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PROGRAMA DE PSICOLOGIA PEDAGÓGICA PARA CURSOS DE

MATEMÁTICA E BIOLOGIA (2º ano)


DOCENTE: Armando João (PhD)
CAPITULO I
Evolução histórica da psicologia pedagógica.
1.Contribuições do Fisher.
1.2.Contribuições de William James e John Dewey
1.3.Contribuições da escola nova (Cecil Reddie)
1.3.1.Conceito de objecto de estudo da psicologia pedagógica.
1.4.Tarefas da psicologia pedagógica.
1.5.Estrutura da psicologia pedagógica.
1.6.Relação da psicologia pedagógica com outras ciências.
1.7.Métodos da psicologia pedagógica.
1.8.Considerações finais da unidade.
CAPITULO II
A aprendizagem.
2.2. Conceito de aprendizagem.
2.3. Características do Conceito de aprendizagem.
2.4. Factores internos e externos de aprendizagem.
2.5. Panorâmica dos factores de aprendizagem.
2.6. Traços gerais da situação de aprendizagem.
2.7. Formas básicas de aprendizagem (Natural e pedagógica)
2.8. Produtos de aprendizagem
2.9. A educação e a aprendizagem
2.10. A instrução e o ensino
2.2.1 Teorias de aprendizagem
2.2.2 Teoria associacionista, S-R ou comportamentalista
2.2.3 Conexionismo de Thordike
2.2.4 O condicionamento operante de skinner
2.2.5 Teoria cognitivista
2.2.6. Teoria Gestaltista de aprendizagem
2.2.7. Teoria de aprendizagem e mapas cognitivas segundo Talman
2.2.8. Teoria de assimilação de conhecimento segundo Ansubel
2.2.9. Teoria de aprendizagem social por observação segundo Bandura
2.2.10. Teoria construtivista
CAPITULO III
CONDIÇÕES DE UM ENSINO EFICAZ
3.1. Tempo de aprendizagem
3.2. Uso de reforço
3.3. Indício e informações retroactivas
3.4. A moral na sala de aula
3.5. A aprendizagem cooperativa
3.6. Perguntas de ordem superior
3.2.1. Modelos gerais de ensino
3.2.2. Transmissor de conhecimento
3.2.3. Inquérito indutivo
3.2.4. Aprendizagem interpessoal
3.2.5. O ensino em síntese
3.2.6. Comportamento não verbal
3.3.1. OBJECTO DE ENSINO
3.3.2.Normas para definição de objecto
3.3.3. Taxionomia de Benjamim Bloom
3.3.4. David Hunt. Objectivos educacionais versus estádios de desenvolvimento
3.3.5. Planificação do ensino
EVOLUÇÃO HISTÓRICA DE PSICOLOGIA PEDAGÓGICA
O surgimento da psicologia pedagógica está relacionado com o processo de ideias
genéticas e de evolução, na psicologia e com várias experiências ligadas a psicologia
geral.
Os problemas ligados a psicologia pedagógica eram abordados pela psicologia. Ela
começou a manifestar-se no fim do século XIX e no princípio do século XX. Os
representantes não tinham ainda realizado obras de investigação particular. Eles
limitavam-se simplesmente em apresentar os acontecimentos e as leis da psicologia
geral, da psicologia das idades, necessárias para os docentes. Por isso a psicologia
pedagógica era na altura chamada como psicologia para o professor.
CONTRIBUIÇÃO DE FISHER
Aspirando a uma psicologia pedagógica além dos efeitos do espaço do tempo e da
comunidade. Com estas investigações Fisher teve objectivo principal, colocar a
psicologia pedagógica ao serviço da psicologia descritiva. Para Fisher, ela tem
simultaneamente um significado decisivo para pedagogia histórica, isso é para a
captação das modalidades da educação ocorrente no decurso da história da educação.
CONTRIBUIÇÕES DE WILLIAM JAMES E JOHN DEWEY
A psicologia pedagógica teve o seu espaço de desenvolvimento próprio quando os
investigadores William James e John Dewey, tiveram a concepção de que o processo de
ensino e da educação não depende somente do professor. É considerado como único
elemento fundamental da actividade a disposição do aluno, como acontecia na escola
tradicional onde o aluno submetia-se a autoridade moral e intelectual do professor. Mais
tarde, os psicólogos começaram a estudar as actividades das crianças a nível do ensino e
educação encontrando deste modo as bases de verificação das suas hipóteses sobre a
eficácia das actuações pedagógicas para descobrir e aprofundar a essência dos
fenómenos psíquicos no processo de ensino e aprendizagem.
A educação sofreu algumas transformações em consequência de novos conceitos de
educação e de novas funções atribuídas a escola. Hoje a escola é um lugar onde as
pessoas aprendem a viver juntos, onde o professor surge não mais como depositário mas
como medianeiro do saber e promotor de comportamentos adaptados, em ordem a um
equilíbrio individual e social, onde ajuda a promover o desenvolvimento integral do
aluno através dos componentes cognitivos, sociais, éticos e morais de uma forma
dinâmica interactiva de valores. A escola verdadeira, não pode dissociar-se dos
problemas sociedade em particular dos seus alunos. A escola nova preconiza uma
educação libertadora e significativa da pessoa humana.
Em 1889 na Inglaterra, foi fundada a escola nova por Cecil Redie, esta surgiu como
consequência das diversas transformações sofridas pelo então sistema educativo.
No final do sec. XIX, já existia quase na Europa e nos Estados Unidos da A métrica
muitas escolas novas, tendo grande impacto ao novo sistema do ensino e da educação
estabelecendo os seguintes princípios.
PRINCÍPIOS DA ESCOLA NOVA:

