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Manual de Psicopedagogia 2º Ano Dos Cursos de Matemática e Biologia
Manual de Psicopedagogia 2º Ano Dos Cursos de Matemática e Biologia
PRINCÍPIO DE VITALIDADE
Este princípio defende que a educação deve entrelaçar-se intimamente com a vida do
aluno ou educando. Isto significa que o processo educativo, deve entender as
manifestações vitais da infância e da adolescência e as exigências do seu
desenvolvimento mental, respeitando os seus interesses e necessidades, não para deixa-
los expandir-se no sabor dos instintos e caprichos mas, para os valores e ideias que
dignificam e espiritualizam a vida.
PRINCÍPIO DE ACTIVIDADE
Este princípio baseia-se na actividade criadora do educando, significa que o processo
educativo de estimular o espírito da iniciativa. A capacidade de auto avaliar-se e o
dinâmico construtivo da criança.
PRINCÍPIO DE INDIVIDUALIDADE
Este princípio defende que, a toda necessidade de se considerar cada aluno como uma
individualidade, um mundo uma realidade diferente das outras. Por isso orienta-lo duma
maneira individualizado e recomendável.
PRINCÍPIO DE LIBERDADE
Pretende-se uma educação baseada na liberdade do educando. Quer dizer, o processo
educativo deve entender no plano físico a liberdade de acção e de iniciativa, no plano
moral, a liberdade de opção e a capacidade de autodeterminação. De construir modelos
saudáveis de concreto. Por isso deve se formar personalidades desta sociedade
historicamente concreta o que significa formar homem que possa combinar com o
binómio homem-sociedade.
PRINCÍPIO DE SOCIABILIDADE
O homem é ser social. A criança que temos de formar, é naturalmente um ser que saiu
dum contexto social sendo o professor um responsável na mordura da sua
personalidade, integra-la de forma a corresponder com os
Ditames desta sociedade. Logo é mister proporcionar uma educação capaz de construir
modelos saudáveis de concreto. Por isso deve se formar personalidades desta sociedade
historicamente concreta o que significa formar homem que possa combinar com o
binómio homem-sociedade.
PRINCÍPIO DE CRIATIVIDADE
constitui um dos princípios que o ensino deve pautar. O professor não é único dono do
saber. A criança ao entrar na escola não é uma tábua rasa, trás consigo, alem das suas
predisposições anato fisiológicos e outras potencialidades. O aluno não é como um saco
vazio onde o professor vai entulhando o seu saber, e sujeito activo consciente e criativo.
O professor deve ter isso em mente. O saber na sala de aula deve ser um trabalho
colectivo adaptado ao nível psico-intelectual e desenvolvimento do aluno.
CONCEITO DO OBJECTO DE ESTUDO DA PSICOLOGIA PEDAGÓGICA
Como ramo da ciência psicológica, a psicologia pedagógica tem o seu objecto de
estudo, as suas tarefas, os seus métodos de pesquisa e a sua própria estrutura. A
psicologia pedagógica e uma cadeira considerada obrigatória no programa das escolas
ou instituições pedagógicas por ter uma grande influencia na formação de professores e
no, melhoramento da qualidade do ensino e da educação.
Assim, podemos concluir que psicologia pedagógica tem como objecto de estudo as leis
do ensino da educação do homem, a formação do raciocino dos alunos, o processo de
assimilação, a actividade cognitiva ao intelectual os factores psicológicos que influencia
o processo de aprendizagem, as relações entre os pedagogos e alunos na colectividade
escolar, assim as particularidade individuais dos alunos e as especificidades
psicológicas do ensino de adultos.
Como vem, o objecto de estudo agora apresentado tem uma abrangência geral. É
importante descortinar para melhor compreensão pois a psicologia pedagógica abrange
campos da sua actuação nomeadamente: pedagógica, psicológica e didáctica formativa.
Assim sendo, o campo psicológico abrange os aspectos psicológicos do aprender e do
ensinar, isto é as bases psicológicas do ensino nomeadamente a personalidade do aluno
e do professor, o processo de assimilação, os factores internos que jogam papel na
aprendizagem, as características psicológicas individuais dos alunos no processo de
aprendizagem as formas de sua superação de forma a melhorar a assimilação.
Referentemente ao campo pedagógico, temos que ter em conta, a personagem do
professor no exercício da actividade pedagógica relacionado com o transmissor de
conhecimentos sua postura profissional perante a aula, sua destreza no entrosamento
entre a matéria do ensino compatíveis ao tipo de aulas de formas a facilitar a
aprendizagem pelos alunos.
