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Auditoria.
JOÃO PESSOA-PB,
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Maio/2020
CURSO DE ESPECIALIZAÇÃO EM
CONTROLADORIA E AUDITORIA
Disciplina: Auditoria e Gestão Fiscal e Tributária
Nos últimos anos, o Compliance tem ganhado mais espaço nas empresas, principalmente,
aquelas que possuem relações com a administração pública. Segundo pesquisa da Revista
Exame, o advogado especializado em compliance é uma das profissões mais promissoras para
os próximos anos. Mas você sabe o significa Compliance? E quais são os principais benefícios?
O termo Compliance significa “estar em conformidade com”, obedecer, satisfazer o que foi
imposto, comprometer-se com a integridade. No âmbito corporativo, uma Organização “em
Compliance” é aquela que, por cumprir e observar rigorosamente a legislação à qual se submete
e aplicar princípios éticos nas suas tomadas de decisões, preserva ilesa sua integridade e
resiliência, assim como de seus colaboradores e da Alta Administração.
O Compliance tem a função de monitorar e assegurar que todos os envolvidos com uma
empresa estejam de acordo com as práticas de conduta da mesma. Essas práticas devem ser
orientadas pelo Código de Conduta e pelas Políticas da Companhia, cujas ações estão
especialmente voltadas para o combate à corrupção.
Já os principais benefícios das empresas que adotam o Compliance são:
PRESERVAÇÃO DA INTEGRIDADE CIVIL E CRIMINAL
Ao prevenir e reduzir os riscos das condutas não conformes, o Compliance diminui o grau
de exposição e responsabilização da Alta Administração da Organização em relação a potenciais
comportamentos irregulares ou ilegais de seus colaboradores.
AUMENTO DE EFICIÊNCIA
• O Compliance reduz a incidência de fraudes e desconformidades, que geram desvios de
recursos.
• Evita riscos de sanções legais, perdas financeiras e perda de reputação. » Aumenta a
qualidade das decisões dentro da Organização, reduzindo o custo operacional.
• Todos estes fatores repercutem diretamente no aumento de eficiência na gestão e no
desempenho da Organização.
VANTAGEM COMPETITIVA
O Compliance é uma importante estratégia de competitividade e atratividade do negócio, já
que a sociedade global vem, cada vez mais, conscientizando-se em relação ao consumo
sustentável e ético, exigindo das Organizações posturas e comportamentos que reflitam esses
valores.
GANHOS DE PRODUTIVIDADE
Uma cultura organizacional ética exerce influência sobre a integridade dos colaboradores,
reduzindo a incidência de comportamentos que representam desvios. Estudos comprovam que o
grau de satisfação das pessoas, de fidelização, comprometimento e rendimento do trabalho é
maior dentro de Organizações com forte cultura ética, melhorando o ambiente organizacional e
retendo talentos. A difusão de boas práticas de governança corporativa amplia a coesão do
público interno, gerando uma melhoria de produtividade contínua.
IMUNIDADE
Para o Direito Tributário, a palavra Imunidade significa a dispensa de contribuir junto ao
Estado. Essa dispensa não é em sua totalidade.
A imunidade, de acordo com o atual texto constitucional, alcança as taxas ( art. 5º, XXXIV,
CF), os impostos (art. 150, VI, CF) e as contribuições para a seguridade social (art. 195,§ 7º, CF).
No entanto, as mais importantes imunidades são as aplicadas exclusivamente aos impostos.
Algumas correntes doutrinárias procuram conceituar a imunidade. Uma das correntes acredita
que a imunidade é um limite constitucional ao poder de tributar. Quem defende essa ideia é
Aliomar Baleeiro, ele define imunidade como “limitação Constitucional ao poder de tributar”.
Outra corrente doutrinária conceitua imunidade como hipótese de não incidência
constitucionalmente qualificada, quem pensa dessa forma é José Souto Maior Borges.
Podemos entender imunidade como renúncia fiscal, ou melhor, é a vedação de cobrança
de tributo estabelecida constitucionalmente, ainda que em algumas passagens da Constituição
seja utilizado o termo, a palavra, “isenção”, como é o caso das contribuições com a previdência
social (art. 195, § 7o), tratando-se de fato, de imunidade. O que significa de fato a vedação ao
Estado de instituir impostos sobre pessoas que gozam de tal beneficio não é vedação de
cobrança, mas sim proibição de se querer cobrar.
A imunidade ao pagamento de impostos é matéria eminentemente Constitucional diga-se,
concedida somente pela Constituição Federal. Sobre ela, somente pode legislar o Congresso
Nacional através das suas duas casas que são, a Câmara dos Deputados Federais e o
Senado Federal, sendo sua votação em dois turnos, tanto em uma casa como na outra. Não pode
o legislador Infraconstitucional legislar sobre imunidade de impostos.
A regra da imunidade não pode ser compreendida como um direito a ser requerido pelas
entidades ao governo, mas sim, um mandado constitucional dirigido aos governos, proibindo-os
de tributar pessoas que cumprem os requisitos que a própria Constituição já indica.
