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Maputo
2022
Agostinho Firmino Magaia
Maputo
2022
Índice
1. Introdução....................................................................................................................................4
3. Metodologia ................................................................................................................................6
5. Conclusão...................................................................................................................................15
6. Referências bibliográficas..........................................................................................................16
1. Introdução
O conteúdo que se apresenta nas páginas que se seguem esta intrisecamente inerente ao seguinte
tema de pesquisa “ A problemática da localização das indústrias . Esta pesquisa encontra-se
inserida no contexto global.
No trabalho que será desenvolvido procurar-se-á obter ensinamentos das opções até agora
tomadas, em termos de factores preferenciais de localização das indústrias já implantadas de
modo a que o modelo a criar possa ser o mais útil possível na procura das potenciais opções de
futuras localizações industriais.
2. Objectivos
2.1.Objectivo geral
3. Metodologia
Neste presente trabalho usei a técnica documental que abrange a pesquisa documental e a
pesquisa bibliográfica. Esta técnica fundamentou-se no levantamento de documentos oficiais e
toda a bibliografia disponível, em forma de livros, revistas e publicações, que versam sobre o
objecto de estudo (Lakatos e Marconi, 2003:49). Esta técnica foi imprescindível para o
desenvolvimento do trabalho, visto que, houve a necessidade de recorrer á literatura já existente
que aborda sobre a matéria inerente.
A localização industrial pode ser entendida a partir de três momentos básicos que correspondem,
grosso modo, aos três paradigmas da ciência geográfica.
No âmbito da Geografia industrial, esses momentos podem ser sintetizados em três abordagens
que na verdade são os três fios condutores. ( PRECEDO LEDO, A.; VILLARINO PÉREZ 1992 )
Por sua vez, a geografia quantitativa resgata as idéias da economia espacial clássica e utiliza
amplamente os princípios neoclássicos da economia e as teorias de localização.
A preocupação com uma análise geográfica do sistema industrial também é abordado no segundo
momento do desenvolvimento da aula na tentativa de estabelecer uma visão territorial integrada.
Mais recentemente, a geografi a industrial é trabalhada numa perspectiva crítica, associada às
inovações tecnológicas e à confi guração de novos espaços industriais ( PRECEDO LEDO, A.;
VILLARINO PÉREZ 1998 )
Como a própria expressão já indica os fatores indiretos não estão em relação direta com o
processo produtivo, mas aportam economias de escala e de aglomeração que acabam induzindo a
localização industrial. Os principais fatores indiretos são:
Por sua vez, a concentração industrial forma mais comum dos assentamentos industriais que
respondem pela força das economias de escala e de aglomeração urbana, pode ser simples,
composta ou formar o que o geógrafo francês Jean Chardonnet definiu como complexos
industriais.
As concentrações industriais também podem ser vistas como espontâneas, como os eixos
industriais, ou planejadas como os eixos de desenvolvimento industrial.
A tabela a seguir vai resumir sobre as formas de localização das indústrias e essa forma de
localização das indústrias esta concentrada em duas formas: Espontânea e planejada
Por fatores locacionais entende-se como tudo aquilo que de alguma forma pode influenciar na
escolha do local para o desenvolvimento das atividades produtivas. Esses fatores podem ser de
natureza econômica ou não.
De maneira geral, a indústria determinará sua localização com vistas à máxima rentabilidade do
capital a ser investido. Para Kon (1994, pp. 158-159): A localização industrial observa critérios
que levam à maior redução do investimento inicial requerido para a entrada em operação das
unidades de produção, porém esta economia inicial é confrontada com a eficiência operacional
da empresa ao longo de sua vida útil. A rentabilidade nas atividades econômicas da empresa será
analisada sob os aspectos de custos e benefícios para a determinação da macrolocalização. Na
maior parte das vezes é possível criar boas condições de localização ao se construir meios de
acesso, ou superar problemas climáticos pela tecnologia.
d) custo da terra - no caso das plantas industriais, que necessitam de grandes áreas para sua
implantação, o custo da terra pode consistir em um fator decisivo nos cálculos de localização. As
áreas situadas mais próximas dos grandes centros urbanos apresentam um custo da terra
proporcionalmente mais elevados, que se relaciona diretamente à disponibilidades de infra-
estrutura e serviços.
e) disponibilidade de energia e água - a existência destes itens em suas diversas formas ou
mesmo a potencialidade de recursos naturais a serem explorados, bem como seu custo unitário
devem ser levados em consideração também.
f) suprimento de matérias-primas - as condições de utilização em grande escala ou o caráter
perecível ou de fragilidade de certas matérias-primas constituem fatores que não podem ser
esquecidos na decisão locacional.
g) eliminação de resíduos - deve-se ficar atento para questões de legislação ambiental,
principalmente no caso daqueles negócios que necessitam realizar a eliminação de resíduos
sólidos, gasosos ou ainda líquidos no meio ambiente.
h) dispositivos fiscais e financeiros – deve-se ficar atento também para os possíveis incentivos
fiscais (isenção de impostos e taxas). Este é um fator que estimula muito as empresas, pois
implica justamente em uma redução considerável de tributos, o que implica inclusive na
possibilidade de praticar preços mais baixos, e, portanto, na própria competitividade da empresa
no mercado.
i) elementos intangíveis - estes elementos intangíveis são aqueles de caráter subjetivo, que
influenciam os processos produtivos ou de distribuição do produto, como, por exemplo, os
hábitos tradicionais de uma determinada região, mas cuja mensuração é mais difícil de ser
realizada
4.4. Teorias da localização das indústrias
Separada em duas fases distintas a “Teoria Clássica da Localização” que apresenta como
principal característica a busca pela minimização dos custos e maximização das receitas e a
“Teoria Contemporânea da Localização” que valoriza as inovações, a flexibilidade, a
competitividade do setor, o investimento em Pesquisa & Desenvolvimento e a busca pela mão de
obra qualificada.
