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PROJETO POLÍTICO-PEDAGÓGICO

2018 - 2022

Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de São Paulo

Câmpus Campos do Jordão

Projeto Político-Pedagógico: 2018-2022


IFSP – Câmpus Campos do Jordão
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Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de São Paulo


Câmpus Campos do Jordão

PROJETO POLÍTICO-PEDAGÓGICO – 2018-2022

Projeto Político-Pedagógico elaborado pela comunidade do


Instituto Federal de São Paulo – Câmpus Campos do Jordão
(IFSP-CJO), em cumprimento à Lei de Diretrizes e Bases da
Educação Nacional – LDB 9.394/96, para o período de 2018-
2022

CAMPOS DO JORDÃO
OUTUBRO/2018

Projeto Político-Pedagógico: 2018-2022


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PROJETO POLÍTICO-PEDAGÓGICO – PPP

O presente Projeto Político-Pedagógico, fruto do trabalho


e da reflexão desenvolvida ao longo de mais de um
semestre letivo por toda a comunidade escolar do Instituto
Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de São Paulo,
Câmpus Campos do Jordão – IFSP-CJO foi aprovado em
reunião ordinária do Conselho de Câmpus da supracitada
Unidade Escolar realizada em / /2018.

Campos do Jordão, de de
2018.

Walter de Oliveira
Diretor Geral do IFSP – Campos do Jordão

Nome: Ana Claudia Luciano da Silva


Presidente da Comissão de elaboração do Projeto Político-
Pedagógico

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COMISSÃO LOCAL DO PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO


(Em conformidade com a Portaria n. CJO.0094/2018, de 26 de agosto de 2018)

Docentes:
Ana Maria Cavalcante de Lima
Karin Claudia Nin Brauer
Rogério Martins Murano

Técnico-Administrativos
Adriano Costa Prado
Alexsandra Marta da Silva Alvarenga
Ana Cláudia Luciano da Silva
Daniel Garcia Flores

Discentes
Caio Pinheiro dos Santos
Iane Pereira Katz

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AGRADECIMENTOS

O Projeto Político Pedagógico do Câmpus Campos do Jordão do Instituto


Federal de São Paulo é o resultado de um trabalho em conjunto com a comunidade do
câmpus, este trabalho o Projeto Político-Pedagógico não seria possível sem a ampla
participação de toda a comunidade escolar, representada em todos os seus segmentos:
docentes, discentes e técnico-administrativos. Ao longo do processo de sua elaboração e
de sua escrita, foram inúmeras as reuniões e as discussões, no âmbito da comissão
responsável. Os servidores e os alunos do câmpus puderam discutir e contribuir com o
trabalho dessa Comissão, que se encerra com a aprovação do texto deste Projeto. Dado
o caráter coletivo do presente trabalho, a comissão teria muita dificuldade em agradecer
nominalmente a todos os envolvidos no processo que deu origem ao Projeto Político
Pedagógico aqui apresentado. De toda forma, gostaríamos de expressar especial
agradecimento à Assistente em administração Ana Claudia Luciano da Silva que
coordenou os trabalhos da Comissão de Elaboração do Projeto Político-Pedagógico no
período da Comissão e ao professor Eduardo Machado Soares que auxiliou na redação
do documento. Nosso muito obrigado aos professores substitutos, Ana Maria
Cavalcante de Lima, Karin Claudia Nin Brauer, Rogério Martins Murano e as Técnicas
em Assuntos Educacionais Poliana Ferreira dos Santos e Stefanie Martin, que muito
prontamente realizaram a correção de todo o texto deste projeto.

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SUMÁRIO

Capítulo 1 – Dos objetivos e finalidades…………………..........................................10


1.1 – Histórico do IFSP………………………………….............................……..10

1.1.1 – A função social…………………………….......................................................17

1.1.2 - Os objetivos e metas……………………………...................................………18

1.2 - Indissociabilidade entre Ensino, Pesquisa e Extensão.......................................19

1.3 - Princípios norteadores..........................................................................................22

1.3.1 - Educação.............................................................................................................23

1.3.2 - Educação Profissional e Tecnológica................................................................24

1.3.3 – Conhecimento.....................................................................................................27

1.3.4 – Currículo............................................................................................................30

1.3.5 - Práticas pedagógicas..........................................................................................32

Capítulo 2 – Caracterização da unidade.....................................................................34

2.1 – O Município de Campos do Jordão....................................................................36

2.1.1 – Origem e nome do município............................................................................36

2.1.2 – Histórico.............................................................................................................36

2.1.3 – Características geográficas...............................................................................37

2.1.4 – Demografia.........................................................................................................38

2.1.5 – Hidrografia.........................................................................................................38

2.1.6 – Acesso..................................................................................................................38

2.1.7 – Limites................................................................................................................39

2.1.8 – Sede de região de governo.................................................................................40

2.1.9 – Dados socioeconômicos do município..............................................................41

2.1.10 – Contexto sócio histórico..................................................................................53

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2.1.11 - Contexto sócio escolar do câmpus...................................................................54

2.2 – Cursos Oferecidos.................................................................................................54

2.3 – Estrutura do câmpus ...........................................................................................57

2.4 – Corpo docente e técnico-administrativo.............................................................60

2.4.1 – Docentes..............................................................................................................60

2.4.1.1 - Gráfico referente ao nível de formação dos docentes..................................61

2.4.2 - Técnicos administrativos...................................................................................62

2.5 – Estrutura Organizacional....................................................................................63

Capítulo 3 – Pressupostos pedagógicos do câmpus....................................................64

3.1- Ética, cidadania, mundo do trabalho e inclusão social.......................................64

3.2-Gestão Democrática................................................................................................70

3.3- Ensino......................................................................................................................74

3.4- Pesquisa...................................................................................................................75

3.5- Extensão..................................................................................................................76

Capítulo 4- Estrutura e organização dos cursos ........................................................80

4.1 – Cursos técnicos e superiores................................................................................80

4.1.1 – Cursos técnicos ..................................................................................................81

4.1.1.1 – Cursos técnicos integrados ao Ensino Médio...............................................82

4.1.1.2 - Técnico Concomitante/Subsequente..............................................................84

4.1.2 – Graduação..........................................................................................................87

4.2.1.1 – Tecnólogos.......................................................................................................88

4.2.1.2 – Licenciaturas...................................................................................................95

4.2- Formação inicial e continuada..............................................................................98

4.3 – Novos cursos .......................................................................................................101

Capítulo 5- Políticas de Inclusão................................................................................103

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5.1 – Introdução...........................................................................................................103

5.2 – Coordenadoria Sociopedagógica.......................................................................103

5.3 – Política de Assistência Estudantil......................................................................104

5.4 – Formação continuada.........................................................................................105

5.5 – Extensão...............................................................................................................106

5.6 – NAPNE................................................................................................................106

5.7 – Ações afirmativas câmpus Campos do Jordão................................................107

5.8 – Políticas para o desenvolvimento da aprendizagem e instâncias da


avaliação.......................................................................................................................110

5.8.1 – Recuperação contínua e paralela...................................................................110

5.8.2 – Conselho de classe deliberativo......................................................................111

5.8.3 – Os conselhos de classe dos cursos técnicos integrados.................................111

5.8.4 – Conselho de classe do curso técnico concomitante.......................................112

5.8.5 - Biblioteca...........................................................................................................113
Capítulo 6 – Diagnóstico da situação atual ..............................................................114

Capítulo 7 – Construção e Reconstrução do Projeto Político-Pedagógico.............137

7.1 – Avaliação do Processo de Construção..............................................................137


Referências Bibliográficas..........................................................................................138

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“A educação é a arma mais poderosa que você pode usar para mudar o mundo”
Nelson Mandela

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Capítulo 1 – Dos objetivos e finalidades

1.1 Histórico do IFSP


O ano de 2014 foi um marco para o Instituto Federal de Educação, Ciência e
Tecnologia de São Paulo (IFSP). Conhecido por oferecer ensino público, gratuito e de
qualidade, o IFSP completou, nessa data, 105 anos de história. No decorrer dessa longa
trajetória, o Instituto Federal, teve diversas denominações, sendo a primeira delas a de
Escola de Aprendizes Artífices, dada pelo Decreto nº 7.566, de 23 de setembro de
1909, através do qual o então presidente do Brasil, Nilo Peçanha, determinou a criação
de unidades educacionais com esse nome em cada uma das capitais dos Estados da
República. Ao todo foram instaladas dezenove delas, as quais eram mantidas pelo
Ministério da Agricultura, Indústria e Comércio e tinham a incumbência de oferecer
ensino profissional primário e gratuito. Segundo a introdução dessa mesma lei, o
aumento constante da população das cidades tornava necessário destinar aos “filhos
desfavorecidos de fortuna, o indispensável preparo técnico e intelectual e fazê-los
adquirir hábitos de trabalho profícuo, que os afastariam da ociosidade ignorante, escola
do vício e do crime”. Além disso, de acordo com o artigo 8º deste decreto, em cada uma
das Escolas de Aprendizes Artífices haveria dois cursos noturnos: um primário,
obrigatório, para os alunos que não soubessem ler, escrever e contar e outro, de
desenho, também obrigatório, para aqueles que precisavam da disciplina para o
exercício satisfatório do ofício que aprendessem.
Na capital do Estado de São Paulo, a inauguração da unidade ocorreu em 24 de
fevereiro de 1910, sendo estabelecida provisoriamente na Avenida Tiradentes e, logo
depois, na Rua General Júlio Marcondes Salgado, no bairro de Santa Cecília. Nesse
início de funcionamento, eram ofertados os cursos de tornearia, eletricidade e mecânica,
considerados incomuns se comparados aos que ministravam as demais escolas da época.
Ao que tudo indica, deve-se isso ao crescimento da industrialização paulista e à
concorrência com o Liceu de Artes e Ofícios de São Paulo. No primeiro ano de
atividade, estavam matriculados 135 alunos, dois quais 95 eram frequentes. Até 1937,
quando passou a ser chamada de Liceu Industrial de São Paulo, a Escola de
Aprendizes Artífices teve quatro diretores, sendo o primeiro deles João Evangelista
Silveira da Mota, que permaneceu no cargo por 22 anos (PDI 2014-2018/IFSP, p.30-
31).

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Com o Decreto nº 19.402, de 14 de novembro de 1930, já sob a gestão do


presidente Getúlio Vargas, o Ministério da Agricultura, Indústria e Comércio passou a
ser denominado de Ministério dos Negócios da Educação e Saúde Pública. No entanto,
a Lei nº 378, de 13 de janeiro de 1937, transformou novamente esse órgão, criando o
Ministério da Educação e Saúde, e mudou, também, as Escolas de Aprendizes
Artífices em liceus industriais, agora destinados, de acordo com o artigo 37 dessa nova
legislação, ao ensino profissional, de todos os ramos e graus. Outra modificação trazida
por essa lei, em seu artigo 10, foi a criação do Departamento Nacional de Educação,
composto por oito divisões, as quais eram responsáveis, respectivamente, pelo ensino
primário, pelo ensino industrial, pelo ensino comercial, pelo ensino doméstico, pelo
ensino secundário, pelo ensino superior, pelo ensino extraescolar e pelo ensino de
educação física.
Novas reformas na educação profissional ocorreram em 1942, época em que se
tornou premente a formação de pessoal técnico qualificado. Isso porque a Segunda
Guerra Mundial dificultou não só a importação de produtos industrializados, como
também a vinda da mão-de-obra especializada para as fábricas nacionais (Romanelli,
2000, p.155). Dessa forma, naquele mesmo ano, Getúlio Vargas baixou o Decreto-Lei
nº 4.073, de 30 de janeiro, o qual, definido como a Lei Orgânica do Ensino Industrial,
fixou as bases de organização e de regime do ensino industrial. Esse, por sua vez,
consistia no ramo de ensino, de grau secundário, destinado à preparação profissional
dos trabalhadores da indústria e das atividades artesanais, além dos trabalhadores dos
transportes, das comunicações e da pesca. Com isso, o ensino industrial passou a ser
dividido em dois ciclos, sendo que o primeiro abrangia quatro ordens de ensino: ensino
industrial básico, ensino de mestria, ensino artesanal e aprendizagem. O segundo ciclo,
por sua vez, compreendia o ensino técnico e o ensino pedagógico.
O Decreto-Lei nº 4.073 também previa que o ensino industrial devia atender
aos interesses: “1) do trabalhador, realizando a sua preparação profissional e a sua
formação humana; 2) das empresas, nutrindo-as, segundo as suas necessidades
crescentes e mutáveis, de suficiente e adequada mão de obra; 3) da nação, promovendo
continuamente a mobilização de eficientes construtores de sua economia e cultura”
(Artigo 3º, grifos nossos). Nesse sentido, cabia ao ensino industrial formar profissionais
aptos ao exercício de ofício e de técnicas nas atividades industriais. Além disso, tinha
como finalidades: dar aos trabalhadores jovens e adultos da indústria, não diplomados
ou habilitados, uma qualificação profissional que lhes aumentasse a eficiência e a

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produtividade; aperfeiçoar ou especializar os conhecimentos e capacidades de


trabalhadores diplomados ou habilitados e, por fim, divulgar conhecimentos de
atualidades técnicas (Artigo 4º).
Vale sublinhar ainda que esse Decreto-Lei permitia a articulação do ensino
industrial com as outras modalidades de ensino, como se vê em seu artigo 18: “III - (...)
é assegurada aos portadores de diploma conferido em virtude de conclusão de curso
técnico a possibilidade de ingresso em estabelecimento superior, para matrícula em
curso diretamente relacionada com o curso técnico concluído verificado a satisfação das
condições de preparo, determinadas pela legislação competente”. Com isso,
interrompia-se o estigma de que o aluno, ao completar a educação profissional, não
podia prosseguir nos estudos (PDI 2014-2018/IFSP, p.34).
Também em 1942, o Decreto-Lei nº 4.127, de 25 de fevereiro, definiu as bases
de organização da rede federal de estabelecimentos de ensino industrial. Faziam parte
dessa rede as escolas técnicas, as escolas industriais, as escolas artesanais e as escolas
de aprendizagem. Em relação às primeiras, foram criadas onze delas, incluindo-se a
Escola Técnica de São Paulo, com sede na capital do Estado de São Paulo. Tais
escolas tinham como objetivo oferecer “os cursos técnicos e os cursos pedagógicos, e
bem assim os cursos industriais e os cursos de mestria, de que trata o regulamento do
quadro dos cursos de ensino industrial, expedido com o decreto nº 8.673, de 3 de
fevereiro de 1942, e que forem compatíveis com as suas instalações” (Artigo 8º, § 1º do
Decreto-Lei n. 4.127). Conforme esse Decreto-Lei, porém, para que a Escola Técnica
de São Paulo começasse a funcionar, era preciso que “fossem construídas e montadas
novas e próprias instalações” (Artigo 8º, § 2º).
Ainda quanto à regulamentação do ensino técnico, o Decreto n. 11.447, de 23
de janeiro de 1943, fixou os limites da ação didática das escolas técnicas e das escolas
industriais. Segundo esse Decreto, à Escola Técnica de São Paulo cumpria ministrar os
seguintes cursos de formação profissional, no caso do ensino industrial básico e do
ensino de mestria: o de fundição, o de serralheria, o de mecânica de máquinas, o de
marcenaria e o de cerâmica. No que se refere ao ensino técnico, os cursos ofertados
eram o de edificações, o de desenho técnico e o de decorações de interiores (Artigo 10).
Outro ponto de destaque na história da Escola Técnica de São Paulo foi a
publicação da Lei n. 3.552, de 16 de fevereiro de 1959, que refletiu as necessidades da
política econômica em curso. Nesse ano, estava na presidência Juscelino Kubitschek,
cujo governo ficou conhecido por incentivar o processo de industrialização do país,
especialmente no que concerne ao setor automobilístico. A partir da Lei n. 3.552, os

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estabelecimentos de ensino industrial, agora de responsabilidade do Ministério da


Educação e Cultura, passaram a ter personalidade jurídica própria e autonomia didática,
administrativa, técnica e financeira. Os fins daquelas instituições eram: “a) proporcionar
base de cultura geral e iniciação técnica que permitam ao educando integrar-se na
comunidade e participar do trabalho produtivo ou prosseguir seus estudos” e “b)
preparar o jovem para o exercício de atividade especializada, de nível médio” (Artigo
1º. da Lei n. 3.552). Além disso, por meio da criação do Conselho dos Representantes e
do Conselho dos Professores, essa legislação aumentou a participação dos servidores no
andamento da política administrativa e pedagógica da instituição. O Conselho dos
Representantes, encarregado da administração escolar, deveria ser composto por seis
membros, provenientes da comunidade. A seleção deles seria feita pelo Presidente da
República mediante proposta elaborada pelo Ministério da Educação e Cultura, depois
de ouvida a Diretoria do Ensino Industrial. Já o Conselho dos Professores consistia em
um órgão de direção didático-pedagógica, cujo presidente era o Diretor da Escola.
Em 20 de agosto de 1965, o então presidente Marechal Humberto de Alencar
Castelo Branco sancionou a Lei n. 4.759, que transformou a Escola Técnica de São
Paulo em Escola Técnica Federal de São Paulo (ETFSP), determinação presente em
seu artigo 1º: “As Universidades e as Escolas Técnicas da União, vinculadas ao
Ministério da Educação e Cultura, sediadas nas capitais dos Estados serão qualificadas
de federais e terão a denominação do respectivo Estado”.
Outra alteração significativa no ensino profissionalizante foi propiciada pela
Lei n. 5.692, de 11 de agosto de 1971, ano em que o General Emilio Garrastazu Médici
exercia a presidência. Conhecida como Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional
(LDBEN), ela regulamentou os ensinos de 1º e 2º graus, os quais correspondiam,
respectivamente, ao ensino primário e ao ensino médio. O ensino de 1º grau durava oito
anos e destinava-se à formação da criança e do pré-adolescente. Já o ensino de 2º grau
tinha como propósito a formação integral do adolescente e teria três ou quatro anos de
duração, conforme previsto para cada habilitação. Como explica Romanelli (2000,
p.238), “o ensino de 1º grau, além da formação geral, passa a proporcionar a sondagem
vocacional e a iniciação para o trabalho. E o ensino de 2º grau passa a constituir-se,

indiscriminadamente, de um ensino cujo objetivo primordial é a habilitação


profissional”. Nesse sentido, ainda de acordo com a autora, um dos princípios que
caracterizaram a Lei n. 5.692 foi o da terminalidade, ou seja, cada nível de ensino
capacitava o aluno para o exercício de uma atividade, o que antecipava o seu ingresso

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no mundo do trabalho (Romanelli, 2000, p.238-239). Em suma, ao tornar compulsória a


profissionalização do ensino de 2º grau, o governo tinha duas metas. Uma delas era
formar mão de obra qualificada sob o regime de urgência, necessidade trazida por um
período de crescimento do país conhecido como “milagre econômico brasileiro” (1969-
1973). A outra foi diminuir a pressão por vagas nas universidades, consequência da
busca cada vez maior dos jovens provenientes das classes populares por níveis mais
elevados de escolarização (Camargo; Vilella, 2010, p.47-48). No que diz respeito à
Escola Técnica Federal de São Paulo, a Lei de Diretrizes e Bases da Educação
Nacional (LDBEN) de 1971 trouxe grandes implicações, pois possibilitou a formação
de técnicos através de cursos integrados ao ensino médio (técnico e médio),
completados em quatro anos e cuja carga horária média era de 4.500 horas/aula (PDI
2014-2018/IFSP, p.40).
Outro momento importante para a Educação Técnica Federal de São Paulo
(ETFSP) ocorreu em 23 de setembro de 1976, quando mudou-se da Rua General Júlio
Marcondes Salgado para a Rua Pedro Vicente, no bairro do Canindé, onde hoje está
sediado o Instituto Federal de São Paulo (reitoria e câmpus São Paulo). O ano de
1986 também foi marcante para a instituição, já que, pela primeira vez, o seu diretor
seria escolhido, de forma direta, pelos servidores professores, servidores administrativos
e alunos. Eleito por 130 votos, Antônio Soares Cervila concretizou uma antiga
reivindicação da comunidade escolar, o que se tornou possível por iniciativa da
Associação dos Servidores da Escola Técnica Federal de São Paulo (ASSETEFESP).
Foi durante a gestão de Cervila que foi criada, em Cubatão, a primeira Unidade
Descentralizada de Ensino (UNED) do país. A segunda unidade desse tipo começou a
funcionar em 1996, na cidade paulista de Sertãozinho, quando estava na direção da
Escola Técnica Federal de São Paulo (ETFSP) Francisco Gayego Filho (PDI 2014-
2018/IFSP, p.41-42). As Unidades Descentralizadas de Ensino (UNED´s), surgidas no
governo do então presidente José Sarney com o objetivo de expandir a Rede Federal de
Ensino Profissional, deviam vincular-se às estruturas organizacionais das Escolas
Técnicas Federais (Camargo; Vilella, 2010, p.48). De 2006 a 2008, foram implantadas
Unidades Descentralizadas de Ensino em mais sete cidades do Estado de São Paulo,
sendo elas, respectivamente, Guarulhos, Bragança Paulista, Salto, Caraguatatuba, São
João da Boa Vista, São Roque e São Carlos (PDI 2014-2018/IFSP, p.43-44).
Em 1994, a Lei n. 8.948, de 08 de dezembro, transformou as Escolas Técnicas
Federais em Centros Federais de Educação Tecnológica (CEFET´s). A Escola Técnica
Federal de São Paulo (ETFSP) passou a ser oficialmente denominada de Centros

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Federais de Educação Tecnológica de São Paulo (CEFET-SP) a partir de um Decreto


(sem número) de 18 de janeiro de 1999, quando Fernando Henrique Cardoso estava em
seu segundo mandato como presidente. Antes disso, no entanto, a publicação do
Decreto n. 2.208, de 17 de abril de 1997, resultou na extinção dos cursos técnicos
integrados ao ensino médio: “A educação profissional de nível técnico terá organização
curricular própria e independente do ensino médio, podendo ser oferecida de forma
concomitante ou sequencial a este” (Artigo 5º.). Em 2004, tal ato foi revogado pelo
Decreto n. 5.154, de 23 de julho, que voltou a permitir que a educação profissional
técnica de nível médio fosse desenvolvida de forma articulada com o ensino médio.
Outro avanço para o Centro Federal de Educação Tecnológica de São Paulo ocorreu
com o Decreto n. 5.224, de 01 de outubro de 2004. Isso porque os Centros Federais de
Educação Tecnológica (CEFET´s) foram autorizados a “ministrar ensino superior de
graduação e de pós-graduação lato sensu e stricto sensu, visando à formação de
profissionais e especialistas na área tecnológica” (Artigo 4º, V).
Quando estava na presidência do país pela segunda vez, Luiz Inácio Lula da
Silva sancionou a Lei n. 11.892, de 29 de dezembro de 2008, que instituiu, no âmbito do
sistema federal de ensino, a Rede Federal de Educação Profissional e Tecnológica,
vinculada ao Ministério da Educação. Fazem parte dela os Institutos Federais de
Educação, Ciência e Tecnologia, a Universidade Tecnológica do Paraná, os Centros
Federais de Educação Tecnológica do Rio de Janeiro e de Minas Gerais, além das
Escolas Técnicas ligadas às Universidades Federais. Com exceção das últimas, de
acordo com o texto legislativo, as primeiras três instituições mencionadas “possuem
natureza jurídica de autarquia, detentoras de autonomia administrativa, patrimonial,
financeira, didático-pedagógica e disciplinar” (Artigo 1º, parágrafo único da Lei n.
11.892).
Os Institutos Federais, criados num total de 38 campi através dessa Lei, são
definidos, por ela, como “instituições de educação superior, básica e profissional,
pluricurriculares e multicampi, especializados na oferta de educação profissional e
tecnológica nas diferentes modalidades de ensino, com base na conjugação de
conhecimentos técnicos e tecnológicos com as suas práticas pedagógicas (...)” (art. 2º).
A presente norma ainda equipara os Institutos às Universidades Federais no que tange à
incidência das disposições que regem a regulação, a avaliação e a supervisão das
instituições e dos cursos da educação superior. Os Institutos Federais, além disso, têm
“autonomia para criar e extinguir cursos, nos limites de sua área de atuação territorial,
bem como para registrar diplomas dos cursos por eles oferecidos, mediante autorização

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do seu Conselho Superior, aplicando-se, no caso da oferta de cursos a distância, a


legislação específica” (Artigo 2º, § 3).
No que diz respeito à sua estrutura organizacional, os Institutos passaram a ter
como órgãos superiores da administração o Colégio de Dirigentes e o Conselho
Superior, ambos presididos pelo Reitor do Instituto. O primeiro possui caráter
consultivo e é composto pelo Reitor, pelos Pró-Reitores e pelo Diretor-Geral de cada
um dos campi que integram o Instituto Federal. O Conselho Superior, por sua vez, tem
caráter consultivo e deliberativo, e é formado por representantes dos docentes, dos
estudantes, dos servidores técnico-administrativos, dos egressos da instituição, da
sociedade civil, do Ministério da Educação e do Colégio de Dirigentes do Instituto
Federal, garantindo-se a representação paritária dos segmentos que compõem a
comunidade acadêmica. Já no papel de órgão executivo dos Institutos está a reitoria,
cujos membros são o Reitor e cinco Pró-Reitores. Os Reitores são nomeados pelo
Presidente da República para um mandato de quatro anos, permitida uma recondução,
após processo de consulta à comunidade escolar do Instituto. Nesse processo eleitoral, é
atribuído o peso de 1/3 (um terço) para a manifestação do corpo docente, 1/3 (um terço)
para a manifestação do corpo técnico-administrativo e 1/3 (um terço) para a
manifestação do corpo discente. No caso do Instituto Federal de Educação, Ciência e
Tecnologia de São Paulo (IFSP), o professor Arnaldo Augusto Ciquielo Borges foi
nomeado para o cargo de Reitor pro tempore. Em abril de 2013, tomou posse o
professor Eduardo Antônio Modena, o primeiro Reitor do IFSP eleito através da
participação da comunidade (PDI 2014-2018/IFSP, p.46).
Comprovando a abrangência de sua atuação, o Instituto Federal de
Educação, Ciência e Tecnologia de São Paulo, antigo Centro Federal de Educação
Tecnológica de São Paulo (CEFET-SP), além de investir fortemente na realização de
pesquisas aplicadas e no desenvolvimento de atividades de extensão, oferece: cursos
técnicos, tanto na forma de cursos integrados ao ensino médio (para aqueles que
concluíram a educação fundamental), quanto na forma concomitante ou subsequente
(para aqueles que concluíram o ensino médio ou estejam cursando no mínimo o 2º ano
desse nível de ensino); cursos de graduação (licenciaturas, bacharelados e superiores de
tecnologia); cursos de pós-graduação (lato sensu e stricto sensu). Por fim, pensando em
proporcionar oportunidades de estudos para aqueles que não tiveram acesso ao ensino
fundamental ou médio na idade regular, o Instituto Federal de Educação, Ciência e
Tecnologia de São Paulo (IFSP) investe também no Programa de Integração da
Educação Profissional ao Ensino Médio na modalidade de Educação de Jovens e

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Adultos (PROEJA). Atualmente, o Instituto Federal de Educação, Ciência e


Tecnologia de São Paulo (IFSP) possui 37 campi espalhados pelo Estado de São
Paulo, sendo que alguns deles constituem as extintas Unidades Descentralizadas de
Ensino.

1.1.1 A função social

O Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia – IFSP – historicamente


se constitui como espaço formativo no âmbito da educação e do ensino
profissionalizante. A sua identidade vem sendo continuamente construída a partir de
referenciais ético-políticos, científicos e tecnológicos presentes nos seus princípios e
diretrizes de atuação. Tais normativas refletem a opção da instituição em abarcar
diversas demandas da sociedade, incluindo a escolarização daqueles que, no contexto da
vida, não participaram das etapas regulares de aprendizagem. Acompanhando os
processos de transformação no mundo do ensino, do trabalho e com a perspectiva de
diminuição das desigualdades sociais no Brasil, busca construir práxis educativa que
contribua para a inserção social, à formação integradora e à produção do conhecimento.
O Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia – IFSP atua como
instituição educativa na perspectiva da educação profissional e tecnológica. Nesse
sentido, por sua excelência e seus vínculos com a sociedade produtiva, pode
protagonizar um projeto inovador e progressista, comprometido com a democracia e a
justiça social, ao buscar a construção de novos sujeitos históricos, aptos a se inserir no
mundo do trabalho, compreendendo-o e transformando-o.

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18

1.1.2 Os objetivos e metas

O IFSP tem como objetivo central agregar à formação acadêmica a


preparação para o mundo do trabalho, discutindo os princípios das tecnologias a ele
relativas. Compreende-se, para isso, que seja preciso derrubar as barreiras entre o
ensino técnico e o científico, articulando trabalho, ciência e cultura, na perspectiva da
emancipação humana.
A partir da compreensão da relação indissociável entre trabalho, ciência,
tecnologia e cultura, a organização e desenvolvimento curricular, em seus objetivos,
conteúdos e métodos, baseia-se na concepção do trabalho como princípio educativo, o
que não significa apenas aprender fazendo, nem é sinônimo de formar tão somente para
o exercício do trabalho. Entender o “trabalho como princípio educativo” coloca
exigências específicas para o processo educativo, visando à participação direta dos
membros da sociedade no trabalho produtivo. Com isso, a Educação Profissional, a fim
de promover o desenvolvimento intelectual e a apreensão de elementos culturais que
configurem a vida cidadã e economicamente ativa, deve explicitar o modo como o saber
se relaciona com o processo de trabalho, ao propiciar, também, a compreensão dos
fundamentos científico-tecnológicos e sócio históricos da atividade produtiva.
Entre seus aspectos fundadores, os Institutos Federais (PACHECO, 2011) têm,
como principais metas: 1) expandir a oferta de educação profissional pública e de
qualidade; 2) estar aberto à comunidade por meio da verticalização da oferta de cursos
(da modalidade EJA até a pós-graduação e cursos de curta duração) e do acesso
facilitado pela ampliação da rede em todas as regiões do país; 3) formar cidadãos para o
mundo do trabalho e não somente para o “mercado” de trabalho, por meio de uma
Educação crítica e reflexiva.

