEVELOPMENT GRANT PROGRAMME (1984)


Mínimo de dinheiro público que deveria ser investido por eles para encorajar os investimentos privados.
ESTUDO DE CASO - Política de desregulamentação: Londres
TRANSFORMAÇÕES GOVERNO THATCHER

ESTRATÉGIAS POLÍTICAS – GOVERNO THATCHER

ENTERPRISE ZONES (1981)

- Áreas consideradas degradadas física-economicamente;


- Receberiam incentivos do poder público para atrair capital privado – alavancar a sua recuperação;
- Exemplos de incentivos:

1. Incentivos financeiros que garantiriam a locação de terrenos por grandes empresas e nenhuma restrição
regulamentativa ou intervencionista do governo;
2. 100% de subsídio para despesas do capital em construção ou expansão de edifícios comerciais e industriais;

- Chega ao fim em 2006 apresentando 38 zonas;


- O governo esperava atrair um capital diferenciado (tecnológico) – acabou atraindo as mesmas empresas da cidade.
ESTUDO DE CASO - Política de desregulamentação: Londres
TRANSFORMAÇÕES GOVERNO THATCHER

ESTRATÉGIAS POLÍTICAS – GOVERNO THATCHER

URBAN DEVELOPMENT COORPORATIONS (1981)

- Origem através do Secretario de Meio Ambiente, Michael Heseltine;


- Objetivo: regeneração de áreas específicas;
- Destinando uso específico a edifícios subutilizados;
- Contava com aporte inicial de investimentos públicos (infraestrutura) – poder privado atuava como ownerlands, na
comercialização dessas terras.
ESTUDO DE CASO – LONDON DOCKLANDS

DOCKLANDS
- 3 áreas;
- 2.200 hectares;
- 5 milhas da City.

Fig. A: London Docklands Transporte 1980 - Fonte: Site London Docklands Development Coorporation.
ESTUDO DE CASO – LONDON DOCKLANDS

- Século XIX – rápido crescimento, atração de grande número de fabricas;


- Região periférica, abrigava moradia dos operários;

Década 30: 35 milhões de toneladas de cargas transportadas por ano (Site London Docklands);
100 mil homens empregados no porto, sendo 30 mil em London Docklands.

Fig. B: London Docklands 1930 - Fonte: Site London Docklands Development Coorporation.
ESTUDO DE CASO – LONDON DOCKLANDS

DECADÊNCIA LONDON DOCKLANDS

- Surgimento do sistema de trens;


- Perda do papel de Londres como agente principal no cenário econômico mundial;
- Atraso tecnológico frente ao processo de conteinerização dos portos;

*1970 (National Audit Office - 2007) moravam cerca de 40.000 pessoas na região em habitações precárias, a taxa de
desemprego se encontrava superior a 20% e o salário médio mensal era 60% menor do que o pago na City.
ESTUDO DE CASO – LONDON DOCKLANDS

PROPOSTAS DE RENOVAÇÃO LONDON DOCKLANDS – ISLE OF DOGS

- Primeiras propostas de renovação década de 70 –


prolongamento da City;
- Isle of Dogs – Canary Wharf;

Fig. C e D: Isle of Dogs 1900 - Fonte: https://wharferj.wordpress.com/2014/02/26/the-isle-of-dogs-lido/.


ESTUDO DE CASO – LONDON DOCKLANDS

PROPOSTAS DE RENOVAÇÃO LONDON DOCKLANDS


– ISLE OF DOGS

- Isle of Dogs – (Enterprise zone) – London


Docklands Development Coorporation (LDDC);
- Objetivo LDDC: recuperação, alto investimento,
incentivos públicos.

Fig. E: Isle of Dogs 2015- Fonte: https://en.wikipedia.org/wiki/Isle_of_Dogs


ESTUDO DE CASO – LONDON DOCKLANDS

PROPOSTAS DE RENOVAÇÃO LONDON DOCKLANDS – ISLE OF DOGS

- Proposta 01 (1982) LDDC encomenda projeto para Canary Wharf a Gordon


Cullen e David Goslin;
- Leitura da cidade, visuais, qualidade do espaço;
- Barrado e engavetado pela LDDC não tinha caráter especulativo;

Fig. F e G: Plano Cullen e


Goslin. Fonte: Gosling 1996.
ESTUDO DE CASO – LONDON DOCKLANDS

PROPOSTAS DE RENOVAÇÃO LONDON DOCKLANDS – ISLE OF DOGS

- Proposta 02 (1987) SOM (Skidmore, Owings e Merrill) + Olympia


& York ;
- 1 milhão de m² em edifícios de escritório, ocupação do dique
existente;
- Resultados (1992): 57% do espaço construído vazio, 14%
ocupado e o restante a construir. Débito 11 bilhões da Olympia
& York , quebra.