No campo didáctico formativo devemos considerar que o processo docente educativo é
científico e para tal exige uma eficiente planificação científica, uma adequada selecção
de conteúdo de ensino, um eficiente material pedagógico que corresponda com as
perspectivas do desenvolvimento técnico científico do país, de modo a preparar o
correspondente potencial humano capaz de fazer face aos desafios da ciência. Um
material didáctico a altura de instruir e educar; um material a altura de especificidades
etárias material que ligue ao aluno a sociedade que será inserido naturalmente ira
participar, transformar o seu constrangimento.
Finalmente a ligação dialéctica desses campos constitui imperativo para unidade desta
ciência.
Acredito que estes tópicos servirão para o desenvolvimento das peculiaridades nas
investigações que, naturalmente irão acontecendo.
TAREFAS DA PSICOLOGIA PEDAGÓGICA
Com base do aspecto no objecto de estudo podemos aduzir que a psicologia pedagógica
tem, de entre outros as seguintes tarefas.
1) Estabelecer as bases e leis psicológicas pedagógicas da formação da
personalidade dos alunos de sistema de educação e redução das formas
fundamentais das actividades do aluno. Com esta tarefa permite nos conhecer e
desenvolver os interesses, as inclinações as capacidades, o temperamento, o
carácter a formação de hábitos e as habilidades, motivos positivos e conduta dos
alunos, formação de propriedades de carácter como a exigência, compreensão,
bondade, a laboriosidade, a luta contra arrogância, preguiça e negligencia.
Permite do outro lado descortinar as propriedades psicológicas e sociológicas do
colectivo, os meios principais, os métodos para a formação, organização e
desenvolvimento do colectivo.
2) Investigar e descobrir as bases psicológicas e as leis que regem a jogo, ensino e a
aprendizagem, as qualidades psicológicas do professor na sua actividade que
concorrem para o seu perfil de um profissional apto a formar o homem do
amanhã.
TEORIAS DE APRENDIZAGEM
A aprendizagem tem sido estudada por grande número de investigadores, e todos eles
são unânimes em considera-la o comportamento mais importante dos animais
superiores.
Obviamente que não podemos, rigorosamente, rever ou resumir um campo tão
complexo e controverso como o da aprendizagem. Abordaremos apenas alguns
conceitos que consideramos mais significativos e adequados aos fins que nos propomos
atingir.
Conceito – aprendizagem é o processo que se vê reflectido na mudança das
potencialidades do comportamento ou conduta do indivíduo em forma relativamente
permanente, será o resultado da prática, sendo este um factor básico para a mesma.
Em síntese, aprendizagem constitui uma mudança de comportamento resultante da
experiência. Trata-se de uma mudança de comportamento ou conduta que assume varias
características. É uma resposta modificada, estável e durável interiorizada e
consolidada, no próprio cérebro do indivíduo.
A aprendizagem compreende por consequência, uma relação integrada entre o indivíduo
e o seu desenvolvimento da qual resulta uma plasticidade adaptativa de comportamento
ou condutas.
A aprendizagem resulta de complexas operações neurofisiológicas e neuropsicológicas.
Tais operações associam, combinam e organizam estímulos com respostas, assimilações
com acomodações, situações com acções gnoses com praxis etc…
A aprendizagem apesar de ser universal e ocorrer durante toda a vida, não e tão simples
quanto possa parecer a primeira vista. Os psicólogos ainda não chegaram a um acordo
sobre os aspectos considerados mais importantes no processo de aprendizagem.
Vimos que neste processo há três elementos fundamentais: a situação estimuladora, a
pessoa que aprende e a resposta. Na medida em que se detiveram na observação e no
estudo desses três elementos, os psicólogos chegaram a conclusões diferentes sobre o
que é fundamental para compreender o processo de aprendizagem. Isso justifica em
parte, o surgimento de diferentes teorias para explicar a aprendizagem.
Apresentamos a seguir algumas das principais teorias que procuram compreender e
explicar o processo de aprendizagem: Condutismo, Psicanálise, Gestalt, Processamento
da informação, Teoria cognitiva do processo do pensamento, Teoria psicogenética de
Piaget, Teoria humanista, O construtivismo e o Enfoque histórico-cultural.