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19

1.2 Indissociabilidade entre Ensino, Pesquisa e Extensão

A Constituição de 1988 se apresentou como a superação institucional do


regime autoritário instaurado nos anos 60. Nela, dentre os diversos dispositivos que
incorporavam avanços na direção da maior democratização da sociedade brasileira e na
tentativa da construção efetiva da cidadania, houve a afirmação da autonomia e do
princípio da indissociabilidade entre ensino, pesquisa e extensão como norteadores das
ações desenvolvidas no âmbito das universidades (art. 207). Na sequência desse esforço
legislativo, deu-se a aprovação da nova Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional

(LDBEN n. 9.394, de 20/12/1996), em que apareceu reiterado o princípio da


autonomia e a partir da qual foram desdobrados reflexos nas várias dimensões da vida
acadêmica.
Sob o princípio constitucional da indissociabilidade, temos o desafio de
delinear algumas noções relativas ao ensino, à pesquisa e à extensão, visando nortear a
prática acadêmica no interior do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia –
IFSP. O primeiro passo é formular, claramente, as definições a serem adotadas a
respeito dos conceitos de ensino, pesquisa e extensão.
Dessa forma, o Ensino é compreendido como o processo educativo de
formação e interação social que se realiza em um tempo histórico determinado e com
características ideológicas específicas, permitindo a construção de conhecimentos,
habilidades e valores para o desenvolvimento humano integral e pleno, e para a
participação na sociedade.
Além da instrução e da orientação do sujeito para a apropriação do
conhecimento, a educação também tem um sentido de dentro para fora, que significa a
possibilidade de o indivíduo revelar suas potencialidades e de educar-se.
A educação, como parte de um todo que forma a sociedade, sofre as influências
do acentuado avanço científico e tecnológico e das mudanças advindas desse processo, o
que encaminha princípios e a estruturação de novos modelos.
A Pesquisa, por sua vez, é um procedimento reflexivo sistemático, controlado e
crítico que permite descobrir novos fatos ou dados, relações ou leis em qualquer campo
do conhecimento (ANDER-EGG, 1978, apud MARCONI; LAKATOS, 2003). Assim,
esse conceito se refere a um procedimento formal, com método de pensamento
reflexivo, que requer um tratamento científico e se constitui no caminho para conhecer a
realidade ou para descobrir verdades parciais, sendo, portanto, uma atividade intelectual

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relacionada diretamente com a aprendizagem e com o estímulo à criticidade e à


criatividade.
A Extensão, por fim, é um processo educativo, interdisciplinar, cultural,
científico e político que promove a interação transformadora entre a Escola e outros
setores da Sociedade (FORPROEX, 2012). Essa dinâmica educativa transformadora
somente se efetiva no momento em que a Extensão se configura como um espaço de
produção de conhecimento a partir da troca de saberes e de experiências estabelecida na
relação entre a comunidade interna e externa. Ou seja, sendo vital o diálogo entre
sociedade e instituição educacional, torna-se possível a esta identificar os anseios e
problemas colocados pela sociedade e refletir sobre eles, bem como estabelecer
estratégias e soluções condizentes às demandas sociais e consoantes à capacidade
científica e tecnológica do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia – IFSP.
Portanto, a Extensão pressupõe o contato, mediado pelo conhecimento e pela reflexão
crítica, entre a comunidade interna de determinada instituição e sua comunidade externa.
A compreensão de extensão se baseia na noção segundo a qual toda instituição
educacional é social e, como tal, deve assumir o compromisso de formar e qualificar as
pessoas para atuarem de forma responsável e para serem protagonistas da promoção e da
garantia dos valores democráticos e cidadãos. O pressuposto, portanto, se assenta na
noção de que todo o trabalho realizado nas instituições de ensino, assim como a
produção de conhecimento gerado por elas, é um bem comum, o qual deve ser
apropriado pela sociedade em benefício de seus interesses e pela transformação social.
Na prática, significa dizer que a pesquisa, a extensão e o ensino devem se
converter num processo educativo capaz de formar, qualificar e emancipar os sujeitos, e
que a produção de conhecimento científico tenha como finalidade reduzir as
desigualdades sociais e aprimorar as condições de vida das pessoas, material, social e
culturalmente. Nesse sentido, a Extensão potencializa o diálogo, a produção de novas
relações e de novos saberes, a reflexão sobre as práticas educativas adotadas e as ações
institucionais. Além disso, possibilita construir conhecimentos sobre novas bases
metodológicas e favorece o contato ampliado de pessoas da comunidade externa com o
conhecimento produzido no interior da instituição.
Em 2008, a autonomia administrativa, patrimonial, financeira, didático-
pedagógica e disciplinar dos Institutos Federais de Educação, Ciência e Tecnologia foi
afirmada por meio da Lei de criação da Rede Federal de Educação Profissional,
Científica e Tecnológica (art. 1o da Lei n 11.892, de 29 de dezembro de 2008), que

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também os caracterizou como Instituições de pesquisa tecnológica e de extensão (art. 6º,


incisos VII e VIII). Portanto, o mesmo princípio da indissociabilidade entre ensino,
pesquisa e extensão estabelecido pelo parágrafo 2o do art. 207 da Constituição Federal
também se tornou norteador das ações desenvolvidas no âmbito destas Instituições.
Tendo em vista que as Instituições de ensino, pesquisa e extensão são os locais
onde acontecem experimentos pedagógicos e epistemológicos, torna-se necessário rever
a linearidade e a hierarquização na proposição das estruturas curriculares, reconhecendo

a existência dos vários processos de aquisição/produção do conhecimento. Na


sequência, deve-se permitir aos estudantes utilizá-los de acordo com suas
potencialidades, levando em conta a suas experiências de vida e os conhecimentos
previamente adquiridos (FORGRAD, 2000), o que significa valorizar a “bagagem
individual” visando incitar a aprendizagem. Neste sentido, é necessário estimular um
trabalho de criação coletiva, introduzindo a participação em projetos envolvidos com
diferentes áreas, preferencialmente integrados, nos quais o professor e os estudantes se
incluam como autores, desenvolvendo a capacidade de negociar, de argumentar, de
articular, de criar e de se solidarizar, aproximando, assim, os processos educativos da
realidade a qual o estudante estará submetido fora da Instituição. Para isso, tempos e
espaços diferentes serão necessários (DOS REIS, 2013).
Os Institutos Federais, guiando seu Projeto Político-Pedagógico com o intuito
de priorizar um conjunto de atividades interdisciplinares intencionalmente
desenvolvidas para o processo formativo, as quais devem ser mediadas tanto pelo
professor quanto pelos estudantes e através das quais se permita ensinar a pensar e a
aprender, darão um passo importante rumo à democratização do ensino. Essa
perspectiva requer que o Projeto Pedagógico seja construído a partir deste novo
paradigma: ensinar a pensar e a aprender. Sabe-se, contudo, que isso não acontecerá
espontaneamente, já que a alteração das práticas pedagógicas, partindo-se da concepção
do estudante como ele próprio mediador da sua cognição (FREIRE, 2011), irá requerer
esforço coordenado para que não fique apenas no papel (DOS REIS, 2013).
Em suma, o ensino, a pesquisa e a extensão, quando indissociados e bem
articulados, deverão conduzir à mudança significativa nos processos de ensino e
aprendizagem, permitindo a formação para a atividade profissional e para a cidadania.

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1.3 - Princípios norteadores

Desenvolvimento humano
O Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia – IFSP objetiva levar
em conta o fato de que o desenvolvimento humano é um processo de construção
contínua e que se estende ao longo da vida dos indivíduos e das sociedades de maneira
inseparável. Uma vez que esse desenvolvimento não necessariamente ocorre de forma
linear e progressiva, ele deve ser compreendido como uma construção humana, social,
coletiva e

comunitária, firmando-se como a meta orientadora de toda a reflexão e de toda


a atividade de construção de cursos, projetos, pesquisas e atividades congêneres em
âmbito institucional. Sendo assim, pode-se dizer que a atuação do IFSP no contexto
educacional e político brasileiro parte da premissa de que vivemos em uma sociedade
desigual e que caminha, mesmo que a passos lentos, no sentido de minimizar tais
diferenças.
Na busca por uma formação profissional, científica e tecnológica, os Institutos
Federais, tal como prefigurado em sua lei de criação (Lei n. 11.892/2008), objetiva
“construir a práxis educativa que contribua para a inserção social, a formação
integradora e a produção do conhecimento” (Art. 2º). Assim, o Instituto Federal de
Educação, Ciência e Tecnologia – IFSP, em consonância com seus objetivos e
princípios, assume compromisso em sua ação educativa com o desenvolvimento
integral do cidadão trabalhador.
Ao compreender o sujeito como um ser sócio histórico, ou seja, resultado de
um conjunto de relações sociais historicamente determinadas, em constante construção
e transformação, o Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia – IFSP acredita
que o desenvolvimento de capacidades, potencialidades, habilidades, competências,
valores e atitudes especificamente humanos perpassa diretamente por uma ação
educativa (PDI 2014-2018). Neste sentido, a instituição de ensino tem em si a
responsabilidade de levar o estudante ao pleno desenvolvimento enquanto cidadão,
através do conhecimento construído, visando uma formação geral e universal no sentido
amplo.
Nossa instituição se identifica e se compromete com um projeto democrático
de sociedade que compreende e pratica a educação como um compromisso de
transformação, capaz de dar sentido cada vez maior, tanto à nossa prática social

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enquanto instituição, como a cada sujeito individual que se encontre envolvido com
essa dinâmica. O conceito de desenvolvimento humano nasceu definido como um
processo de ampliação das escolhas das pessoas, a fim de que elas tenham capacidades
e oportunidades para serem aquilo que desejam ser. Essa definição considera que
apenas o crescimento econômico não é suficiente para medir o desenvolvimento de uma
nação. Diferentemente dessa perspectiva, a qual vê o bem-estar de uma sociedade
apenas pelos recursos ou pela renda que ela pode gerar, a abordagem humana a que
nos referimos procura olhar diretamente para as pessoas e para suas oportunidades e
capacidades, relacionando-as diretamente com mudança para a qualidade1.
É preciso propor, assim, uma atuação institucional comprometida com a
superação dos grandes entraves que inviabilizam o pleno desenvolvimento humano de
nossos cidadãos e de nossa sociedade, dado que esse desenvolvimento está diretamente
ligado com a justiça social, com a democracia, com o trabalho e com a cultura, com o
lazer e com a possibilidade de avançar cada vez mais enquanto instituição e enquanto
sociedade. Se formos bem-sucedidos, formaremos não apenas profissionais para o
mundo do trabalho, mas sujeitos críticos, aptos para o exercício da cidadania, na
perspectiva da emancipação humana, e capazes de pensar e de enfrentar os desafios
continuamente impostos pelo mundo do trabalho, da cultura, da ciência e tecnologia.
Ao fim de seus processos de formação, os estudantes-sujeitos terão não apenas se
profissionalizado, mas terão se tornado mais conscientes de seu próprio lugar no tempo
e na história, tendo se tornado capazes de intervir na construção de seu mundo, de modo
criativo e rico do ponto de vista de todas as suas possibilidades

1.3.1 Educação

Na sociedade atual, a educação assume papel cada vez mais imprescindível no


processo de desenvolvimento social e também econômico. Compreendemos a educação
como processo de formação e interação social que se realiza em um tempo histórico
determinado e com características ideológicas específicas, permitindo a construção de
conhecimentos, habilidades e valores para o desenvolvimento humano integral e pleno, e
para a participação na sociedade.
A educação, com isso, é fator importante e indispensável no processo de
transformação dessa realidade social.
1
Tal como consta no portal do PNUD, “o conceito de Desenvolvimento Humano também parte do
pressuposto de que para aferir o avanço na qualidade de vida de uma população é preciso ir além do viés puramente
econômico e considerar outras características sociais, culturais e políticas que influenciam a qualidade da vida humana.

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Esse conceito é a base do Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) e do Relatório de Desenvolvimento Humano
(RDH), publicados anualmente pelo PNUD”.
<http://www.pnud.org.br/idh/DesenvolvimentoHumano.aspx?indiceAccordion=0&li=li_DH >. Acesso em:
16 out 2014.

Freire identifica, na natureza do ser humano, um núcleo fundamental em que


propõe que se sustente o processo de educação: seu inacabamento ou sua inconclusão.
Sabendo-se inacabado, o homem educa-se. E não se educa sozinho, educa-se em
comunhão (FREIRE, 2014). Assim sendo, a proposta pedagógica do Instituto Federal
de Educação,

Ciência e Tecnologia – IFSP vincula-se à ideia de que o ensino não se limita à


transmissão de informações e/ou ao desenvolvimento de capacidades técnicas para um
exercício profissional específico, mas, ao contrário, a formação de seus alunos deve
contemplar a chamada “cultura geral” – saberes cujo sentido formativo não se confundem
necessariamente com uma aplicação imediata – e o engajamento político – por meio do
desenvolvimento da consciência crítica dos estudantes.
O vínculo da educação com o contexto social e cultural leva a questionamentos e
à revisão de modelos educacionais estabelecidos para atender os anseios e necessidades
da sociedade, apresentando desafios acentuados e problematizados. No mundo
globalizado e em constantes transformações, o conceito de educação vem sendo revisto e
ampliado, assumindo uma perspectiva processual que não se encerra ao final da
escolarização, mas se prolonga ao longo da vida do indivíduo para permitir que ele possa
responder aos desafios da provisoriedade do conhecimento, num contexto em constante
mudança (DELLORS, 1999).

1.3.2 Educação Profissional e Tecnológica

O Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia – IFSP reconhece a


formação técnica e tecnológica como um dos elementos estruturantes capazes de
contribuir para o desenvolvimento humano tanto do ponto de vista individual como
coletivo. A proposta educacional dos Institutos Federais está pautada, atualmente, em
uma concepção humanista de educação, buscando integrar ciência, tecnologia e cultura
como dimensões indissociáveis da vida humana e desenvolver a capacidade de
investigação científica para a construção da autonomia intelectual:
O modelo dos Institutos Federais surge como uma autarquia de regime especial de
base educacional humanístico-técnico- científica. É uma instituição que articula a
educação superior, básica e profissional, pluricurriculares e multicampi, especializada
na oferta de educação profissional e tecnológica em diferentes níveis e modalidades
de ensino.

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(SETEC, 2010, p. 19)


Nosso objetivo principal passa pela formação profissional técnica e tecnológica
de qualidade, o que só se torna possível na medida em que o processo educativo
contribua com a construção de cidadãos através de novos saberes. Ora, se o que se
busca é formação do cidadão para o mundo do trabalho, superando o conceito da mera
formação do profissional para o mercado, é preciso investir esforços para “derrubar as
barreiras entre o ensino técnico e o científico, articulando trabalho, ciência e cultura na
perspectiva da emancipação humana”, o que se constitui como “um dos objetivos
basilares dos Institutos”. (BRASIL. MEC. SETEC, 2010, p. 10).
A formação desses sujeitos implica em assumir que a escola constitui
historicamente uma das formas de reprodução da divisão do trabalho através dos
instrumentos materiais elaborados para a construção do conhecimento. As mudanças
ocorridas no mundo do trabalho a partir dos anos 1990, com a reestruturação das forças
produtivas, ligadas ao modelo econômico taylorista, repercutiram na apropriação pela
escola de modelos pedagógicos voltados às competências, respondendo aos princípios
da flexibilidade para o atendimento das demandas do mundo do trabalho.
A razão de ser dos Institutos Federais, como instituições voltadas para educação
profissional e tecnológica, comprometidas com o desenvolvimento local e regional,
está associada à conduta articulada ao contexto em que está instalada; ao
relacionamento do trabalho desenvolvido; à vocação produtiva de seu lócus; à busca
de maior inserção da mão de obra qualificada neste mesmo espaço; à elevação do
padrão do fazer de matriz local com o incremento de novos saberes, aspectos que
deverão estar consubstanciados no monitoramento permanente do perfil
socioeconômico-político- cultural de sua região de abrangência. (BRASIL. MEC.
SETEC, 2010, p 22)
Nessa perspectiva, nos aproximamos da compreensão do trabalho como
princípio educativo (RAMOS, 2004 e FRIGOTTO, 2004) na medida em que coloca
exigências específicas para o processo educacional, visando à participação direta dos
membros da sociedade no trabalho produtivo. Com isso, a educação deve explicitar o
modo como o saber se relaciona com o processo de trabalho, o que deve realizar ao
mesmo tempo em que propicia a compreensão dos fundamentos científico-
tecnológicos e sócio históricos da atividade produtiva, a fim de promover o
desenvolvimento intelectual e a apreensão de elementos culturais que configurem a
vida cidadã e economicamente ativa.
Insere-se no contexto, dessa forma, a educação profissional, em que o
conhecimento científico adquire o sentido de força produtiva e o trabalho se configura em
primeiro fundamento da educação como prática social.
Assim, levando em conta se o compromisso social, a educação profissional e
tecnológica deve ser entendida como uma política pública, tanto por contribuir para o

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desenvolvimento econômico e tecnológico nacional, quanto por ser fator de


fortalecimento do processo de inserção cidadã. O objetivo da formação profissional não é
formar profissionalmente para o mercado de trabalho, mas, sim, garantir a formação de
um cidadão para o mundo do trabalho:

Assim, a educação exercida no Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia –


IFSP não estará restrita a uma formação estritamente profissional, mas contribuirá
para a iniciação à ciência e a promoção de instrumentos que levem à reflexão sobre o
mundo e as tecnologias (PDI 2009-2013, p. 41).

Nesse sentido, a escola, como instituição educativa da sociedade, é o espaço


privilegiado da educação formal, lugar de cultura e sistematização do saber científico,
que possibilita a apropriação dos instrumentos teóricos e práticos para análise e
compreensão da realidade do mundo em que vivemos, a fim de que haja uma interação
consciente das pessoas consigo mesmas, delas entre si, delas com o conhecimento, com
o meio ambiente e com outros produtos da cultura, ampliando, dessa forma, sua visão
de mundo.
Além do mais, a educação profissionalizante do Instituto Federal de Educação,
Ciência e Tecnologia – IFSP nutre-se da certeza reconfortante de Paulo Freire, que vê
falsidade no dilema entre humanismo e técnica. Para ele, a educação que se opõe à
capacitação técnica é tão ineficiente quanto aquela que nega a formação geral
humanista, limitando-se ao desenvolvimento das competências técnicas. (GADOTTI,
2004).
É como uma instituição educativa muito maior que uma “escola” que se situa o
Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia, na perspectiva da educação
profissional e tecnológica. Por sua excelência e seus vínculos com a sociedade
produtiva, esta instituição pode protagonizar um projeto inovador e progressista,
comprometido com a democracia e a justiça social, ao buscar a construção de novos
sujeitos históricos, aptos a se inserir no mundo do trabalho, compreendendo-o e
transformando-o.
Nesse cenário, se faz necessário afirmar que o Instituto Federal de Educação,
Ciência e Tecnologia – IFSP opta por uma pedagogia emancipatória, capaz de refletir as
contradições entre o modo de produção hegemônico, no qual as demandas do capital
são dominantes e se reproduzem na prática pedagógica fragmentada. Portanto, a escola
deve favorecer a construção de estratégias de inclusão, nos diversos níveis e
modalidades de educação, que permitam a formação de identidades autônomas e
contextualizadas.

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Tais diretrizes reafirmam o compromisso dos Institutos Federais com a


formação humanística de docentes e discentes, que precede a qualificação para o
trabalho e enxerga a educação profissional e tecnológica baseada na integração entre
ciência, tecnologia e cultura.

1.3.3 Conhecimento

Paulo Freire (1992, p. 36) afirma que o conhecimento não se dá em um


processo mecânico e desconectado, mas “se constitui nas relações homem-mundo e nas
relações de transformação e se aperfeiçoa na problematização crítica dessas relações”.
Assim, a aquisição do conhecimento não ocorre pela mera transferência, mas pela
construção dos saberes no desejo de avançar, numa busca constante de dominar o
desconhecido, inventando e reinventando a realidade.
Em acordo com os pensamentos de Paulo Freire, Cortella relaciona
conhecimento e educação como complementares:
[...] o bem de produção imprescindível para a nossa existência é o Conhecimento,
dado que ele, por se constituir em entendimento, averiguação e interpretação sobre a
realidade, é o que nos guia como ferramenta central para nela intervir; ao seu lado
coloca a Educação (em suas múltiplas formas), que é o veículo que o transporta
para ser produzido e reproduzido (CORTELLA, 2008, p. 39, grifo do autor).

Os desafios na construção do conhecimento no século XXI se concentram nas


relações sociais. O sujeito é percebido como ser sócio histórico, produto de um conjunto
de relações sociais historicamente determinadas, em constante construção e
transformação (IFSP, 2014, p.143), compreende-se que esses processos ocorrem por
meio da libertação do homem, que constrói sua autonomia e vai além de sua capacidade
de sobrevivência econômica, atuando com criticidade e se posicionando diante do
estabelecido socialmente.
No contexto da educação profissional, a concepção de conhecimento articula
as ciências naturais, humanas e tecnológicas com o mundo do trabalho, partindo da
premissa

de uma construção desse conhecimento baseada nos seguintes eixos: trabalho,


ciência, tecnologia e cultura.
Os Institutos Federais, em sua concepção, amalgamam trabalho- ciência-tecnologia-
cultura na busca de soluções para os problemas de seu tempo, aspectos que
necessariamente devem estar em movimento e articulados ao dinamismo histórico da
sociedade em seu processo de desenvolvimento (BRASIL, 2010, p. 34).

A ciência envolve conceitos e métodos que, ao mesmo tempo em que são

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estabilizados e transmitidos de geração em geração, podem e devem ser questionados e


superados historicamente, no movimento permanente de construção de novos
conhecimentos. Esses saberes, produzidos e legitimados socialmente ao longo da
história, são resultado de um processo empreendido pela humanidade na busca da
compreensão e da transformação dos fenômenos naturais e sociais, no movimento do
ser humano como produtor de sua realidade que, por isso, precisa apropriar-se dela para
poder transformá-la.
A transformação da Ciência foi correlata com uma mudança, também, no
conhecimento técnico, o qual passou a ter outro caráter, deixando de ser um conjunto de
informações sem nexos e sem formalização. Assim, pode-se creditar a esse momento o
surgimento de um novo conhecimento, agora tecnológico, que significasse traduz em
um conhecimento produtivo articulado e consciente. Esse novo saber que constitui a
Tecnologia não é um saber sem significado e conexões.
Como apontado por alguns autores, a Tecnologia surge como o
aprofundamento de um processo de racionalização da civilização que repercute na
técnica. Essa racionalização pode ser entendida como identificação das causas dos
fenômenos e, nesse sentido, constitui uma efetiva cientifização da Técnica.
Assim, ao buscar-se a transformação da ciência em força produtiva, marca-se a
noção de tecnologia, que se caracteriza como uma extensão das capacidades humanas,
ao visar a satisfação das necessidades, mediando o conhecimento científico e a
produção. Dessa forma, é possível compreender o processo histórico de transformação
da ciência em atividade produtiva por meio do desenvolvimento tecnológico.
A Tecnologia tem dinâmica própria e, embora interagindo com a Ciência, ela busca
conhecimentos específicos. A Tecnologia é estilo de trabalho, de pesquisa, que
incorpora metodologias e conceitos da pesquisa científica, porém também é um
campo
do conhecimento cuja aplicação passa por outros critérios como eficácia e viabilidade
técnico-econômica e social.(PDI 2014-2018)
A difusão da tecnologia no país vem ganhando profusão regional, o que leva
aos rearranjos produtivos locais, relacionando as características de cada realidade a
tipos de inovação tecnológica. A posição do Estado de São Paulo, em contexto
nacional, destaca- se na esfera econômica, sendo considerado o Estado mais
desenvolvido, com o maior PIB, porém com alta desigualdade social. É também
reconhecido como polo industrial e de oportunidade de melhor formação com a
presença das consideradas melhores universidades do país. Assim, a educação
profissional pautada em instrumentalizar o trabalhador a esses novos desafios
produtivos é papel do Estado. Nesse cenário, o Instituto Federal de Educação Ciência e

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Tecnologia de São Paulo contribui para o cumprimento desse papel, como afirma
Pacheco:
A educação necessita estar vinculada aos objetivos estratégicos de um projeto que
busque não apenas a inclusão nessa sociedade desigual, mas também a construção de
uma nova sociedade fundada na igualdade política, econômica e social. Essa
sociedade em construção exige uma escola ligada ao mundo do trabalho numa
perspectiva radicalmente democrática e de justiça social.(PACHECO, 2011, P.18)

Considerando essa visão de escola articulada com o trabalho e com a formação


integrada do estudante, temos a construção do conhecimento como algo dinâmico e
significativo e não fragmentado e descontextualizado. Nesse sentido, o Instituto Federal
de Educação, Ciência e Tecnologia – IFSP, em seu PPI, afirma que o fazer pedagógico
deve trabalhar “na superação da separação ciência/tecnologia e teoria/prática [...],
tentando estabelecer o diálogo entre os conhecimentos científicos, tecnológicos, sociais
e humanísticos e conhecimentos e habilidades relacionadas ao trabalho” (IFSP, 2014,
p.157).
O conhecimento para o mundo do trabalho vai além da técnica e da produção,
envolvendo relações sociais, culturais e científicas. A Educação, nesse viés, estaria
ligada a um movimento constante, em que o saber produzido historicamente retorna à
sociedade por meio do indivíduo que articula esse conhecimento com a realidade,
transformando-a (BRASIL, 2010).
Diante disso, a concepção de conhecimento está articulada ao conceito de
processo educativo entendido como dialógico, integrando trabalho, ciência e cultura.

Nesse sentido, no contexto da educação profissional, o trabalho é o primeiro


foco da educação enquanto prática social, a qual, juntamente com a ciência e a cultura,
contribui para uma formação integrada do estudante. Nessa vertente, o conhecimento
ocorre em uma dinâmica de interação com a realidade, que além de propiciar sua
transmissão de geração em geração, a questiona, visando sua superação, de um ponto de
vista histórico, em um movimento permanente de construção de novos conhecimentos.
Podemos afirmar, então, que o conhecimento não é algo estático, mas, pelo contrário,
trata-se de um processo contínuo de construção e reconstrução voltado à formação
plena do educando (IFSP, 2014).

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1.3.4 Currículo

O indivíduo é reconhecido como principal ator de sua própria aprendizagem,


pois entende-se que os saberes e conhecimentos não se esgotam em si mesmos, mas
adquirem significado mediante sua utilização em situações-problema apresentadas no
cotidiano de sua vida, tornando imprescindível o planejamento e a construção desses
saberes a partir da realidade dos alunos. Essa concepção do processo ensino e
aprendizagem irá refletir-se numa proposta curricular que promova a formação integral
e crítica do indivíduo-cidadão, baseada em princípios éticos e de respeito às
diversidades.
Diante da intenção de se construir um currículo consistente, baseado na
interação entre os conhecimentos específicos e o eixo de formação prática, promove-se
o espaço necessário para que as convergências e semelhanças, as diversidades e
particularidades possam dialogar, resultando no apontamento, com maior precisão, de
qual é o papel, função e significado de cada componente curricular.
O elemento central quando refletimos sobre currículo é buscar a orientação de
uma ação educativa de forma ampla e integrada, o que vai muito além de listas de
conteúdo, somatórias de cargas horárias e matrizes curriculares, mas envolve, acima de
tudo e preponderantemente, uma perspectiva social e política, na qual o valor maior está
no que se vai ensinar e em quais as finalidades desse ensino para quem o vai receber.
Nesse sentido, a indagação “o que selecionar como elemento constituinte de
um currículo?” deve ser necessariamente antecedida por “o que os educandos devem se
tornar?”.
[...] unidade, continuidade e interdependência entre o que se decide ao nível do
plano normativo, ou oficial, e ao nível do plano real, ou do processo de ensino e
aprendizagem. Mais ainda, o currículo é uma prática pedagógica que resulta da
interação e confluência de várias estruturas (políticas, administrativas,
econômicas, culturais, sociais, escolares...) na base das quais existem interesses
concretos e responsabilidades compartilhadas. (PACHECO, 2001, p. 20).
Como princípio, em sua proposta político-pedagógica, os Institutos Federais
deverão ofertar, além da educação básica, especialmente em cursos de ensino médio
integrado à educação profissional técnica de nível médio, também ensino técnico em
geral, bem como graduações tecnológicas, com habilitações em licenciatura e
bacharelado, em áreas em que a ciência e a tecnologia são componentes determinantes,
em particular as engenharias e, ainda, programas de pós-graduação, lato e stricto sensu,
sem deixar de assegurar a formação inicial e continuada de trabalhadores.
Nesse contexto, a transversalidade e a verticalização são dois aspectos que

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contribuem para a singularidade do desenho curricular nas ofertas educativas dos


institutos. A transversalidade, entendida como forma de organizar o trabalho didático,
no caso da educação tecnológica, diz respeito principalmente ao diálogo entre educação
e tecnologia. A tecnologia é o elemento transversal presente no ensino, na pesquisa e na
extensão, configurando-se como uma dimensão que ultrapassa os limites das simples
aplicações técnicas e amplia-se aos aspectos socioeconômicos e culturais.
Essa orientação é intrínseca às arquiteturas curriculares que consideram a
organização da educação profissional e tecnológica por eixo tecnológico. Isto porque a
ênfase é dada às bases tecnológicas e conhecimentos científicos associados a
determinados processos, materiais, meios de trabalho etc.
A verticalização, por sua vez, extrapola a simples oferta simultânea de cursos
em diferentes níveis sem a preocupação de organizar os conteúdos curriculares de
forma a permitir um diálogo rico e diverso entre as formações. Como princípio de
organização dos componentes curriculares, esse aspecto implica o reconhecimento de
fluxos que permitam a construção de itinerários de formação entre os diferentes cursos
da educação profissional e tecnológica: qualificação profissional, técnica, de graduação
e pós- graduação tecnológica.

A transversalidade auxilia a verticalização curricular ao tomar as dimensões do


trabalho, da cultura, da ciência e da tecnologia como vetores na escolha e na
organização dos conteúdos, dos métodos, enfim, da ação pedagógica.
Considera-se que os Institutos Federais, na construção de sua proposta
pedagógica, façam-no com a propriedade que a sociedade tem exigido e se transformem
em instrumentos sintonizados com as demandas sociais, econômicas e culturais,
permeando-se das questões de diversidade cultural e de preservação ambiental, o que
contribuirá para traduzir um compromisso pautado na ética da responsabilidade e do
cuidado.
Vale destacar que a proposta curricular que integra o ensino médio à formação
técnica supera o conceito de escola dual e fragmentada, já que estabelece o diálogo
entre os conhecimentos científicos, tecnológicos, sociais e humanísticos e os
conhecimentos e habilidades relacionados ao trabalho. Assim, trata-se de uma
ordenação do currículo que pode representar, em essência, a quebra da hierarquização
de saberes e colaborar, de forma efetiva, para a educação brasileira como um todo, no
desafio de construir uma nova identidade para essa última etapa da educação básica.
O fazer pedagógico nos Institutos Federais, ao trabalhar para a superação da

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separação ciência/tecnologia e teoria/prática, atuando nos âmbitos da pesquisa como


princípio educativo e científico e das ações de extensão como forma de diálogo
permanente com a sociedade, revela sua decisão de romper com um formato
consagrado, por séculos, de lidar com o conhecimento de forma fragmentada.
Em consonância com esse entendimento, o currículo se torna um poderoso
instrumento de mediação para atingir o conhecimento científico e o desenvolvimento do
raciocínio lógico, construtivo e criativo, a fim de que se estabeleça uma consciência
crítica e reflexiva no indivíduo ao ponto de transformar atitudes e convicções, levando-
o a participar de forma efetiva e responsável da vida social, política, cultural e
econômica de seu país.
Por consequência, alçar uma proposta de educação profissional pautada no
compromisso com a formação humana integral e focada na apreensão conjunta dos
conhecimentos científicos, tecnológicos, histórico-sociais e culturais exige o
estabelecimento de princípios e de pressupostos teóricos, que serão norteadores desse
processo profícuo de construção coletiva.

1.3.5 Prática pedagógica

Desempenhando papel fundamental na concretização da proposta de


verticalização do ensino, o desafio cotidiano para a prática pedagógica docente é o
desenvolvimento de ensino de qualidade junto à ampla gama de públicos que procuram
por profissionalização e inserção do mercado de trabalho, mas sem perder de vista a
formação integrada – para o mundo do trabalho.
Nesse contexto, as práticas pedagógicas, entendidas como conjunto de ações
do professor no espaço de sala de aula (SACRISTÁN, 1999), constroem-se no Instituto
Federal de Educação, Ciência e Tecnologia – IFSP a partir da tensão entre o rotineiro e
mecânico e a premência da reflexão e inventividade perante as exigências educacionais
heterogêneas e, por vezes, contraditórias, advindas de um projeto ainda em constituição.
Partindo do princípio da autonomia e da gestão democrática, que fazem parte
da própria natureza do ato pedagógico, identifica-se a importância e a necessidade de se
estabelecer relações igualmente democráticas, que criem um ambiente institucional
propício ao diálogo e à participação. Dessa forma, as práticas educativas devem levar
em conta os diversos públicos presentes numa instituição em função das diferenças de
gênero, de classe social, de etnia e de religiosidade.