Pacione (2001) “A quebra da Olympia & York * demonstrava os


limites que apresentava o desenvolvimento imobiliário utilizado
como estratégia de recuperação urbana”. Fig. H: Vista aérea Canary Wharf. Fonte: Davies 1992.

* O&Y: Canadense, reergueu (2005) vendeu por 2,1 bilhões


Brookfield
ESTUDO DE CASO – LONDON DOCKLANDS

Fig. I: Vista Canary Wharf. Fonte: http://group.canarywharf.com/about-us/. Fig. J: Vista World Financial Center - Nova York. Fonte: Wikipedia.
ESTUDO DE CASO – LONDON DOCKLANDS

RESULTADOS LONDON DOCKLANDS – ISLE OF DOGS

- Crise imobiliária e recessão (1990): diminui progresso da região;


- Legado da área industrial apagado – projeto icônico semelhante a outros locais - NY;
- Venda de um lugar para altos investimentos e destino turístico.

Tallon (2013) “Enquanto alguns acreditavam no sucesso do mercado e na regeneração da área urbana, outros
acreditaram que London Docklands criou uma arquitetura personificada do Thatcherismo, reflexo dos enclaves
capitalistas. A transformação de Canary Wharf representa a imagem do marketing do lugar e se transformou na
bandeira do desenvolvimento as custas de um alto processo gentrificatório e exclusório”.
ESTUDO DE CASO – LONDON DOCKLANDS

IMPACTOS LONDON DOCKLANDS – ISLE OF DOGS

- GENTRIFICAÇÃO: antigos moradores não conseguiram pagar pela gentrificação, nem trabalhar devido a falta de
qualificação (1984-87 moradia de 2 quartos de 40 mil foi para 200 mil libras e novo perfil moradores sem filho 20-
30 anos);

- ESTRANHAMENTO LOCAL (tipologia não tradicional).

Fig. K: Torre central vista a 12km rio Tamisa acima.


Fonte:http://www.fau.usp.br/docentes/depprojeto/enobre/docklands.
ORGANIZAÇÃO DA ARGUMENTAÇÃO DA APRESENTAÇÃO DO ESTUDO DE CASO LONDON DOCKLANDS:

1. Contexto Político e Econômico → transformações


2. Estratégias políticas locais (ex. Enterprise zones)
3. Mapa: localização, extensão
4. Condição existente (breve histórico)
5. Propostas (quantas e quais)
6. Resultados
7. Impactos
ESTUDO DE CASO – NOVA LUZ/SP
contexto

INTRODUÇÃO DOS IDEAIS NEOLIBERAIS NO BRASIL

- Passagem governo militar – redemocratização (1980);


- Constituição de 88 e Estatuto da Cidade (2001) carregam esses ideais:

Diretriz 3ª do Estatuto da Cidade primeiras intenções da atuação das parcerias publico-privadas:


III. “Cooperação entre governos, a iniciativa privada e os demais setores da sociedade no processo de urbanização,
em atendimento ao interesse social”.

Diretriz 10ª os princípios da desregulamentação urbanística aparecem em áreas que seriam interessantes para essa
parceria entre o setor público e privado:
X. “Adequação dos instrumentos de política econômica, tributária e financeira e dos gastos públicos aos objetivos do
desenvolvimento urbano, de modo a privilegiar os investimentos geradores de bem estar geral e fruição dos bens
pelos diferentes segmentos sociais”.
ESTUDO DE CASO – NOVA LUZ/SP

PARCERIA PÚBLICO-PRIVADA SALVAÇÃO DA ADMINISTRAÇÃO PUBLICA + REFLEXO DE UM MODELO MUNDIAL

- Crise de 99 – desvalorização do real (FHC-câmbio fixo para flutuante, capital aberto);


- Desmonte do urbanismo modernista/ funcionalista;
- Lei de Responsabilidade Fiscal em 2000, que atua no controle dos gastos dos governos.

NOVO MODELO DE ATUAÇÃO DO GOVERNO

- Realiza o aporte inicial de investimentos: oferecendo infraestrutura e serviços;


- Garante incentivos aos investimentos privados – flexibilização dos parâmetros urbanos (CEPAC’s*).