PRINCÍPIO DE VITALIDADE
Este princípio defende que a educação deve entrelaçar-se intimamente com a vida do
aluno ou educando. Isto significa que o processo educativo, deve entender as
manifestações vitais da infância e da adolescência e as exigências do seu
desenvolvimento mental, respeitando os seus interesses e necessidades, não para deixa-
los expandir-se no sabor dos instintos e caprichos mas, para os valores e ideias que
dignificam e espiritualizam a vida.
PRINCÍPIO DE ACTIVIDADE
Este princípio baseia-se na actividade criadora do educando, significa que o processo
educativo de estimular o espírito da iniciativa. A capacidade de auto avaliar-se e o
dinâmico construtivo da criança.
PRINCÍPIO DE INDIVIDUALIDADE
Este princípio defende que, a toda necessidade de se considerar cada aluno como uma
individualidade, um mundo uma realidade diferente das outras. Por isso orienta-lo duma
maneira individualizado e recomendável.
PRINCÍPIO DE LIBERDADE
Pretende-se uma educação baseada na liberdade do educando. Quer dizer, o processo
educativo deve entender no plano físico a liberdade de acção e de iniciativa, no plano
moral, a liberdade de opção e a capacidade de autodeterminação. De construir modelos
saudáveis de concreto. Por isso deve se formar personalidades desta sociedade
historicamente concreta o que significa formar homem que possa combinar com o
binómio homem-sociedade.
PRINCÍPIO DE SOCIABILIDADE
O homem é ser social. A criança que temos de formar, é naturalmente um ser que saiu
dum contexto social sendo o professor um responsável na mordura da sua
personalidade, integra-la de forma a corresponder com os
Ditames desta sociedade. Logo é mister proporcionar uma educação capaz de construir
modelos saudáveis de concreto. Por isso deve se formar personalidades desta sociedade
historicamente concreta o que significa formar homem que possa combinar com o
binómio homem-sociedade.
PRINCÍPIO DE CRIATIVIDADE
constitui um dos princípios que o ensino deve pautar. O professor não é único dono do
saber. A criança ao entrar na escola não é uma tábua rasa, trás consigo, alem das suas
predisposições anato fisiológicos e outras potencialidades. O aluno não é como um saco
vazio onde o professor vai entulhando o seu saber, e sujeito activo consciente e criativo.
O professor deve ter isso em mente. O saber na sala de aula deve ser um trabalho
colectivo adaptado ao nível psico-intelectual e desenvolvimento do aluno.
CONCEITO DO OBJECTO DE ESTUDO DA PSICOLOGIA PEDAGÓGICA
Como ramo da ciência psicológica, a psicologia pedagógica tem o seu objecto de
estudo, as suas tarefas, os seus métodos de pesquisa e a sua própria estrutura. A
psicologia pedagógica e uma cadeira considerada obrigatória no programa das escolas
ou instituições pedagógicas por ter uma grande influencia na formação de professores e
no, melhoramento da qualidade do ensino e da educação.

Assim, podemos concluir que psicologia pedagógica tem como objecto de estudo as leis
do ensino da educação do homem, a formação do raciocino dos alunos, o processo de
assimilação, a actividade cognitiva ao intelectual os factores psicológicos que influencia
o processo de aprendizagem, as relações entre os pedagogos e alunos na colectividade
escolar, assim as particularidade individuais dos alunos e as especificidades
psicológicas do ensino de adultos.
Como vem, o objecto de estudo agora apresentado tem uma abrangência geral. É
importante descortinar para melhor compreensão pois a psicologia pedagógica abrange
campos da sua actuação nomeadamente: pedagógica, psicológica e didáctica formativa.
Assim sendo, o campo psicológico abrange os aspectos psicológicos do aprender e do
ensinar, isto é as bases psicológicas do ensino nomeadamente a personalidade do aluno
e do professor, o processo de assimilação, os factores internos que jogam papel na
aprendizagem, as características psicológicas individuais dos alunos no processo de
aprendizagem as formas de sua superação de forma a melhorar a assimilação.
Referentemente ao campo pedagógico, temos que ter em conta, a personagem do
professor no exercício da actividade pedagógica relacionado com o transmissor de
conhecimentos sua postura profissional perante a aula, sua destreza no entrosamento
entre a matéria do ensino compatíveis ao tipo de aulas de formas a facilitar a
aprendizagem pelos alunos.
No campo didáctico formativo devemos considerar que o processo docente educativo é
científico e para tal exige uma eficiente planificação científica, uma adequada selecção
de conteúdo de ensino, um eficiente material pedagógico que corresponda com as
perspectivas do desenvolvimento técnico científico do país, de modo a preparar o
correspondente potencial humano capaz de fazer face aos desafios da ciência. Um
material didáctico a altura de instruir e educar; um material a altura de especificidades
etárias material que ligue ao aluno a sociedade que será inserido naturalmente ira
participar, transformar o seu constrangimento.
Finalmente a ligação dialéctica desses campos constitui imperativo para unidade desta
ciência.
Acredito que estes tópicos servirão para o desenvolvimento das peculiaridades nas
investigações que, naturalmente irão acontecendo.
TAREFAS DA PSICOLOGIA PEDAGÓGICA
Com base do aspecto no objecto de estudo podemos aduzir que a psicologia pedagógica
tem, de entre outros as seguintes tarefas.
1) Estabelecer as bases e leis psicológicas pedagógicas da formação da
personalidade dos alunos de sistema de educação e redução das formas
fundamentais das actividades do aluno. Com esta tarefa permite nos conhecer e
desenvolver os interesses, as inclinações as capacidades, o temperamento, o
carácter a formação de hábitos e as habilidades, motivos positivos e conduta dos
alunos, formação de propriedades de carácter como a exigência, compreensão,
bondade, a laboriosidade, a luta contra arrogância, preguiça e negligencia.
Permite do outro lado descortinar as propriedades psicológicas e sociológicas do
colectivo, os meios principais, os métodos para a formação, organização e
desenvolvimento do colectivo.
2) Investigar e descobrir as bases psicológicas e as leis que regem a jogo, ensino e a
aprendizagem, as qualidades psicológicas do professor na sua actividade que
concorrem para o seu perfil de um profissional apto a formar o homem do
amanhã.

