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Estenose
Lombar
Degenerativa
PROF. EDUARDO MIRANDA
Lurie J, Tomkins-Lane C.
Management of lumbar spinal
stenosis. BMJ. Published 2016
Jan 4. doi:10.1136/bmj.h6234.
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Introdução
A estenose lombar é definida como a diminuição patológica do canal vertebral e/ou
dos forames intervertebrais, o que leva à compressão do saco tecal e/ou das raízes
nervosas, e pode estar confinada apenas a um segmento (duas vértebras adjacentes
e o disco intervertebral, facetas articulares e ligamentos correspondentes) ou, em
situações mais graves, abranger dois ou mais segmentos e apresentar várias
etiologias.
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Introdução Introdução
A estenose do canal lombar é uma doença cada vez mais frequente e está relacionada à Na doença degenerativa, ocorre comprometimento do disco intervertebral, formação de
expectativa de vida maior da população. osteófitos, hipertrofia facetária e ligamentar, levando este conjunto de alterações a uma
diminuição do diâmetro anteroposterior e transverso do canal lombar.
As comorbidades que coexistem na população idosa, associadas à evolução lenta da
estenose, tornam o diagnóstico ainda mais desafiador. Com a evolução dos estudos de imagem, o diagnóstico de estenose tornou-se mais
frequente e preciso. À suspeita de estenose, exames de imagem são indicados, sendo a
O estreitamento anormal do canal vertebral leva a sintomatologia local ou a distância,
ressonância magnética (RM) o exame de escolha, com alta sensibilidade.
relacionada à compressão das raízes nervosas. Esse estreitamento ocorre devido a doenças
congênitas ou degenerativas. Em geral, os sintomas iniciam lentamente e de modo gradual. Uma estenose anatômica severa pode estar presente mesmo em pacientes assintomáticos. A
Porém, podem ser exacerbados com trauma e atividade intensa. estenose espinhal é uma síndrome clínica, não um achado anatômico ou radiológico.
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Introdução
A estenose pode ser classificada como primária, causada por alterações congênitas
ou desenvolvidas no pós-natal; ou secundária, resultante de alterações
degenerativas ou como consequência de infecção, trauma ou cirurgia.
A estenose degenerativa pode envolver o canal central, o recesso lateral, os
forames ou ainda pode ser combinada, sendo a causa mais comum de estenose
adquirida, afetando em especial adultos e idosos.
Apesar de a incidência exata ser desconhecida, estima-se que a estenose lombar
afete entre 3 e 12 pacientes para cada 100.000 habitantes por ano com idade
acima de 65 anos.
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Fisiopatologia Fisiopatologia
Foi sugerido que o processo degenerativo subjacente à estenose geralmente começa com O fato levaria a uma hipertrofia da articulação facetária, em especial no processo
alterações nos discos intervertebrais (perda de altura e abaulamento) e depois se move articular superior. Devido a esta degeneração, há calcificação e hipertrofia do
para as articulações das facetas.
ligamento amarelo. O resultado final é a redução das dimensões do canal e a
A degeneração dos discos intervertebrais causa uma diminuição da estabilidade relativa e compressão dos elementos neurais.
por isto ocorre a hipermobilidade facetária. Um estudo em cadáveres sugeriu que a pressão
nas facetas aumenta com a diminuição da altura discal.
A estenose central resulta da diminuição do diâmetro de canal no sentido anteroposterior, A fibrose é a principal causa da hipertrofia do ligamento amarelo, sendo causada
transversal ou combinados, secundária à perda da altura discal, lesão do ânulo, formação pelo acúmulo de estresse mecânico. O mesmo processo ocorre com o recesso lateral e
osteofitária, acarretando em instabilidade que provocará o surgimento de uma hipertrofia
o espaço foraminal.
das facetas e do ligamento amarelo.
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Contextualização Final
A estenose de canal incide com maior frequência no nível L4-L5, seguido de L5-S1
e L3-L4.
Cabe lembrar que espondilólise e espondilolistese em pacientes jovens não causam
estenose do canal vertebral.
A estenose lombar apresenta ainda um componente dinâmico. O espaço de canal
diminui com a extensão e aumenta com a distração axial e na flexão. No caso dos
forames, a flexão aumenta sua área em 12% e em extensão ocorre uma diminuição
de 15%.
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História Natural
As diretrizes clínicas da North American Spine Society (NASS) concluíram que o
curso natural é favorável em um terço a metade dos pacientes com estenose
clinicamente leve a moderada.
Outras revisões sugerem que a condição pode se deteriorar em alguns pacientes,
melhorar em cerca de um terço, com a maioria dos pacientes permanecendo
inalterada por até oito anos de acompanhamento.
Um estudo recente que acompanhou 34 pacientes com estenose diagnosticados por
ressonância magnética por 10 anos concluiu que 60% dos pacientes não
progrediram dramaticamente, apesar das alterações anatômicas progressivas.
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Diagnóstico
A síndrome clínica da estenose geralmente é diagnosticada usando uma
combinação de sinais clínicos da história, exame físico e exame de imagem.
Os achados mais úteis da história são a idade, irradiação, dor nas pernas, que é
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Tratamento
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Evidência
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