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𝑊 = න 𝑑𝑊
𝑉
Instituto Superior de Engenharia do Porto Mecânica 1 213
ҧ = 𝑥𝑑𝑊
𝑥𝑊 𝑦𝑊
ത = න 𝑦 𝑑𝑊 𝑧𝑊
ҧ = න 𝑧𝑑𝑊
ǁ
𝑊𝑑𝑥
𝑊𝑑𝑦
𝑊𝑑𝑧
ǁ
𝑥ҧ = 𝑦ത = 𝑧ҧ =
𝑊 𝑊 𝑊
Instituto Superior de Engenharia do Porto Mecânica 1 214
7.1.2 – Centro de massa de um corpo
Conhecer a localização do centro de massa Cm é fundamental para se estudar
o equilíbrio de um corpo. As suas coordenadas são determinadas substituindo
𝑑𝑊 = 𝑔 𝑑𝑚 nas equações do centro de gravidade, em que 𝑔 = 9,81 𝑚Τ𝑠 2 é a
aceleração gravítica.
Como a aceleração gravítica 𝑔 é constante e comum, esta pode ser eliminada
das equações. Por esse motivo, as expressões que definem o centro de massa
passam unicamente a ser dependentes da distribuição espacial de massa.
𝑚𝑑𝑥
𝑚𝑑𝑦
𝑚𝑑𝑧
ǁ
𝑥ҧ = 𝑦ത = 𝑧ҧ =
𝑚 𝑚 𝑚
Com,
𝒎 = න𝑑𝑚
Instituto Superior de Engenharia do Porto Mecânica 1 215
7.1.3 – Centroide de volumes, áreas e linhas
O corpo é designado de homogéneo quando a sua massa volúmica (𝜌) é constante,
isto é, um volume infinitesimal 𝑑 V possui a massa 𝑑𝑚 = 𝜌𝑑𝑉. Introdução desta
condição nas equações de centro de massa, conduz à definição de centroide ou
centro geométrico de um volume (ponto C):
Centroide de
𝑉𝑑𝑥 𝑉
𝑉𝑑𝑦 𝑉
𝑉𝑑𝑧 𝑉
ǁ
𝑥ҧ = 𝑦ത = 𝑧ҧ =
volumes 𝑉𝑑 𝑉 𝑉𝑑 𝑉 𝑉𝑑 𝑉
𝐴𝑑𝑥 𝐴
𝐴𝑑𝑦 𝐴
𝐿𝑑𝑥 𝐿
𝐿𝑑𝑦 𝐿
𝑥ҧ = 𝑦ത = 𝑥ҧ = 𝑦ത =
𝐴𝑑 𝐴 𝐴𝑑 𝐴 𝐿𝑑 𝐿 𝐿𝑑 𝐿
Instituto Superior de Engenharia do Porto Mecânica 1 216
Eixos de simetria de figuras planas
A linha que divide a figura plana em duas partes
P’
iguais, em que uma parte é o espelho da outra, é
Eixo de simetria
designada de eixo de simetria.
y y y
0.3 m 4r2
= 6.36 10−2 m
3
0.1m 1
0.15m
= +
0.2m
0.2m
0.025m
0.35m
x
0.15m
XG x
0.3m
Instituto Superior de Engenharia do Porto Mecânica 1 222
y y y 0.15m y
0.3 m 4r2
= 6.36 10−2 m 2
3 4
0.1m 1 10 cm
0.15m
= + -
0.2m
0.2m
0.025m 0.2m
0.35m
3
x x 0.15m
0.15m
x 0.075m x
XG
0.3m
0.3m
4r3
= 3.18 10−2 m
3
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y y y 0.15m y
0.3 m 4r2
= 6.36 10−2 m 2
3 4
A determinação do centroide 0.1m
da figura 1 10 cm
0.15m
plana é facilitada pela organização da
= + -
0.2m
0.2m
0.025m 0.2m
0.35m
3
informação na forma de tabela: x x 0.15m
0.15m
x 0.075m x
XG
0.3m
0.3m
4r3
= 3.18 10−2 m
3
z 0.1m 0.05m
0.4m 1
R=0.05m y
0.2m
=
x 0.08m
0.1m
0.15m
Instituto Superior de Engenharia do Porto Mecânica 1 226
z 0.1m 0.05m
0.4m 1
2
3
R=0.05m y
+ -
0.2m
=
x 0.08m
0.1m
0.15m
Instituto Superior de Engenharia do Porto Mecânica 1 227
z 0.1m 0.05m
À semelhança das superfícies, a organização da 0.4m
=
x 0.08m
processo de cálculo do centroide da figura tridimensional.
