O documento discute o transtorno de personalidade limítrofe (borderline), incluindo sintomas como mudanças repentinas de humor, instabilidade nas relações, e emoções intensas. Ele explica que o transtorno afeta cerca de 2% da população mundial e não tem cura, embora o tratamento psicológico e medicamentos como lamotrigina e asenapina possam controlar os sintomas. O documento também ressalta a importância de mais programas de saúde mental gratuitos e um tratamento justo e humano para todas as doenças
O documento discute o transtorno de personalidade limítrofe (borderline), incluindo sintomas como mudanças repentinas de humor, instabilidade nas relações, e emoções intensas. Ele explica que o transtorno afeta cerca de 2% da população mundial e não tem cura, embora o tratamento psicológico e medicamentos como lamotrigina e asenapina possam controlar os sintomas. O documento também ressalta a importância de mais programas de saúde mental gratuitos e um tratamento justo e humano para todas as doenças
O documento discute o transtorno de personalidade limítrofe (borderline), incluindo sintomas como mudanças repentinas de humor, instabilidade nas relações, e emoções intensas. Ele explica que o transtorno afeta cerca de 2% da população mundial e não tem cura, embora o tratamento psicológico e medicamentos como lamotrigina e asenapina possam controlar os sintomas. O documento também ressalta a importância de mais programas de saúde mental gratuitos e um tratamento justo e humano para todas as doenças
É muito comum que em algum momento da vida sintamos o medo de sermos
abandonados ou talvez uma mudança repentina de humor durante o dia, que são fatores que podem estar presentes em momentos mais difíceis do cotidiano dos indivíduos. No entanto, o cenário é completamente diferente quando o assunto é o transtorno de personalidade limítrofe ou borderline (TPL/TPB). Uma situação comum é o ato de acordar bem, pressentindo que o dia será o melhor de todos e então… Algo não vai como esperado. E é nesse momento que o dia está arruinado, várias emoções passando pela mente do indivíduo com transtorno de personalidade borderline, popularmente conhecido como border. Logo após, seu parceiro não reage da forma que ele esperava, um sorriso a mais ou a menos pode mudar tudo. Então os pensamentos começam, seria traição? Escondendo algo? E o ciclo se repete. É dessa forma que o indivíduo border lida com suas emoções, que variam dezenas de vezes durante o dia. Os transtornos de personalidade, explica a médica psiquiatra Ana Beatriz Barbosa Silva, são jeitos de ser. Dessa forma, entende-se que essa é uma condição sem cura, sendo sua origem fruto de diversos fatores e experiências presentes ao decorrer da vida, inclusive na infância, do sujeito. Além disso, ser border inclui muito mais que mudanças repentinas e marcantes de humor durante o dia, uma vez que observa-se uma grande instabilidade nas relações interpessoais que a pessoa possui, abrangendo sentimento de grande euforia, alegria, tristeza, vazio e abandono muito mais intensos que em pessoas sem o transtorno. Dados da Associação Psiquiátrica Americana (APA) apontam que pessoas com TPL representam 2% da população mundial, de modo que o diagnóstico muitas vezes é confundido pelo Transtorno Bipolar por ser mais popular, ainda que difira em muitos aspectos importantes na vida do paciente. Ainda, estudos indicam que o TPB exibe características neurológicas de baixo funcionamento adaptativo, assim como na memória, atenção e processamento emocional. Isto posto, é evidente que os sintomas são prejudiciais tanto para o border, quanto para as pessoas à sua volta, e é por isso que existe tratamento psicológico e farmacológico para pacientes que apresentam o transtorno. De acordo com a revisão de literatura de Lucas Andrade Costi e Bruno Cezario Reis (2022), o estabilizador de humor Lamotrigina e antipsicótico Asenapina são os medicamentos com maior quantidade de prescrição para casos de transtorno de personalidade limítrofe. No entanto, apesar desses e outros fármacos serem na maioria das vezes eficazes no controle dos sintomas, é mister que haja acompanhamento psicológico para um tratamento mais eficiente, o qual, infelizmente, é pouco abordado por profissionais da saúde no tratamento de doenças mentais, fazendo com que a população se sustente apenas em medicamentos e não obtenha resultados terapêuticos plenos. Os borders são pessoas conhecidas por “amarem demais” por conta de suas intensas emoções, contrastando de forma acentuada com o transtorno de personalidade antissocial, que representa 1% da população mundial. Sendo assim, diante de taxas tão baixas, é interessante refletir sobre a importância da criação de mais programas gratuitos para a saúde mental da população e se a forma com que tratamos pessoas não só com transtorno de personalidade, mas outros tipos de doenças mentais é justa e humana. Yasmin Araujo da Silva