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33

Ao promover a socialização de cidadãos conscientes de suas singularidades e,


acima de tudo, cientes dos aspectos humanos comuns que os unem, o Instituto Federal
de São Paulo deve prover uma Educação emancipadora, tanto aos discentes como aos
servidores. Para isso, a própria formação continuada, inerente aos docentes, requer a
incorporação, por eles, de práticas pedagógicas que aprofundem a temática da formação
cultural da sociedade brasileira. O docente necessita superar o senso comum ao
interagir com diferentes grupos culturais, entrando, de certa forma, no mundo do
“outro”, reconhecendo a diferença que permita construir a igualdade, na busca da
sociedade democrática.
Uma formação integrada, além de possibilitar o acesso a conhecimentos,
promove a reflexão crítica tanto sobre os padrões culturais, quanto a respeito das
referências e tendências estéticas que se manifestam em tempos e espaços históricos,
incorporando, dessa forma, os valores ético-políticos.
Integrando, com isso, a ciência e a cultura, a formação profissional deve
objetivar a formação plena do educando, de forma a possibilitar construções
intelectuais mais elevadas, apropriação de conceitos necessários para intervenção
consciente na realidade e compreensão do processo histórico de construção do
conhecimento. Assim, contribui-se para a formação de sujeitos autônomos, que possam
compreender-se no mundo e, dessa forma, atuar nele por meio do trabalho,
transformando a cultura em função das necessidades coletivas da humanidade e,
também, a natureza, ao mesmo tempo em que cuidam de sua preservação.
Para a construção da autonomia intelectual do educando, o ensino pode e deve
ser potencializado pela pesquisa, orientada ao estudo e à busca de soluções para as
questões teóricas e práticas da vida cotidiana dos sujeitos trabalhadores. Nesse sentido,
a pesquisa, como princípio pedagógico, instiga a curiosidade do estudante em direção
ao mundo que o cerca, gerando inquietude.
Essa atitude de inquietação diante da realidade, potencializada pela pesquisa,
contribui para que o sujeito possa, individual e coletivamente, formular questões de
investigação e buscar respostas na esfera mais formal, seja na forma aplicada, seja na
denominada pesquisa de base acadêmica, como também em outros processos de
trabalho, em um movimento autônomo de (re)construção de conhecimentos.
No processo de ensino, entendemos que se deva priorizar uma metodologia
que permita a inserção do educando como agente de sua aprendizagem, ou seja, a
participação efetiva do estudante na construção de seu conhecimento.
Uma das possibilidades metodológicas é trazer, para a sala de aula, os

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problemas do mundo atual e/ou situações-problema que simulem a realidade, a fim de


que os alunos possam sugerir propostas de resolução ou de possíveis encaminhamentos,
promovendo-se o desenvolvimento da autonomia intelectual e do pensamento crítico.

Capítulo 2 – Caracterização da unidade

O Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de São Paulo, câmpus


Campos do Jordão, oferece à sociedade uma educação pública, gratuita e de qualidade,
estabelecendo-se como uma importante instituição de ensino para todos que buscam a
educação como uma prática social, relacionando cotidiano e cultura ao mundo do
trabalho e enfatizando a produção, o desenvolvimento e a difusão de conhecimentos
científicos e tecnológicos.
O câmpus Campos do Jordão teve seu funcionamento autorizado, em um
primeiro momento, pela Portaria Ministerial nº 711, de 09 de junho de 2008, enquanto
Unidade de Ensino Descentralizada (UNED) do CEFET/SP, e, em um segundo
momento, pela Portaria Ministerial nº 116, de 29 de janeiro de 2010, do Ministro da
Educação, como câmpus do Instituto Federal de Educação Ciência e Tecnologia de São
Paulo – IFSP, atendendo aos pressupostos do Plano de Expansão I da Educação
Tecnológica, proposto pela administração do presidente Luís Inácio Lula da Silva.
O prédio do câmpus Campos do Jordão foi inicialmente destinado, em 1998, a
abrigar uma unidade de Educação Profissional, sendo financiado pelo PROEP, projeto
que, no entanto, não teve continuidade e cujas obras foram paralisadas em meados de
2001. Em 2006, houve a refederalização da edificação, a qual, assim, foi repassada ao
CEFET/SP, no intuito de prover as atividades educacionais inicialmente programadas.

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Identificação do câmpus Campos do Jordão


NOME: Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de São Paulo - câmpus
Campos do Jordão.
SIGLA: IFSP – CJO
CNPJ: 10.882.594/0008-31
ENDEREÇO: Rua Monsenhor José Vita, 280 – Vila Abernéssia – Campos do
Jordão/SP
CEP: 12460-000
TELEFONE: (12) 3668-9620
FAC-SÍMILE: (12) 3668-9620
PÁGINA INSTITUCIONAL NA INTERNET: http://ifspcjo.edu.br
ENDEREÇO ELETRÔNICO: camposdojordao@ifsp.edu.br
DADOS SIAFI: UG: 158347
GESTÃO: 26439
AUTORIZAÇÃO DE FUNCIONAMENTO: Portaria de criação do campus: Portaria
Ministerial nº 116, de 29/01/2010.

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2.1 O Município de Campos Do Jordão

2.1.1 Origem e nome do município

Em 20 de setembro de 1790, Inácio Caetano Vieira de Carvalho, tendo obtido


carta de sesmaria de três léguas nos campos do Capivari, no alto da serra da
Mantiqueira, neles instalou a Fazenda Bonsucesso. Desde então, por questão de divisas,
passou a ser hostilizado por João Costa Manso, sesmeiro da Fazenda São Pedro, que
abrangia a região onde está a atual cidade mineira de Delfim Moreira, outrora Itagiba
ou Itajubá Velho. De simples luta entre vizinhos, os acontecimentos foram evoluindo
para a luta aberta entre as capitanias de São Paulo e Minas, por questões de limites.
Vieira de Carvalho defendia os direitos de São Paulo e tinha o apoio integral das
autoridades de Pindamonhangaba e da capitania, e Costa Manso, embora paulista,
defendia os direitos de Minas e contava com o apoio das autoridades mineiras que, na
luta, intervinham com forças armadas.
Com a morte de Vieira de Carvalho, em 1823, e a de Costa Manso, ocorrida no
mesmo ano, a luta, praticamente, cessou. Os herdeiros de Vieira de Carvalho venderam
a Fazenda Bonsucesso ao Brigadeiro Jordão, que faleceu antes de conhecê-la, embora
tivesse mudado o nome da propriedade para Fazenda Natal. Esta, então, ficou conhecida
como os “Campos do Jordão”, devido ao hábito de ligar-se o nome do proprietário à
propriedade. Finalmente o nome foi oficializado em homenagem ao Brigadeiro Manoel
Rodrigues Jordão.

2.1.2 Histórico

Em 29 de abril de 1874, Mateus da Costa Pinto adquiriu alguns lotes à beira do


Rio Imbiri e a data passou a ser considerada como oficial de fundação do município.
Em 29 de outubro de 1915, a Lei Estadual nº 1.471 cria o distrito denominado
Campos do Jordão, que fica subordinado ao município de São Bento do Sapucaí.
Em divisão administrativa referente ao ano de 1933, o distrito de Campos do
Jordão figura nesse mesmo município, o qual também era constituído pelo distrito de
Santo Antônio do Pinhal.
Em 1934, Campos do Jordão emancipou-se de São Bento do Sapucaí e, a

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partir da década de 1950, a cidade passou a se consolidar como um dos principais


destinos de inverno do Brasil.
Elevado à categoria de município com a denominação de Campos do Jordão
pelo Decreto n.º 6.501, de 19 de junho de1934, sendo desmembrado do município de
São Bento do Sapucaí.
Campos do Jordão é um município brasileiro localizado no interior do estado
de São Paulo, mais precisamente na Serra da Mantiqueira, e faz parte da recém-criada
Região Metropolitana do Vale do Paraíba e Litoral Norte, pertencendo à sub-região 2 de
Taubaté.
A cidade fica a 1.628 metros do nível do mar, sendo, portanto, o mais alto
município brasileiro, considerando a altitude da sede. Sua população estimada, em
2014, era de 50.541 habitantes. Distante 173 km da cidade de São Paulo, 350 km do Rio
de Janeiro e 500 km de Belo Horizonte, tem, como sua principal via de acesso, a
Rodovia Floriano Rodrigues Pinheiro (SP-123).

2.1.3 Características geográficas

Campos do Jordão (às vezes chamada por engano de Campos de Jordão),


também conhecida como a Suíça Brasileira, é um município brasileiro do estado de São
Paulo. Localiza-se na Serra da Mantiqueira, a 22º44’22” de latitude Sul e 45º35’29” de
longitude Oeste, e possui uma área de 290 km², estando a uma altitude de 1.628 metros.
Sua população estimada, em 2014, era de 50.541 habitantes.

Por cumprirem os pré-requisitos definidos por lei estadual, Campos do Jordão


é um dos quinze municípios paulistas considerados estâncias climáticas pelo estado,
nomeação que garante a essas cidades uma verba pública maior, a fim de que possam
promover o turismo regional. Dada essa característica local, o município também
adquire o direito de agregar junto a seu nome o título de estância climática, termo pelo
qual passa a ser designado tanto pelo expediente municipal oficial quanto pelas
referências estaduais. Campos do Jordão teve seu clima classificado como o Melhor do
Mundo no Congresso Climatológico de Paris em 1957e tem o turismo a principal
atividade econômica da cidade.
A designação de "Suíça Brasileira" é uma estratégia de marketing devida à sua
arquitetura tardia baseada em construções europeias e ao seu clima mais frio que a
média brasileira. Por isso, a cidade recebe maior quantidade de turistas durante a

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estação do inverno, especialmente no mês de julho.

2.1.4 Demografia

No município de Campos de Jordão, segundo dados do IBGE, a população


estimada em 2017 é de 51.454 pessoas. Segundo o último censo realizado no ano de
2010 a população era de 47.789, resultando em uma densidade demográfica de 164,76
habitantes por quilômetro quadrado, conforme figura 1.

Figura1: População do Municipio de Campos do Jordão

Fonte: IBGE

2.1.5 Hidrografia

Cerca de 4/5 do município de Campos do Jordão fazem parte da Bacia Paraná-


Uruguai, cujas nascentes se localizam no bairro jordanense de Umuarama. Considerado
a vertente mais alta do rio da Prata, o rio mais importante da cidade é o Capivari
(Ribeirão Capivari) que, em seu curso, vai recebendo o rio Abernéssia, os ribeirões do
Imbiri e das Perdizes e os córregos do Guarani e do Homem Morto, depois do qual
passa a denominar-se rio Sapucaí-Guaçú e que, mais distante do município, unindo-se
ao rio das Mortes, vai formar o rio Grande. O rio Sapucaí-Guaçú recebe, ainda nos
limites de Campos do Jordão, as águas dos ribeirões dos Marmelos, do Paiol, da
Ferradura, da Serra, do Campo do Meio, da Guarda ou Gaiarada, do Casquilho, do
Serrote e do Coxim. Na extremidade sudeste da cidade, nas vertentes voltadas para o
Vale do Paraíba, descem os ribeirões das Barradas, do Paiol Velho, dos Melos e do
Lageado.

2.1.6 Acesso

O principal acesso para Campos do Jordão é a Rodovia Floriano Rodrigues


Pinheiro (SP-123), a qual se inicia no entroncamento que une a Rodovia Carvalho

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Pinto/Ayrton Senna (SP-70) e a Rodovia Presidente Dutra (BR-116/SP-60), na altura de


seu km 118, ponto localizado no subdistrito de Quiririm, entre Taubaté e Caçapava. De
outra forma, a rodovia SP-123 também pode ser acessada através de estradas
municipais que saem da cidade de Roseira, como a SP-62 (situada na altura do km 82
da Rodovia Presidente Dutra), ou atravessando a cidade de Pindamonhangaba
(localizada no km 98 da mesma rodovia).
Como via alternativa ao acesso da cidade, a SP-50 constitui-se, também, uma
atração turística, atravessando belas áreas rurais, lugarejos típicos da região serrana e a
cidade de Monteiro Lobato. Essa estrada tem entroncamento com a SP-42, que a liga à
Estância de São Bento do Sapucaí (SP) e ao sul de Minas Gerais, através da MG-295,
que, por sua vez, une-se à Rodovia Fernão Dias, na cidade de Pouso Alegre (MG).

2.1.7 Limites

A cidade de Campos do Jordão tem como limites os municípios de Piranguçu,


Venceslau Brás, Guaratinguetá, Pindamonhangaba, Santo Antônio do Pinhal e São
Bento do Sapucaí, conforme figura 2.
Figura 2: População do Municipio de Campos do Jordão

Fonte: Google

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2.1.8 Sede de região de governo

A cidade de Campos do Jordão possui uma área de 290 km². Observa na figura
3, abaixo que a Região de Governo se encontra na cidade sede de Taubaté, é uma das
42 regiões de governo do estado brasileiro de São Paulo, possui uma área total de
4.237,851 km² e está dividida em dez municípios, sendo eles Campos do Jordão,
Lagoinha, Natividade da serra, Pindamonhangaba, Redenção da Serra, Santo Antônio
do Pinhal, São Bento do Sapucaí, São Luiz do Paraitinga, Taubaté e Tremembé. E na
figura 4, observa-se que, a Região Administrativa encontra-se na cidade sede de São
José dos Campos, e é uma das quinze regiões administrativas do estado brasileiro de
São Paulo, formada pela união de 39 municípios, são eles Aparecida, Arapeí, Areias,
Bananal, Cachoeira Paulista, Caçapava, Campos do Jordão, Canas, Caraguatatuba,
Cruzeiro, Cunha, Guaratinguetá, Igaratá, Ilhabela, Jacareí, Jambeiro, Lagoinha,
Lavrinhas, Lorena, Monteiro Lobato, Natividade da Serra, Paraibuna,
Pindamonhangaba, Piquete, Potim, Roseira, Queluz, Redenção da Serra, Santa Branca,
Santo Antônio do Pinhal, São Bento do Sapucaí, São Luiz do Paraitinga, São José do
Barreiro, São José dos Campos, São Sebastião, Silveiras, Taubaté, Tremembé, Ubatuba,
distribuídos em cinco regiões de governo. O Vale do Paraíba Paulista, além dos trinta e
nove municípios, agrega Guararema, Jambeiro, Santa Isabel, Salesópolis, que apesar de
se situarem geograficamente no Vale do Paraíba, pertencem politicamente à Grande
São Paulo.

Figura 3: Região de Governo

Fonte: WIKIPÉDIA

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Figura 4: Região Administrativa

Fonte: WIKIPÉDIA

2.1.9 Dados socioeconômicos do município

Com 8,9% da população dos municípios que compõem a região da Serra da


Mantiqueira e do Vale do Paraíba, o município de Campos do Jordão encontra-se numa
posição intermediária em relação a eles. Sua taxa de desenvolvimento, de 3,9% do PIB
da mesma região, o coloca, igualmente, dentro da média dos outros municípios.

Figura 5: Trabalho e rendimento

Fonte: IBGE

Como se observa na figura 5, a renda salarial média mensal da população de


Campos do Jordão em 2010, era de ½ salário mínimo, índice que atingia um percentual
de 30,6% da população do município. Em 2015, a média do salário mensal dos
trabalhadores formais subiu para 2,1 salários mínimos. Segundo que nessa mesma
fonte, a proporção de pessoas ocupadas em relação à população total era de 29,7%.

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Podemos notar, diante dos dados apresentados, que o valor da renda mensal
subiu, saltando de ½ salario mínimo em 2010 para 2,1 salario mínimo em 2015, em
contrapartida, diminui-se o percentual de pessoas empregadas no município.

Figura 6: Renda per capita do município de Campos do Jordão

FONTE: IBGE

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Observa-se na figura 6 que, em comparação com outros municípios do estado,


Campos do Jordão ocupava a posições 329 entre as 645 cidades do estado de São Paulo.
Já na comparação com cidades do país todo, encontra-se na posição 1559 entre os 5570
municípios do Brasil. O município apresenta uma renda per capita de aproximadamente
R$ 21.495,06. Ainda assim depende, para o fechamento de suas contas públicas, que
61% do percentual total das receitas sejam oriundas de fontes externas, emendas
parlamentares e ou convênios.

Condições de Vida no Município de Campos do Jordão

Para mensurarmos as condições de vida do município de Campos do Jordão se


faz necessário conhecer o que é o Indice de Desenvolvimento Humano (IDH). O IDH é
uma medida importante concebida pela Organização das Nações Unidas (ONU) para
avaliar a qualidade de vida e o desenvolvimento econômico de uma população.
Anualmente é elaborado um Relatório de Desenvolvimento Humano (RDH) pelo
programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD) com base em três
critérios (Saúde, Educação e Renda) que são medidos da seguinte forma:
-Uma vida longa e saudável (Saúde): expectativa de vida ao nascer.
-O acesso ao conhecimento (Educação): média de anos de estudo (adultos) e
anos esperados de escolaridade (crianças).
-Um padrão de vida decente (Renda): medido pela Renda Nacional Bruta
(RNB) com base na Paridade de Poder de Compra (PPC) por habitante.
O IDH varia entre 0 (nenhum desenvolvimento humano) e 1 (desenvolvimento
humano total), revelando que quanto maior a proximidade de 1, mais desenvolvido é o
municipio.
Diante das informações que foram apresentadas pode-se observa na tabela 1
que o Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) do município de Campos do Jordão
em 2010, se encontra em 0,749, o que o coloca em uma faixa de desenvolvimento
humano considerada alta. A dimensão que mais contribuiu para o IDHM do município
foi a longevidade, com índice de 0,852, seguida de renda, com índice de 0,761, e de
educação, com índice de 0,648.
A partir dos dados apresentado nesta tabela, conclui-se que, o município de
Campos do Jordão é uma cidade que concentra um alto índice de idosos, seguida de

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uma renda considerada elevada, no entanto o quesito educação merece especial


atenção.

Tabela 1: Índice de Desenvolvimento Humano do Município

Faixa do IDHM
(Longevidade + Educação +
Renda)

IDH-M Renda:
População (censo 2010)
0,761 47.789 hab.
Área IDH 2010
IDH-M Área urbana
290,65Km² 0,749 Longevidade: 0,852
47.491 hab.
IDH-M Educação:
0,648
Área rural
298 hab.
Homens: 23.393 hab.
Alto (IDHM entre
Mulheres: 24.396 hab.
0,700 e 0,799)

IDH-M 0,749

Fonte: Atlas Brasil

Expectativa de Vida na cidade de Campos do Jordão

Tabela 2: Expectativa de Vida no município de Campos do Jordão

Fonte: PNUD, Ipea e FJP

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Observa-se na tabela 2 que a mortalidade infantil (mortalidade de crianças com


menos de um ano de idade) no município é de 13,1 óbitos por mil nascidos vivos,

em 2010. Já a mortalidade de crianças com até 5 anos de idade é de 15,2 óbitos


por mil crianças desta idade vivas.
A esperança de vida ao nascer é o indicador utilizado para compor a dimensão
Longevidade do Índice de Desenvolvimento Humano Municipal (IDHM). No
município, a esperança de vida ao nascer em 2010 é de 76,1 anos.
Diante do exposto, o município de Campos do Jordão apresenta um
considerável índice na esperança de vida ao nascer. É importante compreender que a
melhora nos índices de educação traria benefícios em mesma proporção para a
qualidade de vida dos munícipes que, não somente terão a dádiva de viver mais, mas
poderão viver melhor, inclusive na terceira idade.
Uma elevação no indíce de educação beneficiaria também a economia e o
desenvolvimento local.

Educação na cidade de Campos do Jordão

Podemos através do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE),


visualizar os índices de desenvolvimento da educação no município até o ano de 2015,
conforme figura 7. Neste ano, os alunos dos anos inicias da rede pública da cidade
tiveram média 6 no Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (IDEB), os alunos
dos anos finais, obtiveram média 5. Esse índice em comparação com outras cidades do
mesmo estado colocava Campos do Jordão na posição de 413 de 645. E, considerando a
nota dos alunos dos anos finais, a posição passava a 229 de 645. A taxa de
escolarização (para pessoas de 6 a 14 anos) foi de 97.1 em 2010. Isso posicionava o
município na posição 519 de 645 dentre as cidades do estado e na posição 3514 de 5570
dentre as cidades do Brasil.

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Figura 7: Indice de Desenvolvimento da Educação

Fonte: IBGE/SEADE

Os dados da tabela acima apresentam os índices de desenvolvimento da


educação no município segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística
(IBGE). No ano de 2010, a taxa de escolarização entre os alunos com idades de 6 a 14
anos foi de, 97,1%, atingindo média 6 no Índice de Desenvolvimento da Educação
Básica (IDEB), a mesma média não foi atingida pelos alunos dos anos finais, que
obtiveram 5. Em comparação com outras cidades do mesmo estado este índice colocava
Campos do Jordão na posição de 413 de 645, em relação ao ensino fundamental anos
inciais. E, considerando a nota dos alunos dos anos finais, a posição passava a 229 de
645. Em relação a taxa de escolarização (para pessoas de 6 a 14 anos) que foi de 97.1%
em 2010, o município ocupou a posição 519 de 645 cidades do estado e a posição 3514
entre as 5570 cidades do Brasil.

Com base nestes dados do IBGE, foi diagnosticado que, em termos de


rendimento escolar, a população dos municípios da região tenderá a um equilíbrio geral
nos próximos 20 anos, ainda que haja uma ligeira redução dos percentuais
populacionais localizados nas faixas de idade típicas do ensino fundamental e médio.
Em relação à participação do município de Campos do Jordão no ensino da
região, observa-se, que houve 7.287 matrículas no ensino fundamental, mas uma queda
de matriculas no ensino médio, que ficou em torno de 1904. No nível fundamental, a
região demonstra a tendência de atingir as metas do MEC, mas no ensino médio está

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bem abaixo da meta estabelecida.


Na relação de docentes da tabela 7, o número apresentado não reflete a
realidade, uma vez que não contabiliza os docentes que atuam no ensino médio do
Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia Campus Campos do Jordão
(IFSPCJO).

Figura8: Escolaridade da população do município de Campos do Jordão

Sabe-se que a educação também compõe o IDHM. E a escolaridade da


população adulta é um indicador. Em 2010, conforme demonstrado na figura 8,
considerando-se a população municipal de 25 anos ou mais de idade, 5,43% eram
analfabetos, 48,1% tinham o ensino fundamental incompleto e/ou eram alfabetizado,
18,4% possuíam o ensino fundamental completo e/ou médio incompleto, 19,5%
possuíam o médio completo e/ou superior incompleto e 8,6%, o superior completo.
Acredita-se que, esse indicador carrega uma grande inércia, em função do peso
das gerações mais antigas, de menor escolaridade.
Diante do exposto, verifica-se que o IFSPCJO encontra condições
favoráveis para a implantação do PROEJA.

Projeto Político-Pedagógico: 2018-2022


IFSP – Câmpus Campos do Jordão
48

Emprego e Renda na cidade de Campos do Jordão

É importante observar que a cidade possui atividade econômica voltada ao


comércio varejista e, principalmente, ao turismo, com uma vasta rede hoteleira. De
acordo com os dados na tabela 6, o setor com maior empregabilidade do município é
o setor de serviços, em 2012 empregou cerca de, 7.870 pessoas e em 2016, cerca de,
8.194, para atender um público de mais de 2 milhões de visitantes/ ano, a cidade
conta com uma estrutura variada, composta de hotéis, restaurantes e muitos
atrativos que, somados à tranquilidade e ao clima da cidade, fortalecem o terceiro setor.

Em relação aos salários, conforme observa-se na tabela 7, houve uma pequena


alteração nos salários no município em 2012 a média de ganho mensal entre os
empregos formais era de R$ 1.479,04 e em 2016, foi para R$ 1.923,10.

Tabela 3: Empregos formais entre homens e mulheres no município de Campos do Jordão


Empregos Empregos
Empregos
Localidade Período Formais de Formais de
Formais
Homens Mulheres
Campos do 2012 13.328 6.617 5.711
Jordão
Fonte: SEADE

Diante do exposto o IFSPCJO, por meio de práticas pedagógicas dissemidas e


do empoderamento feminino, pode contribuir para uma pariedade no mercado de
trabalho do município.

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IFSP – Câmpus Campos do Jordão
49

Tabela 4: Empregos formais das pessoas de 24 a 60 anos de idades no município de Campos do


Jordão
Empregos Empregos Empregos
Empregos
formais das formais das formais das
Empregos formais das
Localidade Períodos pessoas de pessoas de pessoas de
formais pessoas de
25 a 39 40 a 59 60 anos ou
até 24 anos
anos anos mais
Campos do 2012 12.328 2.473 5.538 3.941 376
Jordão
Campos do 2013 12.474 2.324 5.589 4.149 412
Jordão
Campos do 2014 12.819 2.365 5.721 4.288 445
Jordão
Campos do 2015 12.948 2.331 5.720 4.435 462
Jordão
Campos do 2016 12.441 2.183 5.375 4.367 516
Jordão
Fonte: SEADE

Campos do Jordão, diante dos dados apresentados, demonstra que o seu maior
índice de empregabilidade é maior entre as idades de 25 a 39 anos.
É notório que existe um nicho de oportunidades a serem exploradas para
capacitação e consequente melhora na empregabilidade das demais faixas etárias.

Projeto Político-Pedagógico: 2018-2022


IFSP – Câmpus Campos do Jordão
50

Tabela 5: Empregos formais entre pessoas de diferentes níveis de escolarização no município de


Campos do Jordão

Empregos Empregos
Empregos formais formais
Empregos
formais das das das
formais das
Empregos pessoas com pessoas pessoas
Localidade Períodos pessoas com
formais ensino com com
fundamental
fundamental ensino ensino
incompleto
completo médio superior
completo completo

Campos do 2012 12.328 1.823 3.365 5.321 1.819


Jordão

Campos do 2013 12.474 1.494 3.332 5.602 2.046


Jordão

Campos do 2014 12.819 1.388 3.356 5.959 2.116


Jordão

Campos do 2015 12.948 1.308 3.437 6.234 1.969


Jordão

Campos do 2016 12.441 1.159 3.146 6.315 1.821


Jordão

Fonte: SEADE

Observa-se na tabela 5, a maior empregabilidade no município está entre as


pessoas com ensino médio completo, em 2012 esse número era de 5.321, passando para
6.315 em 2016.
A partir dos índices apresentados neste gráfico é possível traçar metas para o
desenvolvimento da educação no município, como implantação de novos cursos
técnicos concomitantes/subsequentes e de graduação.

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51

Tabela 6: Empregos formais nos diversos segmentos do município de Campos do Jordão

Empregos
Empregos formais do
Formais da comércio
agricultura, Empregos atacadista e Empregos
Empregos
Empregos pecuária, formais da varejista e do formais
Localidade Períodos formais da
Formais produção indústria comércio e dos
construção
florestal, reparação de serviços
pesca e veículos
aquicultura automotores e
motocicletas

Campos do 2012 12.328 40 1.164 511 2.743 7.870


Jordão

Campos do 2013 12.474 41 1.132 403 2.756 8.142


Jordão

Campos do 2014 12.819 45 996 381 2.886 8.511


Jordão

Campos do 2015 12.948 46 810 384 2.953 8.755


Jordão

Campos 2016 12.441 48 974 297 2.928 8.194


do Jordão

Fonte: SEADE

A partir dos índices apresentados na tabela 6, é possível traçar metas para o


desenvolvimento de novos cursos nas suas diversas modalidades, uma vez que, a maior
empregabilidade do município se encontra no segmento de serviços.

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52

Tabela 7: Rendimento médio dos Empregos Formais nos diversos segmentos do município de Campos do
Jordão

Rendimento
Rendimen
Médio dos
to Médio
Empregos
dos
Formais do
Empregos
Comércio Rendiment
Formais Rendiment Rendiment
Rendimento Atacadista e o Médio
da o Médio o Médio
Médio do Varejista e dos
Agricultur dos dos
Total de do Empregos
a, Empregos Empregos
Localidades Períodos Empregos Comércio e Formais
Pecuária, Formais da Formais da
Formais Reparação dos
Produção Indústria Construção
(Em moeda de Veículos Serviços
Florestal, (Em moeda (Em moeda
corrente) Automotore (Em moeda
Pesca e corrente) corrente)
se corrente)
Aquicultu
Motocicleta
ra (Em
s (Em
moeda
moeda
corrente)
corrente)

Campos do 2012 1.479,04 899,26 2.933 1.396,48 1.189,9 1.371,04


Jordão

Campos do 2013 1.537,67 910,83 2.141,78 1.302,41 1.309,17 1.545,93


Jordão

Campos do 2014 1.664,72 970,64 2.339,92 1.367,46 1.342,93 1.712,83


Jordão

Campos do 2015 1.771,74 1.054,98 2.277,21 1.584,63 1.505,83 1.828,69


Jordão

Campos do 2016 1.923,1 1.154,95 2.738,44 1.718,48 1.633,25 1.943,31


Jordão

Fonte: SEADE

A tabela 7, nos apresenta um alto índice de empregabilidade nos segmentos da


industria e de serviços e com uma atrativa remuneração. Diante disso, o estudo de
demanda de cursos para o IFSPCJO, deve levar em consideração os dados aqui
apresentados.

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IFSP – Câmpus Campos do Jordão
53

2.1.10 Contexto sócio histórico

Desde os seus primórdios, o comércio de Campos do Jordão foi se


desenvolvendo no entorno da Estação Ferroviária de Campos do Jordão, localizada no
bairro de Vila Abernéssia. Atualmente, a atividade comercial local predomina na
mesma região, que reúne, ainda, o centro cívico e administrativo do município e onde
são encontrados, também, bancos, supermercados, lojas, mercado municipal, hospitais,
escolas e centros médicos e odontológicos. Tal concentração de atividades confere ao
bairro uma posição de grande importância na cidade.
No que se refere à indústria jordanense, seu primeiro movimento expressivo
foi o da construção civil, que se deu por volta de 1920. Atualmente, no entanto,
a indústria na cidade desenvolve-se de acordo com o turismo, base da economia local.
Nesse sentido, a indústria hoteleira de Campos do Jordão é uma das melhores do Brasil
claramente por conta do fluxo intenso de visitantes que a cidade recebe durante todo o
ano, seja procurando a cidade para participar de festivais ou de outro evento específico,
seja somente pelo repouso e pela qualidade de estadia.
Com o progresso turístico local ao longo dos anos, ocorreu um considerável
surgimento de inúmeras pequenas indústrias de artesanato, onde são fabricadas
lembranças da cidade e, também, doces e geleias em conserva, para vender aos turistas.
Além disso, a partir da década de 1970, deu-se início à produção de
chocolate da mais alta qualidade, grande referencial de Campos do Jordão atualmente.
Ainda a respeito da atividade industrial, o setor têxtil encontrou, a partir da
década de 1960, um grande potencial na região do município, fazendo da malharia mais
um polo industrial local.
A agricultura também recebe destaque em Campos do Jordão. No cenário
rural, atividades como a fruticultura e a silvicultura ocupam 60% da área local, o que
faz com que o município seja conhecido por suas flores e folhagens, pêssegos, ameixas,
nectarinas, castanhas, framboesas, amoras e hortaliças.
No que se refere à piscicultura, desde 1996, quando duzentas mil trutas foram
lançadas nos rios de Campos do Jordão, elas são atrações para pescadores de diversas
regiões. Ao longo desse período, A espécie chamada truta arco-íris adaptou-se bem aos
rios locais, especialmente por conta de a água possuir um baixo teor de oxigênio (se

Projeto Político-Pedagógico: 2018-2022


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54

comparada aos rios da América do Norte, de onde o peixe é originário). Seu processo de
crescimento permite que, em um ano, ela alcance 30 centímetros de comprimento e 250
gramas, podendo ser pescada.

2.1.11 Contexto Sócio Escolar do câmpus

Atualmente, o câmpus possui 758 alunos regularmente matriculados. A


maioria deles é oriunda do município de Campos do Jordão e de cidades vizinhas, como
Piranguçu, Pindamonhangaba, Sapucaí Mirim, São Bento do Sapucaí, Santo Antônio do
Pinhal, entre outros.
Desse universo de estudantes, 50% declararam que cursaram as séries iniciais
do ensino básico em escola pública e 50% em escola privada.

