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Docente: Remígio2
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Resumo
Introdução
1
Licenciando em ensino de filosofia, pela Universidade Licungo-Beira, no curso de graduação, da Faculdade de
Letras e Humanidade.
2
Docente do curso de Filosofia da Faculdade de Letras e Humanidade, na Universidade Licungo-Beira.
2
Dentre suas diversas ideias teológicas de Bultmann é mais popularmente conhecido por
sua proposta a “desmitologização” do Novo Testamento como referenciado acima. Para este
teólogo alemão, os eventos narrados no Novo Testamento estão marcados por narrativas
sobrenaturais, que os mesmos não devem ser reconhecidos com créditos, mas antes deveriam ser
lidos e interpretados à luz da mitologia da perspectivas do pensamento oriental da época.
3
Bultmann, 2008, p.29
3
“A ciência atual já não é a mesma que a do Século XIX, ainda que todos os seus
resultados seguem relativos e nenhuma visão de mundo seja de ontem, de hoje ou
de amanha, é definitiva. Porém, o essencial não são os resultados concretos da
investigação científica e os conteúdos específicos de uma visão de mundo, senão
o método de pensamento do qual se seguem tais concepções de mundo (...). Por
conseguinte, o homem moderno só reconhece como reais os fenômenos que
sejam compreensíveis no marco da ordem racional do universo. Não admite a
existência de milagres, porque não se encaixam nesta ordem racional. Quando
ocorre algum acidente estranho ou maravilhoso, não descansa até ter encontrado
uma causa real que o explique” 5.
4
Bultmann, 2008, p.29-30
5
Ibidem
4
que vivemos. Para ele o homem moderno não pode reconhecer como verdadeiro esta imagem
mítica do mundo formulada no passado, sem quase nenhum pensamento científico.
Portanto, os milagres e eventos sobrenaturais, não deveriam ser entendidos como eventos
históricos, mas sim como histórias mitológicas que devem ser eliminadas a fim de chegarmos às
verdades que estariam inseridas por detrás delas. Pois para Bultmann o homem moderno, devido
ao ambiente avançado pela tecnologia e da sua capacidade de desvendar e desconstruir o que era
mistério pelos supersticiosos antigos, proporcionado pela ciência, de não aceitar mais linguagens
mitológicas. Pois para o homem/mulher secularizado os elementos mitológicos das escrituras
frutam de uma cultura passada há quase dois mil e quinhentos anos não fazem nenhum sentido.
Considerações finais
6
Bultmann, 2008, p.30 e 31
5
procura um médico e não se põe a rezar para que milagrosamente sua doença seja curada.
Contudo, exigir que essa mesma pessoa, que na sua vida cotidiana age dessa forma, tenha que
aceitar uma visão de mundo arcaica onde a doença era vista como possessão de algum espírito
maligno, é afastá-la da possibilidade de experienciar a força e atualidade do Kerigma em sua
vida, é bloquear a possibilidade de a experiência acontecer. É por esta razão que ele demitiza
uma parte da bíblia por causa dessas concepções mitológicas do mundo arcaico em detrimento
do Homem moderno.
Referência Bibliográfica
Bultmann, R. (2008). Jesus Cristo e Mitologia. Tradução: Daniel Costa. São Paulo, Brasil: Fonte
editorial.