0.1m
0.15m
Volume Centroide Momentos
Componente Vi [m3] xi [m] yi [m] zi [m] 4
xi * Vi [m ] yi * Vi [m4] zi * Vi [m4]
1 0.5*0.2*0.05=5.00E-3 0.15 0.025 -0.1 7.50E-04 1.25E-04 -5.00E-04
2 1/4*π*(0.2)2*0.08=2.51E-3 0.04 0.135 -0.085 1.00E-04 3.39E-04 -2.13E-04
-3 -π*(0.05)2*0.05=-3.93E-4 0.25 0.025 -0.1 -9.83E-05 -9.83E-06 3.93E-05
∑ 7.12E-03 ∑ 7.52E-04 4.54E-04 -6.74E-04
z
As coordenadas da posição do centroide será 0.106m
então,
xiVi = 1.06 10−1 m; y = yiVi = 6.38 10−2 m
0.0638m
x=
Vi Vi x c 0.0947m y
z=
zVi i
= −9.47 10−2 m;
V i
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σ 𝑦𝑖 𝐴𝑖 7.13 × 10−3
𝑦lj = = = 0.2375 𝑚 [237.5𝑚𝑚]
σ 𝐴𝑖 3 × 10−2
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x =0m; y =0m; z=
zmi i
=
9.51
= 1.22 10−1 m
m i 77.77
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4.01
⇔ℎ= = 0.385 𝑚
27.14
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Página em branco.
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DA
DF=kyDA
y
x
y
DA
y
DF=gyDA
z
Momento de Inércia das forças provocadas Momento de Inércia da forças hidrostáticas
pela flexão da viga em relação ao eixo x em relação ao eixo x
I X = ky 2 dA = k y 2 dA I X = g y 2 dA = g y 2 dA
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7.2.1 – Cálculo do momento de inércia de áreas
Para uma figura plana pertencente ao plano xy, o momento de inércia de área para
os eixos e x e y são designados, respetivamente, por 𝐼𝑥 e 𝐼𝑦 , sendo estes
determinados pelas equações:
IX = y2dA IY = x 2dA
y y dA=y.dx
dA=dx.dy dA=x.dy
x
dIY=x2.dA
dy
x y
y
x a dIX=y2.dA x dx x
IX = dI X = y xdy
2
IIYY ==dI
dIYy = x ydx
= x 22
ydy
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7.2.2 – Momento Polar de Inércia de áreas
dA
x
x
𝐽𝐶 = න𝑟 2 𝑑𝐴 z
r y
C x
I x = I x ' + Ad y2 I y = I y ' + Ad x2
J O = J C + Ad 2
y y A y A y
A
IY
A
kixx
Ix kioO
O O x O x O x
x
kiyy
I xI x==kix22xA = IIxx I YI y 2 J O2
A i xx =
k IIYy = ik2yy2AA
iky y== =
i OO= i x + i y
k2
AA AA A
kO2 = k x2 + k y2
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7.2.5– O momento de inércia de figuras planas compostas
I x = I x + Ad y2 I y = I y + Ad x2
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componente
Soma
Por fim, os momentos de inércia da figura composta é obtida pela soma algébrica
dos momentos de inércia de todos os elementos relativamente relação ao eixo de
referência:
I x = I x + Ad y2 I y = I y + Ad x2
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𝒙
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Y
30 mm 30 mm
10 mm
6 mm
30 mm
X
30 mm
8 mm
14 mm 14 mm
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Y Elemento 1
30 mm 30 mm y1