2.2 Cursos Oferecidos

O câmpus Campos do Jordão foi inaugurado no dia 02 de fevereiro de 2009,


ainda com obras em andamento, as quais foram totalmente finalizadas em junho do
mesmo ano. O início das atividades escolares se deu com a abertura de 40 vagas para o
curso Técnico em Edificações e 40 vagas para o Curso Técnico em Informática, sendo
ambos oferecidos nas modalidades subsequente e concomitante. A escolha pela oferta
desses cursos ocorreu em virtude da necessidade de profissionais voltados para as áreas
de construção civil e de informática que pudessem atuar, sobretudo, na região,
contribuindo para o seu desenvolvimento.
Em 2012, dois novos cursos superiores, com 40 vagas cada um, foram
ofertados à comunidade de Campos do Jordão e região: em fevereiro desse ano, iniciou-
se o curso superior Tecnologia em Análise e Desenvolvimento de Sistemas e, em
agosto, o de Licenciatura em Matemática.
Com relação aos critérios para a escolha dessas graduações, o curso
Tecnologia em Análise e Desenvolvimento de Sistemas foi implantado a partir da
identificação da necessidade de informação a respeito dos conteúdos abrangidos por
esses cursos nas instituições de serviços ou produtos locais, independentemente do
porte de cada uma delas. O curso de Licenciatura em Matemática, por sua vez, foi
implantado para suprir a necessidade de professores da Educação Básica na região do
município. Ambos têm possibilitado a oportunidade de inclusão social e profissional ao

Projeto Político-Pedagógico: 2018-2022


IFSP – Câmpus Campos do Jordão
55

egresso. Vale ressaltar

que, em março de 2015, o curso de Tecnologia em Análise e Desenvolvimento


de Sistemas foi avaliado pelo MEC, recebendo nota 4 e, em 2016, o curso de
Licenciatura em Matemática do câmpus Campos do Jordão também foi avaliado pelo
MEC, recebendo, igualmente, nota 4.
A partir de 2015, foi realizado o processo seletivo para um novo curso no
câmpus, desta vez o de Técnico de Eventos, o qual foi oferecido nas modalidades
concomitante e subsequente. Sua proposta busca dar ênfase às áreas de hospitalidade e
gestão de eventos e, nesse sentido, procura-se preparar os alunos a fim de suprir a
demanda por profissionais qualificados, orientando-os no que tange a critérios de
qualidade na prestação do serviço e à valorização da cultura e das tradições regionais.
No ano seguinte, 2016, iniciaram-se as atividades do curso Técnico em Hospedagem,
que visa qualificar a mão de obra local para atuar na área operacional dos meios de
hospedagem da região, assim como em outros locais de atendimento ao público, como
hospitais, navios, atrativos turísticos e shoppings.
Ainda em 2016, procurando contribuir para o desenvolvimento local e
regional, através da promoção de um ensino de excelência e de um processo de
capacitação profissional, o Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de São
Paulo – IFSP câmpus Campos do Jordão ofertou o curso Técnico em Informática
Integrado ao Ensino Médio, modalidade de curso inédito no município. Em 2017,
seguindo os passos dessa iniciativa, foram abertas, também, as inscrições para o curso
Técnico em Edificações Integrado ao Ensino Médio.
No mesmo ano, deu-se, igualmente, a oferta do curso de Licenciatura em
Pedagogia que justifica-se no intuito de atender as metas do Plano Nacional de
Educação 2014-2024 – PNE. O documento discorre acerca da expectativa no aumento
da quantidade de docentes em Creches, Pré-escolas e Classes de alfabetização para
garantir o atendimento de 50% das crianças de até 3 anos de idade, 80% das crianças de
4 a 6 anos e de 100% das crianças de 6 anos, dentro do prazo de dez anos. Para tanto
será necessária a formação de profissionais para essa área de atuação, demanda a ser
sanada com a abertura do curso de Licenciatura em Pedagogia .
Já em 2018, o câmpus promoveu o início do curso Tecnólogo em Gestão de
Turismo, primando sempre por um ensino de excelência. Tal abertura justifica-se na Lei
de criação do IFSP que tem como objetivo principal oferecer educação profissional e

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IFSP – Câmpus Campos do Jordão
56

tecnológica levando em consideração o arranjo produtivo local. Conforme descrito na


caracterização do município (capítulo 2), a vocação de Campos do Jordão é o turismo,
sendo assim, formar profissionais para atuar nesse ramo é fundamental para garantir a
um salto na qualidade dos serviços oferecidos aos turistas e consequentemente
contribuir para o desenvolvimento socioeconômico da região.
Além dessas possibilidades de formação, no câmpus Campos do Jordão do
IFSP funcionam, também, programas de Ensino, Extensão e Pesquisa, com alunos
bolsistas e alunos voluntários.

CURSOS OFERECIDOS NO IFSP - CÂMPUS CAMPOS DO JORDÃO

CURSOS TÉCNICOS (NÍVEL MÉDIO)

Técnico Integrado ao Ensino Médio


Informática Oferecido a partir do 1º semestre de 2016.

Edificações Oferecido a partir do 1º semestre de 2017.

Técnico Concomitante/Subsequente
Técnico em Edificações Oferecido a partir do 1º semestre de 2009.

Técnico em Informática Curso, atualmente, em descontinuidade.

Técnico em Hospedagem Oferecido a partir do 1º semestre de 2016.

Técnico em Eventos Oferecido a partir do 1º semestre de 2015.

GRADUAÇÃO (NÍVEL SUPERIOR)


Licenciaturas
Licenciatura em Matemática Oferecido a partir do 2º semestre de 2012.

Licenciatura em Pedagogia Oferecido a partir do 1º semestre de 2017.

Tecnologias
Análise e Desenvolvimento de Sistemas Oferecido a partir do 1º semestre de 2012.

Tecnologia em Gestão de Turismo Oferecido a partir do 1º semestre de 2018.

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57

NÚMERO DE ALUNOS REGULARMENTE MATRICULADOS EM 2018

Curso Número de Alunos Matriculados


Análise e Desenvolvimento de Sistemas 179
Tecnologia em Gestão de Turismo 45
Licenciatura em Matemática 118
Licenciatura em Pedagogia 77
Técnico em Edificações 77
Técnico em Informática 4
Técnico em Hospedagem 25
Técnico em Eventos 47
Técnico em Informática Integrado ao Ensino Médio 109
Técnico em Edificações Integrado ao Ensino Médio 77
TOTAL DE ALUNOS MATRICULADOS 758

2.3 Estrutura do câmpus

O prédio I do câmpus, localizado no bairro da Abernéssia, está situado em um


terreno com área de 5.000,00 m² e conta, hoje, com um espaço construído de 1.750,00
m², no qual se distribui uma estrutura composta de:
 06 (seis) salas de aula;
 05 (cinco) laboratórios de informática;
 01 (um) laboratório de práticas de construção civil;
 01 (um) laboratório de desenho técnico;
 01(um) laboratório de práticas pedagógicas (LEM);
 01 (uma) biblioteca contendo 3.300 exemplares. Além desse acervo, a
comunidade interna tem acesso ao Portal de Periódicos da Coordenação
de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES), que
disponibiliza os seguintes materiais para consulta: mais de 37 mil títulos
com texto completo, 130 bases referenciais, 12 bases dedicadas
exclusivamente a patentes, livros, enciclopédia e outras obras de
referência, publicações relativas a normas técnicas e estatísticas e,
também, conteúdo audiovisual. À comunidade do câmpus é

Projeto Político-Pedagógico: 2018-2022


IFSP – Câmpus Campos do Jordão
58

disponibilizado, ainda, acesso aos portais da Biblioteca Virtual


Universitária (BVU Pearson), onde posem ser acessados 6.300 títulos e
9.000 normas técnicas (ABNT e Mercosul) do Sistema Target
GED/Web;
 01(uma) área de convivência com cantina;
 01(um) banheiro feminino, com 4 (quatro) cabines individuais e 1 (um)
cabine acessível para pessoas com necessidades especificas;
 01(um) banheiro feminino para funcionárias;
 01(um) banheiro masculino com 1(um) mictório e 3 (três) cabines;
 01(uma) sala destinada a Coordenadoria de Registros Acadêmicos –
CRA, que comporta também a Direção Adjunta Educacional – DAE;
 01(uma) sala destinada a Direção Adjunta Administrativa, comportando
também a coordenadoria de almoxarifado, a coordenadoria de
contabilidade e finanças, a coordenadoria de licitação de contratos e a
coordenadoria de gestão de pessoas;
 01(uma) sala destinada para o uso da direção do câmpus;
 01(uma) sala destinada a Coordenadoria Sociopedagógica;
 01(uma) sala destinada ao atendimento individual ao aluno, que
comporta também o NAPNE e a Videoconferência;
 01(uma) sala destinada a Coordenadoria de Apoio da Direção – CDI, que
comporta também a Coordenadoria de Pesquisa;
 01(uma) sala destinada a Coordenadoria de Apoio ao Ensino - CAE;
 01(uma) sala destinada a Coordenadoria de Extensão;
 01(uma) sala destinada aos docentes;
 01(uma) sala destinada a Coordenadoria da Tecnologia da Informação –
CTI, que abriga todos os servidores de rede do câmpus;
 01(uma) sala destinada aos Coordenadores de Curso;
 01(uma) cozinha destinada aos servidores;
 01(um) almoxarifado;
 01(um) estacionamento com capacidade aproximada para 25 (vinte e
cinco) automóveis.
Além dessa unidade, a cidade conta, desde 2012, com um segundo prédio.
Nessa data, foi assinado, entre a Prefeitura de Campos do Jordão e câmpus Campos do

Projeto Político-Pedagógico: 2018-2022


IFSP – Câmpus Campos do Jordão
59

Jordão do IFSP, um acordo de cessão de área contendo o Centro de Treinamento


Gastronômico de Campos do Jordão “Doutor Franklin Alkmin Bueno Maia”, com o
objetivo de que fossem oferecidos nesse espaço cursos ligados ao Eixo Tecnológico
Hospitalidade e Lazer, incluindo a subárea Gastronomia.
O local, que a partir de então passou a ser chamado prédio II do câmpus
Campos do Jordão é uma antiga edificação, na qual funcionava o Terminal Rodoviário
do município. Com a transferência desse serviço para outro local, o prédio permaneceu
desativado por um período. Passado algum tempo, contando com investimentos
realizados pelo Ministério do Turismo, suas instalações foram adaptadas, para o
funcionamento de uma escola de Gastronomia. Posteriormente, então, realizou-se o
acordo mencionado, entre o câmpus e a Prefeitura Municipal. O prédio II do câmpus
Campos do Jordão, localizado no bairro do Jaguaribe, está situado em um terreno com
área de 6.800 m² e conta, hoje, com um espaço construído de 888,70 m² e uma estrutura
composta de:
 06 (seis) salas de aula;
 04 (quatro) laboratórios ligados à área gastronômica, os quais são
utilizados também para aulas práticas de hospedagem e de bar e
restaurante;
 01(um) banheiro feminino, com 4 (quatro) cabines;
 01(um) banheiro masculino com 1(um) mictório e 3 (três) cabines;
 01(uma) sala destinada a Coordenadoria de Registros Acadêmicos –
CRA, que também comporta a Coordenadoria Sociopedagógica - CSP e a
Coordenadoria de Apoio ao Ensino – CAE (faltou a CEX);
 01(uma) sala destinada aos docentes, que comporta também a
coordenação de curso;
 01(um) estacionamento externo com capacidade para 50 (cinquenta)
automóveis.
Atualmente são oferecidos, nessa edificação, diferentes cursos FIC (Formação
Inicial e Continuada), destacando-se os que são voltados para as áreas de Turismo,
Gastronomia, Hotelaria, como os de Confeitaria, Condutor de Veículos Recreativos,
Monitor de Turismo de Aventuras, Cervejas e Panificação, o qual possui níveis básico e
intermediário, como também uma voltada para a comunidade surda. Outros cursos que
também se utilizam do espaço são os de Libras e Comunicação em língua materna e

Projeto Político-Pedagógico: 2018-2022


IFSP – Câmpus Campos do Jordão
60

em língua estrangeira, como o inglês. Além disso, são disponibilizadas, também no


prédio II, aulas do curso de Licenciatura em Pedagogia, Tecnologia em Gestão de
Turismo, Técnicos em Hospedagem e em Eventos.

2.4 Corpo docente e técnico administrativo

2.4.1 Docentes

Atualmente, o câmpus conta com a dedicação do seguinte quadro de docente:

ÁREA NÚMERO DE
DOCENTES
Geografia 01

Sociologia 01

Informática 13

Letras: Português/Inglês 03

Gastronomia 01

Química 01

Educação/Pedagogia 04

Letras: Português/Espanhol 02

Biologia 01

Arte 01

Turismo 04

Educação Física 01

Filosofia 01

Física 02
Administração 03

História 01

Letras: Português/Libras 01

Edificações 07

Matemática 09

Projeto Político-Pedagógico: 2018-2022


IFSP – Câmpus Campos do Jordão
61

Língua Portuguesa e Literatura 02

Hospitalidade e Hotelaria 03

TOTAL 62

2.4.1.1 Gráfico referente ao nível de formação dos docentes:

Formação Docente

10
15

37

Especialização Mestrado Doutorado

Projeto Político-Pedagógico: 2018-2022


IFSP – Câmpus Campos do Jordão
62

2.4.2 Técnicos administrativos:

O Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de São Paulo câmpus


Campos do Jordão conta atualmente com a colaboração dos seguintes técnicos
administrativos:

CARGO QUANTIDADE
Administrador 01

Assistente de alunos 03

Assistente Social 01

Assistente em Administração 12

Auxiliar em Administração 02

Auxiliar em Assuntos Educacionais 02

Bibliotecária-Documentarista 02

Contador 01

Engenheiro/Área 01

Pedagogo 02

Psicólogo 01

Técnico em Assuntos Educacionais 03

Técnico em Contabilidade 01

Técnico em laboratório de Edificações 01


Técnico de Tecnologia da Informação 03
Técnico de laboratório/Área 03

Técnico especializado em Linguagem de Sinais 01

TOTAL 40

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IFSP – Câmpus Campos do Jordão
63

2.5 Estrutura Organizacional

O organograma do câmpus Campos do Jordão segue o estabelecido na


Resolução 26 de 05 de abril de 2016, em seu artigo 3º do capítulo I, em nível
institucional para todos os campi do IFSP. As funções dos diversos setores seguem a
lógica e a organização própria à Instituição.

Projeto Político-Pedagógico: 2018-2022


IFSP – Câmpus Campos do Jordão
64

Capítulo 3 – Pressupostos Pedagógicos do câmpus

3.1 Ética, cidadania, mundo do trabalho e inclusão social

A educação é um direito social assegurado desde a Declaração Universal dos


Direitos Humanos, elaborada pela ONU em 1948, e ratificado pela Constituição Federal
de 1988, conforme o seguinte artigo:

Art. 205. A educação, direito de todos e dever do Estado e da família, será promovida
e incentivada com a colaboração da sociedade, visando ao pleno desenvolvimento da
pessoa, seu preparo para o exercício da cidadania e sua qualificação para o trabalho
(BRASIL. Constituição, 1988).

O pleno desenvolvimento da pessoa, objetivo fundamental da educação,


implica a formação moral do sujeito e do cidadão no que tange ao exercício de seus
direitos e deveres. Nesse sentido, educação, ética e cidadania podem ser considerados
conceitos interdependentes e norteadores para a elaboração de um projeto político-
pedagógico.

A interdependência entre ética e educação pode ser observada nas propostas


dos programas de educação moral ou na própria ação educativa, pois todo professor
realiza direta ou indiretamente essa relação na formação dos alunos. Segundo Aranha
(2006), os programas de educação moral remontam o pensamento aristotélico e sua
defesa dos hábitos virtuosos, passando pelas tradições religiosas e por sua tarefa de
transmitir as normas de conduta de uma geração a outra, segundo verdades e valores
absolutos. No século XIX, a educação moral passa a ser compreendida como um
processo de socialização. Esse processo exige a adaptação dos sujeitos e o acatamento
das regularidades sociais em detrimento da autonomia, da consciência pessoal e da
criatividade moral. Aranha (2006) destaca também as contribuições do Construtivismo
para a educação moral. A proposta construtivista de educação moral se baseia na ideia
do desenvolvimento do juízo moral, sob o enfoque da construção de personalidades
autônomas. Segundo Jean Piaget, pioneiro nas pesquisas sobre inteligência infantil e um
dos teóricos construtivistas de maior referência da ciência da educação, a consciência
moral depende do pensamento abstrato e dos sentimentos de reciprocidade e
cooperação, típicos da vida adulta.

Um dos desafios, portanto, mais importantes na elaboração de um projeto

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político-pedagógico, é a escolha dos pressupostos filosóficos e antropológicos que


orientarão, dentre outras ações e intervenções educativas, a proposta de educação moral.
O dinamismo das relações sociais exige uma contínua reflexão sobre a pertinência e
validade desses pressupostos. A partir disso, saberemos com clareza que tipo de sujeito
a escola pretende formar. Espera-se que todo programa de educação moral, sejam quais
forem os seus pressupostos filosóficos e antropológicos, possa promover o
desenvolvimento da consciência moral, superando os estágios de anomia e heteronomia,
até atingir a autonomia ou a capacidade de autodeterminação. Um programa de
educação moral deve ainda oferecer respostas às questões éticas fundamentais: Como
agir com justiça? Como viver pacificamente com o outro, com o diferente?

A interdependência entre cidadania e educação se expressa na correlação entre


a ação do cidadão que conquista e exerce seus direitos – dentre eles, a educação – e o
objetivo da educação de promover o pleno desenvolvimento da pessoa. Isto é, a
formação do sujeito moral e do indivíduo que participa ativamente da vida em
sociedade. De fato, um dos objetivos da educação é preparar o cidadão para o exercício
da cidadania. O cidadão é aquele que possui o direito e o dever de participar do jogo
político, exercendo o seu poder de interferir nos rumos da coletividade. A cidadania,
condição social que confere a uma pessoa direitos e deveres, pressupõe a boa
convivência, o respeito ao interesse público e às opiniões divergentes. Essa é a relação
de reciprocidade que se pode observar entre ética e cidadania.

Esta visão de ação pedagógica encontra consonância com os princípios


propostos na Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional ao prever que a educação
no Brasil deverá vincular-se ao mundo do trabalho e à prática social” (art.1°, §2°), ser
inspirada nos princípios de liberdade e nos ideais de solidariedade humana.
Assim, ressalta-se o processo educacional sendo não somente aquele vinculado
ao da transmissão e produção de conhecimento técnico-científico, mas também aquele
formador de indivíduos conscientes e sabedores da sociedade onde estão inseridos e
atuando, passiva ou ativamente, em seu contexto sócio-político e/ou nas relações do
mundo do trabalho.
Essa sociedade à qual nos referimos e que modernamente a entendemos como
formada por camadas cada vez mais complexas e interligadas (de indivíduos, grupos
sociais e dos tipos de relação que se dão entre eles) atinge, até aqui, duas abordagens que
são caras à forma de tratar a educação: vida em sociedade com exercício pleno da

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cidadania – ligada à formação humanista e crítica do indivíduo - e mundo do trabalho.

Esta última, enquanto princípio educativo, antes de formar para o exercício do


trabalho, mas o entende como ação humana que produz a realidade. Cabe então, ao
homem, conscientizar-se do mundo do trabalho, apropriar-se dele e, assim, poder ter a
capacidade de transforma-lo, pois o trabalho é a primeira mediação entre o homem e a
realidade material e social. Portanto, para uma formação educadora que visa à
emancipação do indivíduo, é fundamental que esse processo o capacite para a
compreensão do mundo do trabalho, das dinâmicas socioprodutivas da economia
moderna, assim como para o exercício autônomo e crítico de profissões.
A concepção de trabalho, por sua vez, vem sofrendo modificações, conforme o
tempo histórico e as relações políticas, socioeconômicas e culturais que se estabelecem
entre os sujeitos e o seu meio. A acepção a ser perseguida está associada à visão de
Marx como
[...] atividade ontológica, estruturante do ser social, como um valor extrínseco à vida
humana e ao conhecimento, que ele proporciona na relação com a natureza e com os
demais. É o trabalho como princípio de cidadania, no sentido de participação legítima
nos benefícios da riqueza social, que se distingue das formas históricas e alienantes,
de exploração do trabalhador, presentes na produção capitalista. (CIAVATTA, 2005,
p. 92).

A partir dessa ponderação, é importante evidenciar duas vertentes que tratam


do trabalho e que têm relação direta com a subsistência humana.
A primeira compreende o trabalho como uma categoria constitutiva do ser
humano. Entende que este último é capaz de produzir sua própria existência, visto sua
condição ontológica e sua capacidade de construir conhecimentos e saberes. Desse
modo, o trabalho é fonte criadora de valores, útil e indispensável à existência humana.
Como observa Marx:
[...] quaisquer que sejam as formas de sociedade – é necessidade natural e tende a
efetivar o intercâmbio material entre o homem, a natureza e, portanto, a manter a vida
humana.(MARX, 1982, P.50)

Em acréscimo, Saviani (2003) enfatiza essa dimensão, afirmando que o ser


humano, ao redimensionar as condições de sua própria existência, também transforma a
natureza e cria, assim, a cultura e uma esfera de influência antropogênica. Tal esfera
alcança, inclusive, o mundo natural.
A segunda vertente entende o trabalho como um elemento propulsor da riqueza
material, em função de interesses que garantam a manutenção e a reprodução do sistema

capitalista, alienadoras do trabalhador, reduzindo-o à mera força de

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trabalho.

A despeito dessa realidade, vivencia-se um período de:


[...] ampliação do desemprego, da precarização do trabalho e de uma situação de
permanente angústia e insegurança daqueles que, para sobreviver, têm apenas sua
força de trabalho para vender.(FRIGOTTO, 2001, p. 72).

Decorrente do exposto, infere-se uma condição a ser superada: a fragmentação


e/ou separação do trabalho em dois polos, o trabalho intelectual e o trabalho manual.
Tal separação é resultado de um processo cuja dinâmica imprime, à divisão do trabalho:
[...] um patamar superior quando se separam o trabalho manual do trabalho
intelectual. Este último passa a ser função privilegiada de certo segmento da classe
dominante, o qual se dedica a pensar. A tarefa exclusiva de pensar enobrece, enquanto
se envilecem as tarefas exigentes de esforço físico, entregues aos indivíduos das
classes dominadas e exploradas [...] Dentro da própria classe dominante, observa-se a
divisão entre seus membros ativos, ocupados com a prática da dominação, e seus
membros intelectuais, encarregados de elaborações ideológicas. (MARX; ENGELS,
2002, p. 29, grifo do autor).

A associação do trabalho intelectual ao trabalho manual depende da


capacidade e da possibilidade de socialização dos meios de produção, colocando todo o
processo produtivo a serviço da coletividade, do conjunto da sociedade. (SAVIANI,
2003, p. 139). Para Saviani (2003), à medida que, historicamente, o processo de
trabalho foi libertando o ser humano do jugo da natureza e da labuta braçal, transferindo
o trabalho, progressivamente, para as máquinas e promovendo o controle da natureza
pelo homem, o trabalho intelectual acabou por permitir ao ser humano uma melhor
apropriação do tempo.
Percebe-se que a concepção de trabalho, particularmente sob a égide do
sistema capitalista, se traduz no exercício do poder dominante sobre os trabalhadores,
tomados, redutivamente, como força de trabalho ou como recursos humanos. O trabalho
alienado, inserido em um sistema de produção baseado em uma lógica reducionista
capitalista, apresenta-se como uma atividade que não se associa às práticas educativas
ou criativas, as quais ampliam a capacidade de criação do ser humano. O trabalho
alienado acaba por dividir os que pensam dos que se esforçam manualmente,
impossibilitando, assim, que os sujeitos se apropriem das benesses do desenvolvimento
científico e tecnológico.
Alerta a tudo isso, a educação exerce um papel social indispensável, sobretudo
no que diz respeito ao desenvolvimento integral das potencialidades humanas,

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entendidas como elemento central do processo político-pedagógico. Dessa


forma, para a educação profissional e tecnológica ofertada no IFSP é imprescindível que
o conteúdo acadêmico curricular esteja associado e integrado à temática trabalho, na
perspectiva de formação humana integral, constituindo-se nos fundamentos das ações da
educação, da cultura, da ciência e da tecnologia. Essa integração, que perpassa pelos
currículos e práticas educativas, bem como os articula, deve possibilitar a construção de
uma unidade entre as dimensões política e pedagógica, mediada pela dimensão do
trabalho humano.
Portanto, assume-se o ideal de trabalho numa perspectiva cidadã de ser:
[...] ao mesmo tempo, um dever e um direito. Um dever por ser justo que todos
colaborem na produção dos bens materiais, culturais e simbólicos, fundamentais à
vida humana. Um direito pelo fato de o ser humano se constituir em um ser da
natureza que necessita estabelecer, por sua ação consciente, um metabolismo com o
meio natural, transformando em bens para sua produção e reprodução. (FRIGOTTO,
2005, p. 61).

Desse modo, a educação no IFSP deve primar por relações de trabalho que
possam ser mais humanizadas, pelo trabalho como princípio educativo nas práticas
pedagógicas e pela superação da dicotomia entre atividade intelectual e manual,
contribuindo assim para a inclusão social deste sujeito como parte de processos vitais à
sua emancipação.
O artigo 205, da Constituição Federal de 1988, citado anteriormente, destaca o
objetivo da educação como sendo o de qualificar o cidadão para o mundo do trabalho.
Esse objetivo é alcançado por meio da oferta de cursos de educação profissional e
tecnológica, alinhados às demandas sociais e aos arranjos produtivos regionais. A
formação profissional e pessoal de jovens e adultos para o mundo do trabalho dependerá
ainda de intervenções educativas específicas para a permanência e êxito do corpo
discente, nas diferentes modalidades de ensino. Dentre as principais intervenções
educativas, destaca-se a orientação profissional como atividade responsável pela
produção de conhecimentos e práticas que, segundo Soares (2002), facilitam a
identificação e escolha do lugar produtivo na sociedade. A autora destaca a importância
da escolha profissional, tanto para o indivíduo quanto para a sociedade:
O trabalho ocupa grande parte do tempo da vida das pessoas. É essencial a sua
escolha ter sido consciente e coerente com os interesses e as necessidades pessoais
para que ele seja realizado eficientemente. Uma pessoa exercendo sua profissão com
motivação e prazer está se realizando pessoalmente, como também prestando um
serviço de melhor qualidade à sociedade. Embora escolha profissional seja
responsabilidade de cada um, as consequências da decisão têm inúmeras implicações
sociais. (SOARES, 2002, p. 104)
Por esse motivo, a orientação profissional promove a integração do

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autoconhecimento de jovens e adultos com o reconhecimento das profissões, visando a


uma síntese pessoal que favoreça a escolha profissional bem-sucedida. Vale ressaltar
que a orientação profissional está prevista nas atribuições da equipe sociopedagógica do
IFSP.

Além disso, a Coordenadoria de Extensão busca, em suas ações, aproximar os


alunos do setor produtivo local e promove debates acerca do atual mundo do trabalho e
suas relações.
Sendo um direito social, a garantia ao acesso e permanência a essa formação
educacional proposta deve ser plena. Em uma sociedade complexa como a nossa, há
determinados indivíduos e/ou grupos sociais que, por motivos específicos (culturais,
históricos, sociais, biológicos etc.) com dificuldade de acesso ao direito a essa educação
de forma plena. Para que a educação, da forma como é proposta, seja efetiva a todos, faz-
se necessário a fundamentação de políticas e ações que incluam esses indivíduos e/ou
grupos no espaço escolar.
Promover ações de inclusão social é uma das prioridades do Instituto Federal de
São Paulo. Atividade esta que também se concretiza por meio da oferta de uma formação
educacional e profissional integral para todos, garantindo, ao sujeito, a emancipação para
compreender e modificar positivamente a sociedade, de forma justa e solidária. De
acordo com Eliezer Pacheco:
No conceito de inclusão, temos de abrigar o combate a todas as formas de
preconceitos, também geradores de violência e intolerância, por meio de uma
educação humanista, pacifista, preocupada com a preservação da natureza e
profundamente vinculada à solidariedade entre todos os povos independentemente das
fronteiras geográficas, diferenças étnicas, religiosas ou quanto a orientação sexual.
Entretanto, não basta incluir em uma sociedade desigual, reprodutora da desigualdade.
O conceito de inclusão deve estar vinculado ao da emancipação, quando se constroem
também os princípios básicos da cidadania como consciência, organização e
mobilização. Ou seja, a
transformação do educando em sujeito da história. (PACHECO, 2011, p. 10)
Sob essa perspectiva, é fundamental que a escola busque inserir, em seu
currículo, atividades que estimulem uma análise crítica da realidade, da solidariedade,
da criatividade e da pró-atividade. Além disso, programar planos educacionais que
respeitem as peculiaridades de cada indivíduo, auxiliando assim em sua inclusão e
êxito.

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3.2 Gestão Democrática

Alicerçadas nos princípios de uma formação educacional emancipatória e


integralizadora, que se propõe a tornar o indivíduo um sujeito crítico no exercício de
sua cidadania, uma instituição escolar pública também deve estar em consonância a
esses conceitos na sua proposta de funcionamento e organização. Um dos princípios
fundamentais para o funcionamento de um espaço escolar público e a democracia.
Como nos coloca SAVIANI:
A relação entre educação e democracia se caracteriza pela dependência e influência
recíprocas. A democracia depende da educação para o seu fortalecimento e
consolidação e a educação depende da democracia para seu pleno desenvolvimento,
pois a educação não é outra coisa senão uma relação entre pessoas livres em graus
diferentes de natureza humana.(SAVIANI, 2003, P. 54).

Assim, o Instituto Federal de São Paulo, desde a institucionalização dos


Institutos Federais pela Lei 11.892, tem cada vez mais fortalecido os princípios e
processos de Gestão Democrática, seja nos câmpus ou na reitoria.
A gestão democrática é um princípio constitucional, que consta no artigo 206,
inciso VI da Constituição Federal do Brasil de 1988 e estabelece princípios do ensino,
sendo legitimada pela Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional – Lei 9394/96,
em seu artigo 14.