A “Teoria Clássica da Localização” possui como principais precursores Alfred Weber, Von
Thünen, Launhardt, Harold Hotelling e Losch e na “Teoria Contemporânea da Localização”
destacam-se para Castelles, Aydalot, Keeble e Perrin.
Segundo Richardson (1975), uma teoria para ser considerada inteiramente válida deveria
apresentar um modelo padrão que explique a localização da produção, a interdependência entre
os insumos e os produtores, e os padrões de comércio resultantes. Para o autor “mesmo que
admitisse a existência de um certo tipo de equilíbrio, seria difícil prever as conseqüências da
perturbação desse equilíbrio” (RICHARDSON, 1975, p.110).
Segundo Buarque (2004), a melhor localização para uma indústria seria aquela que
proporcionaria um aumento de produtividade e reduziria os custos envolvidos nesta produção.
Ainda segundo o mesmo autor, uma linha produtiva ao se localizar em um ponto geográfico
qualquer se nota que as quantidades de insumos direcionam-se para ela, onde serãoprocessados e
encaminhados para os centros consumidores.
No final dos anos 60, surgiu a chamada Teoria Contemporânea da Localização Industrial, tendo
como defensor, que mais se destacava, Manuel Castells.
Segundo Castells (1999), a facilidade de comunicação entre as empresas de todo o globo vem
proporcionando um modelo de localização cuja característica concentra-se na divisão espacial
internacional do trabalho.
Segundo Montgomery & Porter (1998), as indústrias vêm concentrando-se em localidades que
apresentam vantagens competitivas por possuírem como característica a qualidade do
ambiente para execução de elevados níveis de produtividade para uma área específica de
atuação.
De acordo com Perrin (1986 apud AMARAL FILHO, 2001), hoje em dia, do ponto de vista
estratégico, a competitividade é muito importante para a sustentabilidade do desenvolvimento
endógeno. A realidade atual mudou, e a competitividade que antes pertencia somente ao mundo
das empresas, passa agora a pertencer ao mundo das regiões também.
Ao demonstrar que o fator polarizante não é o tipo de atividade industrial, e sim a sua capacidade
de evoluir, a sua complexidade e a natureza das tecnologias que incorpora, Perrin
(1983 apud MATOS, 2000) acabou contribuindo para a teoria da polarização, afirmando que as
atividades quaternárias (serviços especializados, investigação, gestão de empresas) podem gerar
polarizações duráveis, enquanto as atividades de fabricação são o oposto das de transformação
(indústria do aço) capazes de criar uma polarização real.
5. Conclusão
A localização industrial pode ser entendida a partir de três momentos básicos que correspondem,
grosso modo, aos três paradigmas da ciência geográfica. No âmbito da Geografia industrial,
esses momentos podem ser sintetizados em três abordagens: os fatores clássicos, a teoria da
localização industrial e os sistemas industriais e, por último, as tendências recentes associadas à
alta tecnologia e à desconcentração espacial.
Ao abordar a temática da localização industrial, a geografi a tradicional centrou seus esforços no
estudo dos fatores físicas e históricos que geravam, num primeiro momento, pautas de
localizações dispersas e, posteriormente, concentradas. Por sua vez, a geografi a quantitativa
resgata as idéias da economia espacial clássica e utiliza amplamente os princípios neoclássicos
da economia e as teorias de localização e considera também a noção de sistema industrial. Esse
novo momento pode ser resumido nos seguintes pontos: a) Construção de modelos e teorias de
localização; b) Consideração dos processos espaciais resultantes da teoria da análise espacial; c)
Busca de localizações ótimas de um ponto de vista econômico e espacial.
A complexidade crescente das análises de localização industrial vai configurar uma rede de inter-
relações e por isso se pode falar num sistema de localização com fatores diretos ou internos e os
indiretos ou externos também chamados de externalidades econômicas.
A localização industrial deve ser concebida como um fenômeno dinâmico que apresenta
mobilidade dos fatores de produção ao longo do tempo e que recebe infl uência e ajustes dos
sistemas territoriais, das organizações e do próprio sistema industrial. A organização funcional
do espaço industrial ao se manifestar em forma de nós, eixos, complexos industriais e tecnopólos
revela uma riqueza morfológica, e ao mesmo tempo evidencia uma trama geográfica de
assentamentos que hoje, na era dos fluxos e da informação, assume uma interação viva que
coloca o território no centro do interesse do capital.
6. Referências bibliográficas
CAVALCANTE, Luiz Ricardo Mattos Teixeira. Produção teórica em economia regional: Uma
proposta de sistematização. Revista Brasileira de Estudos Regionais e Urbanos, Vol. 2, No 1, p.
14-15, 2008.
PINTO, James V. Launhardt and Location Theory: Rediscovery of a neglected book. Journal of
Regional Science, Vol. 17, No 1, p. 19-22, 1977.