A PSICANÁLISE
A expressão psicanálise designa uma ciência, uma área de conhecimento, uma escola
psicológica que busca penetrar na dimensão profunda do psiquismo humano para
conhecê-lo.
Segundo a psicanálise, fundada por Sigmund Freud, a análise da consciência era limitada
e inadequada, pois a compreensão dos motivos fundamentais do comportamento humano
requeria outro elemento: o inconsciente. Ele comparou a mente a uma montanha de gelo
flutuante, cuja parte visível da superfície representava a consciência e a submersa, a parte
maior, representava o inconsciente; onde se encontram os impulsos, as ideias e os
sentimentos reprimidos, enfim as forças vitais e invisíveis que exercem controlo sobre os
pensamentos e acções conscientes do homem.
Experiências que teve com a disciplina: professor autoritário rejeição por parte dos
colegas etc.
Para Freud o aparelho psíquico compõe-se de três partes, que estão continuamente
interagindo, de forma dinâmica.
O ID, que está ligado ao organismo físico, é hereditário, e é fonte de dados os instintos e
impulsos. Os instintos básicos seriam dois. O instinto sexual, que é o instinto de vida ou
construtivo que abrange tudo o que traz prazer; e o instinto da morte ou instinto agressivo
que leva a destruição. Da predominância de um ou de outro, desenvolver-se a uma
personalidade mais destrutiva, agressiva e possessiva, ou mais construtiva. O ID segue o
princípio do prazer, isto é, impulsiona o organismo a fazer tudo o que traz prazer. No ID
se encontra a libido ou energia psíquica que move a conduta.
O Ego resulta da interacção do ID com o meio social. É a parte racional da personalidade
que procura manter o controle sobre o ID. Verificando que desejos e impulsos podem ou
não ser satisfeitos. O Ego rege-se pelo princípio da realidade e tentar manter o equilíbrio
entre o ID e o Superego.
O superego consiste nas normas e padrões interiorizados pelo individuo durante a vida
principalmente na infância. Aos poucos vai assimilando o que pode e não pode fazer o
que convém ou não ao sistema social, funciona como a consciência moral do sujeito.
ANÁLISE DE SUAS DIMENSÕES EDUCATIVAS
-Embora não tenha escrito qualquer teoria de aprendizagem, a psicanálise oferece
elementos que enriquecem as teorias da aprendizagem, tais como:
*O conceito de transferência, fenómeno presente em toda situação em que duas pessoas
se encontram frente a frente. A transferência pode variar entre a devoção e a admiração
mais afectuosas até a inimizade e a hostilidade mais acirradas. Deriva das relações
afectivo-sexuais anteriores e inconscientes. A transferência tanto positiva como negativa
pode se transfor em Poderoso instrumento na relação professor-aluno e nos permite
reflectir sobre o que possiblita ao aluno acreditar no professor e chegar a aprender.
Desenvolve os mecanismos de defesa positivo, por exemplo, a sublimação, que
consiste no desvio de uma pulsão do desejo directamente sexual para as actividades
socialmente úteis e permitidas. Como as relacionadas com a arte, a ciência, a promoção
de valores humanos e de melhores condições de vida. Será tarefa do educador conseguir
um justo equilíbrio entre a proibição e a permissão, isto é, sacrificar o mínimo de prazer
sem entrar em choque com as exigências da sociedade.
Wertheimer (1912), conclui que a percepção não consiste numa simples soma de
sensações, e que a situação global é decisiva para determinar o que percebemos. Essa
ênfase não nos elementos isolados, mas na totalidade, na organização na estrutura
opunha-se não só a antiga psicologia de introspecção (de Wilhelm Wundt), mas também
a psicologia que analisava o comportamento em termos de estímulos e respostas (S-R)
Quando o indivíduo vai iniciar um processo de aprendizagem qualquer, ele já dispõe de
uma série de atitudes habilidades e expectativas sobre sua própria capacidade de aprender
seus conhecimentos, a perceber a situação de aprendizagem de uma forma particular,
certamente diferente das formas de percepção de seus colegas. Por isso, o sucesso da
aprendizagem vai depender de suas experiências anteriores (a percepção) que participam
da experiência actual.
A pessoa selecciona e organiza os estímulos de acordo com suas próprias experiências e
não vai responder a eles isoladamente, mas percebendo a situação como um todo e
reagindo a seus elementos mais significativos. A Pessoa percebe uma forma uma
estrutura uma configuração ou organização, estes termos são sinónimos próximos da
palavra alemã Gestalt.
