Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
Portal Educação
CURSO DE
PROPAGANDISTA FARMACÊUTICO
Aluno:
AN02FREV001/REV 4.0
27
CURSO DE
PROPAGANDISTA FARMACÊUTICO
MÓDULO II
Atenção: O material deste módulo está disponível apenas como parâmetro de estudos para este
Programa de Educação Continuada. É proibida qualquer forma de comercialização ou distribuição
do mesmo sem a autorização expressa do Portal Educação. Os créditos do conteúdo aqui contido
são dados aos seus respectivos autores descritos nas Referências Bibliográficas.
AN02FREV001/REV 4.0
28
MÓDULO II
AN02FREV001/REV 4.0
29
FIGURA 11: DIVISÕES ANATÔMICAS DO CORPO HUMANO
AN02FREV001/REV 4.0
30
FIGURA 12: POSIÇÃO ANATÔMICA
AN02FREV001/REV 4.0
31
FIGURA 13: DIVISÕES DO SISTEMA NERVOSO
AN02FREV001/REV 4.0
32
Crânio, coluna vertebral e toda a caixa torácica, incluindo as costelas e o
osso esterno, compõem o esqueleto axial e formam o eixo de sustentação do
organismo. Os ossos dos dois membros superiores e inferiores formam o esqueleto
apendicular (FREITAS, 2004).
Aparentemente nosso esqueleto parece ter poucas funções. Mas na
realidade ele acumula diferentes e importantes papéis, são elas:
AN02FREV001/REV 4.0
33
amilase salivar tem função de iniciar a quebra de moléculas de amido, que é um tipo
de carboidrato dos alimentos. A mistura de alimento triturado e saliva forma o bolo
alimentar (GUYTON, 2011).
Por meio de movimentos coordenados, chamados de peristaltismo, o bolo
alimentar segue através da faringe e do esôfago e chega ao estômago. No interior
do estômago há o suco gástrico, composto principalmente de ácido clorídrico. Ao
chegar ao estômago, o bolo alimentar é atacado pelo suco gástrico, que contém
uma enzima denominada pepsina. A pepsina realiza a quebra das proteínas
(GUYTON, 2011).
O bolo alimentar parcialmente digerido pelo suco gástrico forma uma mistura
que passa então a ser chamada de quimo, que segue para o intestino delgado. No
intestino delgado o quimo sofre a ação de enzimas provenientes da própria parede
do órgão, o suco entérico. O suco entérico possui carboidrases, que são enzimas
que realizam a quebra de carboidratos; peptidases, que quebram os polipeptídios; e
nucleotidases, que rompem os nucleotídeos (GUYTON, 2011).
Ainda no intestino delgado, o quimo sofre ação da bile e do suco
pancreático. A bile é produzida no fígado e contém uma mistura de sais que
emulsificam as moléculas de lipídios, facilitando sua digestão. O suco pancreático
possui uma série de enzimas, entre elas: tripsina, que realiza a quebra de proteínas;
a lípase pancreática, que realiza a quebra dos lipídios; a amilase pancreática, que
hidrolisa moléculas de amido; e nucleases, que atacam os ácidos nucleicos como
DNA e RNA (GUYTON, 2011).
Somente após todas as quebras os nutrientes são transportados para a
corrente sanguínea é através do intestino delgado que os nutrientes são absorvidos.
O material não aproveitado, ou seja, resíduos não digeridos seguem para o
intestino grosso e são eliminados na forma de fezes através do ânus.
Observem na figura abaixo todos os órgãos que formam o sistema digestivo:
AN02FREV001/REV 4.0
34
FIGURA 14: O SISTEMA DIGESTIVO HUMANO
AN02FREV001/REV 4.0
35
FIGURA 15: HEMATOSE
AN02FREV001/REV 4.0
36
2.1.5 Sistema circulatório
AN02FREV001/REV 4.0
37
bombeado e enviado aos pulmões através das artérias pulmonares, direita e
esquerda (GUYTON, 2011).
No pulmão, como já vimos anteriormente, ocorrerá a hematose, o sangue
será oxigenado e retornará ao coração através das veias pulmonares esquerda e
direita. Essa circulação entre coração e pulmão é chamada de circulação pulmonar
ou pequena circulação (GUYTON, 2011). Após passar pela pequena circulação, o
sangue chega ao coração pelo átrio esquerdo, logo após passa pela válvula
bicúspide e chega ao ventrículo esquerdo.
