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UNIVERSIDADE ESTADUAL DE MARINGÁ

CENTRO DE TECNOLOGIA
DEPARTAMENTO DE ARQUITETURA E URBANISMO
SISTEMAS URBANOS I

FLÁVIA MOLDO DOMINGOS (R.A. 115078)


LARA REAMI DOS SANTOS (R.A. 115189)

SISTEMA DO AMBIENTE URBANO: POLUIÇÃO DO MEIO EDIFICADO -


POLUIÇÃO SONORA

TURMA: DOCENTE:
10120/02 IGOR J. B. VALQUES
ROSILENE R. BRUGNERA

MARINGÁ - PARANÁ
2020
INTRODUÇÃO

Com a necessidade humana de cooperação entre os indivíduos, surgem os primeiros


modelos do que futuramente seriam as cidades. E com o início da classe burguesa, a zona
urbana foi se desenvolvendo e atraindo cada vez mais pessoas. Então, o êxodo rural
resultou na superlotação do meio urbano.
Mais tarde, as cidades se ajustaram ao sistema capitalista, e possuindo “o tempo é dinheiro”
como uma máxima, o tempo gasto no deslocamento de trabalhadores e cargas era visto
como desperdício de dinheiro, tendo em vista que eram longos períodos para percorrer
distâncias pequenas.
Levando em consideração as necessidades de uma sociedade capitalista, os sistemas
urbanos foram se desenvolvendo, para atender as demandas comerciais e culminando em
uma superior qualidade de vida.
O sistema, que facilita a vivência das pessoas na cidade, pode ser definido como um todo
composto por elementos interdependentes, aplicando esse conceito ao contexto de uma
cidade podemos dizer que um sistema urbano é composto por subsistemas. Os sistemas
urbanos, são: Sistema viário; Sistema de saneamento urbano; Sistemas de serviços
urbanos; Sistema de energia e telecomunicações urbanas; Sistemas urbanos inteligentes; e
por fim Sistema do ambiente urbano.

DEFINIÇÃO DOS SISTEMAS URBANOS

Os Sistemas Urbanos são divididos em: Sistema viário; Sistema de saneamento urbano;
Sistema de serviços urbanos; Sistema de Energia e Telecomunicações Urbanas; Sistemas
Urbanos Inteligentes; e Sistema do ambiente urbano.

O Sistema viário, correspondendo de 20% a 30% da área da cidade, consiste em um


sistema orgânico adaptado à topografia e na organização do espaço para a locomoção de
pessoas em diferentes modos de mobilidade no meio urbano. Conjunto de vias classificada
pelos sistemas de rodovia, ferrovia e outras formas de transportes. Permitindo que cada
meio de transporte tenha seu deslocamento seguro, rápido e econômico, ou seja, de modo
que seja eficiente, de acordo com a demanda de cada município, sendo necessário
entender a hierarquia viária para uma melhor distribuição de tráfego e tipos de locomoção
. As vias urbanas, mais precisamente as ruas, além de serem o espaço no qual há
circulação dos cidadãos utilizando diversos tipos de veículos, é também onde funciona a
parte elétrica, telefônica, redes de televisão, passagem de água, esgoto e rios; já as
calçadas abrigam mecanismos públicos, pedestres e o mobiliário urbano, como lixeiras,
bancos, entre outros. Neste sistema está compreendido diversos tipos de traçados urbanos
que definem a cidade, a estrutura urbana do local. Além disso, nele que é definido as
interseções, como cruzamentos, polos geradores de tráfego, entre outros; para que seja
possível resolver os problemas de conflitos de trânsito, como engarrafamentos, estresse e
acidentes.

O Sistema de Saneamento Urbano, é composto pelos subsistemas: rede de esgotamento


pluvial e cloacal, e rede de abastecimento de água potável; responsável pela drenagem
urbana, pelo tratamento da qualidade da água.
O subsistema de abastecimento tem a captação que são as instalações/equipamentos
necessárias para retirada da água dos mananciais; adução que são as tubulações que liga
a parte de captação ao tratamento; o tratamento que remove as impurezas presentes na
água; reservatório de distribuição que é onde a água fica reservada para atender as
demandas diárias de uma população; e por fim a rede de distribuição que é a parte
responsável por levar a água do reservatório para os pontos de consumo, sejam
residenciais, industriais ou comerciais, entre outros. Já o subsistema de esgotamento
sanitário ou mais conhecido como esgoto, onde passam as águas servidas provenientes da
limpeza; águas imundas de sanitários e resíduos industriais de atividades de indústrias.
Desse modo o objetivo desse sistema é afastar do meio que a população vive despejos,
águas servidas e efluentes que possam comprometer o bem estar social e saúde humana
através de obras ou instalações afastadas que não prejudique as atividades diárias do
cidadão, nem comprometa a saúde por meio do tratamento em si.