Aplicam-se, portanto a aprendizagem leis gestaltistas como as da proximidade (elementos
de um campo tendem a ser agrupados em virtude de sua proximidade uns dos),
similaridade (itens semelhantes), quando a forma, textura, cor, etc. tendem a ser
igualmente agrupados por simplicidade (as pessoas vem o campo perceptivo organizado
em figuras regulares) e outras tais como a constância, a objectividade, a integridade e a
compreensão.
A Gestalt defende que para haver aprendizagem é necessário que o aluno estabeleça
relações interiorizadas de significação entre o estímulo e a resposta, quer no todo, quer
nas partes, a que chamaram de insight. O que faz com que o estímulo tenha um carácter
activo no processo da sua aprendizagem.
-Da ênfase a percepção dos objectos e fenómenos como um todo o que permite chegar a
uma imagem integral dos mesmos, o que exige do professor a apresentação dos
conteúdos em forma, estrutura, organização.
-O professor deve primar pela aprendizagem significativa do aluno, baseando-se no nível
de competência cognitiva do aluno e nos conhecimentos adquiridos anteriormente que se
vão relacionar ao novo material a ser ensinado.
-O conteúdo preparado pelo professor deve ser potencialmente significativo, desde a
ponte de vista de sua estrutura interna, isto é, desde a significatividade lógica do mesmo
que faz com que o conteúdo não seja arbitrário nem confuso, desde o ponte de vista da
possível assimilação, assim como desde a sua significatividade psicológica isto é, que
dêem, na estrutura cognitiva do aluno, elementos pertinentes relacionáveis.
-A compreensão permite ter a integridade do reflexo das coisas que vemos nas condições
diferentes. Exemplo uma pessoa por detrás de uma grade aparentemente fragmentado.
-A percepção varia com a idade; nos adultos predomina a percepção voluntária e a
percepção pela palavra. (compreensão).
-Wertheimer ofereceu a principal contribuição da teoria Gestaltista; o pensamento deve
fluir em função da totalidade; o aprendiz deve contar com uma vasta panorâmica da
situação sem se perder em detalhes.
TEORIA HUMANISTA
Esta teoria declara-se como sendo uma terceira força para conciliar os
antimentalistas, sobre tudo os condutistas, com os cognotivitas. Da ênfase à pessoa
humana, a personalidade, como sendo alguém que merece liberdade em virtude de suas
potencialidades, motivos e necessidades.
1ª. A herança biológica – que é o ponto de partida necessário e não suficiente para o
desenvolvimento das características humanas.
2ª. A experiencia individual – que deixa suas marcas na cultura e na história humana.
3ª. A experiencia humana – herança social pelo qual as gerações passadas transmitem
suas experiencia, conhecimento, habilidades aptidões e capacidades, ou seja, elementos
matérias e intelectuais da cultura.
AUTOCONCEITO
Podemos entender autoconceito como sendo a forma de como nos vemos e a partir daí
como nos valorizamos ou relacionamos.
1. Auto-percepção
2. Auto-avaliação
3. Auto-comunicação
4. Auto-motivação
5. Auto-controlo
Segundo Burns (1986), o autoconceito é composto por imagens acerca do que nós
próprios pensamos que somos, o que pensamos que conseguimos realizar e o que
pensamos que os outros pensam de nós e também de como gostaríamos de ser.
Para este autor, o autoconceito consiste em todas as maneiras de como uma pessoa
pensa que é nos seus julgamentos, nas avaliações e tendências de comportamento. Isto
leva a que o autoconceito seja analisado como um conjunto de várias atitudes do eu e
únicas de cada pessoa. O autoconceito tem um papel extremamente importante na
medida em que tenta explicar o comportamento, ou seja, porque consegue manter uma
certa consistência nesse mesmo comportamento, explicita a interpretação da experiência
e fornece um certo grau de previsão (Burns,1986). Epstein (1973) afirma mesmo que
"para os fenomenologistas, o autoconceito é o constructo central da Psicologia,
proporcionando a única perspectiva através da qual o comportamento humano pode ser
compreendido" De um ponto de vista histórico, a investigação no domínio do
autoconceito foi, na maioria das vezes, levada a efeito por filósofos, teólogos ou outros
profissionais não directamente ligados à Psicologia, sendo apenas por volta dos anos
quarenta que aquele conceito começa a suscitar algum interesse para o estudo científico
nos domínios da Psicologia e da Sociologia (Sherif,1972).
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