3) Investigar e estabelecer os estados psíquicos, os processos e propriedades


psíquicas dos escolares e professores perante o processo do ensino e de
avaliação dos seus resultados.
TEMA II

TEORIAS DE APRENDIZAGEM

A aprendizagem tem sido estudada por grande número de investigadores, e todos eles
são unânimes em considera-la o comportamento mais importante dos animais
superiores.
Obviamente que não podemos, rigorosamente, rever ou resumir um campo tão
complexo e controverso como o da aprendizagem. Abordaremos apenas alguns
conceitos que consideramos mais significativos e adequados aos fins que nos propomos
atingir.
Conceito – aprendizagem é o processo que se vê reflectido na mudança das
potencialidades do comportamento ou conduta do indivíduo em forma relativamente
permanente, será o resultado da prática, sendo este um factor básico para a mesma.
Em síntese, aprendizagem constitui uma mudança de comportamento resultante da
experiência. Trata-se de uma mudança de comportamento ou conduta que assume varias
características. É uma resposta modificada, estável e durável interiorizada e
consolidada, no próprio cérebro do indivíduo.
A aprendizagem compreende por consequência, uma relação integrada entre o indivíduo
e o seu desenvolvimento da qual resulta uma plasticidade adaptativa de comportamento
ou condutas.
A aprendizagem resulta de complexas operações neurofisiológicas e neuropsicológicas.
Tais operações associam, combinam e organizam estímulos com respostas, assimilações
com acomodações, situações com acções gnoses com praxis etc…

A aprendizagem apesar de ser universal e ocorrer durante toda a vida, não e tão simples
quanto possa parecer a primeira vista. Os psicólogos ainda não chegaram a um acordo
sobre os aspectos considerados mais importantes no processo de aprendizagem.
Vimos que neste processo há três elementos fundamentais: a situação estimuladora, a
pessoa que aprende e a resposta. Na medida em que se detiveram na observação e no
estudo desses três elementos, os psicólogos chegaram a conclusões diferentes sobre o
que é fundamental para compreender o processo de aprendizagem. Isso justifica em
parte, o surgimento de diferentes teorias para explicar a aprendizagem.
Apresentamos a seguir algumas das principais teorias que procuram compreender e
explicar o processo de aprendizagem: Condutismo, Psicanálise, Gestalt, Processamento
da informação, Teoria cognitiva do processo do pensamento, Teoria psicogenética de
Piaget, Teoria humanista, O construtivismo e o Enfoque histórico-cultural.

CONCEITO DE APRENDIZAGEM SEGUNDO O CONDUTISMO- A


aprendizagem é a modificação relativamente permanente do comportamento observável
dos organismos, produtos da prática ou experiência medida pela quantidade de
respostas, emitidas pelos organismos aos estímulos.
O condutismo representa um conjunto de teorias associacionistas ou comportamentais.
Segundo Samuel Pfromm Netto (psicologia da aprendizagem e do ensino pag. 61, 1987),
os rótulos associacionismo, estímulo, resposta e comportamento têm sido frequentemente
empregados para designar um grupo de teorias descendentes em linha do antigo
empirismo, que são ênfase ao estudo objectivo do comportamento. Acreditam que os
comportamentos complexos podem ser interpretados a partir de conceitos e princípios
simples, sem recorrer a processos mentais superiores ou forças psíquicas internas de
qualquer natureza; de modo geral acreditam que toda e qualquer aprendizagem podem ser
reduzida a condicionamento, de um tipo ou de dois tipos: por simples associação
(condicionamento instrumental ou operante); pertencem este grupo as teorias de Watson,
Thornidike, Guthrie, Skinner, etc.
Para Skinner as pessoas são caixas negras: podemos conhecer os estímulos que as
atingem e as respostas que dão a estes estímulos, mas não podemos conhecer
experimentalmente os processos internos que fazem que determinado estímulo leve a
uma dada resposta. Mas se descobrimos qual estímulo produz certa resposta num
organismo, pretendemos obter a mesma resposta desse organismo, basta aplicar-lhe o
estímulo que descobrimos. Aprendizagem é igual a condicionamento. Isso significa que
se quer que uma pessoa aprenda um novo comportamento, devemos condiciona-la a essa
aprendizagem.

