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E FOSFORILAÇÃO
OXIDATIVA
Produção Aeróbica de ATP
Estágio 1
Geração de Acetil-CoA
Estágio 2
Oxidação da Acetil-CoA no Ciclo de Krebs
Estágio 3
fosforilação oxidativa (formação de ATP) na cadeia de transporte de elétrons
(cadeia respiratória)
2
Resumo dos 3 Estágios
Formação da acetil-CoA
Oxidação da acetil-CoA
no ciclo de Krebs
Fosforilação oxidativa na
cadeia de transporte de
elétrons 3
Cadeia Respiratória ou Cadeia
Transportadora de Elétrons
0´
G nFE ´
0
n=número de elétrons transferidos.
F=96,48 C mol-1=96,48 kJ mol-1 V-1=23,06 kcal
mol-1 V-1 (constante de Faraday=carga elétrica
de 1 mol de elétrons). 1V=1J C-1.
2
E0`=potencial de redução (redox) em Volts.
G 0`=energia livre padrão (em bioquímica
pH=7) em kJ mol-1 ou kcal mol-1.
O ciclo de Krebs remove elétrons da acetil-CoA que são utilizados na formação de NADH e FADH2
(formas reduzidas: carreadores de elétrons). E0` (potencial de redução em Volts) com valor positivo:
maior afinidade por elétrons (redução) do que H2 (definido como V=0 em físico-química e -0,42 V em
bioquímica), portanto agente oxidante (vai se reduzir = receptor de elétrons).
9
O potencial de transferência de elétrons é medido como
potencial redox ½O2 + 2H+ + 2ē H2O
NADH NAD+ + 2ē + H+
½O2 + NADH + H+ H2O + NAD+
Uma diferença de
potencial de 1,14 V
(0,82V + 0,32V) entre
NADH e O2
impulsiona o
transporte de elétrons
ao longo da cadeia e
2 favorece a formação
de um gradiente de
prótons.
NADH = agente redutor forte porque doa elétrons e tem potencial de redução negativo (E0`).
O2 = agente oxidante forte porque aceita elétrons e tem um potencial de redução (E0`) positivo.
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Como se pode quantificar a energia associada a um
gradiente de prótons?
c2
G=energia livre para uma espécie ser transportada de compartimento com c 1
para compartimento com c2 (separados por uma membrana).
G RT ln ZFV
Z=carga elétrica da espécie transportada
V=potencial transmembrana em volts
R=constante dos gases (8,315 x 10-3 kJ mol-1 deg-1 ou 1,987 x 10-3 kcal mol-1 deg-1).
c1
T=temperatura em Kelvin (C + 273,15)
F=constante de Faraday=96,48 kJ mol-1 V-1=23,06 kcal mol-1 V-1 (carga elétrica de
1 mol de elétrons).
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COMPONENTES HEME (GRUPOS PROSTÉTICOS) DOS
CITOCROMOS
(carreadores de elétrons)
Estágio 3: fosforilação oxidativa (formação de ATP) na cadeia de
transporte de elétrons (cadeia respiratória)
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Complexo NADH-coenzima Q oxidoredutase
(Complexo I ou NADH desidrogenase)
É o maior dos 4 complexos (>900 kDa).
Formado por 46 cadeias polipeptídicas,
incluindo 7 centros de ferro/enxofre (2Fe-2S e
4Fe-4S) em que ocorre conversões reversíveis
entre Fe2+ (reduzido) e Fe3+ (oxidado) e a
flavoproteína ligada ao FMN. Estrutura
tridimensional em forma da letra L.
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Coenzima Q-citocromo c oxidorredutase (ou
complexo Citocromo bc1 ou Complexo III)
Enzima homodimérica com 11 cadeias polipeptídicas
distintas. Destino do ubiquinol (coenzima-Q
reduzida, QH2) formado pelos Complexos I e II
citocromo c (oxidado) do complexo III (com
bombeamento de prótons).