10 mm
x1
Elemento 3
y3
6 mm 30 mm
bh3 60 103
X
Ix = = = 5 103 mm 4
30 mm
12 12
hb3 10 603 x3
Iy = = = 180 103 mm 4
8 mm 12 12
bh3 6 603
14 mm 14 mm Ix = = = 108 103 mm 4
12 12
hb3 60 63
Elemento 2
y2 bh3 28 83 Iy = = = 1, 08 103 mm 4
Ix = = = 1,1947 103 mm 4 12 12
x2
12 12
hb3 8 283
Iy = = = 14, 6347 103 mm 4
12 12
Instituto Superior de Engenharia do Porto Mecânica 1 244
Caso o eixo que passa no centroide do elemento não coincida com o eixo de
referência, deve aplicar-se o teorema dos eixos paralelos. O momento de inércia da
superfície composta para o eixo de referência é obtido pela soma algébrica dos
momentos de inércia de cada elemento. Y
30 mm 30 mm
𝐸𝑙𝑒𝑚𝑒𝑛𝑡𝑜1
𝐼𝑥 = 𝐼ሜ𝑥 + 𝐴𝑑𝑦2 = 5 × 103 + 60 × 10 × 352 = 740 × 103 𝑚𝑚4 10 mm
𝐸𝑙𝑒𝑚𝑒𝑛𝑡𝑜3 14 mm 14 mm
𝐼𝑥 = 𝐼ሜ𝑥 = 108 × 103 𝑚𝑚4
𝐼𝑦 = 𝐼ሜ𝑦 = 1,08 × 103 𝑚𝑚4
Ao contrário dos momentos de inércia 𝐼𝑥 e 𝐼𝑦, o produto de inércia 𝐼𝑥𝑦 pode assumir
valores positivos ou negativos. Este representa a distribuição da superfície
relativamente aos quatro quadrantes, definidos pelo sistema de eixos xy.
Y
Eixo de simetria
O produto de inércia é nulo caso um dos eixos x ou y dA
Ix + I y Ix − I y
Iu = + cos 2 − I xy sen 2
2 2 Estas correspondem às equações
Ix + I y Ix − I y
Iv = − cos 2 + I xy sen 2 paramétricas de uma circunferência,
2 2 centrada 𝐼𝑚é𝑑𝑖𝑜 e de raio 𝑅
Ix − I y
I uv = sen 2 + I xy cos 2
Ix + I y Ix − I y
2
2
I médio = ; R= + I xy
2
2 2
Instituto Superior de Engenharia do Porto Mecânica 1 248
7.2.9– Círculo de Mohr para momentos e produtos de inércia
• Esta circunferência é designado por círculo de Mohr.
• O Círculo de Mohr é uma construção gráfica que permite relacionar o momentos com
o produto de inércia, a partir do ângulo de rotação 𝜃 do sistema de eixos.
• Para a construção do círculo de Mohr é necessário conhecer previamente os
momentos de inércia 𝐼𝑥 e 𝐼𝑦, e produto de inércia 𝐼𝑥𝑦 relativamente a um sistema de
referência 𝑥𝑦.
• Os ângulos no círculo de Mohr correspondem ao dobro do ângulo de rotação do
sistema de eixos na figura.
Ix
I xy y
Iméd 1
R
2m I xy
-I xy c
2’ I x Iy O
x
Iy
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Procedimento: Construção do círculo de Mohr
1º No eixo das abscissas são representados os momentos de inércia e no eixo das
ordenadas os produtos de inércia.
2º O ponto 1 é determinado a partir das coordenadas definidas pelo momento de inércia 𝐼𝑥 e
o produto de inércia 𝐼𝑥𝑦.
3º O ponto 2 é definido pelo momento 𝐼𝑦 e pelo simétrico do produto de inércia – 𝐼𝑥𝑦.
4º O centro do círculo (ponto C) é encontrado pela interseção com as abscisas da linha que
une os pontos 1 e 2, sendo este ponto conhecido como momento de inércia médio 𝐼𝑚é𝑑 .
