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CAMPOS SENHOR DO

BOMFIM
AVALIAÇÃO VIRTUAL UNIDADE I

CURSO TÉCNICO EM MULTIMEIOS DIDÁTICOS/SECRETARIA ESCOLAR

COMPONENTE CURRICULAR: EDUCAÇÃO, SOCIEDADE E TRABALHO: uma


abordagem sociológica da educação
DOCENTE: Lívia Tavares Mendes Froes

NOME Solange Guimarães Soares Santiago Valor: 10,0


pontos

TAREFA: Elaboração de tópicos das idéias/argumentos pedagógicos


centrais em:
ÉMILE DURKHEIM: ( teoria dos fatos sociais)

Como pensava?

1- Uma das principais ideias de Émile Durkheim tem como base a metodologia
da indução (ou dedução), o que quer dizer que a visão sociológica precisa vir do
indivíduo ao coletivo. Basicamente, para Durkheim, seria necessário observar
todas as atitudes de uma pessoa para entender a sociedade.
Isso vai contra o que grandes filósofos pregavam como sendo a natureza real do
ser humano. Os gregos fundamentalmente observavam como era a natureza
humana pra entender a sociedade. Durkheim acreditava que esses pensamentos
estavam errados porque não eram baseados em observações.

2- Mais uma vez, indo contra boa parte dos filósofos, Durkheim não acreditava
que a natureza humana vinha do interior do ser humano e sim do exterior, ou
seja, a sociedade seria a causadora dessa tal natureza, influenciando fortemente o
comportamento humano.

Para ele, a sociedade é um agrupamento de individualidades que funcionam


juntas e causam fenômenos diferentes daqueles que ocorrem na consciência
de cada indivíduo. Por isso, ele achava que deveria existir uma separação entre
sociologia e psicologia.
Cabia à psicologia estudar o indivíduo singularmente, individualmente e à
sociologia estudar o coletivo de forma generalista.

3- De novo contradizendo os filósofos, Durkheim se opõe à ideia deles de que a


sociedade é criada pela consciência de cada pessoa. Para ele, a consciência
humana é formada por pressão social que vem, em sua maioria, a partir da
educação.
Já que a educação é a maneira da sociedade impor as regras, as religiões, as
morais e as éticas de comportamento, ela consegue facilmente definir as ações
do ser humano dentro de seu grupo social. Dessa forma, é o indivíduo que é o
resultado da sociedade e não o contrário.
Contudo, a tradição que ele ataca poderia devolver uma questão: se é a sociedade
que forma o indivíduo, como a sociedade foi formada? Indivíduos são a célula
menor da sociedade e são eles que vão dando o tom da cultura.

Se as pessoas mudam, a sociedade muda. Durkheim entendia as coisas como


imposição social, quando muitas delas são aprendizados que podem ser aceitos ou
não.

JOHN DEWEY (ESCOLA NOVA):


Como pensava?

1-John Dewey, professor e filósofo americano, defendeu a ideia de unir a


teoria e a prática no ensino. Dewey defendia que os conteúdos ensinados
são assimilados de forma mais fácil quando associados às tarefas realizadas
pelos alunos.
Dewey defendia a ideia de que os alunos fixavam melhor os ensinamentos quando
realizavam tarefas associadas ao conteúdo que fora ensinado.

2- Dewey acreditava que uma educação de qualidade devia ser algo orgânico, que
ensinasse o aluno a pensar e que unisse teoria a prática.
Um ensino que levasse em consideração a valorização da capacidade mental dos
estudantes, preparando-os para questionar a realidade.

Para John Dewey, a escola não pode ser uma preparação para a vida, mas, sim, a
própria vida.
Assim, a educação tem como eixo norteador a vida-experiência e aprendizagem,
fazendo com que a função da escola seja a de propiciar uma reconstrução permanente
da experiência e da aprendizagem dentro de sua vida.
3- Dewey afirma que a escola é o ambiente especial para proporcionar a
transmissão de conhecimentos, e o objetivo fundamental da Educação é
proporcionar um ambiente favorável ao processo de ensino-aprendizagem,
eliminando
os elementos que não são favoráveis à formação da criança.