2 QH2 + Q + 2 Cit cox (FeIII) + 2 H+matriz 2 Q + QH2 + 2 Cit cred (FeII) + 4 H+citoplasma
Coenzima Q-citocromo c oxidorredutase (ou
complexo Citocromo bc1 ou Complexo III)
Ubiquinol (QH2) transfere dois elétrons para o citocromo c (que só pode captar 1 elétron por vez) do complexo III
Ciclo Q: 2 QH2 se ligam consecutivamente cada uma doando dois elétrons e dois prótons. Estes H + são
bombeados para o espaço inter-membrana (citoplasmático). O primeiro ubiquinol (QH2) que sai do pool de Q se
liga ao sítio Q e os dois elétrons têm destinos diferentes:
Um para 2Fe-2S do centro de Rieske H, depois para citocromo c1 e conversão deste na forma reduzida que
difunde e avança na cadeia respiratória.
O segundo elétron passa por dois hemes do citocromo b para um ubiquinona oxidada em um segundo sítio de
ligação Q. Este Q é reduzido ao ânion semiquinona (Q-) pelo elétron do primeiro ubiquinol (QH2), Q é liberado,
e uma segunda molécula de QH2 reinicia o mesmo ciclo da primeira molécula de QH2 (captando dois prótons da
matriz para converter Q em QH2).
2 QH2 + Q + 2 Cit cox (FeIII) + 2 H+matriz 2 Q + QH2 + 2 Cit cred (FeII) + 4 H+citoplasma
Citocromo c oxidase (Complexo IV)
Enzima de 13 cadeias peptídicas, dois grupos
prostéticos (heme a e heme a3-CuB) embebidos na
membrana, um grupo prostético CuA/CuA próximo
ao espaço intermembrana (aceita inicialmente os
elétrons do citocromo c). Os centros de cobre
alternam-se entre a forma Cu+ reduzida (cuprosa) e
a forma oxidada Cu2+ (cúprica) nos processos redox.
Dois citocromo c transferem sequencialmente elétrons para reduzir CuB e heme a3 (1-3).
CuB (Cu+1) e FeII no heme a3 reduzidos ligam-se a O2 para formar o peróxido (4-5).
O acréscimo de mais dois elétrons (de mais dois citocromo c) e mais dois prótons (6-7) cliva
a ponte de peróxido. O acréscimo de mais dois prótons resulta na liberação de água (8).
Oxidado: Cu2+ (cúprico) e FeIII (ferrico). Reduzido: Cu+ (cuproso) e FeII (ferroso)
4 Cit cred (FeII) + 8 H+matriz + O2 4 Cit cox (FeIII) + 2 H2O + 4 H+citoplasma
Citocromo c oxidase (Complexo IV)
4 Cit cred (FeII) (4 elétrons) + 8 H+matriz + O2 4 Cit cox (FeIII) + 2 H2O + 4 H+citoplasma
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ATP Sintase (Complexo V ou ATPase mitocondrial ou F1F0ATPase)
Até agora avaliamos o fluxo de elétrons de NADH (ou FADH2) para O2, um processo exergônico.
Este processo é acoplado à síntese de ATP (processo endergônico) pela força próton-motriz
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ATP Sintase (Complexo V ou ATPase mitocondrial ou F1F0ATPase)
25
ATP Sintase (Complexo V ou ATPase mitocondrial ou F1F0ATPase)
UM GRADIENTE DE PRÓTONS IMPULSIONA A SÍNTESE DE ATP
A cadeia respiratória e a ATP sintase são sistemas bioquimicamente separados, ligados apenas por
uma força próton-motriz.
A função do gradiente de prótons é de liberar o ATP do sítio ativo da ATP sintase, e não de formá-lo
porque a interconversão entre ATP e ADP ocorre na ausência do gradiente de prótons (ATP e ADP
estão em equilíbrio no sítio ativo da ATP sintase). 26
ATP Sintase (Complexo V ou ATPase mitocondrial ou F1F0ATPase)
UM GRADIENTE DE PRÓTONS IMPULSIONA A SÍNTESE DE ATP
Mecanismo de síntese de ATP: 1) ligação de ADP e Pi, 2) síntese de ATP, 3) liberação de ATP. As
interações com a subunidade resultam em diferentes estados conformacionais das subunidades . A
rotação da subunidade impulsiona a interconversão das três formas das subunidades .
Os três sítios catalíticos (subunidades ) em conformações diferentes: L (loose, flexível) liga ADP e Pi,
T (tight, rígida) de elevada afinidade por ATP e converte ADP e Pi em ATP, O (open, aberta) liga e
libera nucleotídeos de adenina. As formas L e T não liberam nucleotídeos ligados.