Os sistemas de ensino definirão as normas da gestão democrática do ensino público


na educação básica, de acordo com as suas peculiaridades e conforme os seguintes
princípios:
I- Participação dos profissionais da educação na elaboração do projeto pedagógico da
escola;
II- Participação das comunidades escolar e local em conselhos escolares ou
equivalentes.(LDB)

Para que de fato aconteça uma gestão democrática dentro do câmpus Campos
do Jordão são necessários comprometimento e engajamento de toda a comunidade
escolar. É primordial a compreensão de que a sala de aula é um espaço de gestão e

principalmente de aprendizagem da gestão democrática não só para o espaço


escolar, mas para toda a vida. A gestão democrática acontece com a participação de
todos e a formação para a cidadania. E, como um processo em construção, precisamos
nos colocar à disposição, deixar nos envolver, não nos restringirmos a nossos direitos,
mas continuamente repensarmos as políticas atuais, em especial, a política educacional,
nos comprometendo a buscar o bem comum, o crescimento coletivo.
E por estarmos falando de gestão democrática dentro de um espaço escolar

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formado por adolescentes e jovens adultos, não podemos deixar de citar o


fortalecimento do protagonismo estudantil que empodera nossos estudantes enquanto
cidadãos que por sua vez terão a oportunidade de vivenciar uma educação mais
completa, diferente de uma simples domesticação. Essa experiência desenvolve no
estudante o seu potencial mediante alargamento e profundidade de seus conhecimentos,
habilidades e atitudes.
A democratização da escola aponta para o estabelecimento de um sistema de
relacionamento e de tomada de decisão em que todos tenham a possibilidade de
participar e contribuir a partir de seu potencial que, com tal oportunidade se expande
criando um empoderamento pessoal de todos em conjunto com a instituição. (LUCK,
2006, P.58).
Portanto, para (HORA, 1994), a democratização da escola corresponderia ao
trabalho orientado pela realização e desenvolvimento da competência de todos, em
conjunto. Podemos analisar essa orientação sob três aspectos, democratização como
ampliação de acesso e sucesso do aluno na escola, democratização dos processos
pedagógicos e democratização dos processos de gestão escolar.
Assim sendo, o educando, no seu papel de aprendiz, não é instruído apenas na
teoria, mas vive a prática com toda a comunidade escolar, fato que favorece a
observação dos conceitos que fundamentam a democracia no dia-a-dia e da construção
de uma gestão que procura convidar todos a participarem da solução de problemas e na
escolha dos caminhos que a escola deve seguir. Dessa forma, cada membro da
comunidade escolar (que inclui docentes, pais, alunos, direção, etc) toma para si a
responsabilidade pelas decisões tomadas e juntos somam esforços, cada qual fazendo
sua parte para que a escola progrida.
O Instituto Federal de Educação Ciência e Tecnologia, por meio do decreto nº
6.986, de 20 de outubro de 2009, regulamenta os artigos 11, 12 e 13 da Lei no 11.892, de
29 de dezembro de 2008, que institui a Rede Federal de Educação Profissional,
Científica e Tecnológica, cria os Institutos Federais de Educação, Ciência e Tecnologia e
disciplina o processo de escolha de dirigentes no âmbito destes Institutos. Esta legislação
se aplica a escolha das funções de diretor do câmpus e de reitor. Desta forma a gestão
democrática se inicia dentro de cada câmpus a partir da escolha de seu gestor.
No contexto do câmpus Campos do Jordão, a gestão se organiza funcionalmente
a partir do indicado no organograma institucional. Mesmo os cargos comissionados
Função gratificada e Cargo de Direção, que seriam de prerrogativa por indicação do
Diretor Geral do câmpus, passam por consulta pública aos servidores de cada setor

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envolvido, sendo respeitado o anseio da maioria na indicação do servidor que ocupará o


cargo. Todo o procedimento de forma de consulta e avaliação do desempenho dos cargos
foi elaborado por uma comissão integrada por servidores, que resultou em documento
posteriormente analisado e aprovado pelo Conselho de Câmpus.
Além do organograma funcional do câmpus, todos os conselhos e/ou comissões
que têm atividade no câmpus funcionam de acordo com a devida regulamentação
institucional, desde o processo de escolha dos membros quanto à forma de funcionamento
e a competência de cada um.

Colégio Dirigente

O Colégio de Dirigentes, de caráter consultivo, é o órgão de apoio ao processo


decisório da reitoria. Ocupa-se das matérias administrativas, de ensino, de pesquisa, de
extensão e sobre relações sociais, de trabalho e de vivência, em conformidade com o
planejamento anual do IFSP, organiza-se em: presidência, secretaria e membros. E
possui a seguinte composição: o reitor, como presidente, os pró-reitores e os diretores
gerais dos campi.

Conselho Superior

Conselho Superior é o órgão máximo dentro do Instituto Federal de São Paulo,


de caráter consultivo e deliberativo. Presidido pelo reitor, conta com representantes dos
docentes, discentes, servidores técnico-administrativos, egressos, representantes da
sociedade civil, do Ministério da Educação e dos diretores-gerais de câmpus.

O Conselho Superior é um órgão colegiado que tem por finalidade analisar e


regular as diretrizes de atuação do Instituto Federal de São Paulo, no âmbito acadêmico
e administrativo, tendo como finalidade o processo educativo de excelência.

Conselho de Ensino

O Conselho de Ensino do IFSP (CONEN), integrante da estrutura do Instituto


Federal de São Paulo (IFSP), conforme o que consta instituído na alínea “a” do item II -
“Órgãos Colegiados” do Capítulo III - “Da Organização Administrativa do IFSP” e no

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art.19 do Estatuto do IFSP (Aprovado pela Resolução nº 1, de 31 de agosto de 2009,


alterado pela Resolução nº 872, de 4 de junho de 2013 e alterado pela Resolução nº 8,
de 4 de fevereiro de 2014) , na alínea “a” do inciso II do art. 6º do Título III - “Da
Estrutura Organizacional, Composição, Competências e Funcionamento dos órgãos do
IFSP” e no art.19 assim como, igualmente previsto nos artigos 11, 12 e 13 da Seção I -
“Do Conselho de Ensino” do Capítulo II - “Dos órgãos colegiados” do Regimento Geral
do IFSP (Aprovado pela Resolução nº 871, de 4 de junho de 2013 e Alterado pela
Resolução nº 7, de 4 de fevereiro de 2014), compreende órgão consultivo, normativo e
propositivo, de assessoramento às Pró-Reitorias, especificamente, no que compete à
assuntos relacionados ao ensino, à Reitoria e ao Conselho Superior (CONSUP), estando
subordinado à suas diretrizes e vindo a deliberar em matérias cuja competência lhe
tenha sido designada conforme o contido no § 2º do artigo 11 do Regimento Geral do
IFSP (Artigo 1º da Resolução nº 139,de 08 de dezembro de 2015).

Conselho de Câmpus

Conselho de câmpus (CONCAM) é um órgão normativo, consultivo e


deliberativo no âmbito de cada câmpus e tem como membros, o diretor-geral do
câmpus; um representante para cada 20 docentes, ou fração, sendo, no mínimo dois e,
no máximo, cinco, e igual número de suplentes; um representante técnico-
administrativo para cada representante docente, sendo, no mínimo dois e, no máximo
cinco, e igual número de suplentes; um representante discente para cada representante
docente sendo, no mínimo dois e, no máximo cinco, e igual número de suplentes; três
representantes da comunidade externa.

Tem as diretrizes de seu funcionamento, organização e competência gerais


definidas por um regimento geral (Resolução nº 45) e suas competências específicas
definidas em regulamento próprio.

Cabe ao CONCAM aprovar, desde que no âmbito de deliberação do câmpus,


diretrizes e metas de atuação do câmpus; questões relativas aos relatórios de gestão e
propostas de gastos orçamentários; calendário acadêmico do câmpus; todas as normas e
regulamentos internos; projetos pedagógicos de cursos, bem como suas alterações;
projeto político-pedagógico; plano de desenvolvimento institucional; questões

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submetidas a sua apreciação pelo Presidente, conselheiros ou ainda por qualquer


servidor, aluno ou pessoa da comunidade externa mediante antecipado contato; além de
zelar pela adequada execução de sua política educacional.

3.3 Ensino

No Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia Câmpus Campos do


Jordão, o ensino compõe-se em uma tríade acadêmica institucional, aliando ensino,
pesquisa e extensão, estes por sua vez concretiza-se em uma inter-relação dos campos
científicos correlatos, buscando a união, a comunicação e a manifestação de todos os
envolvidos, propiciando assim, ao sujeito a possibilidade de compreensão e
transformação de sua realidade por meio do empoderamento de novos saberes.

Sendo assim, o ensino ministrado no IFSP câmpus Campos do Jordão,


constitui-se como uma das principais vias de aquisição e de construção do
conhecimento. Exigindo uma concepção de ensino voltado ao caráter integrado do
conhecimento.

O ato de ensinar pede situações de atividades planejadas, organizadas e com


práticas continuas em seu processo de avaliação, carregada de finalidades, ou seja,
carregado de intencionalidades e o principal e fundamental é de alcançar a
aprendizagem, o êxito no processo de ensinar. O conceito de ensino separado do
conceito de aprendizagem torna-se vazio e sem propósito, visto que, um não existe sem
o outro.

Portanto, para que haja harmonia entre formação humana e formação


profissional é necessário que os meios de ensinar e aprender, estejam orientados pelo
dialogo, pela união dos saberes, pelas trilhas democráticas, pela participação, pelo
exercício da analise critica, pela curiosidade pelo conhecimento e pelo protagonismo e
autonomia intelectual do aluno.

A educação escolar desempenha seu papel na sociedade por meio do exercício da


cidadania, sendo contrária a todo e qualquer tipo de desigualdade e exclusão. Sendo
a educação, encarregada de realizar as mudanças, trabalhando as tradições e valores
nacionais e preparando cidadãos capazes de entender e transformar o mundo a partir
de sua realidade. (LIBÂNEO; OLIVEIRA E TOSCHI, 2007, p.118)

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3.4 Pesquisa

A lei 11.892 de criação dos Institutos Federais de Educação (IFs), de 29 de


dezembro de 2008, prevê a realização e a estimulação da pesquisa aplicada, da produção
cultural, do empreendedorismo, do cooperativismo e do desenvolvimento científico e
tecnológico no âmbito das atividades dos IFs, em seu artigo 7º, inciso VIII.

Nós, do IFSP câmpus Campos do Jordão, partimos do pressuposto de que a


pesquisa seja um processo reflexivo, sistemático e formal de cunho crítico (ANDER-
EGG, 1978, apud MARCONI; LAKATOS, 2003), facilitador de descobertas de dados,
gerando conhecimento científico. A pesquisa é, portanto, uma ação intelectual que
dialóga com novas descobertas, aprendizagem e estímulo ao pensamento crítico e
criativo.

Neste âmbito, procuramos fomentá-la, em nosso câmpus, com a cooperação


dos professores, técnico-administrativos e alunos por vários meios. Dentre eles, estão os
nossos projetos de pesquisa via PIBIFSP e PIVICT; visitas técnicas, participação em
congressos e seminários, realização da Semana Nacional da Ciência e Tecnologia
(SNCT) e do Seminário de Estudos Linguísticos do Vale do Paraíba (SELIV), este de
caráter bianual; bem como os nossos cursos FIC e de Extensão, uma vez que o Ensino, a
Pesquisa e a Extensão seguem o princípio constitucional da indissociabilidade.

Os projetos de pesquisa são submetidos pelos orientadores, técnicos ou


docentes, para aprovação em nosso Comitê de Pesquisa (COMPESQ), viabilizando a
sua realização. Já as visitas técnicas são organizadas pelo servidor proponente,
possibilitando a formação global do sujeito. A SNCT segue as orientações gerais do
governo e sua organização é feita por uma comissão local do câmpus, a qual promove
palestras, oficinas e workshops sobre a temática em questão. Da mesma forma, a partir
de uma comissão local, o SELIV é estruturado e contam com convidados referência na
área, mesas-redondas, minicursos, comunicações orais, apresentação de pôsteres e
conferências de abertura e encerramento, com o intuito de cooperar com a formação dos
profissionais da área de línguas e pedagogia, assim como com os demais interessados na
temática, trazendo o que há de mais atual na pesquisa científica linguística. Ações como
estas promovem o acesso ao conhecimento e a promoção do pensamento crítico.

Especificamente em relação aos projetos de pesquisa, incentivamos todos os

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nossos alunos (ensino médio integrado ao técnico, licenciaturas e tecnólogos) a fazê-la,


mostrando-lhes a sua importância para o desenvolvimento científico e tecnológico da
sociedade. Assim, conduzimos a nossa comunidade acadêmica a um pensamento crítico
e científico, conforme estabelecido nos Parâmetros Curriculares Nacionais.

Os Institutos Federais devem conduzir as suas ações considerando o seu papel


na democratização do ensino, priorizando as ações de pesquisa, ensino e extensão de
forma articulada e indissociável a fim de corroborar a formação de cidadãos,
profissionais e pesquisadores.

Atualmente o grande desafio da Pesquisa é o mesmo do da Extensão:


consolidar-se como atividade educativo-formativa na mesma dimensão do Ensino.
Afinal, Ensino, Pesquisa e Extensão são indissociáveis e, por isso, merecem o mesmo
grau de prioridade.

3.5 Extensão

Os objetivos e finalidades da Coordenadoria de Extensão dos Institutos


Federais de Educação, Ciência e Tecnologia (IFs) estão previstos em sua lei de criação.
Dentre eles, destacam-se o desenvolvimento de programas de extensão; a oferta de
cursos de formação inicial e continuada de trabalhadores, objetivando o
aperfeiçoamento, a especialização e a atualização desses profissionais em todos os
níveis de escolaridade. As suas atividades precisam respeitar os princípios e finalidades
da Educação Profissional e Tecnológica, apresentados na lei 11.892/2008, em
articulação com o mundo do trabalho e com os segmentos sociais, dando ênfase na
produção, desenvolvimento e difusão de conhecimentos tecnocientíficos.

Ao ser legalmente equiparado às Universidades Federais, os IFs tomam para si


os princípios que regem a extensão universitária brasileira hoje: indissociabilidade entre
Ensino, Pesquisa e Extensão; interação dialógica com a sociedade; inter e
transdisciplinaridade como princípios organizadores das ações de extensão; busca do
maior impacto e da maior eficácia social de suas ações e a afirmação dos compromissos
éticos e sociais da universidade.

É possível notar que, historicamente, a extensão surgiu nas universidades para


interligar o conhecimento acadêmico e o conhecimento popular, entendendo que ambos

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são legítimos e dialogam numa relação de complementariedade. Sua principal função


era (e ainda é) promover a interação e a troca de saberes, não segregando o acesso à
universidade e enriquecendo o processo educativo.

Segundo Paula (2013,) a extensão foi a última dimensão educativa a nascer na


escola e possui natureza intrinsecamente interdisciplinar. É instrumento emancipatório,
tanto para o estudante se utilizar de tal alternativa para voltar seu olhar à comunidade e
mesmo propor intervenções quanto para a população que pode se apropriar do
conhecimento e usufruir das oportunidades derivadas das experiências de formação e
socialização. O contribuinte, que custeia o funcionamento das universidades ao pagar
impostos, tem o direito de ser reconhecido como beneficiário de tais serviços pelos
gestores que planejam uma escola para todos, que não foca somente os alunos regulares.

Por ter um caráter de democratização, a extensão acabou por se aproximar de


diversas lutas sociais que reivindicavam melhorias por meio das políticas públicas. Ela
convida toda a comunidade (interna e externa) a assumir seu papel de comprometimento
com a transformação política e social. O setor também incita senso crítico e dá
protagonismo a cidadãos dos segmentos sociais mais marginalizados ao atender
demandas e expectativas de um público amplo, difuso e heterogêneo.

Os IFs, enquanto escola pública, têm o poder de incrementar o


desenvolvimento econômico e o progresso social do país, como, por exemplo, ao
fomentar o empreendedorismo, a inovação, a pesquisa e a socialização de novas
tecnologias, intervindo assim no arranjo produtivo local. Deste modo, o reconhecimento
da escola e da comunidade como portadores e difusores de valores e cultura é essencial
para o alcance de resultados positivos nessas tarefas.

Outra vocação da extensão é aproximar a universidade do setor empresarial,


garantindo assim vivências compatíveis com a realidade do mercado de trabalho para
seus estudantes, além de trazer recursos financeiros para dentro das escolas. Existem
diversos exemplos dessas práticas em países mais desenvolvidos que podem servir de
inspiração para implementações locais.

O FORPROEX - Fórum de Pró-Reitores da Extensão das Universidades


Públicas Brasileiras - criado em 1987, é uma entidade voltada para a articulação e
definição de políticas acadêmicas de extensão que permitem a institucionalização e o
fortalecimento de ações comuns das Pró-Reitorias de Extensão e órgãos congêneres das

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78

Instituições de Ensino Superior Públicas Brasileiras. O FORPROEX organizou a


atuação da extensão universitária em oito áreas temáticas, são elas: saúde, educação,
trabalho, meio ambiente, comunicação, direitos humanos e justiça e tecnologia de
produção e cultura. Todas abarcam temas da atualidade e seus desafios, tais como,
solidariedade entre os povos e sustentabilidade.

O IFSP se utiliza do conceito e diretrizes de Extensão pactuados no


FORPROEX (2012), cujas diretrizes são: interação dialógica, interdisciplinariedade e
interprofissionalidade, indissociabilidade entre Ensino-Pesquisa-Extensão, impacto na
formação do estudante e, consequentemente, na sociedade.

A portaria 2.968 de 24 de agosto de 2015 do IFSP regulamenta as ações de


extensão dentro do âmbito da Instituição. Conforme seu artigo 2º são ações: programa,
projeto, cursos de extensão, eventos e prestação de serviços.

Os projetos e programas permitem que os alunos bolsistas desenvolvam


competências e habilidades ao lidar com situações reais propostos por seus orientadores
(professores e/ou servidores). Dessa forma, os alunos têm contato com a realidade da
comunidade que circunda a sua escola, oportunizando assim um momento de reflexão.
O auxílio financeiro proveniente de editais de fomento rende ao contemplado um
subsídio mínimo, uma vez que este, ainda não inserido no mercado de trabalho, precisa
se valer de algum recurso para se manter na escola.

Segue uma lista de alguns dos projetos de extensão já implantados em nosso


câmpus: Futuro na roda – capoeira IFSP; Tutores para a rede pública de ensino; Clube
de matemática; Informática na observação da prática; Mapeamento, prevenção e
educação ambiental em área de risco nas encostas da cidade de Campos do Jordão;
Estágio interdisciplinar de vivência no campo; Papo de menina: gênero em debate,
direitos e empoderamento de adolescentes das escolas da rede pública de Campos do
Jordão; Teatro como instrumento de formação sócio-política; Memória visual de
Campos do Jordão: um resgate multidisciplinar; Portas Abertas: Uma experiência de
inclusão digital para terceira idade; Matemática e histórias de vida na terceira idade;
Pesquisa com egressos como ferramenta de apoio à CPA – Comissão Própria de
Avaliação do IFSP; Caiu na rede – Orientação para Alunos da Rede Pública de Ensino
do Município de Campos do Jordão sobre Segurança na Internet ; Oratória nas escolas;
Formação inicial e continuada em pintura residencial; O Circo para crianças e

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adolescentes de Campos do Jordão; ginástica rítmica para crianças Jordanenses;


Laboratório de Ciberativismo: Comunicação em rede, 'Swarming' civil e luta por uma
escola do campo na Serra da Mantiqueira-SP; Ensinando e aprendendo matemática com
histórias; Educação profissional em eventos no IFSP-CJO; Museu Felícia Leirner: um
caminho para aprender matemática; Laboratório de Gastronomia: A ciência e a
tecnologia na arte da panificação caseira; Minhas memórias, nossas histórias:
resgatando a história de Campos do Jordão pelo olhar dos idosos; Intervenções
literárias: a hora e a vez do leitor; Verde Perto – Horta; Ação pedagógica junto aos
alunos em situação de insucesso escolar e desenvolvimento profissional docente:
construindo aprendizagens; Cinema e Humanidades; Pré-vestibulinho social; Ações de
Aprimoramento da Hospitalidade, Manejo e Segurança nas Unidades de Conservação e
Parques Turísticos da Região de Campos do Jordão; Corridas de rua - Cultura e Prática;
Doce Lab - Laboratório de Gastronomia; Lógica de programação como estratégia de
ensino; Didática da Alfabetização: formação e ação docente.

Os cursos de extensão possuem classificações e cargas horárias diversas. São


propostos por servidores ou voluntários para atender demandas da comunidade externa,
capacitando-a. Os Projetos Pedagógicos de Cursos de extensão passam por aprovação
da Comissão de Extensão e, se ministrados, contam com avaliações periódicas no
intuito de conhecer os objetivos, percepções e dificuldades dos alunos, buscando o
aprimoramento nas práticas e metodologias utilizadas e contribuindo para diminuir o
índice de evasão.

Os seus professores monitoram a frequência dos alunos por meio de um diário


de classe. Aqueles que possuem frequência igual ou maior que 75% da carga horária
total do curso têm direito à certificação. A nota não é item obrigatório para avaliação
dos estudantes dos cursos de extensão, sendo esta uma decisão à critério do ministrante.

As inscrições para os cursos de extensão acontecem semestralmente nas


dependências desta coordenadoria no câmpus e o edital do processo seletivo tem
utilizado como parâmetro a ordem de chegada para a efetivação da matrícula. Em 2017
houve 686 matriculados dentre os diversos cursos oferecidos, contemplando áreas
como: línguas, preparatórios para o ENEM e afins, artes, atividades físicas,
gastronomia, turismo e gestão.

A Coordenadoria de Estágios está vinculada ao Setor de Extensão nos IFs. Ela

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é responsável por orientar os alunos acerca dos procedimentos legais e dar suporte
durante a realização do estágio profissional, além de captar e divulgar vagas, buscar
parceiros para firmar Convênios de Estágio e promover ações que os aproximem do
mundo do trabalho.

Por fim, a extensão cumpre papel de interligar a cultura científica às


humanidades, por meio de suas atividades diversas, inclusive com eventos que auxiliam
na transversalidade de temas importantes para a formação integral dos alunos.

Seguem alguns exemplos de eventos realizados nos últimos anos no câmpus


com participação da Extensão: Semanas da Diversidade; Seminários de Extensão;
Seminário do Mundo do Trabalho; Setembro Azul; Encontro de Cursos do Eixo da
Hospitalidade do IFSP; Semana do Livro e da Biblioteca; Mostra Cultural; Ciclo de
Palestras para mulheres no CRAS (Centro de referência e assistência social) de Campos
do Jordão; Seminário de Estudos Linguísticos do Vale do Paraíba e Festival de
Ginástica Rítmica.

Atualmente, o grande desafio da Extensão é se consolidar como dimensão


educativa, ou seja, com importância e potencial de aprendizagem equivalente ao Ensino
(formal, em sala de aula) e à Pesquisa.

Capítulo 4 - Estrutura e organização dos cursos

4.1 Cursos técnicos e superiores

O Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de São Paulo – IFSP,


como instituição de ensino, cumpre com os objetivos da educação nacional,
especialmente com relação à sua especificidade: educação básica e profissional e
educação superior. Assim, caracteriza-se pela “oferta de educação profissional e
tecnológica nas diferentes modalidades de ensino, com base na conjugação de
conhecimentos técnicos e tecnológicos com as suas práticas pedagógicas”, nos termos
da Lei 11.892, de 29 de dezembro de 2008, que institui a Rede Federal de Educação
Profissional, Científica e Tecnológica e cria os Institutos Federais.

Nesse sentido, a concepção de Educação Profissional e Tecnológica (EPT)

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orienta os processos de formação baseados nas premissas da integração e da articulação


entre ciência, tecnologia, cultura e conhecimentos específicos e no desenvolvimento da
capacidade de investigação científica, como dimensões essenciais à manutenção da
autonomia e dos saberes necessários ao permanente exercício da laboralidade, que se
traduzem nas ações de ensino, pesquisa e extensão. Por outro lado, tendo em vista que é
essencial à educação profissional e à tecnológica contribuírem para o progresso
socioeconômico, as atuais políticas dialogam efetivamente com as políticas sociais e
econômicas, dentre outras, com destaque para aquelas com enfoques locais e regionais.

Em busca de uma formação humana e cidadã, que precede a qualificação para


o exercício da laboralidade e que se pauta no compromisso de assegurar aos
profissionais formados a capacidade de manterem-se permanentemente em
desenvolvimento, o Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de São Paulo
articula a educação superior, básica e profissional, pluricurricular e multicampi,
especializada na oferta de educação profissional e tecnológica em diferentes níveis e
modalidades de ensino. Nesse sentido, o Câmpus Campos do Jordão oferece os
seguintes cursos:

4.1.1 Cursos técnicos

Na educação profissional técnica de nível médio, retoma-se a ideia da


formação integrada, que supera a separação entre executar e pensar, dirigir ou planejar.
Com isso,a formação profissional deve incorporar valores éticos-políticos e conteúdos
históricos e científicos das práxis humanas, integrando a dimensão do trabalho à ciência,
à cultura e à pesquisa. Por isso, não se trata de priorizar a “parte
técnica/profissionalizante” em detrimento da formação geral, mas de possibilitar o
acesso a conhecimentos diversos, promovendo construções intelectuais mais elevadas,
junto à reflexão crítica contextualizada. Temos como objetivo a formação plena do
educando, com a apropriação de conceitos necessários para intervenção consciente na
realidade e para a compreensão do processo histórico de construção do conhecimento.
Só assim podemos contribuir para a formação de sujeitos autônomos, que possam se
compreender no mundo e, dessa forma, atuar nele por meio do trabalho, transformando
a natureza e a cultura em função das necessidades coletivas da humanidade.

Os cursos técnicos são organizados e oferecidos, prioritariamente, na forma de

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cursos integrados, podendo ser ofertados em cooperação com estados e municípios.


Também podem ser organizados de modo concomitante/subsequente ao ensino médio,
dentro de áreas de atuação definidas a partir da realidade local do câmpus, conforme as
demandas sociais, acompanhando o percentual de vagas estabelecido em lei para os
Institutos Federais. Ao se legitimar o compromisso com segmentos apartados do ensino
formal, implantou-se o Programa Nacional de Integração da Educação Profissional à
Educação Básica na Modalidade de Educação de Jovens e Adultos – PROEJA, que
abrange cursos e programas de educação profissional com vistas à formação inicial e
continuada de trabalhadores e à educação profissional técnica de nível médio. Os cursos
do PROEJA deverão considerar as características dos jovens e adultos atendidos e
poderão ser articulados ao ensino fundamental ou ao ensino médio, de forma integrada
ou concomitante, tendo como objetivo a elevação do nível de escolaridade do
trabalhador.

4.1.1.1 Cursos técnicos integrados ao Ensino Médio

O Curso Técnico Integrado ao Ensino Médio é oferecido a quem já concluiu o


ensino fundamental. O curso garante tanto a formação do Ensino Médio quanto a
formação técnica profissional. Além disso, tem duração de 4 anos, com ingresso
realizado por meio de Processo Seletivo. Atualmente, o Câmpus Campos do Jordão
IFSP oferece os seguintes cursos:

a) Edificações
O Curso Técnico Integrado em Edificações tem como objetivo consolidar e
aprofundar os conhecimentos adquiridos no ensino fundamental, estendendo o domínio
de conhecimento para um nível mais aprimorado. Prepara, ainda, o discente para o
universo do trabalho, a fim de que possa desempenhar de forma ética seu papel como
técnico/cidadão, e de que lhe seja possível atuar no ramo da construção civil, em
atividades de planejamento, execução, manutenção, reforma e recuperação de
edificações.

O curso procura oportunizar uma condição de profissionalização aos alunos do


ensino médio, com o objetivo de que esses possam: consolidar e aprofundar os
conhecimentos adquiridos no ensino fundamental, possibilitando o prosseguimento de
estudos; compreender os fundamentos científico-tecnológicos dos processos produtivos,

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relacionando a teoria com a prática; oferecer conhecimentos técnicos e científicos da


área de construção civil; desenvolver competências e habilidades para a atuação nas
fases de projeto e desenho, construção e acabamento de estruturas, instalações elétricas,
instalações hidrossanitárias e especiais, patologias e tratamento de estruturas; capacitar
em habilidades empresariais, com conhecimentos de administração e planejamento;
desenvolver uma postura ética no âmbito profissional, visando ao bom relacionamento
dentro das organizações empresariais, bem como as capacidades de gestão do próprio
empreendimento; considerar problemas e relações ambientais nas atividades cotidianas
da construção civil, propondo soluções.

Perfil Profissional dos Egressos

O curso almeja formar profissional para atuar no mundo globalizado, que seja
possuidor de um pensamento sistêmico, abrangente, aberto e intuitivo, capaz de adaptar-
se às rápidas mudanças sociais e tecnológicas. Ao técnico em Edificações pressupõe-se
espírito criativo e consciente, com sólida e avançada formação tecnológica, de modo
que o técnico em Edificações, ao final do curso, desenvolve e executa projetos de
edificações conforme normas técnicas de segurança e de acordo com legislação
específica. Além disso, o técnico em Edificações planeja a execução e elabora
orçamento de obras, presta assistência técnica no estudo e desenvolvimento de projetos
e pesquisas tecnológicas na área de edificações, orienta e coordena a execução de
serviços de manutenção de equipamentos e de instalações em edificações e fornece
assistência técnica para compra, para venda e para utilização de produtos e de
equipamentos especializados.

b) Informática

O curso Técnico Integrado em Informática tem como objetivo consolidar e


aprofundar os conhecimentos adquiridos no ensino fundamental, estendendo o domínio
de conhecimento para um nível mais aprimorado. Prepara, ainda, o discente para o
universo do trabalho, a fim de que possa desempenhar de forma ética seu papel como
técnico e cidadão e de que possa atuar no campo escolhido, sabendo como manipular
tecnologias da informação e da comunicação (TICs).

O curso procura oportunizar uma condição de profissionalização aos alunos do


ensino médio, com o objetivo de que esses possam: desenvolver programas de
computador, seguindo as especificações e paradigmas da lógica de programação e das

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linguagens de programação; utilizar ambientes de desenvolvimento de sistemas


operacionais e de banco de dados; realizar testes de programas de computador,
mantendo registros que possibilitem análises e refinamento dos resultados; executar
manutenção de programas de computadores implantados; consolidar e aprofundar os
conhecimentos adquiridos no ensino fundamental, possibilitando o prosseguimento de
estudos; compreender os fundamentos científico-tecnológicos dos processos produtivos,
relacionando a teoria com a prática.

Perfil Profissional dos Egressos

O Curso Técnico Integrado em Informática tem, assim, o objetivo de formar


profissional para atuar no mundo do trabalho globalizado, que seja possuidor de um
pensamento sistêmico, mas abrangente, aberto e intuitivo, capaz de adaptar-se às rápidas
mudanças sociais e tecnológicas. Espera-se do técnico em Informática o espírito crítico,
criativo e consciente, devendo ser generalista, com sólida e avançada formação
tecnológica, lastreada numa cultura geral, igualmente sólida e consciente. De modo
geral, o técnico em Informática, ao final do curso: desenvolve programas de
computador, seguindo as especificações e paradigmas da lógica de programação e das
linguagens de programação; utiliza ambientes de desenvolvimento de sistemas, sistemas
operacionais e banco de dados; realiza testes de programas de computador, mantendo
registros que possibilitem análises e refinamento dos resultados; executa manutenção de
programas de computadores implantados; domina conteúdos e processos básicos
relevantes do conhecimento científico, tecnológico, cultural e das diferentes
modalidades de linguagem necessárias para a autonomia intelectual e moral,
compreendendo as transformações históricas, econômicas, políticas e sociais de forma a
proceder orientado por valores democráticos e solidários, que fundamentam o agir ético,
no exercício da cidadania e na intervenção no mundo do trabalho, com competência
profissional e técnica para empregar ferramentas de informática e para prestar suporte
na utilização destas, interagindo com outros profissionais e colaborando na solução de
problemas técnicos da área.

4.1.1.2 Técnico Concomitante/Subsequente

O curso técnico de nível médio concomitante/subsequente é oferecido a quem

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já concluiu o ensino fundamental e a quem tenha concluído ou esteja cursando no


mínimo o segundo ano do ensino médio. O curso tem duração mínima de dois semestres
e máxima de quatro semestres e adota, como forma de ingresso, o Processo Seletivo.

a) Técnico em Hospedagem

O curso técnico em Hospedagem tem como objetivo o de formar o profissional


Técnico em Hospedagem de maneira a atender à Lei de Diretrizes e Bases da Educação
Nacional (LDB), Seção IV-A, artigos 36 A a 36 D (incluídos pela Lei nº 11.741, de
2008), a partir do fornecimento de subsídios para o desenvolvimento de atividades de
recepção e de governança, tornando o discente apto a prestar atendimento ao público, a
atuar como recepcionista em meios de hospedagem, a gerir o setor de governança, a
prestar serviços com qualidade ao público interno e externo, a observar critérios de
qualidade, responsabilidade e profissionalismo, combinando conhecimento técnico e
visão mercadológica, pressupostos humanísticos e culturais, e, ainda, a ser capaz de
atualizar suas práticas através da busca por conhecimento constante e por
aprofundamento dos estudos, visando à excelência dos serviços.

São, ainda, competências desenvolvidas durante o curso as de: executar


atividades operacionais de atendimento ao cliente; reconhecer critérios de qualidade na
prestação de serviços em hotelaria; atuar nos serviços de atendimento e organização de
andares; gerir crises e conflitos em serviço; executar serviços de hotelaria e
hospedagem, seguindo parâmetros éticos; compreender os aspectos socioculturais e
turísticos da região.