Do ventrículo esquerdo, o sangue será impulsionado para o restante do
corpo através da artéria aorta. A circulação que compreende o coração bombeando
sangue para todo o organismo através da aorta e o retorno desse sangue através
das veias cavas é chamada de grande circulação, ou circulação sistêmica
(GUYTON, 2011).
O movimento de contração do coração é chamado de sístole e o de
relaxamento, diástole.
Os vasos que compõem o sistema circulatório podem ser divididos em:
Veias e vênulas;
Artérias e arteríolas;
Capilares.
Os capilares são os vasos mais finos, pois são formados apenas por uma
camada de células endoteliais, são importantes nas trocas entre sangue e tecido,
por exemplo, na absorção de nutrientes e na hematose.
As veias e as artérias apresentam, além do endotélio, uma camada
muscular. A camada muscular das artérias é bem desenvolvida, o que permite que
esses vasos suportem altas pressões sanguíneas, por isso são sempre vasos que
conduzem sangue no sentido do coração aos tecidos. Já as veias, por serem vasos
de menor resistência que as artérias, conduzem sangue que exercem menor
pressão sobre o vaso, ou seja, o sangue que retorna ao coração, para isso esses
vasos possuem válvulas que impedem o refluxo do sangue.
AN02FREV001/REV 4.0
38
2.1.6 Sistema excretor
AN02FREV001/REV 4.0
39
O sangue filtrado deixa os rins através da veia renal. O produto resultante
dos processos de filtração, reabsorção e secreção renal é chamado de urina. A urina
segue pelos ureteres até a bexiga, onde é armazenada, da bexiga a urina passa
para o meio externo através da uretra.
AN02FREV001/REV 4.0
40
Observe os órgãos sexuais femininos e masculinos no esquema abaixo:
AN02FREV001/REV 4.0
41
compostos inertes, chamados de excipientes. Os medicamentos
apresentam-se sempre sob uma forma farmacêutica, tais como
comprimidos, drágeas, cápsulas, xaropes, soluções, suspensões,
colírios, pomadas, cremes, etc.
AN02FREV001/REV 4.0
42
As vias de administração são fatores importantes que impactam na absorção
e consequentemente na ação terapêutica. Após um fármaco ser absorvido ele será
distribuído. De acordo com Goodman e Gilman (2005), a distribuição é a passagem
do fármaco da corrente sanguínea para o líquido intersticial e intracelular. Assim,
quanto maior a perfusão sanguínea de um órgão maior a distribuição e quantidade
de fármaco naquele órgão.
A seguir, após a distribuição, outro fenômeno farmacocinético pode ocorrer:
a metabolização ou biotransformação das drogas. A biotransformação é uma
modificação que ocorre na estrutura química da droga ou fármaco por meio de
enzimas. O objetivo da biotransformação é facilitar a excreção das drogas ou
fármacos. Após uma droga, ou fármaco, ser biotransformada recebe a denominação
de metabólito. O fígado é o maior órgão metabolizador do nosso organismo, mas em
menor grau, outros tecidos também desempenham a metabolização (RANG; DALE,
2012).
A última etapa farmacocinética é a eliminação das drogas ou fármacos. A
principal via de excreção é a renal, ou seja, através da urina. Porém existem outras
vias de excreção de fármacos, como através da pele, das glândulas salivares e
lacrimais, e até das fezes.
Além disso, as drogas, fármacos ou mesmo seus metabólitos, também
podem ser excretados através do leite materno, por isso para se evitar que um
lactente receba qualquer substância nociva, o uso de alguns medicamentos é
restrito durante o período em que a mulher está amamentando.
2.2.2 Farmacodinâmica
AN02FREV001/REV 4.0
43
De acordo com o seu mecanismo de ação os fármacos podem ser divididos
em dois grupos:
AN02FREV001/REV 4.0
44
Vamos explorar ainda mais a figura acima. Perceba que existem dois
conceitos farmacodinâmicos interessantes pontuados na ilustração. São eles a
afinidade e a atividade intrínseca. Resumidamente:
Importante: Um fármaco ou droga não cria uma ação no metabolismo da célula, ele
altera atividades que já são desempenhadas pelas células.