OS REFORÇOS POSITIVOS PODEM SER:

- Reforços positivos naturais ou primários – são as explicações lógicas (o quê, por


que, para quê, como etc.) dos condicionamentos. Exemplo: filho aprende a matemática e
será um economista; quando a luz do semáforo for verde, não passes para não ser
atropelado; ou ter para compreender um romance, e ser reforçado naturalmente. O reforço
natural possui em si propriedades reforçadoras.
- Reforços positivos artificiais ou secundários – requerem pareamento prévio com
outros reforçadores para adquirir seus efeitos. Exemplos; os pais querem que o filho
tenha e obtenha bons resultados na escola, e prometem que, se ele tiver todos os
conceitos entre (B e A) dariam uma bicicleta no natal. O professor fala muito bem" e
sorri para o aluno que acertou uma conta de somar na escola; o domador da uma porção
de açúcar ao leão que obedeceu e ficou sentado.
Por certo a utilização de reforçadores naturais é preferível, embora, as vezes, seja
inevitável o uso de reforçadores arbitrários (artificiais) como primeiro passo para se
chegar aos naturais nas situações educacionais e situações quaisquer do cotidiano.
Nesses exemplos, obter " B e A, fazer correctamente uma conta de somar na
escola e ficar sentado são os comportamentos esperados, a bicicleta, muito bem e a
porção de açúcar são reforços positivos. Mas o indivíduo também pode manifestar os
comportamentos esperados ou evitar comportamentos considerados indesejáveis para
esquivar-se dos chamados reforços negativos. Repressões, ameaças e outras formas de
punição. Portanto estas teorias dão ênfase aos castigos (reforços negativos), as
recompensas (reforços positivos) e a repetição da conduta para formar habilidades e
destrezas geralmente motoras (comportamento observável).
Para ocorra o condicionamento, não é necessário dar o reforço todas vezes que o aluno
manifesta o comportamento desejado. O reforço intermitente, as vezes sim e as vezes
não, produz um condicionamento mais duradouro.
 Interacções que alteram o comportamento aprendido: carências persistentes e
intensas e o stress prolongado.
 O condutismo mais avançado desenvolveu a teoria de aprendizagem pela
modelagem, a criança aprende com os modelos, os adultos, incluindo o professor
(Bandura-cognitivismo condutual).

FACTORES INTERNOS E EXTERNOS DA APRENDIZAGEM


A aprendizagem escolar pode ser favorecida com a mobilização de factores internos e
externos susceptíveis a manipulação pelo professor.
Pertencem a categoria de factores externos que o professor pode controlar:
A continuidade: a ocorrência de respostas imediatamente apôs o estímulo e o aluno não
deve limitar-se a ver ou ouvir passivamente uma sequência de informações mais,
trabalha-la mentalmente, relaciona-las com o que já sabe.
A repetição: o aprendiz deve repetir ou exercitar (pratica) o que aprendeu a fim de
assegurar o a que aprendeu e reter o aprendido seguidamente o seu aperfeiçoamento.
O reforço: desempenha um papel igualmente importante na aprendizagem. Respostas
(comportamentos) são fixadas ou eliminadas em virtude dos efeitos ou consequências.
Qualquer estímulo que aumenta a probabilidade de ocorrência de um certo
comportamento é um estímulo reforçado.
Pertencem a categoria de factores internos que o professor dificilmente controla:
Informações factuais ou experiências anteriores: designa os conhecimentos
anteriormente aprendidos. Quando o indivíduo tem noção de algo aprendido, facilmente
consegue relaciona-la com os conhecimentos precedentes.
Habilidades intelectuais: são competências (com escrever, ler, efectuar operações
matemáticas) evocados a partir de aprendizagem anterior.
Motivação para aprender e atitude de confiança na aprendizagem: refere-se ao
desejo ou vontade de aprender que é manifestada pelo aprendente, aumenta o grau de
dedicação e o nível de inspiração no que se pretende conhecer.
Para Brunner citado pelo (Sprinthall e Sprinthall, 1993,p.237), quando as crianças
começam a desenvolver o uso da linguagem, podem usar rótulos verbais para levar a
cabo a aprendizagem de tudo, desde as descriminações verbais e generalizações às
respostas motoras; isto é, os aprendentes tornam a aprendizagem mais simples ao ensinar
uma palavra (mediador) entre um estímulo e uma resposta. Se os alunos se estão aprender
as diferenças entre um círculo, um triângulo e um quadrado, aprendem com maior
rapidez se lhes for dado um rótulo verbal para cada uma das formas.
Brunner insiste em dizer que o objectivo último do ensino é promover a compreensão
geral da estrutura de uma matéria.

A PSICANÁLISE
A expressão psicanálise designa uma ciência, uma área de conhecimento, uma escola
psicológica que busca penetrar na dimensão profunda do psiquismo humano para
conhecê-lo.
Segundo a psicanálise, fundada por Sigmund Freud, a análise da consciência era limitada
e inadequada, pois a compreensão dos motivos fundamentais do comportamento humano
requeria outro elemento: o inconsciente. Ele comparou a mente a uma montanha de gelo
flutuante, cuja parte visível da superfície representava a consciência e a submersa, a parte
maior, representava o inconsciente; onde se encontram os impulsos, as ideias e os
sentimentos reprimidos, enfim as forças vitais e invisíveis que exercem controlo sobre os
pensamentos e acções conscientes do homem.
Experiências que teve com a disciplina: professor autoritário rejeição por parte dos
colegas etc.
Para Freud o aparelho psíquico compõe-se de três partes, que estão continuamente
interagindo, de forma dinâmica.
O ID, que está ligado ao organismo físico, é hereditário, e é fonte de dados os instintos e
impulsos. Os instintos básicos seriam dois. O instinto sexual, que é o instinto de vida ou
construtivo que abrange tudo o que traz prazer; e o instinto da morte ou instinto agressivo
que leva a destruição. Da predominância de um ou de outro, desenvolver-se a uma
personalidade mais destrutiva, agressiva e possessiva, ou mais construtiva. O ID segue o
princípio do prazer, isto é, impulsiona o organismo a fazer tudo o que traz prazer. No ID
se encontra a libido ou energia psíquica que move a conduta.
O Ego resulta da interacção do ID com o meio social. É a parte racional da personalidade
que procura manter o controle sobre o ID. Verificando que desejos e impulsos podem ou
não ser satisfeitos. O Ego rege-se pelo princípio da realidade e tentar manter o equilíbrio
entre o ID e o Superego.
O superego consiste nas normas e padrões interiorizados pelo individuo durante a vida
principalmente na infância. Aos poucos vai assimilando o que pode e não pode fazer o
que convém ou não ao sistema social, funciona como a consciência moral do sujeito.
ANÁLISE DE SUAS DIMENSÕES EDUCATIVAS
-Embora não tenha escrito qualquer teoria de aprendizagem, a psicanálise oferece
elementos que enriquecem as teorias da aprendizagem, tais como:
*O conceito de transferência, fenómeno presente em toda situação em que duas pessoas
se encontram frente a frente. A transferência pode variar entre a devoção e a admiração
mais afectuosas até a inimizade e a hostilidade mais acirradas. Deriva das relações
afectivo-sexuais anteriores e inconscientes. A transferência tanto positiva como negativa
pode se transfor em Poderoso instrumento na relação professor-aluno e nos permite
reflectir sobre o que possiblita ao aluno acreditar no professor e chegar a aprender.
Desenvolve os mecanismos de defesa positivo, por exemplo, a sublimação, que
consiste no desvio de uma pulsão do desejo directamente sexual para as actividades
socialmente úteis e permitidas. Como as relacionadas com a arte, a ciência, a promoção
de valores humanos e de melhores condições de vida. Será tarefa do educador conseguir
um justo equilíbrio entre a proibição e a permissão, isto é, sacrificar o mínimo de prazer
sem entrar em choque com as exigências da sociedade.