Perfil Profissional do Egresso

O profissional técnico em Hospedagem atua na recepção e na governança em


meios de hospedagem, além da possibilidade de atuar em hospitais, navios, trens,
embarcações e shoppings. O profissional dessa área ainda executa atividades
operacionais de recepção e de atendimento a clientes, além de realizar serviços de
andares, de atendimento comercial, de implementação de critérios de qualidade na
prestação de serviços e de prestar suporte ao hóspede durante sua estada, valorizando as
características culturais, históricas e ambientais do local de sua atuação.

b) Técnico em Eventos

O Curso Técnico em Eventos tem como objetivo o de formar o profissional

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técnico em Eventos, a partir do fornecimento de subsídios para o desenvolvimento de


atividades administrativas e de captação de recursos, tornando-o apto a elaborar projetos
e a prestar orientação e serviços técnicos e logísticos, a fim de posicionar e de promover
o contratante (empresas públicas, privadas ou sem fins lucrativos) diante de seus
públicos, observando a prospecção de novos clientes, as demandas do mercado e as
novas necessidades, a partir da avaliação do processo. São, ainda, atividades realizadas
pelo profissional técnico em Eventos as de: elaborar, organizar e aplicar atividades
recreativas em eventos; planejar, organizar e atuar em cerimoniais públicos e privados;
planejar, organizar e controlar a gestão operacional e logística dos eventos; montar,
organizar e decorar mesas e cardápios, utilizando técnicas de higienização e
equipamentos específicos para cada tipologia de eventos; planejar, organizar e controlar
o armazenamento de alimentos e bebidas, materiais e equipamentos, de acordo com sua
natureza; planejar processos de seleção, contratação, alocação de profissionais em
eventos, de acordo com o perfil e a atividade; atuar de acordo com as normas e padrões
de qualidade, respeitando a legislação vigente.

Perfil Profissional do Egresso

O técnico em Eventos é o profissional que auxilia e atua na prospecção, no


planejamento, na organização, na coordenação e na execução dos serviços de apoio
técnico e logístico de eventos e cerimoniais, utilizando o protocolo e etiqueta formal.

Além disso, esse profissional realiza procedimentos administrativos e


operacionais relativos a eventos, recepciona e promove serviços de eventos, planeja e
participa da confecção de ornamentos decorativos e coordena o armazenamento e
manuseio de gêneros alimentícios servidos em eventos.

c) Técnico em Edificações

O objetivo do Curso Técnico em Edificações é o de formar profissionais que


sejam capazes de atuar no ramo da construção civil, de realizar atividades de
planejamento, execução, manutenção, reforma e recuperação e de relacionar-se com
ética e profissionalismo no ambiente de trabalho. Além disso, o curso se ocupa, ainda,
de: proporcionar conhecimentos técnicos e científicos ao aluno, de modo que ele possa
resolver conflitos, propor soluções e atualizar-se constantemente na área profissional;
oferecer conhecimentos técnicos e científicos da área de construção civil; desenvolver
competências e habilidades para a atuação nas fases de projeto e desenho, construção e

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acabamento de estruturas, instalações elétricas, instalações hidrossanitárias e especiais,


patologias e tratamento de estruturas; capacitar em habilidades empresariais, com
conhecimentos de administração e planejamento; desenvolver uma postura ética no
âmbito profissional, visando ao bom relacionamento dentro das organizações
empresariais, bem como às capacidades de gestão do próprio empreendimento;
considerar problemas e relações ambientais nas atividades cotidianas da construção
civil, propondo soluções.

Perfil Profissional do Egresso

O técnico em Edificações desenvolve e executa projetos de edificações


conforme normas técnicas de segurança e de acordo com legislação específica. Além
disso, o profissional dessa área planeja a execução e elabora orçamento de obras, presta
assistência técnica no estudo e desenvolvimento de projetos e pesquisas tecnológicas na
área de edificações, orienta e coordena a execução de serviços de manutenção de
equipamentos e de instalações em edificações e orienta na assistência técnica para
compra, venda e utilização de produtos e equipamentos especializados.

4.1.2 GRADUAÇÃO

No contexto dos cursos de Licenciatura, sua oferta visa atender as demandas


da sociedade brasileira pela formação de professores de Educação Básica em
instituições públicas. Tem-se como objetivo não só a oferta dos cursos de Licenciatura,
mas também a qualidade dessa formação de professores como um compromisso político
e social. Destacam-se, também, nos cursos de Licenciatura, a importância do uso da
Pedagogia de Projetos e da integração entre teoria e prática, num movimento de práxis
em que a avaliação permanente seja o requisito para a excelência. Nesse sentido, é
necessário articular os cursos de Licenciaturas de forma que, em sua organização
acadêmica, tanto os conteúdos disciplinares como a formação específica para o
exercício da docência na educação básica sejam valorizados.

Já os cursos superiores de Tecnologia têm como objetivo garantir aos cidadãos


o direito à aquisição de competências profissionais que os tornem aptos para a inserção
em setores profissionais nos quais haja utilização de tecnologias. Apoiando-se na
Resolução CNE/CP nº 03, de 18/12/2002, orienta-se que a organização curricular dos
cursos superiores de tecnologia deverá contemplar o desenvolvimento de competências

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profissionais, em consonância com o perfil profissional de conclusão do curso, o qual


define sua identidade e caracteriza o compromisso ético da instituição com os seus
alunos e com a sociedade. Para isso, ainda segundo a resolução, a organização
curricular compreenderá as competências profissionais tecnológicas, gerais e
específicas, incluindo os fundamentos científicos e humanísticos necessários ao
desempenho profissional do graduado em tecnologia. Por fim, os cursos de Bacharelado
se relacionam com a formação profissional e foram historicamente organizados
segundo o avanço da ciência e da sua implicação com o desenvolvimento do
conhecimento, da pesquisa e da tecnologia.

4.2.1.1 Tecnólogos

a) Tecnologia em Gestão de Turismo

O contexto exposto acerca da realidade de Campos de Jordão e a importância


do turismo para a cidade destacam a necessidade de uma capacitação maior no eixo da
hospitalidade, sendo essencial pensar, debater e planejar o turismo na cidade, pensando
em uma manutenção saudável e sustentável da atividade para o futuro. Tal contexto
condiz com Lei nº 11.892, de 29 de dezembro de 2008, que institui a Rede Federal de
ensino, sendo que, em seu artigo 6º, destaca que as finalidades do IF são: ofertar
educação profissional e tecnológica, em todos os seus níveis e modalidades, formando e
qualificando cidadãos com vistas na atuação profissional nos diversos setores da
economia, com ênfase no desenvolvimento socioeconômico local, regional e nacional;
como também desenvolver a educação profissional e tecnológica como processo
educativo e investigativo de geração e de adaptação de soluções técnicas e tecnológicas
às demandas sociais e peculiaridades regionais; além de orientar sua oferta formativa
em benefício da consolidação e fortalecimento dos arranjos produtivos, sociais e
culturais locais, identificados com base no mapeamento das potencialidades de
desenvolvimento socioeconômico e cultural no âmbito de atuação do Instituto Federal;
e, por fim, promover a produção, o desenvolvimento e a transferência de tecnologias
sociais, notadamente voltadas à preservação do ambiente.

Diante do exposto, o Curso Superior de Tecnologia em Gestão do Turismo tem


o propósito de formar profissionais que estejam aptos a atuarem nas diversas esferas que
compõem o mercado de gestão de turismo, tanto no campo prático da área, como

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também no campo teórico, utilizando-se das ferramentas assimiladas durante o curso


que permitirão que se sobressaiam neste mercado caracterizado pela competitividade.
Assim, o egresso poderá atuar em setores como meios de hospedagem, receptivo,
eventos, ecoturismo, transportes, operacionalização de roteiros, agenciamento, entre
outros setores, como os de organizações não-governamentais e de empreendimentos
próprios. Os alunos egressos serão capazes tanto de elaborar e programar roteiros como
de identificar o potencial turístico da região (com ênfase nos aspectos culturais e
ambientais). Além disso, os egressos estarão aptos a gerenciar estabelecimentos, a
organizar o setor e a acompanhar a evolução do espaço turístico. Todas essas ações
devem estar pautadas na ética e na construção de um saber turístico, que enalteçam
principalmente a cultura regional, a diversidade brasileira e o empreendedorismo local,
contribuindo para sua valorização e preservação. O diferencial do curso está pautado na
valorização regional, com a ênfase na gestão e no reconhecimento dos aspectos culturais
locais, como também dos diversos espaços ambientais, contribuindo para a construção
de uma atividade turística organizada e sustentável.

Durante o curso, também serão ofertadas as disciplinas de Inglês e de


Espanhol, instrumentos necessários para recepcionar melhor os turistas estrangeiros,
apresentando a cidade de Campos do Jordão com maestria. O egresso deverá também,
por meio da aquisição de conhecimento, ter uma visão empreendedora diante da
realidade de opções no mercado de trabalho, buscando com isso satisfazer as
necessidades, as demandas e as expectativas turísticas regionais, cumprindo assim os
objetivos e os pressupostos institucionais que visam à inserção regional, à inspiração
filosófica no ensino superior e às políticas de ensino do Instituto Federal de Educação,
Ciência e Tecnologia de São Paulo.

Considerando-se o objetivo geral estabelecido, assim como as expectativas de


formação e de atuação do egresso, projetaram-se como objetivos específicos do Curso
Superior de Tecnologia em Gestão de Turismo: atuar na prospecção mercadológica e na
captação de clientes; comercializar produtos e serviços turísticos; atuar na seleção,
liderança e gestão de pessoas; complementar a formação discente, realizando-se cursos
extracurriculares, “workshops”, oficinas, semanas culturais, palestras, além de facilitar o
acesso a eventos ligados ao setor gastronômico e a outras formas, para que os discentes
possam ter um acréscimo de conteúdo e/ou conhecimento, além do proporcionado nas
disciplinas regulares; contribuir para a construção de uma visão crítica da sociedade por

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meio de atividades complementares, como visitas técnicas, viagens de estudo, estudos


do meio, entre outras, como também por meio de estágios supervisionados, para que os
alunos possam realizar uma vivência reflexiva sobre o setor; garantir uma formação
completa e abrangente dos discentes através de uma infraestrutura correlatada à área,
permitindo o exercício de atividades que envolvam o saber teórico, assim como o saber-
fazer; gerenciar empresas turísticas; identificar, sistematizar e coordenar programas,
roteiros e itinerários; orientar os discentes para o desenvolvimento reflexivo da
profissão, por meio de pesquisas e de atividades técnicas, aguçando, desta forma, a sua
percepção, seus questionamentos e sua sensibilidade, podendo eles enxergar com
maturidade os pontos objetivos e subjetivos do cenário atual; preparar o aluno para o
processo produtivo do Turismo, ajudando-o a adquirir as competências exigidas para a
habilitação profissional de tecnólogos em Gestão de Turismo; proporcionar um estreito
relacionamento de consulta e de informações com os empresários do setor e entidades
públicas e privadas ligadas ao turismo de Campos do Jordão e região

Perfil Profissional do Egresso

O tecnólogo em Gestão de Turismo está na classificação do Cadastro Brasileiro


de Ocupação – CBO sob nº 1415-25 – Tecnólogo em Gestão de Turismo. O campo de
ocupação do Tecnólogo em Gestão de Turismos será amplo, estando dentre as opções
mercadológicas: agências de turismo, centros gastronômicos, companhias aéreas,
cruzeiros marítimos, empresas de eventos, empresas de hospedagem, recreação e lazer,
empresas de planejamento, desenvolvimento de projetos, assessoramento técnico e
consultoria, Órgãos públicos com atuação na área. Segundo o Catálogo Nacional de
Cursos 25 Superiores de Tecnologia do MEC, (2016, p. 153), o egresso do curso de
Gestão em Turismo estará apto a: diagnosticar o potencial de destinos e produtos
turísticos; criar e implantar roteiros turísticos; planejar e gerenciar atividades
relacionadas aos distintos segmentos de mercado do turismo; articular os diferentes
agentes locais, regionais e internacionais da área; administrar e operar atividades em
agências de turismo e em transportadoras turísticas; gerenciar e executar procedimentos
em meios de hospedagem, em restaurantes e em eventos; vistoriar e avaliar a emissão de
parecer técnico em sua área de formação.

Contudo, considerando o perfil da cidade de Campos do Jordão e a sua relação


com o turismo, o curso proposto dedica-se à formação de um egresso que poderá atuar
na gestão do Turismo aplicado ao microambiente local, focando-se na gestão cultural e

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ambiental, sem esquecer-se da relação com os aspectos das políticas públicas, essencial
para uma gestão eficiente do turismo. O curso não se esquece do cenário turístico local,
já constituído desde a década de 1980. Assim, os egressos estarão aptos a atuarem em
setores como meios de hospedagem, receptivo, eventos, ecoturismo, transportes,
operacionalização de roteiros, agenciamento, entre outros setores, como organizações
não governamentais e empreendimentos próprios.

b) Tecnologia em Análise e Desenvolvimento de Sistemas

O Curso Superior de Tecnologia em Análise e Desenvolvimento de Sistemas


tem por objetivo propiciar ao estudante um itinerário formativo interdisciplinar e
prático, que lhe garanta condições para a inserção no mercado do trabalho, a plena
atuação na vida cidadã e os meios para continuar seu aprendizado, bem como o
despertar da sua capacidade empreendedora. Em sua elaboração, valorizaram-se tanto as
disciplinas teóricas quanto as práticas, indo ao encontro do modelo de formação
unitária, integrando assim, ciência e tecnologia, o pensar e o fazer. Espera-se que a
vivência prática traga um constante pensar sobre "o que fazer", "como fazer" e "para
que fazer", buscando constantemente, com criatividade, soluções para os problemas da
área. O aluno matriculado na área de Tecnologia em Análise e Desenvolvimento de
Sistemas deve ser incentivado a possuir sólido domínio: dos saberes de lógica de
programação; de estrutura de dados; de análise e projeto de sistemas; de administração
e métodos; de metodologia de pesquisa; de Matemática Discreta; de probabilidade e
estatística; de sistemas de informação gerencial; de engenharia de software; de
segurança e auditoria de sistemas; de gestão de projetos e banco de dados. Deverá,
também, ser incentivado a possuir outros saberes básicos, tais como linguagens de
programação estruturadas e orientadas a objeto; arquitetura de computadores; sistemas
operacionais; redes de computadores; desenvolvimento Web. Além do conjunto de
saberes básico e sólido, o aluno deve possuir alguns saberes coadjuvantes, como inglês
técnico; comunicação e expressão e gestão de serviços, permitindo que o mesmo atue
como empreendedor em sua área de atuação. Assim sendo, o discente desta área deve
desenvolver uma visão interdisciplinar dos saberes que foram transmitidos e da
aplicação destes saberes no contexto profissional que irá exercer. Nesse sentido, o Curso
Superior de Tecnologia em Análise e Desenvolvimento de Sistemas tem por objetivo
específico propiciar a visão e a formação de profissionais aptos a atuar na área de TI
(Tecnologia da Informação) com as atividades de análise, projeto, desenvolvimento,

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gerenciamento e implantação de sistemas de informação computacionais direcionados


para o mercado de trabalho corporativo.

O curso promove a formação de profissionais especialistas de nível superior,


que recebem formação direcionada a atender os segmentos atuais e emergentes em
atividades industriais e prestação de serviços, tendo em vista a constante evolução
tecnológica.

O curso tem duração de 3 anos e a forma de ingresso é por meio do Sistema de


Seleção Unificada (Sisu/MEC), de responsabilidade do MEC, e por processos
simplificados para vagas remanescentes, por meio de edital específico, a ser publicado
pelo IFSP no endereço eletrônico. Outras formas de acesso previstas são: reopção de
curso, transferência externa, ou por outra forma definida pelo IFSP.

O curso visa capacitar os estudantes, por meio de um itinerário formativo


interdisciplinar e prático, a atuarem na área de TI (Tecnologia da Informação) com as
atividades de análise, projeto, desenvolvimento, gerenciamento e implantação de
sistemas de informação computacionais direcionados para o mercado de trabalho
corporativo. Pode ser identificado como objetivo específico do curso proposto de
fornecer sólido domínio nas matérias de Programação, de Engenharia de Software e de
Sistemas de Informação Aplicados. Essas matérias desdobram-se nos saberes
apresentados nas disciplinas constantes da matriz curricular proposta. Além disso, o
curso ainda possui como objetivos os de: propiciar outros saberes básicos, tais como os
de arquitetura de computadores, de sistemas operacionais, de redes de computadores e
de desenvolvimento Web; explorar, de forma enfática, o uso de recursos
computacionais para o projeto e construção de software; desenvolver alguns saberes
coadjuvantes, como os de inglês técnico, de comunicação e expressão e de gestão de
serviços, permitindo que o tecnólogo em Análise e Desenvolvimento de Sistemas atue
como empreendedor em sua área de atuação; possibilitar uma visão interdisciplinar dos
saberes que foram transmitidos e da aplicação destes saberes no contexto profissional
que o egresso irá ocupar.

Perfil Profissional do Egresso

O tecnólogo em Análise e Desenvolvimento de Sistemas analisa, projeta,


documenta, especifica, testa, implanta e mantém sistemas computacionais de
informação. Esse profissional trabalha, também, com ferramentas computacionais, com

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equipamentos de informática, com metodologia de projetos na produção de sistemas,


com raciocínio lógico, com emprego de linguagens de programação e com metodologias
de construção de projetos. Além disso, a preocupação com a qualidade, com a
usabilidade, com a robustez, e com a integridade e a segurança de programas
computacionais são fundamentais à atuação desse profissional. O profissional estará
preparado para atuar na sociedade em que está inserido de forma a contribuir para a
solução de problemas das organizações e da sociedade em geral, utilizando saberes,
habilidades e competências adquiridas nos seis semestres da grade curricular. Calçadas
nos saberes que englobam as diversas áreas do conhecimento, as habilidades e
competências desse profissional devem apresentar-se em três categorias.

Habilidades pessoais: Aquelas que são características intrínsecas do aluno e


que podem ser aprimoradas pela grade curricular. Dentre elas, serão enfatizadas: o
pensamento sistêmico; a prontidão para solucionar problemas; o pensamento crítico; a
prontidão para análise de riscos; a autodisciplina; a perseverança; o espírito de
curiosidade e prontidão para autoaprendizagem; a mentalidade aberta a mudanças; a
criatividade.

Conhecimentos, habilidades e competências técnicas: Aquelas que serão


construídas ou desenvolvidas pela atividade curricular a partir das habilidades pessoais,
dos conteúdos apresentados pelas disciplinas e das práticas exercidas no decorrer do
curso. Dentre elas são enfatizadas: abstrair, representar e organizar a informação; em
face do fenômeno, ou seja, da realidade física, mobilizar o conhecimento/informações
para representar esse fenômeno em um modelo computacional fundamentado na lógica
e na matemática e que seja bem sucedido em relação ao usuário; dominar tecnologias da
informação, acompanhando e incorporando suas constantes mudanças; abstrair,
representar e organizar a informação; conhecer a lógica fundamental de um sistema de
processamento eletrônico de dados, com o estudo e a apresentação de planos
consistentes e de avaliação de seus efeitos e de fatos novos no seu planejamento;
modelar e implementar sistemas computacionais que promovam a solução de
problemas, utilizando paradigmas de computação; conhecer o comportamento humano
em sua interação com computadores; compreender a dinâmica das mudanças; usar
ferramentas computacionais para aplicação dos conhecimentos; selecionar e distribuir,
com eficiência, economia e segurança, recursos humanos, recursos de hardware e de
software, no gerenciamento de sistemas de informação; resolver problemas operacionais

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referentes à adaptação dos sistemas à realidade da empresa e dos seus serviços,


problemas estes que demandem diagnósticos, estudos e avaliação para reorientação do
serviço, no que concerne a software ou a hardware; pesquisar novas aplicações de
programas existentes e desenvolver novos programas, face às necessidades
organizacionais no tratamento dos dados e das informações, mantendo-se
permanentemente atualizados em relação ao avanço da informática.

Habilidades interpessoais: Aquelas que serão desenvolvidas e aprimoradas


mediante a interação com os pares e com os professores, no curso, e com profissionais
da área em atividades extracurriculares, como seminários, workshops, entre outras
possíveis. Dentre essas habilidades, destacam-se: habilidade de comunicação;
habilidade de trabalho colaborativo; habilidade de resolução de problemas em grupo.

A partir desses saberes, habilidades e competências, o curso aponta caminhos


para que o egresso desenvolva as seguintes habilidades e competências: gerenciar e
definir modelos de arquivamento, de estruturação, de testes e de simulação de
programas, de sistemas e de banco de dados; gerenciar equipes de desenvolvimento de
softwares, projetos de sistemas e centro de processamento de dados; consolidar
informações no trato tático e estratégico.

O Tecnólogo em Análise e Desenvolvimento de Sistemas analisa, projeta,


documenta, especifica, testa, implanta e mantém sistemas computacionais. O
profissional desta área trabalha, ainda, com: raciocínio lógico, emprego de linguagens
de programação e com metodologias de construção de projetos. Preocupação com a
qualidade, usabilidade, robustez, integridade e segurança de programas computacionais
são fundamentais para a sua atuação.

O tecnólogo em Análise e Desenvolvimento de Sistemas estará apto a executar


as seguintes atividades: desenvolvimento e implantação de sistemas informatizados,
dimensionando requisitos e funcionalidade, especificando sua arquitetura, escolhendo
ferramentas de desenvolvimento, especificando programas e codificando aplicativos;
administração de ambientes informatizados, prestação de suporte técnico; treinamento
ao cliente e elaboração de documentação técnica; estabelecimento de padrões,
coordenação de projetos, a partir do oferecimento de soluções para ambientes
informatizados e de pesquisa de novas tecnologias.

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4.2.1.2 Licenciaturas

O curso destina-se a preparar professores para atuarem na educação básica. A


licenciatura tem duração de quatro anos e a forma de ingresso ocorre por meio do
Sistema de Seleção Unificada (Sisu/MEC), de responsabilidade do MEC, e por
processos simplificados para vagas remanescentes, por meio de edital específico, a ser
publicado pelo IFSP no endereço eletrônico. Outras formas de acesso previstas são:
reopção de curso, transferência externa, ou por outra forma definida pelo IFSP.

a) Licenciatura em Matemática

O objetivo geral do curso de Licenciatura em Matemática do IFSP, Câmpus


Campos do Jordão, é formar professores na área de Matemática, para suprir as
necessidades deste profissional na região de Campos do Jordão.

O curso dedica-se, dessa forma, a: capacitar professores para compreender a


ciência como atividade humana contextualizada e como elemento de interpretação e de
intervenção no mundo; entender a relação entre o desenvolvimento da Matemática e o
desenvolvimento tecnológico e associar as diferentes tecnologias à solução de
problemas; utilizar elementos e conhecimentos científicos e tecnológicos,
particularmente, alguns conteúdos básicos para entender e resolver as questões
problemáticas da vida cotidiana; compreender e utilizar o tripé Ensino, Pesquisa e
Extensão no desenvolvimento pessoal e das aulas dos futuros professores; entender e
aplicar métodos e procedimentos próprios da Matemática para cursos presenciais e a
distância; elaborar projetos para o ensino fundamental (5° ao 9° anos), para o ensino
médio e para o EJA, concatenados com os novos parâmetros curriculares nacionais e
com a práxis educativa.

A Licenciatura em Matemática tem por objetivo geral propiciar ao estudante


um itinerário formativo e uma formação cultural ampla e profissional de professores
pesquisadores, inseridos no meio social de maneira integrada para a construção de uma
sociedade mais justa e digna, através do exercício da cidadania consciente e crítica. O
curso superior de Licenciatura em Matemática tem por objetivo específico formar
profissionais detentores de um conjunto de habilidades relativas ao processo de ensino e
aprendizagem, para exercerem as atividades docentes do ensino básico e de pesquisa em
educação matemática, a partir de um sólido domínio dos conteúdos de Matemática,
Estatística, Física, Geometria e de Informática, preparando-os para desempenharem seus

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trabalhos como cidadãos críticos e conscientes, plenamente inseridos no meio social em


que vivem, contribuindo para o desenvolvimento global do estudante em seus aspectos
emocional, social e intelectual. O curso objetiva ainda capacitar os discentes de maneira
que estes possam se colocar frente ao conhecimento matemático em permanente atitude
de atualização e de aperfeiçoamento.

Perfil Profissional do Egresso

O licenciado em Matemática deve ser capacitado para: compreender a


Matemática dentro da realidade educacional brasileira nos contextos social, ambiental,
cultural, econômico e político; dominar em profundidade e extensão o conteúdo de
Matemática na sua organização estrutural e sequencial; garantir a integração entre teoria
e prática, seja no ensino presencial ou a distância; buscar as relações entre as diversas
áreas do conhecimento e também aplicações, por meio de uma metodologia
interdisciplinar, multidisciplinar e contextualizada, tanto na sua ação educativa-
aprendizagem, como em aperfeiçoamento de estudos; ter consciência da importância da
Educação Continuada, da Ética e Moral no trabalho do professor, da sua participação na
definição da política educacional, das Relações Étnico-Raciais e da Inclusão Social com
auxílio da Língua Brasileira de Sinais e o Braile, que conduzirão à revalorização do
trabalho docente.

O profissional ainda exercerá profissionalmente a docência em instituições


escolares da Educação Básica, a partir de uma sólida base comum científico-tecnológico
humanística, seguida de aprofundamento de conhecimentos voltados mais diretamente
para sua área, estando capacitado a: elaborar propostas de ensino-aprendizagem de
Matemática para a educação básica; analisar, selecionar e produzir materiais didáticos;
analisar criticamente propostas curriculares de Matemática para a educação básica;
desenvolver estratégias de ensino que favoreçam a criatividade, a autonomia e a
flexibilidade do pensamento matemático do educando, buscando trabalhar com mais
ênfase nos conceitos do que nas técnicas, fórmulas e algoritmos; perceber a prática
docente de Matemática como um processo dinâmico, carregado de incertezas e de
conflitos, constituindo um espaço de criação e de reflexão, em que novos
conhecimentos são gerados e modificados continuamente; contribuir para a realização
de projetos coletivos dentro da escola básica.

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b) Licenciatura em Pedagogia

O objetivo geral do Curso Superior de Graduação em Pedagogia, Licenciatura,


do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia no Câmpus Campos do Jordão é
formar licenciados em Pedagogia para atuar como docentes na educação infantil e/ou
séries iniciais do ensino fundamental e/ou especialistas em educação na Educação
Básica ou em contextos não escolares.

O Curso Superior de Graduação em Pedagogia, Licenciatura, do Instituto


Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de São Paulo no Câmpus Campos do Jordão
tem como objetivos específicos: formar professores para a educação infantil que saibam
conciliar as dimensões do cuidar e do educar, com espírito crítico e sensibilidade às
novas descobertas das pesquisas voltadas para a primeira infância; formar professores
para as séries iniciais do Ensino Fundamental que sejam capazes de atuar criticamente
como docentes generalistas em relação aos mais diferentes conteúdos escolares, sem
contudo cair na superficialidade; formar especialistas em educação capazes de atuar
como coordenadores pedagógicos, pedagogos, gestores, etc. no contexto de toda a
Educação Básica, sempre com espírito de liderança, de trabalho em equipe e de
cooperação; formar especialistas em educação com subsídios necessários para a
atuação em espaços não escolares, de modo a contribuir para o avanço das instituições e
para o desenvolvimento humano, onde existir o fenômeno educativo.

Perfil Profissional do Egresso

O egresso do curso de Pedagogia deverá estar apto a: cuidar e educar crianças


de 0 a 5 anos, contribuindo para o seu desenvolvimento; atuar na docência do ensino
fundamental, inclusive na modalidade Educação de Jovens e Adultos; ensinar as
diversas áreas do conhecimento de forma interdisciplinar e adequada às fases do
desenvolvimento humano; utilizar as tecnologias de informação e de comunicação nos
processos de aprendizagem significativa; promover relações de cooperação entre a
instituição educativa, a família e a comunidade; identificar problemas socioculturais e
educacionais, contribuindo na superação da exclusão de qualquer natureza; trabalhar em
equipe, com diálogo entre a área educacional e as demais áreas do conhecimento;
participar da gestão das instituições e da elaboração, da implementação, da
coordenação, do acompanhamento e da avaliação do projeto pedagógico das escolas e
de ambientes não escolares; realizar pesquisa na área da educação; atuar em espaços não

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escolares; refletir criticamente utilizando-se de legislações da área.

Para acesso ao curso superior de Licenciatura em Pedagogia, o estudante


deverá ter concluído o Ensino Médio ou equivalente. O ingresso ao curso será por meio
do Sistema de Seleção Unificada (SISU), de responsabilidade do MEC, e por processos
simplificados para vagas remanescentes, por meio de edital específico, a ser publicado
pelo IFSP no endereço eletrônico. Outras formas de acesso previstas são: reopção de
curso, transferência externa, ou por outra forma definida pelo IFSP.

4.2 Formação inicial e continuada

A Portaria 2968 de 2015 do IFSP define curso de extensão como:

[...] ação pedagógica de caráter teórico e prático, presencial ou a distância, planejada e


organizada de modo sistemático para atender às necessidades da sociedade, visando
ao desenvolvimento, à atualização e ao aperfeiçoamento de conhecimentos, com carga
horária mínima de 8 horas e critérios de avaliação definidos.(PORTARIA 2968/2015
IFSP, ART. 14)
O artigo 18, da mesma portaria, caracteriza os cursos de extensão de acordo
com suas cargas horárias totais e com as suas finalidades.

São eles:

- Cursos livres de extensão: de 8 a 40 horas,

- Curso de formação inicial: mínimo de 160 horas,

- Curso de formação continuada: mínimo de 40 horas.

O que diferencia o curso de formação inicial do curso de formação continuada


é que o primeiro se destina à qualificação em uma área profissional específica, enquanto
o segundo recicla, aprofunda e amplia conhecimentos já existentes.

A PRX - Pró-reitora de Extensão do IFSP - publica semestralmente editais para


cadastramento, submissão e avaliação de PPCs - Projetos Pedagógicos de Cursos de
Extensão - via plataforma SIGPROJ. Todo servidor do IFSP pode ser proponente de
curso (docente ou técnico-administrativo). O PPC do curso precisa ser apresentado
antecipadamente para a Comissão de Extensão do câmpus e, uma vez recomendado,
será avaliado pela PRX, que observa sua relevância para o desenvolvimento profissional
ou pessoal da comunidade, a abrangência do público alvo, a exequibilidade projeto,

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além dos aspectos formais.

As propostas de curso precisam conter: identificação, detalhes, público,


caracterização, descrição, justificativa, fundamentação teórica, objetivos, metodologia e
avaliação, conteúdo programático, relação ensino, pesquisa e extensão, avaliação,
referências bibliográficas e anexas (anuência da Comissão de Extensão do câmpus e da
Direção).

Uma vez aprovado, o PPC pertence ao câmpus (e não ao servidor que o


propôs), podendo o curso ser ministrado inúmeras vezes, inclusive por voluntários,
desde que possuam formação superior ou experiência na área. Uma nova submissão do
projeto deverá ser realizada toda vez que se alterar carga horária, público alvo ou
conteúdo programático da proposta original.

A Coordenadoria de Extensão tem sido a responsável por elaborar e divulgar


editais (em sua maioria semestrais) de processo seletivo, para inscrever os interessados
da comunidade em se matricular nos cursos de extensão ofertados pelo câmpus. O
método com maior adesão e aceitação da população local foi o de matrícula por ordem
de inscrição. Alguns ministrantes solicitam pré-requisitos básicos a serem comprovados
na efetivação da matrícula, tais como: certificado de conclusão do ensino fundamental
ou idade mínima. Os cursos com maior número de interessados que de vagas geram
listas de espera. A falta injustificada nas primeiras aulas acarreta perda automática da
vaga e os interessados presentes na lista de espera são chamados para serem
matriculados.

