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Organização de Serviço de Orientação Profissional

Uma estrutura define do que um sistema é feito. É uma configuração de itens. É uma
colecção de componentes ou serviços inter-relacionados. A estrutura pode ser uma
hierarquia (uma cascata de relacionamentos um-para-vários) ou uma rede contendo
relacionamentos (CDL de Barra do Garças, s/d).

De acordo com Lampeao (2009), organização é o modo como se organiza um sistema. É a


forma escolhida para arranjar, dispor ou classificar objectos, documentos e informações. É
também o modo como foi estruturado, dividido e sequenciado o trabalho. A estrutura de
uma organização é representada através do seu organograma.

Serviço é o equivalente intangível de um bem. A prestação de serviços é uma actividade


onde, em geral, o comprador não obtém a posse exclusiva da coisa adquirida (salvo o caso
em que exista contrato de exclusividade). Os benefícios do serviço prestado, caso lhe seja
atribuído um preço, devm ser evidentes para o comprador, ao ponto de este estar disposto a
pagar para o obter.

O conceito vocacional tem sido entendido como referente à vocação. Vocação, do latim
vocatione, significa acto de chamar, escolha, chamamento, predestinação, tendência,
disposição, talento, aptidão. O conceito profissional é definido “como respeitante ou
pertencente à profissão, ou a certa profissão”; “que exerce uma actividade por profissão ou
ofício”. O conceito orientação profissional, na perspectiva psicológica significa a ajuda
prestada a uma pessoa com vistas à solução de problemas relativos à escolha de uma
profissão ou ao progresso profissional, tomando em consideração as características do
interessado e a relação entre essas características e as possibilidades no mercado de
emprego”. O conceito orientação educacional consiste em um “processo intencional e
metódico destinado a acompanhar, segundo técnicas específicas, o desenvolvimento
intelectual e a personalidade integral dos estudantes, sobretudo os adolescentes, orientação
escolar” (Ferreira, 1986).

Recursos do funcionamento dos Serviços de Orientação Profissional

A orientação deve ser realizada por conselheiros/as profissionalmente qualificados. As suas


competências devem ser usadas com o objectivo principal de responder às necessidades de
desenvolvimento vocacional e profissional dos/as seus/as clientes.
Os/as conselheiros/as de orientação vocacional e profissional (COVP) devem:

1. Acreditar no valor e na importância da dignidade de todo e cada indivíduo;


2. Estar preocupados com o bem-estar dos/as seus/as clientes e trabalhar
construtivamente nesse sentido;
3. Ajudar os/as seus/as clientes a funcionar de forma mais eficaz enquanto indivíduos
e a serem bem-sucedidos/as no seu percurso formativo e/ou profissional;
4. Contribuir para a autonomia dos/as seus/as clientes;
5. Acreditar que os Serviços de Orientação Vocacional e Profissional devem estar ao
alcance do maior número possível de pessoas.

Princípios Deontológicos

Parte-se de dois pressupostos básicos e gerais: a orientação deve ser realizada por
conselheiros profissionalmente qualificados. As suas competências devem ser usadas com
o objectivo principal de responder às necessidades de desenvolvimento vocacional e
profissional dos seus clientes (OCDE, 2004).

Regulamento Interno

Quando um Serviço de Orientação Vocacional e Profissional está inserido numa


organização e que esta possua já algum regulamento interno é fundamental que as políticas
do SOVP não entrem em contradição com as políticas mais gerais da organização e é
importante que se complementem. O regulamento do SOVP pode evitar a repetição de
regras e de políticas que constem no regulamento geral, bastar fazer as necessárias
referências ao documento mais genérico (OCDE, 2004).

Itens do Plano de Orientação Educacional

De acordo com Giacaglia e Penteado (2000), para fins de ilustração e para auxiliar o
orientador no inicio de carreira propõe-se um modelo de plano, do qual constam os
principais itens ou partes:

 Identificação e localização da escola;


 Delegação de ensino à qual a escola está subordinada;
 Nome do director da escola;
 Nome do orientador educacional;
 Data do plano (Datas de planos anteriores);
 Síntese das principais características da comunidade e da escola;
 Objectivos da escola e do Sistema Organização Escolar;
 Estratégias e instrumentos;

 Cronograma;
 Avaliação da actuação do serviço de orientação educacional.
Estratégias usadas em Orientação Escolar e Vocacional

As estratégias usadas na orientação escolar e vocacional podem ser preventivas ou


remediativos. Nas preventivas, trata-se geralmente de estratégias de aplicação colectivas
como, por exemplo as palestras. Nas remediativas, na maior parte dos casos, situam-se as
de aplicação individual como a entrevista, por exemplo (Giacaglia & Penteado, 2000).

Além dessas estratégias em grupo, normalmente com carácter mais preventivo. Emprega-se
também a orientação individual, geralmente com carácter remediativo e sob a forma de
entrevista. As entrevistas com alunos ou seus pais, poderá ser marcada por convocação do
SOE ou por solicitação dos interessados.

Às entrevistas, sempre que possível, devem ser agendadas. É necessário que a pessoa seja
informada sobre o tempo de duração das mesmas, para que haja objectividade na prestação
das informações e aproveitamento do tempo. As entrevistas precisam ser conduzidas de modo
a que se chegue a resultados satisfatórios, isto é, que os objectivos pretendidos sem
alcançados.

Avaliação da atuação do serviço de orientação educacional

Avaliação da atuação do serviço de orientação educacional pode ser de carácter interno,


isto é, o próprio orientador levanta os dados, realiza as análises e conclui sobre os
resultados ou externo, quando outros elementos (alunos, ex-alunos, professores, equipe
técnica e pais) podem ser solicitados a se manifestar sobre o desempenho do SOE
(Giacaglia & Penteado, 2000).

Organização dos Serviços de Orientação Vocacional Profissional

De acordo com a Escola Brotero (2009), as funções de um orientador são de assegurar o


acompanhamento do aluno, individualmente ou em grupo, ao longo do processo educativo,
bem como o apoio ao desenvolvimento do sistema de relações interpessoais no interior da
escola e entre esta e a comunidade, contribuindo para a igualdade de oportunidades, para a
promoção do sucesso educativo e para a aproximação entre a família, a escola e o mundo
das actividades profissionais.

Os técnicos dos Serviços dispõem de autonomia técnica e científica respeitando, na sua


prática, as normas éticas e deontológicas das suas funções, nomeadamente a salvaguarda
da privacidade dos alunos e das suas famílias, no respeito pela sua cultura, interesses,
valores e decisões.

Quanto a prevenção do absentismo escolar e do abandono precoce, pretende promover uma


adequada integração dos alunos, prevenindo a fuga à escolaridade, o abandono precoce e o
absentismo sistemático. Assim, os serviços tentam identificar e analisar as causas do
insucesso escolar e propor medidas tendentes à sua eliminação, colaborando em diversas
acções comunitárias. Pretendem sensibilizar os alunos, as famílias e a comunidade em
geral, para as vantagens da qualificação profissional no acesso ao mundo do trabalho.

Etapas da Orientação Profissional

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Com base nesta compreensão, Moura (2001) propõe um modelo de Orientação Profissional
comportamental em três etapas:

I. Autoconhecimento;
II. Conhecimento da Realidade Profissional;
III. Apoio à Tomada de Decisão.

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