Importância da infância na formação e desenvolvimento da personalidade, a criança


deve ser ensinada, educada para o seu desenvolvimento. Freud defendeu a educação
sexual da criança, ressaltando que se deveria responder a todas as suas perguntas. A
educação deve ser para a realidade e teoria como objectivo impedir o homem de
permanecer na infância levando-o a enfrentar a vida.
Freud nutria esperança de que a psicanálise pudesse contribuir para reformar os métodos
e objectivos educacionais, exercendo, assim, uma acção profilática. Apesar de a
educação não ser uma terapia, se bem conduzida pode ajudar na cura de diferentes
neuroses ou problemas que afectam o educando. A educação dirige-se ao consciente, a
prevenção de neuroses ou promoção do educando.
A psicanálise pode proporcionar uma dimensão mais desenvolvida a educação escolar,
alem de permitir uma maior compreensão dos mecanismos profundos que trabalham a
criança.
A psicanálise ajuda a compreender a personalidade do professor e sua relação com aluno.
(Mauco 1977). O educador age não somente por aquilo que diz e faz, mas mais ainda por
aquilo que é. Assim tem muitas vezes mais influencia na criança pela sua sensibilidade
inconsciente do que pelo seu comportamento consciente. Através do aluno o educador é
colocado diante de si próprio dai a necessidade de estar atenta as suas reacções
profundas. Porque pelo que faz, como pelo ele é, induz comportamentos nos alunos, por
isso é que antes de ser formador, deve formar-se a si mesmo.
A psicanálise pode ainda ajudar na compreensão das motivações que estiverem na base
de escolha vocacional dos professores, que foram levados a escolher a profissão por
motivos mais ou menos inconsciente e ambivalentes que podem dificultar a relação
educativa. Exemplos: a onipotência, maternidade ou o poder; situações que intereferem
com a aprendizagem e levem o aluno a reagir afectivamente criando uma espécie de
situação paranóica de interfere com a aprendizagem. Muitas vezes no aluno o insucesso
ou adaptação radicam numa ma relação afectiva com o professor ou deste com o aluno, e
por isso, mais do que a inadaptação ou o insucesso, o que é necessário normalizar é a
relação perturbada. O educador deve estar atento ao conteúdo latente e não apenas
patente da comunicação, e assim melhor a qualidade do ensino-aprendizagem.
TEORIAS COGNITIVAS:
TEORIA GESTALTISTA DA APRENDIZAGEM
Surge na Alemanha na primeira metade do século XX com Max Wertheimer, Kurt
Koffka e Kohler. Para os gestaltistas, no processo de aprendizagem, a experiência (a
percepção) e a percepção são mais importantes que as respostas especificas dadas a cada
estímulo. A experiência e a percepção englobam a totalidade do comportamento e não
respostas isoladas e específicas.
A aprendizagem ocorre principalmente por (insight) que é uma espécie de estalo, de
compreensão repentina a que chegamos depois de tentativas infrutíferas em busca de uma
solução. Por exemplo, você perdeu uma chave, procura em muitos lugares, tenta lembrar-
se onde a deixou, e nada de encontra-la. Depois quando você já parou de procurar e está
fazendo outra coisa, lembra-se repentinamente de onde deixou a chave.
O exemplo mostra algumas das características da aprendizagem por insight: há a
necessidade de uma série de experiência prévias; a solução aparece repentinamente
quando tudo passa a ter sentido; a aprendizagem ocorre em consequência de uma
contínua organização e reorganização da experiência, que permite a compreensão global
da situação e a percepção de seus elementos mais significativos.