O Sistema de Serviços Urbanos, responsável pela rede de diferentes transportes público


das cidades, sobre os resíduos sólidos, sua coleta, transporte, tratamento e disposição,
como em aterros sanitários, além da reciclagem.
Os resíduos sólidos são classificados de acordo com seu risco de contaminação no meio
ambiente e quanto sua origem, podendo ser: perigosos, não-inertes ou inertes. Além disso,
eles podem ser classificados como de fontes especiais, como industriais; radioativo; de
aeroportos, portos e rodoferroviários; agrícola; ou lixos provenientes de serviços da saúde.
Estes sendo tipos que precisam de um cuidado especial para seu descarte, transporte e
condição final. Há coleta e transporte de resíduos que são definidos com frequências de
coleta; a parte de reciclagem que compreende a coleta seletiva nos bairros das cidades; o
tratamento que consiste na reciclagem ideal para determinado tipo de lixo, incineração
usada para redução do volume de resíduos; compostagem que transforma a matéria
orgânica em húmus para a possibilidade de adubação do solo (utilização na agricultura e
em jardins residenciais); por fim a disposição final desses resíduos conhecidos como os
aterros sanitários, localizados através de planejamento para implantação, já que estas
áreas que jamais poderão ser edificáveis novamente, além disso, têm serviços para
impermeabilizar o local, drenar a água, gases e do chorume.
Na parte da rede de transportes público urbano, responsável pela circulação no espaço
urbano com a interligação dos cidadãos na cidade, seja residência, locais de lazer ou
trabalho, de modo que seja possível movimentar o sistema econômico e social da cidade,
melhorando a qualidade de vida dos habitantes, reduzindo a exclusão social, além de
vantagens ambientais como a qualidade do ar. A mobilidade urbana constituída de
características ou ações para o funcionamento da locomoção urbana, dentre estas ações
estão: veículos e combustíveis limpos; taxações de veículos privados (pedágio); estilo de
vida independente de automóveis; gerenciamento da mobilidade; restrição de acesso a
automóveis em determinados espaços; e o transporte coletivo. Dentro da mobilidade urbana
há a classificação para separar os tipos de transportes, no sistema de ônibus urbanos tem
diversos tipos de linhas de ônibus como: a radial, intersetorial, rurais, circular e troncais. Na
ferrovia urbana há o sistema metroviário (metrôs), tendo um grande exemplo na região de
São Paulo; o de transporte hidroviário sendo um dos mais antigos (navios, barcos, balsas);
e no transporte aéreo ainda excludentes (preço alto) e não muito utilizados, apesar de
serem os mais rápidos quando por exemplo se fala na locomoção entre países, por aviões.
Além disso, tem os jatos e helicópteros.
O planejamento do transporte é essencial para uma movimentação diária de pessoas e
carga, de modo equilibrado e que evite problemas no meio urbano para o desenvolvimento
da cidade. A Associação Nacional de Transportes Públicos (ANTP) é uma entidade criada
em 1977 para o setor do transporte público e trânsito no Brasil, objetivando seu
aprimoramento contínuo e ampliando conhecimento entre os cidadãos.

O Sistema de Energia e Telecomunicações Urbanas, mostra os tipos de energia


utilizadas no meio urbano, a infraestrutura, as redes de iluminação pública e de
telecomunicações.
Existem diversos tipos de fonte de energia utilizadas no meio urbano, a principal fonte
natural que temos é o sol, enquanto os outros tipos se somam em aproximadamente 1% da
energia da terra, obtidas através da energia química, térmica, elétrica e mecânica,
conhecidas como fontes primárias, classificadas entre fontes renováveis e não renováveis.
A demanda de energia se dá para o funcionamento de transportes, equipamentos,
aquecimentos de locais, indústrias, entre outros. As fonte renováveis são aquelas direta ou
indiretamente do sol, como a energia de marés, solar, biogás, biocombustíveis; já as não
renováveis são provenientes de combustíveis fósseis e seus derivados, além do gás natural
e de combustíveis nucleares.
As possibilidades de geração de energia são diversas, entre as renováveis e não
renováveis, estão: a hídrica que vem das quedas d’água utilizadas para o funcionamento de
turbinas, geralmente sendo construções artificiais como as barragens que são enormes
reservatórios; térmica que provém da queima de algum combustível; eólica proveniente dos
ventos que movem os geradores acoplados aos cata-ventos, convertendo a energia eólica
em elétrica, meio ecologicamente limpo; e a nuclear (energia atômica) que consiste em
reatores nucleares gerando energia em forma de calor, tipo extremamente perigoso devido
ao uso de substâncias potentes que apesar de exigir enorme prudência, já causou
acidentes desastrosos no mundo.
A infraestrutura desse sistema permite não apenas as gerações de energias, mas também
seu transporte até os locais de utilização, convertendo-a em tensões menores ou maiores
(subestações elevadoras), dependendo do local que receberá essa energia, podendo ser
industriais, comerciais ou residenciais, dentro ou à margem de uma cidade. As subestações
transportam a energia para terminais de rede de distribuição que fazem com que a energia
chegue até os consumidores, podendo ser por redes subterrâneas e ligações prediais.
Ademais, vem a Iluminação Pública que é extremamente importante para a qualidade de
vida nos centros urbanos, seja para redução da criminalidade, segurança, aproveitamento
das áreas de espaços públicos de lazer, embelezamento da cidade e orientação viária.
Havendo a gestão para garantir a iluminação pública, também garantida pela Constituição
Federal. Ainda, há a parte de telecomunicações, destinado ao transporte de dados, sinais
de tv, tv a cabo, voz e linhas telefônicas; podendo ser através de fios, raios microondas e/ou
por satélites.
Essas organizadas de modo que sejam planejadas para que também possam ser
sustentáveis.