*CEPAC’s : Certificados de Potencial Adicional Construtivo são títulos imobiliários comprados nas Operações Urbanas
em troca de uma contrapartida financeira, Outorga Onerosa.
ESTUDO DE CASO – NOVA LUZ
estratégias

POLÍTICAS NEOLIBERAIS

1. OPERAÇÃO URBANA

- Origem com o conceito Solo-Criado (1970) influência americana – oferta de estoque para induzir o crescimento;
- Se insere efetivamente no Plano Diretor da gestão Mario Covas (1985);
- Objetivo inicial: apesar de poucos limites definidos, realizava intervenções em áreas urbanas junto ao capital
privado viabilizando produção de habitação, equipamentos urbanos.
- Inicialmente são propostas 35 Operações Urbanas (São Miguel e Barra Funda);
- Os mandatos seguintes dão continuidade, incluindo mais algumas zonas de intervenção, além disso, vão o
consolidando e inserindo instrumentos necessários a sua viabilidade.
ESTUDO DE CASO – NOVA LUZ

1. OPERAÇÃO URBANA OU FARIA LIMA


- Mudança atuação do poder público:
- Projeto de Lei 1993;
- Governo Paulo Maluf;
• Preparação do terreno para atuação do
- Reflexo dos investimentos privados no quadrante sudoeste;
capital privado; - Transformações 1995-2001: tipologia residencial horizontal
• Agente imobiliário (intervenções em áreas de para torres de escritórios e edifícios residenciais;
interesse do capital privado); - Mobilizou 140 propostas de intervenção.
OU CENTRO

- Projeto de Lei 1997;


- Governo Celso Pita;
- Reflexo do desinteresse do capital privado;
- CA de 6 (residências e comércios) e 12 (hotéis) anterior de 4;
- Mobilizou 101 propostas (33 compra de potencial, 34
regularização e 34 de transferência de potencial).
ESTUDO DE CASO – NOVA LUZ

2. CONCESSÃO URBANÍSTICA

- Segundo Santoro (2015) a concessão urbanística permite delegar a uma empresa privada o exercício de uma
função pública, como a de gestão de uma intervenção urbana;
- Segundo Plano Diretor de 2002 e segundo o Art 2º da Lei 14.917 de 2009:

“Para os fins desta lei, concessão urbanística é o contrato administrativo por meio do qual o poder concedente, mediante licitação,
na modalidade concorrência, delega a pessoa jurídica ou a consórcio de empresas a execução de obras urbanísticas de interesse
público, por conta e risco da empresa concessionária, de modo que o investimento desta seja remunerado e amortizado mediante a
exploração dos imóveis resultantes destinados a usos privados nos termos do contrato de concessão, com base em prévio projeto
urbanístico específico e em cumprimento de objetivos, diretrizes e prioridades da lei do plano diretor estratégico”.

- Agente privado possui como responsabilidade da execução da operação mediante exploração da mesma, através
da venda ou do aluguel dos terrenos ou edificações. E poderá realizar deveres públicos complexos, como as
desapropriações, de forma autônoma.
ESTUDO DE CASO – NOVA LUZ
Território SP
FORMAÇÃO DE SÃO PAULO

- Desenvolvimento a partir da área central – desenvolvimento de áreas periféricas (espraiamento urbano);

DECADÊNCIA ÁREA CENTRAL

CRESCIMENTO DA AUTOMÓVEL
CIDADE
SHOPPING MALLS DÉCADA DE 70
SATURAÇÃO
IMOBILIÁRIA DESENVOLVIMENTO DO CENTRO:
SAÍDA DAS
QUADRANTE SUDOESTE
CAMADAS RICAS
OBSOLÊNCIA DOS - COMERCIOS
EDIFÍCIOS POPULARES
DESCONCENTRAÇÃO
POPULARIZAÇÃO DAS ÁREAS INDUSTRIAIS - HABITAÇÕES
DA CIDADE DECADENTES
SAÍDA DOS ORGÃOS
PÚBLICOS
ESTUDO DE CASO – NOVA LUZ
Território Luz
PROJETOS DE REVITALIZAÇÃO ÁREA CENTRAL (DÉC. 70)

- Plano de Revitalização do Centro de 1975-1979 de Olavo Setúbal;


- Projeto Luz Cultural de 1983-1985 na gestão Mario Covas;
- Construção do Túnel do Anhangabaú e transformação do Vale em espaço público (HOJE NOVO PROJ. ROSA KLIASS,
BISELLI E KATCHBORIAN
- Reabilitação de edifícios tombados para abrigar órgãos públicos como o Solar da Marquesa (DPH).

Fig. L: Vista Vale do Anhangabaú 1960. Fonte: Encontra Centro SP. Fig. M: Vista Vale do Anhangabaú 2013. Fonte: G1.com.
ESTUDO DE CASO – NOVA LUZ

- Projeto de recuperação bairro Luz;


- 2005 pelo prefeito Jose Serra e vice prefeito Gilberto Kassab;
- Vetado na administração do prefeito Fernando Haddad.