Wertheimer (1912), conclui que a percepção não consiste numa simples soma de
sensações, e que a situação global é decisiva para determinar o que percebemos. Essa
ênfase não nos elementos isolados, mas na totalidade, na organização na estrutura
opunha-se não só a antiga psicologia de introspecção (de Wilhelm Wundt), mas também
a psicologia que analisava o comportamento em termos de estímulos e respostas (S-R)
Quando o indivíduo vai iniciar um processo de aprendizagem qualquer, ele já dispõe de
uma série de atitudes habilidades e expectativas sobre sua própria capacidade de aprender
seus conhecimentos, a perceber a situação de aprendizagem de uma forma particular,
certamente diferente das formas de percepção de seus colegas. Por isso, o sucesso da
aprendizagem vai depender de suas experiências anteriores (a percepção) que participam
da experiência actual.
A pessoa selecciona e organiza os estímulos de acordo com suas próprias experiências e
não vai responder a eles isoladamente, mas percebendo a situação como um todo e
reagindo a seus elementos mais significativos. A Pessoa percebe uma forma uma
estrutura uma configuração ou organização, estes termos são sinónimos próximos da
palavra alemã Gestalt.
Aplicam-se, portanto a aprendizagem leis gestaltistas como as da proximidade (elementos
de um campo tendem a ser agrupados em virtude de sua proximidade uns dos),
similaridade (itens semelhantes), quando a forma, textura, cor, etc. tendem a ser
igualmente agrupados por simplicidade (as pessoas vem o campo perceptivo organizado
em figuras regulares) e outras tais como a constância, a objectividade, a integridade e a
compreensão.

ANÁLISE DE SUAS DIMENSÕES EDUCATIVAS

A Gestalt defende que para haver aprendizagem é necessário que o aluno estabeleça
relações interiorizadas de significação entre o estímulo e a resposta, quer no todo, quer
nas partes, a que chamaram de insight. O que faz com que o estímulo tenha um carácter
activo no processo da sua aprendizagem.
-Da ênfase a percepção dos objectos e fenómenos como um todo o que permite chegar a
uma imagem integral dos mesmos, o que exige do professor a apresentação dos
conteúdos em forma, estrutura, organização.
-O professor deve primar pela aprendizagem significativa do aluno, baseando-se no nível
de competência cognitiva do aluno e nos conhecimentos adquiridos anteriormente que se
vão relacionar ao novo material a ser ensinado.
-O conteúdo preparado pelo professor deve ser potencialmente significativo, desde a
ponte de vista de sua estrutura interna, isto é, desde a significatividade lógica do mesmo
que faz com que o conteúdo não seja arbitrário nem confuso, desde o ponte de vista da
possível assimilação, assim como desde a sua significatividade psicológica isto é, que
dêem, na estrutura cognitiva do aluno, elementos pertinentes relacionáveis.
-A compreensão permite ter a integridade do reflexo das coisas que vemos nas condições
diferentes. Exemplo uma pessoa por detrás de uma grade aparentemente fragmentado.
-A percepção varia com a idade; nos adultos predomina a percepção voluntária e a
percepção pela palavra. (compreensão).
-Wertheimer ofereceu a principal contribuição da teoria Gestaltista; o pensamento deve
fluir em função da totalidade; o aprendiz deve contar com uma vasta panorâmica da
situação sem se perder em detalhes.

TEORIAS DO PROCESSAMENTO DE INFORMAÇÃO


Conceito de aprendizagem processo de aquisição de novas estruturas qualitativas de
esquemas ideias e concepções.
A aprendizagem se produz quando a informação é armazenada na memória de uma
maneira organizada e significativa ela se equipara a mudanças discretas entre os estados
de conhecimento e probabilidade de resposta, por isso interesse como a informação é
adquirida organizada, armazenada e recuperada.
Defende que a memória é básica na aprendizagem. Ela funciona como um computador:
organiza, armazena e recupera a informação, cujos processos semelhantes ou análogos na
memória, são, a fixação conservação e reprodução. Este ultimo pode ocorrer sob a forma
de reconhecimento (na presença do objecto ou fenómeno anteriormente percebido) e
recordação (na ausência do objecto ou fenómenos anteriormente percebidos). Pode
estar presente um quarto processo essencial no carácter selectivo da consciência durante
uma actividade, o esquecimento, ou seja, o desaparecimento daqueles vínculos que e nós
se estabelecem como provisórios, é um factor biológica psicologicamente útil em alto
grau uma vez que é precisamente graças a isso que surgem as formas de comportamentos
extremamente variadas e flexíveis. A habilidade par esquecer o desnecessário, para
descartar o excedente e estabelecer vínculos depois que esses elementos já fizeram o seu
trabalho é tão necessária quanto o estabelecimento de novos vínculos; costuma-se citar a
máxima de temístocles que respondendo a proposta de aprender a memorizar, disse: É
melhor me ensinar a esquecer.
Apesar da metáfora da mente humana com o computador deve-se saber que o
computador só efectua operações para as quais está programado (aspectos sintácticos),
enquanto que o processamento humano da informação abarca aspectos semânticos
(compreensão de cada situação pelo significado).
As dificuldades de aprendizagem respondem bem a uma dificiencia a nível da entrada da
informação (input) ou na organização e saída da informação (output) da informação
processada.
TEORIA COGNITIVA DO PROCESSO DO PENSAMENTO
O pensamento é a participação de toda a nossa experiência anterior na solução de uma
tarefa corrente.
O pensamento exerce o papel de organizar prévio do nosso comportamento. Esta teoria
baseia-se na educação e desenvolvimento do processo do pensamento.
Para saber ensinar é necessário conhecer o pensamento; processo cognitivo, que permite
aprofundar e chegar a essência do conhecimento através dos seus processos que são:
síntese, comparação, abstracção e generalização. Sem o domínio desses processos o
ensino far-se-á de maneira mecânica, o bem mais importante consiste que a tendência a
facilitar contrária, na raiz, os princípios educativos do psicólogo isso seria o mesmo que
na saúde infantil, se exigisse que não se criassem dificuldades para as crianças com a
mastigação, e só
Fornecessem alimentos líquidos. Para o educador é bem mais importante ensinar a
criança a comer do que alimenta-la hoje. De igual maneira, no processo de aprendizagem
é bem mais importante ensinar o aluno a pensar do que lhe transmitir esse ou aquele
conhecimento. A evidência, ao criar caminho mais fácil e cómodo para assimilar
conhecimentos, ao mesmo tempo paralisa na raiz o hábito do pensamento independente,
tira do aluno essa preocupação e afasta da educação todos os momentos de elaboração
complexa da experiência. É necessário que os educadores se preocupem com a criação do
maior número possível de dificuldades na educação do aluno como ponto de partida para
os seus pensamentos.
A aprendizagem deve ser organizada de tal forma que cada dia traga novas e mais novas
combinações, casos imprevisíveis de comportamento, para os quais, o aluno não encontre
no acero da sua experiência hábitos e respostas prontas e sempre se depare com a
exigência de novas combinações e ideia.