Os Sistemas Urbanos Inteligentes, que discute a eficiência energética, tecnologias


inovadoras e automação urbana de cidades inteligentes.
Com o movimento da população das áreas rurais para as cidades (áreas urbanas), há uma
demanda maior para fornecimento de água potável, energia, comida, ar limpo, habitação,
educação, entre outros. O que pode gerar problemas no sistema urbano se não houver um
planejamento desse fornecimento.
Com a urbanização bastante presente nos últimos anos, houveram avanços tecnológicos
que facilitaram a comunicação e deslocamentos na área urbana. Havendo então ampla
aplicação da tecnologia nos mais diversos âmbitos.
A ideia inteligente vem se difundido ao redor do mundo para obter uma tecnologia eficiente
que consiste no planejamento, monitoramento, controle e retroalimentação, de modo que
seja funcional e atualize os cidadãos sobre informações e dados mais recentes. Com isso, a
automoção urbana que pode ser aplicada no tráfego, mobilidade, segurança e iluminação
pública, arborização urbana, saneamento básico, drenagem e alagamentos, serviço de
coleta de resíduos, e monitoramento da qualidade ambiental urbana; poderá possibilitar
uma cidade mais sustentável pelo meio tecnológico.
Algumas soluções tecnológicas já estão sendo empregadas, como o VANT (drone) nos
serviços de entrega da empresa Amazon, que ajudam na mobilidade urbana seja pela
rapidez ou pela retirada de mais um automóvel das ruas que colabora com o trânsito local;
lixeiras à vácuo que já são utilizadas na Espanha, equipamento subterrâneo que auxilia no
descarte correto e separação. Além disso, algumas casas já inteligentes que controlam a
segurança, iluminação, climatização, música ambiente, entre outros.
Ademais, as Smart Cities que, segundo a união Européia, são sistemas de pessoas que
interagem utilizando energia, materiais, serviços e financiamentos para melhoria do
desenvolvimento econômico e também da qualidade de vida. Ganhou espaço na última
década, prevendo um aumento quando diz respeito às ações futuras, esperando que
contribua para pesquisadores e arquitetos a construir locais urbanos mais humanizados,
sustentável e econômico. A cidade sustentável deverá ser inclusiva, ambientalmente
confortável, saudável, criativa e inovadora, inteligente, conectada e informada.
Ainda, já é possível analisar alguns exemplos de cidades que estão sendo construídas de
acordo com esse sistema inteligente, como Masdar nos Emirados Árabes; Fujisawa no
Japão; e Songdo na Coreia do Sul. Temos ainda um exemplo no Brasil, Laguna que fica no
Ceará e apresentará o mesmo tipo de sistema. Exemplos estes que poderão ser analisados
sobre sua garantia de funcionamento em um futuro próximo.

Por fim, o Sistema do Ambiente Urbano, compreende o desenvolvimento sustentável e