BAIRRO DA LUZ

- Bairro área central decadente;


- Grande numero de equipamentos culturais: Jardim e Estação da Luz, Estação Júlio Prestes (Sala São Paulo), Museu
da Língua Portuguesa, Pinacoteca entre outros;

PROJETO NOVA LUZ

- Responsabilidade de Secretaria Municipal de Planejamento;


- Transformação da região em polo comercial e de serviços tecnológicos (Santa Efigênia).
ESTUDO DE CASO – NOVA LUZ
contradições

POLÊMICA PROJETO

- Instrumento Urbanístico da Concessão Urbanística (garantiria a esfera privada o instrumento da


desapropriação, que obviamente seria utilizado para a exploração do capital);

- Braço Social: ligações entre interesses sociais e privados Organização Não Governamental Vivo Centro
(organização privada criada pelo Bank Boston, congregava instituições com imóveis no centro).
ESTUDO DE CASO – NOVA LUZ
projeto

O PROJETO

- Remodelação local, distribuir 362 mil m² para iniciativa


privada;

- Referências globais: La Rambla em Barcelona, o Bryant


Park, em Nova Iorque e um centro de cafés e lojas, como o
Campo Santa Margherita, de Veneza;

- 12 milhões para o projeto urbanístico.

Fig. N: Mapa projeto Nova Luz. Fonte: Cartilha Projeto Prefeitura.


ESTUDO DE CASO – NOVA LUZ
ESTUDO DE CASO – NOVA LUZ

Fig. O e P: Terreno desocupado 2010 e Escola de Dança Herzog & De Meuron. Fonte: http://portal.aprendiz.uol.com.br/

* Contratação sem licitação 45 milhões, custo do projeto 1 bilhão.


ESTUDO DE CASO – NOVA LUZ

Total imóveis:
942

A renovar:
553 (58,7%)

A permanecer:
389 (41,3%)
Sendo desses, 96 são protegidos. manter
31,1% (retirando os tombados) remover
Fig. Q e R: Mapa desapropriações e Zeis. Fonte: Cartilha Projeto Nova Luz.
ESTUDO DE CASO – NOVA LUZ

RESULTADO E IMPACTOS

- Não foi construído;


- Limpeza Urbana (credibilidade x Londres) residentes, imóveis demolidos;
Cracolândia (80%) gerando novo problema;
- Geraria processos gentrificatórios (ZEIS) + Venda imóvel com valorização, retorno à favela (Jardim Edite).

Fig. S e T: Antigo Terminal Rodoviário Luz – Demolição e usuários de crack. Fonte: fotografia.folha.uol.
ORGANIZAÇÃO DA ARGUMENTAÇÃO DA APRESENTAÇÃO DO ESTUDO DE CASO NOVA LUZ:

1. Contexto Político e Econômico País e Local;


2. Estratégias políticas locais (ex. Operações Urbanas) ;
3. Histórico SP;
4. Outros projetos e condição local;
5. Polêmica;
6. Projeto;
7. Resultado e Impactos
DEFINIÇÃO DOS GRUPOS

Parcial 2: reconhecimento, análise e diagnóstico recorte urbano (OBJETO AUGUSTA)

Levantamento e diagnóstico da área:


- Características da ocupação
(levantamento em série da fotografia/ desenho e indicação no mapa chave – Gordon Cullen)
- Tipologia da população residente
- Zoneamento e ocupação do solo
- Relevo e hidrografia
- Sistema viário, transportes, pedestres e inserção na malha viária do município
- Caracterização tipológica do local (edificações, áreas livres, etc.)
- Incidência de infraestrutura urbana (equipamentos públicos)

- Entrega de caderno ( Levantamento e Diagnóstico da área )


(OBJETO AUGUSTA)

1. Quais são os limites?;


2. O que tem nesse território? (Final da Avenida Paulista, Corredor de ônibus na
Consolação; Metrô; Escola; Praça Roosevelt, Parque Augusta, PUC-SP,
Mackenzie, Rua Avanhandava; Edifícios residenciais baixo augusta
• USOS (GEOSAMPA + STREET VIEW + MAPS): SERVIÇOS (QUAL TIPO), EDUCACIONAL, CULTURAL, ESCRITÓRIOS, RESIDENCIAL,
ÁREAS VERDES, CIRCULAÇÃO;

• VOLUMES (CONFRONTO: VISTA SUPERIOR, LOTES E VISTA FRONTAL, FACHADA)

• ESQUINAS;

• ACESSOS EDIFICAÇÕES E PERCURSOS (MOBILIDADE);

• RELEVO;

• PATRIMÔNIOS

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