Conversões: TO: formou e liberou ATP / LT: ligou ADP e Pi e converteu em ATP / OL: ligou e
manteve no sítio ADP e Pi. Evolução: TOLTOL. 27
ATP Sintase (Complexo V ou ATPase mitocondrial ou F1F0ATPase)
UM GRADIENTE DE PRÓTONS IMPULSIONA A SÍNTESE DE ATP
1) a cadeia lateral do Aspartato-61 situada na região central das duas alfa-hélices da subunidade c
liga-se a um H+ do espaço inter-membrana que entra pelo canal citosólico da subunidade a, 2) rotação
da subunidade c, 3) liberação do próton pelo canal da matrix.
O anel c está rigidamente associado às subunidades e e, portanto, à medida que o anel c (F0) gira,
as subunidades e sofrem rotação no interior do hexâmero 33 (F1). A coluna externa formada pelas
cadeias b e subunidade impede a rotação do hexâmero 33. Cada rotação de 360 da subunidade
resulta na síntese e liberação de três moléculas de ATP (~H+/ATP precisa fluir para a matriz). 28
Estágio 3: fosforilação oxidativa (formação de ATP) na cadeia de transporte de
elétrons (cadeia respiratória)
I : NADH-coenzima Q oxidorredutase; II: Succinato-coenzima Q redutase;
III: Coenzima Q-citocromo c oxidorredutase; IV: Citocromo c oxidase
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ATP-ADP TRANSLOCASE
ATP e ADP não se difundem livremente através da membrana mitocondrial interna. Os fluxos de ATP e
ADP são acoplados: o ADP só entra na matriz mitocondrial se o ATP sair (e vice versa). Mecanismo da
ATP-ADP TRANSLOCASE (30 kDa): 1) ligação do ADP do citoplasma, 2) eversão do transportador, 3)
liberação do ADP na matriz mitocondrial, 4) ligação do ATP na forma evertida, 5) eversão de volta à
conformação original, 6) liberação de ATP no citoplasma. O potencial de membrana positivo favorece o
transporte de ATP para fora da matriz mitocondrial (em respiração ativa).
(1) (2)
(3)
(6)
(4)
(5)
LANÇACEIRA DO GLICEROL-FOSTATO (músculo)
Uma das funções da cadeia respiratória é a reoxidação de NADH citoplasmático em NAD+ em condições aeróbicas para ser utilizado na
glicólise. A membrana interna da mitocôndria é impermeável para NADH e NAD+. Os elétrons do NADH citoplasmático (em vez do
próprio NADH) são transportados por esta lançadeira gerando 1,5 ATP (FADH2) ao invés de 2,5 ATP (NADH).
Aspartato aminotransferase
Malato desidrogenase do CK
Aspartato aminotransferase
DESACOPLAMENTO DA FOSFORILAÇÃO OXIDATIVA PARA
PRODUÇÃO DE ATP RESULTA NA GERAÇÃO DE CALOR
1. Manutenção da temperatura corporal: animais que hibernam, recém-nascidos, e sobretudo em
mamíferos adultos adaptados a climas frios.
2. Tecido adiposo marrom (rico em mitocôndrias): adaptado para a termogênese sem calafrio.
3. UCP1=proteína desacopladora=termogenina (na membrana mitocondrial interna).
4. Fluxo de prótons do citoplasma para matriz (curto-circuito na bomba de prótons) liberando calor
(dissipando gradiente de prótons para produção de ATP).
5. Temperatura corporal Liberação de ácidos graxos a partir de triglicerídeos Ativando termogenina.
A fosforilação oxidativa pode ser inibida em vários estágios
1. Inibição da cadeia de transporte de elétrons: rotenona
(veneno para insetos e peixes) e amobarbital (sedativo
barbitúrico) bloqueiam a transferência de elétrons da NADH-
coenzima Q oxidorredutase (complexo I) impedindo a
utilização de NADH como substrato. A antimicina A interfere
no fluxo de elétrons provenientes do citocromo bH na
coenzima Q-citocromo c oxidorredutase (complexo III). O
cianeto e a azida reagem com a forma férrica (Fe3+, oxidado)
do heme a3 (complexo IV), enquanto que o monóxido de
carbono inibe a forma ferrosa (Fe2+, reduzido).