São exemplos de cursos de extensão ministrados no câmpus nos últimos anos:


Inglês (diversos níveis), Libras (diversos níveis); Leitura e produção de textos para
vestibular/ ENEM; A prática reflexiva na sala de aula; Recapitulação de conceitos de
Biologia para Enem e Vestibulares; Preparatório para o ENEM: interpretação
interdisciplinar a partir da Filosofia; Preparatório para ENEM – Química; Ciências
Humanas e suas tecnologias aplicadas ao Enem; Teoria e prática de Atletismo para
crianças e adolescentes; Atividades circenses; Teatro e diversidade; Coquetelaria
Básica; Introdução ao Universo das Cervejas; Panificação e confeitaria; Monitor de
turismo para veículos recreativos; Condutor de Turismo de Aventura - Serra da
Mantiqueira; Informática básica; Empreendedorismo; Cerimonial e Protocolo para
eventos e Oratória.

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A Coordenadoria de Extensão do câmpus tem elaborado pesquisas com a


comunidade para levantar informações como: tipo de cursos de extensão que a
população possui mais carência e interesse e melhores horários para implantá-los,
buscando assim maior adesão e menor evasão. Nesse sentido, a pesquisa consiste em
uma tentativa de atender melhor às necessidades da população local, colaborando
significativamente para o desenvolvimento social da região.

Os grandes desafios do câmpus, atualmente, são: o de conciliar os anseios da


população, coletados em tais pesquisas, com a disponibilidade de professores de nosso
quadro com carga horária livre, formação adequada e afinidade com o público alvo.
Existe uma cultura errônea enraizada de que os cursos de extensão servem para auxiliar
os docentes a compor suas PITs (Plano Individual de Trabalho), o que faz com que
aqueles sejam oferecidos de forma irregular, variando de semestre para semestre,
acompanhando a disponibilidade do corpo docente da Instituição, sendo encaixados
dependendo da composição da agenda dos cursos regulares e das demais atividades
docentes. É dever de todos os servidores auxiliar na consolidação da Extensão como
dimensão educativa, que ocorre ao creditar a importância social de tais cursos e quando
há comprometimento de todas as áreas em planejarem-se para disponibilizá-los de
forma contínua, equiparando sua importância à dada aos cursos regulares, além de
pensando em formas de incentivo e em estímulos para garantir maior envolvimento da
comunidade escolar.

Os cursos FIC e de extensão possuem alto potencial, uma vez que funcionam
como um excelente desinibidor para boa parte da população, que tem vergonha ou
receio de adentrar os prédios do IFSP, por acreditar que esta escola se destina somente a
alunos que passaram em concorridos processos seletivos. Ao ter contato com o IF por
meio desses cursos, essas pessoas quebram tal paradigma, servindo de exemplo para
aqueles que compõem seu círculo social, ao passar-lhes um sentimento de acolhimento
e de pertencimento. Tal público acaba também por auxiliar na divulgação dos demais
cursos FIC e ainda dos regulares.

Além de se comportarem como uma ponte entre a comunidade interna e a


comunidade externa e de garantirem que a população local se beneficie de educação
gratuita e de qualidade, tais cursos, assim como as demais ações de extensão, possuem
caráter formador do cidadão inserido no contexto social da instituição, já que
colaboram, em diversos aspectos, para o desenvolvimento da região, como defende

Projeto Político-Pedagógico: 2018-2022


IFSP – Câmpus Campos do Jordão
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Cunha:

A interação do sujeito com o objeto e com outros sujeitos é a única fonte do


verdadeiro conhecimento e do pleno desenvolvimento psicológico, o que quer dizer
compartilhar competências cognitivas, em condições de igualdade com o grupo social
para compreender objetivamente a realidade. (CUNHA, 2003, P.94).

4.3 Novos cursos

A Comissão Local de elaboração do Plano de Desenvolvimento Institucional


(PDI) 2019/2023 do câmpus Campos do Jordão do IFSP planejou e executou diversas
ações nos últimos meses no intuito de reunir informações sobre a necessidade,
viabilidade e impacto da abertura de novos cursos no câmpus, organizando assim uma
revisão e atualização do atual Plano de Oferta de Cursos.

Foram realizadas discussões internas e junto à comunidade local, por meio de


duas audiências públicas, nas quais a Instituição foi apresentada e as propostas de novos
cursos foram abordadas. Também se aplicou um questionário junto ao público
participante. Simulações foram inseridas em uma planilha de impacto fornecida pela
Comissão Central do PDI.

Após análise foram detectados os seguintes nichos para cursos regulares:

- Curso Técnico em Eventos Integrado ao Ensino Médio (com extinção do


atual Curso Técnico Concomitante/Subsequente em Eventos) – previsão de início em
01/2020;
- Programa de Educação de Jovens e Adultos (Proeja) em Cozinha
(Ensino Fundamental), modalidade FIC (Formação inicial e continuada) – previsão de
início em 01/2021;
- Curso Superior em Engenharia Civil – previsão de início em 01/2022;
- Curso Técnico em Jogos Digitais Concomitante/Subsequente na
modalidade EAD (a distância).
Todas as propostas serão encaminhadas para Comissão Central do PDI, que
realizará uma avaliação da viabilidade das ofertas.
Em todos os casos, a implantação de tais cursos depende da prévia ampliação
de nosso prédio, a atual estrutura física não comportaria tal quantidade de turmas. O
PROEJA é uma exceção, neste caso em específico o IFSP se responsabilizaria somente
pelo corpo docente e pela estrutura necessária ao currículo técnico, sendo que a base

Projeto Político-Pedagógico: 2018-2022


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comum ficaria a cargo do parceiro. Já existem tratativas da Instituição com a Prefeitura


Municipal de Campos do Jordão a respeito.
Foi designada uma comissão para elaboração do PPC (Plano Pedagógico de
Curso) do Curso Técnico em Eventos Integrado ao Ensino Médio, os trabalhos
encontram-se em andamento.
Sobre novos cursos de extensão, a Coordenadoria responsável tem elaborado
pesquisas junto à comunidade para levantamento das principais áreas de interesse de
formação do público, além da disponibilidade de horário para as aulas.

A tabulação dos dados e o relatório final serão encaminhados a Direção Geral


até o final de 2018.

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Capítulo 5 - Políticas de Inclusão

5.1 Introdução

O Câmpus Campos do Jordão realiza diversas ações em diferentes áreas, de


acordo com as políticas institucionalmente estabelecidas. Essas atividades são propostas
com o intuito de atuar na formação integral do estudante, buscando e desenvolvendo
ações sob a perspectiva de contemplar os temas transversais, que abrangem os aspectos
culturais, os ambientais e os éticos, além da cidadania, do respeito às diferenças, da
inclusão e da saúde.

5.2 Coordenadoria Sociopedagógica

A Coordenadoria Sociopedagógica, através da Resolução IFSP nº 138 de


04/11/2014, que aprova o Regulamento da Coordenadoria Sociopedagógica, está
vinculada à Diretoria Adjunta Educacional do câmpus e consistem em uma equipe
multiprofissional, articulada e de ação interdisciplinar, composta por Assistente Social,
Pedagogo, Psicólogo e Técnico em Assuntos Educacionais. Infelizmente a resolução
não menciona o profissional Intérprete de Libras.

A coordenadoria tem por objetivo assessorar o pleno desenvolvimento do


processo educativo, orientando, acompanhando, intervindo e propondo ações e projetos
que visem à qualidade do processo de ensino e de aprendizagem e à formação integral
do estudante, a partir do trabalho que envolve temas transversais como, ética, saúde,
meio ambiente e diversas formas de inclusão, além da garantia de direitos enquanto
cidadão consciente de sua importância na sociedade.

O trabalho realizado pela equipe busca atender prioritariamente os estudantes


que apresentarem excesso de faltas, baixo rendimento e situação de vulnerabilidade
social, contribuindo para sua permanência, para a conclusão do curso e,
consequentemente, para a contenção da evasão no câmpus.

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5.3 Política de Assistência Estudantil

A Política de Assistência Estudantil é baseada no Programa Nacional de


Assistência Estudantil (PNAES), instituído pelo Decreto de nº 7.234 de 2010 e pelas
resoluções nº 41 e nº 42, de 02 de junho de 2015, que regulamentam a Política de
Assistência Estudantil no IFSP, contribuindo com o processo educativo por meio de
auxílio financeiro e de ações universais, que buscam minimizar os efeitos das
desigualdades sociais e regionais para garantir a permanência e a conclusão do curso,
colaborando para a redução das taxas de retenção e de evasão, além de promover a
inclusão social pela educação.

O Programa de Auxílio e Permanência poderá, de acordo com a


disponibilidade orçamentária, conceder auxílios financeiros nas seguintes modalidades:
moradia estudantil, alimentação, transporte, atenção à saúde, inclusão digital, cultura,
esporte, creche, material didático-pedagógico e acesso, participação e aprendizagem de
estudantes com deficiência, com transtornos globais do desenvolvimento, com altas
habilidades e superdotação.

As instituições educacionais não só possuem a função educacional de lidar


com problemas de ordem acadêmica, mas também possuem uma função social, ou seja,
de lidar com as múltiplas expressões da questão social.

Sendo assim, justifica-se a equipe multidisciplinar visando garantir condições


adequadas para a permanência do aluno na instituição, visto que as dificuldades que
interferem no acesso, na permanência e na conclusão do curso são oriundas de todos os
aspectos do ser humano, podendo ser de ordem social, psicológica, pedagógica, entre
outras.

As situações de vulnerabilidade social e pessoal, ocasionadas pela carência


socioeconômica, são identificadas como uma das principais causas da retenção e da
evasão escolar, sendo as mais comuns: dificuldades em custear transporte, alimentação,
material escolar e moradia. Outra situação que também faz o estudante se desmotivar
ou abandonar o curso é a inserção no mercado de trabalho de forma precarizada.

No primeiro semestre de 2018, cerca de 150 dos estudantes do Câmpus


Campos do Jordão, inscritos no Programa de Auxílio Permanência, apresentaram renda
familiar per capta entre 0,0 e 1,0 salário mínimo, e, por esse motivo, as necessidades

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financeiras presentes no ambiente educacional do câmpus são demandas urgentes.

Diante disso, o Câmpus Campos do Jordão desenvolve a Política de


Assistência estudantil por intermédio do Programa de Auxílio Permanência. Esse
programa é voltado aos estudantes em situação de vulnerabilidade social, tendo como
principal objetivo o de apoiar a permanência dos estudantes na instituição, por meio de
ações que contribuam com o processo educativo e por meio de auxílios financeiros
mensais voltados para alimentação, moradia e transporte.

O resultado esperado é o de que os alunos atendidos pela Programa Auxílio


Permanência (PAP) consigam permanecer e concluir o curso escolhido, atingindo uma
formação integral, oportunizando melhor acesso ao mercado de trabalho e
possibilitando a ruptura do seu histórico de carência econômica e de vulnerabilidade
social.

5.4 Formação Continuada

A Formação Continuada de Professores do Instituto Federal de Educação,


Ciência e Tecnologia de São Paulo (IFSP) constitui-se de um conjunto de atividades e
de ações voltadas para o processo de desenvolvimento e de aperfeiçoamento
profissional dos docentes.

A Formação Continuada busca a valorização do profissional, assim como a


constante reflexão sobre a prática docente, concebendo o câmpus como local
privilegiado de construção e de produção de conhecimento, onde é necessário
estabelecer discussões contextualizadas sobre o fazer pedagógico.

Atualmente a Comissão de Formação Continuada está composta por docentes e


técnicos administrativos.

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106

5.5 Extensão

Os PPCs de nossos cursos preveem como incumbência da Extensão abordar


temas transversais indispensáveis à formação do aluno, como por exemplo, diversidade,
direitos humano, meio ambiente, as relações no novo mundo do trabalho e etc. São
nessas oportunidades que a coordenadoria atua no sentido de incluir a todos,
apresentando as diferenças, repudiando a discriminação, intolerância e comportamentos
agressivos e incitando o respeito e a liberdade.

A intenção de tais encontros é também empoderar as minorias e /ou os grupos


mais vulneráveis, mostrando que é a sociedade que precisa se preparar para bem recebê-
los e não o inverso.

5.6 NAPNE – Ações Inclusivas

O Núcleo de Apoio às Pessoas com Necessidades Educacionais Específicas -


NAPNE do IFSP está em consonância com a Lei de Diretrizes e Bases (LDB), Lei nº
9.394/96, com o Decreto nº 6.949/09, com o Decreto nº 7.611/11, com a Política
Nacional de Educação Especial na perspectiva da Educação Inclusiva, de 2008, com o
Plano de Desenvolvimento Institucional (PDI), Resolução 137/2014 e com os demais
documentos pertinentes que regem todos os procedimentos necessários para a
estruturação do NAPNE de cada câmpus do IFSP. O NAPNE tem o propósito de
implementar ações inclusivas, contribuindo para a reflexão sobre a prática da inclusão e
sobre a aceitação da diversidade, com o objetivo de romper as barreiras arquitetônicas,
educacionais e atitudinais.

O NAPNE acompanha o desenvolvimento acadêmico dos estudantes com


necessidades educacionais específicas, procurando realizar intervenções efetivas
durante os seus percursos acadêmicos, bem como orientação aos coordenadores de
curso e professores acerca das adaptações a serem realizadas e, atualmente, do
preenchimento do Plano Educacional Individualizado, documento este orientado por
meio da Instrução Normativa 001/2017 da PRE.

As ações do NAPNE do Câmpus Campos do Jordão são desenvolvidas por

Projeto Político-Pedagógico: 2018-2022


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107

equipe multidisciplinar composta por Técnicos-Administrativos e Docentes, sendo que


a equipe básica exigida integra todos os membros da Coordenaria Sociopedagógica do
câmpus.

Atualmente o NAPNE do Câmpus Campos do Jordão atende 12 alunos, por


meio de orientação educacional, de atendimento individualizado e de desenvolvimento
de projeto.

O NAPNE realiza todos os anos, no Câmpus Campos do Jordão, o dia do


NAPNE, evento este que conta com palestras, oficinas, cine debates e mesa redonda,
todos com temas voltados à inclusão e à diversidade.

O NAPNE também realiza, ainda, o evento Setembro Azul, já que no dia 26 de


setembro é comemorado o Dia Nacional do Surdo. O Setembro Azul é um
movimento da comunidade surda em favor da educação e da cultura surda, que
tomou proporção nacional em março de 2011, quando se intensificaram as discussões
sobre o modelo de educação inclusiva. Desse modo, o Câmpus Campos do Jordão,
por meio do NAPNE, apoia e realiza esse evento, a fim de valorizar este marco
histórico das conquistas da comunidade surda.

5.7 Ações Afirmativas câmpus Campos do Jordão

Ações afirmativas são políticas sociais de combate a discriminações étnicas,


raciais, religiosas, de gênero ou de casta, para promover a participação de minorias no
processo político, no acesso à educação, à saúde, ao emprego, e aos bens materiais,
entre outros. O IFSP, com relação à oferta de vagas pelo sistema de Ações Afirmativas,
adota o percentual de 50% (cinquenta por cento) das vagas à inclusão social para
candidatos que tenham cursado integralmente o Ensino Fundamental ou Ensino Médio
em escolas públicas, ou com bolsa integral em escola particular, respeitando a
proporção mínima, composta por autodeclarados pretos, pardos e indígenas e por
pessoas com deficiência, do último censo do Instituto Brasileiro de Geografia e
Estatística (IBGE) para o estado de São Paulo.
Podem se inscrever na ação afirmativa renda baixa candidatos que cursaram
integralmente em escolas públicas o Ensino Fundamental (caso escolha um curso
técnico) ou o Ensino Médio (caso escolha um curso superior), ou que tenham estudado

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IFSP – Câmpus Campos do Jordão
108

em colégio particular com bolsa integral, com renda familiar bruta igual ou inferior a
1,5 salário mínimo por pessoa da família.
O que se entende por família é a unidade nuclear composta por uma ou mais
pessoas, eventualmente ampliada por outras pessoas que contribuam para o rendimento
ou que tenham suas despesas atendidas por aquela unidade familiar, todas moradoras de
um mesmo domicílio.
Renda familiar bruta mensal é a soma dos rendimentos brutos auferidos por
todas as pessoas da família, calculada na forma do disposto no Art. 7º da Portaria
Normativa nº 18/2012 do MEC.
Podem se inscrever na ação afirmativa de pretos, pardos e indígenas
candidatos autodeclarados pretos, pardos ou indígenas, com renda familiar bruta igual
ou inferior a 1,5 salário mínimo por pessoa da família e candidatos com renda familiar
bruta superior a 1,5 salário mínimo por pessoa da família. Essa ação afirmativa terá sua
autodeclaração aferida e validada no momento da matrícula e o critério para esta análise
será o fenótipo, que é o conjunto de características observáveis de um indivíduo.
Podem se inscrever na ação afirmativa de pessoas com deficiência
candidatos que sejam pessoas com deficiência, com renda familiar bruta igual ou
inferior a 1,5 salário mínimo por pessoa da família, candidatos que sejam pessoas com
deficiência, autodeclarados pretos, pardos ou indígenas e com renda familiar bruta igual
ou inferior a 1,5 salário mínimo por pessoa da família, candidatos que sejam pessoas
com deficiência com renda familiar bruta superior a 1,5 salário mínimo por pessoa da
família e candidatos que sejam pessoas com deficiência, autodeclarados pretos, pardos
ou indígenas e com renda familiar bruta superior a 1,5 salário mínimo por pessoa da
família.
Conforme artigo 2º da Lei nº 13.146, de 06 de julho de 2015, e de acordo com
art. 1º, § 2o da Lei nº 12.764, de 27 de dezembro de 2012, entende-se que as pessoas
com deficiência são aquelas que têm impedimento de longo prazo de natureza física,
mental intelectual ou sensorial, o qual, em interação com uma ou mais barreiras, pode
obstruir a participação plena e efetiva na sociedade em igualdade de condições com as
demais pessoas.
O candidato inscrito nesta Ação Afirmativa deverá apresentar laudo médico,
atestando que ele se enquadra no art. 4º do Decreto nº 3.298, de 20 de dezembro de
1999, atualizado pelo art. 5º, § 1º, inciso I, do Decreto nº 5.296, de 02 de dezembro de
2004 OU no art. 1º, § 1º, incisos I e II, e § 2º, da Lei nº 12.764, de 27 de dezembro de

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2012.
O IFSP, em suas ações afirmativas dentro do câmpus e conta com o apoio do
NEABI (Núcleo de Estudos Afro-brasileiros e Indígenas do IFSP), que está pautado
na construção da cidadania por meio da valorização da identidade étnico-racial,
principalmente de negros e indígenas. O NEABI está voltado para as ações afirmativas
na área da educação, cultura, saúde e de combate ao racismo, que vitima as populações
negras e indígenas.
O NUGS (Núcleo de Estudos Sobre Gênero e Sexualidade do IFSP) tem a
finalidade de promover ações com vistas a uma educação inclusiva e não sexista, que
busque a equidade e a igualdade entre os gêneros, o combate à violência e à
discriminação LGBT e a valorização da diversidade.
O NAPNE (Núcleo de Apoio às Pessoas com Necessidades Educacionais
Específicas) tem a finalidade de promover o acesso, a participação, a permanência e o
êxito do estudante com deficiência na instituição.
Depredação ao Patrimônio Público: A Direção Geral do câmpus, juntamente
com a Coordenadoria Sociopedagógica, realizou ação afirmativa que fortaleceu nos
alunos o pertencimento à instituição e, assim, promoveu o cuidado para com esta. Todo
o câmpus mobilizou-se e participou da ação realizada.
A Direção, a Coordenação e a CSP finalizaram toda a ação com uma reunião
com os pais dos alunos do Integrado, para lhes dar ciência de toda a situação vivida no
câmpus e para, assim, poder contar com seu apoio.

#EuCuid DoMeuInstitutoFederal!
Campanha de preservação do patrimônio escolar do IFSP campus CJO
O Instituto Federal é de todos
Valorize e Preserve!

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5.8 Políticas para o desenvolvimento da aprendizagem e instâncias de avaliação

5.8.1 Recuperação Contínua e Paralela

A Recuperação Contínua e Paralela no âmbito do câmpus tem se orientado


conforme determinação legal, o previsto pelo Capítulo VIII da Organização Didática,
onde em seu artigo 35 prevê que:
Mediante identificação das dificuldades de aprendizagem, constatadas através
dos registros individuais de avaliação permanente e cumulativa, oferece recuperação
contínua e paralela, na conformidade da Lei Federal nº. 9.394/96, artigos 13, inciso IV e
24, inciso V, alínea “a”, consoante o previsto em Resolução editada pelo
Conselho Superior, no PPC e nas diretrizes desta Organização Didática:
A Recuperação Contínua é realizada no decorrer de todo o período letivo com
base nos resultados obtidos pelos estudantes na avaliação contínua.
A Recuperação Paralela é oferecida sempre que o estudante não apresentar os
progressos previstos em relação aos objetivos e metas definidos para cada ano.
O conselho pedagógico consultivo teve como objetivos avaliar o trabalho
realizado no primeiro semestre bem como os resultados alcançados. Buscando assim,
reorganizar a prática a fim de buscar os melhores resultados no processo de ensino e
aprendizado do conjunto dos alunos, especialmente dos que não tiveram a oportunidade
de apropriação dos saberes de forma satisfatória no período.
Como procedimento metodológico, é avaliado o desenvolvimento de cada
turma, destacando avanços e desafios desde o início do ano letivo. Ao final, são
realizados alguns encaminhamentos, dos quais destacamos o acompanhamento da CSP
a alunos com dificuldades pedagógicas, psicológicas e sociais.
A orientação durante a realização dos conselhos consultivos é para que os
docentes trabalhem de forma internacionalizada para sanar algumas dificuldades
identificadas entre os alunos, como leitura e interpretação de textos e operações
matemáticas.
Convém destacar que, na avaliação dos envolvidos, o conselho pedagógico é
um dos poucos espaços para a discussão coletiva das questões do dia-a-dia da escola.

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5.8.2 Conselho de Classe Deliberativo

Os Conselhos de Classe do IFSP são organizados como instâncias consultivas


(Conselho de Classe Pedagógico) e deliberativas (Conselho de Classe Deliberativo) e
contam com a participação dos docentes da respectiva turma, do Coordenador de
Curso/Área, do Pedagogo e dos demais membros da Coordenadoria Sociopedagógica.

5.8.3 Os Conselhos de Classe dos Cursos Técnicos Integrados

Atualmente, câmpus Campos do Jordão, os cursos Integrados oferecidos são:


Informática e Edificações.

Ao todo são ofertadas 80 vagas anuais, sendo 40 do curso de Informática e 40


para Edificações.

Seguindo a Organização Didática de 2013 do IFSP, as áreas de Formação


Geral, Edificações e Informática estabelecem suas atividades de Conselho de Classe dos
cursos Integrados conforme o CAPÍTULO X, em seu Art. 39:

Os Conselhos de Classe do IFSP são organizados como instâncias consultivas


(Conselho de Classe Pedagógico) e deliberativas (Conselho de Classe Deliberativo) e
contam com a participação obrigatória:

I. Dos docentes da respectiva turma;


II. Do Coordenador de Curso/Área;
III. Do Pedagogo do Serviço Sociopedagógico.

Os conselhos de classe deliberativos dos cursos integrados são realizados


ao final do período letivo.
A Organização Didática do IFSP, define como deve acontecer e quem deve
conduzir o Conselho de classe dentro do câmpus:

Art. 40. O Conselho de Classe é presidido pelo Pedagogo do Serviço


Sociopedagógico ou, em sua ausência, pelo Coordenador de Curso.

Art. 41. O Conselho de Classe Pedagógico acontecerá de acordo com as necessidades


apontadas pelo Coordenador do Curso ou pelo Serviço Sociopedagógico de cada
câmpus, preferencialmente com periodicidade bimestral e dividido em três partes:

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112

A. Na primeira, os docentes farão uma análise da turma identificando progressos,


detectando dificuldades da turma no processo de ensino e aprendizagem;
B. Na segunda, o Serviço Sociopedagógico apresentará dados de evasão e outros
que auxiliem a compreensão do panorama traçado na primeira parte e também
proporá alternativas didático-pedagógicas a serem adotadas visando sanar as
dificuldades encontradas;
C. Na terceira, os membros, se necessário, farão as considerações finais e
possíveis encaminhamentos.

5.8.4 Conselho de curso Técnico Concomitante

O Conselho de Classe deliberativo dos cursos Técnicos Concomitante em


Edificações, Eventos e Hospedagem é realizado em data estabelecida no calendário
acadêmico do Câmpus, ao final de cada semestre letivo. Os professores que ministraram
durante o semestre são convocados pelo Coordenador do Curso. Portanto, participam do
Conselho os professores que ministraram aulas durante o período letivo, o Pedagogo da
Coordenadoria Sociopedagógica e o Coordenador do Curso.

Durante o conselho é realizada uma análise de cada aluno, colocando-se em


discussão os casos onde o aluno, com frequência global mínima de 75% (setenta e cinco
por cento) das aulas e demais atividades, não atingiu média suficiente para aprovação.

O resultado do Conselho é registrado em Ata, onde consta a descrição das


atividades do conselho, uma relação dos alunos, o parecer final do Conselho (aprovado,
reprovado ou parcialmente aprovado) e a assinatura dos participantes.

A Ata é encaminhada à Coordenadoria de Registros Escolares.

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113

5.8.5 Biblioteca

De acordo com o Regulamento de uso das bibliotecas do Instituto Federal de


Educação, Ciência e Tecnologia de São Paulo, as Bibliotecas do IFSP têm por
objetivos: atender a comunidade interna, fornecendo suporte ao desenvolvimento dos
cursos ofertados, estimulando as atividades de ensino, pesquisa, e extensão, por meio de
consulta local e empréstimos de itens do acervo. Também objetiva atender a
comunidade externa, fornecendo apoio à pesquisa e à extensão por meio da consulta
local do acervo.

As principais atividades e serviços oferecidos por esta Biblioteca são:

Consulta local ao acervo: qualquer usuário discente, docente ou técnico-


administrativo pode, livremente, ter acesso ao acervo da biblioteca;

Consulta local ao acervo por usuários externos: comunidade local pode acessar
o acervo livremente;

Empréstimos de itens do acervo à comunidade interna: Discentes, docentes,


técnico administrativos têm direito a realizar empréstimos de obras do acervo segundo
normas do regulamento de uso das Bibliotecas do IFSP;

Levantamento bibliográfico: as bibliotecárias realizam levantamento


bibliográfico dado determinado assunto, visando auxiliar na etapa de pesquisa e
investigação do usuário;

Acesso às bases de dados online: recomendam diversas fontes de pesquisa,


entre eles, bases de acesso gratuito e pago;

Atendimento para orientação e normalização bibliográfica: realiza orientação


de trabalhos acadêmicos, normalização ABNT, elaboração de ficha catalográfica e
outros;

Acesso à internet: Disponibiliza alguns computadores para uso livre dos


alunos, visando auxiliá-los na confecção de trabalhos e uso geral;

Divulgação de materiais bibliográficos e outros: dispõe de expositor de revistas


e jornais para divulgação das publicações recentes.

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114

Capítulo 6 – Diagnóstico da situação atual

Dimensão Diagnóstico Proposta de ação Responsáveis Prazo


O setor necessita de espaço físico maior para
Demandas pelo uso dos laboratórios
o atendimento destas novas demandas. Outra
(informática e sala de desenhos) e da CBI / ENGENHEIRO /
possibilidade é a realocação da Biblioteca Médio
Administrativa comunidade (eleições), direcionadas para FCC / CTI / Técnicos de
para um espaço com layout apropriado que prazo.
a Biblioteca, descaracterizando a laboratório
possibilite as mudanças necessárias,
finalidade principal desta.
potencializando o uso do espaço disponível.

Dimensão Diagnóstico Proposta de ação Responsáveis Prazo


Determinar um espaço para a execução das
Falta de uma área específica para
atividades técnicas e armazenamento dos
processamento de materiais
livros que estão sendo processados, a fim de
Administrativa Bibliográficos, cujo fluxo é constante, CBI Curto prazo.
organizar as fases de execução e a
evitando que sejam acondicionados em Projeto Político-Pedagógico: 2018-2022
distribuição dos materiais conforme sua
caixas e armazenados em local impróprio.
IFSP – Câmpus
finalidade Campos
(acervo, do Jordão
projetos, descarte etc.).

Dimensão Diagnóstico Proposta de ação Responsáveis Prazo


Comunicação insuficiente entre a equipe
Estabelecer, em conjunto, novas formas de
Administrativa da Biblioteca, prejudicando os serviços e CBI Curto prazo.
comunicação entre a equipe.
o atendimento.

Dimensão Diagnóstico Proposta de ação Responsáveis Prazo


Computadores disponíveis para usuários
Trocar os computadores por outros mais
Administrativa são excessivamente ruidosos, pondo em DRG / DAA /CBI/ CTI Curto prazo.
novos, que não apresentem o problema.
risco a saúde auditiva dos servidores.

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115

Dimensão Diagnóstico Proposta de ação Responsáveis Prazo


Biblioteca excessivamente barulhenta
devido ao espaço limitado e a existência
Administrativa Implantar campanhas de conscientização. CBI Curto prazo.
de mesas somente para grupos, além de
cultura pré-existente.

Dimensão Diagnóstico Proposta de ação Responsáveis Prazo


Necessidade de parâmetros escritos que
orientem as atividades do processamento Para cada serviço desenvolvido, elaborar
Administrativa CBI Curto prazo.
técnico da Biblioteca, evitando dúvidas e procedimento.
rotinas fora do padrão.

Dimensão Diagnóstico Proposta de ação Responsáveis Prazo


Ampliar o prédio 2 para unificação do
Poucos servidores para atendimento em câmpus. A proposta encontra-se em
Administrativa Projeto Político-Pedagógico: 2018-2022 DRG / DAA Longo prazo.
dois prédios/ambientes. elaboração por comissão destinada a este fim
IFSP – Câmpus
e será Campos
licitada ainda do Jordão
em 2018.

Dimensão Diagnóstico Proposta de ação Responsáveis Prazo


Pouco controle / falta de informação Melhorar o fluxo de informações e criar uma
CGP / CDI / DAE /
Administrativa sobre as alterações no quadro de rotina de recepção e acolhimento para novos Curto prazo.
FCC
servidores (entrada e saída). servidores.

Dimensão Diagnóstico Proposta de ação Responsáveis Prazo


Revisar a atual metodologia, elaborando
novas técnicas com base em pesquisa feita
Toda a área de Ensino -
Pouca eficácia no atual acolhimento dos junto aos alunos, além de utilizar a
Administrativa CSP / DAE / CAE / Imediato.
alunos. reprodução de vídeos institucionais e a
CBI / CRA
distribuição de informativos e brindes como
práticas de recepção.

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IFSP – Câmpus Campos do Jordão
116

Dimensão Diagnóstico Proposta de ação Responsáveis Prazo


Desenvolvimento e implantação de um plano
Resistência dos docentes às atividades de conscientização da importância de tais Curto e
Administrativa DAE
extraclasse em horário de aula. atividades para a formação integral do contínuo.
educando.

Dimensão Diagnóstico Proposta de ação Responsáveis Prazo


Buscar informações legais a respeito,
solicitando posicionamento da Reitoria e
conhecendo as práticas dos demais câmpus.

Ausência de uma política para Reforços sazonais da equipe, inclusive com


substituição de servidores técnico- empréstimo de servidores de outros câmpus.
Administrativa CGP / DRG Curto prazo.
administrativos especializados e reforçoProjeto Político-Pedagógico: 2018-2022
das equipes de trabalho IFSP – Câmpus
Sugerir ao MEC/MPOG
Campos do a criação
Jordãode uma
política para substituição de servidores
técnico-administrativos especializados.

Dimensão Diagnóstico Proposta de ação Responsáveis Prazo


Melhora no layout e na navegabilidade com
mudanças em seu mapa e implantação de
Site do câmpus pouco atrativo e não
Administrativa login diferenciado para cada perfil: docente, CTI / CDI Curto prazo.
intuitivo.
servidor técnico-administrativo, discente,
visitante, etc.