metabolismo urbano, acerca do conforto ambiental, clima urbano e arborização, entendendo
os impactos e a poluição do meio edificado.
Sendo assim, o desenvolvimento sustentável é o que mantém o estilo de vida tranquilo
usando apenas o necessário para que não comprometa o sistema de modo que o torne
insustentável, já que há o crescente movimento das pessoas para as cidades, tornando a
estrutura insuficiente, concentração populacional, entre outros.
Desse modo, algumas medidas são essenciais para a sustentabilidade global, como: o uso
de novos materiais na construção; reestruturar a distribuição nas zonas residenciais e
industriais; consumir energia de fontes alternativas/renováveis (eólica, solar e geotérmica);
racionamento do consumo de água; e a redução do uso de produtos que sejam prejudiciais
a saúde na produção de alimentos (ex: agrotóxicos). Aplicando essas medidas, com
consciência e ética socioambiental, é possível que haja preservação e conservação
ambiental, sendo ecoeficiente; unindo o desenvolvimento sustentável ao econômico e social
sem comprometer os recursos da terra para as gerações futuras.
O metabolismo urbano funciona como um organismo vivo, conjunto de transformações que
mantém seu funcionamento, seja de energia, água, mercadorias e nutrientes que entram e
saem dos limites de uma cidade, alguns até podendo sair e voltar da cidade como resíduos
inorgânicos em um metabolismo circular (o ideal para cidades); a maneira que cada cidade
tem sua especificidade para funcionamento. Esse metabolismo é subdividido entre território
(espacial), circulação (modais), esgotamento (drenagem pluvial), energético, abastecimento
de água, de biomassa e de geração de resíduos. Tornando um ciclo de produção que pode
ser para dentro ou fora da cidade, passando para o consumo de habitantes e/ou turistas,
em seguida para a geração de resíduos que são dispostos longe ou até fora da cidade, ou
ainda para a transformado em recursos através da reciclagem para geração de novas
produções; o que movimenta a cidade. Além disso, com o entendimento do metabolismo, é
possível identificar os problemas e propor melhorias para um melhor funcionamento do
local.
Com os impactos antrópicos ao longo do tempo causados pelo homem por atividades
modificadoras, como: a mineração, urbanização, agricultura e industrialização (Revolução
Industrial), foi e ainda são geradas áreas de degradação e poluídas no meio ambiente.
E com o movimento da saída do campo para a cidade pela Revolução Industrial, passa a
existir a preocupação com a saúde das populações, além de outros fatores, então nasce o
Urbanismo e em seguida um sustentável para melhoria das cidades, seja do transporte
público, deslocamentos urbanos, salubridade, entre outros.
Com a urbanização foi possível identificar os problemas advindos dos movimentos do solo
nas edificações, definidos entre recalque, desabamentos, subsidência e até mesmo a
mineração por método de lavra subterrânea ou a céu aberto.
Houve também uma preocupação quanto ao conforto ambiental nas cidades, abrangendo a
insolação, ventilação e áreas verdes; com o clima urbano (influenciado pela urbanização) e
a arborização das cidades.
O conforto ambiental que é o estado de equilíbrio do homem com o ambiente urbano de
acordo com variáveis ambientais, sejam as de clima: incidência solar, calor e frio, vento e
umidade; ou de conforto: temperatura radiante média, temperatura do ar, velocidade do ar e
umidade relativa. As duas variáveis ligadas entre si. Com a existência de equipamentos de
monitoramento, é possível aferir as variáveis nos locais, entre os equipamentos utilizados
estão o geo termômetro, termômetro, higro termômetro, barômetro, evaporímetro,
pluviômetro, entre outros. Desse modo, é possível conhecer as alterações climáticas,
produto das interações entre a incidência de luz solar, irradiação, absorção, movimento dos
ventos no espaço, ao longo dos períodos. Com essas alterações climáticas, temos o
diagnóstico das prováveis causas, como poluição na atmosfera, áreas verdes, lagos e rios
ajudando na umidade do ar, além de outros fatores.
Diversas escalas climáticas são avaliadas, o macroclima (gerais de uma região), mesoclima
(entre macro e micro) e microclima (mais próximo de uma determinada edificação ou entre
edificações) que está dentro do clima urbano que é uma mancha variável de alteração
climática em regiões urbanas devido a fatores e interferências humanas no ambiente da
região.
As consequências podem ser o acontecimento de chuvas ácidas, inversão térmica e o efeito
estufa advindas geralmente de problemas de planejamento urbano sustentável. Há diversos
acordos globais entre diversos países que tentam minimizar os problemas do clima no
mundo todo, como a Conferência de Estocolmo, Relatório de Brundtland, RIO 92, Protocolo
de Kyoto, RIO +10 e Acordo de Paris.
Há também algumas adaptações a serem feitas para melhoria do clima dos ambientes
urbanos, sejam elas formas de trocas ou aplicações em pavimentos e calçadas, a
implantação de arborização na cidade, barreiras naturais, entre diversos outros elementos
simples e práticos que podem ajudar no clima e microclima nas regiões.
Dentro da parte de arborização há diversas maneiras de implementação das áreas verdes
de modo que influencie positivamente o microclima, pois as árvores são os melhores