A imunidade não se confunde com a isenção, esta derivada de lei ordinária ou
complementar, que, decretando o tributo, exclui expressamente certos casos, pessoas ou bens,
por motivo de política fiscal. A violação do dispositivo onde se contém a isenção importa em
ilegalidade e não em inconstitucionalidade.
Em um plano mais abrangente, de maior alcance, podemos afirmar que a Imunidade não é
uma renúncia ao poder de tributar e, por essa razão, não deve ser entendida como um favor
fiscal. Por essa razão, a interpretação das imunidades não pode ser restritiva.
A Imunidade é sim, uma limitação tributaria constitucional, o que implica ser uma regra
jurídica de exclusão ou restrição de competência pelo próprio poder que delimitou essa
competência.
A Imunidade é sempre ampla e indivisível, não admitindo restrições. É um instituto que não
pode comportar fracionamento.
NÃO INCIDÊNCIA
Outro instituto que não pode ser confundido com a imunidade é a não incidência, mas
antes de tratamos da não incidência vamos entender o que vem a ser a incidência tributária.
A incidência tributaria é a situação em que o tributo é devido pelo fato de ter ocorrido o fato
gerador.
Segundo Ruy Barbosa Nogueira, (1999, P.166).
(...) Incidência – é o fato de a situação previamente descrita na lei ser
realizada e incidir no tributo, dar nascimento à obrigação tributaria. Neste
caso a situação está incluída no compo da tributação. Tecnicamente se diz
que é a ocorrência do fato gerador do tributo, ou que o tributo, como
expressão da lei, incide na relação fática previamente tipificada e
efetivamente realizada (...).
Já para o grande mestre Vittorio Cassone (1999, P. 116),
(...) Incidência: está relacionada com a com a competência que a
Constituição dá a certa pessoa política (U – E – DF – M), para instituir
determinado tributo, em que se verifica um campo material e um campo
territorial de incidência. Por exemplo: o IR, de competência da União, tem
campo material próprio, qual seja, renda e proventos de qualquer natureza,
e um campo territorial próprio, que é o território nacional, ou seja, o fato
gerador pode ocorrer em qualquer ponto do território nacional. Tratando-se
de imposto Estadual, digamos ICMS de competência do Estado de São
Paulo, o campo material é operações relativas à circulação de mercadorias
e sobre prestações de serviços de transporte interestadual e intermunicipal e
de comunicação, ainda que as operações e as prestações de iniciem no
exterior, e o campo territorial é a ocorrência do fato gerador em qualquer
ponto do território do Estado de São Paulo. Se for o IPTU, de competência
do município de Belo Horizonte, o campo material é a propriedade predial e
territorial urbana, cujo fato gerador ocorre em qualquer ponto do território do
município de Belo Horizonte (um terreno ali situado, ou um prédio ali
construído). Em suma, quando se diz que sobre tal ato, fato ou situação
jurídica “incide” este ou aquele tributo, é significativa da ocorrência de
subsunção do fato à descrição legal do tipo tributário, o que implica dizer
que nasceu uma obrigação tributaria (...).
Por fim, para fechar nossa questão sobre incidência tributaria, outro grande tributarista fala
bem sobre esse ponto em questão. Vicente Kleber de Melo Oliveira, nos ensina que: (2001,
P.160):
(...) verifica-se a incidência quando é realizado ou efetivado um fato, ato ou
situação jurídica previamente descrito como gerador de obrigação de pagar
tributo. Dito de outra forma, no campo de incidência de um tributo estão os
fatos geradores desse tributo. (...)
De outra banda, a não incidência tributaria, é o inverso da incidência, ou seja, a ausência
do surgimento da relação jurídico-tributária em face da não ocorrência do fato gerador.
ISENÇÃO
Importante ressaltar que a não incidência também não se confunde com a isenção.
A isenção é, pois, um favor fiscal, instituído em lei, que consiste na dispensa do
pagamento do tributo devido. Portando, na prática, a dinâmica do fenômeno da isenção seria:
ocorrência do fato gerador, incidência tributária, nascimento da obrigação e dispensa do
pagamento do tributo devido.
Está-se a ver que, numa linha de pensamento dessa natureza, a isenção é tida como
instituto totalmente diverso da não-incidência tributária.
O mestre Rubens Gomes de Souza (1975, p. 97) “Isenção é o favor fiscal concedido por
lei, que consiste em dispensar o pagamento de um tributo devido”. Ainda o mestre Rubens
Gomes de Souza nos ensina que: “As isenções classificam-se em: subjetivas, aquelas que levam
em linha de conta a pessoa do sujeito passivo e objetivas, aquelas deferidas em atenção à
natureza do ato, fato ou negocio sujeito ao tributo”.
Para Bernardo Ribeiro de Moraes (1982, p. 180-181): “A isenção tributária consiste num
favor fiscal concedido por lei no sentido de dispensar o contribuinte do pagamento do imposto. Há
concretização do fato gerador do tributo sendo este devido, mas a lei dispensa seu pagamento.”