Projeto Político-Pedagógico: 2018-2022


IFSP – Câmpus Campos do Jordão
117

Dimensão Diagnóstico Proposta de ação Responsáveis Prazo


Falta de espaço físico para a
Coordenadoria de Apoio à Direção
(CDI): a atual sala utilizada possui
Ampliar o prédio 2 para unificação do
tamanho suficiente para esta
câmpus. A proposta encontra-se em DRG / DAA /
Administrativa coordenadoria, mas ela está sendo Longo prazo.
elaboração por comissão destinada a este fim Engenharia / Reitoria
compartilhada com a Coordenadoria de
e será licitada ainda em 2018.
Pesquisa (CPI), o que torna o espaço
físico muito pequeno para os dois setores
e precariza o atendimento ao público.

Dimensão Diagnóstico Proposta de ação Responsáveis Prazo


- Melhorar os canais de comunicação
Problemas de comunicação com a
Administrativa existentes e construir novos. Câmpus / Reitoria Curto prazo.
Reitoria. Projeto Político-Pedagógico: 2018-2022
- Unificar e melhorar procedimentos.
IFSP – Câmpus Campos do Jordão
Dimensão Diagnóstico Proposta de ação Responsáveis Prazo
Servidores e alunos desconhecem a
realidade e as reais atribuições da
CDI/Comunicação Social, confundindo Conscientizar o público interno e externo
Administrativa “Comunicação Social” com “Marketing”, sobre a realidade, as atribuições e as funções CDI / DRG Curto prazo.
exigindo certas demandas que vão além do setor.
das possibilidades reais de trabalho no
setor.

Projeto Político-Pedagógico: 2018-2022


IFSP – Câmpus Campos do Jordão
118

Dimensão Diagnóstico Proposta de ação Responsáveis Prazo


- Instituir agentes internos de treinamento,
aproveitando inclusive os próprios servidores
Necessidade de capacitação do CDI nas
do câmpus.
áreas de “Cerimonial, protocolo e
Administrativa - Cobrança de uma política de treinamento e Reitoria / PRD Curto prazo.
organização de eventos” e “Comunicação
oferta de cursos contínua da Reitoria.
Social”.
-Desenvolver parceria com os docentes do
curso técnico em eventos do IFSP-CJO

Dimensão Diagnóstico Proposta de ação Responsáveis Prazo


- Instituir agentes internos de treinamento
para cada setor, aproveitando inclusive os
Necessidade de capacitação para todos os
Administrativa próprios servidores do câmpus. Reitoria / PRD Curto prazo.
setores.
- Cobrança de uma política contínua de
treinamento e oferta de cursos da Reitoria.
Projeto Político-Pedagógico: 2018-2022
Dimensão Diagnóstico IFSP – Câmpus
Proposta de ação
Campos do Jordão Responsáveis Prazo
Falta de capitação referente a novos
Buscar informações junto à Reitoria e CDP.
Administrativa sistemas / legislação / atendimento ao CEX / DRG/ CGP Curto prazo.
Propor capacitações internas.
público.

Dimensão Diagnóstico Proposta de ação Responsáveis Prazo


Ampliar o prédio 2 para unificação do
Falta de espaço para abrigar arquivo câmpus. A proposta encontra-se em
Administrativa DRG / Engenharia Longo prazo.
adequado de documentação. elaboração por comissão destinada a este fim
e será licitada ainda em 2018.

Projeto Político-Pedagógico: 2018-2022


IFSP – Câmpus Campos do Jordão
119

Dimensão Diagnóstico Proposta de ação Responsáveis Prazo


Falta de profissionais adequados para
DRG / DAE / DAA /
Administrativa orientar a respeito do arquivo e Buscar informações a respeito com a Reitoria. Médio prazo.
CEX e CPI
armazenamento de documentação.

Dimensão Diagnóstico Proposta de ação Responsáveis Prazo


Envolver os alunos e servidores por meio de
atividades mais participativas (como gincana)
e integrá-los, pedindo sua colaboração nos CEX e demais
Administrativa Falta de apoio e adesão aos eventos. preparativos (proposta de atuação ativa ao interessados Médio prazo.
invés de passiva, de expectador).
Requerer da DRG uma postura mais firme em
relação aos eventos.

Dimensão Diagnóstico Proposta de ação Responsáveis Prazo


Projeto Político-Pedagógico:
Ampliar 2018-2022do
o prédio 2 para unificação
Ruído do pátio atrapalha concentração IFSP – Câmpus
câmpus. Campos
A proposta do Jordão
encontra-se em
Administrativa DRG / Engenharia Longo prazo.
(principalmente durante os intervalos). elaboração por comissão destinada a este fim
e será licitada ainda em 2018.

Projeto Político-Pedagógico: 2018-2022


IFSP – Câmpus Campos do Jordão
120

Dimensão Diagnóstico Proposta de ação Responsáveis Prazo


Devolutiva das avaliações realizadas pela
CEX, como feedback para os professores.
Cobrança por maior responsabilidade dos
evadidos, por meio de exigência de
CEX / DRG / DAE /
Administrativa Alto índice de evasão nos cursos FIC cancelamento pessoal da matrícula. Médio prazo.
FCC
Busca de apoio político dentro do câmpus
para atender de fato às demandas da
população a partir do comprometimento com
o tripé Pesquisa, Ensino, Extensão.

Dimensão Diagnóstico Proposta de ação Responsáveis Prazo


Resistência de alguns docentes em seguir Aumentar divulgação das normativas e CEX / DRG / DAE /
Administrativa Curto prazo.
procedimentos (burocracia). procedimentos. FCC
Projeto Político-Pedagógico: 2018-2022
Dimensão Diagnóstico IFSPProposta
– Câmpus de ação
Campos do Jordão Responsáveis Prazo
Procurar visitar ao menos uma instituição por
mês para a busca de parcerias para ações de
Falta de parcerias com instituições extensão, como: diárias para palestrantes em
públicas/privadas para captação de hotéis da cidade, refeições, brindes, material CEX e demais
Administrativa Médio prazo.
estágios e/ou convênios, acordos de de comunicação, etc. Além de angariar vagas interessados
cooperação, etc. de estágio, por exemplo, a partir de permutas
com oferta de cursos FIC / de treinamento
para funcionários das empresas parceiras.

Projeto Político-Pedagógico: 2018-2022


IFSP – Câmpus Campos do Jordão
121

Dimensão Diagnóstico Proposta de ação Responsáveis Prazo


Falta de recursos financeiros para: diárias
de palestrantes, distribuição de brindes, Buscar parceiros e cobrar a DRG e a Reitoria
confecção de material de comunicação, por um aperfeiçoamento no planejamento
Administrativa auxílio para participação de discentes em orçamentário a fim de que seja garantida uma CEX / DRG / DAA Médio prazo.
congressos, aumento da quantidade de reserva exclusivamente para ações de
bolsas para Projetos de Extensão, extensão.
transporte para visitas técnicas, etc.

Dimensão Diagnóstico Proposta de ação Responsáveis Prazo


- Criação de um plano de comunicação para
divulgação das atividades do IFSP em
Desconhecimento da comunidade em
Campos do Jordão. CDI / DRG e demais
Administrativa geral sobre as atividades do IFSP, falta Curto prazo.
- Criação de um mailing específico para interessados
um plano de comunicação e divulgação.
divulgação de cada atividade (eventos,
matrículas,
Projeto etc).
Político-Pedagógico: 2018-2022
IFSP – Câmpus Campos do Jordão
Dimensão Diagnóstico Proposta de ação Responsáveis Prazo
Ampliar o prédio 2 para unificação do
câmpus. A proposta encontra-se em
Administrativa Falta de um auditório. DRG / Engenharia Longo prazo.
elaboração por comissão destinada a este fim
e será licitada ainda em 2018.

Dimensão Diagnóstico Proposta de ação Responsáveis Prazo

Alta rotatividade de servidores. Sugerir ao MEC/MPOG a criação de um


Administrativa DRG Longo prazo.
incentivo em locais de difícil lotação.
Política de valorização do servidor.

Projeto Político-Pedagógico: 2018-2022


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122

Dimensão Diagnóstico Proposta de ação Responsáveis Prazo


Criação de um passo a passo (fluxograma),
Falta de feedback sobre os procedimentos CEX / CLT /
contendo datas para reuniões entre os
Administrativa de compra de materiais dos Projetos de Coordenadores de Curto prazo.
envolvidos e procedimentos necessários para
Extensão financiados pela PRX. Projetos de Extensão
as aquisições.

Dimensão Diagnóstico Proposta de ação Responsáveis Prazo


Uniformizar os sistemas de gerenciamento
dos dados de alunos dos cursos técnicos
(integrados, subsequentes e concomitantes) e
Diferença de procedimentos entre os
de alunos dos cursos superiores. O SUAP é o
alunos dos cursos técnicos integrados,
Administrativa sistema mais indicado para esse Reitoria Médio prazo.
concomitantes e subsequentes e os alunos
gerenciamento, já que, na interface do aluno,
dos cursos superiores.
permite que ele tenha acesso a vários serviços
e utilidades,
Projeto tornando-se menos
Político-Pedagógico: dependente
2018-2022
IFSP – Câmpus Campos do JordãoCRA.
dos requerimentos presenciais na

Dimensão Diagnóstico Proposta de ação Responsáveis Prazo


Falta de local mais adequado para Ampliar o prédio 2 para unificação do
atendimento ao público que procura a câmpus. A proposta encontra-se em
Administrativa DRG / Engenharia Longo prazo.
CEX, com melhor acústica e maior elaboração por comissão destinada a este fim
espaço. e será licitada ainda em 2018.

Dimensão Diagnóstico Proposta de ação Responsáveis Prazo


Déficit de qualidade de atendimento aos
Reunir todos os cursos e toda a estrutura de
Administrativa alunos e professores dos cursos DRG Longo prazo.
apoio ao ensino em um único prédio.
ministrados no Prédio 2.

Projeto Político-Pedagógico: 2018-2022


IFSP – Câmpus Campos do Jordão
123

Dimensão Diagnóstico Proposta de ação Responsáveis Prazo


- Criar arquivos com instruções para os
procedimentos e salvá-los na pasta comum
O conhecimento de diversos em rede do setor, para que todos possam
CRA e demais
Administrativa procedimentos está concentrado em consultar e aprender a realizar as diversas Imediato.
interessados.
determinadas pessoas. tarefas.
- Promover reuniões periódicas para debater
os procedimentos e esclarecer dúvidas.

Dimensão Diagnóstico Proposta de ação Responsáveis Prazo


Criação de projetos e cursos sobre técnicas de
estudo. Atualmente, a CSP possuiu o projeto
CSP / DAE / FCC Imediato.
de Bolsa de Ensino “Hora de estudar”, sobre
técnicas de estudo.
Projeto Político-Pedagógico: NAPNE / CSP /Equipe
Capacitação de servidores2018-2022
docentes e técnico-
IFSP – Câmpus Campos do Jordão de Formação
administrativos para a elaboração do Plano de Imediato.
Continuada / DAE /
Estudos Individualizado (PEI).
FCC
Administrativa Evasão escolar. Recuperação paralela para os alunos dos
cursos técnicos (horário a ser contabilizado na DAE / CSP / FCC Curto prazo.
PIT do professor).
Oferta de cursos extracurriculares (AACC) de
conteúdos que são pré-requisitos para o curso DAE / CSP / FCC Curto prazo.
(alunos dos cursos superiores).
Desenvolver atividades para aliviar o stress
dos alunos, tais como: culturais, esportivas e DAE / CSP / FCC Curto prazo.
de prevenção da saúde mental.

Projeto Político-Pedagógico: 2018-2022


IFSP – Câmpus Campos do Jordão
124

Dimensão Diagnóstico Proposta de ação Responsáveis Prazo


Promover a visibilidade das atividades da
Equipe de Formação Continuadas (EFC) e
Baixa adesão aos encontros de formação CSP / Equipe de
Administrativa realizar parcerias com outros câmpus e Curto prazo.
continuada. Formação Continuada
instituições de ensino para a realização de
oficinas e palestras.

Dimensão Diagnóstico Proposta de ação Responsáveis Prazo


Formar uma equipe para dinamizar a
organização dos estudantes no câmpus.
Administrativa Baixa adesão ao movimento estudantil. CSP / DAE / FCC Curto prazo.
Atualmente, existe apenas o Grêmio
Estudantil (Ensino Médio).

Dimensão Diagnóstico Proposta de ação Responsáveis Prazo


Projeto Político-Pedagógico:
Realização 2018-2022
semestral do “Dia do NAPNE”.
Administrativa Pouca visibilidade do NAPNE. IFSP – CâmpusoCampos
Atualmente, evento sódoacontece
Jordão no 1º NAPNE / CSP Curto prazo.
semestre letivo.

Dimensão Diagnóstico Proposta de ação Responsáveis Prazo


Ampliação do Prédio 2 para unificação do
Ausência de sala de recursos para câmpus. A proposta encontra-se em
Administrativa DRG / DAA Longo prazo.
atendimento do NAPNE elaboração por comissão destinada a este fim
e será licitada ainda em 2018.

Dimensão Diagnóstico Proposta de ação Responsáveis Prazo


Falta de informações sobre as funções e
Elaboração dos textos explicativos e DRG / DAE / DAA /
Administrativa os integrantes de cada coordenação no Curto
disponibilização para inclusão no site CEX / CPI / CDI
site IFSP-CJO

Projeto Político-Pedagógico: 2018-2022


IFSP – Câmpus Campos do Jordão
125

Dimensão Diagnóstico Proposta de ação Responsáveis Prazo


Falta incluir no site IFSP-CJO os Fazer uma lista dos documentos mais
DRG / DAE / DAA /
Administrativa arquivos dos documentos utilizados pelos utilizados pelos servidores e disponibilizar Curto
CEX / CPI / CDI
servidores estes documentos através do site IFSP-CJO

Dimensão Diagnóstico Proposta de ação Responsáveis Prazo


Elaboração dos documentos para o processo
DRG / DAA /
Administrativa Falta de cantina no prédio 2. de contratação de uma empresa para assumir a Curto
Engenharia
cantina.

Dimensão Diagnóstico Proposta de ação Responsáveis Prazo


Utilizar salas de aula nas escolas municipais.
Ampliar o prédio 2 para unificação do
câmpus. A proposta encontra-se em
Falta de salas de aula para turmas DRG / DAA /
Administrativa elaboração
Projeto por comissão destinada
Político-Pedagógico: 2018-2022a este fim Longo
ingressantes em 2019. Engenharia
IFSP – Câmpus Campos do Jordão
e será licitada ainda em 2018.
Transformar os espaços do ‘bar’ e da
‘brinquedoteca’ em salas de aula.

Dimensão Diagnóstico Proposta de ação Responsáveis Prazo


Melhora na qualidade dos equipamentos
Administrativa Os computadores estão ficando obsoletos DRG / DAA / CTI Médio prazo
disponibilizados para os alunos.

Dimensão Diagnóstico Proposta de ação Responsáveis Prazo


Aquisição e instalação de novos
Administrativa Falta de datashows equipamentos nas salas de aulas, substituindo DRG / DAA / CTI Médio prazo
as TVs.

Projeto Político-Pedagógico: 2018-2022


IFSP – Câmpus Campos do Jordão
126

Dimensão Diagnóstico Proposta de ação Responsáveis Prazo


Desatualização da grade curricular de FCC e docentes de cada
Acadêmica Reformulação do PPC dos cursos. Médio prazo
alguns cursos área

Dimensão Diagnóstico Proposta de ação Responsáveis Prazo


Mapeamento e organização de processos DAA / CLT / Reitoria e
Administrativa Elaborar manual de procedimentos Médio
internos. demais interessados

Dimensão Diagnóstico Proposta de ação Responsáveis Prazo


Impossibilidade dos servidores da CAE
acessarem dados relevantes dos alunos
Administrativa (via SUAP) para possíveis contatos de Buscar liberação do acesso junto a PRE. DAE Curto
emergência, tais como: nomes e telefones
dos responsáveis.
Projeto Político-Pedagógico: 2018-2022
Dimensão Diagnóstico IFSP – Câmpus
Proposta de ação
Campos do Jordão Responsáveis Prazo
Ausência de uma escala de professores
plantonistas de cada curso, durante o
Administrativa Criar uma escala para cada curso. DAE / FCC Médio
horário de aula, para possíveis reposições
emergenciais.

Dimensão Diagnóstico Proposta de ação Responsáveis Prazo

Impossibilidade da CAE distribuir


Administrativa merendas em 2019 devido ao aumento do Reforço na atual equipe. DRG / DAE Curto
número de alunos.

Dimensão Diagnóstico Proposta de ação Responsáveis Prazo

Projeto Político-Pedagógico: 2018-2022


IFSP – Câmpus Campos do Jordão
127

Aquisição de catracas, reforço das medidas de


Deficiente controle de acesso ao câmpus
Administrativa monitoramento e processos de controle e DAA Médio
para comunidade interna e externa.
contratação de um porteiro.

Dimensão Diagnóstico Proposta de ação Responsáveis Prazo


Ampliar o prédio 2 para unificação do
Falta espaço de convivência adequado câmpus. A proposta encontra-se em
Administrativa DRG Curto
para os alunos. elaboração por comissão destinada a este fim
e será licitada ainda em 2018.

Dimensão Diagnóstico Proposta de ação Responsáveis Prazo


Falta fomento para bolsas a
pesquisadores (docentes, técnicos e
Administrativa alunos) por meio de bolsa-pesquisador, Buscar recursos financeiros. Docentes Médio
como já ocorre nas Universidades Projeto Político-Pedagógico: 2018-2022
Federais; IFSP – Câmpus Campos do Jordão

Dimensão Diagnóstico Proposta de ação Responsáveis Prazo

Falta estímulo à progressão docente e


Administrativa Propor medidas para a Reitoria. CPI / CPPD / Reitoria Médio
técnica vinculada à pesquisa;

Dimensão Diagnóstico Proposta de ação Responsáveis Prazo


Acadêmica Falta de um laboratório de ciências. Ampliar o prédio 2 para unificação do
câmpus. A proposta encontra-se em
DRG / DAA Longo prazo.
elaboração por comissão destinada a este fim
e será licitada ainda em 2018.

Projeto Político-Pedagógico: 2018-2022


IFSP – Câmpus Campos do Jordão
128

Dimensão Diagnóstico Proposta de ação Responsáveis Prazo


Acadêmica Falta de um laboratório de artes. Ampliar o prédio 2 para unificação do
câmpus. A proposta encontra-se em
DRG / DAA Longo prazo.
elaboração por comissão destinada a este fim
e será licitada ainda em 2018.

Dimensão Diagnóstico Proposta de ação Responsáveis Prazo


Acadêmica Falta de uma quadra poliesportiva e Ampliar o prédio 2 para unificação do
vestiário. câmpus. A proposta encontra-se em
DRG / DAA Longo prazo.
elaboração por comissão destinada a este fim
e será licitada ainda em 2018.

Dimensão Diagnóstico Proposta


Projeto de ação
Político-Pedagógico: 2018-2022 Responsáveis Prazo
Administrativa Reforço na equipe de limpeza e IFSP – Câmpus
Consultar DAA Campos
sobre atual
do Jordão
planejamento,
DRG / DAA Longo prazo.
manutenção do câmpus organização das tarefas.

Dimensão Diagnóstico Proposta de ação Responsáveis Prazo


Acadêmica Deficiente comunicação entre CAP e Reformas em sábados letivos e movimentação
CAE e/ou FCC. de lousas têm acontecido sem a devida CAE / CAP/ FCC Curto prazo.
consulta / comunicação aos docentes

Projeto Político-Pedagógico: 2018-2022


IFSP – Câmpus Campos do Jordão
129

Dimensão Diagnóstico Proposta de ação Responsáveis Prazo


Acadêmica Excessiva demora no processo de Priorizar as compras de tais livros. Pensar
DAA / CLT Curto prazo.
aquisição de livros de consulta formas de agilizar o processo.

Dimensão Diagnóstico Proposta de ação Responsáveis Prazo


Acadêmica O trabalho dos docentes da área de
Matemática tem sido precarizado em Contratação de novos docentes. DRG /DAE Curto prazo.
virtude da pequena equipe atual.

Dimensão Diagnóstico Proposta de ação Responsáveis Prazo


Acadêmica Falta de materiais para uso no laboratório Reservar orçamento para este fim na reunião
DRG /DAE Curto prazo.
de matemática. de planejamento anual.

Dimensão Diagnóstico Proposta de ação Responsáveis Prazo


Acadêmica Falta de uma formação política dos Projeto Político-Pedagógico:
Planejar 2018-2022
ações internas para iniciar esta CEX /FCC / DAE /
IFSP – Câmpus Campos do Jordão Curto prazo.
alunos. formação. CSP

Dimensão Diagnóstico Proposta de ação Responsáveis Prazo


Acadêmica Falta de conhecimento da comunidade
Criação de um jornal ou revista para dar CDI / DAE e demais
interna e externa sobre atividades / ações Médio prazo.
publicidade a boas práticas. interessados.
no câmpus.

Dimensão Diagnóstico Proposta de ação Responsáveis Prazo


Administrativa Falta suporte aos alunos atendidos pelo
Disponibilização de bolsa ensino e/ou CSP/NAPNE/DAA/
NAPNE Médio prazo.
estagiário para realizar CGP
acompanhamento aos alunos NAPNE.

Projeto Político-Pedagógico: 2018-2022


IFSP – Câmpus Campos do Jordão
130

Dimensão Diagnóstico Proposta de ação Responsáveis Prazo

Administrativa Algumas salas não possuem acesso à Ampliar o prédio 2 para unificação do DRG / DAA Longo prazo.
internet, bom isolamento acústico e câmpus. A proposta encontra-se em
sofrem com a falta de ventilação e elaboração por comissão destinada a este fim
barulho excessivo. e será licitada ainda em 2018.

Dimensão Diagnóstico Proposta de ação Responsáveis Prazo

Administrativa Não há nenhum tipo de parceria com Elaborar um plano para fortalecer parcerias. DAA / FCC Médio prazo.
editoras para auxiliar os professores na
escolha de livros didáticos.
Projeto Político-Pedagógico: 2018-2022
IFSP – Câmpus Campos do Jordão

Dimensão Diagnóstico Proposta de ação Responsáveis Prazo

Administrativa Pouco recurso financeiro destinado para a Buscar soluções junta à DAA e CCL. DAA / CCL Curto prazo.
compra de revistas científicas.

Projeto Político-Pedagógico: 2018-2022


IFSP – Câmpus Campos do Jordão
131

Dimensão Diagnóstico Proposta de ação Responsáveis Prazo


Pouca diversidade das metodologias de Capacitação dos professores e um maior Médio a
Ensino ensino aplicadas pelos professores diálogo com os alunos CSP/DAE/FCC longo prazo

Dimensão Diagnóstico Proposta de ação Responsáveis Prazo


Criação de um espaço físico dentro do
Pouca visibilidade à expressão dos Médio a
Ensino câmpus para exposição de relatos e CSP/DAE/FCC
alunos longo prazo
experiências

Dimensão Diagnóstico Proposta de ação Responsáveis Prazo


Ensino Falta de um método avaliativo dos Buscar métodos de institucionalizar a prática. DAE/FCC/PRE
Curto prazo
alunos sobre os professores de Projeto Político-Pedagógico: 2018-2022
modo anônimo IFSP – Câmpus Campos do Jordão

Dimensão Diagnóstico Proposta de ação Responsáveis Prazo


Administrativa Ausência de espaços adequados para Ampliar o prédio 2 para unificação do
câmpus. A proposta encontra-se em DRG Longo prazo
atendimento dos professores
elaboração por comissão destinada a este
fim e será licitada ainda em 2018.

Projeto Político-Pedagógico: 2018-2022


IFSP – Câmpus Campos do Jordão
132

Dimensão Diagnóstico Proposta de ação Responsáveis Prazo


Administrativa
Falta de uma manutenção adequada no Consertar as goteiras do prédio 2 DAA Médio prazo
prédio 2

Dimensão Diagnóstico Proposta de ação Responsáveis Prazo


Administrativa O período de inscrição para os
Prolongar o período de inscrições e repensar CPI/CEX Curto prazo
processos de bolsa extensão e
a utilização de outros meio de comunicação
pesquisa é curto e pouco divulgado para a divulgação.

Projeto Político-Pedagógico: 2018-2022


Dimensão Diagnóstico IFSP – Câmpus
Proposta Campos do Jordão
de ação Responsáveis Prazo
Ensino Maior interação e planejamento entre os
professores para elaboração de um
Docentes/ FCC
Sobrecarga de atividades em um calendário de provas e entrega de trabalhos Curto prazo
mesmo período mais espaçado, levando em consideração
também as demais atividades acadêmicas

Projeto Político-Pedagógico: 2018-2022


IFSP – Câmpus Campos do Jordão
133

Dimensão Diagnóstico Proposta de ação Responsáveis Prazo


Atualmente não há participação dos Melhor divulgação das bancas de seleção de
Ensino alunos na seleção dos professores professores para que os alunos possam DAE Médio a
assisti-las, uma vez que o processo é longo prazo
público.

Dimensão Diagnóstico Proposta de ação Responsáveis Prazo


Agendar reunião entre DAE e FCC para
orientar os professores sobre atenção à
DRG/DAE/ FCC
Ensino Comportamento pouco profissional de abordagens múltiplas para atingir diferentes Curto prazo
alguns docentes em sala de aula públicos e manutenção do foco da aula na
disciplina.
Projeto Político-Pedagógico: 2018-2022
IFSP – Câmpus Campos do Jordão
Dimensão Diagnóstico Proposta de ação Responsáveis Prazo
Uso inadequado do micro-ondas e Solicitar que a CAE oriente e DAA/CAE
Administrativa desperdício de eletricidade acompanhe o uso do micro-ondas e Médio prazo
buscar um responsável para zelar pela
economia de energia elétrica no
câmpus

Projeto Político-Pedagógico: 2018-2022


IFSP – Câmpus Campos do Jordão
134

Dimensão Diagnóstico Proposta de ação Responsáveis Prazo


Decisões foram tomadas de forma Melhorar o fluxo de informações e
Ensino CSP/DAE Médio prazo
arbitrária, contrariando o acordo em orientações aos representantes
reunião com os alunos.

Dimensão Diagnóstico Proposta de ação Responsáveis Prazo


Pouca divulgação das reuniões dos Colocar as datas das reuniões nos murais e
Ensino CSP/DAE Médio prazo
representantes site oficial

Dimensão Diagnóstico Proposta de ação Responsáveis Prazo


Pequeno acervo em literatura, se
Ensino Solicitação
Projeto de doações, campanhas
Político-Pedagógico: 2018-2022 e DRG/DAA/CBI Médio prazo
comparado ao de livros técnicos.
reserva no orçamento para
IFSP – Câmpus Campos do Jordão este fim.

Dimensão Diagnóstico Proposta de ação Responsáveis Prazo


Falta de comunicação e pouca Maior participação da CAE na vida CAE Médio prazo
Ensino interatividade entre grêmio e CAE acadêmica dos alunos, inclusive em eventos
e reuniões. Importante também o grêmio se
aproximar do setor enviando convites para
as atividades.

Projeto Político-Pedagógico: 2018-2022


IFSP – Câmpus Campos do Jordão
135

Dimensão Diagnóstico Proposta de ação Responsáveis Prazo


Presença da CSP às aulas, assim como,
Maior intervenção pedagógica da CSP
Ensino acompanhamento esporádico aos CSP Médio prazo
junto aos professores
professores

Dimensão Diagnóstico Proposta de ação Responsáveis Prazo


Atualização diária das ferramentas Médio a
Ensino educacionais (webdiário, Suap) Cobrança aos professores DAE/FCC
longo prazo

Projeto Político-Pedagógico: 2018-2022


Dimensão Diagnóstico Proposta de ação Responsáveis Prazo
IFSP – Câmpus Campos do Jordão
Revisão das atividades de acolhimento para
elevar a sua eficácia: exibição de vídeo;
Ensino Alteração dos objetivos do acolhimento DAE/CSP/CAE/CBI/CRA Médio prazo
distribuição de material informativo; brindes
etc.

Projeto Político-Pedagógico: 2018-2022


IFSP – Câmpus Campos do Jordão
136

Dimensão Diagnóstico Proposta de ação Responsáveis Prazo


Criação de uma Associação de Pais e
Mestres (APM) no câmpus. A APM é
Ensino Ausência de uma APM fundamental para a promoção e gestão DAA/DAE Curto prazo
financeira de atividades culturais, de lazer e
saúde, envolvendo toda a comunidade.

Dimensão Diagnóstico Proposta de ação Responsáveis Prazo


Ausência de meios de comunicação no Buscar parcerias com empresas do ramo ou
Administrativa prédio 2, telefone fixo e sinal de com a prefeitura do município de Campos
internet. do Jordão. DAA Curto prazo

Dimensão Diagnóstico Proposta de ação Responsáveis Prazo


Projeto Político-Pedagógico: 2018-2022
IFSP – Câmpus Campos do Jordão
Atualmente, os processos seletivos ocorrem
Previsão no calendário acadêmico da nos meses de junho e junho, poderiam ser
temporada de inverno do município.
Ensino alocados para o inicio do mês de agosto e DAE/DRG Curto prazo
término do calendário acadêmico em 20 de
junho.

Legenda dos prazos:

IMEDIATO: Até o 1º sem 2019.


CURTO PRAZO: Até o 2º sem 2019.
MÉDIO PRAZO: Até o 2º sem 2020.
LONGO PRAZO: Até o 2º sem 2022.

Projeto Político-Pedagógico: 2018-2022


IFSP – Câmpus Campos do Jordão
137

CAPÍTULO 7 – Construção e Reconstrução do Projeto Político-Pedagógico

7.1 Avaliação do Processo de Construção

A comissão de elaboração do PPP se utilizou de recursos digitais para acessar a


comunidade interna e externa, convidando-os a participar da elaboração do documento.
Um link foi introduzido na página do câmpus para divulgação dos trabalhos e upload
dos textos já produzidos e um endereço eletrônico foi disponibilizado como canal de
comunicação.

Além disso, foram agendadas reuniões com cada um dos segmentos que
compõem a comunidade interna (alunos, docentes e servidores técnico-administrativos),
nas quais a equipe apresentou o projeto e incentivou a participação de todos em sua
construção. As sugestões recebidas, em sua maioria, compõem o capítulo 6 –
Diagnóstico da situação atual.

Esperamos que este documento possa auxiliar o câmpus no fortalecimento de


sua identidade institucional. Pelo fato de se tratar de uma experiência de elaboração
democrática, coletiva e dinâmica, esta comissão propõe que sejam inclusas no
calendário acadêmico datas para que a comunidade possa se reunir e discutir o
andamento das propostas inclusas no PPP, aproveitando tais oportunidades para avaliar
e redefinir os pressupostos pedagógicos e administrativos no intuito de aproximar-se da
realidade prática do câmpus e promover uma melhora nos procedimentos e métodos.

Projeto Político-Pedagógico: 2018-2022


IFSP – Câmpus Campos do Jordão
138

REFERÊNCIAS BIBLIOGRAFICAS

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Disponível em < https://prc.ifsp.edu.br/index.php/sociopedagogico/napne>. Acesso em
13 de julho de 2018.
Panorama de Campos do Jordão. Disponível em:
<https://cidades.ibge.gov.br/brasil/sp/campos-do-jordao/panorama>. Acesso em 01 de
outubro de 2018.

Campos do Jordão (SP). In: ENCICLOPÉDIA dos municípios brasileiros. Rio de


Janeiro: IBGE, 1957. v. 28. p. 208-210. Disponível
em:<http://biblioteca.ibge.gov.br/visualizacao/livros/liv27295_28.pdf.>. Acesso em 01
de julho de 2018.

Portal de estatísticas do estado de São Paulo. Disponível em


<http://www.imp.seade.gov.br/frontend/#/tabelas>. Acesso em 01 de outubro de 2018.

Projeto Político-Pedagógico: 2018-2022


IFSP – Câmpus Campos do Jordão

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