atuantes na qualidade de vida dos seres vivos, atuando como reguladoras climáticas, pois
absorvem a radiação solar e o gás carbônico, liberam oxigênio e água, ajudam no equilíbrio
da temperatura e umidade do ar, contribuindo para a diminuição da poluição do ar.
Alguns fatores são considerados para implantação das árvores em ambientes urbanos,
desde seu porte, espécie, folhagem e até sua resistência; para que não prejudique a
mobilidade dos cidadãos no meio. Outros aspectos também são considerados de acordo
com o tamanho do espaço, tipo de local, como calçadas, canteiros centrais, entre outros.
Desse modo, é possível decidir quais a arborização é recomendada para o local. Existem
planos municipais de arborização que especificam regras a serem seguidas para a
implantação de vegetação nas cidades, especificados de acordo com cada região. Em
Maringá tem o Plano de Gestão de Arborização Urbana (PGAU), sendo um plano
complementar ao Plano Diretor do Município, esse documento tem como finalidade
estabelecer um planejamento eficaz para manejo das áreas verdes urbanas, podendo
impedir impactos negativos e problemáticas com um não planejamento. Além disso, esses
planejamentos atuam na infraestrutura urbana a nível aéreo, plantio em locais adequados,
podas, substituições de redes de fios, iluminação; e nível subterrâneo que tentam manter a
distância das redes de infraestrutura e protegê-la.
A partir dos problemas ao longo dos tempos, foi possível identificar a poluição nos centros
urbanos, efeitos do século XXI, que afetam tanto o meio ambiente como seu próprio
causador (o homem), e definir os tipos de poluições.
A poluição é a alteração ecológica drástica, dos seres vivos, provocada pelos humanos que
prejudica o bem estar e a saúde humana, causando danos aos recursos naturais
disponíveis no meio ambiente, a contaminação e até morte da fauna e flora. Entre os tipos
de poluição temos a poluição da água que, através do descarte de resíduos químicos,
biológicos e sólidos em concentrações elevadas que contaminem o meio, pode gerar a
morte da fauna marinha, de rios, lagos e cursos d’água utilizados para consumo de uma
população, tornando-a inviável a vida animal. A poluição do solo devido o depósito de
resíduos tóxicos em contato direto com o solo, lixos e resíduos perigosos enterrados,
podendo ou não ser visíveis e com efeito de longo alcance, podendo ser metais pesados de
combustíveis (produtos químicos), óleos, agrotóxicos e o chorume do lixo. Além dessas,
temos a poluição do meio edificado que é resultado do modelo de vida consumista pelo
sistema econômico que contribuem em problemas nos centros urbanos, neste tipo temos a
poluição luminosa, visual e sonora.
A poluição luminosa é devido ao mau uso da luz para iluminação na cidade, seja nas ruas
comerciais, residenciais ou em praças. A iluminação na cidade é a pública, ou seja,
administrada pelo Governo, nas residências há a administração governamental conjunta à
empresa privada, isto é, o sistema de iluminação deve ser responsável pelo governo
municipal enquanto a empresa privada utiliza desse sistema para distribuir energia às
casas. A utilização inadequada de luz na cidade polui o meio ambiente e traz gasto
desnecessário e danos econômicos, ambiental e social. O econômico é o abuso de
recursos naturais, combustíveis fósseis e de energia; o social é a luz que excede e causa
insônia, fadiga e estresse à população, principalmente quando diz respeito a luz nos bairros
residenciais; enquanto o ambiental é a que iluminação noturna que afeta a fauna e flora.
Já a poluição visual consiste no excesso de elementos para comunicação visual no meio
ambiente, principalmente nos grandes centros comerciais. A promoção de propaganda
excessiva através de outdoors, fachadas, placas, anúncios, entre outros, acaba causando
desconforto e confusão visual. Existem algumas leis gerais e municipais, como a Lei
n°14223 que, em São Paulo, tem como objetivo combater a poluição visual, entretanto, nem
sempre esses códigos são seguidos, então temos esses problemas bastante presente nas
cidades, pois não são devidamente fiscalizadas.
Ademais, temos a poluição sonora, tida como a segunda maior causa de poluição do
mundo, define-se como poluição os sons além dos limites normais. De acordo com a Lei n°
6938/81, a poluição é a degradação da qualidade ambiental resultante de atividades que
direta ou indiretamente prejudiquem a saúde; criem condições adversas às atividades
sociais e econômicas, afetem desfavoravelmente a biota, lancem matérias ou energia em
desacordo com os padrões ambientais estabelecidos.
Suas consequências são severas à qualidade de vida e saúde dos cidadãos, gerando
problemas ambientais como a degradação da qualidade ambiental e conflitos entre a
população. Podendo ocorrer por sons muito altos e contínuos que é capaz até de provocar
a surdez total, barulhos advindos do crescimento das cidades. Dentre eles estão: barulho de
aeroporto, automóveis, equipamentos de construção, locais de indústrias, equipamentos
geradores de energia, vias de grande circulação, entre outros. De acordo com Daniel
Fernando Bondarenco Zajarkiewicch, em sua dissertação de mestrado, as principais fontes
móveis ou fixas são: veículos, aeronaves, indústrias, cultos religiosos e lazer.

