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o nome Gusteau para comercializar uma linha de refeições baratas para micro-ondas.

O comportamento de Skinner, o tamanho diminuto e a linguagem corporal são vagamente


baseados em Louis de Funès.[11] O personagem recebeu o nome do psicólogo B. F.
Skinner.[12]
Brad Garrett como Auguste Gusteau, o chef mais famoso da França, que morreu com o
coração partido após uma crítica negativa de Anton Ego. Muitos críticos acreditam
que Gusteau é inspirado pelo chef Bernard Loiseau da vida real, que cometeu
suicídio após especulações da mídia de que seu restaurante principal, La Côte d'Or,
seria rebaixado de três estrelas Michelin para duas.[13] La Côte d'Or foi um dos
restaurantes visitados por Brad Bird e outros na França.[14]
Peter O'Toole como Anton Ego, um crítico de restaurantes cuja crítica negativa
levou o restaurante cinco estrelas de Gusteau a ser rebaixado para quatro. Sua
aparência foi modelada após Louis Jouvet.[15]
Will Arnett como Horst Kerr, o subchefe alemão de Skinner.
Julius Callahan como Lalo, saucier e poissonnier de Gusteau.
Callahan também dá voz a François, o executivo de publicidade responsável pelo
marketing dos produtos para micro-ondas de Gusteau.
James Remar como Larousse, o garde manger de Gusteau.
John Ratzenberger como Mustafa, o chef de salle de Gusteau.
Teddy Newton como Talon Labarthe, o advogado de Skinner.
Tony Fucile como Pompidou, o pâtissier de Gusteau.
Fucile também dá voz a Nadar Lessard, um inspetor de saúde empregado por Skinner.
Brad Bird como Ambrosio, o mordomo de Anton Ego.
Jake Steinfield como Git, um ex-rato de laboratório e membro da colônia de Django.
Stéphane Roux como o narrador do canal de culinária.
Thomas Keller como o restaurateur, como um cliente que pergunta "o que há de novo".
[16] Em versões em outras línguas, esse papel também é dublado por um chef.
Jamie Oliver como Inspetor de Saúde (versão do Reino Unido).[17]
Produção
Cenário
O projeto de Ratatouille iniciou-se com o diretor Jan Pinkava, que já havia ganhado
um Oscar pelo curta metragem Geri's Game (1997). Ele começou a criar o conceito do
filme em 2001, quando também iniciou a direção de algumas cenas da animação.
Pinkava deu origem ao desenvolvimento do modelo original da trama, o cenário e aos
personagens do núcleo principal. Porém, o rumo que a história começou a tomar fez
com que a Pixar desaprovasse o roteiro do diretor, acabando por substituí-lo por
Brad Bird em 2005.[18][19] Essa mudança de diretores se deve à complexidade da
história imaginada por Pinkava, com muitos personagens principais e subtramas.[20]
Quanto a Bird, ele já havia dirigido outro filme do mesmo estúdio, The Incredibles
(2004), e quando começou a trabalhar em Ratatouille, ele afirmou que a estranheza
do conceito e do conflito do filme fez com que ele ficasse bastante atraído à
animação, em uma entrevista ele disse: "esta é uma história sobre um rato que tem
sentidos extraordinários de cheiro que se vê arrastado para cozinhar e não tem
qualquer ideia de como se tornar um chef de cozinha. De repente, literalmente, Remy
cai na cozinha de um restaurante através da claraboia. Uma das coisas maravilhosas
sobre essa premissa é que os ratos são a morte de um restaurante e um restaurante é
a morte dos ratos".[18] Quando Bird começou a dirigir o filme, ele fez uma mudança
no ênfase da história. Ele matou o Gusteau, deu papéis maiores para os personagens
Skinner e Colette, e alterou a aparência dos ratos, de modo no qual eles
aparentassem ser menos antropomórficos.

Ratatouille tenta apresentar uma visão romântica e exuberante de Paris, dando-lhe


uma identidade distinta dos filmes anteriores da Pixar.[18] Depois do término da
edição do script do filme, o diretor Brad Bird, o produtor Brad Lewis, e alguns
membros envolvidos na produção da animação, passaram uma semana em Paris com o
objetivo de compreender corretamente o ambiente da cidade. Eles visitaram os
principais monumentos, fizeram um passeio de moto e comeram nos cinco melhores
restaurantes parisienses, com a intenção de dar mais realidade à animação. Quando
voltaram aos Estados Unidos, a equipe utilizou 4500 fotografias de Paris como
referência para o filme,[21] e continuaram a desenvolver a trama por mais dois
anos. De acordo com Bird, este foi o tempo que levou para os técnicos
experimentarem coisas que não poderiam ser feitas de outra maneira.[22]