5º O raio do círculo de Mohr, designado por R, corresponde à distância de ponto C ao ponto
1 ou 2. Ix y
I xy
Ix + I y
I méd . =
Iméd 1 2
R
Ix − I y
2
2m I xy
O
x R= + I 2
xy
-Ixy c
I x Iy 2
2’
Iy
Instituto Superior de Engenharia do Porto Mecânica 1 250
Círculo de Mohr – Momentos e eixos principais de inércia
Os momentos e eixos principais de inércia são obtidos por rotação da linha 1-2 do
ângulo 2𝜃𝑚 , por forma a fazer coincidir esta linha com as abcissas. Assim, obtêm-se os
momentos principais de inércia correspondentes aos valores máximo e mínimo dos
momentos de inércia, 𝐼𝑚𝑎𝑥 = Im éd + R e 𝐼𝑚𝑖𝑛 = Im éd − R, sendo o produto de inércia nulo.
Ix
Ixy y
Iméd 1’ Imín
Imín 2m Ixy
-Ixy c Imáx Ix Iy
2’
R
Iy O
Eixos principais de m x
inércia
Imáx
A direção dos eixos principais de inércia na figura são
determinados por rotação do sistema de eixos do −2 I xy
ângulo 𝜃𝑚, cujo valor e sentido é obtido pela equação: tg 2 m =
Ix − I y
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y
L152 x102 x 12,7
x
Instituto Superior de Engenharia do Porto Mecânica 1 252
y
L152 x102 x 12,7
Resolução: Deverá começar pela construção do círculo de Mohr,
para através das relações geométricas determinar os eixos e os
momentos principais de inércia. x
Imin 2m
2.54 x 106
2
Ix − I y
2
2
4.925 x 106 y
Iminb
Eixos principais de inércia,
−2 I xy Iamáx
tg 2 m = = 1, 097 2 m = 47, 6º e m = 23,8º 23.8º
Ix − I y x
Instituto Superior de Engenharia do Porto Mecânica 1 253
7.3– Momento de inércia para massas
O momento de inércia de massas em relação a um
determinado eixo, representa a resistência que o corpo
oferece à variação da velocidade angular, quando roda em
torno desse eixo.
A
O momento de inércia do corpo resulta da contribuição dos
momentos de inércia das massas infinitesimais 𝑑𝑚 que
formam o corpo, sendo este determinado recorrendo à r2
I = r dm
equação: 2 dm
dm r 2
v
O raio de giração kAA’ para massas possui o mesmo
significado físico que o raio de giração para superfícies, o M
qual está relacionado com o momento de inércia mássico 𝐼:
2 𝐼
𝐼 = 𝑚. 𝑘𝐴𝐴′ 𝑜𝑢 𝑘𝐴𝐴′ = A’
𝑚
Instituto Superior de Engenharia do Porto Mecânica 1 254
7.3.1– Teorema dos eixos paralelos para momentos de inércia de massas
I = I G + md 2
Exemplo: Considere o seguinte corpo formado por duas placas finas. A placa
possui uma massa por unidade de área de 10 𝑘𝑔/𝑚2 . Determine o momento de
inércia do corpo em relação ao eixo z.
Instituto Superior de Engenharia do Porto Mecânica 1 258
z
z
1
G1 G3
0,2m 3
= 0,2m
- 0,2m 0,2m
2 G2 4 G4
x
y y
x
(1) 1
𝐸𝑙𝑒𝑚𝑒𝑛𝑡𝑜 1: 𝐼𝑍 = 1,6 0, 42 = 0,02133 𝑘𝑔 ⋅ 𝑚2
12
(2) 1
𝐸𝑙𝑒𝑚𝑒𝑛𝑡𝑜 2: 𝐼𝑍 = 1,6 0, 42 + 0, 42 + 1,6 0, 22 = 0,10667 𝑘𝑔 ⋅ 𝑚2
12
(3) 1
𝐸𝑙𝑒𝑚𝑒𝑛𝑡𝑜 3: 𝐼𝑍 = 0,314 0, 12 = 0,785 × 10−3 𝑘𝑔 ⋅ 𝑚2 1
4 3
(4) 1
𝐸𝑙𝑒𝑚𝑒𝑛𝑡𝑜 4: 𝐼𝑍 = 0,314 0, 12 + 0,314 0, 22 = 14,13 × 10−3 𝑘𝑔 ⋅ 𝑚2
2
4
O momento de inércia do corpo composto em relação ao
2
eixo z:
Resposta a) 𝒚𝒄 = 𝟕, 𝟖𝟔𝟏 𝒄𝒎
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