Definição de propagação sonora:

“A propagação sonora consiste na transmissão da energia acústica a partir do movimento


vibratório das partículas componentes do meio que, após serem inicialmente perturbadas,
passam a atuar como fontes elementares (Princípio de Huyghens-Fresnel), perturbando
novas partículas por colisões quase elásticas e assim consecutivamente, até que a energia
acústica seja plenamente consumida, pelas perdas dissipativas que ocorrem durante o
processo (FUSINATO, 2005).”
É necessário saber que som é qualquer variação de pressão no ar ou água, enquanto ruído
é o som ou conjunto de sons que perturbam ou seja desfavorável ao ser humano, animal
e/ou meio ambiente. É possível classificar ruído entre dois tipos, o “ruído ocupacional” que
são ruídos em ambientes internos e o “ruído ambiental”, sendo o aspecto ambiental. A
difração do som depende do tamanho do obstáculo e o comprimento de onda sonora,
ocorrendo mudanças (sombra) quando o comprimento de onda é muito menor que o
obstáculo.
O nível de intensidade sonora é medido através da escala de medição do som adotada em
decibéis (dB) - global é adotado dB(A): valor ponderado que considera os valores
correspondentes de igual sensação sonora do aparelho auditivo humano - varia de 0 à 140
dependendo do local analisado, em centros urbanos, por exemplo, pode chegar até 70 dB.
Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), o nível recomendado para a audição é
de até 50 dB, e de acordo com relatórios tanto da OMS quanto do Senado Federal, é
possível saber o barulho e/ou limite para qualquer fonte geradora de som, como:
equipamentos, objetos, animais, humanos, desde cochichos (15 dB) até avião a jato (120
dB).
Existem normas e leis tentam controlar a emissão de ruídos em determinados locais das
cidades que tratam sobre a poluição sonora, como a ABNT NBR 10151:2019 (corrigida em
2020) de acústica que estabelece o procedimento de medição de ruídos, medindo e
avaliando os níveis de pressão sonora em ambientes externos das edificações, locais
destinados aos indivíduos para garantir uso sem danos; em ambientes internos, para
verificar vibração da estrutura e transmissão de som na área; avaliação sonora total e tonal.
A Lei de Crimes Ambientais n° 9605, Art. 54. de 1998 (atual Art. 61, última versão de 2008)
proíbe qualquer tipo de poluição que resulte em danos à saúde humana ou animal, além da
destruição significativa da flora. A Lei do Código Civil n° 10406 (2002) trata de
especificações quanto ao silêncio, entre outras que têm como pretensão assegurar o
silêncio. A Lei n° 6938 (1981) Art. 3 (definida na página anterior), mostra a definição de
poluição e poluição sonora sendo como a degradação da qualidade ambiental. Temos
também a Resolução n° 001, de 8 de março de 1990 que trata sobre a emissão de ruídos:
“a emissão de ruídos, em decorrência de qualquer atividades industriais, comerciais, sociais
ou recreativas, inclusive as de propaganda política, obedecerá, no interesse da saúde, do
sossego público, aos padrões, critérios e diretrizes estabelecidos nesta Resolução”,
resolução disposta para viabilidade da ABNT NBR 10152 sobre Avaliação de Ruídos em
Áreas Habitadas. Existem ainda outras leis, resoluções e normas municipais, estaduais,
federais, nacionais e globais que tratam sobre poluição sonora de acordo com a
especificidade de cada local, sejam habitações, indústrias, centros urbanos, áreas
residenciais ou comerciais.
Porém, assim como outras legislações, nem sempre são cumpridas, pois a poluição sonora
muitas vezes não gera tanta preocupação como deveria, então, acaba prejudicando os
indivíduos, flora e a fauna dos ambientes, pois além de tudo, a poluição sonora é uma das
mais difíceis de ser fiscalizada, já que há fontes sonoras em todos os locais, dificultando
assim, a fiscalização contínua em todos os locais que necessitam atenção.
Desse modo, há medidas corretivas para minimizar os tipos de poluições. Temos as
medidas preventivas que são decisões tomadas previamente para evitar problemas
posteriores, previamente colocadas no planejamento do projeto; e as corretivas que são
adaptações pós construção, que ajudam a corrigir erros de uma maneira mais econômica,
porém são mais difíceis de serem implementadas por depender da sociedade e
possibilidade de aplicação. Podendo ainda serem classificadas como medidas estruturais
que implicam em construções; ou não estruturais, sem necessidade de obras e soluções
mais baratas.
Entre os efeitos da poluição sonora temos problemas como distúrbios do sono e da saúde
pelo estresse ou perturbações do ritmo biológico; o estresse, geralmente na faixa de 65 dB,
que pode causar infartos, derrames cerebrais, infecções, osteoporose, e diversos outros
tipos de problemas. Perto de 80 dB há a sensação de prazer pela liberação de morfinas
biológicas no corpo, tendo potencial para provocar dependência e em 100 dB pode haver
imediatamente a perda auditiva. De acordo com a OMS, a poluição sonora é um grave
problema que pode causar doenças metabólicas e cardiovasculares, déficit cognitivo e
obesidade, além do estresse, distúrbios de sono e problemas auditivos.
As perdas auditivas causadas pelo excesso de barulho são divididas entre trauma acústico,
que é a perda auditiva causada por perfuração do tímpano, seguido ou não de
desarticulação dos ossículos do ouvido, causada após exposição a fontes de grande
impacto (explosões, tiros, etc.); a surdez temporária, mudança temporária após exposição a
barulhos intensos por um período curto; e surdez permanente que é a exposição repetida
ao longo do tempo à barulhos excessivos que levam a este tipo de perda.
Assim é possível classificar como soluções, mudanças urbanísticas, estruturais e
arquitetônicas nos centros urbanos para melhoria dos espaços e possível permanência nos
locais, isolando a cidade da maior quantidade de barulhos sonoros desnecessários e
fiscalizando os ruídos gerados além dos limites permitidos, de acordo com cada fonte, por
empresas e pela população como um todo, para evitar os impactos ambientais provenientes
desse tipo de poluição. Além disso, restringir os sons ao ambiente de geração, fazer o
isolamento acústico, evitar ambientes com muitos ruídos, a recomendação do uso de
proteção de ouvidos, como em obras ou locais com muito barulho e a conscientização da
população sobre os problemas da poluição sonora - em 2019 pelo International Noise
Awareness Day (INAD) o dia 24 de abril foi determinado como o Dia Internacional da
Conscientização Sobre o Ruído. E ainda, tem-se instrumentos expostos pelo Ministério
Público para controle da poluição sonora, entre eles estão: zoneamento e monitoramento
ambiental, uso de equipamentos apropriados, revestimentos acústico em estabelecimentos,
entre outros.