O saudoso Professor Rui Barbosa Nogueira (1975 . 141) define:
“A isenção é a dispensa de pagamento de tributo devido, feita por disposição expressa da lei e
por isso mesmo excepcionada da tributação.”
Na isenção, a situação jurídica se encontra no campo da incidência. No entanto, em virtude
da lei, é excluída desse campo e dispensado o crédito tributário.
As isenções são benefícios outorgados com a justificativa de incentivar determinadas
atividades, como, por exemplo, a indústria cinematográfica, o turismo, o artesanato etc;
concedidas também com a finalidade de amparar alguns profissionais, tais como os artistas,
profissionais autônomos, jornaleiros, etc.
http://www.conteudojuridico.com.br/print.php?content=2.56460 6/8
As isenções devem sempre ser estabelecidas em lei tributária do nível de governo com
competência para tributar. Dessa forma, as isenções do I P T U, por exemplo, são estabelecidas
em lei emanada da Câmara Municipal.
A respeito da competência para concessão do beneficio isencional, devemos relembrar
que, até 04 de abril de 1988, na vigência da então Constituição de 1967 com as alterações feitas
pela Emenda Constitucional n o. 01/69, A União podia conceder isenção de tributos de
competência dos municípios e dos estados, assim expresso “Art. 19. (...) § 2 o. A União, mediante
Lei Complementar e atendendo a relevante interesse social ou econômico nacional, poderá
conceder isenções de impostos estaduais e municipais.
3 - Planejamento da Auditoria
PRINCIPAIS OBJETIVOS
_ Adquirir conhecimento sobre planejamento em auditoria;
_ Como adquirir conhecimento sobre a empresa;
_ Como elaborar o planejamento das horas;
_ Como obter colaboração do pessoal da empresa;
_ Como identificar problemas, e como conduzir reuniões com a gerência da empresa;
_ Como elaborar e executar um plano de trabalho.
PLANEJAMENTO DA AUDITORIA
Tudo em nossa vida profissional deve passar por um projeto, onde iremos pensar todas as etapas
deste, verificar qual o custo, buscar os recursos e as pessoas tecnicamente preparadas e quais
os prazos que teremos, bem como a forma de cumprir cada uma destas etapas para chegarmos
ao objetivo pretendido. Deveremos traçar nossas próprias METAS. Em um trabalho de Auditoria é
igual.
CONHECENDO A EMPRESA!
ÁREA FINANCEIRA
_ Como funciona o fluxo de caixa e se existe um planejamento do fluxo de caixa;
_ Principais credores, gastos e formas de pagamento;
_O que existe em atraso na empresa, tanto aos credores diversos quando os tributos;
_ Clientes por grau de representatividade e inadimplência;
_ Principais investimentos feitos pela empresa
ÁREA CONTÁBIL
_ Acesso as últimas demonstrações contábeis elaboradas;
_ Se há uma forma de associação do plano de contas contábil com os lançamentos da área
financeira;
_ Se há uma verificação dos resultados contábeis com os resultados financeiros, e se não
houver, como viabilizar isto.
ÁREA ORÇAMENTÁRIA
_ Se há orçamento na empresa e caso não exista, qual a viabilidade de elaboração;
_ Caso já exista, comparar onde houveram maiores variações entre o orçado e o real, e
buscar explicações;
_ Visualizar as contas que podem ser auditadas pelo seu grau de relevância e sugerir
ajustes no orçamento.
ÁREA PESSOAL
_ Estrutura organizacional da empresa (organograma);
_ Políticas de recrutamento, seleção, treinamento e integração dos colaboradores;
_ Política de avaliação e educação continuada;
_ Política de rodízio de funções, e preparação de novos colaboradores para cargos de
chefia.
ÁREA FISCAL
_ Contrato social e alterações, ou estatuto;
_ Emissão de certidões negativas da empresa na espera federal, estadual e municipal e,
_caso não as consiga, verificar a fundo os motivos;
_ Solicitar livros fiscais, bem como os documentos que lastrearam estes;
_ Livro termo de ocorrência, processos de auditorias fiscais e processos fiscais junto aos
órgãos públicos.
ÁREA OPERAÇÕES
_ Principais aquisições e baixas de bens do Ativo Imobilizado;
_Máquinas e equipamentos parados ou obsoletos, etc.;
_ Produtos em estoque com problemas de giro e indagação sobre reais motivos;
_ Novos produtos;
_ Planejamento para inventário físico
ÁREA VENDAS
_ Situação da empresa no mercado em comparação com os concorrentes;
_ Política de propaganda;
_ Política de devolução de vendas e causas destas;
_ Política de garantia de produtos
ÁREA DE SUPRIMENTOS
_ Limites de aprovação de compras;
_ Sistema de compras:
_ Levantamento de necessidades;
_Pesquisa de fornecedores;
_Cotações de preços;
_Compra.
_ Problemas potenciais em compras.
5-Prevenção contra Fraudes e Sonegações: elisão fiscal x evasão fiscal, principais práticas
de combate à sonegação fiscal.