John Dewey sempre defendeu a união da teoria com a prática, e sua contribuição
para a Andragogia está no sentido de valorizar a capacidade de pensamento e
estimular o aluno adulto a pensar, principalmente em discussões coletivas, quando
o conhecimento flui mais facilmente e, assim, é construído.

Theodore Schultz (Teoria do Capital Humano)

Como pensava?

1- segundo Schultz (1973) professor de economia da educação, ao


enfrentar o investimento em seres humanos como forma de capital. Provável
que essa timidez esteja, segundo o mesmo autor, enraizada em questões
morais, éticas e também filosóficas. Contudo, o economista estadunidense
defende que “Ao investir em si mesmas, as pessoas podem ampliar o raio
de escolha posta à sua disposição. Esta é uma das maneiras por que os
homens livres podem aumentar o seu bem-estar” (Ibidem). Assim, em 1960,
Theodore Schultz amplia o conceito tradicional de capital e dá forma á um
novo conceito de investimento para modernização da economia, que
nomeou de teoria do capital humano. A teoria do capital humano surge da
demanda de uma explicação satisfatória a rápida reconstrução de países
em desenvolvimento após a Segunda Guerra Mundial e destaca que

2- A partir da formalização da teoria do capital humano, a educação passa a


assumir um lugar importante no cenário econômico. Investir no capital
humanotornou-se fundamental para o desenvolvimento da sociedade e
ascensão do indivíduo e consequentemente de seus rendimentos, o que
coloca “na conta” da educação a responsabilidade de solução para os
problemas da desigualdade social e, para aqueles que não conseguem a
mobilidade social, resta-lhes a culpa, como nos diz Frigotto (1993)

Essa perspectiva de investimento traz para a educação um caráter


tecnicista, para capacitação e desenvolvimento de competências e
habilidades que qualificarão o indivíduo - qualificação essa que permitirá
que esse sujeito seja capaz de desenvolver melhor seu trabalho, produzir
mais lucro. Sendo assim, o fracasso nesse modelo vigente é de inteira
responsabilidade do indivíduo. Portanto, aquele que mais se “esforçou” e
possui o maior grau de escolarização merece assumir o lugar mais alto da
hierarquia social, enquanto para aquele que não se “esforçou” o bastante,
deve contentar-se com a pobreza.

3- Segundo Schultz, “a característica distintiva do capital humano é a de


que ele parte do homem. É humano porquanto se acha configurado no
homem…” (…) “nenhuma pessoa pode separar-se a si mesma do capital
humano que possui”. (1973, p. 53). Assim, capital humano, segundo essa
teoria, não é algo que seja de propriedade dos empresários. E da mesma
forma como estes obtêm retornos para seus investimentos – os lucros – os
trabalhadores, como proprietários do capital humano, teriam também direito
a um retorno, seus salários. Salários altos indicariam qualidade do capital
humano, conhecimentos e habilidades elevados. Por outro lado, o capital
humano teria o poder de elevar a eficiência, a produtividade e a qualidade
dos bens e serviços e, por isso, possuiria, também, o caráter de bem social
trazendo retornos sociais ao fazer aumentar as rendas nacionais e
regionais, beneficiando toda a sociedade. Portanto, na noção de capital
humano, capital e trabalho são equiparados, pois ambos são igualmente
considerados como simples fatores de produção. Mais que isso, segundo
Schultz, “os trabalhadores transformaram-se em capitalistas, não pela
difusão da propriedade em ações da empresa, como o folclore colocaria a
questão, mas pela aquisição de conhecimentos e de capacidades que
possuem valor econômico” (1973, p. 35).

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