ESTUDO DE CASO

Avaliação da poluição sonora no parque Jardim Botânico de Curitiba, Paraná, Brasil

Sendo uma pesquisa do tipo descritiva e de caráter exploratório, a “Avaliação da poluição


sonora no parque Jardim Botânico de Curitiba, Paraná, Brasil” tem como autores Paulo
Henrique Trombetta Zannin e Bani Szeremetta. Segundo os autores, essa análise foi
realizada de modo a conferir se estava ocorrendo a infração da lei municipal n° 8.583
(Secretaria Municipal do Meio Ambiente SMMA, 1995), que define 55 dB(A) como limite de
nível sonoro máximo admissível para áreas verdes no período diurno, e também se o
barulho era uma questão que incomodava os frequentadores.

A medicina preventiva tem como base a medida de 65 dB(A) como o nível máximo de ruído
a que um cidadão pode se expor no meio urbano, sem riscos à sua saúde. Em vias onde o
tráfego é intenso, é comum que os ruídos atinjam até 75 dB(A). Sendo o Jardim Botânico
um parque localizado na zona urbana de Curitiba, é uma preocupação iminente que os
usuários do parque não sejam submetidos a esses níveis de ruído presentes nos demais
locais.

Para a realização do estudo, foi feita a divisão do trabalho de campo em duas partes: a
primeira consistiu na realização de medições dos níveis de ruídos em diferentes locais do
parque, e a segunda que foi a aplicação de um questionário para identificar como era a
relação dos frequentadores do parque com o ruído adjacente ao espaço. Tanto as medições
como a aplicação dos questionários foram realizados das 18:00 às 19:00 horas, por ser o
horário de tráfego veicular mais intenso e também o horário de maior utilização do parque
pelos frequentadores. Os autores tiveram dificuldade da colaboração dos frequentadores
porque o questionário, que teve apenas 50 entrevistados e 11 se recusaram, levava tempo
e era feita no meio da realização de exercícios.

O parque Jardim Botânico apresentou elevados níveis sonoros e em 90,5% dos pontos
medidos, acima do permitido pela Lei Municipal n° 8.583, que estabelece o limite de 55
dB(A) para áreas verdes. Somente 9,5% dos pontos satisfizeram à referida lei. Outra
constatação decorrente das medições acústicas foi que 47,6% dos pontos apresentaram
níveis sonoros superiores a 65 dB(A), ou seja, acima do limite estabelecido pela medicina
preventiva como o limiar do dano à saúde.

Como é possível verificar na Tabela 1, apesar dos altos níveis de ruído, a maioria das
pessoas consideraram o parque um lugar tranquilo, que não provoca maiores perturbações,
o que pode explicar a frequência diária ao local, haja vista que dentre os entrevistados, mais
da metade vão ao parque todos os dias. Este resultado pode também ter sido fruto dos
frequentadores do parque já estarem acostumados com o ruído do local ou compararem
com outros lugares de sua vida cotidiana, o Jardim Botânico como um local mais tranquilo.

Contudo, dentre os fatores que causam maior perturbação aos usuários, a poluição sonora
se mostrou o mais incômodo, com 24% das pessoas declarando ser importunadas por esse
sentimento ao longo de sua permanência no parque.

Como considerações finais, o trabalho aponta que tais resultados mostram a evolução
desse tipo de poluição em nosso meio, constituindo uma ameaça ao bem-estar e à saúde
dos cidadãos em um dos poucos lugares da cidade capazes de oferecer alívio para as
atribulações do cotidiano urbano.

Avaliação da poluição sonora na UNICAMP

De autoria de Rhenan Giorgiani do Nascimento, Rafael Martins Buck de Godoy, Carlos


Alberto Souto Junior e Gustavo Toshihide Uehara, a pesquisa “Avaliação da poluição sonora
na UNICAMP” visou avaliar as fontes de ruído do campus da universidade. O local
proporciona ambientes com grande concentração de pessoas e, portanto, com significativas
fontes de ruído, além de suportar um tráfego de veículos considerável durante o dia, o que
também é uma grande fonte de ruído. Sabendo disso, procurou determinar se os ambientes
na UNICAMP sofrem de poluição sonora.

Para a realização do estudo, primeiramente, foram escolhidos quais os locais seriam


estudados, priorizando aqueles que são mais frequentados pelos alunos e após essa
primeira etapa, determinou-se quais são os níveis aceitáveis de ruído para cada ambiente,
determinados pela NBR 10152. Os ambientes escolhidos foram: as salas do Instituto de
Computação, salas da faculdade de engenharia elétrica e de computação, guarita da Av. 1,
o restaurante universitário, e por fim a república de um dos integrantes do grupo.
Ao fim das medições, como é possível verificar na tabela acima, foi possível constatar que
as salas de computadores analisadas, que segundo a Associação Brasileira de Normas
Técnicas poderiam chegar entre 45 e 60 dB(A), estavam acima do limite aceitável. Sabendo
que estes são locais de longa permanência dos usuários, pode-se considerar que a
superexposição aos ruídos se dá à níveis estressantes. Além do ruído gerado pelos
computadores, foi possível também verificar que a conversação em alto tom de voz significa
uma parcela muito significativa nos elevados níveis de ruído medidos.