TEORIA PSICOGENÉTICA DE PIAGET

Segundo Piaget A aprendizagem é o processo mediante o qual o aluno adquire


estruturas cognitivas que lhe permitem adaptar-se ao meio, tais como comparação,
identificação, transformação.
Para a aquisição das estruturas é necessário que o sujeito interactue de forma
radical com o objectivo do conhecimento, ou seja, Piaget entende a aprendizagem como
a busca de um equilíbrio superior, como um processo de equilibração constante. Neste
processo vão surgindo novas estruturas, novas formas de conhecimento, mas as funções
do desenvolvimento permanecem as mesmas. Levar o homem ao equilíbrio ou a
adaptações que é a satisfação de uma necessidade, ou a solução de problema etc.
É a função constante do desenvolvimento: O ser humano se desenvolve para
adaptar-se.
A adaptação compreende dois processos básicos:
1º A assimilação – que é a incorporação do mundo exterior (objectos, conhecimentos
pessoas), às estruturas prévias.
2º A Acomodação – consiste no reajuste de novas estruturas de acordo as exigências do
mundo exterior. Exemplo: se um aluno chegar a uma turma na Escola no início, como
não conhece ninguém, faz mil e uma suposições a respeito dos novos colegas de acordo
com as poucas ideias e informações de que dispõem (estruturas previas) é a assimilação
dos colegas às estruturas que já tem. Na medida em que vai conversando e conhecendo
a turma, vai modificando seus conceitos sobre os novos colegas ou vai se acomodando
que resulta na adaptação, ou seja, a construção de novos conhecimentos ou estruturas
que resultam sempre, da construção das conquistas anteriores.
As novas estruturas são formadas por reorganizações das estruturas anteriores por isso,
não poderia existir estrutura sem funcionamento (géneses) nem funcionamento sem
estrutura.

ANÁLISE DE SUAS DIMENSÕES EDUCATIVAS.

- Das pesquisas de Piaget se pode concluir que:

 A aprendizagem consiste numa verdadeira criação de construção dos


conhecimentos por parte do individuo. Ou seja, o aluno na relação
permanente com o meio, insere os objectos em sistemas de relações cada
vez mais complexas e reversíveis. As noções de serie, classe e número
são as maiores testemunhas desse processo construtivo. Dai a
necessidade do professor:

 Colocar o aluno como agente central e activo da aprendizagem.


(construtor activo do seu próprio conhecimento) O que permite formar
no aluno o espírito inteligente e este chegar a adaptação ou equilíbrio. É
necessário provocar no aluno uma invenção das próprias experiencias,
tomada de consciência dos problemas que em parte ele mesmo coloca e
activa a descoberta de novos problemas, ate fazer dele um
experimentador activo que procura e acha soluções por meio de inúmeras
tentativas, que passam pela colaboração entre os pares e, portanto uma
vida organizada entre os próprios alunos (relações de cooperação.)

- A educação deve contribuir na formação de indivíduos autónomos. Principalmente


pela educação moral activa, isto é, pelo favorecimento de experiências morais não
apenas de coações (autoritárias), mas também e, sobretudo de cooperação. A moral não;
deve ser uma matéria especial de ensino, mais um aspecto particular da totalidade do
sistema em que as concepções de bem e de mal serão abstraídas das relações sociais
efectivamente vividas.

 O professor deve apresentar o conhecimento como um todo organizado assim


como estabelecer relações e coordenação entres os conhecimentos partindo do
conhecimento elementar (simples) ao mais elaborado (complexo); respeitados
assim os estádios de desenvolvimento do aluno.

Idade Período Características

Desenvolvimento da consciência do próprio corpo,


0–2 diferenciado do restante do mundo físico.
Sensório – motor Desenvolvimento da inteligência em três estágios:
Anos reflexo de fundo hereditário, organização das
percepções a hábitos e inteligência prática.

Desenvolvimento da linguagem com 3


2–7 consequências para a vida mental: a) socialização
Pré – operacional da acção, com trocas entre os indivíduos; b)
Anos desenvolvimento do pensamento, a partir do
pensamento verbal: finalismo (porquês), animismo
e artificialismo; c) desenvolvimento da intuição.

Desenvolvimento do pensamento lógico sobre


coisas concretas; compreensão das relações
entre coisa e capacidades para classificar
7 – 11,12 Das operações objectos; superação do egocentrismo da
concretas linguagem; aparecimento das noções de
Anos conservação de substância, peso e volume.

Desenvolvimento da capacidade para construir


sistemas teóricos e abstractos, para formar e
entender conceitos abstractos, como os
12 Anos conceitos de amor, justiça democracia etc. Do
Das operações pensamento abstracto: “hipotético –
Em formais educativo”, isto é, o individuo se torna capaz
de chegar a conclusões a partir das hipóteses:
Diante se A é maior que B e B é maior que C, então A
é maior que C.

