Este documento discute as visões de Durkheim sobre educação. Durkheim argumenta que a educação consiste em impor padrões de comportamento às crianças que não adquiririam espontaneamente, moldando assim o indivíduo de acordo com as normas da sociedade. O documento também discute outras perspectivas sobre educação, como tornar o indivíduo perfeito ou feliz, mas aponta que essas visões são utópicas dada a heterogeneidade da sociedade moderna.
Este documento discute as visões de Durkheim sobre educação. Durkheim argumenta que a educação consiste em impor padrões de comportamento às crianças que não adquiririam espontaneamente, moldando assim o indivíduo de acordo com as normas da sociedade. O documento também discute outras perspectivas sobre educação, como tornar o indivíduo perfeito ou feliz, mas aponta que essas visões são utópicas dada a heterogeneidade da sociedade moderna.
Este documento discute as visões de Durkheim sobre educação. Durkheim argumenta que a educação consiste em impor padrões de comportamento às crianças que não adquiririam espontaneamente, moldando assim o indivíduo de acordo com as normas da sociedade. O documento também discute outras perspectivas sobre educação, como tornar o indivíduo perfeito ou feliz, mas aponta que essas visões são utópicas dada a heterogeneidade da sociedade moderna.
Durkheim , em sua obra “Educação e sociologia”, argumenta que toda educação
consiste em um esforço contínuo para impor às crianças maneiras de viver, de sentir e de agir, as quais elas não chegariam espontaneamente. Nessa lógica, o ser individual é constantemente influenciado a seguir um padrão de educação imposto por uma organização social, logo, o conceito de educação é evidentemente subjetivo, variando de acordo com o tempo e com o meio no qual o sujeito está presente, ou seja, não existe uma educação perfeita e apropriada a todos os homens. É possível, também, que determinada geração adulta exerça uma ação sobre as gerações mais jovens, as quais não estão preparadas para conviver, especificamente, no meio social que estão contidos, uma vez que, ao perpetuar seus costumes, culturas e objetivos, a geração adulta conseguirá impor tudo isso aos “leigos”. Portanto, é possível afirmar que a construção do ser social, baseando-se na educação, é o entendimento à respeito de diversas normas e princípios, a fim de produzir indivíduos capazes de suprir as necessidades presentes no meio coletivo, assim como na sociedade apresentada por Platão no livro “A república”. Ademais, ao observar a sociedade contemporânea, nota-se um alto nível de heterogeneidade social no que se refere às especificações de cada sujeito. Isso acontece porque a educação também desperta o lado individual do ser, pois cada um possui aptidões específicas e conhecimentos especiais, desse modo, cada criança é preparada para determinada função.
Paralelamente, é válido ressaltar o ponto de vista de outros pensadores à respeito
da educação. Nesse contexto, Stuart Mill e Immanuel Kant possuem a visão semelhante sobre educação: ambos argumentam que o objetivo dela é alcançar ou aproximar-se da perfeição, no sentido de desenvolver todas as faculdades humanas. A priori, tal perspectiva é válida quando o indivíduo dedica-se integralmente à buscar essa “perfeição”, conquanto, como argumenta Durkheim, umas das regras da conduta humana propõe que o sujeito especialize-se à “tarefas” específicas, pois o ser humano possui aptidões particulares e funções no meio social. Dessa forma, ao observar o contexto social contemporâneo, essa concepção de educação torna-se utópica, uma vez que a coletividade é extremamente heterogeneidade, assim, os indivíduos presentes nela têm finalidades específicas, aptidões para determinada área, além de trajetórias lineares, com a finalidade de alcançar o objetivo final. Por outro lado, James Will define educação como um instrumento utilitarista, o qual tem como finalidade tornar o sujeito um objeto de felicidade tanto para ele mesmo, quando para os indivíduos que o cerca. Contudo, seguindo a linha de raciocínio de Durkheim, a felicidade é um sentimento subjetivo, assim, obviamente, algo que faz o indivíduo se sentir feliz não trará felicidade para as pessoas ao seu redor obrigatoriamente. Ou seja, tal perspectiva sobre educação é “vaga” e, consequentemente, sem finalidade objetiva, pois cada ser tenta buscar sua felicidade de forma individual.
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