Na guarita da Av. 1, os valores obtidos se mostraram dentro do limiar de 85 dB(A)


estabelecido pela norma, mas haja vista que, segundo a OMS, valores acima de 70 dB(A)
levam o corpo humano a um estado de alerta e estresse degenerativo e causam doenças
relacionadas ao estresse, pode-se constatar a existência de mais um local problemático no
que diz respeito à poluição sonora.
No Restaurante Universitário, os valores obtidos se mostraram dentro do limiar de 60 dB(A)
estabelecido pela norma. Os resultados das medições desse local foram altos devido à
conversação em alto tom de voz no ambiente, porém, devido ao baixo tempo de exposição
a tal situação, o risco de lesão é minimizado.

Por fim, na República estudada, o nível de ruído é aceitável e não representa riscos aos
alunos que lá residem, haja vista que o limite estabelecido pela norma é de 55 dB(A) e nas
medições realizadas nenhum resultado extrapola esse valor.

Com base nestes resultados, os pesquisadores consultaram uma professora que pudesse
sugerir soluções para as problemáticas encontradas. Segundo ela, para se prevenir de
ruídos, a atuação deve-se dar em uma ou mais das seguintes partes envolvidas: o
transmissor, a trajetória e o receptor. Sendo ideal e mais correto atuar no transmissor, que é
o responsável pela produção do ruído. Caso não seja possível, deve-se atuar na trajetória e
em último caso, por ser a maneira de menor eficiência, atuar no receptor.

Para as salas de informática a solução sugerida foi a de instalar algum material abafador no
teto, a fim de diminuir a reflexão do ruído causado pelos coolers dos computadores. Outra
sugestão foi a de utilizar mesas projetadas para que o ruído de trás do computador não seja
rebatido para o usuário.

Para o Restaurante Universitário, colocar o material abafador no teto seria uma possível
solução, mas não acabaria com o problema, haja vista que o ruído provavelmente ainda
seria mantido perto do limiar estabelecido pela norma, então a melhor medida seria não
ficar sujeito por muito tempo ao ruído deste ambiente.

Em sua conclusão, o estudo aponta que os níveis de poluição sonora presentes na


UNICAMP são preocupantes ao comparar valores com os recomendados pela OMS e os
estabelecidos pela ABNT, provando assim, que alunos professores e demais funcionários
são submetidos a elevados níveis de estresse em decorrência da poluição sonora. Por fim,
a pesquisa sugere algumas medidas a serem seguidas a fim de tornar os ambientes mais
aprazíveis e adequados ao desenvolvimento intelectual.
CONSIDERAÇÕES FINAIS

Com isso, é possível determinar que o Sistema Urbano é o que define o funcionamento da
cidade, composto por subsistemas que auxiliam nas especificidades de cada área da
cidade. O Sistema do Ambiente Urbano funciona como um metabolismo, composto por
subdivisões, dentre elas encontra-se a Poluição Sonora, segunda maior causa de poluição
do mundo, situação bastante ocorrente no século XXI, que é a degradação da qualidade
ambiental por meio de ruídos sonoros, entretanto, os cidadãos, como visto no estudo de
caso, que avalia a poluição sonora no parque Jardim Botânico em Curitiba, não dão tanta
importância a este tipo de poluição, apesar de barulhenta e muito nociva ao meio ambiente,
indivíduos, fauna e flora, muitos cidadãos podem já estar adaptados aos ambientes
barulhentos na cidade, dificultando a localização e resolução do problema.
Outras problemáticas apresentadas neste trabalho foi a possibilidade de faltar a percepção
dos ruídos nos ambientes, visto na pesquisa “Avaliação da poluição sonora no parque
Jardim Botânico de Curitiba, Paraná, Brasil”, pela adaptação ao já frequentar os locais de
lazer, no caso o parque, ou por esses indivíduos estão em locais com grande poluição
sonora o tempo todo que não conseguem definir se há incômodo na área, fazendo
comparações destes com locais que frequentam no dia a dia. Ademais, a relação entre a
poluição sonora e alguns ambientes específicos, como o meio acadêmico, visto na “Análise
da poluição sonora na UNICAMP”, lugar onde o desenvolvimento intelectual é prioridade e
pode ser prejudicado devido a exposição dos usuários a essa condição tão nociva.
Desse modo, para melhoria dos espaços urbanos é possível aplicar mudanças urbanísticas,
estruturais e arquitetônicas, como obter isolamento acústico em locais que apresentam
ruídos, além de conscientizar a população sobre os efeitos deste tipo de poluição. Além
disso, adotando medidas de fiscalização rigorosa nos meios geradores de ruídos, aplicando
as leis, normas, recomendações e resoluções existente, será possível tornar os centros
urbanos mais agradáveis, bem como os locais da paisagem urbana na cidade que devem
trazer conforto e evitar prejuízos aos seres humanos, animais e o próprio meio ambiente.
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