Apesar da organização e coordenação necessária dos conhecimentos é preciso que o


professor conheça tanto o conteúdo acabado quando os processos e mecanismos pelos
quais esse conteúdo é construído.
- O professor não deve transmitir os conteúdos acabados, mas deve lançar os conteúdos
em forma problemica para permitir ao aluno a necessária problematização dos
fenómenos a interceptação e controle dos dados.

TEORIA HUMANISTA

Esta teoria declara-se como sendo uma terceira força para conciliar os
antimentalistas, sobre tudo os condutistas, com os cognotivitas. Da ênfase à pessoa
humana, a personalidade, como sendo alguém que merece liberdade em virtude de suas
potencialidades, motivos e necessidades.

Maslow, um dos formuladores da teoria humanista, aceitava a ideia de que o


comportamento humano pode ser motivado pela satisfação de necessidade biológicas,
assim sendo as necessidades de ordem superior, como as necessidades de realização,
necessidades de conhecimento e necessidades estéticas, também são primários ou
básicos, mas apenas se manifestam depois que as necessidades de ordem inferior forem
satisfeitas.

A satisfação de uma necessidades provoca o aparecimento de 0outras e, assim


sucessivamente. Maslow esquematizou uma hierarquia de sete conjuntos de motivos –
necessidades conforme a pirâmide que segue:

1ª. A herança biológica – que é o ponto de partida necessário e não suficiente para o
desenvolvimento das características humanas.

2ª. A experiencia individual – que deixa suas marcas na cultura e na história humana.

3ª. A experiencia humana – herança social pelo qual as gerações passadas transmitem
suas experiencia, conhecimento, habilidades aptidões e capacidades, ou seja, elementos
matérias e intelectuais da cultura.
AUTOCONCEITO
Podemos entender autoconceito como sendo a forma de como nos vemos e a partir daí
como nos valorizamos ou relacionamos.

O autoconceito é formado com base em elementos de vários campos da existência, a


saber: a imagem corporal, a sensibilidade cinestésica e táctil, a Cultura, a Religião, e
outros. O comportamento relativamente ao conceito que nós temos de nós próprios é
variado Podemos realizar actividades de:

1. Auto-percepção
2. Auto-avaliação
3. Auto-comunicação
4. Auto-motivação
5. Auto-controlo

Segundo Burns (1986), o autoconceito é composto por imagens acerca do que nós
próprios pensamos que somos, o que pensamos que conseguimos realizar e o que
pensamos que os outros pensam de nós e também de como gostaríamos de ser.
Para este autor, o autoconceito consiste em todas as maneiras de como uma pessoa
pensa que é nos seus julgamentos, nas avaliações e tendências de comportamento. Isto
leva a que o autoconceito seja analisado como um conjunto de várias atitudes do eu e
únicas de cada pessoa. O autoconceito tem um papel extremamente importante na
medida em que tenta explicar o comportamento, ou seja, porque consegue manter uma
certa consistência nesse mesmo comportamento, explicita a interpretação da experiência
e fornece um certo grau de previsão (Burns,1986). Epstein (1973) afirma mesmo que
"para os fenomenologistas, o autoconceito é o constructo central da Psicologia,
proporcionando a única perspectiva através da qual o comportamento humano pode ser
compreendido" De um ponto de vista histórico, a investigação no domínio do
autoconceito foi, na maioria das vezes, levada a efeito por filósofos, teólogos ou outros
profissionais não directamente ligados à Psicologia, sendo apenas por volta dos anos
quarenta que aquele conceito começa a suscitar algum interesse para o estudo científico
nos domínios da Psicologia e da Sociologia (Sherif,1972).

De facto, tal conceito quase desaparecera do contexto da Psicologia no período


compreendido entre 1890 a 1940, período que coincide com a vigência do primeiro
momento de cientificação da Psicologia (finais do séc. XIX, princípios do séc. XX) e
com o advento do segundo momento da cientificação da referida disciplina,
representados, respectivamente, por Wundt e Watson (Burns,1982). É neste contexto,
dominado por concepções monolíticas, que a perspectiva de William James acerca do
Eu vem ganhar pertinência.

Aprendizagem significativa é um conceito desenvolvido na teoria da aprendizagem de


David Ausubel e que passou a ser utilizado por diferentes autores. A aprendizagem
significativa é um processo por meio do qual uma nova informação relaciona-se, de
maneira substantiva (não-literal) e não-arbitrária, a um aspecto relevante da estrutura de
conhecimento do indivíduo". Em outras palavras, os novos conhecimentos que se
adquirem relacionam-se com o conhecimento prévio que o aluno possui. Ausubel define
este conhecimento prévio como "conceito subsunçor" ou simplesmente "subsunçor". Os
subsunçores são estruturas de conhecimento específicos que podem ser mais ou menos
abrangentes de acordo com a freqüência com que ocorre aprendizagem significativa em
conjunto com um dado subsunçor.

Subsunçores

A aprendizagem significativa ocorre quando a nova informação ancora-se em conceitos


relevantes (subsunçores) preexistentes na estrutura cognitiva do aprendiz. Ausubel
define estruturas cognitivas como estruturas hierarquicas de conceitos que são
representações de experiências sensoriais do indivíduo. A ocorrência da aprendizagem
significativa implica na no crescimento e modificação do conceito subsunçor. A partir
de um conceito geral (já incorporado pelo aluno) o conhecimento pode ser construído de
modo a liga-lo com novos conceitos facilitando a compreensão das novas informações o
que dá significado real ao conhecimento adquirido.

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