Decoração e comida

O chef de cozinha Thomas Keller ajudou a projetar o ratatouille (imagem) utilizado


no filme
Um dos principais desafios enfrentados pelos cineastas foi a criação da decoração,
especialmente aqueles relacionados a comida, já que se tratava de uma animação
gerada por computador. Segundo o diretor, o objetivo era fazer com que os alimentos
aparentassem ser deliciosos. Para isso, a equipe consultou vários chefs
gastronômicos, tanto dos Estados Unidos quanto da França.[23] Os animadores também
frequentaram aulas em escolas de culinária na Baía de São Francisco durante seis
anos, tudo para que pudessem entender o funcionamento de uma cozinha comercial.[24]
A equipe também contou com a colaboração do gerente do Departamento de Layout do
filme, Michael Warch, que já tinha uma certa experiência com culinária antes de ir
trabalhar para a Pixar, o que permitiu que ele ajudasse outros técnicos, designers
e decoradores com a parte alimentícia do longa.[25] O chef de cozinha Thomas Keller
é outro profissional da culinária que ajudou a desenvolver a animação dos
alimentos. Ele permitiu que o produtor Brad Lewis fizesse um estágio de dois dias
em seu restaurante, o The French Laundry, que é voltado à culinária francesa.[24]
Keller também ensinou aos criadores da produção algumas características da
culinária francesa, como por exemplo, o funcionamento interno de uma cozinha
parisiense, e também atuou como consultor-chefe na parte da preparação dos
alimentos, isso durante o treinamento dos profissionais da animação em seu
estabelecimento.[24]

Para a criação da animação do prato que dá nome ao filme, Keller observou que o
ratatouille era geralmente servido como um prato de acompanhamento, e ele percebeu
que para a trama isto soaria algo como "desmancha-prazeres", já que o objetivo era
dar destaque ao prato que dá título à animação. Então, ele se concentrou na criação
de uma versão fantasiosa do ratatouille, no qual ele nomeou de "confit byaldi", que
foi posteriormente utilizado na cena do filme em que os ratos começam a cozinhar.
Para a sua criação, Keller cortou cada vegetal em papel fino, e depois as empilhou
como uma espécie de pequena escultura.[24]

Para dar um maior realismo às frutas e aos vegetais do filme, foi utilizada uma
tecnologia de animação chamada de espalhamento de subsuperfície, que já havia sido
utilizada em uma outra produção da Pixar, The Incredibles (2004) para a pele das
personagens.[26] Esta técnica de animação foi acompanhada de novos programas que
deram aos alimentos movimentos e uma textura orgânica.[27] No filme, sempre que o
personagem Remy experimentava um alimento, aparecia uma música especial, que era
acompanhada de imagens abstratas que eram exibidas no fundo de uma tela, tudo para
representar as sensações do personagem enquanto ele apreciava a comida. Essas
metáforas visuais foram criadas pelo animador Michel Gagné que se inspirou nos
trabalhos dos animadores artísticos Oskar Fischinger e Norman McLaren.[28][29] A
equipe de animação também utilizou comida estragada. Para fazer uma pilha de adubo,
por exemplo, o Departamento de Artes fotografou quinze alimentos diferentes, como
maçãs, uvas, bananas, cogumelos, laranja, brócolis e alface, todos no processo de
decomposição.[30]

Os profissionais também se certificaram em não fazer uma comida real demais, pois
isso poderia distrair ou se destacar no filme, o que não era a intenção deles.[31]
Segundo em uma notícia publicada no site da Pixar, os desenvolvedores se
concentraram em três coisas ao fazer a animação dos alimentos: suavidade, reflexão
e saturação. A suavidade foi uma indicação de quanta luz o alimento deveria
receber, a saturação foi uma ideia de quais cores seriam mais recomendáveis, já que
cores ricas ressaltariam um alimento de qualidade, e por fim, a reflexão, que seria
uma relação com a umidade, que segundo eles, é uma característica que os alimentos
mais comestíveis e considerados atraentes contém.[31]

Personagens
De acordo com o designer da Pixar, Jason Deame, grande parte dos personagens do
filme foram criados quando Jan Pinkava ainda estava no cargo da direção do projeto.
[32] Ao deixar a trama, Pinkava falou sobre sua inspiração para a criação do
personagem Remy: "As pessoas sempre querem saber de onde vêm as ideias. A verdade é
que, um dia, eu estava na cozinha com a minha esposa, e, de repente, eu tive uma
ideia: 'e se um rato quisesse se tornar em um chef [de cozinha]?' Quando comecei a
dizer isso para as pessoas, todos começaram a rir. É realmente uma ideia bem
maluca".[33] Ele também citou como exemplo o personagem Anton Ego, no qual diz que
fora projetado para se assemelhar com um abutre.[34]

Os profissionais da animação consultaram um especialista em roedores chamado Debbie


Ducommun (também conhecido como "Rat Lady") para obter mais informações sobre os
hábitos dos ratos e as suas características.[35] A equipe do filme também criou um
viveiro no corredor do estúdio por mais de um ano, onde continham ratos de
estimação que foram utilizados para que os animadores pudessem estudar o movimento
de seus pêlos, narizes, orelhas, patas e cauda quando corriam.[26] Quanto aos
personagens humanos de Ratatouille, eles foram projetados e animados sem os dedos,
devido a necessidade que os profissionais tiveram em economizar tempo.[21]

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