AN02FREV001/REV 4.0
45
2.3.1 Analgésicos
2.3.2 Antitérmicos
2.3.3 Anti-inflamatórios
AN02FREV001/REV 4.0
46
organismo contra uma agressão tecidual. Entretanto, em alguns momentos esse
processo se intensifica e é necessário o uso de medicamentos para contê-lo.
Basicamente existem duas subclasses de anti-inflamatórios, os esteroidais
ou corticoides e os não esteroidais ou AINEs. Os anti-inflamatórios corticoides são
amplamente usados na clínica, têm ação anti-inflamatória por impedir a produção de
substâncias mediadoras da inflamação, entre eles podemos destacar a
dexametasona, a mometasona, a betametasona, a predinisolona, a hidrocortisona,
etc. Apesar de serem potentes anti-inflamatórios, esses medicamentos possuem
diversos efeitos colaterais, entre eles o desenvolvimento da “síndrome de Cushing”.
Observe na figura abaixo a ilustração dos sinais dessa síndrome:
AN02FREV001/REV 4.0
47
Como efeito colateral está o risco do uso desencadear gastrites e úlceras
gástricas. Como exemplos de AINES mais utilizados para o combate da inflamação
podemos destacar o diclofenaco, o ibuprofeno e a indometacina.
2.3.4 Antialérgicos
2.3.5 Antiulcerosos
AN02FREV001/REV 4.0
48
2.3.6 Antiespasmódicos
2.3.8 Antibióticos
AN02FREV001/REV 4.0
49
Os primeiros antibióticos descobertos eram produzidos por fungos, como a
penicilina, atualmente são sintéticos ou semissintéticos.
Como existem diversas espécies e cepas bacterianas que acometem o ser
humano, causando-lhes infecção, subclasses específicas de antibióticos também
existem para combater cada tipo de infecção. Certamente, o profissional clínico
optará pela melhor antibioticoterapia, ou seja, aquela mais eficaz e segura.
Um grande problema no uso inadequado de antibióticos é a resistência
bacteriana, que é a capacidade dos microrganismos de resistirem aos efeitos de um
antibiótico. Em consequência a esse processo os agentes antimicrobianos vão se
tornando cada vez menos eficazes.
No Brasil, para evitar o uso indiscriminado de antibiótico pela população e
conter o avanço dos casos de contaminação por superbactérias, em 28 de
novembro de 2010 entrou em vigor a resolução RDC 44 da Agência Nacional de
Vigilância Sanitária (ANVISA) para a venda de antibióticos nas farmácias.
Atualmente, os antibióticos só podem ser vendidos com a retenção da prescrição
médica, em duas vias, pelos estabelecimentos farmacêuticos.
AN02FREV001/REV 4.0
50
2.3.10 Anti-hipertensivos
AN02FREV001/REV 4.0
51
Os medicamentos são produtos destinados ao auxílio, restabelecimento e
para a manutenção da saúde em momentos necessários, porém o uso incorreto
pode levar a uma série de efeitos indesejáveis, chamados de reações adversas ou
até mesmo a morte. Por isso, o uso racional garante que os medicamentos terão os
efeitos desejados.
Após um diagnóstico clínico estabelecido, o médico deverá definir o
tratamento adequado. Caso haja a necessidade de tratamento farmacológico, ou
seja, uso de medicamentos, ele tem a obrigação de se basear de acordo com o uso
racional de medicamentos.
O uso racional de medicamentos envolve inclusive medidas tomadas pelo
médico ao atender seu paciente, entre essas medidas está a qualidade das
informações referentes ao medicamento repassadas ao paciente.
A propaganda direcionada aos prescritores muitas vezes é feita de maneira
incorreta em nosso país, gerando práticas prescritivas incorretas. Obviamente que o
propagandista farmacêutico deve promover os produtos que representa, entretanto
deve-se tomar cuidado com as informações dispensadas aos prescritores.
Um propagandista bem preparado contribui positivamente para a qualidade
das informações que o médico dispensará aos seus pacientes e na escolha dos
medicamentos que serão prescritos. Entretanto, a escolha do médico pelos
medicamentos mais adequados para a prescrição deve ser feita sempre se
baseando em evidências clínicas e científicas.
FIM DO MÓDULO II
AN02FREV001/REV 4.0
52